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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento · Comissão de Assédio Moral O nome da vítima/denunciante será mantido em absoluto sigilo. Telefone: (61) 3225-0478 E-mail:

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Conab - Companhia Nacional de Abastecimento

conteúdo

Grupo de trabalho para elaboração de cartilha sobre assédio moral

editoração

Sumac / GepinProjeto gráfico e ilustrações - Olavo Maciel

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Introdução

O objetivo desta cartilha é esclarecer os empregados da Conab um tema que, atualmente, tem sido muito discutido: o assédio moral nas relações de trabalho.

ConceitoO assédio moral é toda e qualquer ação abusiva (gestos, pa-

lavras, comportamento, escritos, atitudes, etc) que atente, por sua repetição, contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física do empregado, durante a jornada de trabalho e no exercí-cio de suas funções, criando ambiente humilhante, degradan-te, desestabilizador e hostil.

Vale ressaltar que o direito à dignidade humana é assegura-do pela Constituição Federal.

Diferenças entre assédio moral, stress e conflitos no trabalho

Todas as situações que fogem às normas do contrato de tra-balho podem ser caracterizadas como assédio moral. Assim sendo, é necessário ter muita atenção e bom-senso para se dis-cernir acontecimentos comuns nas relações de trabalho das situações que caracterizam o assédio moral.

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Não se pode confundir o assédio moral com o stress, nem com conflitos existentes no ambiente de trabalho, sejam entre colegas ou entre subordinado e superior hierárquico. O stress e os conflitos são situações e fenômenos naturais decorrentes do fato de cada pessoa ter seu modo de pensar e resolver questões rotineiras no âmbito profissional.

Dessa forma, é importante frisar que eventuais ofensas ou atitudes levianas não devem ser caracterizadas como assédio moral, sendo que esse apenas estará presente quando a con-duta ofensiva estiver revestida de continuidade e ocorrer por tempo prolongado, tornando-se um hábito por parte do agressor.

Ofensas esporádicas não caracterizam o terror psicológico representado pelo assédio moral, dando ensejo, por sua vez, a danos morais, danos materiais ou crime contra a honra do ofendido.

Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Esse pressupõe:

1. repetição sistemática;2. intencionalidade; 3. temporalidade.

O assédio moral no trabalho pode ser de diversos tipos:

vertical ascendente – é o tipo de assédio moral que parte de um subordinado para um superior que tenta desacreditá-lo perante os demais, praticando sabotagens, inventando men-tiras a seu respeito, entre outros;

vertical descendente – é o tipo de assédio moral praticado pelo superior hierárquico contra seu(s) subordinado(s), como

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forma de dominação, com o abuso da autoridade inerente às suas funções;

horizontal – é o tipo de assédio que ocorre entre colegas do mesmo nível hierárquico, com a finalidade de excluir alguém indesejado do grupo.

Como se caracteriza o assédio moral no trabalho?

Um dos elementos essenciais para a caracterização do assé-dio moral no ambiente de trabalho é a reiteração da conduta ofensiva ou humilhante, uma vez que, sendo esse fenômeno de natureza psicológica, é remota a possibilidade de apenas um ato esporádico ser capaz de trazer lesões psíquicas à vítima.

O assediador, intencionalmente, expõe a vítima a situações incômodas e humilhantes, atentando à dignidade psíquica do assediado, com a finalidade de excluí-lo do grupo, degradando, deliberadamente, suas condições de trabalho.

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Algumas formas de manifestação do assédio moral:

a) repetir críticas e comentários improcedentes;

b) isolar a vítima do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e de-sacreditada diante dos pares;

c) caluniar e difamar;

d) humilhações públicas (gritar, xingar, apelidar, contar pia-das para denigrir, ridicularizar e humilhar);

e) sonegar informações indispensáveis ao desempenho das funções;

f) recusar a comunicação direta entre o assediador e o asse-diado, quando aquele aceita se comunicar com este apenas por e-mail ou bilhetes;

g) segregação física do empregado no ambiente de trabalho, ou seja, casos em que o mesmo é colocado em local isolado, com dificuldade de se comunicar com os demais colegas;

h) impedir o assediado de se expressar, sem explicar os mo-tivos;

i) impor condições e regras de trabalho personalizadas ao empregado, caso em que são exigidas, de determinada pes-soa, tarefas diferentes das que são cobradas das demais, mais trabalhosas ou inúteis;

j) determinar prazo desnecessariamente exíguo para finali-zação de um trabalho;

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k) fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, humilhar publica-mente o empregado;

l) manipular informações, de forma a não serem repassadas com a antecedência necessária ao assediado;

m) fazer comentários de mau gosto quando o empregado falta ao serviço para ir ao médico;

n) divulgar boatos sobre a moral do empregado.

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Consequências do assédio

A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida e na dignidade do empregado de modo direto, comprometendo sua identidade e suas relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, cons-tituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e con-dições do trabalho. Alguns exemplos:

a) danos à integridade psíquica, física e à autoestima do empregado;

b) prejuízo ao serviço prestado e à carreira do empregado atingido;

c) os colegas de trabalho rompem os laços afetivos com a vítima, seja por medo ou vergonha, seja por competitivi-dade e individualismo;

d) dificuldade de concentração;

e) desequilíbrio emocional;

f) crises de choro frequentes;

g) dores generalizadas;

h) palpitações e tremores;

i) sentimento de inutilidade;

j) insônia ou sonolência excessiva;

k) depressão;

l) diminuição da libido;

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m) sentimento de vingança;

n) hipertensão;

o) dor de cabeça;

p) distúrbios digestivos;

q) tonturas e falta de ar;

r) tendência suicida e tentativa de suicídio;

s) alcoolismo e/ou dependência de outras drogas.

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Como a vítima deve se posicionar diante do assédio moral:

1.conhecer o que é assédio moral e suas características;

2.distinguir do assédio moral outras tensões no trabalho como desavenças eventuais, stress e contrariedade;

3.se constatado o assédio, registrar os incidentes, com data, local, horário e nome do agressor e das testemunhas;

4.gravar as agressões e xingamentos;

5.arquivar as mensagens desrespeitosas anexadas por escrito;

6.dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, princi-palmente daqueles que testemunharam o fato ou que já so-freram humilhações do agressor;

7.conhecer melhor os companheiros de tra-balho, mantendo bom e afetivo relacio-

namento com eles, para que possam testemunhar os fatos, demonstran-do a violência moral ocorrente;

8.procurar maior aproximação com os companheiros de trabalho, em todos os momentos possíveis. Não ficar isolado.

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A quem recorrer em caso de assédio

Comissão de Assédio MoralO nome da vítima/denunciante será mantido em absoluto sigilo.

Telefone: (61) 3225-0478

E-mail:[email protected]

Correspondência: Companhia Nacional de Abastecimento – Conab (Aos cuidados da Comissão de Assédio Moral)Caixa Postal nº 08582 – CEP 70390-010 – Brasília, DF

Pessoalmente:SGAS 901, Lote 69,Conj. A, Ed. Conab, 3º andar, Brasília, DF.

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