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Projeto de Fomento ao Controle Social do SUS Curitiba – maio / 2012 Ministério Público e Controle Social do SUS: uma experiência em construção no MPRJ Carla Carrubba Promotora de Justiça – Estado do Rio de Janeiro Coordenadora de Saúde do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva do MPRJ Coordenadora do GATE-Saúde, Grupo de Apoio Técnico do MPRJ c

Ministério Público e Controle Social do SUS: uma experiência em construção no MPRJ

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Ministério Público e Controle Social do SUS: uma experiência em construção no MPRJ. Carla Carrubba Promotora de Justiça – Estado do Rio de Janeiro Coordenadora de Saúde do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva do MPRJ - PowerPoint PPT Presentation

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Projeto de Fomento ao Controle Social do SUS

Curitiba – maio / 2012

Ministério Público e Controle Social do SUS: uma experiência em construção

no MPRJ

Carla Carrubba

Promotora de Justiça – Estado do Rio de Janeiro

Coordenadora de Saúde do Centro de Apoio Operacional

às Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva do MPRJ

Coordenadora do GATE-Saúde, Grupo de Apoio Técnico

do MPRJ

Carla Carrubba

Promotora de Justiça – Estado do Rio de Janeiro

Coordenadora de Saúde do Centro de Apoio Operacional

às Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva do MPRJ

Coordenadora do GATE-Saúde, Grupo de Apoio Técnico

do MPRJ

c

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Curitiba – maio / 2012

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

Necessidade de maior interlocução e integração das instâncias de Necessidade de maior interlocução e integração das instâncias de

controle: MP e conselhos de saúdecontrole: MP e conselhos de saúde

ÂMBITO DO POJETOOBJETIVOS ESPERADOS

Fortalecimento do SUS e garantia de acesso adequado ao usuárioFortalecimento do SUS e garantia de acesso adequado ao usuário

PÚBLICO ALVO

Membros do MPRJ e Conselheiros Municipais de SaúdeMembros do MPRJ e Conselheiros Municipais de Saúde

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NORMATIZAÇÃO

• Constituição Federal: art.198Constituição Federal: art.198

• Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990

• Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990

• Resolução CNS nº 333, de 04 de novembro de 2003Resolução CNS nº 333, de 04 de novembro de 2003

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ETAPAS DO PROJETO

• Encontros Regionais e Cartilha: abertura do canal de diálogo;Encontros Regionais e Cartilha: abertura do canal de diálogo;

• Roteirização de visitas em UBS e monitoramento da atenção básica;Roteirização de visitas em UBS e monitoramento da atenção básica;

• Análise das normas regentes dos conselhos: democracia e Análise das normas regentes dos conselhos: democracia e

autonomia;autonomia;

• Parceria com outros órgãos de controle: TCE, TCM e CGUParceria com outros órgãos de controle: TCE, TCM e CGU

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ROTEIRIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DE

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

• Elaboração de modelo de relatório: base na Política Nacional de Atenção Básica;

• Oficinas regionais de treinamento de conselheiros municipais;

• Coleta de relatórios preenchidos pelas Promotorias de Justiça;

• Consolidação de dados, análise e sugestões de atuação às Promotorias de Tutela Coletiva para monitoramento da atenção básica

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ANÁLISE DAS NORMAS REGENTES DOS CONSELHOS DE SAÚDE:

A PARIDADE E A PRESIDÊNCIA

Representação dos usuários de 50 % do número total de conselheiros; 25% de Representação dos usuários de 50 % do número total de conselheiros; 25% de

trabalhadores da saúde e 25% para gestores e prestadores de serviços trabalhadores da saúde e 25% para gestores e prestadores de serviços

conveniados ao SUS.conveniados ao SUS.

Quarta Diretriz: Inciso VII (Resolução 333): O Conselho de Saúde constituirá uma Conselho de Saúde constituirá uma

Coordenação Geral ou Mesa Diretora, respeitando a paridade expressa nesta Coordenação Geral ou Mesa Diretora, respeitando a paridade expressa nesta

Resolução, Resolução, eleita em Plenário, inclusive o seu Presidente ou Coordenador eleita em Plenário, inclusive o seu Presidente ou Coordenador

Princípios Constitucionais: Republicano, Democrático e ImpessoalidadePrincípios Constitucionais: Republicano, Democrático e Impessoalidade

Reflexo na autonomia do Conselho MunicipalReflexo na autonomia do Conselho Municipal

Vinculação da Res. 333 aos conselhos e gestoresVinculação da Res. 333 aos conselhos e gestores

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Projeto de Fomento ao Controle Social do SUS

Curitiba – maio / 2012

OUTRAS ORIENTAÇÕES IMPORTANTES:

a autonomia como pressuposto para o efetivo controle social

O mandato do conselheiro O mandato do conselheiro não deve coincidirnão deve coincidir com o mandato do Governo Estadual, com o mandato do Governo Estadual,

Municipal, do Distrito Federal ou do Governo Federal.Municipal, do Distrito Federal ou do Governo Federal.

Sugere-se mandato de dois anosSugere-se mandato de dois anos, com recondução a critério das respectivas , com recondução a critério das respectivas

representações.representações.

Sugere-se como impedimento a Sugere-se como impedimento a ocupação de cargos de confiançaocupação de cargos de confiança ou ou de chefia no de chefia no

governogoverno que interfiram na autonomia representativa do conselheiro, e que interfiram na autonomia representativa do conselheiro, e a juízo da a juízo da

entidade representada, pode ser indicativo de substituição do conselheiroentidade representada, pode ser indicativo de substituição do conselheiro

As reuniões plenárias devem ser abertas ao público.As reuniões plenárias devem ser abertas ao público.

As Resoluções do Conselho serão obrigatoriamente homologadas pelo Prefeito As Resoluções do Conselho serão obrigatoriamente homologadas pelo Prefeito

Municipal, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, dando-lhes publicidade oficial. Municipal, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, dando-lhes publicidade oficial.

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ÍNDICE DE AUTONOMIA DO CONSELHO:

1- capacidade de normatização e gestão próprias, independente de 1- capacidade de normatização e gestão próprias, independente de

influências externas;influências externas;

2 – capacidade de articulação com poderes, instituições públicas e 2 – capacidade de articulação com poderes, instituições públicas e

entidades da sociedade civil;entidades da sociedade civil;

3 – capacitação dos conselheiros;3 – capacitação dos conselheiros;

4 – condições materiais para o exercício de suas funções.4 – condições materiais para o exercício de suas funções.

Governos devem garantir autonomia para o pleno funcionamento: Governos devem garantir autonomia para o pleno funcionamento:

dotação orçamentária, secretaria executiva e estrutura administrativa. dotação orçamentária, secretaria executiva e estrutura administrativa.

(Resolução 333).(Resolução 333).

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OPERACIONALIZAÇÃO

Secretaria Executiva deve ser subordinada ao Plenário do Conselho de

Saúde, que definirá sua estrutura e dimensão.

O orçamento deve ser próprio, segundo as disponibilidades orçamentárias deve ser próprio, segundo as disponibilidades orçamentárias

de cada Município (Res. 333/03).de cada Município (Res. 333/03).

Estrutura física: instalações físicas para a Secretaria Executiva, Comissões instalações físicas para a Secretaria Executiva, Comissões

ou Câmaras Técnicas e Assessorias, sala de reuniões, bem como ou Câmaras Técnicas e Assessorias, sala de reuniões, bem como

equipamentos, tais como telefone, fax, computador, fotocopiadora, equipamentos, tais como telefone, fax, computador, fotocopiadora,

transporte para vistorias e entrega de convocações, e material de consumo transporte para vistorias e entrega de convocações, e material de consumo

para o trabalho, e servidores, tecnicamente, capacitados e concursadospara o trabalho, e servidores, tecnicamente, capacitados e concursados..

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FOMENTO À OBSERVÂNCIA DE RESPONSABILIDADES, DIREITOS E DEVERES

O Conselheiro deve conhecer: as reais necessidades dos segmentos que as reais necessidades dos segmentos que representam; as unidades de saúderepresentam; as unidades de saúde; as denúncias da população; fiscalizar ações, denúncias da população; fiscalizar ações, despesas, cobrar providências.despesas, cobrar providências.

Não é função dos conselheiros: o encaminhamento de pessoas aos serviços de saúde ou a tentativa de resolver pessoalmente os problemas apresentados. (princípio da igualdade).

Instrumentos para exercício do controle social: Relatório Anual de Gestão e Relatório Anual de Gestão e acompanhamento da execução das ações definidas no Plano Municipal de acompanhamento da execução das ações definidas no Plano Municipal de Saúde.Saúde. Garantia de apoio técnico ao conselhoGarantia de apoio técnico ao conselho

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SUGESTÕES DE ATUAÇÃO AOS CONSELHEIROS

Verificar se todos os bairros de seu Município possuem serviço de Atenção

Básica funcionando de forma satisfatória.

Quais são as ações e serviços de Atenção Básica à saúde que estão sendo

desenvolvidos;

Cobertura do Programa de Agentes Comunitários de Saúde;

Cobertura do Programa de Saúde da Família;

O número de unidades de saúde e sua localização no Município,

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SUGESTÕES DE ATUAÇÃO AOS CONSELHEIROS

O número de profissionais de saúde por especialização;

A oferta de leitos por especialidade médica, disponível para o Sistema

Único de Saúde-SUS;

Quem autoriza e controla as internações e se existe central de marcação

de consultas, exames e internações;

De que maneira está organizada a distribuição de medicamentos no

Município;

Se a Vigilância Sanitária está implantada e atuante;

Transporte sanitário

Conhecer os contratos e convênios de tercerização

Zelar pelo cumprimento da regra do concurso público

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INDICADORES DE MONITORAMENTO

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PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS:

• Falta de publicidade das reuniões e deliberações dos conselhos;

• Baixa adesão e envolvimento da comunidade: eleições;

• Chancela formal do Plano de Saúde e do Relatório de Gestão;

• Precariedade de estrutura e apoio para desempenho das funções;

• Cooptação política de conselheiros, paridade e representatividade;

• Resistência do gestor na “divisão de poder”

• O promotor de direito

• Baixa resolubilidade da atuação do MP e do Judiciário

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“Oportunidades reais ou substantivas envolvem mais do que

disponibilidade de recursos. Capacidades são poderes para

fazer ou deixar de fazer (incluindo formar, escolher, buscar,

revisar e abandonar objetivos), sem os quais não há escolhas

genuínas.”Amartya Sen.