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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO, ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA
UNIDADE AVANÇADA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS EM TERESÓPOLIS
TERMO DE REFERÊNCIA
1. OBJETO
1.1. Contratação da prestação continuada de serviços auxiliares operacionais nos grupos de Recepção, Transporte, Reprografia, Cargos Extintos e Informática e serviços técnicos especializados para auxílio fiscalização de contratos, envolvendo alocação de mão-de-obra em tempo integral, bem como da instalação(ões) de escritório(s) de apoio para assessoria técnica de subsídio de fiscalização de contratos, nas atividades terceirizáveis previstas no art. 6º da Política Nacional de Terceirização do ICMBio para atendimento do Instituto na sua Sede, Coordenações Regionais, Unidades Avançadas de Administração e Finanças, Centros Especializados e Unidades de Conservação em todo o território nacional, notadamente naquelas mencionadas nos Anexos deste Termo de Referência.
1.1.1. Os serviços a serem contratados enquadram-se nos pressupostos do Decreto n° 2.271, de 1997, especialmente no art. §1º, do artigo 1º, caracterizando-se como atividades materiais acessórias, instrumentais ou complementares à área de competência legal do órgão licitante, não-inerentes às categorias funcionais abrangidas por seu respectivo plano de cargos.
1.1.2. No caso específico dos serviços técnicos especializados para auxílio de fiscalização de contratos, será terminantemente vedado ao contratado as atribuições diretas de fiscalização, sendo a natureza dos serviços instrutória e de subsídio à decisão de um servidor público, ou um conjunto de servidores públicos, que esteja designado para efetuar a fiscalização/gestão de contratos de prestação de serviços firmados com o ICMBio.
1.1.2.1. Caberá, nos termos deste Termo de Referência, a produção formal de pareceres por parte das empresas de assistência técnica de fiscalização de contratos acerca das orientações com o objetivo de subsídio para o servidor (e/ou conjunto de servidores) tomar(em) sua decisão sobre fatos da execução contratual e/ou da formação de custos sendo, contudo, vedada a mera subrrogação da decisão para a empresa técnica contratada ou o mero despacho sobre as orientações porventura trazidas pela assistência técnica sem que a autoridade contratual motive e delibere com vistos, relatório e decisão.
1.1.3. Conforme o art. 6º da Política Nacional de Terceirização do Instituto Chico Mendes, os eventuais postos alocados para a prestação dos serviços e de acordo com o disposto na Instrução Normativa MPOG/SLTI 02/2008 e alterações, são os seguintes:
1.1.3.1. Grupo 07 – Recepção:
Secretário(a) Executivo (a) – CBO 2523-05;
Recepcionista Bilingue (Guest Relations) – CBO 4221-20;
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Encarregado de Recepção – CBO 4201-25;
Recepcionista Secretário – CBO 4221-05;
Contínuo – CBO 4122-05;
1.1.3.2. Grupo 08 – Reprografia:
Arquivista Senior – CBO 2613-05;
Arquivista de Documentos e Operador de Fotocopiadora – CBO 4151-05;
Conferente de Expediente – CBO 4142-10.
1.1.3.3. Grupo 04 – Transportes:
Motorista de Automóvel – CBO 7823-05;
Gerente de Frota – CBO 3423-05;
Responsável Convés – CBO’s 7827-15/10/15/20/251;
Auxiliar Convés - CBO’s 7827-15/10/15/20/25 e 3412-302;
Responsável Máquinas - CBO’s 7827-15/10/15/20/253;
Auxiliar Máquinas - CBO’s 7827-15/10/15/20/254;
Responsável Câmara – CBO’s 5132-20 e 5111-155
1 Conforme as NORMAM’s (Normas da Autoridade Marítima) 02 e 13 e os respectivos Cartões de Segurança de Tripulação – CTS’s das respectivas embarcações ou
meios flutuantes, recaindo alternativamente nas categorias Moço de Convés – MOC; Marinheiro Fluvial de Convés – MFC; Pescador Profissional Especializado – PEP, sendo estabelecido a remuneração paradigma pela ABEAM – Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo e suas respectivas CCT’s (Convenções Coletivas de Trabalho).
2 Conforme as NORMAM’s (Normas da Autoridade Marítima) 02 e 13 e os respectivos Cartões de Segurança de Tripulação – CTS’s das respectivas embarcações ou
meios flutuantes, recaindo alternativamente nas categorias Marinheiro Auxiliar de Convés – MAC; Marinheiro Fluvial Auxiliar de Convés – MAF; Pescador Profissional – POP e também a antiga denominação CBO 1994 Barqueiro, equivalente ao MAC, com CBO atual de Piloto de Embarcações, sendo estabelecido a remuneração paradigma pela ABEAM – Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo e suas respectivas CCT’s (Convenções Coletivas de Trabalho).
3 Ibidem, recaindo nas categorias Marinheiro de Máquinas (MNM); Moço de Máquinas (MOM); Marinheiro Fluvial de Máquinas (MFM).
4 Ibidem, recaindo nas categorias Marinheiro Auxiliar de Máquinas (MAM); Marinheiro Auxiliar Fluvial de Máquinas (MMA) e Motorista de Pesca (MOP).
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1.1.3.4. Grupo 05 – Informática:
Técnico de Manutenção de Equipamentos de Informática – CBO 3132-20
Operador Sistema Computacional de Rede – CBO 3172-05;
Programador Visual Gráfico – CBO 7661-55;
Cadista – CBO 3181-05;
Técnico de Apoio ao Usuário de Informática (Helpdesk) – CBO 3172-10;
Digitador – CBO 4121-10;
1.1.3.5. Grupo Especial – Auxiliar Fiscalização Contratos:
Assistente Técnico (Consultor Administrativo) – CBO 2521-05;
Técnico de Suporte de Documentação – CBO 2612-10;
Auxiliar de Serviço de Informação, Documentação e Pesquisa – CBO 2612-10;
Perito Contador – CBO 2522-15;
Consultor Contábil – CBO 3511-15;
1.1.4. A prestação dos serviços não gera vínculo empregatício entre os empregados da Contratada e a Administração, vedando-se qualquer relação entre estes que caracterize pessoalidade e subordinação direta.
1.1.4.1. Ao ICMBio será vedada qualquer prática que caracterize os seguintes requisitos de vínculo trabalhista direto:
5 Ibidem, recaindo nas categorias Taifeiro (TAA) e Cozinheiro (CZA).
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1.1.4.1.1. Habitualidade: salvo disposição em Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho, o
posto de trabalho é contratado para serviços previstos contratualmente com prazo de
vigência certo, devendo os funcionários alocados deixarem seus postos de trabalho tão logo
expire a vigência contratual.
1.1.4.1.2. Pessoalidade: é proibido a qualquer servidor do ICMBio a exigência, entrevista,
seleção ou qualquer outro critério ou artifício que caracterize a escolha de pessoas que
prestarão os serviços contratados, inclusive o recebimento e encaminhamento de
currículos. Fica terminantemente proibido o lapso temporal sem substituição de ausências
do profissional alocado, decorrente de férias, ausências e similares;
1.1.4.1.3. Subordinação: O ICMBio não pode criar cadeia de subordinação direta entre os
prestadores de serviço, devendo se abster de dar ordens diretas aos funcionários da
contratada, tais como exigir o cumprimento de horário, atribuir-lhes tarefas, substituir
funcionários, entre outras. Qualquer exigência, solicitação ou observação sobre os
funcionários e o serviço prestado deve ser dirigida ao preposto da mesma para que tome as
devidas providências.
1.1.4.1.4. Vinculação hierárquica: os Chefes das Unidades atendidas pela contratação não
são chefes dos funcionários terceirizados. Suas chefias são os prepostos das empresas
contratadas. Dessa forma, o ICMBio não possui qualquer poder decisório sobre questões de
recursos humanos da empresa.
1.1.4.1.5. Prestação de contas dos serviços prestados: o ICMBio não pode exigir
diretamente do empregado que o mesmo preste contas de seus serviços ou que execute
novamente um serviço mal feito. Nesse caso, o ICMBio deverá exigir da contratada, através
de seu preposto, ou diretamente de seus representantes, a devida prestação de contas dos
serviços e correção de serviços mal executados, inexecutados ou executados parcialmente.
1.1.4.1.6. Controle de freqüência: Somente a empresa contratada é competente para aferir
a assiduidade e a pontualidade dos seus profissionais. Caberá ao ICMBio, nesses casos,
observar o cumprimento da empreitada contratada, de forma a coibir a perda da
produtividade, comunicando aos prepostos, as situações dessa perda e exigindo da
contratada a verificação periódica pelo quantitativo de serviços prestados.
1.1.4.1.7. Pagamento de salário/remuneração: Nos casos excepcionais, em procedimento
especial sob orientação da DIPLAN e acompanhamento da Procuradoria Federal
Especializada ou pela AGU, com o conhecimento do Ministério Público do Trabalho, o
pagamento direto do salário dos funcionários deverá ter previsão em contrato, na forma
que prevêem as Instruções Normativas em vigor. Em nenhuma outra hipótese, o ICMBio
poderá realizar pagamento direto aos funcionários.
1.1.4.1.8. Aplicações de penalidades administrativas e/ou funcionais: as penalidades
administrativas são aplicadas pelo ICMBio, caso a empresa dê causa e mediante processo
administrativo em apenso, tramitado intra muros até sua preclusão administrativa,
assegurado o direito de contraditório e ampla defesa. As penalidades funcionais somente
podem ser aplicadas pela empresa contratada, sendo vedado ao ICMBio tal prática.
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1.1.5. Os respectivos itens da licitação serão as unidades da Federação, sendo o julgamento de menor preço global para cada um dos mesmos, face às vantajosidades estabelecidas nos itens 2.10 e ss., deste Termo de Referência.6
2. JUSTIFICATIVA
MOTIVAÇÃO DA CONTRATAÇÃO – EXECUTÓRIA
2.1. Preliminarmente, cabe esclarecer que o ICMBio possui capilaridade e peculiaridades de estar
presente em mais de 1.000 municípios brasileiros e possui grande escopo de atividades. Motiva-se a
realização de licitação para as contratações pretendidas, à vista do disposto no Decreto 2.271/97 –
que regulamenta a contratação de atividades acessórias à consecução da atividade pública - bem
como as disposições da Instrução Normativa nº 02, de 30 de abril de 2008, especialmente no art. 7º
da Normativa, uma vez que o ICMBio tem envidado esforços para consolidar a implementação da
política nacional de conservação da biodiversidade, para atender às necessidades do Estado e da
sociedade em geral e dotar a instituição de uma gestão qualitativa de pessoal com vistas a atingir,
com eficácia e eficiência, as metas institucionais por ele propostas.
2.2. Nesse sentido, a motivação decorre da necessidade de dotar a máquina pública, através da
atuação de terceiros, de um pool de prestação de serviços fora de sua área de atuação, mas que
garantam que a ação estatal apresente resultados mais concretos para a sociedade brasileira,
permitindo que a Autarquia detenha maior capacidade de movimentação e funcionamento, coibindo
e evitando desvios de função dos servidores públicos, cujas atribuições são determinadas pela Lei nº
10.410/02.
MOTIVAÇÃO DA CONTRATAÇÃO – SERVIÇOS TÉCNICOS DE ASSISTÊNCIA À FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS
6 Nota explicativa AGU/NAJ/SP: O Tribunal de Contas da União tem firmado entendimento de que o parcelamento de objeto de natureza divisível é, em regra, obrigatório (Acórdãos nº 1.946/2006, 1.899/2007, 336/2008, 2.981/2009, 1.314/2010 e 1.895/2010, todos do Plenário). Assim, a Administração deve promover a licitação por itens num único procedimento licitatório, ou em procedimentos licitatórios distintos, se for o caso, a fim de ampliar o caráter competitivo do certame. Se o objeto, embora de natureza divisível, não puder ser parcelado por opção do Administrador, este deverá justificar adequadamente a escolha com suporte em critérios técnicos e econômicos, consoante se depreende da leitura do § 1º, do artigo 23 da Lei nº 8.666, de 1993. Vale lembrar, a inda, a Súmula n° 247/2004 do Tribunal de Contas da União. Ademais, o art. 3°, § 3°, da Instrução Normativa SLTI/MPOG n° 2/2008 também deixa claro que serviços e materiais independentes devem ser licitados separadamente. A contratação conjunta de tais objetos é excepcional e deve ser objetivamente justificada.
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2.3. Diante da capilaridade aduzida, bem como da necessidade de realizar outsourcings7 para as
atividades meios que não compõem a finalidade do tomador de serviços, tem-se observado que as
empresas prestadoras dos serviços não raro deixam de cumprir com as obrigações trabalhistas e
previdenciárias dos profissionais alocados. Entre tais obrigações, a atual norma infra legal disciplina a
atuação do Estado sobre contratos onde haja disponibilização de mão-de-obra em tempo integral e
impõe inúmeras exigências tais como aquelas ocorridas na fiscalização do cumprimento das
obrigações trabalhistas e sociais nas contratações continuadas, onde são exigidas, dentre outras, as
comprovações de:
a) a prova de regularidade para com a Seguridade Social, conforme dispõe o art. 195, § 3o da
Constituição Federal, sob pena de rescisão contratual;
b) recolhimento do FGTS, referente ao mês anterior, caso a Administração não esteja realizando os
depósitos diretamente, conforme estabelecido no instrumento convocatório;
c) pagamento de salários no prazo previsto em Lei, referente ao mês anterior;
d) fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando cabível;
e) pagamento do 13º salário;
f) concessão de férias e correspondente pagamento do adicional de férias, na forma da Lei;
g) realização de exames admissionais e demissionais e periódicos, quando for o caso;
h) eventuais cursos de treinamento e reciclagem que forem exigidos por lei;
i) comprovação do encaminhamento ao Ministério do Trabalho e Emprego das informações
trabalhistas exigidas pela legislação, tais como: a RAIS e a CAGED;
j) cumprimento das obrigações contidas em convenção coletiva, acordo coletivo ou sentença
normativa em dissídio coletivo de trabalho; e
k) cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados vinculados ao
contrato.
2.3.1. Alerta feito pela doutrina, na voz de FERNANDES (2010) alerta sobre a observação de
cumprimento de obrigações por profissionais habilitados, sob pena de exercício ilegal da profissão,
como prevê o texto constitucional, conforme excerto:
7 Outsourcing significa o mesmo que terceirização, dada a sua etimologia: out (externa) e source (fonte).
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“Note-se que o fato de o servidor ter formação profissional, mas não ocupar o cargo pertinente a essa função não autoriza a sua designação, pois implica reconhecer o desvio de função. É óbvio que, entre dois servidores que possuam cargos compatível com a função, por exemplo, dois técnicos de nível superior, a designação deve recair sobre o que possui a formação de engenheiro quando o contrato versar sobre uma obra. Mas essa preferência não pode autorizar a transformar o detentor do cargo de Analista Judiciário em engenheiro, como ocorreria se todas as atividades fossem de engenharia. A regularidade da designação se justifica pelo fato de que ser Gestor do Contrato de uma obra é uma tarefa compatível com o cargo de nível superior, pelo seu nível de complexidade, que implicará que o designado solicite o assessoramento de um
profissional especializado.”8 (grifamos)
2.3.2. Há de se observar, que a jurisprudência fortemente tem se manifestado no sentido,
conforme observamos na obra do mestre citado:
“Nota: o TCU decidiu que a licitação para a contratação do projeto pode incluir item específico prevendo a futura contratação de fiscais para auxiliarem o executor do contrato. Fonte: TCU. Processo nº TC -004.723/1995-3. Acórdão 50/1996 – Plenário. Súmula 185/TCU.”
9
2.3.3. É o que podemos verificar também na Súmula 185 do Tribunal de Contas da União:
“A Lei nº 5.194, de 24/12/66, e, em especial, o seu art. 22, não atribuem ao autor do projeto o direito subjetivo de ser contratado para os serviços de supervisão da obra respectiva, nem dispensam a licitação para a adjudicação de tais serviços, sendo admissível, sempre que haja recursos suficientes, que se proceda aos trabalhos de supervisão, diretamente ou por delegação a outro órgão público, ou, ainda, fora dessa hipótese, que se inclua, a juízo da Administração e no seu interesse, no objeto das licitações a serem processadas para a elaboração de projetos de obras e serviços de engenharia, com expressa previsão no ato convocatório, a prestação de serviços de supervisão o acompanhamento da execução, mediante remuneração adicional, aceita como compatível com o porte e a utilidade dos serviços.”
2.3.4. Em demais precedentes jurisprudenciais, donde podemos citar o Acórdão 471/2003 – Plenário, do Tribunal de Contas da União, a indicação é sempre a de se proceder à realização constante de verificação das obrigações por profissionais externos quando houver tal necessidade, o que se amolda à nossa análise casuística, senão vejamos:
“9.6.2. realize processo licitatório para a contratação de profissionais para atuação na área de fiscalização, supervisionamento e gerenciamento de obras, conforme determina o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e o art. 2º da Lei nº 8.666/93, em substituição ao procedimentos de contratação por intermédio de recibo de pagamento de autônomo - RPA, inclusive para as obras ora em andamento;”
8 FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Vade-mécum de licitações e contratos: legislação selecionada e organizada com jurisprudência, notas e índices. 4. Ed. rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2010. p. 941.
9 Op. Cit. 948.
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2.3.5. A Corte ainda determina o estabelecimento de mecanismos de controle suficientes e
adequados para a verificação do efetivo recolhimento, pelas empresas contratadas, dos encargos
trabalhistas e previdenciários. Nessa corrente de pensamento temos os Acórdãos 2675/2009 – 1ª
Câm., 1033/2004 – Plenário, 1.536/2004 – Plenário, 1865/2004 – Plenário, 6.880/2009 – 1ª
Câmara e 110/2006 – Plenário.
2.4. Justifica-se a realização de licitação para a contratação do serviço especializado, à vista de que
nas atividades desse tipo de apoio, tais como vigilância, limpeza e terceirização de apoio operacional,
a necessidade de verificação constante do correto recolhimento e pagamento das verbas trabalhistas,
à vista da responsabilidade subsidiária da Administração Pública oriunda do inciso IV da Súmula 331
do TST, tem colocado os órgãos estatais em constante risco se não cumpridas as extensas exigências
da legislação trabalhista brasileira, cuja característica principal é social e protecionista ao
hipossuficiente – no caso, o trabalhador.
2.4.1. Logo, o gigantesco rol que a instrução normativa faz, aliado aos julgados nesse sentido,
tanto do Controle, quanto dos pretórios trabalhistas, indica a urgente necessidade da contratação
de serviços técnicos profissionais, voltados para o profissional de Contabilidade, uma vez que as
exigências do Decreto Lei 9.295, de 27 de maio de 1946, alterado pela Lei 12.249, de 11 de junho
de 2010, determinam o regramento da profissão de contabilidade por normas do conselho
daquela classe, atribuindo como privativas algumas de suas atribuições. Nesse sentido, cabe
verificar o que dispõe a Resolução nº 560, de 28 de outubro de 1983 do Conselho Federal de
Contabilidade, quando determina:
“Art.3º São atribuições privativas dos profissionais da contabilidade: [...] 18) - apuração, cálculo e registro de custos, em qualquer sistema ou concepção: custeio por absorção ou global, total ou parcial; custeio direto, marginal ou variável ; custeio por centro de responsabilidade com valores reais, normalizados ou padronizados, históricos ou projetados, com registros em partidas dobrados ou simples , fichas, mapas, planilhas, folhas simples ou formulários contínuos ,com manual, mecânico, computadorizado ou outro qualquer, para todas as finalidades, desde a avaliação de estoques até a tomada de decisão sobre a forma mais econômica sobre como, onde, quando e o que produzir e vender; [...] 31) - organização dos processos de prestação de contas das entidades e órgãos da administração pública federal, estadual, municipal, dos territórios federais, das autarquias, sociedade de economia mista, empresas públicas e fundações de direito público, a serem julgados pelos tribunais, conselhos de contas ou órgãos similares;
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32) - revisões de balanços, contas ou quaisquer demonstrações ou registro contábeis; [...] 35) - perícias contábeis, judiciais e extrajudiciais; 36) - fiscalização tributária que requeira exame ou interpretação de peças contábeis de qualquer natureza; [...] 48) - demais atividades inerentes às Ciências Contábeis e suas aplicações. § 1º São atribuições privativas dos contadores, observado o disposto no § 2º, as enunciadas neste artigo, sob os números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 29, 30, 32, 33, 34, 35, 36, 42, 43, além dos 44 e 45, quando se referirem a nível superior. (redação alterada pela Resolução CFC 898/2001) § 2º Os serviços mencionados neste artigo sob os números 5, 6, 22, 25, 30, somente poderão ser executados pelos Técnicos em Contabilidade da qual sejam titulares. Art. 4º O contabilista deverá apor sua assinatura, categoria profissional e número de registro no CRC respectivo, em todo e qualquer trabalho realizado.”
2.4.2. A nomenclatura de Serviços Técnicos Profissionais engloba os serviços de auxílio à Gestão
de Contratos. Tal elucidação encontra-se prevista no art. 13 da Lei de Licitações, quando esclarece
que “para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os
trabalhos relativos a fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços (inciso IV).
Nesse sentido, reveste-se do caráter de serviço cuja expertise ultrapasse a capacidade da própria
Administração Pública. É o que nos orienta a doutrina do eminente professor JUSTEN FILHO
(2010):
“O inc. IV pressupõe uma obra ou serviço, sob execução direta ou indireta da Administração. Há necessidade de conhecimento específico para verificar se a execução da obra ou serviço obedece às regras exigidas pela técnica. Os serviços do inc. IV tanto podem ser de exclusiva fiscalização como de gerenciamento. No primeiro caso, inexiste interferência direta sobre o desenvolvimento da obra ou serviço. Fiscalizar é verificar a adoção das providências, cautelas e procedimentos recomendáveis. No segundo caso, há interferência direta, assumindo-se o comando sobre as providências, cautelas e procedimentos que serão adotados.”
10
BENEFÍCIOS DIRETOS E INDIRETOS
2.5. A execução do serviço em tela atenderá às necessidades de manutenção e pleno funcionamento
das estruturas de transportes terrestres e aquaviários, recepção, reprografia, manutenção do
10
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 14. ed. São Paulo: Dialética, 2010. p. 177.
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parque de TI e, ao mesmo tempo, os serviços de assistência técnica especializada consistirão numa
solução de controle, prevenção, garantia e verificação do cumprimento fiscal, de encargos sociais e
verbas trabalhistas nos contratos que demandem a disponibilização de mão-de-obra. A solução
encontrada para todos estes problemas foi um conjunto de providências, destinadas a manter as
decisões descentralizadas, porém, criando uma estrutura ágil e moderna de execução e controle
integrados.
2.5.1. Pelo fluxo de negócios jurídicos hoje existentes no âmbito do ICMBio, por suas Unidades
Gestoras-Executoras - contando com aproximadamente 500 (quinhentos) contratos sob sua
gestão, sendo 65% de natureza continuada com disponibilização de mão-de-obra, envolvendo
aproximadamente R$ 90.000,00 (noventa milhões de reais)11 anuais - a preservação do Erário,
frente à possíveis implicações subsidiárias trabalhistas em face de inadimplemento de terceiros
contratados, impõe uma medida proativa de contenção desses eventuais prejuízos, com a
contratação específica de terceiros para auxiliar o ICMBio na preservação da higidez das relações
trabalhistas por sua responsabilidade solidária previdenciária e eventual subsidiária trabalhista.
CONEXÃO ENTRE A CONTRATAÇÃO E O PLANEJAMENTO EXISTENTE 2.6. O planejamento para a contratação de tais serviços logísticos foi determinado pela Política
Nacional de Terceirização do ICMBio, cujo art. 4º assim dispõe:
“Art. 4º Constitui objetivo principal da terceirização no ICMBio, conforme suas políticas estratégicas de atuação, a manutenção no foco de ação previsto no art. 225 da Constituição Federal e suas finalidades, determinadas pelo art. 1º da Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007, cabendo à contratação dos serviços terceirizados, almejar a diminuição da máquina pública na sua estrutura logística nas atividades que não fazem parte da sua ação institucional direta.”
2.7. Nesse sentido, as obrigações de atuação institucional direta do ICMBio, são definidas pela Lei de
sua criação, assim dispondo:
Art. 1o Fica criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -
Instituto Chico Mendes, autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de:
11
Conforme movimentação de recursos nas rubricas 339039 e 339037 no exercício de 2010, publicada no site de transparência do Governo Federal. Disponível em
< http://www.transparencia.gov.br/PortalComprasDiretasOEUnidadeGestora.asp?Ano=2010&Valor=&CodigoOS=44000&NomeOS=MINISTERIO%20DO%20MEIO%20AMBIENTE&ValorOS=143856402050&CodigoOrgao=44207&NomeOrgao=INST.CHICO%20MENDES%20DE%20CONSER.DA%20BIODIVERSIDADE&ValorOrgao=38876386820&Pagina=2> Acesso em 01 jul 2011.
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I - executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União; II - executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela União; III - fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e de educação ambiental; IV - exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União; e V - promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades sejam permitidas.
2.8. O plano de carreira do Instituto Chico Mendes não contempla a realização de atividades
materiais acessórias nas áreas de recepção, transportes, reprografia e informática. Nesse sentido, em
consulta recente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para a definição de estrutura
interna obtida a partir da realização de concurso público, assim emitiu e aprovou parecer12:
“11. De saída, informo que os cargos de nível fundamental estão em extinção em toda a Administração Pública Federal, por esse motivo deixo de examinar a proposta de auxiliares administrativos, pois contraria a diretriz para esse tipo de cargo. [...] 37. Quando comparamos as informações do quadro inscrito no item 35 com essa norma, que deu base para a formalização do TCJ, verificamos a existência de categorias cuja contratação terceirizada poderia encontrar guarida na referida norma, como exemplo cito: recepcionista, motorista, técnico de suporte em informática e tratador de animal. [...] 39. ... Parece claro que não haveria nenhuma limitação para a terceirização dos casos em que as atribuições do ICMBio guardam fácil similitude com as atribuições do cargo de Auxiliar Administrativo, uma vez que esse tipo de cargo está em extinção em toda a administração pública federal.”
2.9. Dessa forma, o planejamento institucional encontra escopo na orientação ministerial para o
planejamento das atividades terceirizáveis no âmbito do Instituto, atendendo ao requisito da
legalidade e motivação para a sua realização.
AGRUPAMENTO DE LOTES PARA MAIOR FLEXIBILIDADE E GANHO NEGOCIAL
2.10. A concepção dos serviços deve ser agrupada em uma solução diversificada, de forma a
possibilitar a utilização de um organismo plural e modulado para tratamento das diversas interações
12 Nota Informativa 168, de 17 de março de 2011. Processo 03100.001989/2008-02. Trata de supressão de força de trabalho terceirizada em dissonância com o Decreto 2.271/97, requerida pelo ICMBio para a realização de concurso público para a Carreira de Especialista em Meio Ambiente.
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que ele deverá executar. Fundamenta-se o uso da regra legal em dividir a licitação por itens, uma vez
que os serviços a serem prestados podem ser executados por diversas empresas com ramos de
atividades distintos e sindicatos diversos, o que frustraria o caráter legal de ampla competitividade,
característico das licitações públicas. Contudo, a pertinência de conexão entre as atividades, de modo
a assegurar o cumprimento de uma meta organicamente planejada, deve determinar que uma
empresa, em cada unidade federativa pelo menos, seja responsável pela execução das atividades
conjuntas de recepção, reprografia, transportes e de TI, de forma a criar um sistema seguro de
transmissão de informações para subsidiar a formação e execução de processos finalísticos, sem que
com isso, haja perda de qualidade da informação, uma vez que ela será tratada de maneira
teleológica. Nesse caso, outra empresa terá a atribuição, pela evidente segregação de funções, de
auxiliar o Estado na verificação da higidez das relações laborais envolvidas nesse processo, mantendo
um escritório nas instalações das Unidades Gestoras Executoras do ICMBio, a fim de não permitir a
movimentação externa de processos – o que poderia ocasionar eventuais perdas de agilidade,
informação e aumento dos custos de segurança e logística e, consequentemente, de custos
processuais causados por perda de dados. Há de se observar também, nesse sentido, que a regra de
guarda dos processos públicos deve recair sobre o Órgão e constituiria verdadeira temeridade a sua
guarda fora das repartições públicas ou de outros próprios do Estado.
2.11. Em decorrência da Política Nacional de Terceirização do ICMBio, com as ressalvas do subitem
anterior, a distribuição de itens será feita pelas atividades de execução e pela prestação dos serviços
de assistência técnica de fiscalização, conforme tabelas anexas a esse termo, considerando a
formação de custos e a definição jurisprudencial de alcance do salário paradigma do art. 461 da CLT,
doravante demonstrado.
2.12. Normalmente, nas licitações por itens, qualquer interessado poderá participar e ser contratado
para todos os itens que desejar. Nas licitações para contratação de serviços continuados com
dedicação exclusiva de mão de obra, entretanto, o administrador público deverá verificar se os
serviços licitados, por sua natureza, exijam ou não a segregação de funções, ou seja, se é necessário
que sejam prestados por pessoas distintas.
2.12.1. . Dessa forma, é vedada a adjudicação de dois ou mais itens a um único licitante, quando
as atividades envolverem, simultaneamente, fiscalização e execução dos serviços.
2.12.1.1. O licitante poderá apresentar lance para todos os itens, entretanto, somente
ser-lhe-á adjudicado um único item, assim compreendido: execução ou fiscalização.
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2.12.1.2. Após o final da fase de lances, caso um licitante seja vencedor de mais de um
item, o Pregoeiro o notificará, via sistema, para escolha do item a ser-lhe adjudicado.
2.13. O precedente da verificação preferencial do planejamento para a ampliação da competitividade
é justificado com base no que exige o §3º, art.3º da IN/SLTI/MPOG nº 02/2008.
2.14. No caso específico da Assistência Técnica para auxílio à fiscalização de contratos, a concepção
dos serviços deve ser agrupada em uma solução universal, de forma a possibilitar a utilização de um
organismo singular e modulado para tratamento das diversas interações que ele deverá executar, por
meio de um lote agregado único por unidade gestora, uma vez que a maioria dos serviços prestados
por escritórios de contabilidade são oferecidas em uma taxa por serviço de base, denominada Mark-
up, assim como integra os custos fixos, no caso de insumos agregados. Logo, a concepção também
garante, pela economia de escala - trazida por um contrato único - uma garantia de dispêndios mais
baixos, ao transformar custos fixos em custos variáveis quando houver sensível redução nos negócios
jurídicos existentes. A estrutura de custo variável ajudará o ICMBio a responder às mudanças na
capacidade necessária e não necessita de uma realização constante de custeio em ativos;
preconizando, dessa forma, o princípio da eficiência estatal, insculpido no art. 37 da Carta Magna.
2.15. Outra forma em que o serviço técnico especializado de assistência contribuirá para o ICMBio
será a obtenção de uma flexibilidade e aumento da capacidade de se concentrar no seu papel
institucional, sem ser sobrecarregado pelas exigências de restrições legais. Os funcionários-chave
(Chefes de UC’S e Centros Especializados) são, assim, lastreados por laudos técnicos abalizados, que
garantirão decisões que preservem e garantam a higidez dos negócios públicos e não submetam os
trabalhadores ora alocados à mercê de práticas condenáveis por parte de seus empregadores que
estiverem contratados à serviço do Órgão.
2.16. Outra constatação é que tal verificação por parte de uma assistência técnica contratada
aumentará a flexibilidade organizacional com o ganho a velocidade dos processos de negócio.
2.17. Nos termos do que determina o §1º do art. 23 da Lei de Licitações, o objeto não possui
característica divisível intrínseca, uma vez que depende de ser um organismo único, integrado e
essencial de atendimento global por Unidade Gestora nas Unidades da Federação, de forma de sua
ramificação possa garantir uma prática mais competitiva de preços e agregar simultaneamente os
serviços a todas as unidades a serem atendidas, evitando-se o atual diagnóstico de pouco controle na
constituição e formação processual, notadamente no quesito de orientação e conferência de
cumprimento de obrigações trabalhistas específicas. O precedente excepcional é também justificado
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com base no que exige também o §3º, art.3º da IN/SLTI/MPOG nº 02/2008, tal como visto nos
serviços de execução.
CRITÉRIOS AMBIENTAIS
2.18. Todos os insumos a serem utilizados na produção processual deverão ter em consideração as
práticas e materiais ecologicamente indicados, conforme o manual de práticas sustentáveis editado
pela Advocacia Geral da União, na página do NAJ/SP, bem como a todas as normas do MMA e seus
Órgãos, especialmente no que tange à produção de resíduos na manutenção do Parque de TI, nas
práticas ambientais nas atividades de recepção, tais como redução energética, otimização do uso de
papéis e seu reaproveitamento e nas atividades de transporte, nos critérios de direção defensiva e
com aceleração e frenagem adequada de veículos para redução do uso de combustíveis de qualquer
espécie, bem como a preservação de pneus e demais peças e insumos dos veículos a serem utilizados
na prestação dos serviços, obedecendo, entre outros aos seguintes critérios de BOAS PRÁTICAS
AMBIENTAIS:
2.18.1. Elaborar e manter um programa interno de treinamento de seus empregados para
redução de consumo de energia elétrica, consumo de água e redução de produção de resíduos
sólidos, observadas as normas ambientais vigentes .
2.18.2. Receber, da CONTRATANTE, informações a respeito dos programas de uso racional dos
recursos que impactem o meio ambiente.
2.18.3. Apresentar Relatório de Ocorrências para Manutenção, tais como:
2.18.3.1. Vazamentos na torneira ou no sifão do lavatório e chuveiros;
2.18.3.2. Saboneteiras e toalheiros quebrados;
2.18.3.3. Lâmpadas queimadas ou piscando;
2.18.3.4. Tomadas e espelhos soltos;
2.18.3.5. Fios desencapados;
2.18.3.6. Janelas, fechaduras ou vidros quebrados;
2.18.3.7. Tapete solto, entre outras.
2.18.4. USO RACIONAL DA ÁGUA
2.18.4.1. A CONTRATADA deverá capacitar parte do seu pessoal quanto ao uso da água;
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2.18.4.2. A CONTRATADA deverá adotar medidas para se evitar o desperdício de água
tratada, conforme instituído no Decreto 48.138, de 08/10/03;
2.18.4.3. Colaborar com as medidas de redução de consumo e uso racional da água,
devem atuar como facilitadores das mudanças de comportamento de empregados da
CONTRATADA, esperadas com essas medidas;
2.18.5. USO RACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA
2.18.5.1. Manter critérios especiais e privilegiados para recomendar a aquisição de
produtos e equipamentos que apresentem eficiência energética e redução de consumo,
não mantendo ligados equipamentos quando não necessitar o uso, tampouco deixando
luzes acesas ou equipamentos ligados no intervalo intrajornada e após o expediente;
2.18.5.2. Durante horários de pouca iluminação natural, acender apenas as luzes das
áreas que estiverem sendo ocupadas;
2.18.5.3. Comunicar ao Contratante sobre equipamentos com mau funcionamento ou
danificados como lâmpadas queimadas ou piscando, zumbido excessivo em reatores de
luminárias e mau funcionamento de instalações energizadas;
2.18.5.4. Sugerir, à CONTRATANTE, locais e medidas que tenham a possibilidade de
redução do consumo de energia, tais como: desligamento de sistemas de iluminação,
instalação de interruptores, instalação de sensores de presença, rebaixamento de
luminárias etc.;
2.18.5.5. Ao abrir ou fechar cortinas ou persianas, verificar se estas não se encontram
impedindo a saída do ar condicionado ou aparelho equivalente;
2.18.5.6. Verificar se existem vazamentos de vapor ou ar nos equipamentos de limpeza,
sistema de proteção elétrica e as condições de segurança de extensões elétricas
utilizadas em eletrodomésticos, equipamentos de climatização, etc.
2.18.5.7. Evitar ao máximo o uso de extensões elétricas para conectar equipamentos,
respeitando sempre a voltagem e a bitolagem dos fios nas tomadas onde for necessário
o uso de extensões;
2.18.5.8. Repassar a seus empregados todas as orientações referentes à redução do
consumo de energia fornecidas pela CONTRATANTE;
2.18.6. REDUÇÃO DE PRODUÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
2.18.6.1. Separar e entregar à Contratante as pilhas e baterias dispostas para descarte
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que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, aos
estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas
respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes
adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização,
reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada, em face dos
impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado desses,
materiais. Esta obrigação atende a Resolução CONAMA nº 257, de 30 de junho de 1999;
2.18.6.2. Tratamento idêntico deverá ser dispensado a lâmpadas fluorescentes, frascos
de aerossóis em geral, peças e componentes de computadores, impressoras e similares,
peças, lubrificantes, graxas e demais insumos de manutenção automotiva;
2.18.6.3. Quando implantado pela CONTRATANTE Programa de Coleta Seletiva de
Resíduos Sólidos, colaborar de forma efetiva no desenvolvimento das atividades do
programa interno de separação de resíduos sólidos, em recipientes para coleta seletiva
nas cores internacionalmente identificadas, disponibilizados pela CONTRATANTE;
2.18.6.4. No Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos, a CONTRATADA deverá
observar as seguintes regras:
2.18.6.4.1. MATERIAIS NÃO RECICLÁVEIS
2.18.6.4.1.1. São todos os materiais que ainda não apresentam técnicas de
reaproveitamento e estes são denominados REJEITOS, como: lixo de
banheiro; papel higiênico; lenço de papel e; Outros como: cerâmicas,
pratos, vidros pirex e similares; trapos e roupas sujas; toco de cigarro;
cinza e ciscos - que deverão ser segregados e acondicionados
separadamente para destinação adequada; acrílico; lâmpadas
fluorescentes – são acondicionadas em separado; papéis plastificados,
metalizados ou parafinados; papel carbono e fotografias; fitas e etiquetas
adesivas; copos descartáveis de papel; espelhos, vidros planos, cristais;
pilhas - são acondicionadas em separado e enviadas para o fabricante.
2.18.6.4.2. MATERIAIS RECICLÁVEIS
2.18.6.4.2.1. Para os materiais secos recicláveis, deverá ser seguida a padronização
internacional para a identificação, por cores, nos recipientes coletores
(VERDE para vidro, AZUL para papel, AMARELO para metal, VERMELHO
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para plástico e BRANCO para lixo não reciclável).
2.18.6.4.3. Deverão ser disponibilizados pelo CONTRATANTE recipientes adequados para a
coleta seletiva:
2.18.6.4.3.1. vidro (recipiente verde)
2.18.6.4.3.2. plástico (recipiente vermelho)
2.18.6.4.3.3. papéis secos (recipiente azul)
2.18.6.4.3.4. metais (recipiente amarelo)
2.18.6.5. Reutilizar folhas de impressão que não forem utilizadas na constituição de
rotinas e processos ou que tenham sido impressão de rascunhos ou que contenham
erros que comprometam a sua utilização ordinária, transformando-as em blocos de
anotações.
2.18.6.6. Otimizar a utilização dos sacos de lixo, adequando sua disponibilização quanto
à capacidade e necessidade, esgotando dentro do bom senso e da razoabilidade o seu
volume útil de acondicionamento, objetivando a redução da destinação de resíduos
sólidos de acordo com a legislação;
2.18.7. POLUIÇÃO SONORA E ATMOSFÉRICA
2.18.7.1. Especialmente no caso da condução de veículos de passeio, os profissionais
alocados deverão observar as regras dos respectivos fabricantes, dirigindo de maneira
ecológica e econômica, evitando manobras tais como “queima de embreagem”, dirigir
com pneus descalibrados, dirigir com o veículo em ponto morto de engrenagem, dirigir
com ar-condicionado ligado e janelas abertas, deixar de desligar o veículo em longas
retenções e paradas, conduzir veículos com vazamentos, etc.
NATUREZA CONTINUADA DO SERVIÇO
2.19. O objeto demandado trata-se de um conjunto aglutinado de serviços a serem executados de
forma indireta, sendo serviços auxiliares, necessários e essenciais à administração para o
desempenho de suas atribuições necessários a continuidade das soluções logísticas contratadas, tais
como vigilância, limpeza e apoio operacional. O ordenamento jurídico previu tais condições de
continuidade através do Decreto nº 2.271/97 e também pelas determinações oriundas do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão contidas na Instrução Normativa 02/2008 e suas alterações.
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Dessa forma, a natureza do serviço é continuada, podendo o contrato firmado, à conveniência e
oportunidade do ICMBio e garantidas condições de vantajosidade econômica e de eficácia do objeto,
ser prorrogado até o limite previsto no art. 57, da Lei nº 8.666/93.
MODALIDADE LICITATÓRIA
2.20. Embora os serviços possuam características singulares, tais características tem o condão de
possuir critérios objetivos e comuns de mensuração. Logo, a modalidade licitatória ordinária a ser
utilizada, devido à obrigatoriedade imposta aos Órgãos da Administração Pública Federal, inclusive
autarquias, será o Pregão, na modalidade eletrônica, por concentrar, além da preferência de uso, as
perspectivas de melhor obtenção de preços sob a mais ampla e exclusiva competitividade.
ESTUDOS PRELIMINARES PARA FORMAÇÃO DE CUSTOS E CRITÉRIO DE DESEMPATE
2.21. ELEMENTOS DA FORMAÇÃO DE CUSTOS
2.21.1. Pelo advento da IN 02/2008, dúvidas surgiram sobre a fixação de pisos salariais. Numa análise
apressada tem-se o diagnóstico de proibição absoluta da definição desses valores, o que não é, via de
regra, fidedigno com o espírito do ordenamento. Deve-se considerar ainda, que atualmente, tal
interpretação já foi exonerada do dispositivo, com sua revogação expressa oriunda da IN 03/2009.
2.21.2. Prima o Tribunal de Contas da União, em diversas de suas manifestações, em caráter
favorável às definições desses pisos salariais quando as condições do objeto assim o demandem.
Vejamos o que nos leciona a Egrégia Corte no Acórdão 256/2005 - Plénário, pela ilustre visão do
Ministro Marcos Vinícios Vilaça:
"10. Sobre esse tema, e revendo a posição que adotei por ocasião do julgamento do TC 020.732/2003-4 (Acórdão 963/2004 - Plenário), não acredito que o estabelecimento de valores mínimos para os salários mensais infrinja o mencionado inciso X do art. 40 da Lei de Licitações. 11. A proibição estabelecida pela Lei está vinculada ao princípio da indisponibilidade do interesse público, pelo qual o gestor não está autorizado a recusar propostas mais vantajosas à Administração. Ocorre, entretanto, que a vantajosidade não pode ser aferida em todos os casos apenas com base no preço, apesar de ser este, obviamente, o seu indicativo mais preciso. Mais que isso, em alguns casos os itens adquiridos têm
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seu valor mínimo estabelecido por força de normativos o que lhes torna inaplicável a mencionada regra do art.40. 12. É o que ocorre, por exemplo, com diversas outras categorias profissionais distintas das aqui tratadas. No caso de vigilantes e empregados de limpeza e conservação, a existência de acordos coletivos de trabalho impossibilita a adoção de salários inferiores ao mínimo acordado, sem que com isso se desvirtue o caráter competitivo do certame ou a sua legalidade 13. Presencia-se, aqui, uma primeira injustiça. Não autorizar procedimento análogo no caso de outras categorias profissionais seria estabelecer distinção injusta em benefício das categorias sindicalmente melhor organizadas. 14. Evidentemente, a fixação de um piso para os salários pagos, apesar de não ter o condão de fixar o preço total do serviço, acaba por estabelecer um patamar mínimo também para a contratação, o que lança dúvidas sobre a economicidade da medida. Afinal, se autorizadas a estabelecer livremente os salários de seus empregados, as empresas interessadas seriam capazes de ofertar preços mais baixos que se obrigadas a uma política de remuneração mínima. Devemos, porém, nos perguntar a que custo seriam obtidos esses preços inferiores. 15. Como toda empresa capitalista visa à maximização de seus lucros, com certeza as empresas fornecedoras de mão-de-obra se sentiriam tentadas a aumentar seus ganhos através da diminuição dos salários pagos aos seus empregados, que, como não podemos esquecer, constituem o mais importante custo desse tipo de contrato. O pagamento de salários mais baixos tende, naturalmente, à seleção das pessoas menos capacitadas ou, no mínimo, contribui para o descontentamento dos contratados, afetando a sua eficiência e produtividade. Em qualquer dessas hipóteses a administração restará como a maior prejudicada, apesar de, a princípio, ter se beneficiado de custos mais baixos. 16. Não acredito que o princípio da vantajosidade deva prevalecer a qualquer custo. A terceirização de mão-de-obra no setor público, quando legalmente permitida, não pode ser motivo de aviltamento do trabalhador, com o pagamento de salários indignos. A utilização indireta da máquina pública para a exploração do trabalhador promete apenas ineficiência dos serviços prestados ou a contratação de pessoas sem a qualificação necessária. 17. Tem sido marcante, nos últimos tempos, a crescente mobilização dos servidores públicos por melhores salários. Uma das principais bandeiras apresentadas pelo movimento é o trinômio qualidade, produtividade e remuneração. Se a qualidade dos serviços públicos prestados e a produtividade dos servidores está relacionado com o grau de satisfação destes com sua remuneração, essas mesmas premissas se aplicam em relação aos empregados terceirizados, aos quais deve ser garantido uma remuneração mínima, condigna às atribuições que lhe são impostas. 18. É importante ressaltar, todavia, que a garantia de condições mínimas aos terceirizados, através do estabelecimento de um patamar mínimo para os salários, tem que ser realizado de forma clara, objetiva e fundamentada, devendo, ainda, restar adequadamente documentado no processo. Não pode servir, de qualquer maneira, como desculpa para o pagamento de quantias não razoáveis, nem de valores que desviem da média praticada pelo mercado e pela Administração Pública. 19. Conforme anotado pela unidade técnica, todos esses cuidados foram tomados pelo Ministério das Cidades, não ficando evidenciada afronta ao princípio da economicidade. Assim, só posso concluir pela inexistência de irregularidades no Pregão nº 18/2004. 20. Observo, por último, que não está se propondo a desconsideração da vedação ao estabelecimento de preço mínimo imposta pelo art. 40 da Lei nº 8.666/93 que, aliás,
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constitui notável avanço em relação ao regime do antigo Decreto nº 2.300/86. Trata-se, aqui, de uma situação específica, em que o estabelecimento de piso salarial visa preservar a dignidade do trabalho, criar condições propícias à eficiente realização do serviço e não implica benefícios diretos à empresa contratada (mas sim aos trabalhadores), nem cria obstáculos à competição ou tem a capacidade de determinar o preço final da contratação."
2.21.3. Nossos grifos destacam a admissibilidade para o caso em comento, mas revelam também a
preocupação da Corte com a utilização racional da medida. Dessa forma, torna-se inequívoca a
cautela necessária a ser verificada a contratação e o estabelecimento do salário-paradigma. Esse
conceito encontra-se arraigado no Acórdão 290/2006, donde extraímos:
“11. Consoante o magistério de Jessé Torres Pereira Junior (in: Comentários à lei de licitações e contratações da administração pública, 6ª ed., Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 434), "A redação original do inciso X, ao demandar a definição, no edital, de critério de aceitabilidade de preço, sugeria a ilação de que a Lei nº 8.666/93 afastava o preço-base como tipo de licitação (v. art. 45, I), mas o mantinha como critério aferidor da hipótese de desclassificação de propostas, a que alude o art. 48, II. A Lei nº 8.883/94 complementou a redação do inciso X vedando a 'fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação aos preços de referência'. Ou seja, é viável que o edital estabeleça preço de referência, porém não poderá exigir que os preços cotados situem-se entre limites máximos e mínimos em torno dele. Constitui verdadeiro desafio a definição de critérios de aceitabilidade de preço diante das restrições insuladas no inciso X do art. 40." (grifei) 12. Ora, o item serviço não é composto apenas pelo salário do empregado. Há outras variáveis que devem ser consideradas, como os custos diretos e indiretos incorridos pelo licitante, e a sua margem de lucro. Nesse ínterim, entendo que a prefixação de remuneração pretendida por aquela Casa Legislativa poderia ocorrer por meio do ajuste de um "salário-paradigma", a ser pago a determinado profissional, o que não significaria, a meu ver, a fixação de preço mínimo vedada pela norma. Preço mínimo seria o todo, o item preço do serviço a ser contratado, comportando outros subitens, enquanto que tal salário, neste caso a remuneração a ser paga pela contratada aos empregados, seria uma das variáveis do preço do serviço. 13. Há, contudo, outros pontos que devem ser considerados no presente julgamento, como aduzido pelo recorrente. Trata-se da questão da proposta mais vantajosa e a satisfação do interesse público. Reconheço que existe, sim, a possibilidade de aviltamento dos salários dos terceirizados e conseqüente perda de qualidade dos serviços, o que estaria em choque com satisfação do interesse público. Nesse aspecto, no caso de uma contratação tipo menor preço, em que as empresas mantivessem os profissionais pagando-lhes apenas o piso da categoria, entendo que não seria razoável considerar, apenas como vantagem a ser obtida pela Administração, o menor preço. Livres de patamares salariais, os empregadores, de forma a maximizar seus lucros, ofertariam mão-de-obra com preços de serviços compostos por salários iguais ou muito próximos do piso das categorias profissionais, o que, per se, não garantiria o fornecimento de mão-de-obra com a qualificação pretendida pela Administração. Sob esse prisma, entendo que a qualidade e a eficiência dos serviços postos à disposição de órgãos públicos não pode ficar à mercê da política salarial das empresas contratadas.
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14. Assim, proposta mais vantajosa não significa apenas preço mais baixo. Há que se considerar a tutela de outros valores jurídicos além do menor preço, como, por exemplo, o atendimento ao princípio da eficiência. Nada obstante, devo destacar que tal condição não abre caminho para contratação por qualquer patamar, como já ressaltado por esta Corte. O administrador continua obrigado a justificar os preços a que se propõe ajustar, e a demonstrá-los compatíveis também com as especificidades dos serviços que serão prestados e com os profissionais que irão executá-los. 15. Quanto à questão da aplicação dos princípios jurídicos, entendo de grande relevo o posicionamento apresentado pelo Exmo. Procurador-Geral do MP/TCU em outro processo, ao tratar de matéria distinta, e transcrito no relatório supra, no sentido de que a doutrina dominante atribui força normativa aos princípios e de que "As demandas sociais exigem respostas céleres que somente os princípios conseguem dar. Eles representam espaço normativo capaz de abarcar situações para as quais a lei não ofereceu previsão expressa. (...) Características como baixa densidade normativa, abstração, generalidade e fecundidade permitem aos princípios englobar casos que as normas não conseguem". Ora, está claro que o recorrente, ao apresentar suas razões, está em busca da tutela de princípios como o da eficiência, da razoabilidade, em contraponto à aplicação e interpretação estanque do art. 40, inciso X, da Lei de Licitações. 16. Retornando ao tema central, julgo que a fixação do salário a ser pago pela licitante também não se revestiria em obstáculo à competitividade do certame, visto que todas as empresas partiriam de um mesmo patamar para apresentar suas propostas, que poderiam estar diferenciadas no tocante a outros custos incorridos pelo empregador e à margem de lucro que este se dispuser a aceitar na composição do preço do serviço. Por óbvio que nessas condições não haveria restrição à competitividade nem restaria prejudicada a possibilidade de seleção da proposta mais vantajosa, preservando-se, também, o interesse público, visto que por meio de um salário-paradigma poderiam ser contratados profissionais melhor qualificados. 17. Também não se pode olvidar que não compete a esta Corte de Contas interferir em questões privadas, de empregado e empregador, notadamente no que toca às garantias trabalhistas ou acordos coletivos. Entretanto, este Tribunal não pode ignorar o princípio da eficiência e o interesse público presente na contratação de mão-de-obra qualificada e na necessidade de se coibir a danosa rotatividade de mão-de-obra que tantos transtornos têm causado à Administração, além da conseqüente responsabilização trabalhista que tem recaído sobre os órgãos públicos contratantes, em razão do abandono dos empregados por seus empregadores, sem o devido pagamento de seus direitos e encargos, dadas as características peculiares das contratações com fins de terceirização. 18. Ante as considerações apresentadas, julgo que a fixação do salário-paradigma, como por exemplo, os valores já pagos em contratação anterior como remuneração aos empregados, atualizados, por certo, de forma a manter o poder aquisitivo dos valores ao tempo das respectivas contratações, pode se constituir em um referencial, como mencionado pelo ilustre administrativista citado no presente Voto, servindo para balizar as ofertas dos licitantes e para garantir a continuidade, qualidade e eficiência dos serviços prestados. Vale também frisar que o salário-paradigma é relativo aos valores recebidos pelo trabalhador, ser humano, não se confundindo com um valor de referência para coisas ou bens, como, por exemplo, o item serviço de um edital de licitação. 19. Por derradeiro, entendo que também assiste razão ao recorrente ao invocar, para a solução da lide em favor da coletividade, do interesse público e da eficiência, comandos
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diretivos da Carta Magna, que consideram o trabalho como primado da ordem social. No caso em comento, concluo que ao mitigar dispositivo da Lei de Licitações em favor da aplicação de princípios constitucionais, esta Corte estará atuando em favor de uma maior aproximação entre o direito e os valores sociais, consoante ensinamento do eminente professor de Filosofia do Direito de Harvard, Robert Dworkin, acerca dos princípios jurídicos gerais e constitucionais. [...] 21. Ao arrimo do ensinamento exposto, considero que o aludido dispositivo da Lei de Licitações (art. 40, inciso X) não deve ser aplicado Stricto sensu, vez que não se apresenta completo em seu enunciado, mas, antes, deve este Tribunal considerar a dimensão do princípio da eficiência, sua aplicação ao caso concreto e o interesse público.”
2.21.4. Dessa forma, a corte torna inequívoca a necessidade da interpretação sistemática do
dispositivo, que não se pode deixar levar pela literalidade da letra fria da lei, mas de sua melhor
exegese. Dessa forma, o conceito do salário-paradigma deve ser a tônica que permeará, no caso
concreto, a presente licitação. A questão da fixação de salários também encontra arrimo no Acórdão
1.327/2006 – Plenário, na voz do Ministro Guilherme Palmeira:
“Entretanto, uma questão merece ser considerada neste momento. Trata-se da apontada impropriedade de estabelecimento de valores mínimos para os salários dos prestadores de serviço. Comungo da intelecção de que tal previsão editalícia não necessariamente afeta a competitividade de certames licitatórios para tais atividades. É que o estabelecimento de um mesmo piso salarial a ser seguido por todas as licitantes em tese não cria condições suficientes para favorecer algumas das empresas em prejuízo das demais. Ao reverso, penso que, na esteira do entendimento esposado pelo eminente Ministro Marcos Vilaça no voto condutor do Acórdão 256/2005 - TCU - Plenário, a fixação prévia de uma referência para a remuneração a ser paga aos empregados reduz a incerteza das empresas no estabelecimento de seus custos e a insegurança quanto à disponibilidade de mão-de-obra qualificada disposta a trabalhar por aquela remuneração. Isso, de certo modo, pode funcionar como um atrativo ao comparecimento de mais interessadas ao certame.”
2.21.5. O Eminente Ministro Revisor no Acórdão 614/2007 - Plenário, Marcos Bemquerer, voto
vencedor no vergasto, apresentou importante contribuição para dirimir as controvérsias do tema,
principalmente sobre o aspecto da legalidade e prevalência de decisões cujo caráter perpetuem
princípios constitucionais básicos, constituindo-se na melhor interpretação lógico-sistemática, como
veremos:
“6.Mantendo-me alinhado ao princípio da legalidade, entendo que esses dois artigos devem ser analisados conjuntamente e de forma sistemática. Ainda que o inciso X do art. 40 tenha redação mais recente do que o § 3º do art. 44, não considero que tal fato possa servir de parâmetro para, mediante utilização de critério cronológico, afastar a aplicabilidade de um dos dispositivos contido na Lei n. 8.666/1993.
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7.Acerca desse tipo de interpretação lógico-sistemática, trago à baila os ensinamentos do doutrinador André Franco Montoro in Introdução à Ciência do Direito, 26ª Edição, Editora Revista dos Tribunais, 2005, pág. 435: “A interpretação lógico-sistemática leva em conta o sistema em que se insere o texto e procura estabelecer a concatenação entre este e os demais elementos da própria lei, do respectivo campo do direito ou do ordenamento jurídico geral. Em suas diversas modalidades, o método lógico supõe sempre a unidade e coerência do sistema jurídico.” (grifos acrescidos). 8.Também a obra “O direito e a vida dos direitos” de Vicente Ráo, 6ª edição anotada e atualizada com o novo Código Civil por Ovídio Rocha Barros Sandoval, página 517, preconiza: “O processo lógico-sistemático em mais não consiste senão no processo comparativo ensinado pela Lógica e revestido de certas peculiaridades próprias das ciências jurídicas. Os processos filológico e lógico-analítico se detêm no conteúdo do texto, ou disposição; ao passo que o processo lógico-sistemático introduz, no exame dos textos, elementos estranhos, pois realiza o confronto de um texto com outro texto da mesma lei (exame do contexto da lei), ou com os textos de outras leis do mesmo sistema jurídico, ou, até mesmo, com textos de outros sistemas jurídicos positivos (direito comparado), desde que todos versem sobre o mesmo instituto, ou a mesma relação. Melhor se apura o pensamento contido em uma sentença, quando se enquadra na ordem sistemática do conjunto de disposições de que faz parte, ou quando se a confronta com disposições outras, mas ligadas, todas, entre si, por identidade e afinidade de princípios.” (grifos acrescidos). 9.Com amparo no que prevê a doutrina acerca da análise lógico-sistemática, há que se destacar, primeiramente, os objetivos da Lei n. 8.666/1993, quais sejam, garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública, de tal forma que a licitação seja processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos. 10.Entendo que tanto o inciso X do art. 40 quanto o § 3º do art. 44 buscam o alcance da proposta mais vantajosa para a Administração Pública: o primeiro foca-se na questão da economicidade, o segundo enfatiza a necessidade de que o órgão contratante adote como referência valores de insumos e de mão-de-obra compatíveis com o padrão médio adotado pelo mercado, de tal forma a garantir o nível de qualidade do serviço orçado. 11.Nesse contexto, o binômio eficiência e economicidade é que confere ao administrador instrumentos para aferir qual a proposta mais vantajosa. O menor preço deve vir associado a um serviço prestado com padrão de qualidade que garanta o alcance do nível de eficiência almejado pela Administração Pública. 12.A própria dinâmica do mercado de mão-de-obra pressupõe que profissionais com mais experiência e maior especialização percebam melhores remunerações. Em geral, a gradação dos valores pagos no setor privado ocorre consoante a classificação nas seguintes classes: Júnior, Pleno, Sênior, Master e Especialista. O principal critério para esta classificação é o tempo de experiência. 13.Na estrutura de recursos humanos das empresas que absorvem mão-de-obra, verifica-se que profissionais que estejam trabalhando há dois anos no mercado são classificados como Júnior, de dois a quatro anos, Pleno; de quatro a seis anos, Sênior; de seis a oito anos, Master e aqueles com mais de oito anos no mercado são classificados
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como Especialistas. O incremento remuneratório ocorre consoante o tipo de classe em que o profissional se enquadra. 14.Há que se ressaltar que o órgão público, ao contratar com empresas que adotam custos de insumos e de mão-de-obra abaixo dos valores médios de mercado, corre o risco de que sejam empregados materiais de qualidade inferior e utilizados profissionais inexperientes. Tem-se, portanto, que o legislador, com a redação dada ao § 3ºdo art. 44 da Lei 8.666/1993, tentou afastar esse risco. 15.Dessarte, o inciso X do art. 40 e o § 3º do art. 44, ambos da Lei de Licitações, analisados em conjunto indicam que o órgão licitante não pode estipular, ao seu arbítrio, limite mínimo para os custos unitários, contudo, com vistas a garantir a qualidade do serviço prestado, pode vetar a inclusão, nas composições desses custos, de gastos com insumos e mão-de-obra incompatíveis com os valores de mercado. Trata-se de mitigação do princípio da economicidade em prol da qualidade do serviço prestado. 16.Tal procedimento é análogo ao verificado no art. 48, inciso II, da Lei n. 8.666/1993, no qual o legislador introduz o critério da exeqüibilidade para afastar da licitação propostas com preços comparativamente muito baixos. O intuito é o mesmo: evitar que a Administração Pública efetue contratações em situações em que há riscos de que os serviços não sejam executados a contento. 17.Tem-se, portanto, que, com o objetivo de perseguir o interesse público, a Lei de Licitações e Contratos ressalva casos especificados em que as propostas têm que se adequar a determinados valores mínimos tomados como referência para a escolha da licitante vencedora do certame e sua posterior contratação para prestação de serviços à Administração Pública.” (grifamos)
2.21.6. Assim, os vergastos exarados pela Egrégia Corte não perdem o seu valor diante da adoção de
nova norma infralegal que venha de encontro à dispositivo superior, como é o caso do art. 44, §3º da
Lei nº 8.666/93. No mesmo sentido, a cautela da aferição de inexequibilidade, prevista no mesmo
diploma no art. 48, também deverá ser levada em conta.
2.21.7. Registra-se, independentemente da tese já consagrada da interpretação sistemática, que a
Corte não se manteve silente frente ao advento da IN Nº 02/2008 cuja análise está eminentemente
voltada para o art. 20, no mérito da fixação de salários. Vejamos o que nos apresenta o Acórdão
2.281/2008 pelo Ministro Relator Ubiratan Aguiar:
“4. Há que se ressaltar que, mesmo nas deliberações em que a fixação de salários mínimos foi admitida como possível, ficou consignado que esse é um procedimento de certa forma excepcional, cuja utilização deve ser devidamente fundamentada, assim como os valores fixados a título de remuneração mínima. [...] 7. Ainda quanto a esse aspecto, entendo pertinentes as observações feitas pela unidade técnica de que a simples pré-fixação de salários não garante a prestação de um serviço de maior qualidade, sem o estabelecimento de outras condições, como requisitos de qualificação dos trabalhadores, padrões de produtividade desejados, níveis aceitáveis de rotatividade, etc. Sem esses requisitos adicionais, não há qualquer garantia de que profissionais mais qualificados serão recrutados pela empresa. A esse
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respeito, o Tribunal já se manifestou nos Acórdãos 2.003/2005, 2.028/2006 e 1.699/2007, todos do Plenário.”
2.21.8. Anote-se, nesse momento, que o Acórdão, pela sua melhor exegese, admite, mesmo no
advento da nova IN a mitigação das disposições do Diploma, conforme verificamos:
“9.3.2.1. fixação, no edital, de valor mínimo para os salários das diversas categorias a serem contratadas, considerando os seguintes aspectos: 9.3.2.1.1. não se demonstrou que a necessidade da fixação desses salários, traria aumento de custos para o ministério;” (grifamos)
2.21.9. Dessa forma, a Corte demonstra claramente a tese de que, ao se fixar demonstrativamente, a
necessidade de fixação desses salários, os mesmos poderiam ser admissíveis, o que corrobora,
portanto, as jurisprudências precedentes que versaram sobre a melhor exegese dos dispositivos.
2.21.10. E quais seriam esses critérios? O próprio vergasto leciona:
“72 ... Concluímos também que o piso salarial, por si só, não é suficiente para assegurar a qualidade e a eficiência da prestação dos serviços. Isso pode ser assegurado com o estabelecimento, no edital da licitação e no contrato, de cláusulas contendo regras claras e objetivas quanto aos padrões da prestação dos serviços, níveis aceitáveis de rotatividade, graus de produtividade desejáveis etc.” (grifamos)
2.21.11. Isso se corrobora no Acórdão final:
“9.4.2. nos futuros editais para a execução indireta de serviços, avalie a conveniência de incluir no edital regras claras e objetivas para assegurar que os serviços sejam executados dentro dos padrões desejados de qualidade e eficiência (tais como níveis aceitáveis de rotatividade, grau de produtividade adequado, qualificação desejada);”
2.21.12. Assim, resta comprovada a possibilidade jurisprudencial da ratificação do salário-paradigma
proposto, desde que cumpridas as cautelas de estilo determinadas pela Corte. A base para a fixação
dos salários paradigma, contudo, deve levar em consideração critérios objetivamente determinantes
para não se levar a uma dispendiosidade maior do aquela que seria necessária. Nesse sentido, deve
dar lugar às anteriores formas de verificação de custos – analogia pr outros contratos da
Administração Pública – índices produzidos pelo próprio Poder Público, sendo nesse caso os dados da
Pesquisa CEMPRE do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE que afere os dados
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produzidos de rendimentos do trabalho. Tais dados estão amplamente divulgados no seu sítio e tem
sua distribuição feita nos Estados. Trazemos o excerto desses dados, obtidos através da série histórica
2008/2009 (Acesso em 28 jun 2011):
2.21.12.1. RIO DE JANEIRO:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 2099,49
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=rj&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.2. SÃO PAULO:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 2266,81
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=sp&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.3. ESPÍRITO SANTO:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1560,11
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.4. MINAS GERAIS:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1628,18
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=mg&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.5. PARANÁ:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1763,34
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pr&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.6. SANTA CATARINA:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 2051,85
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=sc&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.7. RIO GRANDE DO SUL:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1789,92
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=rs&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.8. MATO GROSSO DO SUL:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1779,57
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ms&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.9. MATO GROSSO:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1479,13
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=mt&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.10. GOIÁS:
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Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1644,75
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=go&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.11. DISTRITO FEDERAL:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 3018,94
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=df&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.12. RONDÔNIA:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1671,53
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ro&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.13. ACRE:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho 1213,74
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ac&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.14. AMAZONAS:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1362,13
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=am&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.15. RORAIMA:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1108,09
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=rr&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.16. PARÁ:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1321,30
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pa&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.17. AMAPÁ:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1910,19
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ap&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.18. TOCANTINS:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1201,77
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=to&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.19. MARANHÃO:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 923,48
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ma&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.20. PIAUÍ:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 921,18
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pi&tema=pofdespesasrendimentos
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2.21.12.21. CEARÁ:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 860,39
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ce&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.22. RIO GRANDE DO NORTE:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 970,67
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=rn&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.23. PARAÍBA:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 942,51
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pb&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.24. PERNAMBUCO:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1116,03
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pe&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.25. ALAGOAS:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 846,04
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=al&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.26. SERGIPE:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1092,10
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=se&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.12.27. BAHIA:
Rendimento médio mensal familiar do trabalho: R$ 1162,91
http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ba&tema=pofdespesasrendimentos
2.21.13. Dispõe o art. 461 da Consolidação das Leis do Trabalho que a prestação de serviços
com idêntica função, prestado ao mesmo empregador na mesma localidade corresponderá
salário idêntico. Tal instituto de equiparação salarial tem como base a garantia constitucional
pétrea, estabelecida no art. 7º, XXX, que prevê a impossibilidade de distinção salarial em
serviços por critério de admissão, sexo, idade, cor ou estado civil.
2.21.14. Como estabelece a própria consolidação que o tomador de serviços ou o
empregador não poderão fazer exigências de experiência anterior do trabalhador acima de
seis meses, assim como a natureza da prestação para o ICMBio interessa tão-somente o seu
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resultado, não se poderá conceber que a precificação dos serviços poderá estabelecer os
critérios de paradigma bienais, estabelecidos no art. 461, §1º.
2.21.15. Entretanto, o conceito de mesma localidade não pode ser entendido absolutamente
como sendo o Município ou o Distrito de Prestação dos serviços. De fato, a jurisprudência
aponta no sentido de que se deverá considerar a política salarial de cada empregador, que
deverá estar adstrita aos preceitos constitucionais e infraconstitucionais. Nesse sentido, a
razoabilidade de análise, como demonstraram os julgados, indica o paradigma estadual para
adoção, conforme excerto:
“Ao elencar no art. 461 da CLT os requisitos necessários à equiparação salarial, o legislador fixou parâmetros para que se pudesse aferir a igualdade dos serviços de modo a merecerem tratamento isonômico quanto à retribuição devida. O requisito da mesma localidade teve como único objetivo a certeza de que os mesmos critérios com relação ao salário pago pela empresa fossem observados. Portanto, tratando-se de empresa de âmbito estadual que aplica a mesma política salarial em todo o Estado, sem distinção quanto ao local (município) em que o empregado esteja lotado, é obvio que o requisito da localidade, para fins de critério de equiparação salarial não pode ser considerado.” (E-RR 392.514/97). João Batista Brito Pereira – TST.
2.21.16. Dessa forma, há que se ter a cautela necessária em não estabelecer distinções
salariais entre Diretorias, Macroprocessos e o Gabinete Institucional, assim como nos demais
Órgãos Descentralizados, em estabelecer remunerações distintas para serviços de mesma
natureza, ainda que sob outra nomenclatura. Da mesma forma, tais serviços devem ser
distribuídos entre postos cuja finalidade seja claramente vinculada ao Código Brasileiro de
Ocupações, como já preveem as normas infralegais sobre o tema.
2.21.17. A única exceção casuística será o serviço de transporte aquaviário, cujo
estabelecimento do paradigma será feito considerando o sistema remuneratório específico
dado aos profissionais de transporte daquelas categorias, cuja definição é dada pelos
Acordos Coletivos de Trabalho firmados pela Associação das Empresas de Apoio Marítimo -
ABEAM, cuja abrangência paradigmática é nacional, sendo o valor único de remuneração,
independentemente da Unidade Federativa onde o serviço será prestado. As categorias
fluviais também se utilizam em diversos casos desse ACT para vincular suas remunerações.
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2.22. METODOLOGIA DE CÁLCULO
2.22.1. Partindo-se dos rendimentos de trabalho apurados pelo IBGE e observando o
princípio da economicidade – premissa das licitações no Direito Administrativo Brasileiro – o
estabelecimento de tais paradigmas, nas formas da legislação trabalhista e da concepção da
Corte de Contas encontraram o devido lastro jurídico-técnico. Nesse sentido, a fim de dar
isonomia na busca de custos, optou-se por atualizar tais valores com base nas Convenções
Coletivas de Trabalho praticadas pelo SEAC13/DF nos anos de 2009, 2010 e 2011, de forma a
manter seu devido poder de compra como verba de alimentos (lato sensu). Chegamos, com
isso, ao quadro seguinte:
UF SALÁRIO/MÉDIO
IBGE %
CONVENÇÃO SEAC/DF
2009/2010
CONVENÇÃO SEAC/DF
2010/2011
CONVENÇÃO SEAC/DF
2011/2012
DF R$ 3.018,94 100% R$ 3.335,93 R$ 3.686,20 R$ 4.184,94
RJ R$ 2.099,49 69% R$ 2.319,94 R$ 2.563,53 R$ 2.910,38
SP R$ 2.266,81 75% R$ 2.504,83 R$ 2.767,83 R$ 3.142,32
MG R$ 1.628,18 53% R$ 1.799,14 R$ 1.988,05 R$ 2.257,03
ES R$ 1.560,11 51% R$ 1.723,92 R$ 1.904,93 R$ 2.162,67
PR R$ 1.763,34 58% R$ 1.948,49 R$ 2.153,08 R$ 2.444,39
SC R$ 2.051,85 67% R$ 2.267,29 R$ 2.505,36 R$ 2.844,34
RS R$ 1.789,92 59% R$ 1.977,86 R$ 2.185,54 R$ 2.481,24
MS R$ 1.779,57 58% R$ 1.966,42 R$ 2.172,90 R$ 2.466,89
MT R$ 1.479,13 48% R$ 1.634,44 R$ 1.806,05 R$ 2.050,41
GO R$ 1.644,75 54% R$ 1.817,45 R$ 2.008,28 R$ 2.280,00
RO R$ 1.671,53 55% R$ 1.847,04 R$ 2.040,98 R$ 2.317,12
AC R$ 1.213,74 40% R$ 1.341,18 R$ 1.482,01 R$ 1.682,52
AM R$ 1.362,13 45% R$ 1.505,15 R$ 1.663,19 R$ 1.888,23
RR R$ 1.108,09 36% R$ 1.224,44 R$ 1.353,01 R$ 1.536,07
13
Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio, Conservação e Terceirização do Distrito Federal.
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PA R$ 1.321,30 43% R$ 1.460,04 R$ 1.613,34 R$ 1.831,63
AP R$ 1.910,19 63% R$ 2.110,76 R$ 2.332,39 R$ 2.647,96
TO R$ 1.201,77 39% R$ 1.327,96 R$ 1.467,39 R$ 1.665,93
MA R$ 923,48 30% R$ 1.020,45 R$ 1.127,59 R$ 1.280,16
PI R$ 921,18 30% R$ 1.017,90 R$ 1.124,78 R$ 1.276,97
CE R$ 860,39 28% R$ 950,73 R$ 1.050,56 R$ 1.192,70
RN R$ 970,67 32% R$ 1.072,59 R$ 1.185,21 R$ 1.345,57
PB R$ 942,51 31% R$ 1.041,47 R$ 1.150,83 R$ 1.306,54
PE R$ 1.116,03 36% R$ 1.233,21 R$ 1.362,70 R$ 1.547,07
AL R$ 846,04 28% R$ 934,87 R$ 1.033,04 R$ 1.172,81
SE R$ 1.092,10 36% R$ 1.206,77 R$ 1.333,48 R$ 1.513,90
BA R$ 1.162,91 38% R$ 1.285,02 R$ 1.419,94 R$ 1.612,06 Quadro 01: Atualização dos rendimentos de salário do trabalho da pesquisa IBGE CEMPRE. As respectivas CCT’s14 estão anexas ao presente
Termo de Referência.
2.22.2. A forma de escalonamento para os diferentes níveis de atividade, dada a
complexidade dos mesmos utilizou como parâmetro os contratos atualmente praticados em
âmbito do Instituto Chico Mendes, sendo verificados dois cenários:
2.22.2.1. O primeiro deles, praticado pelo ICMBio Sede, estabeleceu como
escalonamento de salários, as faixas de 100% para o primeiro nível; 90% para o
segundo nível; 69% para o terceiro nível; 51% para o quarto nível; 41% para o
quinto nível; 31% para o sexto nível e 21% para o sétimo nível.
2.22.2.2. Nas unidades de maior custo, notadamente nos Estados de São Paulo e
Rio de Janeiro, as faixas de escalonamento verificadas foram de 100% para o
primeiro nível; 69% para o segundo nível; 64,12% para o terceiro nível, 59,21%
para o quarto nível e 51,90% para o último nível.
2.22.2.3. Em alguns casos, tais como Pernambuco e Paraná, notou-se também
uma faixa intermediária entre o primeiro e o segundo nível, mediana entre a
14
Convenções Coletivas de Trabalho.
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Administração Central e as Unidades de maior custo. Essa faixa foi considerada
para composição de seus custos paradigmas respectivos.
2.22.3. Nesses casos, o custo para os serviços de execução, ficou escalonado nessas faixas
e tais percentuais passaram a ser vinculantes para o escalonamento dos níveis, de forma a
não prejudicar o equilíbrio das equações contratuais anteriormente praticadas, que se
revelaram razoáveis e de prática similar à do mercado observado. Nesse sentido, os
salários fixados passaram a ser considerados de forma vinculante; isto é, sem
possibilidade de minoração no procedimento licitatório, pelos motivos já expostos
anteriormente. O mesmo procedimento passou também a ser adotado para a composição
inicial dos custos-paradigma de vale-alimentação/refeição, estabelecidos conforme a
última CCT do SEAC/DF em R$ 16,00 (dezesseis reais) para cada trabalhador. Tal
paradigma será vinculante para a apresentação das propostas e não poderá ser minorado.
Doravante, a atualização deverá ser feita conforme a CCT de cada Estado nos seus
respectivos índices, de forma a manter atualizado regionalmente o benefício para o
trabalhador, não possuindo vinculação nacional de reajuste. Para fins de cumprimento dos
princípios da isonomia e do julgamento objetivo, os demais benefícios não poderão ser
inferiores aos estabelecidos no valor paradigma das estimativas de preços constantes
deste Termo de Referência.
2.22.4. O critério para a indenização decorrente de pagamento de diárias por meio da
empresa contratada para os funcionários alocados, aplicáveis nos casos em que a
atividade que pode vir a demandar deslocamento fora do domicílio e cujas previsões DE
CUSTOS VARIÁVEIS E NÃO FIXOS deverão observar, rigorosamente, os seguintes
requisitos:
2.22.4.1. O trabalhador alocado não poderá, sob nenhuma hipótese ou
fundamento receber diretamente do ICMBio ou de qualquer Órgão da
Administração Pública diárias a serviço como colaborador eventual ou voluntário.
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2.22.4.2. Quando tais deslocamentos ocorrerem, no interesse do serviço e que
não caracterizem desvio de finalidade, de poder ou do objeto, o funcionário fará
jus à indenização de diárias nos mesmos valores pagos para os profissionais de
nível auxiliar do ICMBio, sendo estabelecido que:
2.22.4.2.1. Nos deslocamentos em que o funcionário perfaça mais de 100 km num
dos percursos e que seja fora da microrregião urbana, exclusive nos municípios
limítrofes e quando houver chegada ao seu local de trabalho após as 18:00 terá
direito à percepção indenizatória de ½ diária, descontado o valor do auxílio-
alimentação, desde que a atividade de deslocamento não seja habitual da função;
2.22.4.2.2. Nas mesmas condições de deslocamento do subitem anterior, o
funcionário que vier a pernoitar em imóvel da União por interesse justificado do
serviço, perceberá somente o valor de ½ diária, descontados os valores de auxílio-
alimentação do dia da saída e da chegada, se não lhe for oferecida a alimentação no
local de estada, ocasião em que não fará jus a diárias;
2.22.4.2.3. Quando o funcionário necessitar realizar pernoite fora de seu domicílio,
inclusive no próprio local de trabalho, fará jus à indenização de diárias, sendo ½ se
ocupar imóvel da união e inteira se se utilizar de estabelecimento de pousada. Será
obrigatória a comprovação da estada, mediante a apresentação da nota fiscal do
estabelecimento. O valor da diária não poderá superar o máximo do valor da diária
paga ao servidor de nível auxiliar, sendo devida a diligência para apurar se o preço
da estada informado na nota é o mesmo praticado no estabelecimento. Não serão
ainda indenizados os pagamentos de despesas de ligações telefônicas para números
particulares, serviços de lavanderia ou catering;
2.22.4.2.4. Não serão pagas diárias de deslocamento que não forem solicitadas e
aprovadas com antecedência de 10 (dez) dias, salvo nos comprovados casos de
urgência e calamidade, sob a total responsabilidade da Chefia da Unidade atendida
e obrigatoriamente com o ciente do preposto da empresa.
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2.22.4.2.5. É vedada a subordinação entre o funcionário alocado e o ICMBio,
devendo aquele subordinar-se diretamente à empresa contratada para recebimento
de suas tarefas, observadas as disposições da IN 02/2008 MPOG/SLTI e alterações.
2.22.4.2.6. Para o caso dos serviços de transportes, que necessitarão de
profissionais em tempo integral para a condução e manutenção simplificada
preventiva e corretiva de embarcações ou meios flutuantes, o quadro descritivo a
seguir demonstrará a forma de remuneração instituída pelo ACT 2010-2011, que
deverá ser observado pelos licitantes interessados para composição de seus custos
do serviço a ser prestado e cuja discriminação em folha de pagamento deverá ser
obrigatória.
2.22.4.2.6.1. Os licitantes deverão observar as despesas e custos
trabalhistas/indenizatórios variáveis, tais como a gratificação por
dia de embarque:
GRUPO 4 -
TRANSPORTES CATEGORIA FUNÇÕES
SOLDADA-
BASE (A)
ETAPA DE
BOIA (B)
ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE
(C)
ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE
(D)
HORA-
EXTRA (E)
ADICIONAL
NOTURNO
(F)
GRATIFICAÇÃO
COMPLEMENTAR
COMPENSÁVEL
(G)
DOBRA DSR
(H) BRUTO
MENSAL (I)
GRATIFICAÇÃO POR DIA DE
EMBARQUE (J)
RESPONSÁVEL
CONVÉS
MOC MOÇO DE CONVÉS
R$ 551,52 R$ 159,82 R$ 165,46 R$ 0,00 R$ 637,67 R$ 63,77 R$ 204,19 R$ 297,07 R$ 2.079,49 R$ 8,17 MFC MARINHEIRO
FLUVIAL DE CONVÉS
PEP PESCADOR
PROFISSIONAL
ESPECIALIZADO
AUXILIAR
CONVÉS
MAC MARINHEIRO
AUXILIAR DE
CONVÉS
R$ 510,00 R$ 159,82 R$ 153,00 R$ 0,00 R$ 598,41 R$ 59,84 R$ 36,07 R$ 252,86 R$ 1.770,00 R$ 7,36 MAF MARINHEIRO
FLUVIAL AUXILIAR
DE CONVÉS
BQR BARQUEIRO
POP PESCADOR
PROFISSIONAL
RESPONSÁVEL MNM MARINHEIRO DE R$ 734,02 R$ 159,82 R$ 0,00 R$ 293,61 R$ 863,60 R$ 86,36 R$ 182,22 R$ 386,60 R$ 2.706,23 R$ 10,61
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MÁQUINAS MÁQUINAS
MOM MOÇO DE
MÁQUINAS
MFM MARINHEIRO
FLUVIAL DE
MÁQUINAS
AUXILIAR
MÁQUINAS
MAM MARINHEIRO
AUXILIAR DE
MÁQUINAS
R$ 551,52 R$ 159,82 R$ 0,00 R$ 220,61 R$ 677,78 R$ 67,78 R$ 144,42 R$ 303,65 R$ 2.125,58 R$ 8,33 MMA
MARINHEIRO
FLUVIAL AUXILIAR
DE MÁQUINAS
MOP MOTORISTA
DE PESCA
RESPONSÁVEL
CÂMARA
CZA COZINHEIRO
R$ 734,02 R$ 159,82 R$ 220,21 R$ 0,00 R$ 810,22 R$ 81,02 R$ 45,96 R$ 341,87 R$ 2.393,12 R$ 9,42 TAA TAIFEIRO
2.22.4.3. ELEMENTOS DA FORMAÇÃO DE CUSTOS
2.22.4.3.1. Assim, feitas as preliminares de precificação dos custos e estabelecida a
sua metodologia, determinamos a realização dos cálculos na forma da demanda dos
anexos deste Termo de Referência, utilizando-se da planilha de custos adotada pela
Auditoria Interna do Ministério Público da União15, adaptadas conforme os critérios
de BDI e salário-paradigma para o caso concreto.
2.22.4.3.2. Para o caso específico de Assistência Técnica para auxílio e subsídio na
fiscalização de contrato, conforme verificamos no sitio do MPOG
(www.comprasnet.gov.br), não foram identificados contratos já vigentes, cujo
serviço técnico profissional tivesse como escopo a especialidade contábil, não nos
permitindo auferir diretamente preços praticados ao poder público. Dessa forma,
realizamos a pesquisa de mercado, que demonstrou uma formação muito empírica
e customizada para cada objeto, impossibilitando seu uso direto como balizador de
15 Disponível em < http://www.audin.mpu.gov.br/audin/terceirizacao/modelo_planilhas_padrao_2011.xls> Acesso em 28 jun. 2011.
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custos. Assim, coletamos dados diretamente no Conselho Federal de Contabilidade,
bem como em trabalhos acadêmicos que demonstraram tal formação de preços.
2.22.4.3.2.1. Entrevistamos também algumas empresas do setor, coletando
alguns dados em internet, tais como os honorários indicados na
página do Sindicato de Contabilistas de Niterói/RJ, Contábil Master,
SINESCONTÁBIL/MG e de acordo com o que preceitua a Resolução
do Conselho Federal de Contabilidade nº 290/70, que recomenda a
fixação por base de salários mínimos – embora tal medida como
indexador de contratos seja atualmente vedada pelo texto
constitucional. Serve, porém, de condições de precificação
objetivamente auferidos para fins de estimativa de custos para
disputa pública, conforme a formação a seguir indicada:
2.22.4.3.2.2. O processo de formação de custos, segundo a publicação do
Conselho Federal (p. 17) informa, de maneira exemplificativa, que
os seguintes componentes devem ser considerados: - salários dos
funcionários da empresa contábil, remuneração dos sócios,
característica do serviço a ser prestado, habilidade e experiência
que o trabalho exige, gastos gerais da empresa contábil, reservas
destinadas a demissões de funcionários, necessidade de
substituição de equipamentos e instalações, conservação de bens
móveis e imóveis e outros itens julgados necessários e a margem de
lucro pretendida. Em dados estatísticos, apresentados no anuário
de produção científica da Faculdade Anhanguera (p. 340), observou-
se que na série estudada a formação dos valores contratuais e de
serviços é formada em 70% com base nos custos, sendo tal
prevalência, o método mais comum de precificação. Como tal
situação, em séries históricas distintas foi a mais notada, decide-se
pela formação de preços conforme tais regras de mercado. Dessa
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forma, serão computados os seguintes elementos na formação de
preços:
2.22.4.3.2.2.1. O prolabore – segundo a literatura “a inclusão do
prolabore é fundamental na composição do preço já que este
representa a remuneração aos sócios pelos serviços prestados.
O cálculo do prolabore deve ser determinado pelo custo de
oportunidade do sócio, ou seja, o mesmo montante que o
sócio estaria recebendo em salário e benefícios se estivesse
optando em trabalhar como empregado. É recomendável a
segregação dos gastos do sócio que atua como técnico,
daquele que atua nas atividades administrativas e comerciais.”
Esse custo, que representa medianamente, 2,5%, sendo esse o
máximo aceitável para tanto. O percentual será incorporado
aos custos de despesas administrativas.
2.22.4.3.2.2.2. Despesas administrativas – computar-se-ão os gastos de
consumo relativos a estrutura operacional: aluguel,
condomínio, luz, IPTU, telefone, consumo, gastos de consumo
com tecnologia e equipamentos, suporte de software,
mensalidades de manutenção e reposição de peças,
manutenção de centrais telefônicas, rádios de comunicação e
internet e consumo papelaria de uso do escritório de
contabilidade.
2.22.4.3.2.2.3. Material Técnico – computar-se-ão os custos com material
de pesquisa, tais como livros e assinaturas de revistas
especializadas e consultoria telefônica, tais como IOB, COAD
ou INFORMARE, por exemplo, bem como quaisquer consultas
que não estejam disponíveis ao público e necessitem
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aquisição, tais como NBR’s. Tais custos serão constantes no
item despesas administrativas.
2.22.4.3.2.2.4. Equipe técnica permanente - Como a atividade demanda
que se tenha a participação permanente da empresa técnica
contratada de maneira permanente e uniforme, considerando
o universo de contratos no âmbito da ICMBio e o extenso rol
de conferência de obrigações laborais - uma vez que há cerca
de 2500 (dois mil e quinhentos) trabalhadores em funções
alocadas entre vigilância, limpeza e apoio operacional - faz-se
necessário que se tenha uma equipe técnica de profissionais
disponibilizados nas Unidades Gestoras Executoras, sendo que
deverá ser minimamente composta de: Responsável(is)
Técnico(s) – Perito Contador - nos termos da Resolução CFC
560/83, detentor de registro junto ao respectivo Conselho, que
deverá prestar, minimamente, 176 horas úteis/mês de
serviços; Assistente(s) Técnico(s) – Consultor Contábil, com
formação preferencial em Técnico em Contabilidade,
devidamente registrado, que deverá prestar, minimamente,
176 horas úteis/mês de serviços; Auxiliar(es) Geral (is), com
conhecimentos na área de Direito Trabalhista, Processual,
Administrativo e Civil – experiência mínima de 06 (seis) meses.
Tais auxiliares deverão compor a equipe administrativa do
Escritório de contabilidade que deverá ser instalado pelo
contratado nos locais indicados no anexo deste Termo de
Referência. No caso específico do ICMBio Sede, a alocação dos
Peritos Contadores (mínimo de 02) já estão computados nos
custos de despesas administrativas, devendo ter remuneração
mínima conforme a faixa I da escala de remuneração, ou seja,
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100% do salário médio do trabalho do IBGE/SEMPRE
atualizado.
2.22.4.3.3. Sob base desse modelo, obtivemos a seguinte estimativa de custos para
o objeto a ser contratado:
ACRE VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
01 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 696.856,58 R$ 696.856,58 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 696.856,58 R$ 696.856,58 R$ 0,00 1,18%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
ALAGOAS VALOR TOTAL
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 02
VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 268.369,66 R$ 268.369,66 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 268.369,66 R$ 268.369,66 R$ 0,00 0,45%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
AMAZONAS
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
03 VALOR FISCALIZAÇÃO -
ITEM 04
R$ 218.730,34 R$ 218.730,34 R$ 0,00 I
R$ 225.282,77 R$ 112.641,39 R$ 112.641,39 II
R$ 39.603,64 R$ 0,00 R$ 39.603,64 III
R$ 279.535,02 R$ 209.651,27 R$ 69.883,76 IV
R$ 1.903.672,45 R$ 1.903.672,45 R$ 0,00 V
TOTAIS R$ 2.666.824,23 R$ 2.444.695,44 R$ 222.128,79 4,52%
% DA DESPESA 100,00% 91,67% 8,33%
AMAPÁ VALOR TOTAL
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 06
VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 500.063,13 R$ 500.063,13 R$ 0,00
TOTAIS R$ 500.063,13 R$ 500.063,13 R$ 0,00 0,85%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
BAHIA
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
06 VALOR FISCALIZAÇÃO -
ITEM 07
R$ 47.668,07 R$ 47.668,07 R$ 0,00 I
R$ 70.130,80 R$ 35.065,40 R$ 35.065,40 II
R$ 33.081,48 R$ 0,00 R$ 33.081,48 III
R$ 280.369,17 R$ 249.217,04 R$ 31.152,13 IV
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DIRETORIA DE PLANEJAMENTO, ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA
UNIDADE AVANÇADA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS EM TERESÓPOLIS
R$ 1.293.203,80 R$ 1.293.203,80 R$ 0,00 V
TOTAIS R$ 1.724.453,33 R$ 1.625.154,32 R$ 99.299,01 2,92%
% DA DESPESA 100,00% 94,24% 5,76%
CEARÁ
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
08 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 52.199,51 R$ 52.199,51 R$ 0,00 II
R$ 588.248,22 R$ 588.248,22 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 640.447,74 R$ 640.447,74 R$ 0,00 1,08%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
DISTRITO FEDERAL
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
09 VALOR FISCALIZAÇÃO -
ITEM 10
R$ 3.440.847,59 R$ 2.637.983,15 R$ 802.864,44 I
R$ 3.771.861,31 R$ 2.200.252,43 R$ 1.571.608,88 II
R$ 5.305.060,35 R$ 4.815.362,47 R$ 489.697,88 III
R$ 3.064.615,51 R$ 3.064.615,51 R$ 0,00 IV
R$ 1.959.858,49 R$ 1.959.858,49 R$ 0,00 V
R$ 1.050.653,04 R$ 1.050.653,04 R$ 0,00 VI
R$ 602.258,38 R$ 602.258,38 R$ 0,00 VI
TOTAIS R$ 19.195.154,66 R$ 16.330.983,47 R$ 2.864.171,20 32,51%
% DA DESPESA 100,00% 85,08% 14,92%
ESPÍRITO SANTO VALOR TOTAL
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 11
VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 777.037,78 R$ 777.037,78 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 777.037,78 R$ 777.037,78 R$ 0,00 1,32%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
GOIÁS
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 12
VALOR FISCALIZAÇÃO - ITEM 13
R$ 64.919,54 R$ 64.919,54 R$ 0,00 I
R$ 93.377,75 R$ 46.688,88 R$ 46.688,88 II
R$ 43.882,03 R$ 0,00 R$ 43.882,03 III
R$ 287.881,29 R$ 246.755,39 R$ 41.125,90 IV
R$ 737.119,84 R$ 737.119,84 R$ 0,00 V
TOTAIS R$ 1.227.180,45 R$ 1.095.483,65 R$ 131.696,80 2,08%
% DA DESPESA 100,00% 89,27% 10,73%
MARANHÃO VALOR TOTAL
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 14
VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 522.928,68 R$ 522.928,68 R$ 0,00 III
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UNIDADE AVANÇADA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS EM TERESÓPOLIS
TOTAIS R$ 522.928,68 R$ 522.928,68 R$ 0,00
0,89% % DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
MINAS GERAIS
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
15 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 128.638,69 R$ 128.638,69 R$ 0,00 I
R$ 46.288,60 R$ 46.288,60 R$ 0,00 II
R$ 80.897,90 R$ 80.897,90 R$ 0,00 III
R$ 1.169.759,88 R$ 1.169.759,88 R$ 0,00 IV
TOTAIS R$ 1.425.585,06 R$ 1.425.585,06 R$ 0,00 2,41%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
MATO GROSSO DO SUL
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
16 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 157.215,25 R$ 157.215,25 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 157.215,25 R$ 157.215,25 R$ 0,00 0,27%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
MATO GROSSO
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
17 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 117.841,03 R$ 117.841,03 R$ 0,00 I
R$ 42.693,08 R$ 42.693,08 R$ 0,00 II
R$ 74.726,96 R$ 74.726,96 R$ 0,00 III
R$ 473.912,98 R$ 473.912,98 R$ 0,00 IV
TOTAIS R$ 709.174,04 R$ 709.174,04 R$ 0,00 1,20%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
PARÁ
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
18 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 106.407,31 R$ 106.407,31 R$ 0,00 I
R$ 77.772,11 R$ 77.772,11 R$ 0,00 II
R$ 136.386,29 R$ 136.386,29 R$ 0,00 III
R$ 2.912.819,84 R$ 2.912.819,84 R$ 0,00 IV
TOTAIS R$ 3.233.385,55 R$ 3.233.385,55 R$ 0,00 5,48%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
PARAÍBA
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
19 VALOR FISCALIZAÇÃO -
ITEM 20
R$ 238.175,61 R$ 238.175,61 R$ 0,00 I
R$ 254.807,43 R$ 145.604,25 R$ 109.203,18 II
R$ 117.926,60 R$ 0,00 R$ 117.926,60 III
R$ 557.477,83 R$ 390.234,48 R$ 167.243,35 IV
R$ 385.838,07 R$ 385.838,07 R$ 0,00 V
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UNIDADE AVANÇADA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS EM TERESÓPOLIS
TOTAIS R$ 1.554.225,54 R$ 1.159.852,40 R$ 394.373,13
2,63% % DA DESPESA 100,00% 74,63% 25,37%
PERNAMBUCO
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
21 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 773.544,46 R$ 773.544,46 R$ 0,00 I
R$ 381.676,07 R$ 381.676,07 R$ 0,00 II
TOTAIS R$ 1.155.220,54 R$ 1.155.220,54 R$ 0,00 1,96%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
PIAUÍ
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
22 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 109.851,22 R$ 109.851,22 R$ 0,00 II
R$ 474.550,69 R$ 474.550,69 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 584.401,91 R$ 584.401,91 R$ 0,00 0,99%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
PARANÁ
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
23 VALOR FISCALIZAÇÃO -
ITEM 24
R$ 276.860,23 R$ 276.860,23 R$ 0,00 I
R$ 280.606,53 R$ 168.363,92 R$ 112.242,61 II
R$ 99.097,02 R$ 0,00 R$ 99.097,02 III
R$ 913.792,12 R$ 391.625,20 R$ 522.166,93 IV
R$ 1.435.947,51 R$ 1.435.947,51 R$ 0,00 V
TOTAIS R$ 3.006.303,43 R$ 2.272.796,86 R$ 0,00 5,09%
% DA DESPESA 100,00% 75,60% 0,00%
RIO DE JANEIRO
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
25 VALOR FISCALIZAÇÃO -
ITEM 26
R$ 569.736,68 R$ 569.736,68 R$ 0,00 I
R$ 462.633,24 R$ 346.974,93 R$ 115.658,31 II
R$ 108.361,88 R$ 0,00 R$ 108.361,88 III
R$ 2.830.532,26 R$ 2.577.806,16 R$ 252.726,09 IV
R$ 1.264.993,29 R$ 1.264.993,29 R$ 0,00 V
R$ 283.166,23 R$ 283.166,23 R$ 0,00 VI
TOTAIS R$ 5.519.423,60 R$ 5.042.677,31 R$ 476.746,29 9,35%
% DA DESPESA 100,00% 91,36% 8,64%
RIO GRANDE DO NORTE
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
27 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 246.256,28 R$ 246.256,28 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 246.256,28 R$ 246.256,28 R$ 0,00 0,42%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
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RONDÔNIA
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
28 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 131.779,10 R$ 131.779,10 R$ 0,00 I
R$ 47.333,87 R$ 47.333,87 R$ 0,00 II
R$ 82.692,69 R$ 82.692,69 R$ 0,00 IV
R$ 1.008.222,42 R$ 1.008.222,42 0 V
TOTAIS R$ 1.270.028,08 R$ 1.270.028,08 R$ 0,00 2,15%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
RORAIMA VALOR TOTAL
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 29
VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 507.651,58 R$ 507.651,58 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 507.651,58 R$ 507.651,58 R$ 0,00 0,86%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
RIO GRANDE DO SUL
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
30 VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 616.893,39 R$ 616.893,39 R$ 0,00 I
R$ 789.802,87 R$ 789.802,87 R$ 0,00 II
TOTAIS R$ 1.406.696,27 R$ 1.406.696,27 R$ 0,00 2,38%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
SANTA CATARINA VALOR TOTAL
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 31
VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 695.603,83 R$ 695.603,83 R$ 0,00
TOTAIS R$ 695.603,83 R$ 695.603,83 R$ 0,00 1,18%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
SERGIPE VALOR TOTAL
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 32
VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 160.972,42 R$ 160.972,42 R$ 0,00
TOTAIS R$ 160.972,42 R$ 160.972,42 R$ 0,00 0,27%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
SÃO PAULO
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
33 VALOR FISCALIZAÇÃO -
ITEM 34
R$ 262.354,67 R$ 262.354,67 R$ 0,00 I
R$ 248.139,68 R$ 124.069,84 R$ 124.069,84 II
R$ 116.320,16 R$ 0,00 R$ 116.320,16 III
R$ 2.055.904,51 R$ 1.839.493,51 R$ 216.411,00 IV
R$ 915.969,42 R$ 915.969,42 R$ 0,00 V
TOTAIS R$ 3.598.688,44 R$ 3.141.887,44 R$ 456.801,00 6,10%
% DA DESPESA 100,00% 87,31% 12,69%
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TOCANTINS VALOR TOTAL
VALOR EXECUÇÃO - ITEM 35
VALOR FISCALIZAÇÃO
R$ 135.009,02 R$ 135.009,02 R$ 0,00 III
TOTAIS R$ 135.009,02 R$ 135.009,02 R$ 0,00 0,23%
% DA DESPESA 100,00% 100,00% 0,00%
NACIONAL
VALOR TOTAL VALOR EXECUÇÃO - ITEM
36 VALOR FISCALIZAÇÃO -
ITEM 32
R$ 978.053,60 R$ 978.053,60 I
R$ 3.006.215,80 R$ 3.006.215,80 II
R$ 1.272.828,73 R$ 1.272.828,73 III
R$ 999.730,07 R$ 999.730,07 IV
R$ 625.311,61 R$ 625.311,61 V
TOTAIS R$ 6.882.139,79 R$ 6.882.139,79 11,66%
% DA DESPESA 100,00% 100,00%
TOTAL GERAL ESTIMADO
R$ 59.041.711,78 R$ 53.662.988,99 R$ 4.645.216,22
% DA DESPESA SOBRE O TOTAL
GERAL ESTIMADO 100,00% 90,89% 7,87% 100,00%
2.22.4.3.4. No processo de formação desses custos de cada posto, os licitantes
interessados deverão observar a obrigatoriedade de informar qual será a convenção
coletiva de trabalho que lastreará a sua apresentação de propostas para efeito de
balizamento de seus preços, considerando o valor mínimo do salário-paradigma
estabelecido nesse Termo de Referência, bem como do auxílio-
alimentação/refeição.
2.22.4.3.5. Dessa forma, a repactuação dos preços sempre se computará por meio
da data de apresentação das propostas ou da entrada da Convenção Coletiva em
Vigor, conforme jurisprudência dominante.
2.22.4.3.6. Ficam cientificados os interessados, por intermédio deste Termo de
Referência que os valores de salários e custos estabelecidos neste TR e seus anexos,
computa a CCT 2011/2012 do SEAC/DF, não sendo aceita nenhuma outra para a
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primeira anualidade de execução contratual, uma vez que, notadamente, seus
percentuais são inferiores ao estabelecido neste estudo.
2.22.4.3.7. Será lícito a cada trabalhador a livre filiação a um sindicato que
considerar pertinente à sua categoria, para fins de contribuição social, devendo
indicar ao seu empregador o mesmo, para fins de recolhimento da contribuição
sindical anual. Na hipótese de não indicar sindicato ou a nenhum se filiar, caberá ao
seu empregador a liberalidade do recolhimento da contribuição sindical aquele
sindicato cuja empresa possua afiliação ou à sua escolha, desde que com pertinência
da atividade laboral do empregado.
2.22.4.3.8. O ICMBio não se vinculará a qualquer imposição de Acordo ou
Convenção trabalhista que institua custos ou encargos obrigatórios, conforme
dispõe a IN 02/2008 e alterações.
2.22.4.3.9. Para formulação da proposta os licitantes deverão, obrigatoriamente
utilizar as seguintes tabelas, que serão fornecidas em anexo ao edital para inclusão
de dados, observando o salário e o custo paradigma do vale-alimentação, que
estarão bloqueados para edição nas tabelas, uma vez que tais valores são
inalteráveis, para fins de isonomia da disputa e garantia da dignidade dos
trabalhadores alocados, de acordo com o constante nas observações técnicas sobre
o salário paradigma.
2.22.4.3.10. Conjuntamente, deverá ser apresentada a planilha analítica com o
valores de encargos sociais, não podendo exceder os máximos permitidos pela
legislação em vigor.
2.22.4.3.10.1. Todas as planilhas de precificação que deverão ser
apresentadas pelo licitante terão como modelo aquelas previstas
na legislação em vigor na data da apresentação da proposta em
sessão pública. Assim, os licitantes interessados SEMPRE deverão
observar o disposto nas normativas vigentes no site do
comprasnet (www.comprasnet.gov.br), a fim de que possam
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encaminhar suas propostas de preços, nos anexos a serem
requeridos pelo pregoeiro na sessão pública de Pregão.
2.22.4.3.11. Os licitantes deverão observar o percentual do ISSQN de cada município
onde será prestado o serviço, sendo obrigatório o seu correto preenchimento e o
recolhimento para a municipalidade onde o serviço for prestado. Nenhuma
proposta será classificada se atribuir percentual de imposto a menor ou a maior do
que aqueles em vigor.
2.22.4.3.12. Os insumos gerais para o posto de motorista são o estimativo de diárias
mensais – custos variáveis e pós-faturados – e para informática o custo com
ferramentas e materiais, sendo esse último variável e pós-faturado.
2.22.4.3.13. Dos valores observados nas tabelas, obtém o valor máximo global
aceito para o conjunto de contratações que será de R$ 59.041.711,78 (Cinquenta e
nove milhões e quarenta e um mil, setecentos e onze reais e setenta e oito
centavos), sendo R$ 53.662.988,99 (Cinquenta e três milhões, seiscentos e
sessenta e dois mil, novecentos e oitenta e oito reais e noventa e nove centavos)
para as atividades de execução e R$ 4.645.216,22 (Quatro milhões, seiscentos e
quarenta e cinco mil, duzentos e dezesseis reais e vinte e dois centavos) para os
serviços técnicos especializados de assistência para a fiscalização de contratos, já
contemplando todos os insumos necessários à execução dos serviços e levando-se
em consideração que os valores de diária e peças de informática são despesas
variáveis, que somente se consolidam em sua ocorrência e que necessariamente
impactarão o faturamento mensal para menor, quando não se observar a sua
ocorrência.
3. FORMA DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
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3.1. Os serviços serão executados conforme discriminado nos respectivos anexos, indicados
pelas atribuições CBO.
3.2. Para os serviços de assistência técnica de fiscalização de contratos, esses serão
executados conforme discriminado abaixo:
3.2.1. Local da prestação dos serviços: Ordinariamente, na sede da contratada e,
concomitantemente no escritório montado nas instalações do contratante, nos
respectivos endereços indicados neste Termo de Referência.
3.2.2. Extraordinariamente, o serviço poderá ser prestado em atividade, quando for
necessária a diligência da gestão de fiscalização, especialmente junto ao Poder Judiciário,
Órgãos de Controle Interno e Externo e mediante deslocamento à Coordenação Regional
do ICMBio, Advocacia Geral da União ou ate a Sede do ICMBio, quando devidamente
autorizado pela Diretoria de Planejamento, Administração e Logística.
3.2.3. Os serviços deverão ser prestados continua e ininterruptamente no horário e nos
dias de funcionamento do expediente do ICMBio, isto é, dias úteis das 08:00 às 12:00 e
das 14:00 às 18:00, além dos casos urgentes que serão atendidos por prazo em dias. Na
prestação das horas úteis, devidamente precificados, já estão computados os repousos
remunerados previstos na legislação trabalhista uma vez que tal cômputo é exigência
legal, não podendo a contratada pleitear quaisquer pagamentos adicionais sob essa
fundamentação, que não serão conhecidos.
3.2.4. Os serviços de recepção em Unidades de Conservação vinculam-se ao disposto nos
seus respectivos planos de manejo, podendo ocorrer escalas de trabalho em feriados e
finais-de-semana, assegurados os direitos trabalhistas em cada caso, notadamente:
pagamento em dobro do feriado trabalhado ou a compensação – em ambos os casos se
não houver pagamento do repouso remunerado – e um domingo de repouso remunerado
por mês.
3.2.5. Nos custos dos serviços especializados já estão computados os custos com os
respectivos repousos remunerados.
3.2.6. Para os serviços técnicos especializados, constará a seguinte rotina:
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3.2.6.1. Após a verificação do cumprimento material do objeto das contratações
que envolvam disponibilização de mão-de-obra ou que possuam natureza fiscal
complexa, o fiscal do contrato encaminhará a nota fiscal/fatura com seu
respectivo relatório de ocorrências – constando anotações de irregularidades ou
fatos atípicos da regular execução contratual – ao escritório da contratada ou
diretamente à equipe técnica alocada no ICMBio para a verificação de
regularidade dos itens:
a) a prova de regularidade para com a Seguridade Social, conforme dispõe o art. 195, §
3o da Constituição Federal;
b) recolhimento do FGTS, referente ao mês anterior, caso a Administração não esteja
realizando os depósitos diretamente, conforme estabelecido no instrumento
convocatório;
c) pagamento de salários no prazo previsto em Lei, referente ao mês anterior;
d) fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando cabível;
e) pagamento do 13º salário;
f) concessão de férias e correspondente pagamento do adicional de férias, na forma da
Lei;
g) realização de exames admissionais e demissionais e periódicos, quando for o caso;
h) eventuais cursos de treinamento e reciclagem que forem exigidos por lei;
i) comprovação do encaminhamento ao Ministério do Trabalho e Emprego das
informações trabalhistas exigidas pela legislação, tais como: a RAIS e a CAGED;
j) cumprimento das obrigações contidas em convenção coletiva, acordo coletivo ou
sentença normativa em dissídio coletivo de trabalho; e
k) cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados
vinculados ao contrato.
3.2.6.2. O prazo para a verificação de regularidade e a emissão do devido parecer
técnico será de 02 (dois) dias úteis, contados do recebimento das faturas com os
relatórios. O parecer técnico deverá estar minimamente instruído de:
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3.2.6.2.1. Identificação do contrato, da nota fiscal, do período de referência, do
valor contratado, do objeto do contrato, do nome do fiscal que atestou a fatura, do
local da prestação dos serviços e dos funcionários que estão alocados no contrato;
3.2.6.2.2. O objetivo da análise da assistência técnica sobre a fatura(s)/nota(s)
fiscal(is);
3.2.6.2.3. As ocorrências observadas: regularidade ou irregularidade, com a devida
orientação e controle da aplicação dos preceitos da Consolidação das Leis do
Trabalho e legislação esparsa, bem como aquelas atinentes à Previdência Social, PIS,
FGTS e outros aplicáveis às relações de emprego verificação in vigilando do
contratante;
3.2.6.2.4. A memória de cálculo de conferência;
3.2.6.2.5. Demais informações essenciais para a orientação do gestor do contrato.
3.2.6.2.6. Assinatura e CRC do Responsável Técnico ou dos sócios da empresa com
poderes de representação técnica.
3.2.6.2.7. Compromisso de confidencialidade das informações, firmado pelo
preposto da empresa, extensível a todos os seus sócios e funcionários.
3.2.7. Não constituirá objeto de terceirização, a alocação dos profissionais da empresa de
fiscalização nas instalações do ICMBio. Contudo, por serem atividades que serão pagas
sob a forma de serviços pelo ICMBio, o mesmo poderá fiscalizar o cumprimento das
obrigações trabalhistas dos funcionários alocados nos escritórios dentro das suas
unidades, sendo vedada a terceirização para a conferência das obrigações nesses postos.
4. VISTORIA
4.1. Para o correto dimensionamento e elaboração de sua proposta, o licitante poderá
realizar vistoria nas instalações das Unidades do ICMBio no Anexo I, no horário comercial nos
dias úteis.
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4.2. O prazo para vistoria iniciar-se-á no dia útil seguinte ao da publicação do Edital,
estendendo-se até o dia útil anterior à data prevista para abertura da sessão pública.
4.3. Para a vistoria, o licitante, ou o seu representante, deverá estar devidamente
identificado.
4.4. Caso o licitante decline do direito de realizar a vistoria, decairá do direito de protestar
contra as condições de execução do objeto sob qualquer fundamento, pretexto ou alegação.
5. DAS VEDAÇÕES À CONTRATADA
5.1. Uma vez que o serviço será realizado dentro das instalações do ICMBio é vedada a
prática de qualquer ato que seja contrário ao que dispõe o plano de manejo da Unidade
onde for prestado o serviço ou a quaisquer órgãos do ICMBio, especialmente quanto ao uso
de imagens para fins comerciais, divulgação de quaisquer documentos relativos ao contrato e
sua execução sem a anuência do ICMBio, utilização de meios, materiais ou serviços que
impliquem em alto impacto ambiental, subcontratação dos serviços sob qualquer
fundamento ou pretexto.
5.2. É também vedado aos funcionários da contratada o acesso nas instalações do
contratante portando roupas que firam o decoro e a moral, transitar em alta velocidade nas
vias internas das unidades de conservação, provocar balbúrdia, cizânia ou brigas, apresentar-
se embriagado ou sob o efeito de drogas ilícitas, fumar dentro das dependências do ICMBio e
realizar eventos, adquirir ou comercializar produtos ou bens móveis ou imóveis nas
dependências do ICMBio, exceto quando tais eventos forem autorizados e estiverem em
pertinência temática com os objetivos institucionais do ICMBio.
6. MATERIAIS A SEREM DISPONIBILIZADOS
6.1. Para a perfeita execução dos serviços, a contratada deverá disponibilizar os materiais,
equipamentos, ferramentas e utensílios necessários, exclusivamente no caso da prestação
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dos Serviços do Grupo Informática, nas quantidades estimadas e qualidades estabelecidas,
de acordo com os termos da proposta, promovendo, quando requerido, sua substituição,
considerando a valoração de materiais de informática, conforme a necessidade do serviço e
sob aceitação do preço máximo da tabela SINAPI em orçamento prévio, aprovado pela
Unidade Gestora do Contrato.
6.2. OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA
6.2.1. A Contratada obriga-se a:
6.2.1.1. executar os serviços conforme especificações do Termo de Referência e
de sua proposta, com a alocação dos empregados necessários ao perfeito
cumprimento das cláusulas contratuais, além de fornecer os materiais e
equipamentos, ferramentas e utensílios necessários, na qualidade e quantidade
especificadas no Termo de Referência e em sua proposta;
6.2.1.2. reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no
total ou em parte, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, os serviços
efetuados em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da
execução ou dos materiais empregados, a critério da Administração;
6.2.1.3. manter o empregado nos horários predeterminados pela Administração;
6.2.1.4. arcar com a responsabilidade civil por todos e quaisquer danos materiais
e morais causados pela ação ou omissão de seus empregados, trabalhadores,
prepostos ou representantes, dolosa ou culposamente, à União ou a terceiros;
6.2.1.5. utilizar empregados habilitados e com conhecimentos básicos dos
serviços a serem executados, de conformidade com as normas e determinações
em vigor;
6.2.1.6. vedar a utilização, na execução dos serviços, de empregado que seja
familiar de agente público ocupante de cargo em comissão ou função de
confiança no órgão contratante, nos termos do artigo 7° do Decreto n° 7.203, de
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2010, que dispõe sobre a vedação do nepotismo no âmbito da administração
pública federal, bem como de qualquer trabalhador que tenha vínculo de
parentesco até o quarto grau com servidores do Órgão e parentes por afinidade;
6.2.1.7. disponibilizar à Contratante os empregados devidamente identificados
por meio de crachá, além de provê-los com os Equipamentos de Proteção
Individual - EPI, quando for o caso;
6.2.1.8. apresentar à Contratante, quando do início das atividades, e sempre que
houver alocação de novo empregado na execução do contrato, relação nominal
constando nome, endereço residencial e telefone dos empregados colocados à
disposição da Administração, bem como as respectivas Carteiras de Trabalho e
Previdência Social – CTPS, devidamente preenchidas e assinadas, para fins de
conferência;
6.2.1.9. apresentar à Contratante, quando do início das atividades, e sempre que
houver alocação de novo empregado na execução do contrato, relação contendo
nome completo, cargo ou atividade exercida, órgão e local de exercício dos
empregados alocados, para fins de divulgação na internet, nos termos do artigo
78, §§ 7° e 4°, da Lei n° 12.017, de 2009 (Lei de Diretrizes Orçamentárias para
2010);
6.2.1.10. substituir imediatamente, em caso de eventual ausência, tais como,
faltas, férias e licenças, o empregado posto a serviço da Contratante, devendo
identificar previamente o respectivo substituto ao Fiscal do Contrato;
6.2.1.11. responder por eventuais prejuízos decorrentes do descumprimento da
obrigação constante do item anterior;
6.2.1.12. responsabilizar-se por todas as obrigações trabalhistas, sociais,
previdenciárias, tributárias e as demais previstas na legislação específica, cuja
inadimplência não transfere responsabilidade à Administração;
6.2.1.13. efetuar o pagamento dos salários dos empregados alocados na
execução contratual mediante depósito bancário na conta do trabalhador, de
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modo a possibilitar a conferência do pagamento por parte da Administração;
6.2.1.14. apresentar, quando solicitado, atestado de antecedentes criminais e
distribuição cível de toda a mão-de-obra oferecida para atuar nas instalações do
órgão, a critério da Administração;
6.2.1.15. não permitir que o empregado designado para trabalhar em um turno
preste seus serviços no turno imediatamente subseqüente;
6.2.1.16. não permitir que seus empregados realizem horas extraordinárias fora
da jornada normal de trabalho, em finais de semana ou em dias feriados, exceto
quando devidamente determinado pela autoridade do órgão para o qual o
trabalho seja prestado e desde que observado o limite da legislação trabalhista;
6.2.1.17. atender de imediato às solicitações da Contratante quanto à
substituição dos empregados alocados, nos casos em que ficar constatado
descumprimento das obrigações relativas à execução do serviço, conforme
descrito no Termo de Referência;
6.2.1.18. instruir seus empregados quanto à necessidade de acatar as
orientações da Administração, inclusive quanto ao cumprimento das Normas
Internas;
6.2.1.19. instruir seus empregados a respeito das atividades a serem
desempenhadas, alertando-os a não executar atividades não abrangidas pelo
contrato, devendo a Contratada relatar à Administração toda e qualquer
ocorrência neste sentido, a fim de evitar desvio de função;
6.2.1.20. relatar à Administração toda e qualquer irregularidade verificada no
decorrer da prestação dos serviços;
6.2.1.21. fornecer mensalmente, ou sempre que solicitados pela Contratante, os
comprovantes do cumprimento das obrigações previdenciárias, do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, e do pagamento dos salários e benefícios
dos empregados colocados à disposição da Contratante;
6.2.1.22. não permitir a utilização de qualquer trabalho do menor de dezesseis
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anos, exceto na condição de aprendiz para os maiores de quatorze anos; nem
permitir a utilização do trabalho do menor de dezoito anos em trabalho noturno,
perigoso ou insalubre;
6.2.1.23. manter durante toda a vigência do contrato, em compatibilidade com
as obrigações assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação
exigidas na licitação;
6.2.1.24. não transferir a terceiros, por qualquer forma, nem mesmo
parcialmente, as obrigações assumidas, nem subcontratar qualquer das
prestações a que está obrigada, exceto nas condições autorizadas no Termo de
Referência ou na minuta de contrato – que aqui ficam estabelecidas como 30%
(trinta por cento), conforme o art. 48,II da LCP16 nº 123/06, cuja responsabilidade
contratual será solidária entre contratado e subcontratado;
6.2.1.24.1. Caso a empresa vencedora do item contratado seja beneficiária das
disposições da LCP anteriormente citada, ficará dispensada da subcontratação
prevista neste subitem.
6.2.1.25. arcar com o ônus decorrente de eventual equívoco no
dimensionamento dos quantitativos de sua proposta, inclusive quanto aos custos
variáveis decorrentes de fatores futuros e incertos, tais como os valores providos
com o quantitativo de vale transporte, devendo complementá-los, caso o
previsto inicialmente em sua proposta não seja satisfatório para o atendimento
ao objeto da licitação, exceto quando ocorrer algum dos eventos arrolados nos
incisos do § 1º do art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
7. OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE
7.1. A Contratante obriga-se a:
16
BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nos 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nos 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Diário Oficial da União 31 jan. 2009.
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7.1.1. proporcionar todas as condições para que a Contratada possa desempenhar seus
serviços de acordo com as determinações do Contrato, do Edital e seus Anexos,
especialmente do Termo de Referência;
7.1.2. exigir o cumprimento de todas as obrigações assumidas pela Contratada, de acordo
com as cláusulas contratuais e os termos de sua proposta;
7.1.3. exercer o acompanhamento e a fiscalização dos serviços, por servidor
especialmente designado, anotando em registro próprio as falhas detectadas, indicando
dia, mês e ano, bem como o nome dos empregados eventualmente envolvidos, e
encaminhando os apontamentos à autoridade competente para as providências cabíveis;
7.1.4. notificar a Contratada por escrito da ocorrência de eventuais imperfeições no curso
da execução dos serviços, fixando prazo para a sua correção;
7.1.5. não permitir que os empregados da Contratada realizem horas extras, exceto em
caso de comprovada necessidade de serviço, formalmente justificada pela autoridade do
órgão para o qual o trabalho seja prestado e desde que observado o limite da legislação
trabalhista;
7.1.6. pagar à Contratada o valor resultante da prestação do serviço, na forma do
contrato;
7.1.7. zelar para que durante toda a vigência do contrato sejam mantidas, em
compatibilidade com as obrigações assumidas pela Contratada, todas as condições de
habilitação e qualificação exigidas na licitação;
7.1.8. não praticar atos de ingerência na administração da Contratada, tais como:
7.1.8.1. exercer o poder de mando sobre os empregados da Contratada, devendo
reportar-se somente aos prepostos ou responsáveis por ela indicados, exceto
quando o objeto da contratação previr o atendimento direto, tais como nos
serviços de recepção e apoio ao usuário;
7.1.8.2. direcionar a contratação de pessoas para trabalhar nas empresas
contratadas;
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7.1.8.3. promover ou aceitar o desvio de funções dos trabalhadores da
Contratada, mediante a utilização destes em atividades distintas daquelas
previstas no objeto da contratação e em relação à função específica para a qual o
trabalhador foi contratado; e
7.1.8.4. considerar os trabalhadores da Contratada como colaboradores
eventuais do próprio órgão ou entidade responsável pela contratação,
especialmente para efeito de concessão de diárias e passagens.
8. AVALIAÇÃO DO CUSTO
8.1. O custo estimado do eventual conjunto ou da contratação única da presente
contratação é aquele previsto no item 2.22.4.3.13 deste Termo de Referência.
8.2. O valor máximo mensal do eventual conjunto ou da contratação única é de R$
4.346.630,90 (Quatro milhões, trezentos e quarenta e seis mil, seiscentos e trinta reais e
noventa centavos), sendo que os valores máximos admitidos serão computados , ITEM A
ITEM para efeito de aceitação das propostas, uma vez que cada item poderá gerar um
contrato isolado.
8.3. É vedada a participação de cooperativas para os objetos aqui previstos, conforme acordo
firmado entre o Ministério Público do Trabalho e a Advocacia Geral da União.
9. MEDIDAS ACAUTELADORAS
9.1. Consoante o artigo 45 da Lei nº 9.784, de 1999, a Administração Pública poderá, sem a
prévia manifestação do interessado, motivadamente, adotar providências acauteladoras,
inclusive retendo o pagamento, em caso de risco iminente, como forma de prevenir a
ocorrência de dano de difícil ou impossível reparação.
10. CONTROLE DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS
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10.1. O órgão deve acompanhar e fiscalizar a conformidade da prestação dos serviços e da
alocação dos recursos necessários, de forma a assegurar o perfeito cumprimento do ajuste,
por meio de um representante especialmente designado, na forma dos arts. 67 e 73 da Lei nº
8.666, de 1993, e do art. 6º do Decreto nº 2.271, de 1997.
10.1.1. O representante da Contratante deverá ter a experiência necessária para o
acompanhamento e controle da execução dos serviços e do contrato, sendo o responsável
pelo Núcleo de Gestão de Contratos da UAAF, ou pessoa designada na forma da Portaria
138/10 ICMBio, sendo vinculado à Supervisão da Chefia de Serviços da UAAF Foz do
Iguaçu/PR-ICMBio.
10.1.2. A fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias da
Contratada, referentes aos empregados alocados na execução do contrato, deverá seguir
o disposto no Anexo IV (Guia de Fiscalização dos Contratos de Terceirização) da Instrução
Normativa nº 02, de 30 de abril de 2008, da Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no que couber, sem
prejuízo de outras medidas que o órgão julgar necessárias, de acordo com a especificidade
do objeto e do local.
10.1.3. A verificação da adequação da prestação do serviço deverá ser realizada com base
nos critérios previstos no Termo de Referência, em especial aqueles relativos aos índices
de produtividade.
10.2. O fiscal ou gestor do contrato, ao verificar que houve subdimensionamento da
produtividade pactuada, sem perda da qualidade na execução do serviço, deverá comunicar
à autoridade responsável para que esta promova a adequação contratual à produtividade
efetivamente realizada, respeitando-se os limites de alteração dos valores contratuais
previstos no § 1º do artigo 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
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10.3. A conformidade do material a ser utilizado na execução dos serviços deverá ser
verificada juntamente com o documento da Contratada que contenha a relação detalhada
dos mesmos, de acordo com o estabelecido no Termo de Referência e na proposta,
informando as respectivas quantidades e especificações técnicas, tais como: marca,
qualidade e forma de uso.
10.4. O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas com a execução do contrato, indicando dia, mês e ano, bem como o nome dos
empregados eventualmente envolvidos, adotando as providências necessárias ao fiel
cumprimento das cláusulas contratuais e comunicando a autoridade competente, quando for
o caso, conforme o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 67 da Lei nº 8.666, de 1993.
10.5. A fiscalização não exclui nem reduz a responsabilidade da Contratada, inclusive perante
terceiros, por qualquer irregularidade, ainda que resultante de imperfeições técnicas, vícios
redibitórios, ou emprego de material inadequado ou de qualidade inferior e, na ocorrência
desta, não implica em co-responsabilidade da Contratante ou de seus agentes e prepostos,
de conformidade com o artigo 70 da Lei nº 8.666, de 1993.
10.6. A fiscalização da execução dos serviços abrange, dentre outras, as seguintes rotinas:
a) Verificação de entrega dos relatórios de serviços prestados;
b) Verificação de cumprimento das obrigações trabalhistas dos funcionários alocados;
c) Exigência do cumprimento dos prazos e obrigações previstas em contrato;
11. DAS INFRAÇÕES E DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
11.1. A disciplina das infrações e sanções administrativas aplicáveis no curso da licitação e da
contratação é aquela prevista no Edital.
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Brasília/DF, 18 de julho de 2011.
MARCELO MOREIRA PRADO Chefe da UAAF Teresópolis – ICMBio/RJ
Aprovo, em ___ de __________ de _____.
SILVANA CANUTO MEDEIROS Diretora de Planejamento, Administração e Logística do ICMBio