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Miséria e a Nova Classe Média - cps.fgv.br · cobertura – a não ser aqueles de 5 e 6 anos impacta dos pela introdução do ensino de 9 anos. Este cenário demonstra a importância

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Miséria e a Nova Classe Média

na Década da Igualdade*

(*leia-se: Processo de Equalização Recente da

Renda)

www. fgv.br/cps/desigualdade

Rio de Janeiro, 26 de Setembro de 2008 - Versão 2.0

Versão Original - 19 de Setembro de 2008 as 11:00 h oras

Centro de Políticas Sociais

Instituto Brasileiro de Economia

Fundação Getulio Vargas

Coordenação:

Marcelo Cortes Neri - [email protected]

Luisa Carvalhaes Coutinho de Melo

Equipe do CPS:

Samanta dos Reis S. Monte

André Luiz Neri

Carolina Marques Bastos

Célio Pontes

Ana Lucia Calcada

Celso Fonseca

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Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As

opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da

Fundação Getulio Vargas.

Miséria e a Nova Classe Média na Década da Igualdad e/ Coordenação Marcelo

Côrtes Neri e Luisa Carvalhaes. - Rio de Janeiro: F GV/IBRE, CPS, 2008.

[95] p.

1. Pobreza 2. Economia 3. Renda 4. Desigualdade 5. Classes Econômicas 6. Classe Média 7. Trabalho 8. Bem-estar Social 9. Met as do Milênio 10. Brasil I. Neri, M.C.; Carvalhaes, L II. Fundação Getulio V argas, Instituto Brasileiro de Economia. Centro de Políticas Sociais. www.fgv.br/cps

Apoio: SAS Institute www.sas.com ©Marcelo Neri 2008

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Miséria e a Nova Classe Média

na Década da Igualdade

Sumário Executivo O Hino Nacional entoa: “se o penhor desta igualdade conseguimos conquistar com braço forte.” É um desígnio condicional. Agora não devemos descartar a possibilidade de começarmos a realiza-lo, não individual mas coletivamente. Se um historiador do futuro fosse nomear as principais mudanças ocorridas na sociedade brasileira na primeira década do terceiro milênio, poderia chamá-la de década da redução da desigualdade de renda, ou da equalização de resultados. Da mesma forma que a década de 90 foi a da conquista da estabilidade e a de 80, a da redemocratização1. Não há na História brasileira, estatisticamente documentada (desde 1960), nada similar à redução da desigualdade observada desde 2001. A queda acumulada é comparável, em magnitude, ao famoso aumento da desigualdade dos anos 60 que colocou o Brasil no imaginário internacional como a terra da iniqüidade inercial. Segundo dados do Banco Mundial, os dados de 2005 já colocavam o Brasil como o 10º país em desigualdade do mundo - antes éramos 3º. Ou seja, a má notícia é que ainda somos muito desiguais, a boa é que há muita desigualdade a ser reduzida e consequentemente muito crescimento de renda a ser gerado na base da pirâmide de renda. Mal comparando, é como se o Brasil tivesse descoberto - apenas neste século -estas reservas de crescimento pró-pobre. Por exemplo, a Índia um país igualitariamente pobre com um índice de desigualdade que é metade do nosso tem como alternativa básica para combater a pobreza apenas o crescimento da renda da sociedade. Similarmente, a Bélgica, um país igualitariamente rico, não tem em termos substantivos alternativa adicional para melhorar o bem-estar da população além do crescer. Já na chamada Belíndia brasileira, além do crescimento que é uma fonte sem limites de melhora de bem-estar, temos a opção de reduzir a desigualdade como forma de atenuar a pobreza e o bem-estar. Obviamente, a equidade tem um piso inferior, é finita como, por exemplo, as reservas de petróleo também o são, mas estamos muito distantes deste limite da exaustão. Nenhum país do mundo pode reduzir a pobreza através de redistribuição em alta escala que o Brasil. Obviamente, como se diz o combate à desigualdade é o colesterol. Há o bom e o mal combate com conseqüências diversas para o organismo econômico. É preciso além de se preservar os incentivos para o crescimento da renda de todos, chegar às causas mais fundamentais da desigualdade, abordando as diferenças intergeracionais de oportunidades. Estamos nos últimos anos apenas começando a explorar a superfície da desigualdade de resultados.

1 Outra característica desta década é a geração de emprego formal, a anterior além da estabilização foi de aumento da escolaridade. Seguindo nesta linha de identificar os avanços as décadas de 60 e 70 foram do milagre, leia-se crescimento econômico.

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A bandeira brasileira é a única que retrata de maneira literal o céu do país, o que talvez reflita um hábito de olharmos muito para cima. A alta desigualdade brasileira é por sua vez sinal de que olhamos pouco para as pessoas ao nosso lado. Ela reflete - por preferência revelada - a nossa incapacidade de enxergar as distancias estelares entre as pessoas ao redor. O estudo da desigualdade mede a distancia transversal entre pessoas, projetando para cima e para o alto é um ação similar à medição da distancia entre as estrelas. Se o estudo da desigualdade brasileira for como a análise do movimento de corpos celestes, a PNAD seria o anteparo recebendo e difundindo a luz vinda dos céus brasileiros um ano após. A PNAD permite aos caçadores de estrelas mirar em atmosfera razoavelmente límpida e observar os principais movimentos relativos dentro da sociedade brasileira do ano que passou. Olhamos aqui como se usando o foco de uma luneta, os deslocamentos relativos ocorridos na renda das diferentes classes de brasileiros. De todas as mudanças observadas a partir do recente lançamento da PNAD 2007 do IBGE a que mais chama a atenção é a redução da desigualdade de renda. Apesar de um pouco inferior às maiores redistribuições observadas na série histórica como as de 1986, 1990 e 2004, a de 2007 dá seqüência à tendência de desconcentração iniciada na virada deste século. A desigualdade de renda brasileira, que ficou estagnada entre 1970 e 2000, sofre sucessivas quedas, ano após ano, desde 2001, comparável, em magnitude, ao único deslocamento conhecido: o aumento da desigualdade dos anos 60. A desigualdade de renda domiciliar per capita medida pelo Gini cai em 2007 cerca de 0,0074 pontos que é 10% superior ao ritmo de queda assumido de 2001 a 2006 (0,0067). Entre todas as mudanças observadas, a redistribuição de renda é, na nossa opinião, o destaque em 2007, até porque o crescimento da média de renda per capita de 2,3% foi, surpreendentemente, baixo tanto à luz do PIB per capita de 2007 (cerca de 4%) como das PNADs dos anos anteriores (9,16% em 2006 e 6,63% em 2005 ). É na desigualdade que residiu a força motriz de continuidade de redução da miséria que passa de 19,18% da população em 2006 para 18,11% em 2007, ou seja, cerca de 1,5 milhões de pessoas cruzaram a linha de renda abaixo de 135 reais/mês por pessoa. O número correspondente de miseráveis atinge pela nova PNAD 33,68 milhões de pessoas. A proporção de miseráveis cai 5,6% em 2007 inferior, portanto, à queda de 15% de 2006, a de 10,33% de 2005 e a de 9,85% de 2004. Por outro lado, o ritmo de redução da miséria em 2007 está mais de duas vezes mais rápida que o requerido para atender às metas de redução de extrema pobreza da primeira das metas do milênio da ONU (2,73% ao ano) e um pouco superior ao ritmo observado desde 1993 no Brasil (4,3% ao ano). O ano de 2007 se apresenta como a melhor síntese do acontecido com os principais indicadores sociais agregados ao longo desta década. Em primeiro lugar, o crescimento da renda per capita de 2,26% é o mais próximo da média dos últimos sete anos (2,5% ao ano). A miséria enquanto insuficiência de renda cai 5,59% em 2007 contra 6,7% ao ano do período, mais uma vez, o ano isolado mais próximo da média da década (6,72% ao ano). Finalmente, como vimos, o ritmo de queda de desigualdade medida pelo índice de Gini de renda per capita também é o mais próximo da média da década, cerca de 10% acima desta - que é uma marca histórica.

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Renda - Brasil

344,

9

363

,3

453

,3

460,

6

464

,3

471,

7

445

,0

453

,8

471,

4 514

,6

526,

3

455

,1

442

,1

428

,7

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

199

9

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Miséria - % da População - Brasil

35,

03

28,3

7

26,8

8

28,0

3

25,2

7

18,

1122,6

626,5

9

34,

96

28,

82

28,

65

27,5

0

28,1

4

19,

18

199

2

199

3

1994

199

5

199

6

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

A desigualdade de renda brasileira é resultado da interação de causas diversas, e também tem seus impactos em campos diversos da nossa vida social começando pelo crime, passando pela saúde, chegando à atividade dos mercados consumidores. Há uma camada mais profunda de fontes de distribuição de renda que afloram hoje, como as políticas educacionais e reformas estruturais pregressas. Há também as mudanças das políticas de renda do passado mais recente com destaque aos impactos dos reajustes do salário mínimo e da expansão do Bolsa Família. Em 2007, talvez por não ser ano eleitoral, não há colheita de efeitos da expansão das transferências públicas mas um desempenho trabalhista diferenciado frente aos anos anteriores. A geração líquida de postos de trabalho foi mais de 50% inferior a dos três anos anteriores com destruição líquida dos postos de trabalho de menor qualidade, mas com recorde na geração de emprego formal. O mercado de trabalho brasileiro ficou mais fordista e formal. Há sinais de que o chamado apagão de mão-de-obra começa a se refletir na atração trabalhista e evasão de jovens dos bancos escolares o que tende a agravar mais o problema no futuro. Isto em plena vingencia do Pro-Uni que busca aumentar o acesso a universidade. A escolarização de jovens de 18 a 24 anos caiu 4,5%, enquanto o contingente nesta faixa etária cai apenas 1,8%. As estatísticas educacionais para estudantes mais jovens também demonstra saturação nos avanços da cobertura – a não ser aqueles de 5 e 6 anos impactados pela introdução do ensino de 9 anos. Este cenário demonstra a importância de medidas e metas de aumento da qualidade de educação como aquelas embutidas no chamado PAC educacional do Governo Federal e no movimento Todos pela Educação da sociedade civil. Educação e trabalho, nesta ordem, são os determinantes mais fundamentais do nível e desigualdade futura de renda do país. De forma mais geral, 2007 mostra que avanços e/ou desafios não estão na quantidade, mas mais na qualidade seja de renda, de trabalho e da educação. Na educação temos de aproveitar a redução do número de crianças e adolescentes para aumentar a jornada escolar e melhorar o aprendizado e desempenho escolar dos filhos deste solo. No trabalho temos de entender as causas da crescente formalização para incentivá-la através da colheita de frutos de educação de maior qualidade pela força de trabalho e de mudanças - para melhor - das instituições trabalhistas. Finalmente, o crescimento pífio da renda média da PNAD destes anos tem seu impacto alavancado também por upgrades qualitativos: a maior equidade de renda combinada com sua maior sustentabilidade desse movimento fruto da expansão trabalhista, ora em curso. Senão vejamos: 2007 assim como a década até agora vista como um todo, destaca-se menos pelo crescimento generalizado de renda para todos os

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estratos da população, do que pela redução da desigualdade observada, A desigualdade medida pelo índice de Gini cai 1,32% um valor superior a quatro dos cinco anos da década da redução da desigualdade: -1,2%, em 2002, 1%, em 2003, -1,9% em 2004, -0,6% em 2005 e -1,06% em 2006. Conforme o primeiro gráfico a seguir, com o ganho acumulado de renda entre 2001 e 2007 por cada décimo da população, a taxa de crescimento é decrescente à medida que caminhamos do primeiro (49,25%) ao último décimo (6,70%) - este caráter progressivo não é tão bem traduzido pelas, aparentemente, pequenas mudanças das séries do índice de Gini. Destacando em seguida, o último ano da pesquisa de 2007, percebemos reduções de renda nos dois extremos da distribuição de renda, em particular entre os 10% mais pobres de -5,3% o que parece indicar um aumento de pessoas com renda nula revertendo a tendência dos últimos anos, Observamos uma virtual estagnação da renda per capita em 2007 -0,1% entre os 10% mais ricos. Os décimos que mais ganham em 2007 são o 5º, o 6º e o 7º décimo - o que acarretará redução da polarização da distribuição que, redundará no crescimento relativo da parcela da chamada nova classe média, como veremos a frente.

Variação Acumulada da Renda Média - Brasil (2007/2001)

49,25%43,41%

38,03% 34,79% 31,98% 30,28%24,75%

19,65%14,37%

6,70%

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Variação Acumulada da Renda Média - Brasil (2007/2006)

-5,22%

3,52% 4,25% 4,88% 5,64% 5,96% 5,27% 4,03% 2,52%

-0,13%

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Os dados da PNAD revelam uma redução expressiva da renda do resíduo da PNAD onde entra o chamado efeito Bolsa-Família. Uma queda de renda do primeiro décimo de mais de 5% fruto de um aumento de rendas nulas de 50% entre 2006 e 2007. Em função disto andamos para tráz nas metas do milenio de 1U$S, retrocedemos nas rendas de transferências sociais e ficamos todos mais confusos. Conforme anunciamos no ano passado, o Brasil já havia cumprido a primeira, e talvez mais conhecida, das 8 Metas do Milênio da ONU, referente à redução da miséria extrema em 50% em 25 anos. Enquanto a queda acumulada entre 1992 e 2005 havia sido de 54,61%, ao acrescentarmos

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2006 à serie, temos uma redução acumulada de 60,03%. Nossa percepção é que o Suplemento de Programas Sociais introduzidos nas PNADs de 2006 e de 2004 parecem estar introduzindo esta distorção. Os anos de suplemento 2004 e 2006 foram excepcionais em termos de colheita de indicadores de renda: 2004 pela desigualdade em queda, 2006 pela punjança generalizada. Estes anos seriam melhores que os anteriores inclusive em precisão estatística pois o suplemento incita aos respondentes do questionário da PNAD a reportarem a sua renda e especialmente a de seus demais familiares de maneira mais forte que a usual. Falo de perguntas sos suplementos 2004 e 2006 do tipo voce tem Bolsa Família?; Você recebe o benefício de Prestação Continuada (BPC)?; Quantas pessoas percebem estes benefícios em sua casa etc. Isto geraria mudanças no bolo e na distribuição entre rúbricas percebido diretamente nos dados. Sendo menos nilista, eu proporia comparar 2007 com 2005 ou anos pré 2004 apenas. Isto resolveria o problema, pois a diferença de instrumentos de coleta similares em anos diferentes tende a eliminar as distorções.

Variação Acumulada da Pobreza Extrema em Relação às Metas do Milênio - Brasil

-3,58%

-33,76%-25,92%

-31,46%-36,06% -35,38% -32,48%

-37,25%

-47,57%-54,61%

-60,03% -57,92%

-43,48%

1993

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Pobreza Extrema US$ 1 PPP Bras il

11,73

11,31

7,77

8,69

8,04

7,50 7,58 7,92

6,63 7,

36

5,32

4,94

4,69

6,15

1992

1993

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Uma outra palavra de cuidado de preparação culinária pnadiana. Fruto do efeito-suplemento, a proporção de zeros, sobe de 1,2% em 2006 para 1,8% em 2007, medidas que se baseiam apenas em rendas positivas como essas indicam uma melhora maior na desigualdade e da média do que deveria ser observado este ano mas gera o efeito inverso nos demais anos (fora talvez 2004). O problema é combinar o efeito-suplemento com estatísticas parciais que não consideram os com renda zero, como divulgado nas publicações oficiais com tabulações da PNAD. Nas PNADs sem suplemento especial os sem renda crescem. Nossa sugestão é calcular estatísticas com todos os brasileiros e não apenas aqueles com renda positiva. Uma outra sugestão com algum interesse de corpo de usuário a fim de aumentar o grau de precisão estatística a PNAD deveria ter suplemento todos os anos. Voltando à linha de miséria proposta pelo Centro de Políticas Sociais (CPS/IBRE/FGV) – mais elevada do que a ONU – observamos, portanto, uma queda acumulada de 48,5% da respectiva insuficiência no período 1992 a 2006. Ainda não chegamos, mas estamos próximos da meia vida da miséria de acordo com os dados da nova PNAD e a linha da FGV. A taxa média anual de redução de miséria de 1992 a 2006 foi de -4,43% ao ano, que é quase o dobro da taxa necessária para reduzir a extrema pobreza à metade em 25 anos - que seria de 2,73% ao ano.

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Dadas diferenças de horizontes de tempo envolvidas, vamos comparar as estatísticas em termos de taxa de crescimento média anual, o que permitirá uma comparação direta com os resultados obtidos no último ano. Os 5,59% de redução de miséria obtidos em 2007 sugerem, por exemplo, que na aritmética das metas do milênio, avançamos no último ano o que, pelo acordo, deveríamos avançar em 5,1 anos. Já a queda de miséria observada desde o fim da recessão de 2003, atinge em média 11,8% ao ano, ou seja, cada ano do período que chamamos aqui de Real do Lula, corresponde a 4,1 anos de cumprimento do compromisso do milênio, enquanto no período do boom do Real original (1993 a 1995) reduzimos a miséria em média, a 10,74% a cada ano, o que corrobora o paralelismo dos dois episódios aqui explorados. Dando seqüência ao estudo anterior que colocou no mapa de pesquisas sociais brasileiras "A Nova Classe Média", mostramos aqui como se deu a evolução deste grupo desde o início dos anos 90. Apontamos, a partir dos microdados da PNAD, recém-disponibilizados, que a emergência da Nova Classe Média é um fenômeno nacional que já vem desde antes do lançamento do plano Real. A mesma atingia 30,9% da população brasileira em 1993, passa a 47,1% em 2007 com crescimento de 2,5% ao ano no período. No último ano, apesar do bolo dos brasileiros não ter crescido muito, há mais fermento na fatia da Nova Classe Média que sobe 4,4%. Se projetarmos, ao nível de abrangência nacional, o crescimento de 6,2% dos últimos 12 meses apontados na última pesquisa, exatamente 50% da população brasileira está agora na Nova Classe Média, ou seja, 93,8 milhões de brasileiros hoje. Medida como aquela entre os imediatamente acima dos 50% mais pobres e os 10% mais ricos na virada do século, a nova classe média aufere em média a renda média da sociedade, ou seja, é classe média no sentido estatístico. Heuristicamente, os limites da classe C seriam as fronteiras para o lado indiano e para o lado belga da nossa Belíndia. Compreendida entre R$ 1064 e os R$ 4561, a preços de hoje na grande São Paulo, é a imagem mais próxima da média da sociedade brasileira.

Classe C - % da População - Brasil

30,98

37,01

37,39

37,64 39,85

47,06

41,96

38,69

32,52

36,74

36,52 38,11

36,37

45,08

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

* inclusive - calculada a partir da renda per capita e convertida

Inferior* SuperiorClasse E 0 768Classe - D 768 1064Classe - C 1064 4591Classes – A e B 4591

Definição das Classes Economicas

Renda Domiciliar Total de Todas as FontesPor Mes

Limites

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Fontes - Entre os determinantes imediatos da distribuição de renda brasileira, temos o nível e a desigualdade de diferentes fontes de renda, indo desde os rendimentos privados ganhos através do trabalho, das transferências familiares ou da posse de ativos até as rendas transferidas pelo estado como aposentadorias, pensões e programas sociais, como seguro-desemprego, a previdência rural e o Bolsa Família. Decompomos aqui o crescimento da renda domiciliar per capita média em diferentes fontes. Partimos da relação entre a evolução anual per capita de cada tipo de renda, e ponderamos pelo seu peso relativo de cada uma na composição de renda total. Repartimos a renda dos indivíduos em cinco pedaços, -incluindo a separação dos benefícios previdenciários em até e acima do pis, seguindo nossa sugestão metodológica e de política pública feita em 1998 - conforme a tabela. Começamos a análise pelo período coberto pela nova PNAD de 1992 a 2007. Houve um aumento da renda per capita média auferida individualmente por cada pessoa que passa de R$ 344,93 para R$ 526,27, um aumento de 2,86% ao ano (a.a.) por pessoa, ou 52,65% no acumulado deste período. Agora o que explica esta variação de renda. Em primeiro lugar e mais importante os fatores trabalhistas com 71,16% de contribuição relativa no crescimento da renda. Com 18,85%, a previdência (pó-piso), ou seja, renda previdenciária acima de 1 Salário Mínimo. O segundo tipo de renda da previdência (aquelas até 1 Salário Mínimo) vem em seguida com 6,73%. Outras fontes como renda de bolsas e outras rendas privadas contribuem relativamente com 0,93% e 2,34%, respectivamente.

Previdencia Ano

Renda todas as

fonts

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública – BF

Piso Previdencia

– SM Pós-piso >

SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 1992 344,93 282,17 6,06 7,6 10,24 38,86

Taxa Crescimento Anual (%) 2,86% 2,42% 3,71% 1,17% 6,32% 4,66%

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%)

100% 71,16% 2,34% 0,93% 6,73% 18,85%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

A análise da última PNAD em relação a anterior apresenta resultados ainda mais expressivos com relação à variação da renda por vias trabalhistas. Rendas provenientes do trabalho e da previdência foram as que impulsionaram o crescimento da renda total que alcançou 2,26% na média, compensando as quedas apresentadas pelas rendas de bolsas e outras transferências privadas. Em termos de contribuição relativa, ou seja, levando em conta a participação de cada renda no total, a renda do trabalho alcançou o maior índice com patamar de 120,24%, enquanto que outras rendas privadas contribuíram de forma negativa com o crescimento da renda total (-18,61%) e o conceito de transferências públicas cai os pouco críveis -17,75%.

Previdencia Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2006 514,62 390,11 12,63 11,12 23,83 76,92

Taxa Crescimento Anual (%) 2,26% 3,59% -17,18% -18,62% 7,72% 0,05%

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%)

100% 120,24% -18,61% -17,75% 15,78% 0,34%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Seguindo a tradição de mais de uma década da equipe que compõe hoje o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas buscamos prover as informações de indicadores sociais baseados em renda. A pesquisa que deu origem a este artigo foi realizada em intervalo recorde. A defasagem entre a liberação física do microdado da PNAD no IBGE e a sua difusão foi de uma hora e quarenta minutos. A estatística de pobreza do CPS foi ao ar ao vivo no jornal de meio dia da GloboNews. A pesquisa foi lançada oficialmente na sexta-feira às 11h, 24 horas depois da liberação dos microdados, com banco de dados interativo, vídeo e texto. O sítio da pesquisa www.fgv.br/cps/desigualdade disponibiliza um banco de dados interativo que permite a cada um decompor e analisar os níveis e as mudanças de indicadores sociais baseados em renda desde uma perspectiva própria. É como a escotilha de uma nave permite observar na PNAD até onde ninguém –ou o coletivo de brasileiro - foi antes, como diz o seriado Star Trek.

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Miséria e a Nova Classe Média

na Década da Igualdade

1. Introdução

De todas as mudanças observadas a partir do lançamento da PNAD

2007 do IBGE a que mais chama a atenção é a redução da desigualdade de

renda. Apesar de um pouco inferior às maiores redistribuições observadas na

série histórica como as de 1986, 1990 e 2004, a de 2007 dá seqüência à

tendência de desconcentração iniciada na virada deste século. A desigualdade

de renda brasileira, que ficou estagnada entre 1970 e 2000, sofre sucessivas

quedas, ano após ano, desde 2001. A queda acumulada é comparável, em

magnitude, ao famoso aumento da desigualdade dos anos 60 que colocou o

Brasil no imaginário internacional como a terra da iniqüidade inercial. A

desigualdade de renda domiciliar per capita medida pelo Gini cai em 2007

cerca de 0,0074 pontos que é 10% superior ao ritmo de queda assumido de

2001 a 2006 (0,0067). Não há na História brasileira, estatisticamente

documentada (desde 1960), nada similar à redução da desigualdade

observada desde 2001. Entre todas as mudanças observadas, a redistribuição

de renda é, na nossa opinião, o destaque em 2007, até porque o crescimento

da média de renda per capita de 2,3% foi, surpreendentemente, baixo tanto à

luz do PIB per capita de 2007 (cerca de 4%) como das PNADs dos anos

anteriores (9,16% em 2006 e 6,63% em 2005 ). É na desigualdade que residiu

a força motriz de continuidade de redução da miséria que passa de 19,18% da

população em 2006 para 18,11% em 2007, ou seja, cerca de 1,5 milhões de

pessoas cruzaram a linha de renda abaixo de 135 reais/mês por pessoa. O

número correspondente de miseráveis atinge pela nova PNAD 33,68 milhões

de pessoas. A proporção de miseráveis cai 5,6% em 2007 inferior, portanto, à

queda de 15% de 2006, a de 10,33% de 2005 e a de 9,85% de 2004. Por outro

lado, o ritmo de redução da miséria em 2007 está mais de duas vezes mais

rápida que o requerido para atender às metas de redução de extrema pobreza

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da primeira das metas do milênio da ONU (2,73% ao ano) e um pouco superior

ao ritmo observado desde 1993 no Brasil (4,3% ao ano).

O ano de 2007 se apresenta como a melhor síntese do acontecido com

os principais indicadores sociais agregados ao longo desta década. Em

primeiro lugar, o crescimento da renda per capita de 2,26% é o mais próximo

da média dos últimos sete anos (2,5% ao ano). A miséria enquanto

insuficiência de renda cai 5,59% em 2007 contra 6,7% ao ano do período, mais

uma vez, o ano isolado mais próximo da média da década (6,72% ao ano).

Finalmente, como vimos, o ritmo de queda de desigualdade medida pelo índice

de Gini de Renda per capita também é o mais próximo da média da década,

cerca de 10% acima desta - que é uma marca atípica.

Se no futuro um historiador fosse nomear as principais mudanças ocorridas

na sociedade brasileira na primeira década do terceiro milênio no Brasil, poderia

chamá-la de década da redução da desigualdade de renda, ou da equalização de

resultados. Da mesma forma que a década de 90 foi a da conquista da

estabilidade e a de 80, a da redemocratização2. Segundo dados do Banco

Mundial, os dados de 2005 já colocavam o Brasil como o 10º país em

desigualdade do mundo - antes éramos 3º. Ou seja, a má notícia é que ainda

somos muito desiguais, a boa é que há muita desigualdade a ser reduzida e

muito crescimento de renda a ser gerado na base da distribuição de renda. Mal

comparando, é como se o Brasil tivesse descoberto apenas neste século estas

reservas de crescimento pró-pobre. Por exemplo, a Índia um país

igualitariamente pobre com um índice de desigualdade que é metade do nosso

tem como alternativa básica para combater a pobreza apenas o crescimento da

renda da sociedade. Similarmente, a Bélgica, um país igualitariamente rico,

não tem em termos substantivos alternativa adicional para melhorar o bem-

estar da população do que crescer. Já na chamada Belíndia brasileira, além do

crescimento que é uma fonte sem limites de melhora de bem-estar, temos a

opção de reduzir a desigualdade como forma de atenuar a pobreza e o bem- 2 Outra característica desta década é a geração de emprego formal, a anterior além da estabilização foi de aumento da escolaridade. Seguindo nesta linha de identificar os avanços as décadas de 60 e 70 foram do milagre, leia-se crescimento econômico.

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estar. Obviamente, a equidade tem um piso inferior, é finita como, por exemplo,

as reservas de petróleo também o são, mas estamos distantes deste limite da

exaustão. Obviamente, como se diz o combate à desigualdade é como a luta

contra o colesterol. Há o bom e o mal combate em termos de suas

conseqüências para o organismo econômico. É preciso chegar às causas mais

fundamentais da desigualdade, abordando as diferenças intergeracionais de

oportunidades. Estamos apenas começando a explorar a superfície da

desigualdade de resultados.

A desigualdade de renda brasileira é resultado da interação de causas

diversas, e também tem seus impactos em campos diversos da nossa vida

social começando pelo crime, passando pela saúde, chegando à atividade dos

mercados consumidores. Entre os determinantes imediatos da distribuição de

renda brasileira, temos o nível e a desigualdade de diferentes fontes de renda,

indo desde os rendimentos privados ganhos através do trabalho, das

transferências familiares ou da posse de ativos até as rendas transferidas pelo

estado como aposentadorias, pensões e programas sociais, como seguro-

desemprego, a previdência rural e o Bolsa Família.

Há uma camada mais profunda de fontes de distribuição de renda que

afloram hoje, como as políticas educacionais e reformas estruturais pregressas.

Há também as mudanças das políticas de renda do passado mais recente com

destaque aos impactos dos reajustes do salário mínimo e da expansão do

Bolsa Família. Em 2007, talvez por não ser ano eleitoral, não há colheita de

efeitos da expansão das transferências públicas mas um desempenho

trabalhista diferenciado frente aos anos anteriores. A geração líquida de postos

de trabalho foi mais de 50% inferior a dos três anos anteriores com destruição

líquida dos postos de trabalho de menor qualidade, mas com recorde na

geração de emprego formal. O mercado de trabalho brasileiro ficou mais

fordista e formal. Há sinais de que o chamado apagão de mão-de-obra começa

a se refletir na atração e evasão de jovens dos bancos escolares o que tende a

agravar mais o problema no futuro. Em plena vingencia do Pro-Uni que busca

aumentar o acesso a universidade, a escolarização de jovens de 18 a 24 anos

caiu 4,5%, enquanto o contingente nesta faixa etária cai apenas 1,8%. As

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estatísticas educacionais para estudantes mais jovens também demonstra

saturação nos avanços da cobertura – a não ser aqueles de 5 e 6 anos

impactados pela introdução do ensino de 9 anos. Este cenário demonstra a

importância de medidas e metas de aumento da qualidade de educação como

aquelas embutidas no chamado PAC educacional do Governo Federal e no

movimento Todos pela Educação da sociedade civil. Educação e trabalho,

nesta ordem, são os determinantes mais fundamentais do nível e desigualdade

futura de renda do país.

De forma mais geral, 2007 mostra que avanços e/ou desafios não estão

na quantidade, mas mais na qualidade seja de renda, de trabalho e da

educação. Na educação temos de aproveitar a redução do número de crianças

e adolescentes para aumentar a jornada escolar e melhorar o aprendizado e

desempenho escolar dos filhos deste solo. No trabalho temos de entender as

causas da crescente formalização para incentivá-la através da colheita de

frutos de educação de maior qualidade pela força de trabalho e de mudanças -

para melhor - das instituições trabalhistas. Finalmente, o crescimento pífio da

renda média da PNAD destes anos tem seu impacto alavancado também por

upgrades qualitativos: a maior equidade de renda combinada com sua maior

sustentabilidade desse movimento fruto da expansão trabalhista, ora em curso.

Plano do Trabalho

Se a desigualdade fosse um corpo celeste, a PNAD seria o anteparo

recebendo a luz vinda dos ceus um ano após sua emissão. A PNAD permite

aos caçadores de estrelas mirar em atmosfera razoavelmente límpida e

observar os principais movimentos relativos da sociedade brasileira. Este

estudo funciona como uma luneta focada na análise das mudanças ocorridas

na renda dos brasileiros. Seguindo a tradição de mais de uma década da

equipe que compõe hoje o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio

Vargas buscamos prover as informações de indicadores sociais baseados em

renda. A presente pesquisa foi realizada em intervalo recorde. A defasagem

entre a liberação fisica do microdado da PNAD no IBGE e a sua difusão foi de

uma hora e quarenta minutos. A estatística de pobreza do CPS foi ao ar ao

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vivo no jornal de meio dia da GloboNews. A pesquisa foi lançada oficialmente

na sexta-feira às 11h, 24 horas depois da liberação dos microdados, com sítio

composto de banco de dados interativo, vídeo e uma primeira versão do

presente texto3.

Oferecemos um acervo de banco de dados no sítio da pesquisa, que

permite a cada um ver as respectivas estatísticas do seu grupo social de

interesse como jovens, mulheres, rurais, maranhenses etc. separadamente

(panoramas), ou de maneira conjunta (simulador de modelos estatísticos

estimados ou espelho). A intenção é não só dar a nossa interpretação para os

principais mudanças de renda, como permitir a cada um contar a estória social

de interesse a partir da riqueza de dados propiciada pelas PNADs.

Além de descrever Quanto mudou o bolso dos brasileiros? Quando

mudou? (últimos 15 anos até a PNAD 2007). E de quem mudou a renda? (no

exemplo da jovem maranhense acima), a pesquisa procura identificar: O que

mudou no bolso dos brasileiros? Por exemplo, a renda do trabalho pode cair

para o desempregado mais e aumentar a renda de seguro-desemprego? O

nosso objetivo último como pesquisadores é através do Por que mudou?

chegar ao como mudar - para melhor - a condição econômica dos brasileiros a

começar pelos mais pobres dos pobres. Este trajeto implica identificar os

determinantes das mudanças do bolo distributivo. Oferecemos uma

decomposição da evolução das diferentes fontes de renda e do seu impacto no

bolso dos brasileiros de diferentes estratos sociais abertos pelos atributos

individuais e demográficos. Analisamos também o custo-benefício das

transferências públicas em termos de redução de miséria. Além do tradicional

mergulho da equipe do CPS nas séries frescas dos microdados nacionais da

PNAD de desigualdade e de miséria enquanto insuficiência de renda, o

trabalho dedicará especial atenção à expansão do segmento da chamada Nova

Classe Média aí incluindo o acesso a bens de consumo e a ativos produtivos.

Os dados indicam que 2007 é o ano da Nova Classe Média. As seções do

trabalho abordam em seqüência os temas: desigualdade, miséria, a nova

3 A diferença mais fundamental desta versão está neste plano preliminar e no anexo sobre informações regionais.

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classe média e as mudanças nas fontes de rendas. O anexo no fim do trabalho

permite observar as principais mudanças de dados regionais na PNAD.

O sítio da presente pesquisa disponibiliza um banco de dados interativo que

permite a cada um decompor e analisar os níveis e as mudanças de

indicadores sociais baseados em renda desde uma perspectiva própria como

uma escotilha de uma nave permite observar na PNAD até onde ninguem foi

antes, como dizia o seriado Star Trek.

Todas as combinações podem ser analisadas para o conjunto geral da

população ou por subgrupos abertos: i) características demográficas como

sexo, idade, anos de estudo, raça, a posição na família; ii) características

sócio-econômicas como maternidade, posição na ocupação; iii) espaciais como

local de moradia, área (metropolitana, urbana não metropolitana e rural),

estados.

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2. A Década da Redução da Desigualdade de Renda

O estudo complementa as estatísticas divulgadas pelo IBGE que

trabalham com renda domiciliar total excluindo no cálculo da média e da

desigualdade de renda os valores nulos. Trabalhamos aqui com renda

domiciliar per capita dos membros efetivos do domicílio mas incluindo as

rendas nulas tal como captado com maestria pela PNAD do IBGE através de

nove perguntas de renda distintas feitas, diretamente, às pessoas em suas

casas. Descrevemos a evolução dos indicadores sociais baseados em renda

como desigualdade, pobreza e bem estar, analisando seus determinantes

próximos e algumas de suas conseqüências. Em outras palavras descrevemos

diversos aspectos do “bolso dos brasileiros” que seria segundo os

economistas, a parte mais sensível da “anatomia humana”.

De maneira geral, 2007 assim como a década até agora vista como um

todo, destaca-se menos pelo crescimento generalizado de renda para todos os

estratos da população, do que pela redução da desigualdade observada,

conforme o gráfico abaixo ilustra:

OBS: 1994 e 2000 são médias. Nesses anos a PNAD não foi a campo

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados da PNAD/IBGE

Gini - Brasil

0,59

94

0,60

19

0,60

04

0,60

01

0,59

37

0,59

57

0,55

46

0,58

32

0,60

68

0,58

29

0,57

17

0,58

86

0,56

80

0,56

20

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

A desigualdade medida pelo índice de Gini cai 1,32% um valor superior

a quatro dos cinco anos da década da redução da desigualdade: -1,2%, em

2002, 1%, em 2003, -1,9% em 2004, -0,6% em 2005 e -1,06% em 2006.

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Apresentamos a seguir o ganho acumulado de renda entre 2001 e 2007

por cada décimo da população. A taxa de crescimento é decrescente à medida

que caminhamos do primeiro (49,25%) ao último décimo (6,70%) - este caráter

progressivo não é tão bem traduzido pelas, aparentemente, pequenas

mudanças das séries do índice de Gini.

Variação Acumulada da Renda Média - Brasil (2007/2001)

49,25%

43,41%

38,03%34,79%

31,98% 30,28%

24,75%

19,65%

14,37%

6,70%

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Destacando da análise o último ano da pesquisa de 2007, percebemos

reduções de renda nos dois extremos da distribuição de renda, em particular

entre os 10% mais pobres de -5,3% o que parece indicar um aumento de

pessoas com renda nula revertendo a tendência dos últimos anos, Observamos

uma virtual estagnação da renda per capita em 2007 -0,1% entre os 10% mais

ricos. Os décimos que mais ganham em 2007 são o 5º, o 6º e o 7º décimo - o

que acarretará redução da polarização da distribuição que, redundará no

crescimento relativo da parcela da chamada nova classe média, como veremos

a frente.

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Variação Acumulada da Renda Média - Brasil (2007/2006)

-5,22%

3,52%4,25%

4,88%5,64% 5,96%

5,27%4,03%

2,52%

-0,13%

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Os dados da PNAD revelam uma redução expressiva da renda do

resíduo da PNAD onde entra o chamedo efeito Bolsa-Família. Uma queda de

renda do primeiro décimo de mais de 5% fruto de um aumento de rendas nulas

de 50% entre 2006 e 2007. Em função disto andamos para tráz nas metas do

milenio de 1U$S, retrocedemos nas rendas de transferencias sociais e ficamos

todos mais confusos. Nossa percepção é que o Suplemento de Programas

Sociais introduzidos nas PNADs de 2006 e de 2004 parecem estar introduzindo

esta distorção. Os anos de suplemento 2004 e 2006 foram excepcionais em

termos de colheita de indicadores d renda: 2004 pela desigualdade em queda,

2006 pela punjança generalizada. Seriam estes anos melhores que os

anteriores inclusive em precisão estatística, o suplemento incita as pessoas a

reportarem a sua renda e especialmente a de seus demais familiares) de

maneira mais precisa que o sual do tipo voce tem bolsa família, BPC etc. Isto

geraria mudanças no bolo e na distribuição entre rúbricas percebido

diretamente nos dados. Sendo mais propositivo eu proporia comparar 2007

com 2005 ou anos pré 2004 apenas. Isto resolveria o problema.

Uma outra palavra de cuidado. Fruto desta mudança a proporção de de

zeros, sobe de 1,2% em 2006 para 1,8% em 2007, medidas que se baseiam

apenas em rendas positivas como essas indicam uma melhora maior na

desigualdade e da média do que deveria ser observado este ano mas gera o

efeito inverso nos demais anos (fora talvez 2004). O problema é combinar o

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efeito-suplemento com estatísticas parciais que não consideram os com renda

zero. Nas PNADs sem suplemento os sem renda crescem. Uma sugestão para

aumentar o grau de precisão estística seria que a PNAD tivesse o suplemento

MDS todos os anos.

As tabelas abaixo permitem ao leitor em aprofundar a análise da

variação por diferentes períodos e abre o nível de renda ano a ano.

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VARIAÇÃO ACUMULADA DE RENDA - POR DECIMOSTOTAL 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

2007 2007/2006 2,3% -5,2% 3,5% 4,3% 4,9% 5,6% 6,0% 5,3% 4,0% 2,5% -0,1%Lula 2007/2002 13,1% 31,7% 30,2% 27,4% 26,2% 23,2% 21,8% 17,5% 14,9% 11,5% 7,6%Lula I 2006/2002 13,1% 31,7% 30,2% 27,4% 26,2% 23,2% 21,8% 17,5% 14,9% 11,5% 7,6%FHC 2002/1993 25,3% 66,6% 39,9% 33,9% 29,8% 30,1% 29,2% 29,0% 28,8% 27,3% 20,3%FHC II 2002/1998 -3,5% 8,8% 5,5% 2,4% 0,0% -0,3% 0,6% -2,7% -3,5% -4,4% -5,2%FHC I 1998/1993 29,8% 53,2% 32,6% 30,7% 29,8% 30,5% 28,5% 32,6% 33,4% 33,2% 26,9%Década 2007/2001 16,0% 49,2% 43,4% 38,0% 34,8% 32,0% 30,3% 24,8% 19,6% 14,4% 6,7%Total 2007/1992 52,6% 108,5% 87,0% 76,1% 67,9% 66,1% 63,1% 55,1% 52,9% 48,9% 45,8% VARIAÇÃO ANUAL DA RENDA MÉDIA - POR DECIMOS

TOTAL 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Atual 2007/2006 2,3% -5,2% 3,5% 4,3% 4,9% 5,6% 6,0% 5,3% 4,0% 2,5% -0,1%Lula 2007/2002 2,5% 5,7% 5,4% 5,0% 4,8% 4,3% 4,0% 3,3% 2,8% 2,2% 1,5%Lula I 2006/2002 3,1% 7,1% 6,8% 6,2% 6,0% 5,4% 5,1% 4,1% 3,5% 2,8% 1,8%FHC 2002/1993 2,5% 5,8% 3,8% 3,3% 2,9% 3,0% 2,9% 2,9% 2,9% 2,7% 2,1%FHC II 2002/1998 -0,9% 2,1% 1,3% 0,6% 0,0% -0,1% 0,1% -0,7% -0,9% -1,1% -1,3%FHC I 1998/1993 5,4% 8,9% 5,8% 5,5% 5,3% 5,5% 5,1% 5,8% 5,9% 5,9% 4,9%Década 2007/2001 2,5% 6,9% 6,2% 5,5% 5,1% 4,7% 4,5% 3,8% 3,0% 2,3% 1,1%Total 2007/1992 2,9% 5,0% 4,3% 3,8% 3,5% 3,4% 3,3% 3,0% 2,9% 2,7% 2,5%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Isolando-se os dois últimos anos disponíveis da PNAD, a renda média

do brasileiro sobe, segundo a Pnad, 2,26% em 2007 e 9,16% em 2006, contra

4%e 2,3% do crescimento do PIB per capita nos respectivos anos, mesmo

após a revisão metodológica nas contas nacionais. O primeiro número de 2006

nos sugere um crescimento ao ritmo chinês, enquanto o último aponta para

uma estagnação ao estilo haitiano. Em 2007 os números são mais próximos,

mas invertidos. Na verdade, a PNAD tende a apresentar maior volatilidade em

períodos de boom como no pós-Real, na recessão de 1999 e de 2003 como na

retomada de 2004 a 2007. O que nos tranqüiliza é que, no período total de

1995 a 2007, as duas séries convergem para valores muito próximos até a

terceira casa decimal, conforme os números índices com base 100 em 1995

(de estabilidade quando os deflatores e mudanças de padrão monetário não

constituem fontes de ruídos ) do gráfico abaixo indicam.

Renda Domiciliar Per Capita* e Pib Per Capita

90

95

100

105

110

115

120

199

5

199

6

199

7

199

8

199

9

200

0

200

1

200

2

200

3

200

4

200

5

200

6

200

7

Renda Per Capita PNAD PIB Per capita

* Deflacionado pelo INPC centrado no final do mês. (vide Neri 1995)

Fonte: Banco Central, IPEA e IBGE.

Medida de Bem-Estar Social de Sen

A fim de fornecer uma síntese final, acoplamos os efeitos da média e da

desigualdade numa função bem-estar social simples proposta por Amartya

Sen, Prêmio Nobel de Economia. Essa função multiplica a renda média pela

medida de equidade, dada por um menos o índice de Gini (isto é: Média * (1 –

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Gini)). Logo, a desigualdade funciona como um fator redutor de bem-estar em

relação ao nível da renda média. Por exemplo, a renda média de 526,27 reais

mensais por brasileiro seria o valor do bem-estar social segundo a medida

simples de Sen, se a equidade fosse plena. Mas na verdade corresponde a

44,51% deste valor, 234,40 reais, dada a extrema desigualdade atual brasileira.

O deságio era ainda maior quando o índice era apenas 40,43% da renda média

em 2001, antes do início da redução da desigualdade. Apresentamos na tabela

abaixo, a evolução ano a ano da média de renda, da desigualdade de renda e

da combinação das duas, dada por essa medida de Bem-estar.

O gráfico demonstra crescimento de renda média e da medida sintética

de bem-estar de Sen de 1993 até 1998 (medidos a preços constantes de

2007), com ênfase no crescimento de 27% no período 1993 a 1995, quando a

renda média sofre forte recuperação e a desigualdade uma pequena redução.

No período de 2001 a 2007 há dominância do aspecto redistributivo na

determinação do Bem-estar. Como conseqüência do novo ciclo de melhora

distributiva nas duas frentes em 2004 o bem-estar recupera os níveis de 1998

em 2004 e sofre um crescimento de 7,6% em 2005 e 10,68% no quadriênio

2003 a 2007 – o qual, por sua vez, tem um crescimento de bem-estar de

31,09% desempenho comparável ao biênio do Real quando o mesmo sobe

27,12%, reforçando o paralelismo entre os episódios.

OBS: 1994 e 2000 são médias. Nesses anos a PNAD não foi a campo

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados da PNAD/IBGE

Renda - Brasil

344,93

363,35

453,35

460,55

464,31

471,72

445,01

453,78

471,44

514,62

526,27

428,67

442,12

455,12

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

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25

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

A variação acumulada da renda média e da desigualdade de renda

contidas no gráfico revela que os dois períodos em questão são marcados

tanto por aumentos do bolo, como por melhoras na sua distribuição. Enquanto

no período pós-real o maior componente foi o de crescimento, já no último

período o principal componente foi a redução da desigualdade de renda. A

última tabela sintetiza estes efeitos através da variação do índice de Miséria.

3. Miséria

Sucessivos trabalhos do Centro de Políticas Sociais (CPS/IBRE/FGV)

lançados na mesma época dos anos passados, imediatamente após o

lançamento dos microdados da PNAD, indicaram duas marcadas mudanças de

patamar de miséria: no biênio 1993-1995 a proporção de pessoas abaixo da

linha da miséria cai 18,47% e, no período 2003-06, a mesma cai 31,44%. Estes

dois episódios foram separados por um período de 10 anos de relativa

estabilidade da miséria apenas interrompidas em 1998 e 2002. O paralelo

existente entre os dois episódios de redução permanente de miséria, assim

como as flutuações transitórias ocorridas em anos eleitorais, podem ser

percebidos no gráfico abaixo:

Bem Estar - Brasil

143,76

142,88

181,62

183,35

185,53

188,64

180,83

183,47 20

3,65 22

5,40

234,41

178,81

189,35

187,26

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

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26

Miséria - % da População - Brasil

35,03

28,37

26,88

28,03

25,27

18,11

19,18

28,14

27,50

28,65

28,82

34,96

26,59

22,66

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

OBS: 1994 e 2000 são médias. Nesses anos a PNAD não foi a campo

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados da PNAD/IBGE

A novidade do gráfico deste ano é 2007, que dá seqüência às

conquistas observadas desde a recessão de 2003, mas desde então, também

constitui o ano isolado da série histórica, onde a miséria cai menos, 5,59%. Em

outubro de 2007, a proporção de miseráveis atinge 18,11% da população –

33,6 milhões de pessoas - com renda per capita inferior a 135 reais mensais (a

preços da grande São Paulo ou 127 reais a preços médios nacionais

ponderados pela população de cada estado).

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Apresentamos abaixo alguns resultados gerados a partir deste panorama de

forma simples e direta. Outras informações de renda e também acesso a itens

de consumo podem ser acessadas no site.

Proporção de Miseráveis - Renda de Todas as Fontes

População Total Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 34,96 35,03 28,65 28,82 28,37 26,88 28,14 27,5 26,59 28,03 25,27 22,66 19,18 18,11

Renda Familiar per Capita Média

População Total Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 344,93 363,35 453,35 460,55 464,31 471,72 445,01 453,78 455,12 428,67 442,12 471,44 514,62 526,27

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Metas do Milênio

Notem que as flutuações e tendências da insuficiência de renda

apontadas acima não são robustas para outras linhas de miséria para a linha

de 1U$S dia ajustada por paridade do poder de compra calculada a partir das

metas do milênio. Por exemplo, verificamos um aumento de 5,28% entre 2006

e 2007, com a extrema pobreza passando de 4,69% para 4,94% da

população4. Usamos o arcabouço das metas do milênio para considerar as

tendências de longo prazo da miséria e de seus determinantes.

Pobreza Extrema US$ 1 PPP Brasil

11,73

11,31

7,77

8,69

8,04

7,50 7,58 7,92

6,63

7,36

5,32

4,94

4,69

6,15

199

2

199

3

199

5

199

6

199

7

199

8

199

9

200

1

200

2

200

3

200

4

200

5

200

6

200

7

OBS: 1994 e 2000 são médias. Nesses anos a PNAD não foi a campo.

Fonte: CPS/FGV processando os microdados da PNAD/IBGE

4 Trabalhamos também com a linha de extrema pobreza ajustada por Paridade de Poder de Compra (PPP) que corresponde a R$ 47,6 a preços de hoje da grande São Paulo ajustada por diferenças regionais de custo de vida conforme o apêndice. Este mesmo procedimento de ajuste interno de preços e custos foi aplicado a linha do CPS que corresponde a R$ 124,63. Vide Ferreira, Lanjouw e Neri (2003). Cabe Frisar que 1994 e 2000 são médias os anos adjacentes. Nesses anos a PNAD não foi a campo.

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Conforme anunciamos no ano passado, o Brasil já havia cumprido a

primeira, e talvez mais conhecida, das 8 Metas do Milênio da ONU, referente à

redução da miséria extrema em 50% em 25 anos. Enquanto a queda

acumulada entre 1992 e 2005 havia sido de 54,61%, ao acrescentarmos 2006

à serie, temos uma redução acumulada de 58,54%, conforme o gráfico a seguir

ilustra5.

Variação Acumulada da Pobreza Extrema em Relação às Metas do Milênio - Brasil

-3,6%

-33,8%

-25,9%-31,5%

-36,1% -35,4%-32,5%

-37,3%

-47,6%

-54,6%-60,0% -57,9%

-43,5%

1993

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

OBS: 1994 e 2000 são médias. Nesses anos a PNAD não foi a campo.

Fonte: CPS/FGV processando os microdados da PNAD/IBGE

Voltando à linha de miséria proposta pelo Centro de Políticas Sociais

(CPS/IBRE/FGV) – mais elevada do que a ONU – observamos, portanto, uma

queda acumulada de 48,5% da respectiva insuficiência no período 1992 a

2006. Ainda não chegamos, mas estamos próximos da meia vida da miséria de

acordo com os dados da nova PNAD e a linha da FGV. A taxa média anual de

redução de miséria de 1992 a 2006 foi de -4,43% ao ano, que é quase o dobro

da taxa necessária para reduzir a extrema pobreza à metade em 25 anos - que

seria de 2,73% ao ano.

Dadas diferenças de horizontes de tempo envolvidas, vamos comparar

as estatísticas em termos de taxa de crescimento média anual, o que permitirá

5 Há três semanas a ONU anunciou o logro desta meta, confirmando o cumprimento antecipado pelo CPS.

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uma comparação direta com os resultados obtidos no último ano. Os 5,59% de

redução de miséria obtidos em 2006 sugerem, por exemplo, que na aritmética

das metas do milênio, avançamos no último ano o que, pelo acordo,

deveríamos avançar em 5,1 anos. Já a queda de miséria observada desde o

fim da recessão de 2003, atinge em média 11,8% ao ano, ou seja, cada ano do

período que chamamos aqui de Real do Lula, corresponde a 4,1 anos de

cumprimento do compromisso do milênio, enquanto no período do boom do

Real original (1993 a 1995) reduzimos a miséria em média, a 10,74% a cada

ano, o que corrobora o paralelismo dos dois episódios aqui explorado.

Da mesma forma que usamos Metas do Milênio para considerar as

tendências de longo prazo da miséria, aplicamos agora ciclos eleitorais para

entender algumas oscilações sociais visíveis a olho nu.

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Cenários Futuros de Miséria

Esta é uma seção tradicional nos nossos estudos anuais de miséria

lançados logo após a PNAD projetando para o ano seguinte. Em geral, tem-se

a esta altura as informações fechadas de dois trimestres de contas nacionais

(crescimento de 4,5% do PIB per capita de 6% de 12 meses até o segundo

trimestre), dados de mercado de trabalho metropolitano da PME e do Caged

(que descola para baixo da PNAD emprego formal mas muito para cima no

total de postos de trabalho gerados) cobrindo pelo menos o mesmo período,

que permitem a projeção do crescimento da PNAD. Entretanto, em 2005 e

2006, temos tido mais dificuldades de prever a tendência do produto, do que da

desigualdade.

A proporção de miseráveis no Brasil (indivíduos que vivem com menos

de R$ 135 por mês a preços de hoje da Grande São Paulo) cairá dos 18,11%

de 2007 para cerca de 17% em 2007, uma queda de 6,31%, se a renda per

capita nacional crescer 4% no ano. Se o crescimento de renda for similar ao de

2006 (cerca de 9%), a taxa de miséria cairá a 16% da população, queda de

11,5%.

A redução seria ainda maior se esse crescimento viesse de mãos dadas

com alguma redução da desigualdade. Se a expansão de 3% fosse combinada

com uma queda do índice de Gini. Por exemplo, partindo do nível médio de

renda e da distribuição de renda de 2007, um crescimento de cerca de 2%

como observado levaria a uma redução de pobreza cerca de 40% menor que a

observada. Traça-se o cenário de desigualdade escolhendo uma curva de

Lorenz de referência e fazendo a associação com índices sintéticos,

notadamente, mais com o índice de Gini que é o mais popular deles.

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Cenários de Miséria

Renda

Domiciliar Per Capita

% Miseráveis Variação

Brasil 526,27 18,11 0,00

Efeito Crescimento de

1% 531,53 17,73 -2,08%

2% 536,80 17,54 -3,12%

3% 542,06 17,25 -4,76%

4% 547,32 16,97 -6,31%

5% 552,59 16,76 -7,43%

6% 557,85 16,59 -8,36%

7% 563,11 16,40 -9,46%

8% 568,37 16,21 -10,48%

9% 573,64 16,03 -11,48%

10% 578,90 15,85 -12,45%

11% 584,16 15,66 -13,51%

12% 589,42 15,49 -14,44%

13% 594,69 15,31 -15,45%

14% 599,95 15,16 -16,26%

15% 605,21 14,99 -17,21%

16% 610,48 14,89 -17,75%

17% 615,74 14,73 -18,68%

18% 621,00 14,54 -19,73%

19% 626,26 14,35 -20,75%

20% 631,53 14,20 -21,58%

21% 636,79 13,98 -22,82%

22% 642,05 13,75 -24,06%

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados da PNAD/IBGE

Custo da Erradicação da Miséria

Uma outra medida útil no desenho de políticas públicas é o hiato de

renda (P1). Isto é, quanto de renda falta, em média, aos miseráveis para que

eles consigam satisfazer suas necessidades básicas no mercado. Utilizando

como base nossa linha de insuficiência de renda, o déficit médio expresso em

termos monetários de cada brasileiro miserável seria R$ 53,61 mensais a

preços médios do Brasil - o que volta ao nível acima àquele anterior a 2004,

quando o mesmo era a preços constantes R$ 52,32. Em 2006 a mesma

estatística era R$ 50,6. Os dados indicam um aprofundamento da severidade

da miséria (captada pelo indice conhecido P2 – vide todas as estatística no

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panorama da evolução no site abertos por todas as categorias sócio

demográficas no período de 1992 a 2007) contrapondo-se à sua menor

extensão (p0). Os dados de redução de renda do primeiro décimo e de

aumento da proporção de pessoas com rendas muito baixas medidas na linha

de pobreza indicam que os ganhadores foram grupos médios.

Voltando ao cálculo de 2007, como só uma parte dos brasileiros está

abaixo da linha, os dados mostram que seriam necessários R$ 9,71 em média,

por pessoa, para aliviar totalmente a pobreza no Brasil, totalizando um custo de

R$ 1.776 bilhões mensais e R$ 21,3 no ano. As informações revelam quanto

custaria para completar a renda de cada brasileiro até a linha de R$ 127

nacional (ou 135 reais a preços da grande SP), ou seja, o menor valor das

transferências suficientes para içar cada miserável até o piso de suas

necessidades básicas. Este exercício não deve ser lido como uma defesa de

determinadas políticas específicas, mas como uma referência ao custo de

oportunidade social da adoção de políticas desfocadas. O dado é útil para

traçar o alvo das políticas e organizar suas fontes de financiamento.

Transferências Mínimas para Erradicar a Miséria

R$ pessoa R$ total mês R$ total anoR$ não

miserávelR$ miserável

Brasil 2007 9,71 1,805,836,942 21,670,043,298 11,85 53,61

Brasil 2006 9,77 1,790,895,712 21,490,748,544 12,11 50,58

Brasil 2007 186029533 18,11 33.686.228 7,8643 5,08

Brasil 2006 183305600 19,32 35.405.477 7,9609 4,8338Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados da amostra da PNAD/IBGE.

Notas: Membros efetivos do domicílio. * Hiato Médio de Miséria.

** Hiato Quadrático Médio de Miséria; #Participação no Total da Miséria.

P1* P2**AnoPopulação

TotalTaxa de Miséria

População Miserável

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Simuladores de Renda, Miséria e Nova Classe Média ( Classe C)

http://www3.fgv.br/ibrecps/RETCM/SIM_PNAD_port/renda.htm

Um sistema de simuladores de probabilidades foi desenvolvido, a partir de modelos

multivariados aplicados a variáveis de interesse contínuas (ex: renda) ou discretas (eg.

probabilidade de estar abaixo da linha da miséria) ou pertencer à nova classe média,

controlado por atributos individuais e geográficos derivados de microdados. Os resultados

estimados permitem identificar, por exemplo, vários fatores relativos a renda, a insuficiência

de renda e seus impactos. Uma vez encontrados, todos esses fatores são sintetizamos num

único indicativo de probabilidade. Este exercício permite, de forma amigável e interativa,

calcular a probabilidade de um indivíduo, dadas as suas características sócio-demográficas,

geográficas e econômicas, ser ou não pobre.

Ferramenta utilizada para simular probabilidades, através da combinação de seus

atributos. Para isso, selecione as suas características no formulário abaixo e clique em

Simular.

Os gráficos apresentados mostram, na ordem:

- os valores médios de renda

- as probabilidades de estar ou não abaixo da linha da miséria

- probabilidade de pertencer a classe média

Uma das barras representa o Cenário Atual, com o resultado segundo as características selecionadas; a outra Cenário Anterior apresenta a simulação anterior.

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4. A Nova Classe Média

Definição de Classes Econômicas

Ao contrário de análises da distribuição de renda relativa, onde

mapeamos a parcela relativa de cada grupo na renda total, nos fixamos aqui na

parcela da população que está dentro de determinados parâmetros fixados

para todo o período. Ou seja, estamos preocupados com a renda absoluta de

cada pessoa. A presente abordagem é similar àquela usada na análise de

pobreza absoluta; só que estamos preocupados também com outras fronteiras,

como aquelas que determinam a entrada na classe média e a saída deste

grupo para a classe alta. Fazendo uma analogia, na análise distributiva relativa,

estamos num gráfico de pizza de tamanho fixo de 100% onde para um grupo

ganhar, outro tem de diminuir. Na análise absoluta aqui utilizada, além da

dança distributiva, o tamanho de pizza pode mudar. O que está por trás do

resultado, é que além daqueles com renda mais baixa terem se apropriado de

uma maior parcela relativa da pizza (a redução da desigualdade), a mesma

aumentou de tamanho (o crescimento). Passou, digamos, de um tamanho

brotinho para média. Na presente análise, estamos preocupados não só com a

parcela relativa, mas com a quantidade de pizza apropriada por cada estrato da

sociedade.

A Classe C é a classe central, abaixo da A e B e acima da D e E. A fim

de quantificar as faixas, calculamos a renda domiciliar per capita do trabalho e,

depois, a expressamos em termos equivalentes de renda domiciliar total de

todas as fontes. Definidas no estudo divulgado anteriormente, a faixa C central

está compreendida entre os R$ 1064 e os R$ 4561 a preços de hoje na grande

São Paulo. A nossa classe C está compreendida entre os, imediatamente,

acima dos 50% mais pobres e os 10% mais ricos na virada do século6.

Heuristicamente, os limites da classe C seriam as fronteiras para o lado indiano

e para o lado belga da nossa Belíndia. Investigamos aqui as migrações entre 6 O status relativo de renda dos 10% mais altos vis a vis o resto da distribuição era segundo os estudos de David Lam e Ricardo Paes de Barros o que diferencia a concentração de renda no Brasil frente à de outros países, como os Estados Unidos que não é um país particularmente igualitário. Esta parte da seção está baseada na nossa pesquisa anterior sobre Classe Média (www.fgv.br/cps/classemedia )

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estes diferentes Brasis. A nossa classe C aufere em média a renda média da

sociedade, ou seja, é classe média no sentido estatístico. A classe C ela é a

imagem mais próxima da média da sociedade brasileira. Dada desigualdade, a

renda média brasileira é alta em relação aos estratos inferiores da distribuição.

Na comparação com o resto do mundo: 80% das pessoas no mundo

vivem em países com níveis de renda per capita menores que o brasileiro. A

distribuição de renda no Brasil é próxima daquela observada no mundo. Temos

uma renda ajustada por paridade de poder de compra (PPC) similar à mundial

e o Gini interno é similar àqueles observado entre o PIB per capita PPC entre

países. Ou seja, a nossa classe média não seria diferente daquela observada

no mundo usando os mesmos métodos. Talvez por isso, o estudo mais recente

sobre classe média mundial da Goldman Sachs (“The Expanding Middle”) gere

resultados próximos a nossa classe C, vulgo média: R$ 859 a R$ 4296 deles

contra R$ 1064 a R$ R$ 4591 nosso, ambos expressos em reais da Grande

São Paulo de hoje. Outros estudos internacionais variam bastante a definição

de Classe Média de R$ 115 a R$ 516 no trabalho de Barnajee & Duflo do MIT

de 2007 até R$ 2435 a R$ 10025 do Banco Mundial (Global Economic

Prospects de 2007) Este último mais próximo da definição da classe média em

países desenvolvidos, segundo o estudo da Goldman Sachs. A nossa classe C

está dentro dos limites deles que variam muito entre si. Alguns olham para a

nossa classe C e a enxergam como média baixa, e para a nossa classe B e a

enxergam como classe média alta. O mais importante é ter um critério

consistente definido. De toda forma, aquele pertencente à nossa classe A, que

se julgam classe média, procure as palavras Made in USA atrás de seu

espelho. Segundo o nosso estudo anterior que usa a PME a parcela da Classe

C subiu 22,8% de abril de 2004 a abril de 2008, neste mesmo período a nossa

Classe A & B subiu 33,6%. Portanto para quem acha classe média mais rica

que a nossa classe C, a conclusão que a classe média cresceu não é afetada,

pelo contrário. Transformando uma longa estória abaixo descrita em números

objetivos, temos abaixo os limites das Classes Sociais medidas em renda

domiciliar (total e per capita) de todas as fontes por mês:

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* inclusive - calculada a partir da renda per capita e convertida

www.fgv.br/cps

Inferior* SuperiorClasse E 0 135Classe D 135 282Classe C 282 1218Classes A e B 1218

* inclusive

Definição das Classes Econômicas

Renda Domiciliar Per Capita de Todas as FontesPor Mês

Limites

Inferior* SuperiorClasse E 0 768Classe - D 768 1064Classe - C 1064 4591Classes – A e B 4591

Definição das Classes Economicas

Renda Domiciliar Total de Todas as FontesPor Mes

Limites

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Simulador de Classes Econômicas – Qual Classe é a s ua?

http://www.fgv.br/ibrecps/RETCM/Lorenz/index.htm

A definição desta nova classe média, ou classe C na pesquisa é aquela

cuja renda familiar total entre R$ 1064 e R$ 4591. Para aqueles que se acham

meio pobres para os parâmetros usados na pesquisa, aconselhamos,

pedagogicamente, usar o simulador disponibilizado no site para ver qual a

porcentagem da população está abaixo de você. Por exemplo, quem sofre com

os custos de morar na grande São Paulo e tem quatro pessoas em casa - que

é o tamanho médio dos domicílios na capital da garoa. Se a renda total da

família desta pessoa era de R$ 1064,00, 45,7% vivem abaixo dela. Este seria o

começo da classe C, vulgo nova classe média. Já, se a renda total da família

fosse de R$ 4591,00, esta população teria cerca de 92% dos brasileiros abaixo

de si. Preencha seus dados e veja na página seguinte qual é a porcentagem

da população brasileira que está em famílias mais pobres que a sua.

Simulador de Classe Econômica

(Descubra a % da população com renda abaixo da sua)

Renda Familiar Total (R$): 4.561,00

Número de Pessoas no Domicilio: 4

Estado: SP

Região: Metropolitana

Simular

Reiniciar

Fonte: CPS através do processamento dos microdados da PNAD 2007 - IBGE.

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Simulador de Classe Econômica

População abaixo de sua renda (%)

Cenário Anterior

Cenário Atual

Renda Familiar Total (R$): 1064

Renda Familiar Total (R$): 4561

Numero de Pessoas no Domicilio: 4

Numero de Pessoas no Domicilio: 4

Estado: SP Estado: SP

Região: Metropolitana

Região Metropolitana

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Medindo a Nova Classe Média

Nova Classe Média Classe C - % da População - Brasil

30,98

37,01

37,39

37,64 39

,85

47,06

41,96

38,69

32,52

36,74

36,52 38

,11

36,37

45,08

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Esta nova pesquisa da FGV sobre a nova classe média mostra, a partir,

dos microdados da PNAD recém-disponibilizados, que a emergência da

mesma é um fenômeno nacional que já vem desde antes do lançamento do

plano Real. A mesma atingia 30,9% da população brasileira em 1993, passa a

47,1% em 2007 com crescimento de 2,5% ao ano no período. Nos anos FHC,

ela cresce no ritmo histórico 2,5% ao ano; já no período Lula, a mesma passa a

crescer a 4% ao ano. No último ano, apesar do bolo dos brasileiros não ter

crescido muito, há mais fermento na fatia da Nova Classe Média que sobe

4,4%.

VARIAÇÃO ACUMULADA DA NOVA CLASSE MÉDIA TOTAL

2007 2007/2006 4,4%

Lula 2007/2002 21,6%

Lula I 2006/2002 16,5%

FHC 2002/1993 24,9%

FHC II 2002/1998 3,5%

FHC I 1998/1993 20,7%

Equidade 2007/2001 23,5%

Total 2007/1992 44,7%

VARIAÇÃO ANUAL DA NOVA CLASSE MÉDIA TOTAL

2007 2007/2006 4,4%

Lula 2007/2002 4,0%

Lula I 2006/2002 3,9%

FHC 2002/1993 2,5%

FHC II 2002/1998 0,9%

FHC I 1998/1993 3,8%

Equidade 2007/2001 3,6%

Total 2007/1992 2,5% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Apresentamos aqui, alguns resultados gerados a partir deste panorama

de forma simples e direta. Outras informações de renda e também acesso a

itens de consumo podem ser acessadas no site.

Nova Classe Média (Classe C)

População Total Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 32,52 30,98 36,52 36,74 37,01 37,39 36,37 38,11 38,69 37,64 39,85 41,96 45,08 47,06

Proporção de Empregados com Carteira de Trabalho

População Total Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 10,59 10,41 10,61 10,54 10,61 10,63 10,34 11,31 11,47 11,77 12,44 12,96 13,45 14,17

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Existem, pelo menos, duas perspectivas adicionais para se conceituar

Classe Média. Indicadores diversos indicam a ocorrência de um boom na

classe C: casa, carro, computador, crédito e carteira de trabalho estão todos

nos seus níveis recordes históricos. A primeira forma adicional de se definir as

classes econômicas E, D, C, B e A é pelo potencial de consumo. O Critério

Brasil usa acesso e número de bens duráveis (TV, rádio, lava-roupa, geladeira

e freezer, vídeo-cassete ou DVD), banheiros, empregada doméstica, e nível de

instrução do chefe de família. Este critério estima os pesos a partir de equação

minceriana de renda. Além de estarmos medindo isso, propomos conceituação

complementar para medir a evolução da nova classe média no Brasil também

do ponto de vista do produtor. Ou seja, da capacidade de manter de fato este

potencial de consumo ao longo do tempo. Este tipo de preocupação com

educação e inserção ocupacional consta em critérios aplicados na Inglaterra,

Portugal e Índia. O aspecto inovador da metodologia é a sua capacidade de

olhar para aspectos simbólicos da classe média, tais como a carteira de

trabalho, a entrada na universidade ou na era da informática, e a aliarmos ao

aspecto de status social ligado à demanda privada por bens que eram

monopólio do Estado como previdência, escola, saúde e crédito imobiliário.

Desde o seminal trabalho de Robert Hall de 1977 sabemos que o consumo

corrente contém informação sobre os padrões futuros de consumo, já a análise

da composição destas despesas, separando o hedonismo da capacidade de

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produção a um mesmo nível de despesas das pessoas é útil. Nos termos da

fábula de La Fontaine, há que se distinguirem as formigas das cigarras

consumistas.

Uma última forma de se conceituar classe média é pela análise das

atitudes e expectativas das pessoas. A sondagem do consumidor divulgada

pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas em bases

mensais para o Brasil segue nesta direção. Este tipo de abordagem foi

bastante desenvolvido nos anos 50 e 60 por George Katona, psicólogo

behaviorista que tinha no economista James Tobin, um de seus grandes

admiradores. Alguns autores definem classe média como aquela que tem um

plano bem definido de ascensão social para o futuro. Esta fábrica de realização

de sonhos individuais é o motor fundamental para conquista da riqueza das

nações. O combustível é o anseio de subir na vida; já o lubrificante, seria o

ambiente de trabalho e negócios. Complementarmente, propomos o Índice de

Felicidade Futura (IFF) desenvolvido por nós em projeto para o Banco Inter-

Americano de Desenvolvimento (BID) a partir de uma amostra de mais de 132

países cobertas pelos microdados do Gallup World Poll de 2006.

A Nova Classe Média é Metade Hoje

Incluindo este FGV apresentou dois estudos recentes que colocaram no mapa

de pesquisas sociais brasileiras a Nova Classe Média - leia-se a família de

Classe C que ganha entre R$ 1064 e R$ 4591 por mês a preços da Grande

São Paulo. No primeiro lançado em agosto baseado a classe média atingia

51,89% da população nas seis principais regiões metropolitanas, tendo

crescido respectivamente 6,18% no último ano e 22,% nos últimos 4 anos. No

segundo estudo, o primeiro com os microdados da PNAD 2007 do IBGE, fora o

IBGE lançado. A Nova Classe Média atingia 47,05% da população brasileira

em outubro de 2007, data de levantamento em campo dos dados. No conjunto

da metrópoles brasileiras a nova classe média era 50,35% em 2007. Segundo

Marcelo Neri, coordenador da pesquisa: ao projetarmos o crescimento de 6,2%

dos últimos 12 meses da primeira pesquisa com a abrangência nacional da

segunda pesquisa exatamente 50% da população brasileira está agora na

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Nova Classe Média, ou seja 93,8 milhões de brasileiros seriam Classe C no dia

de hoje.

O que é Classe Média?

Para aqueles que acham os limites da Classe C enquanto a Nova Classe

Media baixos,: ela está compreendida entre os imediatamente acima dos 50%

mais pobres e os 10% mais ricos na virada do século. A nossa classe C aufere

em média a renda média da sociedade, ou seja, é classe média no sentido

estatístico. Na comparação com o resto do mundo: 80% das pessoas no

mundo vivem em países com níveis de renda per capita menores que o

brasileiro. Ou seja, dada ela não é baixa nem no Brasil nem no resto do

mundoO estudo mais recente sobre classe média mundial da Goldman Sachs

gere resultados próximos a nossa classe C, vulga média: R$ 859 a R$ 4296

deles contra R$ 1064 a R$ R$ 4591 nosso, ambos expressos em reais da

Grande São Paulo de hoje. O mais importante é ter um critério consistente

definido. Agora a parcela da Classe C nas metrópoles subiu 22,8% de 2004 a

2008, neste mesmo período a nossa Classe A & B subiu 33,6%. Portanto para

quem acha classe média mais rica que a classe C da FGV, a conclusão que a

classe média cresceu não é afetada, pelo contrário. Outros indicadores

simbólicos indicam a ocorrência de um boom na classe média: casa, carro,

computador, crédito e carteira de trabalho estão todos nos seus níveis recordes

históricos. A questão agora é com a crise made in USA saber: até quando?

Em tempo

O site da pesquisa tem um simulador baseado na última PNAD que permite

você ao preencher com dados de sua renda familiar entre outros dados e ver

quantos brasileiros estão abaixo de você: http://www.fgv.br/cps/desigualdade/.

Bem vindos a BelÍndia!

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O Sonho Brasileiro Antes mesmo da discussão de quem é a nova classe média no Brasil surgir, o estudo da FGV dizia que ia lançar uma medida subjetiva de classe média. Classe média seria um estado de espírito de que a vida vai melhorar no futuro. Mostramos na pesquisa “Jovens, Educação, Trabalho e o Índice de Felicidade Futura” que entre 132 países, o brasileiro é aquele que apresenta maior expectativa de felicidade daqui a 5 anos. Numa escala de 0 a 10 reportada diretamente pelos entrevistados a nota media para a satisfação com a vida em 2011 era 8,78 no Brasil superando inclusive aos Estados Unidos (9º do ranking) e Dinamarca, líder mundial de felicidade presente, mas 3º do ranking de felicidade futura. O lanterninha é Zimbaue na África.

Futuro

brazil 8,78venezuela 8,52denmark 8,51ireland 8,32jamaica 8,25canada 8,14

Felicidade Futura (em cinco anos)População Total

Fonte: CPS/FGV Processando os Microdados do Gallup World Poll 2006 – Projeto BID pela FGV

Mais

zimbabwe 4,04

cambodia 4,86paraguay 5,04haiti 5,10

bulgaria 5,13ethiopia 5,22uganda 5,31

Futuro

Felicidade Futura (em cinco anos)População Total

Fonte: CPS/FGV Processando os Microdados do Gallup World Poll 2006 – Projeto BID pela FGV

Menos

N o t a M é d i a d e F e l i c i d a d e F u t u r a d o s j o v e n s

(

d e 0 a 1 0 , d a q u i a 5 a n o s

)4 . 5 - 6 , 56 . 5 - 7 . 57 . 5 - 8 . 58 . 5 - 99 - 1 0N o D a t a

FELICIDADE FUTURAJOVENS 15 A 29 ANOS

Fonte: CPS/FGV Processando os Microdados do Gallup World Poll 2006 – Projeto BID pela FGV

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Fontes de Renda

Desenvolvemos aqui, uma nova metodologia que decompõe o

crescimento da renda domiciliar per capita em diferentes fontes. Partimos da

relação entre a evolução anual per capita de cada tipo de renda, e ponderamos

pelo seu peso relativo de cada uma na composição de renda total. Repartimos

a renda dos indivíduos em cinco pedaços, conforme tabela abaixo.

Previdencia

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

Panorama das Mudanças de Renda

http://www.fgv.br/ibrecps/RETCM/RETCM_rendaPNAD/ind ex.htm . O sítio

da presente pesquisa disponibiliza um banco de dados interativo que permite a

cada um decompor e analisar os níveis e as mudanças de renda desde uma

perspectiva própria. Traçamos aqui um breve retrato de 2007 e de algumas das

mudanças observadas frente o ano anterior. É possível analisar o crescimento

da renda para diferentes anos e características sócio-econômicas, basta

acessar o site da pesquisa.

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PNAD 1992 a 2007

Apresentamos abaixo, a aplicação desta decomposição no âmbito

nacional. Começamos a análise pelo período coberto pela nova PNAD de 1992

a 2007. Houve um aumento da renda média auferida individualmente por cada

pessoa que passa de R$ 344,93 para R$ 526,27, um aumento de 2,86% ao

ano (a.a.) por pessoa, ou 52,65% no acumulado deste período. Agora o que

explica esta variação de renda. Em primeiro lugar e mais importante os fatores

trabalhistas com 71,16% de contribuição relativa no crescimento da renda.

Com 18,85%, a previdência (pó-piso), ou seja, renda previdenciária acima de 1

Salário Mínimo. O segundo tipo de renda da previdência (aquelas até 1 Salário

Mínimo) vem em seguida com 6,73%. Outras fontes como renda de bolsas e

outras rendas privadas contribuem relativamente com 0,93% e 2,34%,

respectivamente.

Previdencia

Ano Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96

1992 344,93 282,17 6,06 7,6 10,24 38,86

Taxa Crescimento Anual (%)

2,86% 2,42% 3,71% 1,17% 6,32% 4,66%

Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%)

100% 71,16% 2,34% 0,93% 6,73% 18,85%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

PNAD 2006 a 2007

A análise da última PNAD apresenta resultados ainda mais expressivos

com relação à variação da renda por vias trabalhistas. Rendas provenientes do

trabalho e da previdência foram as que impulsionaram o crescimento da renda

total que alcançou 2,26% na média, compensando as quedas apresentadas

pelas rendas de bolsas e outras transferências privadas. Em termos de

contribuição relativa, ou seja, levando em conta a participação de cada renda

no total, o trabalho alcançou o maior índice com patamar de 120,24%,

enquanto que outras rendas privadas contribuíram de forma negativa com o

crescimento da renda total (-18,61%).

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Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96

2006 514,62 390,11 12,63 11,12 23,83 76,92

Taxa Crescimento Anual (%)

2,26% 3,59% -17,18% -18,62% 7,72% 0,05%

Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%)

100% 120,24% -18,61% -17,75% 15,78% 0,34%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

A seguir apresentamos os resultados de 2007 comparados com

diferentes anos desde 2001. Essas informações podem ser processadas

através do Panorama de Decomposição da Renda, para diferentes grupos da

população, assim como outras combinações de período. Observamos

aumentos cada vez maiores de contribuição da renda do trabalho no total

(captada pela última linha das tabelas a seguir).

2001 a 2007 Previdencia

Ano Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96

2001 453,78 353,04 11,96 4,23 16,38 68,16

Taxa Crescimento Anual (%)

2,50% 2,28% -2,21% 13,51% 7,78% 2,04%

Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%)

100% 73% -2,40% 5,19% 11,56% 12,65%

2002 a 2007 Previdencia

Ano Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96

2002 455,12 351,58 12,2 5,88 17,97 67,49

Taxa Crescimento Anual (%)

2,95% 2,83% -3,03% 9,01% 7,39% 2,66%

Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%)

100% 75,15% -2,80% 4,01% 10,05% 13,59%

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2003 a 2007 Previdencia

Ano Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96

2003 428,67 328,02 10,57 4,59 18,96 66,54

Taxa Crescimento Anual (%)

5,26% 5,36% -0,26% 18,50% 7,87% 3,70%

Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%)

100% 78,62% -0,12% 3,80% 6,68% 11,03%

2004 a 2007

Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96

2004 442,12 336,93 10,96 7,04 18,62 68,56

Taxa Crescimento Anual (%)

5,98% 6,25% -1,54% 8,73% 11,30% 3,93%

Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%)

100% 80,07% -0,64% 2,34% 8% 10,24%

2005 a 2007

Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas

Transferências Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96

2005 471,44 357,62 11,94 8,33 21,2 72,34

Taxa Crescimento Anual (%)

5,66% 6,30% -6,40% 4,23% 10,04% 3,14%

Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%)

100% 84,96% -2,88% 1,33% 8,02% 8,57%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Dança Distributiva

Variação Anual da Renda Per Capita dos Brasileiros

Total 50% mais pobres 40% Médios 10% mais ricos

2007 2,26 4,23 3,98 -0,13

2006 9,16 11,99 9,66 7,85

2005 6,63 8,56 5,74 6,89

2004 3,14 8,34 4,13 0,68

2003 -5,81 -4,15 -4,67 -7,32

2002 0,30 3,65 0,34 -0,68

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE * incluindo as rendas zero

Part(%) - INFORMAÇÕES Total 50- 40 10+

1993 100,0% 13,0% 41,5% 45,6%

1995 100,0% 12,3% 40,1% 47,5%

1999 100,0% 12,6% 40,3% 47,1%

2001 100,0% 12,5% 40,2% 47,2%

2002 100,0% 13,0% 40,2% 46,8%

2003 100,0% 13,2% 40,7% 46,1%

2004 100,0% 13,9% 41,1% 45,0%

2005 100,0% 14,1% 40,8% 45,1%

2006 100,0% 14,5% 41,0% 44,5%

2007 100,0% 14,8% 41,7% 43,6%

* incluindo as rendas zero

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Retrato Distributivo 2007 Participação na Renda Total 2007 - Brasil

Nível por Grupos de Renda 2007 - Brasil

Fonte: CPS/FGV processando os microdados da PNAD/IBGE

526,3 540,7

155,3

2.178,9

Total 50- 40 10+

14,8%

41,7% 43,6%

50- 40 10+

* incluindo as rendas zero

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Conclusões

A presente pesquisa realizada tradicionalmente logo após a disponibilização

dos microdados da PNAD-IBGE, tem objetivo é informar a sociedade sobre o

seu desempenho recente em algumas dimensões econômicas, basicamente

indicadores sociais baseados em renda (pobreza, desigualdade, bem estar e

agora a nova Classe Média (Classe C)). A pesquisa foi lançada 24 horas

depois da liberação dos microdados, com texto, vídeo e banco de dados

interativo.

Faço o convite a explorar o conteúdo da pesquisa nosso através do endereço:

http://www.fgv.br/cps/desigualdade , que conta com um amplo banco de dados

interativo e amigável onde os caçadores de pérolas estatísticas podem

mergulhar em aguas razoavelmente límpidas e descobrir as suas.

Entre as estatísticas divulgadas são destacadas a redução da desigualdade de

renda iniciada na virada deste século. A queda acumulada desde 2001 é

comparável, em magnitude, ao famoso aumento da desigualdade dos anos 60

que colocou o Brasil no imaginário internacional como o pais da alta

desigualdade de renda. O ano 2007 pode ser encarado como uma síntese dos

resultados sociais alcançados nesta década. Tanto o crescimento da renda

(2,3%) quando as reduções de miséria (-5,6%) e desigualdade (- 0,0074 pontos

no Índice de Gini) alcançaram patamares próximos ao ritmo médio desde a

virada do século.

Dando seqüência ao estudo anterior que colocou no mapa de pesquisas

sociais brasileiras "A Nova Classe Média", a presente pesquisa mostra como

se deu a evolução deste grupo desde o início dos anos 90. A Nova Classe

Média atingia 47,05% da população brasileira em outubro de 2007, data de

levantamento em campo dos últimos dados da PNAD. A classe C é medida,

estatisticamente, como aquela entre os imediatamente acima dos 50% mais

pobres e os 10% mais ricos na virada do século. Ao projetarmos o crescimento

de 6,2% dos últimos 12 meses da primeira pesquisa com a abrangência

nacional da segunda pesquisa exatamente 50% da população brasileira está

agora na Nova Classe Média, ou seja 93,8 milhões de brasileiros seriam

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Classe C no dia de hoje. Mantemos a metodologia intacta e conseguimos fazer

a estimativa da PME cravar a da PNAD para regioes e periodos equivalentes".

Disponibilizamos também no site da pesquisa um simulador de renda para e

você saber qual a sua posição na pirâmide brasileira, acesse

http://www.fgv.br/ibrecps/RETCM/Lorenz/index.htm

Informações regionais indicam que se o Brasil fosse só o Sudeste teria sua

renda média diminuída em -0,11%, se fosse só Nordeste crescido 3,09% e se

fosse só Centro-Oeste 9,67% (efeito - boom de commodities agrícolas). Se o

Brasil fosse só metrópoles teria crescido 1,31% (1,68% aa) e só área rural

7,39% (7% aa). E o Mato Grosso do Sul com 15,3% foi o destaque positivo das

UFs no ano passado e o Rio de Janeiro o negativo com -5,8.

De maneira geral, 2007 se apresenta como o ano mais proximos da média da

década cuja principal característica é na nossa opinião a redução da

desigualdade de resultados (renda).

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Apêndice:

Regressão Logistica População com Renda familiar per capita abaixo da Linha CPS - Brasil -

1993/2007

Obs Parâmetro Categoria Estimativa Erro

Padrão Qui-Quadrado sig Razão

condicional

1 Intercept . 1.0944 0.0009 1391273 ** .

2 SEXO HOMEM . -0.0623 0.0003 47485.2 ** 0.93957

3 SEXO zMULHER . 0.0000 0.0000 . 1.00000

4 COR BRANCO . -0.6374 0.0003 4136750 ** 0.52867

5 COR zNBRANCO . 0.0000 0.0000 . 1.00000

6 IDADE 60 ou mais . -1.8814 0.0007 7044242 ** 0.15237

7 IDADE De 15 a 25 . -0.7002 0.0004 2947130 ** 0.49651

8 IDADE De 25 a 35 . -0.7525 0.0004 2899479 ** 0.47117

9 IDADE De 35 a 45 . -0.7368 0.0005 2352807 ** 0.47864

10 IDADE De 45 a 60 . -1.0583 0.0005 4257998 ** 0.34706

11 IDADE zzAté 15 anos . 0.0000 0.0000 . 1.00000

12 NEW Metropolitana . -1.2868 0.0005 7538314 ** 0.27615

13 NEW Urbana . -0.9963 0.0004 7169116 ** 0.36923

14 NEW zRural . 0.0000 0.0000 . 1.00000

15 TIPOSET Não subnormal . -0.5880 0.0007 669568 ** 0.55546

16 TIPOSET zSubnormal . 0.0000 0.0000 . 1.00000

17 CHAVMIG Migrou . -0.0087 0.0003 713.00 ** 0.99134

18 CHAVMIG zNão Migrou . 0.0000 0.0000 . 1.00000

19 ANO 07 . -0.9325 0.0003 1.026E7 ** 0.39355

20 ANO z1993 . 0.0000 0.0000 . 1.00000

21 UF AC . 0.6711 0.0028 57304.5 ** 1.95641

22 UF AL . 1.4804 0.0010 2118767 ** 4.39466

23 UF AM . 0.8171 0.0012 465675 ** 2.26388

24 UF AP . 0.8095 0.0026 97738.7 ** 2.24669

25 UF BA . 1.2896 0.0006 4618166 ** 3.63120

26 UF CE . 1.4794 0.0007 4453980 ** 4.39049

27 UF DF . 0.2451 0.0015 25020.2 ** 1.27769

28 UF ES . 0.4530 0.0011 174246 ** 1.57296

29 UF GO . 0.2292 0.0009 58894.4 ** 1.25762

30 UF MA . 1.4442 0.0008 3328525 ** 4.23865

31 UF MG . 0.6173 0.0006 1165032 ** 1.85383

32 UF MS . 0.2046 0.0014 21936.5 ** 1.22697

33 UF MT . 0.1124 0.0012 8252.60 ** 1.11901

34 UF PA . 0.9212 0.0009 1036551 ** 2.51231

35 UF PB . 1.4026 0.0009 2220273 ** 4.06564

36 UF PE . 1.4946 0.0007 4841851 ** 4.45749

37 UF PI . 1.3873 0.0010 1846380 ** 4.00414

38 UF PR . 0.1383 0.0008 32025.3 ** 1.14829

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Obs Parâmetro Categoria Estimativa Erro

Padrão Qui-Quadrado sig Razão

condicional

39 UF RJ . 0.5290 0.0006 664999 ** 1.69717

40 UF RN . 1.1872 0.0010 1320845 ** 3.27776

41 UF RO . 0.3944 0.0020 40320.0 ** 1.48352

42 UF RR . 0.4259 0.0036 13629.4 ** 1.53096

43 UF RS . 0.0864 0.0008 12311.8 ** 1.09020

44 UF SC . -0.5642 0.0012 226948 ** 0.56880

45 UF SE . 1.0654 0.0013 716272 ** 2.90200

46 UF TO . 0.7859 0.0016 253073 ** 2.19435

47 UF zzSP . 0.0000 0.0000 . 1.00000

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Regressão Logistica População com Renda familiar per capita abaixo de 1U$$ - PPP - Brasil -

1993/2007

Obs Parâmetro Categoria Estimativa Erro

Padrão Qui-Quadrado sig Razão

condicional

1 Intercept . -1.2312 0.0015 647843 ** .

2 SEXO HOMEM . -0.0437 0.0004 9923.80 ** 0.95726

3 SEXO zMULHER . 0.0000 0.0000 . 1.00000

4 COR BRANCO . -0.4136 0.0005 690516 ** 0.66124

5 COR zNBRANCO . 0.0000 0.0000 . 1.00000

6 IDADE 60 ou mais . -1.6996 0.0013 1757573 ** 0.18276

7 IDADE De 15 a 25 . -0.5982 0.0006 912336 ** 0.54979

8 IDADE De 25 a 35 . -0.5617 0.0007 667402 ** 0.57024

9 IDADE De 35 a 45 . -0.5150 0.0007 475360 ** 0.59751

10 IDADE De 45 a 60 . -0.7292 0.0008 836883 ** 0.48228

11 IDADE zzAté 15 anos . 0.0000 0.0000 . 1.00000

12 NEW Metropolitana . -1.0574 0.0007 2297361 ** 0.34735

13 NEW Urbana . -1.0401 0.0005 4003565 ** 0.35342

14 NEW zRural . 0.0000 0.0000 . 1.00000

15 TIPOSET Não subnormal . -0.2052 0.0012 29189.4 ** 0.81449

16 TIPOSET zSubnormal . 0.0000 0.0000 . 1.00000

17 CHAVMIG Migrou . -0.0644 0.0005 15382.5 ** 0.93767

18 CHAVMIG zNão Migrou . 0.0000 0.0000 . 1.00000

19 ANO 07 . -0.7946 0.0005 3076148 ** 0.45176

20 ANO z1993 . 0.0000 0.0000 . 1.00000

21 UF AC . 0.1346 0.0063 461.03 ** 1.14403

22 UF AL . 1.4286 0.0014 1027022 ** 4.17284

23 UF AM . 0.7792 0.0021 138311 ** 2.17980

24 UF AP . 0.8174 0.0045 32824.0 ** 2.26463

25 UF BA . 1.1744 0.0010 1471376 ** 3.23618

26 UF CE . 1.5004 0.0010 2071972 ** 4.48338

27 UF DF . 0.2261 0.0028 6533.26 ** 1.25368

28 UF ES . 0.6073 0.0018 116743 ** 1.83555

29 UF GO . 0.0477 0.0018 683.23 ** 1.04890

30 UF MA . 1.7187 0.0011 2468053 ** 5.57717

31 UF MG . 0.3586 0.0011 115761 ** 1.43136

32 UF MS . -0.0868 0.0028 944.02 ** 0.91687

33 UF MT . 0.0136 0.0023 34.00 ** 1.01367

34 UF PA . 0.5593 0.0017 103519 ** 1.74946

35 UF PB . 1.5002 0.0013 1280294 ** 4.48270

36 UF PE . 1.5144 0.0010 2189642 ** 4.54688

37 UF PI . 1.5812 0.0014 1361287 ** 4.86057

38 UF PR . -0.1258 0.0015 6767.15 ** 0.88177

39 UF RJ . 0.6719 0.0011 367817 ** 1.95792

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63

Obs Parâmetro Categoria Estimativa Erro

Padrão Qui-Quadrado sig Razão

condicional

40 UF RN . 1.1167 0.0015 525270 ** 3.05461

41 UF RO . 0.4910 0.0036 18981.4 ** 1.63392

42 UF RR . 0.4964 0.0067 5475.09 ** 1.64287

43 UF RS . -0.1327 0.0015 7548.66 ** 0.87572

44 UF SC . -0.5867 0.0023 62935.5 ** 0.55619

45 UF SE . 0.9778 0.0019 257225 ** 2.65871

46 UF TO . 0.5488 0.0026 44941.7 ** 1.73122

47 UF zzSP . 0.0000 0.0000 . 1.00000

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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64

Regressão Logistica População classe C - Brasil - 1993/2007

Obs Parâmetro Categoria Estimativa Erro

Padrão Qui-Quadrado sig Razão

condicional

1 Intercept . -2.2123 0.0009 6690716 ** .

2 SEXO HOMEM . 0.0454 0.0002 35865.8 ** 1.04649

3 SEXO zMULHER . 0.0000 0.0000 . 1.00000

4 COR BRANCO . 0.3538 0.0003 1813106 ** 1.42454

5 COR zNBRANCO . 0.0000 0.0000 . 1.00000

6 IDADE 60 ou mais . 1.1066 0.0005 5523071 ** 3.02418

7 IDADE De 15 a 25 . 0.5440 0.0004 2188652 ** 1.72282

8 IDADE De 25 a 35 . 0.5790 0.0004 2257383 ** 1.78426

9 IDADE De 35 a 45 . 0.5998 0.0004 2138635 ** 1.82169

10 IDADE De 45 a 60 . 0.7402 0.0004 3222742 ** 2.09628

11 IDADE zzAté 15 anos . 0.0000 0.0000 . 1.00000

12 NEW Metropolitana . 0.8046 0.0004 3396857 ** 2.23590

13 NEW Urbana . 0.7224 0.0004 3538831 ** 2.05936

14 NEW zRural . 0.0000 0.0000 . 1.00000

15 TIPOSET Não subnormal . 0.4440 0.0007 436093 ** 1.55895

16 TIPOSET zSubnormal . 0.0000 0.0000 . 1.00000

17 CHAVMIG Migrou . -0.0101 0.0003 1438.85 ** 0.98995

18 CHAVMIG zNão Migrou . 0.0000 0.0000 . 1.00000

19 ANO 07 . 0.6650 0.0002 7249646 ** 1.94452

20 ANO z1993 . 0.0000 0.0000 . 1.00000

21 UF AC . -0.5498 0.0025 48757.3 ** 0.57706

22 UF AL . -1.1203 0.0011 1013898 ** 0.32617

23 UF AM . -0.5448 0.0011 246896 ** 0.57997

24 UF AP . -0.4994 0.0023 46689.0 ** 0.60688

25 UF BA . -0.8903 0.0006 2564297 ** 0.41054

26 UF CE . -1.0515 0.0007 2306169 ** 0.34942

27 UF DF . -0.4173 0.0011 150029 ** 0.65884

28 UF ES . -0.2963 0.0009 107770 ** 0.74353

29 UF GO . -0.2236 0.0007 94833.7 ** 0.79966

30 UF MA . -1.0507 0.0008 1603786 ** 0.34968

31 UF MG . -0.3295 0.0004 561267 ** 0.71925

32 UF MS . -0.2380 0.0011 49502.6 ** 0.78823

33 UF MT . -0.1736 0.0010 31068.1 ** 0.84062

34 UF PA . -0.6893 0.0008 725919 ** 0.50190

35 UF PB . -1.0825 0.0010 1187686 ** 0.33876

36 UF PE . -1.0628 0.0007 2542159 ** 0.34548

37 UF PI . -0.9248 0.0011 718091 ** 0.39661

38 UF PR . -0.0331 0.0005 3768.30 ** 0.96744

39 UF RJ . -0.2603 0.0005 309065 ** 0.77082

40 UF RN . -0.7830 0.0010 578837 ** 0.45703

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65

Obs Parâmetro Categoria Estimativa Erro

Padrão Qui-Quadrado sig Razão

condicional

41 UF RO . -0.2084 0.0016 17781.6 ** 0.81186

42 UF RR . -0.2795 0.0029 9021.42 ** 0.75619

43 UF RS . 0.0668 0.0005 16211.7 ** 1.06912

44 UF SC . 0.4049 0.0007 326453 ** 1.49918

45 UF SE . -0.6995 0.0012 315892 ** 0.49684

46 UF TO . -0.5402 0.0015 128461 ** 0.58261

47 UF zzSP . 0.0000 0.0000 . 1.00000

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Equação do Log da Renda per CAPITA Brasil

Estimated Regression Coefficients

Parameter Estimate Standard

Error t Value Pr > |t|

Intercept 4.0045062 0.00752201 532.37 <.0001

SEXO HOMEM 0.0365372 0.00236375 15.46 <.0001

SEXO zMULHER 0.0000000 0.00000000 . .

COR BRANCO 0.4283549 0.00258091 165.97 <.0001

COR zNBRANCO 0.0000000 0.00000000 . .

IDADE 60 ou mais 0.7240531 0.00444453 162.91 <.0001

IDADE De 15 a 25 0.3062846 0.00345876 88.55 <.0001

IDADE De 25 a 35 0.4016294 0.00382231 105.07 <.0001

IDADE De 35 a 45 0.3981101 0.00415453 95.83 <.0001

IDADE De 45 a 60 0.5744342 0.00416986 137.76 <.0001

IDADE zzAté 15 anos 0.0000000 0.00000000 . .

NEW Metropolitana 0.8186618 0.00391723 208.99 <.0001

NEW Urbana 0.5715403 0.00345212 165.56 <.0001

NEW zRural 0.0000000 0.00000000 . .

TIPOSET Não subnormal 0.4286639 0.00563366 76.09 <.0001

TIPOSET zSubnormal 0.0000000 0.00000000 . .

CHAVMIG Migrou -0.0122598 0.00267114 -4.59 <.0001

CHAVMIG zNão Migrou 0.0000000 0.00000000 . .

ANO 07 0.4346915 0.00241823 179.76 <.0001

ANO z1993 0.0000000 0.00000000 . .

UF AC -0.1943310 0.01756216 -11.07 <.0001

UF AL -0.6429721 0.00997966 -64.43 <.0001

UF AM -0.2875820 0.00846839 -33.96 <.0001

UF AP -0.2696946 0.01789312 -15.07 <.0001

UF BA -0.5398174 0.00508271 -106.21 <.0001

UF CE -0.7630313 0.00589932 -129.34 <.0001

UF DF 0.1218778 0.00868392 14.03 <.0001

UF ES -0.1409838 0.00924654 -15.25 <.0001

UF GO -0.0884763 0.00610463 -14.49 <.0001

UF MA -0.7005611 0.00977732 -71.65 <.0001

UF MG -0.2561730 0.00446795 -57.34 <.0001

UF MS -0.0871484 0.00848514 -10.27 <.0001

UF MT -0.0357576 0.00817009 -4.38 <.0001

UF PA -0.4067198 0.00638544 -63.69 <.0001

UF PB -0.6458049 0.00894666 -72.18 <.0001

UF PE -0.7349138 0.00572742 -128.31 <.0001

UF PI -0.6257990 0.01022443 -61.21 <.0001

UF PR -0.1393968 0.00554400 -25.14 <.0001

UF RJ -0.1808318 0.00509335 -35.50 <.0001

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67

Estimated Regression Coefficients

Parameter Estimate Standard

Error t Value Pr > |t|

UF RN -0.5100666 0.00953577 -53.49 <.0001

UF RO -0.1637787 0.01157048 -14.15 <.0001

UF RR -0.1238126 0.02140401 -5.78 <.0001

UF RS -0.1040691 0.00523143 -19.89 <.0001

UF SC 0.0815937 0.00687774 11.86 <.0001

UF SE -0.4222788 0.00965293 -43.75 <.0001

UF TO -0.3066774 0.01037304 -29.56 <.0001

UF zzSP 0.0000000 0.00000000 . .

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Miséria e a Nova Classe Média

na Década da Igualdade*

(*leia-se: Processo de Equalização Recente de Renda)

NOVO SUPLEMENTO COM DADOS REGIONAIS DA PNAD

www.fgv.br/cps/desigualdade

Rio de Janeiro, 22 de Setembro de 2008

Centro de Políticas Sociais

Instituto Brasileiro de Economia

Fundação Getulio Vargas

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SUPLEMENTO COM DADOS REGIONAIS DA PNAD

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais puxaram para baixo a taxa de

crescimento anual do país no item renda domiciliar per capita.

O índice Brasil foi de 2,26% em 2007, numa comparação com o ano anterior.

Os três estados de maior PIB do Brasil tiveram resultados abaixo disso. São

Paulo cresceu apenas 1,02%; Minas foi um pouco melhor, 2,02%. E o Rio de

Janeiro, um desastre: queda de 5,8%. Fora dos três grandes, o melhor

resultado foi do Mato Grosso do Sul. A renda domiciliar per capita do estado

cresceu eloqüentes 15,3%. Apresentamos a seguir rankings regionais

construídos a partir do sítio da pesquisa (panorama):

Rankings Espaciais:

Rankings Regionais : Proporção de Miseráveis

Região

Miséria - 2007 Miséria (Variação - 2007/2006) Misér ia (Variação Anual - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Nordeste 34,21 1 Norte -1,35% 1 Nordeste -6,58%

2 Norte 21,98 2 Sudeste -2,94% 2 Sudeste -7,07%

3 Centro 13,03 3 Nordeste -6,40% 3 Norte -8,21%

4 Sudeste 11,57 4 Sul -9,28% 4 Centro -10,49%

5 Sul 8,02 5 Centro -10,01% 5 Sul -10,57% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Região Metropolitana

Miséria - 2007 Miséria (Variação - 2007/2006) Misér ia (Variação Anual - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Recife 25,06 1 Rio de Janeiro 28,02% 1 Rio de Janeiro 4,02%

2 Salvador 22,25 2 Salvador -1,29% 2 Porto Alegre -5,71%

3 Fortaleza 21,85 3 Porto Alegre -5,29% 3 Recife -6,03%

4 Belém 17,93 4 Fortaleza -6,22% 4 São Paulo -6,29%

5 Rio de Janeiro 14,71 5 São Paulo -7,81% 5 Salvador -7,09%

6 São Paulo 10,86 6 Recife -11,29% 6 Fortaleza -8,11%

7 Porto Alegre 10,03 7 Belo Horizonte -13,17% 7 Belo Horizonte -9,25%

8 Brasília 9,87 8 Brasília -16,36% 8 Belém -10,23%

9 Belo Horizonte 9,76 9 Belém -22,55% 9 Brasília -10,89%

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10 Curitiba 4,5 10 Curitiba -35,44% 10 Curitiba -18,27% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Estados

OBS: Região Norte não inclui a área Rural

Miséria - 2007 Miséria (Variação - 2007/2006) Misér ia (Variação Anual - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Maranhão 38,3 1 Amazonas 28,64% 1 Rio de Janeiro 2,25%

2 Alagoas 37,93 2 Rio de Janeiro 21,21% 2 Paraíba -6,00%

3 Piauí 37,05 3 Paraíba 8,68% 3 Amapá -6,25%

4 Ceará 34,2 4 Amapá 7,31% 4 Pernambuco -6,27%

5 Pernambuco 33,76 5 Rondônia 4,64% 5 Maranhão -6,29%

6 Bahia 33,5 6 Tocantins 2,74% 6 Sergipe -6,41%

7 Paraíba 33,19 7 Rio Grande do Sul -0,69% 7 Piauí -6,42%

8 Rio Grande do Norte 28,73 8 Acre -2,78% 8 Ceará -6,43%

9 Sergipe 28,59 9 Rio Grande do Norte -2,84% 9 Rio Grande do Norte -6,50%

10 Tocantins 25,51 10 Bahia -3,51% 10 Bahia -7,09%

11 Amazonas 23,94 11 Ceará -5,13% 11 Alagoas -7,15%

12 Pará 22,59 12 Sergipe -7,30% 12 Amazonas -7,57%

13 Amapá 21,72 13 Minas Gerais -7,37% 13 Rio Grande do Sul -7,76%

14 Acre 21,02 14 Piauí -7,56% 14 São Paulo -7,92%

15 Roraima 20,45 15 Pernambuco -8,19% 15 Rondônia -8,14%

16 Rondônia 15,1 16 São Paulo -9,04% 16 Acre -8,18%

17 Minas Gerais 14,59 17 Mato Grosso do Sul -10,72% 17 Tocantins -8,31%

18 Rio de Janeiro 14,17 18 Mato Grosso -11,50% 18 Pará -8,57%

19 Espírito Santo 14,07 19 Goiás -12,02% 19 Mato Grosso -9,47%

20 Mato Grosso 13,7 20 Pará -12,37% 20 Minas Gerais -10,22%

21 Goiás 11,86 21 Espírito Santo -12,61% 21 Distrito Federal -10,89%

22 Mato Grosso do Sul 11,16 22 Maranhão -13,41% 22 Mato Grosso do Sul -10,97%

23 Rio Grande do Sul 10,13 23 Alagoas -14,65% 23 Espírito Santo -11,12%

24 Distrito Federal 9,87 24 Paraná -15,32% 24 Roraima -11,60%

25 São Paulo 8,95 25 Distrito Federal -16,36% 25 Goiás -11,70%

26 Paraná 8,29 26 Roraima -16,56% 26 Paraná -11,98%

27 Santa Catarina 3,67 27 Santa Catarina -21,58% 27 Santa Catarina -16,29% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Tipo de Cidade

Miséria - 2007 Miséria (Variação - 2007/2006) Misér ia (Variação Anual - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Rural 37,09 1 Metrópole -3,77% 1 Metrópole -5,68%

2 Urbana 15,86 2 Urbana -5,20% 2 Rural -6,42%

3 Metrópole 13,52 3 Rural -7,30% 3 Urbana -8,42% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Rankings Regionais : A Nova Classe Média (Classe C)

Região

Classe C - 2007 Classe C (Variação - 2007/2006) Cla sse C (Variação - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Sul 60,36 1 Nordeste 9,08% 1 Nordeste 7,38%

2 Sudeste 54,46 2 Norte 4,26% 2 Norte 4,87%

3 Centro 47,72 3 Sul 3,84% 3 Centro 4,42%

4 Norte 39,13 4 Sudeste 3,48% 4 Sul 3,37%

5 Nordeste 30,03 5 Centro 1,58% 5 Sudeste 3,02% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Região Metropolitana

Classe C - 2007 Classe C (Variação - 2007/2006) Cla sse C (Variação - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Curitiba 60,7 1 Belém 9,80% 1 Belém 5,33%

2 Porto Alegre 56,42 2 Curitiba 6,45% 2 Fortaleza 5,27%

3 São Paulo 54,29 3 Fortaleza 5,31% 3 Salvador 4,42%

4 Belo Horizonte 54,11 4 Recife 5,16% 4 Recife 3,90%

5 Rio de Janeiro 51,43 5 Belo Horizonte 4,30% 5 Belo Horizonte 2,76%

6 Brasília 43,82 6 Porto Alegre 4,27% 6 Curitiba 2,68%

7 Belém 41,36 7 Salvador 3,38% 7 Porto Alegre 2,40%

8 Salvador 39,73 8 São Paulo 2,38% 8 São Paulo 2,03%

9 Fortaleza 37,49 9 Brasília 0,71% 9 Brasília 1,97%

10 Recife 35,86 10 Rio de Janeiro -2,04% 10 Rio de Janeiro 0,75% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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73

Estados

OBS: Região Norte não inclui a área Rural

Classe C - 2007 Classe C (Variação - 2007/2006) Cla sse C (Variação - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Santa Catarina 67,4 1 Alagoas 25,33% 1 Alagoas 10,28%

2 Rio Grande do Sul 58,53 2 Maranhão 17,11% 2 Tocantins 10,05%

3 Paraná 58,26 3 Piauí 14,37% 3 Maranhão 8,98%

4 São Paulo 57,67 4 Sergipe 10,06% 4 Ceará 8,44%

5 Rio de Janeiro 52,08 5 Bahia 8,69% 5 Piauí 7,63%

6 Goiás 51,31 6 Pará 7,71% 6 Bahia 7,42%

7 Minas Gerais 50,38 7 Rio Grande do Norte 7,52% 7 Roraima 6,92%

8 Espírito Santo 50,07 8 Pernambuco 6,51% 8 Rio Grande do Norte 6,79%

9 Mato Grosso do Sul 49,28 9 Espírito Santo 6,42% 9 Pernambuco 6,10%

10 Rondônia 48,39 10 Ceará 6,30% 10 Espírito Santo 5,90%

11 Mato Grosso 47,01 11 Minas Gerais 5,71% 11 Amapá 5,87%

12 Distrito Federal 43,82 12 Rondônia 4,92% 12 Amazonas 5,74%

13 Amapá 41,29 13 Tocantins 4,64% 13 Paraíba 5,35%

14 Amazonas 39,87 14 Santa Catarina 4,21% 14 Sergipe 5,33%

15 Roraima 38,65 15 Goiás 3,99% 15 Minas Gerais 5,23%

16 Tocantins 38,12 16 São Paulo 3,93% 16 Goiás 5,06%

17 Acre 37,51 17 Paraná 3,81% 17 Pará 4,96%

18 Pará 36,88 18 Rio Grande do Sul 3,65% 18 Paraná 4,07%

19 Sergipe 35,45 19 Roraima 2,85% 19 Mato Grosso do Sul 3,86%

20 Rio Grande do Norte 35,04 20 Distrito Federal 0,71% 20 Mato Grosso 3,81%

21 Bahia 31,13 21 Mato Grosso do Sul 0,37% 21 Rio Grande do Sul 3,23%

22 Ceará 29,87 22 Amazonas 0,35% 22 Rondônia 3,07%

23 Piauí 29,85 23 Rio de Janeiro -0,84% 23 Acre 2,73%

24 Pernambuco 29,45 24 Amapá -1,29% 24 São Paulo 2,68%

25 Paraíba 28,11 25 Acre -1,45% 25 Santa Catarina 2,52%

26 Maranhão 27,1 26 Paraíba -1,82% 26 Distrito Federal 1,97%

27 Alagoas 26,87 27 Mato Grosso -2,79% 27 Rio de Janeiro 1,00% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Tipo de Cidade

Classe C - 2007 Classe C (Variação - 2007/2006) Cla sse C (Variação - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

Metrópole 50,35 Metrópole 2,42% Metrópole 2,26%

Urbana 49,43 Urbana 5,04% Urbana 4,17%

Rural 30,56 Rural 7,53% Rural 9,41% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Rankings Regionais : Renda Domiciliar Per Capita

Região

Renda Per Capita - 2007 Renda Per Capita (Variação -

2007/2006) Renda Per Capita (Variação -

2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Sul 645,65 1 Centro 9,67% 1 Nordeste 4,35%

2 Sudeste 629,29 2 Sul 5,01% 2 Centro 4,12%

3 Centro 606,06 3 Nordeste 3,09% 3 Sul 4,09%

4 Norte 387,82 4 Norte 2,61% 4 Norte 2,95%

5 Nordeste 309,55 5 Sudeste -0,11% 5 Sudeste 1,96%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Região Metropolitana

Renda Per Capita - 2007 Renda Per Capita (Variação -

2007/2006) Renda Per Capita (Variação -

2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Brasília 1095,11 1 Curitiba 18,96% 1 Curitiba 4,60%

2 Curitiba 806,82 2 Belém 11,81% 2 Brasília 4,51%

3 São Paulo 736,69 3 Brasília 11,44% 3 Belém 3,55%

4 Porto Alegre 718,52 4 Salvador 6,02% 4 Belo Horizonte 3,39%

5 Rio de Janeiro 677,18 5 Fortaleza 2,02% 5 Salvador 2,59%

6 Belo Horizonte 661,29 6 Belo Horizonte 1,98% 6 Fortaleza 1,67%

7 Salvador 521,99 7 São Paulo 1,93% 7 Porto Alegre 1,19%

8 Belém 467,17 8 Porto Alegre -2,26% 8 Rio de Janeiro 1,10%

9 Recife 414,8 9 Recife -6,03% 9 São Paulo 0,79%

10 Fortaleza 397,28 10 Rio de Janeiro -6,70% 10 Recife 0,37% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Estados

OBS: Região Norte não inclui a área Rural

Renda Per Capita - 2007 Renda Per Capita (Variação -

2007/2006) Renda Per Capita (Variação -

2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Distrito Federal 1095,11 1 Mato Grosso do Sul 15,30% 1 Alagoas 7,38%

2 São Paulo 695,37 2 Distrito Federal 11,44% 2 Tocantins 6,47%

3 Santa Catarina 686,51 3 Goiás 11,35% 3 Piauí 6,24%

4 Paraná 645,7 4 Paraná 10,90% 4 Roraima 5,39%

5 Rio de Janeiro 641,15 5 Piauí 10,67% 5 Paraná 5,27%

6 Rio Grande do Sul 623,35 6 Tocantins 9,40% 6 Santa Catarina 5,19%

7 Mato Grosso do Sul 596,89 7 Pará 7,33% 7 Mato Grosso do Sul 5,08%

8 Goiás 528,98 8 Alagoas 6,79% 8 Maranhão 4,98%

9 Espírito Santo 525,45 9 Rio Grande do Norte 5,77% 9 Paraíba 4,90%

10 Minas Gerais 498,72 10 Amapá 5,74% 10 Rio Grande do Norte 4,89%

11 Acre 498,24 11 Acre 5,62% 11 Bahia 4,84%

12 Mato Grosso 468,72 12 Paraíba 4,91% 12 Goiás 4,55%

13 Rondônia 461,66 13 Espírito Santo 4,26% 13 Distrito Federal 4,51%

14 Roraima 394,9 14 Ceará 4,21% 14 Sergipe 4,30%

15 Amapá 386,62 15 Bahia 4,14% 15 Amazonas 4,09%

16 Amazonas 382,25 16 Sergipe 2,20% 16 Minas Gerais 3,85%

17 Tocantins 376,99 17 Santa Catarina 2,20% 17 Ceará 3,45%

18 Pará 366,15 18 Minas Gerais 2,02% 18 Amapá 3,29%

19 Rio Grande do Norte 362,11 19 Rio Grande do Sul 1,37% 19 Espírito Santo 3,05%

20 Sergipe 346,26 20 Amazonas 1,11% 20 Pará 2,57%

21 Paraíba 340,34 21 São Paulo 1,02% 21 Rio Grande do Sul 2,41%

22 Piauí 320,36 22 Maranhão -0,23% 22 Rondônia 2,18%

23 Bahia 317,29 23 Mato Grosso -1,61% 23 Pernambuco 2,05%

24 Alagoas 307,76 24 Pernambuco -2,80% 24 Acre 2,05%

25 Pernambuco 305,83 25 Rio de Janeiro -5,80% 25 São Paulo 1,54%

26 Ceará 290,19 26 Roraima -7,22% 26 Rio de Janeiro 1,18%

27 Maranhão 262,94 27 Rondônia -10,03% 27 Mato Grosso 0,70% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Tipo de Cidade

Renda Per Capita - 2007 Renda Per Capita (Variação -

2007/2006) Renda Per Capita (Variação -

2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Metrópole 673,83 1 Rural 7,39% 1 Rural 7,00%

2 Urbana 510,95 2 Urbana 2,29% 2 Urbana 3,30%

3 Rural 251,23 3 Metrópole 1,31% 3 Metrópole 1,68% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Rankings Regionais : Renda Domiciliar Per Capita do Trabalho

Região

Renda Per Capita do Trabalho - 2007 Renda Per Capita do Trabalho

(Variação - 2007/2006) Renda Per Capita do Trabalho

(Variação - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Sul 494,86 1 Centro 11,05% 1 Sul 3,99%

2 Centro 494,64 2 Sul 5,97% 2 Nordeste 3,87%

3 Sudeste 486,18 3 Norte 4,16% 3 Centro 3,77%

4 Norte 324,14 4 Nordeste 2,27% 4 Norte 2,97%

5 Nordeste 219,91 5 Sudeste 1,84% 5 Sudeste 1,94%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Região Metropolitana

Renda Per Capita do Trabalho - 2007 Renda Per Capita do Trabalho

(Variação - 2007/2006) Renda Per Capita do Trabalho

(Variação - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Brasília 872,44 1 Curitiba 19,70% 1 Curitiba 4,71%

2 Curitiba 630,01 2 Belém 13,53% 2 Brasília 4,52%

3 São Paulo 608,29 3 Brasília 13,13% 3 Belo Horizonte 3,62%

4 Porto Alegre 541 4 São Paulo 5,83% 4 Belém 3,44%

5 Belo Horizonte 514,27 5 Salvador 4,75% 5 Salvador 3,19%

6 Rio de Janeiro 475,39 6 Belo Horizonte 4,09% 6 Fortaleza 1,87%

7 Salvador 408,59 7 Fortaleza 0,33% 7 Recife 1,16%

8 Belém 363,96 8 Porto Alegre -0,78% 8 Porto Alegre 1,14%

9 Recife 301,82 9 Recife -2,66% 9 Rio de Janeiro 0,99%

10 Fortaleza 298,17 10 Rio de Janeiro -4,18% 10 São Paulo 0,94% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Estados

OBS: Região Norte não inclui a área Rural

Renda Per Capita do Trabalho - 2007 Renda Per Capita do Trabalho

(Variação - 2007/2006) Renda Per Capita do Trabalho

(Variação - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Distrito Federal 872,44 1 Mato Grosso do Sul 15,08% 1 Alagoas 8,21%

2 São Paulo 557,23 2 Goiás 13,42% 2 Piauí 6,66%

3 Santa Catarina 537,18 3 Distrito Federal 13,13% 3 Tocantins 5,19%

4 Paraná 507,85 4 Paraná 10,86% 4 Paraná 5,12%

5 Mato Grosso do Sul 476,06 5 Piauí 10,74% 5 Santa Catarina 4,87%

6 Rio Grande do Sul 459,48 6 Acre 9,36% 6 Amazonas 4,81%

7 Rio de Janeiro 453,16 7 Rio Grande do Norte 8,86% 7 Goiás 4,75%

8 Goiás 437,24 8 Tocantins 8,49% 8 Sergipe 4,71%

9 Acre 416,56 9 Amapá 8,46% 9 Distrito Federal 4,52%

10 Mato Grosso 400,61 10 Pará 7,70% 10 Paraíba 4,43%

11 Espírito Santo 398,76 11 Alagoas 7,41% 11 Roraima 4,34%

12 Rondônia 397,98 12 Sergipe 6,53% 12 Rio Grande do Norte 4,22%

13 Minas Gerais 378,02 13 Amazonas 5,53% 13 Minas Gerais 4,08%

14 Amazonas 335,96 14 Espírito Santo 5,02% 14 Bahia 4,01%

15 Roraima 332,73 15 Minas Gerais 3,69% 15 Mato Grosso do Sul 4,00%

16 Amapá 330,49 16 Rio Grande do Sul 3,15% 16 Maranhão 3,54%

17 Tocantins 302,22 17 Santa Catarina 2,90% 17 Acre 3,24%

18 Pará 294,72 18 São Paulo 2,69% 18 Ceará 2,99%

19 Sergipe 267,31 19 Ceará 2,62% 19 Espírito Santo 2,81%

20 Rio Grande do Norte 262,42 20 Bahia 1,73% 20 Pará 2,37%

21 Bahia 229,33 21 Paraíba 1,44% 21 Rio Grande do Sul 2,36%

22 Paraíba 226,86 22 Mato Grosso 0,50% 22 Amapá 2,32%

23 Alagoas 222,62 23 Pernambuco -1,11% 23 Rondônia 1,83%

24 Piauí 215,84 24 Rio de Janeiro -3,20% 24 Pernambuco 1,82%

25 Pernambuco 213,51 25 Maranhão -3,57% 25 São Paulo 1,46%

26 Ceará 202,84 26 Roraima -8,91% 26 Rio de Janeiro 1,19%

27 Maranhão 190,48 27 Rondônia -9,20% 27 Mato Grosso -0,09% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Tipo de Cidade

Renda Per Capita do Trabalho - 2007 Renda Per Capita do Trabalho

(Variação - 2007/2006) Renda Per Capita do Trabalho

(Variação - 2007/2002)

Categoria 2007 Categoria 2007/2006 Categoria 2007/2002

1 Metrópole 523,7 1 Rural 6,10% 1 Rural 5,56%

2 Urbana 394,43 2 Metrópole 4,07% 2 Urbana 3,15%

3 Rural 170,86 3 Urbana 2,85% 3 Metrópole 1,81% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Banco de Dados Completo no Site:

1. Panorama do Nível e da Evolução Social – De 1992 a 2007.

http://www.fgv.br/ibrecps/RETCM/RETCM_basicoPNAD/index.htm

O lançamento dos dados da PNAD é o momento quando a sociedade se debruça sobre uma

espécie de espelho vê a sua cara e avalia os seus avanços e percalços. O panorama

disponível no site da pesquisa apresenta a evolução temporal de diferentes indicadores como

miséria, classe C e renda média (entre outros indicadores) desde o início da década de 90.

Apresentamos aqui alguns resultados regionais gerados a partir deste panorama de forma

simples e direta. Outras informações de renda podem ser acessadas no site.

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• Proporção de Miseráveis - Renda de Todas as Fontes

Proporção de Miseráveis - Renda de Todas as Fontes

População Total

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Total 34,96 35,03 28,65 28,82 28,37 26,88 28,14 27,5 26,59 28,03 25,27 22,66 19,18 18,11

Proporção de Miseráveis - Renda de Todas as Fontes

Região Geográfica

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Norte 39,96 38,71 30,23 32,4 33,47 33,15 33,88 32,52 33,73 35,51 28,93 25,79 22,28 21,98

Nordeste 59,57 60,46 51,68 52,65 52,62 48,77 50,59 49,05 48,09 49,83 46,29 42,47 36,55 34,21

Sudeste 22,38 23,5 16,99 16,71 16,48 16,37 17,09 17,72 16,69 18,38 16,66 14,11 11,92 11,57

Sul 22,8 20,18 17,6 16,87 16,65 15,69 17,2 15,36 14,02 13,78 12,17 11,26 8,84 8,02

Centro 33,63 30,23 27,25 27,55 25,02 22,99 25,09 23,25 22,68 24,65 19,66 18,26 14,48 13,03

Proporção de Miseráveis - Renda de Todas as Fontes

Região Metropolitana

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Pará 31,25 30,73 20,07 26,35 25,18 26,7 29,25 32,56 30,76 33,47 27,22 26,42 23,15 17,93

Ceará 39,5 41,64 31,55 33,4 32,81 31,89 35,24 35,83 33,36 36,83 34,24 28,41 23,3 21,85

Pernambuco 43,31 45,51 31,95 35,91 34,41 36,87 35,14 33,98 34,2 39,21 36,55 32,19 28,25 25,06

Bahia 33,48 38,6 32,3 33,37 30,58 27,96 32,07 31,69 32,13 36,93 32,17 27,91 22,54 22,25

Minas Gerais 23,32 24,33 14,54 16,63 15,24 16,79 16,66 16,5 15,86 17,67 16,47 13,2 11,24 9,76

Rio de Janeiro 15,01 19,28 12,35 12,74 12,36 12,08 12,23 15,59 12,08 16,72 15,5 13,07 11,49 14,71

São Paulo 15,72 14,65 9,44 9,5 10,68 11,65 13,55 15,33 15,03 17,65 16,27 13,05 11,78 10,86

Paraná 20,64 15,87 10,23 6,57 10,47 11,03 13,14 12,26 12,34 14,08 10,76 9,49 6,97 4,5 Rio Grande do Sul 16,16 19,23 12,42 13,53 13,64 12,01 13,87 12,25 13,46 14,24 12,46 11,38 10,59 10,03

Distrito Federal 21,14 19,76 13,04 16,02 12,79 13,4 16,79 17,46 17,57 20,41 17,13 14,46 11,8 9,87

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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80

Proporção de Miseráveis - Renda de Todas as Fontes Estado

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Rondônia 33,7 27,93 23,87 22,01 22,04 15,83 18,92 25,49 23,09 23,93 16,57 20,86 14,43 15,1 Acre 32,3 33,25 23,02 27,68 28,21 25,05 32,01 31,74 32,21 32,52 33,26 29,07 21,62 21,02 Amazonas 41,65 41,24 30,69 28,25 32,86 39,94 38,33 35,39 35,49 36,3 29,36 21,61 18,61 23,94 Roraima 15,82 20,7 9,5 15,35 12,12 22,42 16,35 28,37 37,88 32,73 41,15 37,83 24,51 20,45 Pará 43,14 41,61 34,29 40,34 38,28 34,86 35,69 34,66 35,36 37,8 29,45 27,95 25,78 22,59 Amapá 35,63 39,49 24,2 22,14 36,84 35,13 39,33 15,49 29,99 36,86 35,12 24,46 20,24 21,72

Tocantins 60,31 48,09 52,31 52,03 51,94 44,22 42,89 38,12 39,36 39,04 33,55 30,78 24,83 25,51 Maranhão 69,76 69,3 61,59 59,02 64,48 58,99 58,55 53,53 52,99 55,68 53,15 49 44,23 38,3 Piauí 69 65,62 56,69 59,26 61,66 55,97 58,07 51,12 51,62 52,01 48,54 46,47 40,08 37,05 Ceará 61,81 59,95 52,55 53,26 53,19 50,5 51,39 48,33 47,67 48,02 47,28 43,47 36,05 34,2 Rio Grande do Norte 55,78 56,49 45,57 45,14 43,95 41,92 43,66 41,83 40,2 43,36 39,74 35,03 29,57 28,73 Paraíba 59,93 59,38 46,68 49,06 47,88 44,31 45,37 49,1 45,22 47,28 45,58 39,18 30,54 33,19 Pernambuco 55,19 57,2 45,12 47,71 47,65 44,41 47,62 47,48 46,66 49,37 45 41,89 36,77 33,76 Alagoas 53,41 62,66 52,52 53,95 51,76 49,09 52,92 54,27 54,97 57,66 53,88 50,12 44,44 37,93 Sergipe 51,66 51,93 51,51 47,68 47,87 42,75 47,15 43,83 39,82 41,58 36,91 35,81 30,84 28,59

Bahia 57,7 59,62 52,33 54,02 52,19 47,88 49,72 49,13 48,39 49,63 44,26 40,24 34,72 33,5 Minas Gerais 36,61 38,07 29,5 28,61 27,96 27,52 27,71 25,87 25,01 25,09 22,85 19,32 15,75 14,59 Espírito Santo 39,65 38,11 29,22 30,1 28,68 27,37 26,66 29,56 25,37 27,34 23,09 20,37 16,1 14,07 Rio de Janeiro 17,32 22,36 15,33 15 14,69 14,45 14,35 16,19 12,68 16,87 15,56 13,71 11,69 14,17 São Paulo 15,95 15,58 10,51 10,48 10,6 10,81 12,25 13,41 13,52 14,99 13,58 11,27 9,84 8,95 Paraná 30,36 24,74 21,97 19,12 19,3 18,39 20,3 18,43 15,69 15,96 12,89 13,04 9,79 8,29 Santa Catarina 19,32 15,92 13,65 14,06 12,25 12,19 14,01 9,93 8,93 8,29 8,22 6,35 4,68 3,67 Rio Grande do Sul 17,58 18,12 15,61 16,26 16,41 14,94 15,93 15,34 15,17 14,64 13,63 12,22 10,2 10,13 Mato Grosso do Sul 31,88 29,34 23,77 27,21 23,03 20,34 24,92 20,78 19,95 21,41 19,92 17,74 12,5 11,16 Mato Grosso 37,17 30,18 26,94 28,12 25,86 22,95 23,2 22,25 22,53 26,93 18,75 17,58 15,48 13,7 Goiás 31,37 30,65 28,8 26,28 24,07 23,02 25,28 23,7 22,1 23,25 17,82 17,46 13,48 11,86 Distrito Federal 21,14 19,76 13,04 16,02 12,79 13,4 16,79 17,46 17,57 20,41 17,13 14,46 11,8 9,87

Proporção de Miseráveis - Renda de Todas as Fontes Tipo de cidade

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Metrópole 21,01 22,16 15,07 15,92 15,84 16,18 17,6 19,04 18,11 21,25 19,2 16,22 14,05 13,52 Urbana 31,52 31,73 25,89 25,87 25,31 23,33 25,04 25,12 24,62 25,62 22,87 20,37 16,73 15,86 Rural 62,76 61,43 55,8 56,17 56 52,89 52,9 53,46 51,69 51,34 47,55 45,04 40,01 37,09

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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• Nova Classe Média (%) - Renda de Todas as Fontes

Nova Classe Média

População Total

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Total 32,52 30,98 36,52 36,74 37,01 37,39 36,37 38,11 38,69 37,64 39,85 41,96 45,08 47,06

Nova Classe Média

Região Geográfica

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Norte 27,86 26,74 32,79 30,85 30,86 31,61 30,65 31,5 30,85 28,44 32,47 35,47 37,53 39,13

Nordeste 15,65 14,82 18,45 18,26 18,14 18,83 18,64 20,73 21,03 20,09 21,22 23,53 27,53 30,03

Sudeste 41,52 38,11 46,49 46,8 46,9 46,93 45,35 45,96 46,94 45,2 47,57 50,24 52,63 54,46

Sul 41,78 42,86 44,65 46,44 46,42 47,27 45,99 50,73 51,15 51,98 54,47 54,87 58,13 60,36

Centro 29,9 31,1 35,29 34,7 36,61 36,61 36,06 37,87 38,44 38,11 41,48 42,39 46,98 47,72

Nova Classe Média

Região Metropolitana

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Pará 32,01 31,5 38,28 34,66 34,39 35,9 36,43 30,89 31,9 29,53 33,14 34,89 37,67 41,36

Ceará 25,44 23,99 30,27 28,5 30,31 29,53 26,45 29,85 29 27,39 27,93 32,19 35,6 37,49

Pernambuco 25,69 22,47 27,88 28,19 28,24 27,79 28,4 29,35 29,62 26,85 26,68 30,1 34,1 35,86

Bahia 30,32 26 30,76 29,76 32,17 34,54 30,18 31,36 32,01 27,51 31,26 34,12 38,43 39,73

Minas Gerais 37,85 36,36 43,54 42,85 46,64 43,8 42,48 44,08 47,23 42,41 46,45 50,03 51,88 54,11

Rio de Janeiro 47,88 40,45 48,4 48,1 49,41 49,48 50,68 48,68 49,54 47,27 48,01 50,39 52,5 51,43

São Paulo 46,84 46,21 55,5 54,59 54,55 52,01 48,63 48,18 49,11 46,77 48,82 51,06 53,03 54,29

Paraná 43,47 45,86 50,35 53,69 52,14 50,14 49,62 52,49 53,18 51,13 55,94 55,41 57,02 60,7

Rio Grande do Sul 47,05 41,75 48,01 48,53 51,18 49,66 46,81 51,55 50,11 49,72 53,1 52,45 54,11 56,42

Distrito Federal 39,87 38,66 46,11 43,15 45,54 41,93 40,48 39,93 39,75 37,99 38,77 41,87 43,51 43,82 Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Nova Classe Média

Estado Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Rondônia 30,22 36,61 37,92 38,73 41,05 47,92 40,96 37,31 41,61 38,06 44,67 41,63 46,12 48,39 Acre 36,16 31,94 41,87 28,2 39,98 39,22 34,97 33,06 32,78 34,27 28,25 33,02 38,06 37,51 Amazonas 29,68 23,92 35,81 35,37 31,66 29,15 28,68 32,23 30,16 27,17 33,25 37,78 39,73 39,87 Roraima 39,56 49,79 64,16 56,36 51,51 48,17 46,39 36,11 27,66 36,58 26,03 30,36 37,58 38,65 Pará 24,45 23,83 26 23,87 25,58 26,77 27,33 27,79 28,95 25,69 30,43 33,28 34,24 36,88 Amapá 30,69 27,66 40,73 38,73 30,17 33,25 33,59 47,66 31,05 32,08 31,93 38,61 41,83 41,29 Tocantins 14,73 20,85 18 19,32 17,47 21,47 21,81 26,63 23,62 28,08 30,48 30,38 36,43 38,12 Maranhão 10,54 11,36 13,37 15,48 12,93 12,86 14,93 16,76 17,63 16,98 16,95 18,91 23,14 27,1 Piauí 10,21 13,34 14,45 15,76 15,09 16,41 15,76 19,42 20,67 19,04 18,7 21,53 26,1 29,85 Ceará 14,71 14,05 18,53 16,97 18,03 18,31 16,45 21,18 19,92 19,51 20,33 23,03 28,1 29,87 Rio Grande do Norte 18,15 17,64 23,12 20,89 20,49 22,56 22,86 26,23 25,23 23,78 25,03 26,91 32,59 35,04 Paraíba 15,39 15,35 20,15 19,25 19,29 20,54 21,59 20,35 21,66 22,94 22,19 24,95 28,63 28,11 Pernambuco 17,27 15,97 20,63 20,5 20,5 21,31 20,54 22,19 21,9 20,52 21,31 23,71 27,65 29,45 Alagoas 18,05 13,04 18,14 18,8 19,1 18,09 18,63 17,15 16,47 15,94 16,94 18,86 21,44 26,87 Sergipe 21,29 20,45 19,51 21,83 21,11 21,67 20,16 23,41 27,34 26,51 28,51 30,36 32,21 35,45 Bahia 16,82 15,25 18,6 17,93 18,25 19,23 19,06 20,94 21,76 20,24 22,94 25,13 28,64 31,13 Minas Gerais 29,29 27 33,63 34,65 34,91 35,51 34,95 37,65 39,04 37,71 40,09 44,82 47,66 50,38 Espírito Santo 28,35 25,27 33,15 34,51 34,71 35,97 34,43 34,23 37,6 36,02 38,92 42,02 47,05 50,07 Rio de Janeiro 44,77 37,91 45,95 46,4 47,23 47,6 48,44 47,48 49,55 46,56 48,29 49,63 52,52 52,08 São Paulo 47,35 44,73 54,09 53,89 53,58 53,11 50,06 50,34 50,52 49,04 51,59 53,74 55,49 57,67 Paraná 35,16 37,61 40,49 42,89 42,63 42,81 41,74 47,03 47,72 48,21 50,49 51,08 56,12 58,26 Santa Catarina 45,66 48,12 50,26 52,16 52,37 54,22 52,56 57,35 59,5 59,84 62,29 62,95 64,68 67,4 Rio Grande do Sul 45,95 45,05 45,6 46,75 46,96 47,93 46,61 50,7 49,94 51,33 54,02 54,08 56,47 58,53 Mato Grosso do Sul 31,24 32,44 35,7 34,56 35,98 39,64 37,37 38,23 40,77 40,35 42,76 43,7 49,1 49,28 Mato Grosso 28,07 31,74 35,1 35,02 38,13 37,19 36,84 39,5 38,99 35,59 43,39 44,18 48,36 47,01 Goiás 29,83 29,56 34,92 34,79 37,03 36,44 36,66 38,67 40,09 40,81 43,69 43,96 49,34 51,31 Distrito Federal 39,87 38,66 46,11 43,15 45,54 41,93 40,48 39,93 39,75 37,99 38,77 41,87 43,51 43,82

Nova Classe Média Tipo de cidade

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Metrópole 42,21 39,36 46,94 46,36 47,42 46,05 44,35 44,31 45,02 42,54 44,59 46,86 49,16 50,35

Urbana 34,76 32,72 38,5 38,98 38,61 39,94 38,96 39,89 40,3 39,42 41,74 44,15 47,06 49,43

Rural 13,56 14,74 16,03 16,25 16,47 17,17 16,99 18,92 19,49 20,64 22,39 23,29 28,42 30,56

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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• Renda Média (R$) - Renda de Todas as Fontes

Renda Familiar per Capita Média

População Total

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Total 344,93 364,99 453,35 460,55 464,31 471,72 445,01 453,78 455,12 428,67 442,12 471,44 514,62 526,27

Renda Familiar per Capita Média

Região Geográfica

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Norte 270,51 303,29 379,77 357,45 358,39 348,75 333,84 334,13 335,33 297,53 329,56 347,53 377,95 387,82

Nordeste 179,61 193,13 236,1 238,05 240,92 253,22 242,45 244,75 250,17 234,22 249,76 264,17 300,28 309,55

Sudeste 442,42 456,24 587,9 599,79 600,49 603,13 564,48 572,74 571,13 534,72 535,65 580,17 630 629,29

Sul 403,33 438,32 517,79 524,42 519 532,46 511,81 533,15 528,45 523,33 551,33 570,65 614,87 645,65

Centro 346,76 393,84 435,57 455,13 482,19 495,16 456,58 479,99 495,38 453,27 487,3 513,36 552,61 606,06

Renda Familiar per Capita Média

Região Metropolitana

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Pará 360,46 460,81 520,94 497,26 471,59 495,56 441,36 379,78 392,48 328,44 369,46 377,96 417,83 467,17

Ceará 271,08 293,63 372,64 363,9 381,87 373,79 351,66 380,39 365,77 321,12 353,22 368,49 389,4 397,28

Pernambuco 291,95 292,94 371,03 385,61 369,04 399,68 388,1 412,11 407,11 335,15 389,9 415,6 441,4 414,8

Bahia 373,5 436,18 459,51 464,62 498,34 487,08 445,2 449,2 459,27 375,87 390,7 434,41 492,33 521,99

Minas Gerais 435,49 447,19 583,56 547,02 604,23 569,87 533,47 528,66 559,89 510,87 521,63 571,64 648,46 661,29

Rio de Janeiro 543,83 507,99 678,57 722,45 684,2 718,76 670,2 650,99 641,27 615,25 627,73 647,89 725,81 677,18

São Paulo 550,99 608,13 782,07 805,18 775,31 799,95 697,59 706,83 708,43 632,47 607,72 698,94 722,73 736,69

Paraná 473,73 584,32 748 742,77 752,01 704,8 647,47 654,7 644,33 569,77 691,51 683,01 678,2 806,82

Rio Grande do Sul 535,89 560,08 729,54 732,15 715,62 746,62 693,91 709,36 677,26 646,41 667,2 720,62 735,17 718,52

Distrito Federal 569,1 693,67 840,03 801,23 901,01 919,3 845,4 829,98 878,33 804,26 814,74 896,32 982,71 1095,11

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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84

Renda Familiar per Capita Média Estado

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Rondônia 317,56 338,58 499,1 424,93 480,81 530,62 473,52 383,49 414,49 361,08 435,48 467,94 513,15 461,66 Acre 368,3 340,86 468,54 515,4 450,65 461,86 464,16 466,44 450,1 375,18 383,87 393,11 471,71 498,24 Amazonas 262,05 264,28 383,56 366,96 370,4 304,3 286,35 327,02 312,84 297,15 327,55 350,48 378,07 382,25 Roraima 402,86 519,36 534,47 559,23 401,1 430,5 457,93 354,12 303,68 331,24 267,84 295,05 425,65 394,9 Pará 248,51 292,04 324,35 299,78 307,67 313,97 307,08 307 322,48 270,17 311,38 316,99 341,14 366,15 Amapá 242,49 395,62 395,65 400,34 349,86 321,62 309,69 403,79 328,81 349,21 298,56 385,33 365,63 386,62 Tocantins 171,02 203,82 233,28 238,56 244,51 271,31 239,1 311,38 275,59 286,37 312,61 313,93 344,6 376,99 Maranhão 117,3 141,13 172,81 189,93 172,14 194,33 191,74 204,55 206,26 201,04 213,97 197,07 263,55 262,94 Piauí 132,94 152,16 175,75 180,34 187,59 198,13 198,79 219,2 236,75 219,08 231,36 245,62 289,48 320,36 Ceará 168,34 186,49 233,6 227,71 237,61 244,97 230,03 246,51 244,9 225,96 241,14 258,11 278,47 290,19 Rio Grande do Norte 207,64 194,68 279,64 283,38 277,59 293,88 280,47 284,05 285,17 255,23 279,44 332,18 342,37 362,11 Paraíba 165,7 202,38 268,71 246,76 277,57 307,27 325,32 244,78 267,93 247,14 265,15 291,17 324,41 340,34 Pernambuco 203,74 204,82 261,96 266,84 259,83 279,01 262,14 274,62 276,26 243,69 276,9 287,6 314,63 305,83 Alagoas 200,97 188,9 268,9 250,76 262,06 254,49 227,97 218,04 215,61 217,3 205,24 222,68 288,18 307,76 Sergipe 226,27 253,58 241,15 287,25 269,65 293,06 281,48 257,1 280,51 284,71 310,83 306,26 338,79 346,26 Bahia 194,76 210,58 236,2 238,39 246,23 250,89 236,75 244,3 250,54 239,76 248,6 268,36 304,67 317,29 Minas Gerais 308,29 316,69 409,13 392,09 420,54 398,57 393,46 403,07 412,89 390,11 409,59 437,2 488,83 498,72 Espírito Santo 284,37 309,21 423,87 404,21 411,75 422,45 425,26 420,27 452,2 411,98 441,51 473,6 504 525,45 Rio de Janeiro 497,23 469,82 614,83 648,65 618,29 649 610,63 611,95 604,73 580,79 591,68 608,85 680,62 641,15 São Paulo 499,71 531,67 678,17 698,03 696,42 699,18 640,6 651,93 644,12 596,56 582,2 646,16 688,36 695,37 Paraná 322,43 395,3 473,43 494,84 481,77 483,54 473,18 494,68 499,48 486,1 540,08 546,16 582,25 645,7 Santa Catarina 433,92 421,97 532,81 504,94 536,78 539,87 499,79 553,23 533,03 553,58 548,64 605,3 671,76 686,51 Rio Grande do Sul 462,54 485,99 550,57 561,13 544,9 574,69 554,32 558,73 553,34 542,28 563,43 575,09 614,9 623,35 Mato Grosso do Sul 347,09 345,31 409,44 430,44 429,68 423,56 406,17 443,62 465,87 423,3 427,06 456,5 517,69 596,89 Mato Grosso 262,49 358,1 374,92 400,55 472,95 442,85 401,6 437,61 452,68 387,59 445,73 436,95 476,41 468,72 Goiás 342,94 359,48 365,96 408,11 397,06 432,67 398,64 412,06 423,47 393,3 438,36 462,87 475,06 528,98 Distrito Federal 569,1 693,67 840,03 801,23 901,01 919,3 845,4 829,98 878,33 804,26 814,74 896,32 982,71 1095,11

Renda Familiar per Capita Média

Tipo de cidade

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Metrópole 490,6 521,8 667,61 681,01 672,12 687,16 623,04 619,97 619,9 561,55 572,42 623,25 665,09 673,83

Urbana 341,76 354,73 435,82 439,09 448,48 450,21 436,54 432,28 434,29 415,44 430,19 453,23 499,5 510,95

Rural 142,63 159,8 172,39 173,39 175,79 185,23 182,9 182,12 179,11 190,51 199,69 207,97 233,94 251,23

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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2. Panorama das Mudanças de Renda

http://www.fgv.br/ibrecps/RETCM/RETCM_rendaPNAD/ind ex.htm

Propomos aqui uma nova metodologia que decompõe o crescimento da renda domiciliar per

capita em diferentes fontes. Partimos da relação entre a evolução anual per capita de cada tipo

de renda e ponderamos pelo seu peso relativo de cada uma na composição de renda total.

Repartimos a renda dos indivíduos em cinco pedaços, conforme tabela abaixo.

Previdencia

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia -

SM Pós-piso >

SM

O sítio da presente pesquisa disponibiliza um banco de dados interativo que permite a cada um

decompor e analisar os níveis e as mudanças de renda desde uma perspectiva própria.

Traçamos aqui um breve retrato de 2007 e de algumas das mudanças observadas frente o ano

anterior. É possível analisar o crescimento da renda para diferentes anos e características

sócio-econômicas, basta acessar o site da pesquisa.

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• Mudanças de Renda (PNAD 2007/2006) Renda Domiciliar Per Capita - Diferentes Fontes

Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2006 514,62 390,11 12,63 11,12 23,83 76,92

Taxa Crescimento Anual (%) 2,26% 3,59% -17,18% -18,62% 7,72% 0,05%

Total Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 120,24% -18,61% -17,75% 15,78% 0,34%

Tipo de cidade

Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 673,83 523,7 12,14 6,94 18,22 112,83

2006 665,09 503,23 16,45 10,13 16,86 118,41

Taxa Crescimento Anual (%) 1,31% 4,07% -26,20% -31,49% 8,07% -4,71%

Metrópole Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 233,94% -49,26% -36,46% 15,54% -63,77%

2007 510,95 394,43 11,4 8,81 25,79 70,52

2006 499,5 383,51 12,77 11,35 24,12 67,76

Taxa Crescimento Anual (%) 2,29% 2,85% -10,73% -22,38% 6,92% 4,07%

Urbana Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 95,45% -11,98% -22,20% 14,60% 24,13%

2007 251,23 170,86 3,08 14,7 42,1 20,49

2006 233,94 161,03 3,51 12,52 38,4 18,48

Taxa Crescimento Anual (%) 7,39% 6,10% -12,25% 17,41% 9,64% 10,88%

Rural Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 56,85% -2,49% 12,61% 21,40% 11,63%

Região Geográfica

Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 387,82 324,14 6,09 7,81 16,3 33,47

2006 377,95 311,2 8,09 10,01 15,16 33,49

Taxa Crescimento Anual (%) 2,61% 4,16% -24,72% -21,98% 7,52% -0,06%

Norte Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 131,24% -20,28% -22,31% 11,56% -0,20%

2007 309,55 219,91 5,45 12,77 31,18 40,25

2006 300,28 215,02 6,3 12,86 28,44 37,66

Taxa Crescimento Anual (%) 3,09% 2,27% -13,49% -0,70% 9,63% 6,88%

Nordeste Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 52,69% -9,16% -0,97% 29,53% 27,91%

2007 629,29 486,18 11,37 6,03 23,21 102,5

2006 630 477,39 15,23 9,32 22,04 106,02

Taxa Crescimento Anual (%) -0,11% 1,84% -25,34% -35,30% 5,31% -3,32%

Sudeste Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% -1238,03% 543,66% 463,38% -164,79% 495,77%

2007 645,65 494,86 15,59 10,64 28,34 96,21

2006 614,87 466,96 17,25 12,77 25,75 92,14

Taxa Crescimento Anual (%) 5,01% 5,97% -9,62% -16,68% 10,06% 4,42%

Sul Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 90,67% -5,39% -6,92% 8,42% 13,23%

2007 606,06 494,64 16,75 10,26 21,53 62,88

2006 552,61 445,41 15,42 12,54 19,9 59,35

Taxa Crescimento Anual (%) 9,67% 11,05% 8,63% -18,18% 8,19% 5,95%

Centro Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 92,12% 2,49% -4,27% 3,05% 6,61% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Renda Domiciliar Per Capita - Diferentes Fontes Região Metropolitana

Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 467,17 363,96 10,72 7,52 16,17 68,79

2006 417,83 320,59 9,26 8,8 14,25 64,93

Taxa Crescimento Anual (%) 11,81% 13,53% 15,77% -14,55% 13,47% 5,94%

Pará (Belém)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 87,92% 2,96% -2,59% 3,89% 7,82%

2007 397,28 298,17 6,36 7,85 20,71 64,2

2006 389,4 297,2 8,1 8,88 19,28 55,95

Taxa Crescimento Anual (%) 2,02% 0,33% -21,48% -11,60% 7,42% 14,75%

Ceará (Fortaleza)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 12,31% -22,08% -13,07% 18,15% 104,70%

2007 414,8 301,82 7,42 7,35 23,28 74,93

2006 441,4 310,06 13,8 15,62 17,53 84,4

Taxa Crescimento Anual (%) -6,03% -2,66% -46,23% -52,94% 32,80% -11,22%

Pernambuco (Recife)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 30,97% 23,98% 31,08% -21,61% 35,59%

2007 521,99 408,59 13,79 8,91 16,59 74,09

2006 492,33 390,07 10,79 8,21 16,28 66,98

Taxa Crescimento Anual (%) 6,02% 4,75% 27,80% 8,53% 1,90% 10,62%

Bahia (Salvador)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 62,48% 10,12% 2,36% 1,05% 23,99%

2007 661,29 514,27 12,84 7,7 22,12 104,36

2006 648,46 494,06 16,91 12,04 20,12 105,33

Taxa Crescimento Anual (%) 1,98% 4,09% -24,07% -36,05% 9,94% -0,92% Minas Gerais (Belo Horizonte)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 157,52% -31,72% -33,83% 15,59% -7,56%

2007 677,18 475,39 12,88 4,46 19,23 165,23

2006 725,81 496,11 16,36 6,49 18,81 188,04

Taxa Crescimento Anual (%) -6,70% -4,18% -21,27% -31,28% 2,23% -12,13%

Rio de Janeiro

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 42,62% 7,16% 4,18% -0,86% 46,91%

2007 736,69 608,29 10,28 5,24 16,16 96,73

2006 722,73 574,8 19,18 9,83 15,17 103,75

Taxa Crescimento Anual (%) 1,93% 5,83% -46,40% -46,69% 6,53% -6,77%

São Paulo Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 239,73% -63,71% -32,86% 7,09% -50,25%

2007 806,82 630,01 25,27 14,59 18,71 118,22

2006 678,2 526,34 18,22 11,62 16,41 105,61

Taxa Crescimento Anual (%) 18,96% 19,70% 38,69% 25,56% 14,02% 11,94%

Paraná (Curitiba)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 80,61% 5,48% 2,31% 1,79% 9,81%

2007 718,52 541 9,54 11,29 20,21 136,47

2006 735,17 545,25 16,85 14,64 19,13 139,28

Taxa Crescimento Anual (%) -2,26% -0,78% -43,38% -22,88% 5,65% -2,02% Rio Grande

do Sul (Porto Alegre)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 25,54% 43,93% 20,13% -6,49% 16,89%

2007 1095,11 872,44 23,3 8,25 10,76 180,37

2006 982,71 771,2 20,62 14,08 9,6 167,2

Taxa Crescimento Anual (%) 11,44% 13,13% 13% -41,41% 12,08% 7,88% Distrito Federal

(Brasília) Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 90,06% 2,38% -5,19% 1,03% 11,71%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Renda Domiciliar Per Capita - Diferentes Fontes

Estado

Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 461,66 397,98 5,71 3,16 19,78 35,02

2006 513,15 438,28 7,9 7,87 19,91 39,2

Taxa Crescimento Anual (%) -10,03% -9,20% -27,72% -59,85% -0,65% -10,66%

Rondônia Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 78,24% 4,25% 9,14% 0,25% 8,11%

2007 498,24 416,56 10,35 8,12 19,35 43,86

2006 471,71 380,89 13,97 11,02 17,21 48,63

Taxa Crescimento Anual (%) 5,62% 9,36% -25,91% -26,32% 12,43% -9,81%

Acre Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 134,50% -13,65% -10,94% 8,07% -17,99%

2007 382,25 335,96 2,79 6,19 12,06 25,25

2006 378,07 318,35 6,57 14,02 9,91 29,21

Taxa Crescimento Anual (%) 1,11% 5,53% -57,53% -55,85% 21,70% -13,56%

Amazonas Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 420,29% -90,21% -186,87% 51,31% -94,51%

2007 394,9 332,73 7,6 9,64 17,13 27,8

2006 425,65 365,29 11,61 16,74 10,68 21,33

Taxa Crescimento Anual (%) -7,22% -8,91% -34,54% -42,41% 60,39% 30,33%

Roraima Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 105,89% 13,04% 23,09% -20,98% -21,04%

2007 366,15 294,72 7,46 9,57 17,6 36,8

2006 341,14 273,64 8,04 8,42 17,28 33,76

Taxa Crescimento Anual (%) 7,33% 7,70% -7,21% 13,66% 1,85% 9%

Pará Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 84,29% -2,32% 4,60% 1,28% 12,16%

2007 386,62 330,49 4,63 5,98 14 31,51

2006 365,63 304,71 9 5,94 11,36 34,62

Taxa Crescimento Anual (%) 5,74% 8,46% -48,56% 0,67% 23,24% -8,98%

Amapá Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 122,88% -20,83% 0,19% 12,58% -14,82%

2007 376,99 302,22 12,23 13,1 26,47 22,98

2006 344,6 278,56 12,98 14,78 25,21 13,08

Taxa Crescimento Anual (%) 9,40% 8,49% -5,78% -11,37% 5% 75,69%

Tocantins Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 73,05% -2,32% -5,19% 3,89% 30,56%

2007 262,94 190,48 4,5 9,22 32,96 25,78

2006 263,55 197,53 5,03 13,89 25,68 21,42

Taxa Crescimento Anual (%) -0,23% -3,57% -10,54% -33,62% 28,35% 20,35%

Maranhão Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 1155,74% 86,89% 765,57% -1193,44% -714,75%

2007 320,36 215,84 6,38 13,66 33,46 51,03

2006 289,48 194,9 6,1 12,51 31,06 44,91

Taxa Crescimento Anual (%) 10,67% 10,74% 4,59% 9,19% 7,73% 13,63%

Piauí Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 67,79% 0,91% 3,72% 7,77% 19,81%

2007 290,19 202,84 4,03 12,02 32,79 38,51

2006 278,47 197,67 5,05 12,02 30,45 33,27

Taxa Crescimento Anual (%) 4,21% 2,62% -20,20% 0% 7,68% 15,75%

Ceará Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 44,08% -8,70% 0% 19,95% 44,67%

2007 362,11 262,42 8,2 9,99 30,86 50,66 Rio Grande do Norte

2006 342,37 241,06 9,57 10,78 31,02 49,94

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Taxa Crescimento Anual (%) 5,77% 8,86% -14,32% -7,33% -0,52% 1,44%

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 108,10% -6,93% -4% -0,81% 3,64%

2007 340,34 226,86 6,14 12,65 35,59 59,1

2006 324,41 223,63 8,26 10,87 34,76 46,89

Taxa Crescimento Anual (%) 4,91% 1,44% -25,67% 16,38% 2,39% 26,04%

Paraíba Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 20,28% -13,31% 11,17% 5,21% 76,65%

2007 305,83 213,51 4,56 11,07 29,6 47,09

2006 314,63 215,9 8,36 16,48 26,29 47,6

Taxa Crescimento Anual (%) -2,80% -1,11% -45,45% -32,83% 12,59% -1,07%

Pernambuco Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 27,16% 43,18% 61,48% -37,61% 5,80%

2007 307,76 222,62 6,05 10,41 31,77 36,9

2006 288,18 207,27 5,23 12,22 26,7 36,76

Taxa Crescimento Anual (%) 6,79% 7,41% 15,68% -14,81% 18,99% 0,38%

Alagoas Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 78,44% 4,19% -9,25% 25,91% 0,72%

2007 346,26 267,31 8,6 9,26 22,9 38,19

2006 338,79 250,92 7,14 8,28 29,25 43,19

Taxa Crescimento Anual (%) 2,20% 6,53% 20,45% 11,84% -21,71% -11,58%

Sergipe Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 219,12% 19,52% 13,10% -84,89% -66,84%

2007 317,29 229,33 5,7 17,3 29,89 35,08

2006 304,67 225,44 5,27 12,55 27,27 34,14

Taxa Crescimento Anual (%) 4,14% 1,73% 8,16% 37,85% 9,61% 2,75%

Bahia Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 30,80% 3,40% 37,61% 20,74% 7,44%

2007 498,72 378,02 9,89 8,17 31,16 71,47

2006 488,83 364,55 12,79 11,02 29,4 71,08

Taxa Crescimento Anual (%) 2,02% 3,69% -22,67% -25,86% 5,99% 0,55%

Minas Gerais

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 136,47% -29,38% -28,88% 17,83% 3,95%

2007 525,45 398,76 8,39 6,79 26,52 84,99

2006 504 379,71 14,01 10,86 24,76 74,66

Taxa Crescimento Anual (%) 4,26% 5,02% -40,11% -37,48% 7,11% 13,84%

Espírito Santo

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 88,81% -26,20% -18,97% 8,21% 48,16%

2007 641,15 453,16 12 4,2 21,72 150,07

2006 680,62 468,16 15,47 6,25 20,89 169,85

Taxa Crescimento Anual (%) -5,80% -3,20% -22,43% -32,80% 3,97% -11,65%

Rio de Janeiro

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 38% 8,79% 5,19% -2,10% 50,11%

2007 695,37 557,23 12,09 5,64 19,73 100,69

2006 688,36 542,61 16,4 9,55 18,75 101,04

Taxa Crescimento Anual (%) 1,02% 2,69% -26,28% -40,94% 5,23% -0,35%

São Paulo Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 207,97% -61,31% -55,62% 13,94% -4,98%

2007 645,7 507,85 19,58 12,9 27,53 77,84

2006 582,25 458,08 16,56 12,9 23,76 70,93

Taxa Crescimento Anual (%) 10,90% 10,86% 18,24% 0% 15,87% 9,74%

Paraná Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 78,41% 4,76% 0% 5,94% 10,89%

2007 686,51 537,18 18,43 5,14 26,62 99,15

2006 671,76 522,06 19,73 9,05 25,1 95,81

Taxa Crescimento Anual (%) 2,20% 2,90% -6,59% -43,20% 6,06% 3,49%

Santa Catarina

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 102,37% -8,80% -26,47% 10,29% 22,61%

2007 623,35 459,48 10,27 11,51 30,05 112,05 Rio Grande do Sul

2006 614,9 445,44 16,56 14,66 27,98 110,26

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Taxa Crescimento Anual (%) 1,37% 3,15% -37,98% -21,49% 7,40% 1,62%

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 165,96% -74,35% -37,23% 24,47% 21,16%

2007 596,89 476,06 19,5 17,42 24,72 59,18

2006 517,69 413,69 17,24 14,54 22,51 49,7

Taxa Crescimento Anual (%) 15,30% 15,08% 13,11% 19,81% 9,82% 19,07% Mato Grosso do

Sul Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 78,75% 2,85% 3,64% 2,79% 11,97%

2007 468,72 400,61 10,71 10,08 21,8 25,52

2006 476,41 398,6 17,89 7,01 20,81 32,09

Taxa Crescimento Anual (%) -1,61% 0,50% -40,13% 43,79% 4,76% -20,47%

Mato Grosso

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% -26,17% 93,49% -39,97% -12,89% 85,55%

2007 528,98 437,24 17 7,67 23,45 43,63

2006 475,06 385,49 11,87 13,33 21,42 42,96

Taxa Crescimento Anual (%) 11,35% 13,42% 43,22% -42,46% 9,48% 1,56%

Goiás Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 95,98% 9,51% -10,50% 3,76% 1,24%

2007 1095,11 872,44 23,3 8,25 10,76 180,37

2006 982,71 771,2 20,62 14,08 9,6 167,2

Taxa Crescimento Anual (%) 11,44% 13,13% 13% -41,41% 12,08% 7,88%

Distrito Federal

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 90,06% 2,38% -5,19% 1,03% 11,71%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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• Mudanças de Renda (Evolução Anual PNAD 2007/2002) Renda Domiciliar Per Capita - Diferentes Fontes

População Total Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2002 455,12 351,58 12,2 5,88 17,97 67,49

Taxa Crescimento Anual (%) 2,95% 2,83% -3,03% 9,01% 7,39% 2,66%

Total Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 75,15% -2,80% 4,01% 10,05% 13,59%

Renda Domiciliar Per Capita - Diferentes Fontes Tipo de cidade

Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 673,83 523,7 12,14 6,94 18,22 112,83 2002 619,9 478,71 15,78 9,11 11,59 104,71

Taxa Crescimento Anual (%) 1,68% 1,81% -5,11% -5,30% 9,47% 1,50%

Metrópole Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 86,24% -8,01% -4,79% 10,91% 15,66% 2007 510,95 394,43 11,4 8,81 25,79 70,52 2002 434,29 337,82 12,59 4,36 18,73 60,79

Taxa Crescimento Anual (%) 3,30% 3,15% -1,97% 15,11% 6,61% 3,01%

Urbana Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 75,34% -1,75% 4,67% 8,77% 12,98% 2007 251,23 170,86 3,08 14,7 42,1 20,49 2002 179,11 130,37 3,16 4,46 28,83 12,29

Taxa Crescimento Anual (%) 7% 5,56% -0,51% 26,94% 7,87% 10,76%

Rural Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 60,27% -0,13% 9,99% 18,86% 11%

Renda Domiciliar Per Capita - Diferentes Fontes Região Geográfica

Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 387,82 324,14 6,09 7,81 16,3 33,47 2002 335,33 279,98 9,18 3,08 13 30,09

Taxa Crescimento Anual (%) 2,95% 2,97% -7,88% 20,45% 4,63% 2,15%

Norte Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 87,81% -7,63% 6,65% 6,35% 6,83% 2007 309,55 219,91 5,45 12,77 31,18 40,25 2002 250,17 181,85 6,3 4,15 22,72 35,15

Taxa Crescimento Anual (%) 4,35% 3,87% -2,86% 25,21% 6,54% 2,75%

Nordeste Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 67,99% -1,74% 10,10% 14,33% 9,32% 2007 629,29 486,18 11,37 6,03 23,21 102,5 2002 571,13 441,54 15,11 7,87 15,29 91,32

Taxa Crescimento Anual (%) 1,96% 1,94% -5,53% -5,19% 8,71% 2,34%

Sudeste Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 79,45% -7,73% -3,78% 12,32% 19,74% 2007 645,65 494,86 15,59 10,64 28,34 96,21 2002 528,45 406,99 15,07 5,19 19,34 81,86

Taxa Crescimento Anual (%) 4,09% 3,99% 0,68% 15,44% 7,94% 3,28%

Sul Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 75,99% 0,48% 3,75% 7,19% 12,59% 2007 606,06 494,64 16,75 10,26 21,53 62,88 2002 495,38 411,14 13,98 4,27 16,18 49,81

Taxa Crescimento Anual (%) 4,12% 3,77% 3,68% 19,16% 5,88% 4,77%

Centro Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 76,87% 2,55% 4,06% 4,72% 11,79% Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Renda Domiciliar Per Capita - Diferentes Fontes

Região Metropolitana Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 467,17 363,96 10,72 7,52 16,17 68,79 2002 392,48 307,36 11,2 3,27 12,51 58,14

Taxa Crescimento Anual (%) 3,55% 3,44% -0,87% 18,12% 5,27% 3,42%

Pará (Belém)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 77,08% -0,71% 4,32% 4,81% 14,51%

2007 397,28 298,17 6,36 7,85 20,71 64,2 2002 365,77 271,79 8,73 3,33 14,59 67,33

Taxa Crescimento Anual (%) 1,67% 1,87% -6,14% 18,71% 7,26% -0,95%

Ceará (Fortaleza)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 90,91% -9,59% 11,14% 18,94% -11,41%

2007 414,8 301,82 7,42 7,35 23,28 74,93 2002 407,11 284,87 12,11 5,28 16,37 88,48

Taxa Crescimento Anual (%) 0,37% 1,16% -9,33% 6,84% 7,30% -3,27%

Pernambuco (Recife)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 392,23% -133,84% 42,76% 141,46% -342,62%

2007 521,99 408,59 13,79 8,91 16,59 74,09 2002 459,27 349,3 15,37 4,81 12,44 77,35

Taxa Crescimento Anual (%) 2,59% 3,19% -2,15% 13,12% 5,93% -0,86%

Bahia (Salvador)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 96,74% -2,87% 5,49% 6,41% -5,77%

2007 661,29 514,27 12,84 7,7 22,12 104,36 2002 559,89 430,6 15,2 7,39 14,86 91,84

Taxa Crescimento Anual (%) 3,39% 3,62% -3,32% 0,83% 8,28% 2,59% Minas

Gerais (Belo Horizonte)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 83,10% -2,69% 0,33% 6,57% 12,69%

2007 677,18 475,39 12,88 4,46 19,23 165,23 2002 641,27 452,53 14,83 2,79 10,68 160,45

Taxa Crescimento Anual (%) 1,10% 0,99% -2,78% 9,84% 12,48% 0,59%

Rio de Janeiro

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 67,69% -6,23% 4,14% 20,13% 14,27%

2007 736,69 608,29 10,28 5,24 16,16 96,73 2002 708,43 580,6 17,13 17,22 9,71 83,77

Taxa Crescimento Anual (%) 0,79% 0,94% -9,71% -21,18% 10,72% 2,92%

São Paulo Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 150,47% -46,04% -100,95% 28,83% 67,69% 2007 806,82 630,01 25,27 14,59 18,71 118,22 2002 644,33 500,51 19,03 7,43 11,37 105,99

Taxa Crescimento Anual (%) 4,60% 4,71% 5,84% 14,45% 10,47% 2,21%

Paraná (Curitiba)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 80,49% 3,79% 3,67% 4,07% 7,99%

2007 718,52 541 9,54 11,29 20,21 136,47 2002 677,26 511,26 17,4 6,34 13,28 128,98

Taxa Crescimento Anual (%) 1,19% 1,14% -11,33% 12,23% 8,76% 1,14%

Rio Grande do Sul (Porto Alegre)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 80,23% -27,19% 10,70% 16,05% 20,21%

2007 1095,11 872,44 23,3 8,25 10,76 180,37 2002 878,33 699,55 23,61 8,87 8,79 137,52

Taxa Crescimento Anual (%) 4,51% 4,52% -0,26% -1,44% 4,13% 5,57% Distrito

Federal (Brasília)

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 80,12% -0,16% -0,32% 0,92% 19,44%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Renda Domiciliar Per Capita - Diferentes Fontes

Estado Previdencia

Categoria Ano

Renda todas as fontes

Renda todos os trabalhos

Outras rendas

privadas Transferências

Pública - BF

Piso Previdencia

- SM Pós-piso >

SM 2007 461,66 397,98 5,71 3,16 19,78 35,02 2002 414,49 363,4 7,99 4,97 12,49 25,65

Taxa Crescimento Anual (%) 2,18% 1,83% -6,50% -8,66% 9,63% 6,43%

Rondônia Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 77,81% -6,06% -5,02% 14,04% 19,24% 2007 498,24 416,56 10,35 8,12 19,35 43,86 2002 450,1 355,11 15,52 2,21 14,02 63,24

Taxa Crescimento Anual (%) 2,05% 3,24% -7,78% 29,73% 6,66% -7,06%

Acre Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 154,87% -16,24% 8,83% 12,55% -60,01% 2007 382,25 335,96 2,79 6,19 12,06 25,25 2002 312,84 265,65 7,59 1,5 11,25 26,85

Taxa Crescimento Anual (%) 4,09% 4,81% -18,14% 32,78% 1,40% -1,22%

Amazonas Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 109,01% -11,75% 4,20% 1,34% -2,80% 2007 394,9 332,73 7,6 9,64 17,13 27,8 2002 303,68 269 3,61 2,01 9,08 19,98

Taxa Crescimento Anual (%) 5,39% 4,34% 16,05% 36,83% 13,54% 6,83%

Roraima Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 74,91% 3,72% 4,75% 7,88% 8,75% 2007 366,15 294,72 7,46 9,57 17,6 36,8 2002 322,48 262,16 10,69 3,8 14,64 31,2

Taxa Crescimento Anual (%) 2,57% 2,37% -6,94% 20,29% 3,75% 3,36%

Pará Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 79,26% -9,47% 9,84% 7,01% 13,37% 2007 386,62 330,49 4,63 5,98 14 31,51 2002 328,81 294,71 2,69 1,35 8,16 21,9

Taxa Crescimento Anual (%) 3,29% 2,32% 11,47% 34,67% 11,40% 7,55%

Amapá Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 67,03% 3,03% 4,59% 9,13% 16,22% 2007 376,99 302,22 12,23 13,1 26,47 22,98 2002 275,59 234,71 6,95 4,05 20,21 9,68

Taxa Crescimento Anual (%) 6,47% 5,19% 11,97% 26,46% 5,54% 18,88%

Tocantins Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 71,50% 4,89% 6,30% 6,58% 10,73% 2007 262,94 190,48 4,5 9,22 32,96 25,78 2002 206,26 160,06 4,81 2,5 22,88 16,01

Taxa Crescimento Anual (%) 4,98% 3,54% -1,32% 29,82% 7,57% 10%

Maranhão Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 58,53% -0,66% 7,70% 17,90% 16,53% 2007 320,36 215,84 6,38 13,66 33,46 51,03 2002 236,75 156,33 6,63 5,91 23,83 44,05

Taxa Crescimento Anual (%) 6,24% 6,66% -0,77% 18,24% 7,02% 2,99%

Piauí Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 72,18% -0,35% 7,47% 11,60% 9,11% 2007 290,19 202,84 4,03 12,02 32,79 38,51 2002 244,9 175,08 5,79 4,69 24,33 35,01

Taxa Crescimento Anual (%) 3,45% 2,99% -6,99% 20,71% 6,15% 1,92%

Ceará Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 65,65% -5,08% 12,19% 18,78% 8,46% 2007 362,11 262,42 8,2 9,99 30,86 50,66 2002 285,17 213,41 7,43 2,97 23,43 37,92

Rio Grande do Norte

Taxa Crescimento Anual (%) 4,89% 4,22% 1,99% 27,46% 5,66% 5,96%

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Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 66,43% 1,09% 6,01% 9,79% 16,68%

2007 340,34 226,86 6,14 12,65 35,59 59,1 2002 267,93 182,67 7,77 6,27 27,2 44,01

Taxa Crescimento Anual (%) 4,90% 4,43% -4,60% 15,07% 5,52% 6,07%

Paraíba Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 62,94% -2,78% 7,35% 11,69% 20,80% 2007 305,83 213,51 4,56 11,07 29,6 47,09 2002 276,26 195,06 7,53 5,78 21,57 46,33

Taxa Crescimento Anual (%) 2,05% 1,82% -9,54% 13,88% 6,53% 0,33%

Pernambuco Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 68,40% -13,82% 15,42% 27,09% 2,90% 2007 307,76 222,62 6,05 10,41 31,77 36,9 2002 215,61 150,02 5,17 3,53 19,75 37,14

Taxa Crescimento Anual (%) 7,38% 8,21% 3,19% 24,15% 9,97% -0,13%

Alagoas Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 80,74% 1,08% 5,59% 12,91% -0,32% 2007 346,26 267,31 8,6 9,26 22,9 38,19 2002 280,51 212,41 5,36 2,5 19,27 40,96

Taxa Crescimento Anual (%) 4,30% 4,71% 9,92% 29,94% 3,51% -1,39%

Sergipe Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 87,81% 4,67% 6,58% 5,95% -5% 2007 317,29 229,33 5,7 17,3 29,89 35,08 2002 250,54 188,44 6,16 3,26 21,97 30,72

Taxa Crescimento Anual (%) 4,84% 4,01% -1,54% 39,63% 6,35% 2,69%

Bahia Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 68,83% -0,87% 11,78% 12,72% 7,53% 2007 498,72 378,02 9,89 8,17 31,16 71,47 2002 412,89 309,47 11,14 4,81 21,17 66,3

Taxa Crescimento Anual (%) 3,85% 4,08% -2,35% 11,18% 8,04% 1,51%

Minas Gerais

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 80,91% -1,68% 3,44% 10,90% 6,42%

2007 525,45 398,76 8,39 6,79 26,52 84,99 2002 452,2 347,12 13,01 4,36 20,78 66,93

Taxa Crescimento Anual (%) 3,05% 2,81% -8,40% 9,26% 5% 4,89%

Espírito Santo

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 72,92% -8,16% 3,02% 7,76% 24,46%

2007 641,15 453,16 12 4,2 21,72 150,07 2002 604,73 427,14 14,42 3,33 12,51 147,33

Taxa Crescimento Anual (%) 1,18% 1,19% -3,61% 4,75% 11,67% 0,37%

Rio de Janeiro

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 75,59% -7,74% 2,35% 21,71% 8,09%

2007 695,37 557,23 12,09 5,64 19,73 100,69 2002 644,12 518,39 17,46 11,39 13,08 83,79

Taxa Crescimento Anual (%) 1,54% 1,46% -7,09% -13,11% 8,57% 3,74%

São Paulo Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 83,18% -13,64% -16,47% 12,36% 34,57% 2007 645,7 507,85 19,58 12,9 27,53 77,84 2002 499,48 395,64 17,07 5,39 19,08 62,3

Taxa Crescimento Anual (%) 5,27% 5,12% 2,78% 19,07% 7,61% 4,55%

Paraná Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 77,77% 1,82% 3,95% 5,57% 10,89% 2007 686,51 537,18 18,43 5,14 26,62 99,15 2002 533,03 423,44 10,2 2,93 15,22 81,23

Taxa Crescimento Anual (%) 5,19% 4,87% 12,56% 11,90% 11,83% 4,07%

Santa Catarina

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 75,40% 4,68% 1,27% 6,58% 12,07%

2007 623,35 459,48 10,27 11,51 30,05 112,05 2002 553,34 408,93 15,77 6,2 21,78 100,65

Rio Grande do Sul

Taxa Crescimento Anual 2,41% 2,36% -8,22% 13,17% 6,65% 2,17%

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(%) Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 75,37% -10,13% 6,38% 11,32% 17,06% 2007 596,89 476,06 19,5 17,42 24,72 59,18 2002 465,87 391,38 15,7 4,39 17,95 36,45

Taxa Crescimento Anual (%) 5,08% 4% 4,43% 31,74% 6,61% 10,18% Mato

Grosso do Sul

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 69,12% 3,07% 6,16% 5,24% 16,40%

2007 468,72 400,61 10,71 10,08 21,8 25,52 2002 452,68 402,49 10,02 1,49 13,13 25,55

Taxa Crescimento Anual (%) 0,70% -0,09% 1,34% 46,57% 10,67% -0,02%

Mato Grosso

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% -20,40% 7,27% 37,57% 75,87% -0,33%

2007 528,98 437,24 17 7,67 23,45 43,63 2002 423,47 346,72 12,95 3,8 19,06 40,94

Taxa Crescimento Anual (%) 4,55% 4,75% 5,59% 15,08% 4,23% 1,28%

Goiás Contribuição Relativa

Crescimento Renda (%) 100% 86,23% 3,79% 3% 4,23% 2,75% 2007 1095,11 872,44 23,3 8,25 10,76 180,37 2002 878,33 699,55 23,61 8,87 8,79 137,52

Taxa Crescimento Anual (%) 4,51% 4,52% -0,26% -1,44% 4,13% 5,57%

Distrito Federal

Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 80,12% -0,16% -0,32% 0,92% 19,44%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE