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Edivaldo Cristóvão Desde 2002, o Executivo tem implementando, por todo o país, programas de for- mação profissional, que têm capacitado milhares de pes- soas, dando-lhes oportu- nidades de integração sócio-produtiva, que tem servido para o sustento de muitas famílias. Dados avançados ontem ao Jornal de Angola, pelo ministro da Administração Pública, Tra- balho e Segurança Social, Jesus Maiato, mostram que o Sistema Nacional de For- mação Profissional conta, neste momento, com 722 unidades formativas, das quais 544 são privadas e 34 de outros organismos. Do total, 144 são públicas, con- troladas pelo Instituto Nacional de Formação Pro- fissional (INEFOP). As declarações do ministro inserem-se no Dia Interna- cional do Trabalhador, que hoje se assinala, e esten- dem-se a dados sobre a empregabilidade e o sistema de formação profissional nos últimos anos. Jesus Maiato disse que, de 2018 até este ano, foram criados 30 mil vagas. Jesus Maiato referen- ciou que a revisão da tabela indiciária, feita recente- 4 DESTAQUE Quarta-feira 1 de Maio de 2019 MINISTRO JESUS MAIATO AVANÇA DADOS SOBRE O SECTOR Assinala-se hoje o 1º de Maio, dia mundialmente consagrado ao trabalhador. O ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social avança informações sobre o tema, mais concretamente em relação a políticas sobre emprego e formação profissional Executivo promove programas para a criação de empregos O ministro Jesus Maiato afir- mou, por outro lado, que o Plano de Acção de Promoção à Empregabilidade (PAPE) é um dos projectos criados pelo Executivo para diminuir o índice de desemprego no país, que ronda aos 28,8 por cento, cerca de três milhões de pessoas. O plano prevê a criação de 250 mil empregos e será implementado durante três anos, entre 2019-2021. Vai beneficiar um universo de mais de 250 mil jovens, com a concepção de micro-cré- ditos, cursos de empreen- dedorismo e de formação profissional. Aprovado recentemente pelo Presidente da República, João Lourenço, através do decreto 113/19, de 16 Abril, o PAPE prevê a disponibili- zação de 21 mil milhões de Kwanzas, correspondentes a 65,6 milhões de dólares, para a promoção do emprego. O PAPE prevê formar, em três anos, 12 mil jovens em empreendedorismo, 15 mil em cursos de curta duração, a atribuição de dez mil micro- créditos para apoio a negó- cios, a distribuição de 42 mil kits de várias profissões, com realce para pedreiro, ladri- lhador, carpinteiro, canali- zador, electricista, pintor, jardineiro, soldador, cabe- leireiro, barbeiro, pedicure, manicure, entre outros. O montante do crédito a ser atribuído pelo Pape ronda entre os mil e os cinco mil dólares, equivalentes em kwanzas, com uma taxa de juro de um por cento e período de carência de três meses, a ser operacionalizado inicialmente pelo Banco Sol. Jesus Maiato explicou que o PAPE vai atender, funda- mentalmente, jovens à pro- cura do primeiro emprego, formados com necessidade de apoio institucional de for- mação profissional e quem já desenvolve alguma acti- vidade profissional, mas carece de incentivos finan- ceiros, para a concretização dos seus objectivos. O Programa abrange tam- bém jovens com ideias de negócio e pretendam imple- mentá-los e aqueles que pre- cisam de melhorar as condições de trabalho para aumentar a produção. O ministro sublinhou que o PAPE deverá prestar particular atenção à mulher, por enten- der que, no segmento dos desempregados, elas ocupam uma percentagem maior. Alteração de diplomas A revisão das Leis da Greve, Sindical e da Negociação Colectiva vão ser revistas ainda este ano, anunciou o ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social. As propostas serão apresentadas em breve aos parceiros sociais, para aus- cultação e consenso, numa primeira fase. De acordo com o gover- nante, estes diplomas vigo- ram há sensivelmente 28 anos. Por isso, “foi recomen- dada a sua revisão, para ajustá-los aos ditames da Constituição da República e do actual contexto de desen- volvimento económico e social do país”. O Dia Internacional do Tra- balhador é comemorado a 1 de Maio em vários países do mundo. Decretado como feriado nacional, a data é dedi- cada a realização de manifes- tações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios e de consciencialização. A história do Dia Interna- cional do Trabalhador remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (EUA). Neste dia, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de tra- balho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas diárias. Durante o período de rei- vindicação houve um conflito que envolveu a Polícia e tra- balhadores que provocou a morte de alguns manifestan- tes. Este facto gerou revolta. No dia 4 de Maio, num con- flito de rua, manifestantes atiraram uma bomba aos Polí- cias e provocou a morte de sete deles. O resultado desta confusão causou a morte de 12 protestantes e o registo de dezenas de pessoas feridas. Foram dias marcantes na história da luta dos traba- lhadores por melhores con- dições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socia- lista, ocorrida na capital francesa em 20 de Junho de 1889, criou o Dia Interna- cional dos Trabalhadores, a ser comemorado no 1º de Maio de cada ano. Baixar o índice de desemprego no país mente, resultou no aumento do salário da Função Pública, em Janeiro último, e permitiu a recuperação significativa do poder de compra. “A nova tabela salarial da Função Pública foi uma medida do Executivo, que serviu para acabar com as assimetrias salariais e pro- mover o equilíbrio”, asse- gurou o governante. Considerou, neste âmbito, que o sector da Educação con- seguiu dar solução definitiva ao problema dos profes- sores que tinham habili- tações literárias superiores às suas categorias, ou seja, “eram licenciados, mas ainda estavam inseridos no ensino médio”. Em relação aos cursos ministrados, o INEFOP (Ins- tituto Nacional de Formação Profissional) ajustou, ao longo dos anos, cursos que correspondem à demanda do mercado de trabalho e à dinâmica da evolução tec- nológica, que contam hoje com 144 especialidades. “O Sistema Nacional de Formação Profissional é um modelo inserido no programa de modernização e desenvolvimento do país, para estimular a criação do emprego e concretizar o sonho de muitos jovens”, esclareceu. De acordo com o ministro, o programa "Empreende- dorismo na Comunidade" tem mudado a vida de muitas famílias e o actual contexto do país aponta que os sec- tores empresarial público e privado têm como papel fun- damental e decisivo a qua- lificação e valorização da mão-de-obra nacional. Para as acções deste ano, no domínio da Administração do Trabalho, Emprego e For- mação Profissional, o MAPTSS tem um plano de acção de promoção da empregabili- dade, que contempla o reforço da capacidade ins- titucional dos centros de for- mação profissional, o aumento da oferta formativa e ajustamento dos perfis de saída dos formandos. A atribuição de micro cré- ditos, oferta de estágios pro- fissionais, competência de carteiras profissionais, melhoria da disponibilidade financeira e orçamental, de modo a garantir condições de funcionamento dos cen- tros, intensificação da implementação do pro- grama de registo e apoio aos centros de formação priva- dos e a sua simplificação durante o licenciamento estão igualmente entre as acções previstas. Os investimentos no sector da Economia, segundo o “A gestão do sistema de formação é feita com base nas regras metodológicas da OIT. Com a criação do INEFOP, tem sido possível assegurar a execução das políticas relativas à organização do mercado de emprego” “A nova tabela da Função Pública foi uma medida do Executivo, que serviu para acabar com as assimetrias salariais e promover o equilíbrio”, assegurou o governante.” KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

MINISTRO JESUS MAIATO AVANÇA DADOS SOBRE O SECTOR ...imgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/1749586666_trabalhadores.pdf · ano, foram criados 30 mil vagas. Jesus Maiato referen - ciou

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Page 1: MINISTRO JESUS MAIATO AVANÇA DADOS SOBRE O SECTOR ...imgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/1749586666_trabalhadores.pdf · ano, foram criados 30 mil vagas. Jesus Maiato referen - ciou

Edivaldo Cristóvão

Desde 2002, o Executivo temimplementando, por todoo país, programas de for-mação profissional, que têmcapacitado milhares de pes-soas, dando-lhes oportu-n idades de integraçãosócio-produtiva, que temservido para o sustento demuitas famílias. Dadosavançados ontem ao Jornalde Angola, pelo ministro daAdministração Pública, Tra-balho e Segurança Social,Jesus Maiato, mostram queo Sistema Nacional de For-mação Profissional conta,neste momento, com 722unidades formativas, dasquais 544 são privadas e 34de outros organismos. Dototal, 144 são públicas, con-troladas pelo Inst i tutoNacional de Formação Pro-fissional (INEFOP).

As declarações do ministroinserem-se no Dia Interna-cional do Trabalhador, quehoje se assinala, e esten-dem-se a dados sobre aempregabilidade e o sistemade formação profissional nosúltimos anos. Jesus Maiatodisse que, de 2018 até esteano, foram criados 30 milvagas. Jesus Maiato referen-ciou que a revisão da tabelaindiciária, feita recente-

4 DESTAQUE Quarta-feira1 de Maio de 2019

MINISTRO JESUS MAIATO AVANÇA DADOS SOBRE O SECTOR

Assinala-se hoje o 1º de Maio, dia mundialmenteconsagrado ao trabalhador. O ministro da

Administração Pública, Trabalho e SegurançaSocial avança informações sobre

o tema, mais concretamenteem relação a políticas

sobre emprego eformação profissional

Executivo promove

programaspara a criação

de empregos

O ministro Jesus Maiato afir-mou, por outro lado, que oPlano de Acção de Promoçãoà Empregabilidade (PAPE) éum dos projectos criados peloExecutivo para diminuir o índicede desemprego no país, queronda aos 28,8 por cento, cercade três milhões de pessoas.

O plano prevê a criaçãode 250 mil empregos e seráimplementado durante trêsanos, entre 2019-2021. Vaibeneficiar um universo demais de 250 mil jovens, coma concepção de micro-cré-ditos, cursos de empreen-dedorismo e de formaçãoprofissional.

Aprovado recentementepelo Presidente da República,João Lourenço, através dodecreto 113/19, de 16 Abril,o PAPE prevê a disponibili-zação de 21 mil milhões deKwanzas, correspondentesa 65,6 milhões de dólares,para a promoção do emprego.

O PAPE prevê formar, emtrês anos, 12 mil jovens emempreendedorismo, 15 milem cursos de curta duração,a atribuição de dez mil micro-créditos para apoio a negó-cios, a distribuição de 42 milkits de várias profissões, comrealce para pedreiro, ladri-lhador, carpinteiro, canali-zador, electricista, pintor,jardineiro, soldador, cabe-leireiro, barbeiro, pedicure,manicure, entre outros.

O montante do crédito aser atribuído pelo Pape rondaentre os mil e os cinco mildólares, equivalentes emkwanzas, com uma taxa dejuro de um por cento eperíodo de carência de três

meses, a ser operacionalizadoinicialmente pelo Banco Sol.

Jesus Maiato explicou queo PAPE vai atender, funda-mentalmente, jovens à pro-cura do primeiro emprego,formados com necessidadede apoio institucional de for-mação profissional e quemjá desenvolve alguma acti-vidade profissional, mascarece de incentivos finan-ceiros, para a concretizaçãodos seus objectivos.

O Programa abrange tam-bém jovens com ideias denegócio e pretendam imple-mentá-los e aqueles que pre-c i s am d e me l h o ra r a scondições de trabalho paraaumentar a produção. Oministro sublinhou que oPAPE deverá prestar particularatenção à mulher, por enten-

der que, no segmento dosdesempregados, elas ocupamuma percentagem maior.

Alteração de diplomasA revisão das Leis da Greve,Sindical e da NegociaçãoColectiva vão ser revistasainda este ano, anunciou oministro da AdministraçãoPública, Trabalho e SegurançaSocial. As propostas serãoapresentadas em breve aosparceiros sociais, para aus-cultação e consenso, numaprimeira fase.

De acordo com o gover-nante, estes diplomas vigo-ram há sensivelmente 28anos. Por isso, “foi recomen-dada a sua revisão, paraajustá-los aos ditames daConstituição da República edo actual contexto de desen-

volvimento económico esocial do país”.

O Dia Internacional do Tra-balhador é comemorado a 1de Maio em vários países domundo. Decretado comoferiado nacional, a data é dedi-cada a realização de manifes-tações, passeatas, exposiçõese eventos reivindicatórios ede consciencialização.

A história do Dia Interna-c iona l do Traba lhadorremonta o ano de 1886 naindustrializada cidade deChicago (EUA). Neste dia,milhares de trabalhadoresforam às ruas reivindicarmelhores condições de tra-balho, entre elas, a reduçãoda jornada de trabalho de13 para oito horas diárias.

Durante o período de rei-vindicação houve um conflitoque envolveu a Polícia e tra-balhadores que provocou amorte de alguns manifestan-tes. Este facto gerou revolta.

No dia 4 de Maio, num con-flito de rua, manifestantesatiraram uma bomba aos Polí-cias e provocou a morte desete deles. O resultado destaconfusão causou a morte de12 protestantes e o registo dedezenas de pessoas feridas.

Foram dias marcantes nahistória da luta dos traba-lhadores por melhores con-dições de trabalho. Parahomenagear aqueles quemorreram nos conflitos, aSegunda Internacional Socia-lista, ocorrida na capitalfrancesa em 20 de Junho de1889, criou o Dia Interna-cional dos Trabalhadores,a ser comemorado no 1º deMaio de cada ano.

Baixar o índice de desemprego no país

mente, resultou no aumentodo salário da Função Pública,em Janeiro último, e permitiua recuperação significativado poder de compra.“A nova tabela salarial da

Função Pública foi umamedida do Executivo, queserviu para acabar com asassimetrias salariais e pro-mover o equilíbrio”, asse-gurou o governante.Considerou, neste âmbito,

que o sector da Educação con-seguiu dar solução definitivaao problema dos profes-sores que tinham habili-tações literárias superioresàs suas categorias, ou seja,“eram licenciados, masainda estavam inseridosno ensino médio”.Em relação aos cursos

ministrados, o INEFOP (Ins-tituto Nacional de FormaçãoProfissional) ajustou, aolongo dos anos, cursos quecorrespondem à demandado mercado de trabalho e àdinâmica da evolução tec-nológica, que contam hojecom 144 especialidades.“O Sistema Nacional de

Formação Profissional éum modelo inserido noprograma de modernizaçãoe desenvolvimento do país,para estimular a criaçãodo emprego e concretizaro sonho de muitos jovens”,esclareceu.De acordo com o ministro,

o programa "Empreende-dorismo na Comunidade"tem mudado a vida de muitasfamílias e o actual contextodo país aponta que os sec-tores empresarial público eprivado têm como papel fun-damental e decisivo a qua-lificação e valorização damão-de-obra nacional.Para as acções deste ano,

no domínio da Administraçãodo Trabalho, Emprego e For-mação Profissional, o MAPTSStem um plano de acção depromoção da empregabili-dade, que contempla oreforço da capacidade ins-titucional dos centros de for-mação p rofi s s i ona l , oaumento da oferta formativae ajustamento dos perfis desaída dos formandos.A atribuição de micro cré-

ditos, oferta de estágios pro-fissionais, competência decarteiras profissionais,melhoria da disponibilidadefinanceira e orçamental, demodo a garantir condiçõesde funcionamento dos cen-tros , intensi f icação daimplementação do pro-grama de registo e apoio aoscentros de formação priva-dos e a sua simplificaçãodurante o licenciamentoestão igualmente entre asacções previstas.Os investimentos no sector

da Economia, segundo o

“A gestãodo sistema de

formação é feitacom base nas regrasmetodológicas daOIT. Com a criaçãodo INEFOP, temsido possívelassegurar aexecução das

políticas relativasà organizaçãodo mercadode emprego”

“A nova tabela da Função Públicafoi uma medida do Executivo, queserviu para acabarcom as assimetriassalariais e promover

o equilíbrio”,assegurou ogovernante.”

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O Executivo angolano, porintermédio do Ministério daAdministração Pública, Tra-balho e Segurança Social(MAPTESS), considera queo 1º de Maio representa umdos marcos mais importantesda história dos trabalhadores. Numa nota, o MAPTESS

diz que, em Angola, à seme-lhança de muitos países, estaefeméride tem servido parauma reflexão em torno dasconquistas alcançadas aolongo do tempo.O MAPTESS afirma asso-

ciar-se “às comemorações doDia Internacional do Traba-lhador e encoraja os traba-lhadores e as Centrais Sindicais,na qualidade de parceirossociais, a continuar com omesmo empenho em prol dotrabalho digno e sustentável”.Este ano, avança a nota,

o Primeiro de Maio assinala-se numa altura em que estáem curso um conjunto deacções estruturais, que visamconferir maior dignidade aostrabalhadores angolanos.“Apesar das dificuldades

económicas e financeiras queo país atravessa, estão a serconsolidadas conquistas nosdomínios das políticas remu-neratória, da protecção social,da melhoria das condiçõesde trabalho e do fomento aoemprego. De entre as acçõesjá realizadas, destacam-se:a aprovação dos regimes decarreira dos Agentes da Edu-cação, dos Profissionais daSaúde, do Ensino Superior,dos Agentes do Sistema deEmprego e Formação Profis-sional, do Investigador Cien-tífico e os respectivos regimesremuneratórios”.No documento, é destacado

“o aumento salarial na ordemde 91,3 por cento do total dosefectivos da Função Pública,

ajustamento salarial que obe-deceu ao princípio da dife-renciação positiva; no sectorda Educação, 48 mil e cincoprofessores foram enquadra-dos na carreira do professorde Ensino Primário Auxiliar,com perfil de técnico médio,bacharel e superior, cujossalários eram de Kz. 49.040,55a Kz 89.907,67 e passaram aaufer i r sa lár ios de Kz .89.907,67 a Kz. 238.391,56.”Em função das missões e

objectivos de determinadossectores, acrescenta a nota,foram criados aproximada-mente 30 mil postos de tra-balho no período de 2018 a2019; foram abertos concur-sos públicos para o ingressode médicos, enfermeiros,

técnicos de diagnóstico eterapêutica, docentes nãouniversitários, docentes uni-versitários, investigadorescientíficos, formadores einspectores; o salário mínimonacional, anteriormentefixado em Kz. 16.005,00,foiajustado em Kz. 21.454,10,tendo se registado um incre-mento de 30 por cento.“A pensão mínima de

reforma, anteriormente fixadaem Kz. 21.380,78, foi ajustadaem Kz. 33.578,13, tendo seregistado um incremento de57,14 por cento; a pensãomínima de sobrevivência eas prestações de naturezaassistencial, anteriormentefixadas em Kz.16.503,30,foram ajustadas em Kz.

21.454,10, tendo se registadoum incremento de 30 porcento”, lê-se no comunicado.Consta ainda na nota refe-

rência à aprovação dos regi-mes jurídicos de segurançasocial dos trabalhadores porconta própria, do clero e enti-dades religiosas, bem comodo serviço doméstico, visandoo aumento da cobertura dostrabalhadores protegidos pelasegurança social.Na nota, o MAPTSS reitera

o compromisso de plenoengajamento para a soluçãodas preocupações dos tra-balhadores, tendo como prin-cipal mecanismo o diálogoe a concertação social, comvista ao alcance da paz sociale o bem estar das famílias.

5Quarta-feira1 de Maio de 2019DESTAQUE

No país, existem três centraissindicais, que têm lutado peladefesa dos trabalhadores epela protecção dos direitos quelhes assiste: UNTA-CS, CGsilae Força Sindical.

A União dos Sindicatos deLuanda engloba 18 associaçõessindicais, representando 88.331filiados, e integra a UNTA-Con-federação Sindical.

A UNTA-CS, fundada a 16 deAbril de 1960, controla 13 sin-dicatos, 78. 477 trabalhadores,destes, 60.694 são filiados.

A UNTA-CS manteve-se gra-ças à estratégia dos seus líderesde aliar à luta sindical à delibertação, de acordo com oseu manifesto. As revoltas queaconteceram ao longo dos anosnão tiveram apenas uma basepolítica, mas também sindical,já que resultaram das cons-tantes reivindicações provo-

cadas pelas péssimas condiçõesde trabalho e salarial.

Actualmente, os objectivosda confederação centram-sena estabilidade do emprego,nos salários justos e compatíveiscom o custo de vida, justiçalaboral, entre outras.

A UNTA-CS pretende, futu-ramente, ser mais interventiva,capaz de chegar ao trabalhador,através das suas estruturasde base, dar-lhes competênciaspara interiorizarem deverese direitos e para que lutempelos direitos consagradospor lei e outros que possamser conquistados.

A UNTA-CS realiza hoje, às8h00, em Luanda, uma marcha,com ponto de partida na Ala-meda Manuel Van-Dúnem (JoséPirão) e término na Praça daFamília, onde se procederá adeclaração dos trabalhadores.

Organizações sindicais

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

PR encorajatrabalhadoresa superarem as dificuldades

MENSAGEM SOBRE O PRIMEIRO DE MAIOinterlocutor, têm sustentadoa geração de empregos, comdestaque para as áreas daAgricultura, Pescas, Cons-trução Civil e Obras Públicas,Geologia e Minas, Trans-porte, Comunicações, Indús-tria e Turismo.“A gestão do sistema de

formação é feita com basenas regras metodológicas

da Organização Internacionaldo Trabalho (OIT). Com acriação do Instituto Nacionalde Formação Profissional,tem sido possível assegurara execução das políticas rela-tivas à organização do mer-cado de emprego, bem comoa direcção e coordenaçãodo sistema de formação pro-fissional”, assegurou.

O Presidente João Lourençosaudou ontem os trabalha-dores, considerando que aeles cabe a "ingente tarefade superar as dificuldadesderivadas de muitos anos dedestruição de infra-estru-turas económicas do país".Numa mensagem por

ocasião do Dia Internacionaldo Trabalhador, que hojese assinala, o Chefe deEstado refere que é essegrupo de cidadãos a quemcabe desenvolver o enormepotencial produtivo do país,para dar satisfação aos gran-des desafios no domínio daagricultura, indústria,saúde, educação, habitação,transportes e em muitosoutros sectores indispen-sáveis ao progresso e bem-

estar das populações."É com a vossa dedicação

e o vosso esforço que pode-mos manter viva a certezade melhores dias e que,unidos e vigilantes, pode-mos garantir o êxito doactual combate a favor datransparência, da legalidadee da moralização da socie-dade e contra a corrupçãoe a impunidade, escreveJoão Lourenço.Na mensagem, divulgada

pelos Serviços de Apoio aoPresidente da República, oChefe de Estado deseja queo dia de hoje "faça jus àmemória dos que tomba-ram em defesa de ideais edireitos que conferem ojusto valor e dignidade aquem trabalha".

O 1º de Maio tem na suaorigem o massacre ocor-rido em Chicago, nos pri-meiros dias de Maio de1884, quando a polícianorte-americana disparoua matar contra manifes-tantes desarmados queexigiam uma jornada deoito horas e melhores con-dições de trabalho.Inspirados nesse evento,

trabalhadores e sindicalistasde todo o mundo, reunidosem Paris, em Julho de 1889,decidiram proclamar o dia 1ºde Maio como o Dia Inter-

nacional dos Trabalhadores.João Lourenço escreve

que, desde então, a datatem sido celebrada pelostrabalhadores de todo omundo, sendo proibida ouignorada por regimes auto-ritários e anti-democráti-cos, ou consagrada comoferiado nos países que reco-nhecem os legítimos direi-tos dos trabalhadores epugnam pela elevação doseu n íve l de v ida e damelhoria das suas condi-ções laborais, como é o casoda República de Angola.

NOTA DO MAPTESS

Um marco na história dos trabalhadores

O Bureau Político doMPLA endereça uma"saudação especial esolidária" a todos os tra-balhadores angolanos,particularmente aosempreendedores eco-nómicos, pelo seu tra-balho abnegado em proldo desenvolvimentointegral de Angola.Numa declaração a

propósito do Dia Inter-nacional do Trabalha-dor, o MPLA refere quetem acompanhado,com atenção, os esfor-ços do Executivo ten-dentes à recuperaçãoeconómica de Angola,mediante a aprovaçãoe implementação devá r i a s med ida s d ecarácter económico esocial, cuja finalidadeé a melhoria das con-d ições de v ida doscidadãos.No documento, o

MPLA reitera o compro-misso de continuar apromover uma políticalaboral que garanta aigualdade de oportuni-dades para os jovens àprocura do primeiroemprego, desemprega-dos, portadores de defi-ciência e trabalhadoresabrangidos pelo processode privatização, redi-mensionamento ou rees-truturação empresarial.O BP do MPLA saúda

o Executivo pela apro-vação, a 16 de Abril, doPlano de Acção para aPromoção da Empre-gabilidade (PAPE) e

encoraja-o a priorizaro sector produtivo daeconomia nacional, emdetrimento da admi-nistração pública, paraque seja um instru-mento determinanteno fomento e apoio aoespírito de iniciativada juventude.Face aos novos desa-

fios que Angola enfrenta,acrescenta o docu-mento, o MPLA inten-sificará a sua acção noestímulo à formaçãoprofissional, como ins-trumento de valorizaçãohumana, de progressosocial e de política eco-nómica, favorecendo oaumento da produtivi-dade, a dignificação dostrabalhadores, a valo-rização das profissões eocupações úteis à socie-dade, a melhoria daqualidade do empregoe o a largamento darenda familiar.No actual contexto

de moralização da socie-dade angolana e decombate à corrupção eà impunidade, sublinhaa declaração, o MPLAcontinuará a valorizara promoção do empregoprodutivo, remuneradore socialmente útil, con-siderando o diálogo per-manente entre a classeempregadora e os tra-balhadores como umdos mecanismos a apri-morar , na busca desoluções para os prin-cipais problemas noslocais de trabalho.

MPLA Solidário

FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO