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Ministério da Saúde Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho em Saúde Brasília - DF 2006 Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde Série E. Legislação em Saúde

Ministério da Saúde - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cart_camara_regulacao.pdf · ©2006 Ministério da Saúde. Todos os direitos reservados. É permitida

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Ministério da SaúdeSecretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho em Saúde

Brasília - DF2006

Câmara de Regulação do

Trabalho em Saúde

Série E. Legislação em Saúde

© 2006 Ministério da Saúde.

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde quecitada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidadeda área técnica.A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtualdo Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs

Série E. Legislação em Saúde

Tiragem: 1.ª edição – 2006 – xx exemplares

Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na SaúdeDepartamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em SaúdeEsplanada dos Ministérios, bloco G, 7.º andar, sala 75170058-900, Brasília – DFTel.: (61) 3315-2550Fax: (61) 3315-2345E-mails: [email protected] page www.saude.gov/sgtes

Capa e editoração - Dino Vinícius Ferreira de Araujo

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde.

Câmara de regulação do trabalho em saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de

Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão e da Regulação

do Trabalho em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.34 p. – (Série E. Legislação em Saúde)

ISBN 85-334-1094-8

1. Competência profissional. 2. Prática profissional. 3. I. Título. II. Série.

NLM W 21

Catalogação na fonte – Editora MS – OS 2006/0371

Títulos para indexação:Em inglês: Chamber of Work Regulation in HealthEm espanhol: Cámara de Regulación del Trabajo en Salud

Sumário

Introdução 5

Contexto do Exercício Profissional em Saúde no Brasil 7

Exercício Profissional na área da saúde 14

Portaria Nº 827/GM 26

Portaria Nº 174 29

Resolução Nº 287 - CNS 33

Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde4

No Brasil, é livre o exercício de qualquer trabalho, desde quesejam atendidas as qualificações profissionais estabelecidas por lei. AConstituição Federal em seu artigo 22, inciso XVI estabelececompetência privativa à União para legislar sobre a organização dasprofissões. Entretanto, a regulação das profissões tem obedecido muitomais às regras impostas pelo mercado do que propriamente a açõesefetivas do governo.

As iniciativas legislativas reproduzem, na maioria das vezes,resoluções internas dos Conselhos de Fiscalização do ExercícioProfissional, não observando as necessidades do Sistema Único de Saúde(SUS). Prevalecem, desta forma, os interesses corporativos.

Numa análise mais aprofundada da situação, identifica-se umacaracterística básica do atual regime regulatório brasileiro: a existênciade uma legislação que preserva monopólios corporativistas na regulaçãodo trabalho, os quais, muitas vezes, extrapolam os seus próprios limitesde atuação, disseminando conflitos que promovem a competição entreas profissões de saúde. Sendo assim, é fundamental um Estado presentee atuante no papel de gestor e regulador do trabalho em saúde.

Regulação do trabalho diz respeito às regulamentações jurídico-legais (leis de regulamentação do exercício profissional), éticas (códigosde ética) ou administrativas (normas de trabalho) que, a partir daintervenção do Estado demarcam campos de exercício de atividade.

Considerando que a saúde é um bem público, compete ao Estadodispor sobre a sua regulamentação, fiscalização e controle, adequandoo interesse particular ao interesse público.

Introdução

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• Desregulação do trabalho em saúde, permitindo o surgimentode profissões e ocupações sem controle do estado e o devidodiálogo entre as partes envolvidas.

• Desequilíbrio entre oferta e demanda de mão-de-obra em saúde- “boom” de novas escolas. Segundo dados do INEP/MEC, entre1995 e 2003, por exemplo, foram criados, no Brasil:

− 60 novos cursos de Medicina (crescimento de 47%);

− 226 novos cursos de Enfermagem (crescimento de 209,3%);

− 81 novos cursos de Odontologia (crescimento de 91%).

• Dissociação entre os especialistas existentes e os que se for-mam anualmente e a real necessidade da população.

• Profissões consideradas da área da Saúde segundo o ConselhoNacional de Saúde (Resolução nº 287, de 8/10/98):

− Assistência Social

− Biologia

− Biomedicina

− Educação Física

− Enfermagem

− Farmácia

− Fisioterapia

Contexto do Exercício Profissional emSaúde no Brasil

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− Fonoaudiologia− Medicina− Medicina Veterinária− Nutrição− Odontologia− Psicologia− Terapia Ocupacional

Profissionais de saúde de nível superior, inscritos nos respectivosConselhos profissionais, Brasil, 2004:

Profissionais de saúde de nível superior Número de inscritos no Conselho profissional

Médicos 291.413

Odontólogos 178.025

Psicólogos 136.024

Enfermeiros 104.217

Assistentes Sociais 96.209

Educação Física 88.433

Farmacêuticos 73.740

Médicos Veterinários 68.085

Fisioterapeutas 44.897

Biólogos 36.404

Nutricionistas 33.916

Fonoaudiólogos 25.218

Fonte: MS/Conprof, 2005.

• Em 2002, a AMS (Pesquisa Assistência Médico-Sanitária)contabilizou 2.180.598 postos de trabalho no setor Saúde, dos quais:

- 33,5% eram ocupados por profissionais de nível superior(729.747 empregos);

- 28,6% eram ocupados por técnicos e auxiliares (624.331empregos);

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- os trabalhadores com qualificação elementar ocupavam 11,23%dos postos de trabalho (244.809 empregos).

• Um expressivo contingente da força de trabalho no setor saúdeé representado pelos auxiliares e técnicos, que na maioria das vezes nãotêm suas ocupações regulamentadas.

Empregos de saúde por categoria profissional - Brasil, 2002

Médico 466.112Enfermeiro 88.952Odontólogo 56.995Bioquímico/Farmacêutico 28.670Fisioterapeuta 22.558Psicólogo 15.716Assistente Social 13.167Nutricionista 9.536Fonoaudiólogo 7.974Sanitarista 889Técnico de enfermagem 82.627Técnico e auxiliar de laboratório 41.187Técnico em radiologia médica 24.347Técnico em saúde oral 14.666Técnico e auxiliar de farmácia 12.878Técnico e auxiliar em nutrição e dietética 8.876Técnico e auxiliar em fisioterapia/reabilitação 4.874Fiscal sanitário 4.260Técnico e auxiliar em hematologia/hemoterapia 3.257Técnico e auxiliar em vigilância sanitária e ambiental 2.453Técnico em equipamentos médico-hospitalares 1.923Técnico em citologia/citotécnica 1.325Técnico e auxiliar em histologia 626Auxiliar de enfermagem 389.277Atendente de enfermagem 60.639Guarda endemias 16.805Agente de saúde pública 10.468Parteira 2.546Agente comunitário de saúde 142.696Administração 581.711Outros profissionais 62.588Total 2.180.598

Fonte: IBGE, Pesquisa Assistência Médico-Sanitária,2002

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Distribuição dos postos de trabalho em saúde, segundo nívelde escolaridade - Brasil, 2002

Fonte: IBGE, AMS, 2002

Nesse cenário, foi criada a CÂMARA DE REGULAÇÃO DOTRABALHO EM SAÚDE (CRTS), por meio da Portaria GM/MS nº827, de 5 de maio de 2004 (alterada pela Portaria GM/MS nº 174, de 27de janeiro de 2006), dentro da política de um governo democrático epopular que chama para si a responsabilidade de debater, com diversossegmentos, ações que dizem respeito a toda a sociedade.

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CÂMARA DE REGULAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE

• É uma instância permanente de caráter consultivo e naturezacolegiada que permitirá ao poder público reassumir seu papelna regulação do trabalho em saúde, conforme mandamentoconstitucional e em consonância com a Lei Orgânica da Saúde(Lei nº. 8.080/90).

• Criada no âmbito da Secretaria de Gestão do Trabalho e daEducação na Saúde (SGTES) está vinculada ao Departamentode Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (Degerts).

• Constitui-se em um espaço de discussão entre gestores do SUSe representações profissionais com vistas à construção coletivade respostas para questões relacionadas à regulação do trabalhoem saúde;

• Tem como desafio aliar a defesa dos interesses dos profissionaisde saúde à garantia de que o trabalho seja efetivamente útilpara a sociedade.

ATRIBUIÇÕES

• Apreciar ações de regulação profissional para as profissões eocupações da área de Saúde;

• Sugerir mecanismos de regulação profissional da área de saúde;

• Sugerir iniciativas legislativas visando ao exercício de novasprofissões e ocupações.

PROPOSTA DE AÇÃO

• Discutir questões ligadas ao reconhecimento de profissões eocupações na área da Saúde, os limites e as competências de cadacategoria;

• Subsidiar a atuação do Ministério da Saúde sobre questõesligadas à regulação do trabalho em saúde;

• Realizar audiências públicas como meio de disseminar o debatecom as representações profissionais, os técnicos e especialistas sobreos temas de sua pauta de trabalho;

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• Formular políticas de regulação do trabalho em articulação comas demais instâncias governamentais participantes, que detêmprerrogativas nesta área;

• Articular políticas de regulação profissional junto ao FÓRUMPERMANENTE MERCOSUL para o Trabalho em Saúde, subsidiandoa Subcomissão de Desenvolvimento e Exercício Profissional (SGT 11),visando à integração profissional no âmbito do Mercosul.

INSTÂNCIAS PARTICIPANTES

• Ministério da Saúde;• Ministério da Educação;• Ministério do Trabalho e Emprego;• Conselho Nacional de Secretários de Saúde - Conass;• Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde -

Conasems;• Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa;• Conselhos integrantes do Fórum Nacional dos Conselhos

Federais da Área da Saúde;• Entidades Científicas das Profissões da Área de Saúde;• Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP-SUS)

Instrumentos gerenciais de apoio aos trabalhos da CRTS

CONPROF

Com o objetivo de subsidiar os trabalhos da CRTS o DEGERTSdisponibiliza, via internet, o CONPROF – Banco de Dados dos ConselhosProfissionais da Área da Saúde.

O CONPROF reúne uma série de informações relevantes no campoda regulação profissional, tais como: número de profissionais inscritose de profissionais ativos em cada Conselho, número de ConselhosRegionais por profissão, distribuição dos profissionais por sexo em cadacategoria e a legislação pertinente (leis de regulamentação, decretos,resoluções, códigos de ética).

O CONPROF constitui-se em um instrumento inédito de grandeimportância na formulação e implementação de ações, no âmbito da

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regulação, nos aspectos da gestão do trabalho e da educação na saúde.O CONPROF pode ser acessado pela página do Ministério da

Saúde: www.saude.gov.br/sigtrabalho

Sistema de acompanhamento de Projetos de Lei

Este Sistema contém informações retiradas da página da Câmarados Deputados sobre Projetos de Lei em tramitação no CongressoNacional que tratam de questões ligadas às profissões da área da saúde.

Tais informações servem de subsídio para as discussões da Câmarade Regulação do Trabalho em Saúde.

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Exercício Profissional na Área da Saúde

Profissão

BIOLOGIALei nº 6684, de 03 de setembrode 1979

(Regulamenta as profissões debiólogo e biomédico, cria oConselho Federal e osConselhos Regionais deBiologia e Biomedicina)

Exercício Profissional

O exercício da profissão debiólogo é privativo dosportadores de diploma:

I - devidamente registrado, debacharel ou licenciado emcurso de História Natural, oude Ciências Biológicas, emtodas as suas especialidadesou de licenciado em Ciências,com habilitação em Biologia,expedido por instituiçãobrasileira oficialmentereconhecida;

II - expedido por instituiçõesestrangeiras de ensino supe-rior, regularizado na forma dalei, cujos cursos foremconsiderados.

Atos Privativos

Sem prejuízo do exercício dasmesmas atividades por outrosprofissionais igualmentehabilitados na forma dalegislação específica, o biólogopoderá:

I - Formular e elaborar estudo,projeto ou pesquisa científicabásica e aplicada, nos váriossetores da Biologia ou a elaligados, bem como os que serelacionem à preservação,saneamento e melhoramentodo meio ambiente, executandodireta ou indiretamente asatividades resultantes dessestrabalhos;

II - Orientar, dirigir, assessorare prestar consultoria aempresas, fundações,sociedades e associações declasse, entidades autárquicas,privadas ou do Poder Público,no âmbito de suaespecialidade;

III - Realizar perícias, emitir eassinar laudos técnicos epareceres, de acordo com ocurrículo efetivamenterealizado.

continua...

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Profissão

BIOMEDICINALei n° 6.684, de 03 desetembro de 1979,(Regulamenta as Profissões deBiólogo e Biomédico, cria oConselho Federal e osConselhos Regionais deBiologia e Biomedicina)

Exercício Profissional

O exercício da profissão debiomédico é privativo dosportadores de diploma:

I - devidamente registrado, debacharel em curso oficialmentereconhecido de CiênciasBiológicas, modalidademédica;

II - emitido por instituiçõesestrangeiras de ensino supe-rior, devidamente revalidado eregistrado como equivalente aodiploma mencionado no incisoanterior.

Atos Privativos

Sem prejuízo do exercício dasmesmas atividades por outrosprofissionais igualmentehabilitados na forma dalegislação específica, obiomédico poderá:

I – Realizar análises físico-químicas e microbiológicas deinteresse para o saneamentodo meio ambiente;

II – Realizar serviços deradiografia, excluída ainterpretação;

III – Atuar, sob supervisãomédica, em serviços dehemoterapia, radiodiagnósticoe de outros para os quais estejalegalmente habilitado;

IV – Planejar e executarpesquisas científicas eminstituições públicas eprivadas, na área de suaespecialidade profissional.

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continuação

EDUCAÇÃO FÍSICALei nº 9.696, de 1º de setembrode 1998

(Dispõe sobre aregulamentação da Profissão deEducação Física e cria osrespectivos Conselho Federal eConselhos Regionais deEducação Física)

O exercício das atividades deEducação Física e a designaçãode profissional de educação físicaé prerrogativa dos profissionaisregularmente registrados nosConselhos Regionais de EducaçãoFísica. Apenas serão inscritos nosquadros dos Conselhos Regionaisde Educação Física os seguintesprofissionais:

I - os possuidores de diplomaobtido em curso de EducaçãoFísica, oficialmente autorizado oureconhecido;

II - os possuidores de diploma emEducação Física expedido porinstituição de ensino superior

Compete ao Profissional deEducação Física coordenar,planejar, programar,supervisionar, dinamizar,dirigir, organizar, avaliar eexecutar trabalhos, programas,planos e projetos, bem comoprestar serviços de auditoria,consultoria e assessoria,realizar treinamentosespecializados, participar deequipes multidisciplinares einterdisciplinares e elaborarinformes técnicos, científicos epedagógicos, todos nas áreas deatividades físicas e do desporto.

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estrangeira, revalidado na formada legislação em vigor;

III - os que, até a data do início davigência desta Lei, tenhamcomprovadamente exercidoatividades próprias dosProfissionais de Educação Física,nos termos a serem estabelecidospelo Conselho Federal deEducação Física.

ENFERMAGEMLei nº 7.498, de 25 de junho de1986

(Dispõe sobre aRegulamentação do exercício daEnfermagem e dá outrasprovidências)

A enfermagem e suas atividadesauxiliares somente podem serexercidas por pessoas legalmentehabilitadas e inscritas noConselho Regional de Enfermagemcom jurisdição na área ondeocorre o exercício.

São enfermeiros:

I – o titular do diploma deenfermeiro conferido porinstituição de ensino, nos termosda lei;

II – o titular do diploma oucertificado de obstetriz ou deenfermeira obstétrica, conferidonos termos da lei;

III – o titular do diploma oucertificado de enfermeira e a titu-lar do diploma ou certificado deenfermeira obstétrica ou deobstetriz, ou equivalente,conferido por escola estrangeirasegundo as leis do país, registradoem virtude de acordo deintercâmbio cultural ourevalidado no Brasil como di-ploma de enfermeiro, deenfermeira obstétrica ou deobstetriz;

O enfermeiro exerce todas asatividades de enfermagemcabendo-lhe:

I – privativamente:

Direção do órgão deEnfermagem integrante daestrutura básica da instituiçãode saúde, pública ou privada, echefia de serviço e de unidadede Enfermagem;

Organização e direção dosserviços de Enfermagem e desuas atividades técnicas eauxiliares nas empresasprestadoras desses serviços;

Planejamento, organização,coordenação, execução eavaliação dos serviços daassistência de Enfermagem;

Consultoria, auditoria e emissãode parecer sobre matéria deEnfermagem; consulta deEnfermagem;

Prescrição da assistência deEnfermagem; cuidados diretos deEnfermagem a pacientes gravescom risco de vida;

Cuidados de Enfermagem demaior complexidade técnica eque exijam conhecimentos

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IV – aqueles que, não abrangidospelos incisos anteriores,obtiverem título de enfermeiroconforme o disposto na alínea “d”,do art. 3º, do Decreto nº 50.387,de 28 de março de 1961.

científicos adequados ecapacidade de tomar decisõesimediatas.

FARMÁCIADecreto nº 85.878 de 07/04/1981(Âmbito Profissional doFarmacêut ico) Estabelecenormas para execução de Leinº 3.820 de 11 de novembro de1960, sobre o exercício daprofissão de farmacêutico, e dáoutras providências.

Somente aos membros inscritosnos Conselhos Regionais deFarmácia será permitido oexercício de atividadesprofissionais farmacêuticas noPaís. Para inscrição no quadro defarmacêuticos dos ConselhosRegionais é necessário, além dosrequisitos legais de capacidadecivil: 1) ser diplomado ougraduado em Farmácia porInstituto de Ensino Oficial ou aeste equiparado; 2) estar com oseu diploma registrado narepartição sanitária competente;3) não ser nem estar proibido deexercer a profissão farmacêutica;4) gozar de boa reputação porsua conduta pública, atestada por3 (três) farmacêuticos inscritos.

* Lei nº 3.820 de 11 denovembro de 1960 (Cria oConselho Federal e os ConselhosRegionais de Farmácia, e dáoutras Providências).

São atribuições privativas dosprofissionais farmacêuticos:

I -Desempenho de funções dedispensação ou manipulação defórmulas magistrais efarmacopéicas, quando aserviço do público em geral oumesmo de natureza privada;

II - Assessoramento eresponsabilidade técnica em:

a) es t abe l ec imen tosindustriais farmacêuticos emque se fabriquem produtos quetenham indicações e/ou açõesterapêuticas, anestésicos ouauxiliares de diagnóstico, oucapazes de criar dependênciafísica ou psíquica;

b) órgãos, laboratórios,setores ou estabelecimentosfarmacêuticos em que seexecutem controle e/ouinspeção de qualidade, análiseprévia, análise de controle e aanálise fiscal de produtos quetenham destinação terapêutica,anestésica ou auxiliar dediagnósticos ou capazes dedeterminar dependência físicaou psíquica;

c) órgãos laboratórios,setores ou estabelecimentosfarmacêuticos em que sepratique extração, purificação,

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controle de qualidade, inspeçãode qualidade, análise prévia,análise de controle e análisefiscal de insumos farmacêuticosde origem vegetal, animal emineral;

d) depósitos de produtosfarmacêuticos de qualquernatureza;

III - A fiscalização profissionalsanitária e técnica de empresas,estabelecimentos, setores,fórmulas, produtos, processos emétodos farmacêuticos ou denatureza farmacêutica;

IV - A elaboração de laudostécnicos e a realização deperícias técnico-legaisrelacionados com atividades,produtos, fórmulas, processos emétodos farmacêuticos ou denatureza farmacêutica;

V - O magistério superior dasmatérias privativas constantes docurrículo próprio do curso deformação farmacêutica,obedecida a legislação doensino;

VI - Desempenho de outrosserviços e funções, nãoespecificados no Decreto, quese situem no domínio decapacitação técnico-científicaprofissional.

FISIOTERAPIA e TERAPIAOCUPACIONALDecreto Lei nº 938 - de 13 deoutubro de1969

(Provê sobre as profissões defisioterapeuta e terapeuta

O fisioterapeuta e o terapeutaocupacional, diplomados porescolas e cursos reconhecidos,são profissionais de nível supe-rior. Os profissionais de que trataeste Decreto-lei, diplomados por

Fisioterapeuta: executarmétodos e técnicasfisioterápicos com a finalidadede restaurar, desenvolver econservar a capacidade física dopaciente.

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ocupacional, e dá outrasprovidências)

escolas estrangeiras devidamentereconhecidas no país de origem,poderão revalidar seus diplomas.

*Lei nº. 6.316, de 17 de dezembrode 1975

(Cria o Conselho Federal e osConselhos Regionais deFisioterapia e TerapiaOcupacional e dá outrasprovidências): o livre exercícioda profissão de Fisioterapeuta eTerapeuta Ocupacional em todoterritório nacional, somente épermitido ao portador de CarteiraProfissional expedida por órgãocompetente.

Terapeuta Ocupacional:executar métodos e técnicasterapêuticas e recreacionais,com a finalidade de restaurar,desenvolver e conservar acapacidade mental do paciente.

FONOAUDIOLOGIA

Lei nº 6.965, de 9 de dezembrode 1981.

(Dispõe sobre aregulamentação da Profissão deFonoaudiólogo, e determinaoutras providências)

O exercício da profissão defonoaudiólogo será assegurado:a)aos portadores de diplomaexpedido por curso superior deFonoaudiologia oficial oureconhecido; b) aos portadoresde diploma expedido por cursocongênere estrangeiro,revalidado na forma da legislaçãovigente; c) aos portadores de di-ploma ou certificado fornecido,até a data da presente Lei, porcursos enquadrados na Resoluçãonúmero 54, do Conselho Federalde Educação, publicada no“Diário Oficial” da União de 15de novembro de 1976.

Desenvolver trabalho deprevenção no que se refere àárea da comunicação escrita eoral, voz e audição; participarde equipes de diagnóstico,realizando a avaliação dacomunicação oral e escrita, voze audição; realizar terapiafonoaudiológica dos problemasde comunicação oral e escrita,voz e audição; realizar oaperfeiçoamento dos padrões davoz e fala; colaborar emassuntos fonoaudiológicosligados a outras ciências;projetar, dirigir ou efetuarpesquisas fonoaudiológicaspromovidas por entidadespúblicas, privadas, autárquicase mistas;

Lecionar teoria e práticafonoaudiológicas; dirigirserviços de fonoaudiologia emestabelecimentos públicos,

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privados, autárquicos e mistos;supervisionar profissionais ealunos em trabalhos teóricos epráticos de Fonoaudiologia;assessorar órgãos eestabelecimentos públicos,autárquicos, privados ou mistosno campo da Fonoaudiologia;participar da Equipe deOrientação e Planejamento Es-colar, inserindo aspectospreventivos ligados a assuntosfonoaudiológicos; dar parecerfonoaudiológico, na área dacomunicação oral e escrita, voze audição; realizar outrasatividades inerentes à suaformação universitária pelocurrículo.

MEDICINA

Lei nº 3.268, de 30 de setembrode 1957

(Dispõe sobre os Conselhos deMedicina e dá outrasprovidências)

Os médicos só poderão exercerlegalmente a medicina, emqualquer dos seus ramos ouespecialidades, após o prévioregistro de seus títulos, diplomas,certificados ou cartas doMinistério da Educação e Culturae de sua inscrição no ConselhoRegional de Medicina, sob cujajurisdição se achar o local de suaatividade.

Não existe, na Lei nº 3.268/57,artigo que especifique asatribuições privativas domédico.

* Esta matéria é tratada emResoluções do Conselho Federalde Medicina (CFM nº 1.627 de23/10/2001).

MEDICINA VETERINÁRIA

Lei nº 5.517, de 23 de outubrode 1968

(Dispõe sobre o exercício daprofissão de Médico Veterinárioe cria os Conselhos Federal eRegionais de MedicinaVeterinária)

Só é permitido o exercício daprofissão de médico-veterinário:

a) aos portadores de diplomasexpedidos por escolas oficiais oureconhecidas e registradas naDiretoria do Ensino Superior doMinistério da Educação e Cultura;

b) aos profissionais diplomadosno estrangeiro que tenhamrevalidado e registrado seu di-

Prática da clínica em todas assuas modalidades; Direção doshospitais para animais;assistência técnica e sanitáriaaos animais sob qualquer forma;planejamento e a execução dadefesa sanitária animal; direçãotécnica sanitária dosestabelecimentos industriais e,sempre que possível, doscomerciais ou de finalidades

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ploma no Brasil, na forma dalegislação em vigor.

O exercício das atividadesprofissionais só será permitidoaos portadores de carteiraprofissional expedida peloConselho Federal de MedicinaVeterinária ou pelos ConselhosRegionais de MedicinaVeterinária criados na presentelei.

natureza dos trabalhos tenha porobjetivo exclusivo a indústriaanimal; organização doscongressos, comissões,seminários e outros tipos dereuniões destinados ao estudo damedicina veterinária, bem comoa assessoria técnica doMinistério das RelaçõesExteriores, no País e noestrangeiro, no que diz com osproblemas relativos à produçãoe à indústria animal.

NUTRIÇÃOLei nº 8.234, de 17 de setembrode 1.991

(Regulamenta a profissão deNutricionista e determina outrasprovidências)

A designação e o exercício daprofissão de nutricionista,profissional de saúde, emqualquer de suas áreas, sãoprivativos dos portadores de di-ploma expedido por escolas degraduação em nutrição, oficiaisou reconhecidas, devidamenteregistrado no órgão competentedo Ministério da Educação eregularmente inscrito no ConselhoRegional de Nutricionistas darespectiva área de atuaçãoprofissional.

Direção, coordenação esupervisão de cursos degraduação em nutrição;planejamento, organização,direção, supervisão e avaliaçãode serviços de alimentação enutrição; planejamento,coordenação, supervisão eavaliação de estudos dietéticos;ensino das matériasprofissionais dos cursos degraduação em nutrição; ensinodas disciplinas de nutrição ealimentação nos cursos degraduação da área de saúde eoutras afins; auditoria,consultoria e assessoria emnutrição e dietética; assistênciae educação nutricional acoletividades ou indivíduos,sadios ou enfermos, eminstituições públicas e privadase em consultório de nutrição edietética; assistênciadietoterápica hospitalar,ambulatorial e a nível deconsultórios de nutrição e

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dietética, prescrevendo,planejando, analisando,supervisionando e avaliandodietas para enfermos.

ODONTOLOGIALei nº 5.081 de 24/08/1966

(Regula o Exercício daOdontologia)

O exercício da Odontologia noterritório nacional só é permitidoao cirurgião-dentista habilitadopor escola ou faculdade oficialou reconhecida, após o registrodo diploma na Diretoria do EnsinoSuperior, no Serviço Nacional deFiscalização da Odontologia, sobcuja jurisdição se achar o localde sua atividade.

Praticar todos os atos pertinentesà Odontologia, decorrentes deconhecimentos adquiridos emcurso regular ou em cursos depós-graduação; prescrever eaplicar especialidadesfarmacêuticas de uso interno eexterno, indicadas emOdontologia; atestar, no setor desua atividade profissional,estados mórbidos e outros, in-clusive, para justificação defaltas ao emprego; proceder àperícia odontolegal em forocivil, criminal, trabalhista e emsede administrativa; aplicaranestesia local e truncular;empregar a analgesia e hipnose,desde que comprovadamentehabilitado, quando constituíremmeios eficazes para otratamento; manter, anexo aoconsultório, laboratório deprótese, aparelhagem einstalação adequadas parapesquisas e análises clínicas,relacionadas com os casosespecíficos de suaespecialidade, bem comoaparelhos de Raios X, paradiagnóstico, e aparelhagem defisioterapia; prescrever e aplicarmedicação de urgência no casode acidentes graves quecomprometam a vida e a saúdedo paciente; utilizar, no

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exercício da função de perito-odontólogo, em casos denecropsia, as vias de acesso dopescoço e da cabeça.

PSICOLOGIALei nº 4.119, de 27/08/1962

(Dispõe sobre os cursos deformação em Psicologia eregulamenta a profissão dePsicólogo)

Para o exercício profissional éobrigatório o registro dos diplo-mas no órgão competente doMinistério da Educação e Cultura.

Ao portador do diploma deBacharel em Psicologia, éconferido o direito de ensinarPsicologia em cursos de graumédio, nos termos da legislaçãoem vigor.

Ao portador do diploma deLicenciado em Psicologia éconferido o direito de lecionarPsicologia, atendidas asexigências legais devidas.

Ao portador do diploma depsicólogo é conferido o direito deensinar Psicologia nos várioscursos de que trata esta lei,observadas as exigências legaisespecíficas, e a exercer aprofissão de Psicólogo.

Utilização de métodos e técnicaspsicológicas com os seguintesobjetivos:

a) diagnóstico psicológico;

b) orientação e seleçãoprofissional;

c) orientação psicopedagógica;

d)solução de problemas deajustamento.

SERVIÇO SOCIAL

Lei nº 8.662/93

(Dispõe sobre a profissão deAssistente Social e dá outrasprovidências)

Somente poderão exercer aprofissão de assistente social:

I - Os possuidores de diploma emcurso de graduação em ServiçoSocial, oficialmente reconhecido,expedido por estabelecimento deensino superior existente no País,devidamente registrado no órgãocompetente;

II - os possuidores de diploma decurso superior em Serviço Social,em nível de graduação ouequivalente, expedido por

· Coordenar, elaborar, executar,supervisionar e avaliar estudos,pesquisas, planos, programas eprojetos na área de Serviço So-cial;· Planejar, organizar e adminis-trar programas e projetos emUnidade de Serviço Social;· Assessoria e consultoria aórgãos da administraçãopública direta e indireta,empresas privadas e outrasentidades, em matéria deServiço Social;

Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde22

Profissão Exercício Profissional Atos Privativos

continua...

continuação

estabelecimento de ensinosediado em países estrangeiros,conveniado ou não com o governobrasileiro, desde que devidamenterevalidado e registrado em órgãocompetente no Brasil;

III - os agentes sociais, qualquerque seja sua denominação comfunções nos vários órgãospúblicos, segundo o disposto noart. 14 e seu parágrafo único daLei nº 1.889, de 13 de junho de1953.

O exercício da profissão deAssistente Social requer prévioregistro nos Conselhos Regionaisque tenham jurisdição sobre aárea de atuação do interessadonos termos desta Lei.

· Realizar vistorias, períciastécnicas, laudos periciais,informações e pareceres sobrea matéria de Serviço Social;

· Assumir, no magistério deServiço Social tanto a nível degraduação como pós-graduação,disciplinas e funções que exijamconhecimentos próprios eadquiridos em curso de formaçãoregular;

· Treinamento, avaliação esupervisão direta de estagiáriosde Serviço Social;

· Dirigir e coordenar Unidadesde Ensino e Cursos de ServiçoSocial, de graduação e pós-graduação;

· Dirigir e coordenar asso-ciações, núcleos, centros deestudo e de pesquisa em ServiçoSocial;

· Elaborar provas, presidir ecompor bancas de exames ecomissões julgadoras de concur-sos ou outras formas de seleçãopara Assistentes Sociais, ou ondesejam aferidos conhecimentosinerentes ao Serviço Social;

· Coordenar seminários, encon-tros, congressos e eventosassemelhados sobre assuntos deServiço Social;

· Fiscalizar o exercício profis-sional através dos Conselhos Fed-eral e Regionais; dirigir serviçostécnicos de Serviço Social ementidades públicas ou privadas;

· Ocupar cargos e funções dedireção e fiscalização da gestão

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DEG

ERTS

Profissão Exercício Profissional Atos Privativos

continuação

financeira em órgãos e entidadesrepresentativas da categoriaprofissional.

Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde24

Portaria Nº 827/GM

Ministério da SaúdeGABINETE DO MINISTRO

PORTARIA Nº 827/GM, em 5 de maio de 2004.

Cria a Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde e dá outrasprovidências.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lheconfere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e

Considerando a competência privativa da União para legislar sobre aorganização do sistema nacional de emprego e as condições de trabalho incisoXVI do art. 22 da Constituição Federal;

Considerando que incumbe a direção nacional do SUS promoverarticulação com órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional ecom entidades representativas de formação de recursos humanos na área desaúde inciso IX do art. 16 da Lei. nº 8.080, de 19 de setembro de 1990;

Considerando a necessidade de elaboração de normas regulamentares e aconstituição de mecanismos de regulação do exercício de profissões na área desaúde;

Considerando os conflitos existentes na regulamentação de atos reservadose entre outras medidas disciplinadoras do exercício de profissões na área desaúde;

Considerando a necessidade de definição de uma política de regulação deprofissões para a área de saúde; e

Considerando a necessidade do Ministério da Saúde emitir parecer, sempreque requisitado, sobre o exercício de profissões e ocupações na área de saúde,

R E S O L V E:

Art. 1° Constituir uma Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde(CRTS), de caráter consultivo e vínculo com o Departamento de Gestão e da

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ERTS

Regulação do Trabalho em Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educaçãona Saúde do Ministério da Saúde, com as seguintes atribuições:

I - propor ações de regulação profissional para as profissões e ocupaçõesda área de saúde;

II - assentir os mecanismos de regulação profissional da área de saúde;III - interagir com o Poder Legislativo, por meio da Assessoria Parlamentar

do Gabinete do Ministro da Saúde, munindo-a de subsídios para a execução doseu trabalho; e

IV - sugerir a alteração de leis e estimular iniciativas legislativas visandoregular o exercício de novas profissões e ocupações.

Art. 2° A CRTS terá a seguinte composição:I - cinco representantes do Ministério da Saúde:

a) Coordenador-Geral de Regulação e Negociação do Trabalho emSaúde, que a coordenará;b) Diretor do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho emSaúde,c) um representante do Departamento de Gestão da Educação na Saúde;d) um representante da Secretaria de Atenção à Saúde; ee) um representante da Secretaria de Vigilância em Saúde.

II - dois representantes do Ministério da Educação, sendo:a) um representante da Secretaria de Educação Média e Tecnológica; eb) um representante da Secretaria de Educação Superior.

III - um representante do Ministério do Trabalho e Emprego;IV - um representante do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de

Saúde (CONASS);V - um representante do Conselho Nacional dos Secretários Municipais

de Saúde (CONASEMS);VI - um representante de cada um dos seguintes Conselhos Federais da

área de saúde:a) Conselho Federal de Biologia;b) Conselho Federal de Biomedicina;c) Conselho Federal de Educação Física;d) Conselho Federal de Enfermagem;e) Conselho Federal de Farmácia;f) Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional;g) Conselho Federal de Fonoaudióloga;h) Conselho Federal de Medicina;i) Conselho Federal de Medicina Veterinária;j) Conselho Federal de Nutricionistas;k) Conselho Federal de Odontologia;

Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde26

l) Conselho Federal de Psicologia;m) Conselho Federal de Serviço Social; en) Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia.

VII - quatro representantes de entidades científicas das profissões da áreade saúde, sendo:

a) um representante da Associação Médica Brasileira;b) um representante da Associação Brasileira de Enfermagem; ec) dois representantes por designação das entidades nacionais dostrabalhadores da área de saúde que integram o Fórum das EntidadesNacionais dos Trabalhadores da Área de Saúde (FENTAS).

Parágrafo único. A exceção dos representantes individuados pelo caputdeste artigo, os demais integrantes da Câmara serão livremente designados pormeio de expediente subscrito pelos representantes legais dos órgãos e instituiçõesrepresentadas.

Art. 3° A Câmara de Regulação contará com dois assessores técnicos,indicados pelo seu Coordenador, para assisti-la na consecução dos seus trabalhos.

Art 4° Quando necessário, a CRTS poderá convidar especialistas ouinstituições para participarem de discussões específicas, considerando o notóriosaber dos convidados sobre os assuntos.

Art. 5° Compete ao Coordenador-Geral de Regulação e Negociação doTrabalho em Saúde a propositura do Regime Interno, bem como a indicação doSecretário-Executivo da Câmara.

Art. 6° A CRTS adotará a forma de audiência pública como meio dedisseminar o debate com as representações profissionais, os técnicos e especialistassobre os temas de sua pauta de trabalho.

Art. 7° As reuniões da CRTS ocorrerão ordinariamente uma vez acada três meses por mês e, extraordinariamente, sempre que convocada peloseu Coordenador.

Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicaçãoArt. 9º Fica revogada a Portaria nº 2429/GM, de 23 de dezembro de

2003, publicada no DOU nº 251, de 26 de dezembro de 2003 seção 1 pág. 25.

HUMBERTO COSTA

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Edição Número 21 de 30/01/2006

Ministério da Saúde - Gabinete do Ministro

PORTARIA N o 174, DE 27 DE JANEIRO DE 2006

Reestrutura a Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe confereo inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, e Considerandoa competência privativa da União para legislar sobre a organização do sistemanacional de emprego e as condições para o exercício de profissões, atribuídapelo inciso XVI do art. 22 da Constituição Federal;

Considerando que incumbe à direção nacional do SUS promover articulaçãocom órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional e com entidadesrepresentativas de formação de recursos humanos na área de saúde, prevista noinciso IX do art. 16 da Lei. nº 8.080, de 19 de setembro de 1990;

Considerando a necessidade de se tornar a Câmara de Regulação do Trabalhoem Saúde um eficaz mecanismo para auxiliar a regulação do exercício profissionalna área de saúde;

Considerando os conflitos gerados pelos atuais mecanismos de regulamentaçãode atos reservados e por iniciativas disciplinadoras do exercício de profissões naárea de saúde;

Considerando a necessidade de definição de uma política de regulação deprofissões para a área de saúde; e

Considerando a necessidade de o Ministério da Saúde emitir parecer, sempreque requisitado, sobre o exercício de profissões e ocupações na área de saúde,resolve:

Art. 1° A Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde (CRTS), de caráterconsultivo e vínculo com o Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalhoem Saúde - da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do

Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde28

Ministério da Saúde -, tem as seguintes funções:

I - debater ações de regulação profissional para as profissões e ocupaçõesda área de saúde;

II - sugerir mecanismos de regulação profissional da área de saúde; e

III - sugerir iniciativas legislativas visando regular o exercício de novasprofissões e ocupações na área de saúde.

Art. 2° A CRTS terá a seguinte composição:

I - oito representantes do Ministério da Saúde, sendo:

a) o Diretor do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalhoem Saúde, que a coordenará;

b) o Coordenador-Geral de Regulação e Negociação do Trabalho emSaúde, que atuará como Coordenador Adjunto;

c) dois representantes do Departamento de Gestão da Educação na Saúde,sendo:

um da Coordenação-Geral de Ações Estratégicas em Educação na Saúde;e

um da Coordenação-Geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde;

d) um representante da Secretaria de Atenção à Saúde; e

e) um representante da Secretaria de Vigilância em Saúde.

II - dois representantes do Ministério da Educação, sendo:

a) um representante da Secretaria de Educação Média e Tecnológica;e

b) um representante da Secretaria de Educação Superior.

III - um representante do Ministério do Trabalho e Emprego;

IV - um representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde(CONASS);

V - um representante do Conselho Nacional de Secretários Municipaisde Saúde (CONASEMS);

VI - um representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA);

VII - um representante de cada um dos Conselhos integrantes do FórumNacional dos Conselhos Federais da Área da Saúde;

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ERTS

VIII - quatro representantes de entidades científicas das profissões daárea de saúde, sendo:

a) um representante da Associação Médica Brasileira;

b) um representante da Associação Brasileira de Enfermagem; e

c) dois representantes por designação das entidades nacionais dostrabalhadores da área de saúde que integram o Fórum das EntidadesNacionais dos Trabalhadores da Área de Saúde (FENTAS); e

IX - dois representantes da bancada dos trabalhadores da Mesa Nacionalde Negociação Permanente do SUS.

Parágrafo único. À exceção dos representantes individuados pelo inciso I desteartigo, os demais integrantes da Câmara serão livremente designados por meiode expediente subscrito pelos representantes legais dos órgãos e das instituiçõesrepresentadas.

Art. 3° Compete ao Coordenador da CRTS a indicação do Secretário-Executivoe do Relator Geral da Câmara.

Art. 4° A Câmara de Regulação contará com dois assessores técnicos, indicadospelo seu Coordenador, para assisti-la na consecução dos seus trabalhos.

Art 5° Quando necessário, a CRTS poderá convidar especialistas ou instituiçõespara participarem de discussões específicas, considerando o notório saber dosconvidados sobre os assuntos.

Art. 6° A CRTS poderá realizar audiências públicas para disseminar o debatesobre temas de sua pauta de trabalho.

Art. 7° As reuniões da CRTS ocorrerão ordinariamente uma vez a cada trêsmeses e, extraordinariamente, sempre que convocadas pelo seu Coordenador.

Art. 8° Os integrantes da CRTS serão notificados da realização de suas reuniõespor meio eletrônico ou por ofício enviado pelo seu Coordenador, com antecedênciamínima de 5 (cinco) dias úteis.

Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde30

Parágrafo único. A notificação deverá conter:

I - a proposta de pauta da reunião; e

II - o local, a data e a hora em que a reunião se realizará.

Art. 9° A reunião da CRTS somente será realizada se presente a maioriaabsoluta dos seus membros.

§ 1° Os trabalhos da reunião acontecerão no horário das dez às dezessete horas,podendo estender-se por decisão da Câmara.

§ 2° A verificação do quórum de instalação da reunião será realizada 15 (quinze)minutos após a hora prevista para seu início.

Art. 10. A ata da reunião da CRTS será redigida pelo seu Relator Geral e subscrita,na reunião seguinte, por todos os representantes que dela participaram, após aleitura e aprovação do seu texto.

Parágrafo único. Uma minuta da ata de que trata o caput deste artigo deveráacompanhar a notificação da reunião seguinte.

Art. 11. Os consensos construídos na CRTS referentes às atribuições que lhessão conferidas pelo artigo 1º desta Portaria serão encaminhados ao Ministro deEstado da Saúde por meio do Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação naSaúde.

Art. 12. Os trabalhos da CRTS serão executados com plena observância dasprevisões contidas na presente Portaria.

Parágrafo único. As eventuais omissões de procedimento serão supridas pordeliberação de sua Coordenação, ad referendum dos seus demais componentes.

Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 14. Revogam-se todas as disposições da Portaria nº 827/GM, de 5 de maiode 2004, mantido o caput de seu art. 1º.

SARAIVA FELIPE

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Resolução Nº 287 do CNS

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDERESOLUÇÃO Nº 287 DE 08 DE OUTUBRO DE 1998

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Octogésima PrimeiraReunião Ordinária, realizada nos dias 07 e 08 de outubro de 1998, no uso desuas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19de setembro de 1990, e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990,considerando que:

· a 8ª Conferência Nacional de Saúde concebeu a saúde como “direito detodos e dever do Estado” e ampliou a compreensão da relação saúde/doençacomo decorrência das condições de vida e trabalho, bem como do acessoigualitário de todos aos serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde,colocando como uma das questões fundamentais a integralidade da atenção àsaúde e a participação social;

· a 10ª CNS reafirmou a necessidade de consolidar o Sistema Único deSaúde, com todos os seus princípios e objetivos;

· a importância da ação interdisciplinar no âmbito da saúde; e· o reconhecimento da imprescindibilidade das ações realizadas pelos

diferentes profissionais de nível superior constitue um avanço no que tange àconcepção de saúde e à integralidade da atenção.

RESOLVE:I – Relacionar as seguintes categorias profissionais de saúde de nível supe-

rior para fins de atuação do Conselho:1. Assistentes Sociais;2. Biólogos;3. Biomédicos;4. Profissionais de Educação Física;5. Enfermeiros;6. Farmacêuticos;7. Fisioterapeutas;8. Fonoaudiólogos;

Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde32

9. Médicos;10. Médicos Veterinários;11. Nutricionistas;12. Odontólogos;13. Psicólogos; e14. Terapeutas Ocupacionais.

II - Com referência aos itens 1, 2 , 3 e 10, a caracterização como profissionalde saúde deve ater-se a dispositivos legais e aos Conselhos de Classe dessascategorias.

JOSÉ SERRAPresidente do Conselho Nacional de Saúde

Homologo a Resolução CNS nº 287, de 08 de outubro de 1998, nos termosdo Decreto de Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991.

JOSÉ SERRAMinistro de Estado da Saúde

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