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MISSÕES A LUZ DA PALAVRA 1 MISSIOLOGIA

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CAPÍTULO 1 1.1 O Mandamento do Mestre.

Quando o nosso Senhor escolheu os seus doze discípulos e os enviou pela primeira vez, entre as diferentes ordens que receberam, figurava a de não se afastarem dos termos habitados pêlos filhos de Israel (Mateus 10:5e6). Esta missão era simplesmente preparatória, e a mensagem de que eram portadores limitava-se a anunciar que o reino de Deus havia chegado. Contudo, as coisas iriam mudar. Depois de o Senhor Jesus Cristo ter cumprido a obra redentora que viera consumar, depois de ter vencido o sepulcro, quando já ressuscitado glorioso, quando os discípulos já se persuadiram da grandiosa realidade desta vitória sobre a morte, quando já ia subir ao céu para sentar-se a destra de Deus, deu aos seus este grande mandamento destinado a soar permanentemente aos ouvidos de todos que queriam fazer a vontade do Cristo ressuscitado: “É me dado todo poder no céu e na terra, portanto, ide, ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado e eis que estou convosco todos os dias até a consumação do séculos (Mateus 28:19e20). Agora já não se trata como na primeira vez, de ir a um só povo, mas a todos os povos. Já não se trata simplesmente de anunciar que o reino de Deus havia chegado, mas sim de fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os. Já não se trata somente de ir entre gente conhecida e amiga, onde se encontrava hospitalidade, mas também atravessar os mares e desertos, afim de anunciar aos povos estranhos as inescrutáveis riquezas da graça de Deus. Tinham de ir a todo o mundo, e anunciar as boas novas (Evangelho) do perdão a toda criatura. Na verdade a tarefa era de fazer tremer os gigantes, e os seus próprios apóstolos teriam tremido se o mestre lhes não tivesse assegurado: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. 01) COMPLETE: Portanto, ________, ensinai a ___________________, batizando-as em nome do __________, e do ___________ e do __________________. 1.2 PROMESSA DO MESTRE Depois de um grande mandamento que teria estremecido os ouvintes, Jesus faz uma promessa que estimula a qualquer servo que tem os olhos para observar a Palavra que Jesus diz: Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos. Outra grande promessa do Mestre é a que encontramos em Atos 1:8, “mas recebereis a virtude (poder) do Espírito Santo, que há de vir sobre vós”. Nenhuma pessoa que se coloca sob a orientação de Deus poderá estar só, na grande seara. 1.3 A TRIPLICE COMISSÃO DE CRISTO Na tríplice comissão dada por Cristo encontramos o programa completo de Deus com relação ao empreendimento missionário na atual dispensação. A tríplice missão pode ser expressa em palavras simples a saber: VEDE – João 4:35 Erguei os vossos olhos e VEDE os campos, pois já estão embranquecidos para a ceifa. Milhares de pessoas não tem a visão nem conhecimento dessa tão grande necessidade e isto porque não tem olhado por meio dos olhos de Cristo, quantos obreiros, quantos crentes, que tem desperdiçado tanto tempo, tanto dinheiro com coisas materiais, para os tesouros perecíveis, enquanto milhares de almas perecem por falta de visão espiritual. O aspirante ao ministério precisa orar a Deus e pedir uma visão clara das grandes necessidades da obra do Mestre. A presente geração só pode ser alcançada por esta geração. Portanto,

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precisamos fazer o trabalho missionário e bem depressa. Se os trabalhadores não se apressarem imediatamente, se deixarmos de envidar os nossos máximos esforços, então esta ceifa, esta geração, ficará eternamente perdida. Esta pode ser a última oportunidade para muitos, mostremos o nosso amor para com o Mestre, (João 9:4 e Marcos 6:35). ORAI – MATEUS 9:37 e 38 A seara na verdade é grande mas os trabalhadores são poucos. Aqui jaz toda a dificuldade da tarefa, uma colheita imensa, mas um número insuficiente de trabalhadores. A solução esta em orarmos a fim de rogarmos ao Senhor da Seara que envie trabalhadores para sua Obra. Nossa tarefa consiste em rogar ao Senhor da seara para que envie ceifeiros, pois quando Deus envia homens, Ele sempre envia homens de qualidade certa. O segredo é Orai. IDE 1.As Nações (Mateus 28:19) O noivo terá de contar com alguns provenientes de toda língua e tribo (Ap. 7:9, Atos 15:14, Marcos 1:35-39, Lucas 4:43). Em Atos 1:8 somos comissionados de modo definido, a nos lançarmos num testemunho de espaço mundial, indo até aos confins da terra. 2. Aos Indivíduos (Marcos 16:15) Essa é a nossa responsabilidade e obrigação para com o indivíduo, (Ezequiel 3:16-20). 02) RESPONDA: Qual é a tríplice comissão de Cristo? __________________________________________________________________________ 1.4 Missões Através da Evangelização MÉTODOS DE PAULO Paulo, o maior e mais bem sucedido missionário que o mundo já viu, nunca se fez pastor. Viajava, pregava, ganhava novos convertidos, organizava congregações, punha-as sob a liderança e passava adiante. Não procurava alterar as maneiras e os costumes dos povos. O Evangelho é que faz isso, sempre que necessário. Impunha responsabilidades aos próprios nativos, fundava igrejas que se auto-sustentassem e auto-propagassem, e isso desde o seu início. Não fundava ginásios, não levantava hospitais, nem erigia templos para as Igrejas. Os nativos proviam suas próprias necessidades. 1.5 Missões Entre os Gentios Mui lentamente penetrou na mente dos discípulos a gloriosa idéia de que o Evangelho era para todo o mundo. Apesar das palavras bem claras contidas no mandamento e promessa de Cristo, apesar de lhes Ter manifestado o Espírito Santo, fazendo-os falar em outras línguas, os discípulos não pensavam em sair dos limites de Jerusalém . Foi necessário que viesse a perseguição, que os pôs em contato com o mundo que tinham de Evangelizar.

Depois do martírio de Estevão foi dispersada a Igreja em Jerusalém, e iam seus membros por todas as partes anunciando o Evangelho, ainda que só aos judeus. Formaram-se assim comunidades evangélicas, não só em Samaria e Galilélia, mas ainda mais longe, como por exemplo, em Antioquia.

De modo milagroso Filipe foi levado a ensinar e batizar o Eunuco da Etiópia, porém, fora de qualquer dúvida, o mesmo era um prosélito judeu.

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Pedro recebeu uma revelação especial que o mandava entrar na casa de Cornélio, o centurião Romano, onde se efetuou o batismo de um número considerável de crentes de origem gentílica, ainda que também já eram adoradores do verdadeiro Deus. 03) COMPLETE: Foi necessário que viesse a _______________, a qual colocou os cristãos em contato com o mundo que precisavam evangelizar. 1.6 A Cidade Berço das Missões A verdadeira idéia missionária não nasceu entre os apóstolos em Jerusalém, mas na Igreja da Antioquia, onde não se achava nenhum dos que haviam acompanhado o Senhor em seu ministério terreno. Estava a Igreja reunida em oração e jejum, quando o Espírito Santo disse que Barnabé e Saulo fossem apartados para a obra de missões. Não era uma determinação humana ou carnal que iam empreender a difusão do Evangelho entre os pagãos, mas por indicação do Espírito Santo. Toda obra missionária digna deste nome, foi sempre estimulada e dirigida de igual modo. 1.7 Um Missionário Certo para o Tempo Certo O homem a quem Deus elegera para ser o herói da evangelização do mundo, é um exemplo luminoso a todos os missionários das épocas presentes e futuras, sim, ele – Paulo. Nascido em Tarso de Cilicia, cidade que em cultura rivalizava com Atenas, gozara de todas as vantagens. E por providência de Deus desfrutava o direito de cidadão romano. Era por conseguinte, ao mesmo tempo grego, romano e judeu. Onde quer que se achasse estava entre os seus. Nunca um outro homem conseguiu talvez, reunir as qualidades de Paulo. Extraordinários eram seus dons, poderosa sua influência pessoal e, vastíssimos seus conhecimentos. Seu caráter, sua energia, sua vontade de aço, sua generosidade, seu desprendimento, sua abnegação e profundo amor aos homens colocavam-no na primeira linha em qualquer lugar onde estava. Este era o homem que Deus escolheu, e que fora chamado para ocupar um lugar tão proeminente na conquista espiritual do mundo gentio. 04) COMPLETE: O apóstolo ___________________, com certeza é o exemplo luminoso para todos os missionários das épocas presentes e futuras. 1.8 MISSÕES ENTRE OS PAGÃOS 1. O cenário preparado:

A parte do mundo onde primeiramente seria levado o Evangelho, eram as regiões que estavam debaixo

da influência da cultura grega e das forças romanas. Estava tudo admiravelmente disposto para que a Palavra de Deus pudesse correr livremente e ser glorificada. O Império Romano estendia seu domínio a quase todas as regiões habitadas do mundo então conhecido, e multidões de povos que antes viviam em guerras constantes, separados pelo ódio de raças e costumes, achavam-se agora sob o mesmo poder central. Uma navegação ativa, boas estradas de rodagem, uniam a Europa entre si e comunicavam-na com o Norte da África e o Lado Ocidental da Ásia. Os navios e as estradas que haviam servido para transportar para todas as partes aqueles soldados romanos, serviam agora para levar de um lado para outro os mensageiros do Evangelho da paz. A unidade política do mundo estava debaixo do cetro férreo dos Césares, concorreu para que se desfrutassem garantias até então desconhecidas, facilitando ao mesmo tempo o intercâmbio que punha em relação povos que até então viviam no mais completo isolamento.

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Isto favorecia o incremento da língua grega no oriente e da latina no ocidente, língua que servia para apregoar o Evangelho a todos os habitantes do vasto império. Era evidente, contudo, que muito acima dos Césares estava um Soberano que havia predisposto esta organização política e concentração do mundo para por os pagãos em contato com Jerusalém, e assim, com todos os judeus de quem aprenderam o monoteísmo (crença em apenas um Deus), receberam o Evangelho de Cristo. 2. A DISPERSÃO GERA MISSÕES

Com a morte de Estevão, veio daí uma ferrenha perseguição aos cristãos, e com isto, veio a dispersão de Israel por todo o Império, e isto tornou-se um dos fatores que mais iriam contribuir poderosamente para a evangelização dos pagãos. Em todos os lugares havia uma sinagoga, um núcleo de judeus. A esses primeiramente se dirigiam os mensageiros do Senhor, prevalecendo-se das circunstâncias de que nas sinagogas podia fazer-se uso da Palavra após a Leitura da Lei, então proclamavam Cristo, anunciando-o como o Messias que tinha de vir ao mundo. De modo que, em todos os lugares, podiam contar com um centro ou um grupo capaz de apreciar a mensagem de que eram portadores. Das sinagogas passavam aos gentios, e assim propagava-se o Evangelho com uma rapidez animadora. 5) COMPLETE: Nas sinagogas podia-se fazer uso da palavra logo após a _______________________________. 1.9 A decadente situação moral e religiosa do Império Romano

Vejamos quão densas as trevas que viviam este povo. E foi em meio a tais trevas que tiveram que brilhar como astros do mundo, os heróis da obra missionária. Tudo quanto de poderoso e grande tinha o Império Romano, sob o ponto de vista civil e militar, o tinha de pequeno e mesquinho do ponto de vista moral e religioso. O paganismo era um fracasso, e não poderia deixar de levar o Império Romano a ruína. As armas e a lei não podiam dar consistência a um povo sem moral. Achavam-se templos cheios de ídolos que representavam deuses imorais e cruéis. Toda forma de ideologia havia sido objeto de algum ensaio por parte dos sacerdotes daquela ridícula forma de culto. O povo havia perdido toda a confiança nos seus sacerdotes , e haviam decaído, em todas as classes sociais, os sentimentos religiosos. Esforçavam-se os filósofos em incultar certas práticas e regras morais, porém mui poucos eram os que sentiam a influência de sua ética. Tanto moral como religiosamente o Império Romano se achava em completa decomposição, que o levava a ruína. Para formarmos uma idéia de seu estado, observaremos agora uma estatística que consegui num livro de História da Igreja: em Roma, a população que, segundo Moscheim, ascendia 1.610.600 habitantes, dividia-se da seguinte forma: 10.000 senadores e governantes, 60.000 estrangeiros, 20.000 soldados de guarnição, 320.600 cidadãos, 300.000 mulheres e 900.000 escravos. Desta forma três quintos de uma cidade estava sujeito aos horrores da escravidão. 1.10 Como se divertia Roma

O Coliseu responde. As ruínas deste circo de horror se podem ver ainda. Hoje considerada uma das maravilhas do mundo antigo. Podia dar assento à 87.000 pessoas, que se congregavam para presenciar as lutas sangrentas dos gladiadores, que ficavam estendidos na arena, enquanto um povo sedento pelo sangue humano aplaudia freneticamente ao vencedor. Quando a luta não era entre homem e homem, era entre homem e fera. Numa só ocasião pelejaram na presença de Júlio César 320 pares de gladiadores, as vezes as lutas duravam meses inteiros, e Trajano levou ao circo como motivo de uma solenidade 5.000 lutadores.

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Variando apenas nos pontos mais minuciosos, eram estas as condições do mundo perante o qual os apóstolos tinham de pregar o arrependimento e o amor fraternal. RESPOSTAS DOS TEXTOS 1) Portanto, ide, ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. 2) Vede, Ide e Orai. 3) Perseguição. 4) Paulo. 5) Leitura da Lei. CAPÍTULO 2 O Apóstolo Paulo e Missões 2.1 A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO Barnabé e Saulo foram os primeiros missionários a sair de Antioquia. Calcula-se que empreenderam esta viagem no ano 47 de nossa era. Os Atos dos Apóstolos, livro este que com justiça é chamado “um livro divinamente inspirado sobre o assunto de missões”, conta-nos minúcias os incidentes dessa viagem. De Antioquia para a ilha de Chipre, de onde era natural Barnabé, e depois de atravessarem, passaram a Ásia Menor, onde visitaram as cidades de Pérgamo, Antioquia da Psídia e Icônio, Listra e Derbe. De regresso visitaram alguns lugares em que haviam pregado, confirmando o ânimo dos que tinham crido, e estabelecendo anciãos nas Igrejas. Voltaram à Antioquia, donde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que haviam empreendido. E quando chagaram e reuniram a Igreja, relataram quão grandes cousas o Senhor tinha feito a eles e por meio deles, e como abrira aos gentios a porta da fé, (Atos 14:26,27). a febre missionária voltou sem demora a Paulo, e sentia que tinha de partir outra vez. Nesta Segunda viagem missionária que julgamos Ter sido empreendida pelo ano 50, Paulo e Barnabé se separaram. Barnabé tomando consigo a Marcos, foi para Chipre, e Paulo, acompanhado de Silas visitou a Síria e a Cilicia, confirmando as Igrejas. Em Derbe se juntou a eles Timóteo, e seguiram para a Galácia, passando por Frígia. Por ordem divina cruzaram o mar Egeu e se internaram na Macedônia, começando assim a obra missionária na Europa, pregando nas margens do rio que banhava a cidade de Filipos, de onde partiram para a Grécia, fazendo tremer o pavilhão em Atenas com a mensagem da cruz de Cristo, primeiramente no bulício (espécie de praça pública em Atenas), depois no retiro de sossego chamado de Areópago. Seguiram então para Corinto e dali para Éfeso e Jerusalém.

A terceira viagem missionária de Paulo foi feita no ano 53., visitando a Galácia, Frígia e Troas, em caminho à Macedônia. Voltou a Troas, passando pelas ilhas do Mar Egeu, e regressou a Jerusalém. Nesta cidade foi encarcerado e detido dois anos, na Fortaleza de Cesareia. Apelando para César foi conduzido para Roma, onde permaneceu do ano 60 a 62, pregando na casa que alugara. Os Atos dos apóstolos findam aí, porém, é certo que Paulo foi posto em liberdade, e que fez uma viagem pelas regiões em que havia fundado Igrejas. Alguns ainda crêem que ele realizou o seu desejo de pregar na Espanha. Feito prisioneiro novamente, sofreu martírio em Roma, no ano dominical 67.

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1) COMPLETE: Os ___________ dos _________________, livro este que com justiça é chamado um livro divinamente inspirado sobre o assunto de _____________, conta-nos sobre as viagens missionárias de Paulo. 2.2 Outros Apóstolos Missionários

As circunstâncias de ter sido Lucas um dos companheiros de Paulo concorre para que o Livro dos Atos se ocupe quase exclusivamente deste apóstolo. Porém, não se pode pensar com isto que os outros apóstolos negligenciaram a causa missionária. Há de fato, algumas datas que foram conservadas pelos historiadores antigos que parecem suficientemente sérias e dignas de nosso crédito. Eusébio por exemplo, o primeiro dos historiadores do Cristianismo, disse: “Sob influências celestiais, a doutrina do Salvador, semelhante aos raios do sol, irradiou rapidamente por todo o mundo e de acordo com as divinas profecias, o sonido de seus inspirados evangelistas e apóstolos foi por toda a terra suas palavras repercutiram até aos confins do mundo. Por todas as cidades e aldeias se encontravam Igrejas, cujos membros pertenciam a todos os povos, aqueles que devido aos erros de seus antepassados, haviam então presos pela enfermidade das superstições idólatras, libertaram-se pelo poder de Cristo mediante os ensinos e milagres de seus mensageiros.

O mesmo Eusébio nos fala de Marcos como o primeiro missionário enviado ao Egito e fundador da Igreja de Alexandria. Também fala de Tomé trabalhando entre os Partos, André em Scythia e João na Ásia. Pedro visitou as regiões de Ponto, Galácia, Bitínia e Capadócia. Sirva o nobre exemplo que nos deixaram os cristãos da geração apostólica como estímulo a todos que em nossos dias se sentem chamados a participar do grande movimento missionário de que é testemunha o presente século. 2) Usando o espaço logo abaixo, cite o nome de um dos primeiros historiadores do cristianismo. _______________________________. 2.3 Igrejas Missionárias

As Igrejas que figuravam no Novo Testamento, assim como todas daquela época, eram eminentemente missionárias. Todos os convertidos se compenetravam da responsabilidade de tornar conhecida de outrem a verdade que os havia libertado. Não é estranho, pois, que o número de Igrejas se multiplicasse tão assombrosamente. Paulo dá graças a Deus pela fé que animava os cristãos em Roma, a qual era celebrada por todo o mundo (Romanos 1:8), uma demonstração patente de que mantinham acesa a lâmpada espiritual do Evangelho entre eles. Gozo igual lhes proporcionavam os Tessalonicenses, que divulgavam a Palavra do Senhor através da perseguição, não só na Macedônia e Acaía, mas em todo lugar, I Tessalonicenses 1:7-9. Aos de Colossos escreve o Apóstolo que a Palavra do Evangelho havia chegado a eles, “como também a todo o mundo, e que ia frutificando”, Colossenses 1:4-6. Cada novo convertido ao Cristianismo, “Disse o historiador Gibber – reputava como um dever sagrado, propagar entre seus parentes a amigos a inestimável bênção que recebera”. É devido a este fato que o constante crescimento do número de cristãos, que conquistavam terreno dia após dia entre as multidões que viviam sem Deus e sem esperança no mundo. Para fazer-se uma idéia da marcha triunfante do cristianismo, basta-nos recordar que quando surgiram as primeiras perseguições do governo romano, o número de cristãos era calculado em 300.000,

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número que no ano 300 havia ascendido à 8.000.000. Eis como estava se cumprindo a parábola da mostarda, que se torna a maior das hortaliças. 3) RESPONDA. Como eram as Igrejas que figuravam no Novo Testamento, assim como todas daquela época? ___________________________________________________________________ 2.4 PERÍODO SOMBRIO

Infelizmente, porém, a este crescimento numérico, seguiu-se uma lamentável decadência espiritual

que mundanizou as Igrejas. Começaram a faltar-lhes o amor e a fé, virtudes pelas quais haviam triunfado, aparecendo em seu lugar ritos, fórmulas, sacramentos e cerimônias sacerdotais do paganismo.

Graças a Deus, porém, muitos houve que não se conformaram com o tal estado de coisas, mantiveram-se sempre em franco protesto contra o espírito sacerdotal, e lutaram, ora fora da massa total, ora dentro dos cristãos nominais, PELA FÉ UMA VEZ DADA AOS SANTOS DE DEUS.

2.5 ASTROS QUE BRILHARAM NAS SOMBRAS DAS NOITES PROLONGADAS, E LUGARES

ATINGIDOS POR HERÓIS DA OBRA MISSIONÁRIA PATRÍCIO – Irlanda. Nasceu na Escócia, na primeira metade do século V. Filho de um diácono de Igreja de uma aldeia. Recebeu uma boa educação, no tocante a salvação.

Quando tinha apenas 16 anos de idade, foi feito escravo, junto com outros vizinhos, por uns piratas escoceses que o venderam a um chefe da Irlanda. O tempo que passava sozinho, dedicava-o a devoção. Abandonado de qualquer proteção humana, aprendeu a Ter confiança somente em Deus. Depois de seis anos de cativeiro conseguiu escapar e voltar para a sua família.

Depois de tanto sofrimento, Patrício sentiu um grande desejo de voltar a pregar o Evangelho de Cristo à seus amigos em cativeiro, pois tanto amava os amigos que lá fizera e que viviam em miseráveis condições.

Pregou ao ar livre e fundou inúmeras congregações, tirando assim muitas almas da idolatria e levando-as aos pés de Cristo. Suas Igrejas nunca tiveram nenhuma relação com Roma.

A nós, ele deixou a seguinte frase: “Rogo a Deus que me de perseverança, e o poder de ser uma testemunha fiel até o fim.” 4) COMPLETE: _______________ nasceu na Escócia, na primeira metade do século V, era filho de um ___________ e recebeu boa educação no tocante a sua salvação. COLOMBA Nasceu na Irlanda em 521, e parece ter herdado o mesmo espírito de Patrício. Vendo o seu país bem evangelizado tomou a decisão de pregar o evangelho nas regiões do paganismo. “Irei a Escócia pregar a Palavra de Deus”, disse ele. Obra que iniciou-se no ano de 565. Na Escócia, num lugar chamado Hébridas, iam de casa em casa pregando o Evangelho do Senhor. Fez vários manuscritos e fundou até mesmo uma Escola de Teologia, para instruir os seus convertidos. As Igrejas fundadas por Colomba, também não tiveram nenhuma influência do romanismo. A Santa Escritura era a única regra de fé e prática. Um só era o chefe: “O Senhor Jesus Cristo”, o coração dos obreiros precisavam estar sempre limpos diante de Deus. Colomba pregava um Evangelho puro na época em que Roma queria dominar e transmitir as suas mentiras à todo o mundo. Por todo este trabalho a Grã-Bretanha foi trazida aos pés da cruz.

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2.6 DEPOIS DA REFORMA Entre os reformadores foram os irlandeses que deram o primeiro sinal de vida missionária. Iniciaram-se em 1.642. Estabeleceram escolas e seminários, chegando a haver até 85.000 alunos ao todo. Realizaram os mesmos trabalhos em Java e muito fizeram entre os índios. 5) RESPONDA: Entre os reformadores, quem deu primeiramente o sinal de vida missionária? ___________________________________________________________________ 2.7 MISSÕES NAS REGIÕES POLARES No século XVII, os dinamarqueses que possuíam vastos territórios ao norte da Europa intentaram também em levar o Evangelho. Hans Egede é, talvez o missionário mais notável dessa época. Nasceu na Noruega, e desde a sua juventude desejava ardentemente visitar as regiões polares. Num navio que conseguiu construir com grande sacrifício, partiu rumo a Groelândia, acompanhado por sua família. É pouco provável que tenha havido um missionário que sofresse tanto como Hans Egede. Navegando entre o gelo daquelas regiões chegou a costa em 1.721 , viveu com sua família em choças, caçando ou pescando para a sua sobrevivência. Sua esposa logo morreu devido a muitas enfermidades e o maus tratos. Egede então dirigiu a Missão Dinamarca, na qual foi ajudado por seu filho Paulo, o grande lingüista dos idiomas que se falam nas regiões polares. 6) COMPLETE: ___________________________ é provavelmente o missionário mais notável do século XVII. 2.8 MISSÕES EM TRANQUEBAR Com o concurso dos Alemães , os dinamarqueses tiveram uma missão muito importante em Tranquebar, Índia, pelo começo do século XVIII. O primeiro missionário nesse campo foi Ziengerbalg, nascido em 1.863 e órfão desde muito pequeno. A mãe enferma reuniu seus filhos a sua volta e disse-lhes: “Filhos meus, deixo-vos um tesouro.” Surpreendidos os meninos perguntaram-lhe: “Onde está este tesouro mamãe?” Irão encontra-lo na Bíblia, foi a resposta. Molhei com minhas lágrimas cada uma de suas páginas. Este acontecimento foi uma benção para este homem e para muitos povos Indus.

Depois de alguns anos de experiência de conversão este servo partiu para Tranquebar em uma viagem penosa que durou cerca de sete longos meses, chegando ali em junho de 1.706. O rigor do clima, os horrores da vida pagã, o ódio dos missionários católicos e a conduta ímpia dos residentes estrangeiros, e uma prisão de quatro meses que teve de sofrer, todas estas coisas concorreram para aumentar o fervor do mensageiro de Deus. Depois que aprendeu o idioma, começou a pregar e no ano seguinte a sua chegada foram batizados os primeiros cinco convertidos. Traduziu para aquele idioma o Novo Testamento, e fez funcionar uma imprensa para publicar folhetos bíblicos e hinários. Este grande homem de Deus, que ainda era muito jovem, veio a falecer em 1.721, deixando um caminho aberto pelo qual muitos outros trilhariam a mesma carreira. 7) RESPONDA: Qual o tesouro deixado pela mãe ao missionário Ziengerbalg e seus irmãos? ____________________________________________________________________ 2.9 MISSÕES ENTRE OS PELES VERMELHAS

Os puritanos que, fugindo da intolerância, foram estabelecer-se nos bosques e terras virgens da

América do Norte, encontraram-se pela primeira vez com os Peles Vermelhas. Entre eles o que mais se distinguiu foi João Eliot, com justiça denominado o Apóstolo do Índios. Nasceu na Inglaterra em 1.604, e

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com a idade de 17 anos, sentiu-se profundamente tocado em seu coração para área de Missões. Emigrou para a América junto com outros puritanos. Nomeado Pastor em Boxbury, ao sul de Boston, ocupou o posto por mais de meio século. Homem de fé viva, e zelo incomparável pela obra e causa de Deus. Provida de uma vontade de aço e de uma perseverança incansável realizava cada dia melhor o seu trabalho.

Em 1.646 pregou o seu primeiro sermão aos peles vermelhas, o primeiro que se ouvira neste idioma. Acompanhado por alguns caciques fez extensas e perigosas viagens, atravessando bosques, os quais o homem branco nunca havia colocado os pés. A maioria dos colonos se escarnecia dele, profetizando que sua obra não daria resultados, porém, coisa alguma apagou o fogo santo que ardia em seu coração. Em 1.680, obteve do governo um território no qual fundou uma colônia chamada Natick, onde se reuniam quase todos os índios evangelizados. Animados com o êxito alcançado por Eliot, outros cristãos imitaram seu exemplo ao cabo de alguns anos. Os resultados de seus trabalhos foram, quatorze comunidades, acolhendo cerca de 4.000 indígenas.

Esta obra continuou por espaço de cinco gerações num período de 160 anos, havendo também entre eles uma senhora chamada Bland, de quem se diz Ter sido a primeira missionária americana.

8) COMPLETE: __________________________, é com certeza denominado o Apóstolo dos Índios.

RESPOSTAS DOS TEXTOS 1) Atos – Apóstolos – Missões. 2) Eusébio. 3) Eram eminentemente Missionárias. 4) Patrício – Diácono. 5) Foram os Irlandeses. 6) Hans Egede. 7) A Bíblia Sagrada. 8) João Eliot. CAPÍTULO 3

3.1 OS MORAVOS

Os cristãos chamados moravos são o resíduo, o remanescente da obra de João Huss queimado vivo em 1.415, por ordem do Concílio de Constânça, depois de grandes e frutíferos trabalhos levados a efeito da Boêmia. Fundaram em 1.722, uma aldeia chamada Herhut. Em nenhum outro grupo de cristãos é tão pronunciado o zelo missionário como entre os moravos. Ainda que poucos em número e pobres em recursos financeiros, achamo-los pregando o Evangelho em todas as partes do mundo. Em 1.832, depois de cem anos de atividades missionárias, os moravos contavam com 41 estações de pregação, 40 mil pagãos batizados e 209 missionários. Trabalho que cinqüenta anos mais tarde atingia: 70 estações de pregação, 83.000 batizados, 335 missionários e 1.500 indígenas. O obra realizada pelos irmãos moravos é um dos grandes milagres da história. É uma obra de Titãs, levada a efeito em circunstâncias as mais desfavoráveis possíveis. Esses homens e mulheres de Deus podem muito bem nos ensinar o que podemos fazer com um pouco de sacrifício, muita união, e quase nada de dinheiro. Eles nos demonstraram que jamais existirá portas fechadas para os verdadeiros homens e mulheres de fé. 1) COMPLETE: Os cristãos chamados _______________ são o resíduo, o remanescente da obra de

______________________ queimado vivo em ____________ por ordem do ____________________________.

3.2 MISSÕES DA ÍNDIA GUILHERME CAREY

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Com este grande homem de Deus começa uma nova história das missões. Nasceu em Paulerspury, Inglaterra, em 1.701. Quando tinha 17 anos passou por uma profunda experiência espiritual, e desde então utilizou sua vida a serviço de Cristo. Morrendo o seu patrão, casou-se com a irmã deste, herdeira de seu negócio, uma jovem sem educação e que nunca pode participar das nobres aspirações do futuro herói, e que foi para ele “... um verdadeiro espinho na carne...” durante toda a sua brilhante carreira. Depois de sua conversão começou a pregar com grande êxito, e em 1.785 foi eleito Pastor da Igreja Batista de Olney.

Quando Carey começou a externar seu desejo de levar o Evangelho aos pagãos, começaram todas a rir de suas idéias, e ainda os que mais tarde foram o seus mais fortes colaboradores, se atreveram chamar-lhe de “pobre iludido”. Carey, porém, sem se preocupar com o que pensassem os homens, continuava com os seus olhos bem fitos no Senhor, seguro de que algum dia seriam ouvidas as suas fervorosas orações. Em 02 de outubro de 1.792, reuniu-se uma associação missionária em Kettetring, e neste dia nasceu a primeira sociedade missionária dos tempos modernos. Em uma reunião de comissão um certo secretário fez a leitura do seguinte memorial escrito por um médico chamado Thomas: “Há uma mina de ouro na Índia, porém parece achar-se no centro da terra, quem se anima a encontra-la?” Carey, respondeu: “Eu me animo a descer, lembrai-vos, porém, de que vós tendes de suster os cabos. Após muitas dificuldades para conseguir embarcar, em 13 de junho de 1.793, Carey e sua descontente esposa, seus filhos e o Dr. Thomas, empreenderam a longa viagem à misteriosa terra dos Brahmanes. Carey chegou em Calcutá no dia 10 de novembro de 1.793, depois de cinco longos meses de viagem em navio a vela, a única navegação que existia naquele tempo. Ali iniciou uma obra que continuaria por 41 anos sem interrupção nem mesmo descanso. Os primeiros seis anos foram de duas provas e puros desenganos. Por algum tempo ele e sua família sofreram fome, e muitas outras carências, mas apesar de tudo ele dizia: Deus está comigo! Sua Palavra é a verdade segura, e ainda que as superstições do paganismo sejam mil vezes piores do que são, ainda que seja abandonado pelos meus e perseguido por todos, minha esperança, fundamentada na Palavra de Deus, permanecerá sobre todos os obstáculos, e triunfará sobre todas as provas. A causa de Cristo triunfará e eu sairei destas angústias qual ouro purificado no fogo. Foi somente depois de sete anos de trabalho que puderam ver algum fruto, com o batismo de Krishana Pal. Daí por diante a cada dia a obra de Deus frutificava, através do esforço do grande servo do Senhor. 2) Responda: Como era a esposa de Guilherme Carey? __________________________________________________________________________ 3.3 ADORIAN JUDSON Nasceu em Malden, estado de Massachusetts, Estados Unidos, a 09 de agosto de 1.788. Sendo seus pais cristãos sinceros e ativos. Pouco tempo depois de sua conversão sentiu-se atraído à obra missionária. Mais tarde Judson veio a ser o homem que Deus usou para dar origem às grandes organizações missionárias americanas. Decidiu-se em ir a Birmânia, um dos impérios autônomos da Índia, onde prevalece a religião budista. Em pouco tempo já havia aprendido falar o idioma. Instalou-se em uma pequena cidade chamada Rangoon, onde fundou uma pequena Igreja, e onde também a pregação do Evangelho sempre atraía alguns. Foi um missionário que sempre permaneceu firme. Não muito tempo depois um Imperador fanático subiu ao trono, adepto da religião budista. Houve então terríveis perseguições e todo o povo foi proibido de assistir as reuniões evangélicas. Mas imediatamente um raio de luz se deixou ver no tenebroso céu da Birmânia. O fanático Imperador adoeceu gravemente das vistas, e solicitou os serviços de um médico cristão chamado Dr. Price e, este por sua vez, convidou Judson para ser o seu interprete. O mesmo Imperador o convidou para se estabelecer em Ava a Capital, e facilitou para ele um terreno para a construção de um local onde ele pudesse ensinar a sua religião. Judson mudou-se o mais rápido possível.

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Em Ava contudo, esperavam-no dias amargos. Ali chegou em 1.824, justamente quando se estavam em guerra entre a Birmânia e a Inglaterra. Um ódio de morte contra os estrangeiros instalou-se em todo o país e ainda mais contra ele por suporem que era inglês por causa da língua que falava. Depois que todos lhe deram as costas, por fim o prenderam com os estrangeiros. Assim ele permaneceu por 21 meses, em diversos cárceres e lugares, onde passou por sofrimentos impossíveis de narrarmos aqui. Foi durante esse tempo de amarguras que sua esposa demonstrou a que ponto pode chegar o heroísmo de uma mulher consagrada aos seus deveres, e até onde pode chegar o sofrimento de uma pessoa a quem Deus sustem com a sua graça. Foi ela um verdadeiro anjo, não somente para o seu esposo, mas também para todos os estrangeiros que se achavam nas mesmas circunstâncias. Conheceu e dominou perfeitamente o idioma dos birmanos, e devido a sua serenidade, impunha respeito onde quer que se apresentava. Os ingleses ganharam a guerra, e Judson foi tirado do cárcere para agir como intérprete nas negociações de paz. Sua missão não foi somente a de intérprete, mas também a de mediador e pacificador. Foram-lhe então propostos altos empregos, os quais ele recusou, porque havia ido a Índia para pregar o Evangelho e não para ganhar dinheiro. Os do mundo o chamaram de fanático. O dinheiro que ganhou como intérprete deu-o todo para a obra de missões. Seu tempo e sua vida eram somente para: “A obra de Deus e as almas perdidas que precisava ganhar para Cristo Jesus.” Um de seus bons empreendimentos foi o Ter iniciado um trabalho entre os membros da tribo de Karen, que habitam nas selvas do país. Conseguiu trazer ao conhecimento de Cristo um escravo de 50 anos e que já havia cometido 30 homicídios. O povo que observava por onde eles passavam, analisavam a grande mudança da vida daquele homem e não podiam deixar de reconhecer que o Evangelho é poder de Deus. Durante doze anos se dedicou à evangelização de 600.000 habitantes de sua tribo. Povos inteiros se convertiam. Voltavam, as vezes trazendo dezenas e até mesmo centenas de pessoas que pediam o batismo. Entre os Karens há mais de 40.000 crentes. Depois de algum tempo ficou enfermo e teve que fazer uma viagem marítima, mas não resistiu vindo a morrer a bordo. Seu cadáver foi sepultado nas profundezas do oceano. 3) RESPONDA: Como era a esposa de Adorian Judson? __________________________________________________________________________ 3.4 MISSÕES NA CHINA ROBERTO MORRISON (CHINA) Roberto Morrison nasceu na Escócia, de pais pobres. Jovem sério e enérgico, começou com grande empenho a estudar todas as matérias que o ajudariam a levar a efeito a obra para a qual se sentia chamado. A sociedade missionária de Londres, decidiu-se em enviá-lo a China, via América. Ao seu embarque em Nova Iork, disse-lhe alguém, que se lastimava da sorte do pobre jovem que deixava a pátria, família e futuro por uma idéia que considerava ilusão. Era o primeiro missionário que iria forçar as portas do celeste império.

Em 28 de fevereiro de 1.807, Morrison desembarcou em Macau, e pouco tempo depois, já o encontramos entre as multidões de Cantão. Deixou crescer os cabelos e unhas, vestiu-se como os chineses, comia como eles e trabalhava de dia para pagar a noite estudando aquele idioma. A tradução da Bíblia para o chinês, teria de ser a obra mais importante de Morrison, e Deus o estava preparando para isso. O chinês é uma língua tão difícil que João Wesley costumava dizer que havia sido inventada pelo diabo a fim de impedir que o Evangelho fosse pregado a esse povo numeroso. Milne, um dos companheiros de Morrrison, disse: “Para se aprender o chinês é necessário um corpo de bronze, pulmões de aço, uma cabeça de carvalho, olhos de águia e o coração de um apóstolo, a memória de um anjo... O trabalho de traduzir a Bíblia, no qual empregou, ajudado por Milne, 14 anos, foi sem dúvida o mais árduo e glorioso de sua vida”.

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Em 1.814 teve o gozo de ver os primeiros frutos de seu trabalho batizando a Tsaiko, nas proximidades de um poço, num lugar deserto, o batizei em nome de Deus, Três vezes Santo – escreveu Morrison – Que seja a primícias de uma abundante colheita, a primeira unidade desses milhões que crerão no nome de Jesus e serão salvos em seu nome.

Dois anos mais tarde Milne batizou a Lian Afá, um discípulo de Morrison, que chegou a ser mais tarde um valoroso servo do Senhor, sempre fiel no meio do fogo de uma violenta e permanente hostilidade. Foi consagrado ao ministério por seu pai espiritual, e quando Morrison, por se achar muito debilitado por seu estado de saúde, teve de voltar a Inglaterra para descansar, Lian Afá ficou a frente da obra. Em 1.834 foi chamado ao descanso do Senhor. A grande obra de Morrison foi a de abrir caminho a todos os que mais tarde iriam estudar o chinês. Sua tradução da Bíblia permaneceu como um monumento, testemunha de sua prodigiosa atividade, e os frutos da obra na China são os resultados de seus trabalhos, suas lágrimas e suas orações. 4) COMPLETE: _____________________________, foi o primeiro missionário a forçar as portas do celeste império da China. 3.5 MATHEUS YATES

Nascido e criado em ambiente campestre na Carolina do Norte, acostumou-se desde pequeno ao

ambiente de roça. Em 1.846 ele, sua culta, consagrada e piedosa esposa, foram eleitos para dar princípio a uma obra na China. Em 1.847 chegaram a Changai, onde Yates fixou residência ficando por 42 anos. O trabalho era sólido e prático e tem sido continuado por missionários capazes e fiéis.

Em 1.887 foi atacado por uma paralisia aguda que o impossibilitou de continuar as suas tarefas regulares, mas quando se sentia aliviado de sua enfermidade, fazia trabalhos literários. Entre todos os seus trabalhos, destacamos aqui em especial o Novo Testamento que traduziu para o dialeto regional de Changai, e vários trabalhos que alcançaram muita popularidade.

Em 1.888 dormiu no Senhor, para entrar no descanso dos fiéis Muitas vezes exprimia o desejo de morrer na China, para que no glorioso dia da ressurreição pudesse levantar com os feixes que seus largos anos de semeadura e lavragem espiritual haviam produzido.

5) RESPONDA: Qual a maior obra realizada por Matheus Yates? 3.6 HUDSON TAYLOR A maior empresa e a maior importância que se há levado a cabo para o fim de evangelizar a China, se devem aos esforços da missão no interior da China, da qual o iniciador e protagonista durante uma carreira larga e brilhante, foi Hudson Taylor. Assim se formou a missão no interior da China. A primeira medida tomada foi a de jamais contrair uma dívida, porque criam que se estavam fazendo a obra de Deus, Ele mesmo supriria todas as necessidades. Por conseguinte, não lhes era permitido gastar um só centavo que não houvessem recebido. Não se podia assinar salário fixo para os obreiros, e para se obter recursos se resolveu nada pedir a pessoa alguma e esperar tudo em Deus. Dar-se-iam informações ao público cristão do que o Senhor estava fazendo, porém, não se estabelecia coletores nem se fazia pedidos de dinheiro de forma alguma. Os obreiros e a obra tinham de depender diretamente de Deus.

As vezes, as perspectivas tornavam-se sombrias e não faltavam críticos que profetizassem a pouca duração da obra. Taylor, porém, havia aprendido a não se afligir e entregava tudo nas mãos de Deus. Em um dos momentos críticos da missão, estando seu fundador prostrado num leito de dor, concebeu o audaz projeto de chegar as nove províncias do centro, entretanto fechadas, e nas quais se não permitia a residência de estrangeiros. Os homens vieram e enquanto as fervorosas orações e súplicas subiam incessantes ao trono Eterno, Li-Hung-Chang, um grande estadista Chinês, persuadia o Imperador da

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conveniência de abrir o país inteiro. Pela fé saíram os missionários da Inglaterra quando as portas ainda se achavam fechadas, e ao chegarem na China se lhes deparou com a notícia de que se já achavam abertas. Era Deus quem respondia as orações de seus filhos. Taylor era um homem que personificava o lema de Carey: “Empreender grandes coisas para Deus, e esperar grandes coisas de Deus.” 3.7 MISSÕES NO JAPÃO Aberto o país pela esquadra de Perry, e pela hábil diplomacia de Harris, se deparou ao mundo cristão uma porta aberta que convidava a entrar. Entre os muitos missionários que se tem destacado do país do sol nascente de distinguiram: Samuel R. Brown, João C. Hepburn e Guido F. Verbeck. Durante os primeiros doze anos de missões evangélicas no Japão (1.859-1.872), somente dez pessoas aceitaram o batismo. A maior parte destes foram batizados a portas fechadas, e ainda assim um deles teve de sofrer cinco anos no cárcere. A primeira Igreja foi organizada em 10 de março 1.872, e se compunha de onze membros. Os editos contra o cristianismo foram revogados em fevereiro de 1.873, ficando, porém, para abolir os profundos preconceitos contra os cristãos. Depois de 50 anos, a contar de 1.859, o número de missionários no Japão não chegou a 800, o número de igrejas a 400, das quais um número superior a 100 (cem) não recebiam auxilio nenhum do exterior, havia uns 500 pastores japoneses e 600 ajudantes ocupados também em pregar, mais de 70.000 membros nas igrejas e mais de 4.000 homens e 6.000 mulheres, preparando-se para a pregação, e 250 mulheres para a leitura da Bíblia entre pessoas de seu sexo. Tudo isso são os resultados da obra missionária neste país. 3.8 MISSÕES NA ÁFRICA. DAVID LIVINGSTONE Nasceu em Blantyre, perto de Glasgow, em 19 de março de 1.813. Sua conversão que se deu aos 20 anos, criou-lhe novos sentimentos e novas disposições. Foi este o homem que mais influenciou em abrir portas do continente negro, e que por seu amor as almas. Sua vontade de aço, seus esforços perseverantes e sua calma nunca excedida chegaria as regiões que jamais haviam sido pisadas pelo homem branco. David aprendeu bem cedo a tudo renunciar por amor a Cristo. Em 1.843 fundou uma estação missionária em Mabotsa.

Foi então que esteve às garras de um leão, que lhe molestou um braço, e do qual se livrou de uma maneira milagrosa. Em 1.844 casou-se com Maria Moffat, deixando a obra em Mabotsa a cargo de um colega, passou adiante e fundou outra estação em Chonuane, centro principal dos Bakwains, cujo chefe Sechele o recebeu muito bem, manifestando logo o desejo de ser ensinado nas doutrinas de Cristo. Durante este tempo os Boers, tão contrários as missões, começaram-lhe a colocar obstáculos. “Acham-se dispostos – escrevia o missionário – a cerrar-me o interior do país, porém, eu me acho disposto a abri-lo e penetrar nele. Veremos quem pode mais.” “Deus teve um Filho único, que foi missionário e semeador, eu sou um pobre imitador do Mestre, quero pelo menos seguir o seu exemplo. Quero viver servindo-o, não como eu quero, mas como Ele quer, e servindo-o, quero morrer.” Depois de muitas duras e penosas expedições pelo continente negro, viagens nas quais passava anos sem contato com os parentes e nem com o mundo civilizado, o notável missionário começou a se sentir débil, e um dia quando um de seus fiéis discípulos foi de manhã cedo vê-lo em sua choça, encontraram-no de joelhos, reclinado sobre o leito em atitude de oração. Retiraram-se em silêncio para não o incomodar neste ato. Porém, quando viram que o tempo passava e ele não se movia, aproximaram-se dele, e então verificaram que já havia entregue a sua alma à Deus. O grande servo de Deus morreu de joelhos, orando. 6) RESPONDA: Como morreu o missionário David Livingstone?________________________________

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3.9 MISSÕES NA OCEÂNIA WILLIANS A Oceania compreende a Austrália, Nova Zelândia e numerosas ilhas semeadas pelo Pacífico. A população indígena dessas ilhas se calcula em 30.000.000, entre os quais figuram os mais baixos que a espécie humana possui, imersos no mais completo estado de selvageria, guerreando-se de contínuo uns contra os outros e se alimentando de carne humana. O Taiti tornou-se o centro donde irradiou-se a luz do Evangelho aos muitos arquipélagos dos mares do sul. A primeira coisa que fez a ali ao chegar foi com que as tribos ficassem mais próximas umas das outras, e assim fizeram uma capela e uma escola para início de suas grandes atividades. No ano de 1.820 Willians, auxiliado pelo povo, levantou uma espaçosa casa de cultos, em cuja inauguração se verificou a presença de mais de 2.400 pessoas. O amor ardia do coração deste missionário para com todos os selvagens, e isso fazia com que não estacionasse só em uma ilha, razão pela qual viajava constantemente para pregar o Evangelho em outras tribos. Conseguiu estabelecer mestres na ilha de Rarotonga, onde ele próprio trabalhou pessoalmente. O êxito nesta ilha foi completo. Há obstante ter de tratar com um povo inteiramente bárbaro, acostumado a celebrar grandes festas nas quais se efetuava uma comezaina de carnes humanas. Os nativos destruíram todos os seus ídolos e levantaram uma imensa casa de cultos de quase 200 metros de cumprimento, onde se congregava aos domingos umas 2.000 pessoas, em ocasiões especiais o número subia para 5.000. A obra em Rarotonga prosperava cada vez mais, ao ponto de Willians poder escrever estas palavras: “Quando os encontrei em 1.823 ignoravam por completo a natureza do culto cristão, agora quando os deixo em 1.834, ignora que haja uma casa onde não se observe o costume da oração doméstica pela manhã e noite.” Achamos também Willians trabalhando em Samoa, onde também teve um êxito extraordinário. Em 1.839 Willians se despediu para sempre de seus amigos em Samoa, pois resolvera levar o Evangelho ao arquipélago, conhecido pelo nome de Novas Hébridas. Neste dia pregou um notável sermão, baseado em Atos 20:36-38. Todos ficaram muitos tristes ao vê-lo partir, não só por se verem privados de tão bom amigo, irmão, mestre e pastor, mas porque de todos se apoderava o pressentimento das coisas tristes que se pressagiavam. No dia 19 de novembro se avistou da sua embarcação a ilha chamada Erromanga. No dia seguinte estavam bem próximos a ilha. Quando se aproximaram da costa, entraram numa formosa baia, e viram um grupo de indígenas que por meio de sinais os estimavam a retirar-se, não obstante conseguirem, por meio de presentes, baixar a terra, porém, poucos momentos depois foram atacados e Willians foi assassinado a golpes, sucedendo o mesmo com seu companheiro irmão Harris. Os outros puderam escapar na embarcação. Os cadáveres dos mártires foram arrastados do litoral para o interior da ilha, e é impossível esquecer o horrível pensamento de que foram comidos pelos selvagens, num dos seus bárbaros festins. Assim morreu o nobre apóstolo da Polinésia, depois de servir ao Senhor durante vinte e cinco anos. Com a morte de Willians começaram as Novas Hébridas a receber atenção de muitos missionários, os quais pela abnegação de viver entre os canibais, imersos nos mais completos atos de selvageria, adquiriram um lugar bem merecido entre os heróis da obra missionária. 7) COMPLETE: Quando os encontrei em 1.823 ignoravam por completo a natureza do culto cristão, agora quando os deixo em 1.834,

Prezados irmãos, muito ainda eu teria que comentar sobre este tão importante assunto, porém, espero que, os vocacionados pelo Senhor à Obra, tomem consciência da grande necessidade de milhões de almas que estão imersas na mais completa ignorância e superstições, tem de ouvir as verdades irrefutáveis do Evangelho. Oremos para que nossos líderes e nossas igrejas sejam despertados. RESPOSTAS DOS TEXTOS: 1) Moravos – João Huss – 1.415 – Concílio de Constânça.

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2) Uma mulher sem educação, descontente, a qual nunca pode participar das nobres aspirações missionárias de seu esposo, um verdadeiro “espinho na carne”. 3) Mulher consagrada aos seus deveres, sustentada pela graça de Deus, amável, de bom coração, sábia e que impunha respeito onde quer que se encontrasse. 4) Roberto Morrison (China). 5) O Novo Testamento, traduzido para o dialeto regional de Changai. 6) O grande servo do Senhor morreu de joelhos, orando. 7) Ignoro que haja uma casa onde não de observe o costume da oração doméstica pela manhã e noite. CAPÍTULO 4 QUEM SÃO AQUELES QUE ESTÃO NOS CAMPOS MISSIONÁRIOS.

Passemos a analisar agora quem são aqueles hoje que estão nos Campos Missionários antes de

passarmos a Vocação Missionária. 4.1 Os que estão na Frente da Batalha. Nesta linha, encontramos os missionários enviados para os campos, que estão trabalhando na implantação de Igrejas e nos ministérios de apoio. Notemos que, eles estão na sua maioria, embora num campo de batalha, entre os próprios cristãos. Isto se deve a seguinte estatística: Cristãos nominais..........................1.250.000.000 – 96.800 missionários. Outras religiões e ateus.................3.544.000.000 – 24.200 missionários. O número de missionários entre os povos mais necessitados e não alcançados é quatro vezes menor do que aqueles que trabalham entre os cristãos nominais. É tempo de olharmos para esses povos que ainda não conhecem o Evangelho e colocarmos as mãos no arado, desafiando Igrejas a enviarem missionários, para plantarem igrejas onde não há testemunho do Evangelho...... esforcemo-nos deste modo por pregar o Evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio... (Romanos 15:20). 1) RESPONDA: Quem são aqueles que estão na Frente da Batalha? 4.2 Linha dos que estão no apoio. Esta é a linha dos que estão comprometidos com os missionários, no sentido de orar e contribuir regularmente para o seus sustento.

Veja que o número é pequeno, pois infelizmente poucos têm recebido a visão e assumido o compromisso de obediência total a Cristo. Estes estão segurando as cordas da oração, sabendo que a obra missionária não é responsabilidade somente do missionário que vai ao campo, mas estar associado a ele, no sentido de orarem para que seja usado por Deus em seu trabalho. E não participam apenas orando, mas contribuindo financeiramente para o sustento da família do missionário. Devemos orar para que haja um grande despertamento espiritual em nossas igrejas, a fim de que Deus levante soldados que estejam na linha de apoio para o sustento espiritual e financeiro dos missionários. 2) RESPONDA: Quais são aqueles que estão na linha de apoio?

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4.3 Linha dos que atacam somente aos Domingos.

Aqui encontramos muitos pastores e suas Igrejas. Os pastores pregando sermões evangelísticos aos domingos e os crentes convidando pessoas para virem ouvi-lo. Durante a semana, levam uma vida de comodismo, não se preocupando com a salvação de outras vidas, resolvendo no Domingo atacar o inimigo. Louvamos a Deus porque em Sua misericórdia vidas estão recebendo a mensagem do Evangelho e sendo salvas. Mas se pensarmos bem e tivermos consciência de que estamos numa batalha espiritual, como será possível atacar somente aos domingos? Onde está o nosso testemunho pessoal durante a semana. Porque não fazemos discípulos de Cristo no nosso trabalho, escola, vizinhança, etc. É tempo de a igreja de Cristo despertar-se, abrir os olhos e lançar mãos as armas espirituais, entrando na batalha contra as trevas. 3) RESPONDA: Quem está na linha dos que só atacam aos domingos? __________________________________________________________________________ 4.4 Linhas dos que atacam uns aos outros. A situação apresentada acima é uma dura realidade da Igreja de Cristo hoje. Muitos crentes estão brigando entre si. O denominacionalismo tem semeado discórdia, desunião e confusão entre o povo de Deus. Podemos notar em todo tempo uns atacando os outros e, muitas vezes, para vergonha nossa, usando meios de comunicação que são públicos, desonrando assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Se os líderes das denominações tivessem consciência clara do trabalho a ser realizado, e que estamos enfrentando, talvez parassem de atacar uns aos outros e se unissem espiritualmente, para juntos derrotarem ao inimigo. Posso imaginar a alegria de Satanás ao ver os crentes brigando entre si.

Quero que saibam que não sou contra as denominações (eu até pertenço a uma delas), sou contra o denominacionalismo que as divide, discrimina e desune o povo de Deus. Precisamos Ter consciência de que nosso inimigo não é o irmão de outra denominação, mas sim o diabo. Aqui não entra somente o denominacionalismo, mas também correntes teológicas. Nesta época, tem-se dado ênfase a muitas grandes idéias que têm surgido e isto tem causado divisões. Sabemos que cada um tem suas convicções e bases bíblicas. Podemos Ter diferentes correntes teológicas, mas nunca nos dividir-mos por causa delas. Devemos nos unir no que concordamos compreendendo-nos no que discordamos. 4) RESPONDA: Quem está a linha que ataca uns aos outros? __________________________________________________________________________ 4.5 Linha dos que estão Construindo Templos. Aqui se alinham os que perderam o objetivo e o propósito da Igreja aqui na terra. São os que colocam em primeiro lugar a construção de suntuosos templos. Também não sou contra a construção de templos, somente digo que elas devem ocupar o seu devido lugar. Jesus não veio para construir templos, veio para salvar vidas. Quantas igrejas estão invertendo os valores, e, em vez de darem ênfase ao trabalho de evangelização e de missões, levam o povo a gastar dinheiro e esforços somente na construção de templos e edifícios. É claro que os edifícios são necessários, mas missões ainda é a maior prioridade. Conheço igrejas que há anos estão construindo templos, totalmente endividadas, e nunca conseguem chegar ao fim de sua construção. Outras fazem campanhas espetaculares e levantam fundos para edificarem templos faraônicos e luxuosos, enquanto as almas estão famintas, sem Cristo e sem esperança, caminhando , se aproximando cada vez mais de cair num abismo.

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Creio que já é tempo de a Igreja de Cristo voltar ao primeiro amor e redescobrir o seu papel aqui na Terra, colocando as prioridades na ordem correta. O pastor que se preocupar primeiramente com as almas, vai precisar depois, ampliar o templo ou construir outro, pois os novos convertidos serão quem vai construir – coloquemos missões sempre em primeiro lugar. – Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas (Mateus 6:33). 5) RESPONDA: Quem está na linha dos que estão construindo Templos? ___________________________________________________________ Linha dos Soldados feridos. Nesta linha, encontramos os crentes que só causam ou só trazem problemas à Igreja. Satanás está oprimindo muitos crentes, provocando assim problemas de sorte, para que pastores e crentes maduros se preocupem com eles e gastem tempo cuidando deles, quando poderiam estar trabalhando para missões.

Também desejo que saibam que não sou contra ministérios de aconselhamento e cura nas Igrejas, mas precisamos Ter discernimento quanto às nossas prioridades e ao uso correto de nosso tempo; precisamos treinar pessoas com o Dom espiritual de misericórdia, socorro, etc..., para que possam trabalhar com estas pessoas, sem envolver-se em um ministério para o qual Deus não nos designou e que possa não conduzir a igreja ao cumprimento de seus propósitos. Descobri que existem alguns crentes que só querem ser lembrados, receber, mas não querem se comprometer com o senhorio e as ordens de Cristo. Estas só dão trabalho e muitas vezes são colocados somente para que nos preocupemos com eles. Ouvi dizer que uma das armas mais modernas nos Estados Unidos da América não mata, apenas fere o soldado, isso para que ocupem o tempo de outros soldados cuidando dos feridos. Com esta estratégia a vitória torna-se certa. Creio que Satanás tem usado a mesma arma contra a Igreja. Abramos nossos olhos. 6) RESPONDA: Quem está na linha dos soldados feridos? 4.7 Linhas dos que não sabem que estão na Guerra. Composta de crentes indiferentes quanto ao progresso do evangelho. Estão preocupados com as coisas da vida. Só pensam em ganhar dinheiro e acumular tesouros aqui na terra; preferem os passeios no lugar da Escola Dominical, a cama no lugar do Estudo da Palavra, a televisão no lugar da reunião de oração, vivem despreocupados ao fato de que as pessoas estejam salvas ou não. O pior é que estão aplaudindo os que estão na linha de frente da batalha.

As vezes, vejo reações em algumas pessoas e igrejas, quando ouvem o testemunho de um missionário. Elas aplaudem, se exaltam com a coragem e o desprendimento daquela vida, ficam admiradas com o altruísmo do missionário e se deleitam com as histórias fascinantes e diferentes do campo missionário. No final, dão uma pequena oferta, apenas para o desencargo da consciência, e voltam no outro dia as suas atividades normais, não percebendo também que fazem parte desta batalha espiritual. Infelizmente, para vergonha nossa, esta é a realidade da maioria das igrejas, o maior número de soldados encontra-se nesta linha e são aqueles que não estão preocupados e nem se engajam na batalha. Desobedecem voluntariamente ao comando do General, mas estão aplaudindo aos obedientes. Que Deus tenha misericórdia da minha vida, de nós, e faça descer o poder do alto sobre nossas vidas, para que cada crente, e consequentemente cada Igreja, assuma a responsabilidade de entrar nesta batalha, usando todos os meios disponíveis para que Cristo seja pregado a todas as nações. 7) RESPONDA: Quem são aqueles que não sabem que estão na guerra? __________________________________________________________________________

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RESPOSTAS DO TEXTO: 1) Os missionários que são enviados para o campo, tanto de missões nacionais como internacionais. 2) 2) Os que estão comprometidos com o apoio e o sustento missionários, no seus próprio país ou fora

deste. 3) Muitos pastores de Igrejas, os quais se preocupam somente com lindos templos e se esquecem dos horrores que estão sofrendo as almas que ainda não conhecem a Cristo. 4) Os crentes que estão brigando entre si. 5) Os que colocam em primeiro lugar os templos suntuosos, ao invés de investir nas almas. 6) Os crentes que só causam ou só trazem problemas à Igreja. 7) Composta de crentes indiferentes quanto ao progresso do Evangelho. CAPÍTULO 5 5.1 A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA As Igrejas evangélicas no Brasil estão passando por uma conscientização de sua responsabilidade para a evangelização mundial. Por isso damos graças a Deus, que desperta e capacita. Tudo indica que as igrejas evangélicas brasileiras estão avançando no seu papel junto às igrejas irmãs do mundo inteiro na anunciação do reino de Deus, como testemunho entre todas as nações ( Mateus 24:14). A presente apostila sobre este assunto, portanto, precisa ser vista e estudada neste contexto de despertamento e surgimento de entidades missionárias, juntas de missões, agências, instituições de treinamento, associações, conferências em igrejas e consultas. O desafio da evangelização mundial, afinal, não é pequeno. Exige um melhor preparo, cuidadosa compreensão e a máxima capacitação do Espírito Santo. Que o Espírito Santo ilumine as suas mentes, meus queridos irmãos, quebrantando seus corações no estudo da continuidade desta matéria. A Vocação Missionária – Quando se fala de “Missões”, um dos problemas mais complexos, um verdadeiro quebra cabeças para os jovens que estão considerando um ministério transcultural, é a questão de um CHAMAMENTO MISSIONÁRIO. Estudaremos aqui, sobre a necessidade e natureza de tal chamamento, distinguiremos entre o CHAMAMENTO e a DIREÇÃO de Deus e, ainda, daremos algumas sugestões de como receber este CHAMAMENTO. Primeiro, vale a pena advertir logo sobre duas posições extremas. Por um lado, alguns insistem que há um chamamento SOBRENATURAL, como o que Paulo experimentou no caminho para ir à Macedônia (Atos 16:9-10), e que este é o padrão para todo o chamamento missionário. Outros alegam que não há nenhum tipo de chamamento exigido, já que a tarefa missionária cabe à todos os cristãos. Parecem duas posições extremamente contrárias.

E para complicar ainda mais, as duas demonstram um pouco as perspectivas bíblicas, mas nenhuma a releva totalmente. Podemos desemaranhar esta questão? 5.2 É NECESSÁRIO UM CHAMAMENTO? Esta é a pergunta que a Segunda posição acima levanta. Se a tarefa missionária cabe a todos os cristãos, será então que é necessário haver um chamamento? Tudo irá depender do tipo de chamamento em que se pensa. A palavra “chamamento” é usada de várias maneiras no Novo Testamento. Há um chamamento geral de Deus (Romanos 9:24-26), articulado por Cristo (Lucas 5:32), para todos os crentes serem santos (Romanos 1:7), segundo o padrão de Jesus Cristo (Romanos 8:30). De fato, a igreja toda exerce um papel missionário (I Tessalonicenses 1:8). Portanto, até certo ponto, podemos concordar com a Segunda posição acima de que todo o crente, por ser

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crente, possui um chamamento geral para a vida cristã, isto é, para a santidade (testemunho de vida) e a evangelização (testemunho verbal). Este é um “chamamento” geral e “automático” para todos os crentes. Quer dizer que nenhum tipo de chamamento específico geral existe? “NÃO”. Há também um segundo tipo de chamamento para o ministério de tempo integral (Atos 6:4, I Coríntios 12:29). Este não é automaticamente para todos os crentes, mas é um resultado da operação específica de Deus. Paulo era apóstolo pela “vontade de Deus”, foi constituído ou designado ou feito ministro (Gálatas 1:1, Efésios 3:7, II Timóteo 1:1). Não era o chamamento macedônico que constituía seu chamado para o ministério de tempo integral, pois este já o recebera antes (Atos 9:15, 13:2). O chamamento macedônico era mais propriamente a direção específica do Espírito para uma etapa do ministério de Paulo, e não o chamamento de vida. O chamamento para o ministério de tempo integral é exemplificado por Jesus. Jesus chamou André e Pedro, e imediatamente o seguiram (Mateus 4:20). Chamou Tiago e João, que também o seguiram sem demora (Mateus4:22). Este é um chamamento para o ministério evangelístico de tempo integral (Lucas 5:11), contudo não é necessariamente um ministério missionário transcultural. Quanto a isto, reparamos em primeiro lugar que alguns protestam contra uma distinção entre o ministério “sagrado” (de tempo integral) e o ministério secular (de tempo parcial), mas aparentemente separa o ministério da carreira da vocação secular (Atos 20:24, II Timóteo 4:7). É difícil escapar da convicção de que a Igreja Primitiva considera a “oração e o ministério da palavra” como igual aos demais que chamamos hoje de ministério de tempo integral. Em segundo lugar, que este chamamento é de tempo integral é evidente, pela observação que nenhum dos discípulos mencionados acima André, Pedro, Tiago e João – jamais voltaram à profissão anterior. E terceiro, reparamos que Paulo foi chamado para ser apóstolo, um ministro de tempo integral, quer como missionário para o seu próprio povo judeu (um ministério monocultural), quer para o gentio (um ministério transcultural) (Atos 9:15, 13:2, 13:46). Por outro lado, ele foi dirigido por Deus de uma maneira especial e específica para um ministério entre os gentios, um ministério transcultural (Efésios 3:8). Mais adiante, voltaremos a distinção entre o chamamento de Deus e a sua direção. Aqui, apenas, ressaltamos que o chamamento de Paulo referia-se à sua separação como ministro de Deus para tempo integral e que a especificação deste chamamento veio depois através da direção do Espírito Santo. 1) COMPLETE: ______________ era apóstolo pela _______________________, foi constituído ou designado __________. 5.3 O QUE CONSTITUI UM CHAMAMENTO? Poucas vezes vem como uma luz maravilhosa vinda do céu e uma voz falando dessa luz. Mais freqüentemente, é uma convicção profunda e crescente baseada em princípios bem definidos pela Palavra de Deus, testemunhada pelo Espírito de Deus e confiada no exterior pelo Corpo de Cristo, a Igreja. Vejamos cada um destes elementos do reconhecimento de um chamamento. 1. A Palavra de Deus: A medida que o crente anda com o Senhor à luz de sua Palavra, ele descobre passo a passo o lugar onde escuta aquela voz que diz: “Este é o caminho, andai por ele” (Isaías 30:21). O discípulo cristão precisa reconhecer em primeiro lugar o senhorio de Cristo para ser sensível à sua voz através da leitura da Bíblia. Quem não se submete às diretrizes do Senhor Jesus não pode esperar receber orientação muito clara dele. “Jesus Cristo é Senhor” era a grande afirmação e o primeiro credo da Igreja Primitiva. Esse fato deveria resolver tudo. Ele tem o primeiro direito em nossa vida. 2) Copie o versículo escrito em Isaías cap. 30 verso 21. __________________________________________________________________________ 2. O Espírito Santo – o testemunho no interior do discípulo pelo Espírito Santo é mais intangível e pessoal, variando de pessoa para pessoa (João 3:8). Infelizmente, hoje em dia, muitos cristãos não aprenderam a

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desenvolver a sua percepção espiritual. O Espírito Santo virou “doutrina” em vez de ser a pessoa dinâmica que capacita o Corpo de Cristo para o alcance missionário, como era comum na vida cotidiana da Igreja Primitiva. É o testemunho do Espírito Santo que dirige o cristão e revela a vontade de Deus. A vontade de Deus é dupla: é geral e específica. A vontade geral abrange toda a criação e se manifesta na Bíblia. Não há mistério quanto a ela. Por exemplo: quanto a perdição, a Bíblia revela que Deus não quer que ninguém pereça (II Pedro 3:9). Entretanto, a condição eterna específica de cada um é outra questão. A vontade específica de Deus é o que o Espírito Santo revela a cada crente. Isto varia entre os cristãos individualmente. Os detalhes da sua percepção são tão claramente delineados. Para conhecê-la, o crente deve ser renovado dia após dia em consagração (Romanos 12:12), Exigem-se tempo e disciplina para acertá-la. O Dr. Leighton Ford, da Associação Evangelista Billy Grahan, uma vez me disse que conhecer a vontade específica de Deus é como conhecer o cenário da próxima esquina – só chegando lá é que conhecemos. Isto é, precisamos tomar primeiro os passos diante de nós, que fazem parte da direção que já sabemos, para que, chegando adiante, possamos conhecer o que vem depois. Muitos cristãos tentam saber a vontade específica de Deus para suas vidas adiante, sem obedecer à vontade geral dele para hoje. 3) COMPLETE: O ______________________ é quem fornece a certeza do chamamento no interior do discípulo. 3. O Corpo de Cristo, a Igreja – A Igreja Local confirma exteriormente aquilo que o Espírito testemunha no interior. Este é um aspecto comum no Novo Testamento, mas levado pouco a sério hoje em dia. Na Bíblia, por mais claro que fosse o chamamento, sempre havia confirmação da Igreja. Isto foi o caso tanto de Paulo como o de Barnabé (Atos 9:15, 13:2), quanto de Timóteo (Atos 16:1-2), Epafras (Colossenses 1:7, 4:12), Gaio de Derbe e Sópatro de Beréia (Atos 20:4, Romanos 16:23). O chamamento para o ministério de tempo integral só pode vir através do Espírito Santo, mas deve haver algum tipo de confirmação da parte da Igreja Local onde o indivíduo participa. Essa Igreja conhece-o melhor. Se isto fosse feito, fortaleceria mais as mãos e encorajaria os corações dos candidatos jovens para o ministério. Caso contrário, seria como auto-afirmação da profecia de Jezabel em Apocalipse 2:20. Quanto isto, comentou recentemente um homem de Deus que muitos de nós conhecemos: “Deus é que declara alguém profeta, e a igreja o reconhece, concorda e usufrui deste ministério. Quem a si mesmo se declara profeta, em geral não o é”. 4) COMPLETE: A _____________________ confirma exteriormente aquilo que o _______________________ testemunha no interior. 5.4 CHAMAMENTO OU DIREÇÃO Deve-se fazer uma distinção. O “chamamento” macedônio era mais precisamente a direção do Espírito Santo (Atos 16:6-10). O chamamento vem uma vez na vida, e uma vez compreendido e obedecido, não precisa ser repetido. Mas a direção sobre a maneira que o chamamento é desempenhado é necessária continuamente, através da vida toda. O chamamento de Paulo era para o ministério de tempo integral, neste caso como apóstolo, quer um ministério monocultural- para Paulo, entre os judeus, quer um ministério transcultural – entre os gentios. O chamamento de Paulo era como apóstolo, sem esta distinção monocultural ou transcultural, visto que pregava tanto entre os judeus, quanto entre os gentios (Atos 13:1-49, 19:8-20). Seu chamamento ao apostolado, estava ligado primeiro ao sujeito do chamamento, Jesus Cristo (Romanos 1:1, I Coríntios 1:1, II Coríntios 1:1, Gálatas 1:1, Efésios 1:1, Colossenses 1:1, I Timóteo 1:1). E só com mais tempo através da direção do Espírito Santo de Deus, Paulo entende que seu esforço maior no seu desempenho era um ministério no meio dos gentios.

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Servir aqui entre seu próprio povo ou em um situação transcultural? A direção do Espírito Santo é precisa. Ele dirige seus servos segundo a sua vontade. Não é por acaso. Enviou Paulo aos gentios e Pedro aos judeus. Dirigiu Willian Carey à Índia, Hudson Taylor à China e Sadhu Sundar ao Tibete. 5) COMPLETE: O apóstolo _______________ pregava tanto para _______________ como para ______________________. 5.5 PERCEBENDO A DIREÇÃO DO ESPÍRITO Já mencionamos que Paulo recebeu a direção do Espírito em Atos 16 para ir a Macedônia. As circunstâncias daquela visão são instrutivas para entender como funciona a direção do Espírito. Reparamos que Paulo havia feito várias tentativas anteriores de ministrar em várias regiões, mas o Espírito Santo o impediu (vv. 6-7). Em nenhum dos casos de impedimento pelo Espírito Santo, Paulo é admoestado por tomar decisões sem primeiro receber um “sinal” de Deus. Aliás, a impressão do leitor é de que Paulo fez o certo tentando penetrar naquelas regiões, e que assim o Espírito o dirigiu. O princípio em jogo neste relato é que Paulo não era passivo mas que agia e tomava decisões, para estas depois serem confirmadas ou não. Desta forma a direção do Espírito Santo pode ser descrita como o leme do barco que não dirige o barco, a não ser que este esteja se movimentando. O servo de Deus percebe melhor a direção do Espírito justamente enquanto ativamente procura exercitar seu ministério. Esta perspectiva pode parecer um tanto “carnal” ou “não espiritual”. Parece que é resultado das idéias próprias. Mas evidentemente é o processo que encontramos na Bíblia. Até Paulo falou assim: “penso que também tenho o Espírito de Deus” (I Coríntios :40), e Lucas também: “concluindo que Deus nos havia chamado (Atos 16:10). A direção do Espírito é acertada somente depois que o servo toma decisões e age, confiando não na certeza de sua decisão mas na convicção de que o Espírito o dirigirá ou impedirá, ou permitindo ou se revelando de outra maneira. Enfim, quem quer acertar a direção do Espírito Santo precisa ser ativo – com uma mente aberta (disponibilidade de pensamento), ou ouvido atento (acostumado a ouvir a Deus e obedecer à sua direção), um coração puro (a imoralidade ensurdece a percepção, Salmos 24:3-4, 66:18 mãos ocupadas (lembre-se do leme do navio) e os pés prontos (disponibilidade de ação, Salmo 119:32, Isaías 52:7). Aqui há dois perigos: hiperatividade ou passividade, correr antes do Senhor ou ficar para trás. Acredito (como professor) que para cada um que cai no primeiro, há dez que caem no segundo. São pessoas que não conseguem fazer uma decisão importante como quanto ao ministério, examinam os fatores, oram a respeito, conversam com os outros, mas não tomam uma decisão. Um problema é que 100% de certeza, o que é claro, nunca acontece. A direção do Espírito Santo sempre é perfeita, 100% - mas nunca é percebida assim, pois tem que passar pelo filtro da nossa mente humana. É por isso mesmo que precisamos Ter fé. Os cristãos andam pela fé, e não pelo que vêem (II Coríntios 5:7). Chegará a hora que todo indivíduo terá que tomar decisões, agir e ir em frente, disposto a encontrar impedimentos do Espírito e visões para outros caminhos. Uma missionária na Índia escreveu sobre uma visão que teve enquanto estava deitada em sua cama: “Aos seus pés havia um precipício, um abismo, tão largo como o espaço. Havia um grande número de pessoas vindas de todas as direções que se dirigiam diretamente à borda do precipício. Todas elas eram totalmente cegas. Algumas gritavam quando de repente caiam no abismo. Outras caiam silenciosamente. Ao lado da borda do precipício havia placas aqui e ali, avisando do perigo iminente. Estavam muito espaçadas umas das outras e, por isso, eram de pouca valia. As pessoas, em sua cegueira, caiam sem nenhum aviso. E a grama ao redor delas ficava tinta de sangue. Ainda na visão, havia ao longe um grupo de pessoas sentadas debaixo das árvores em um bonito jardim fazendo colares de margaridas. De vez em quando pareciam preocupar-se com os gritos desesperados por socorro. Quando uma delas queria levantar-se para ajudar, era imediatamente impedida pelos demais que diziam: _ por que se preocupar? Você deve esperar até que te chamem diretamente pelo

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teu nome. Você nem terminou seu colar de margaridas! Uma menina de pé na borda do precipício, sozinha, tentava corajosamente evitar que as pessoas caíssem nele, acenando repetidamente e avisando-as do grande perigo. Era época de férias e os seus pais a enviaram para longe. Ninguém veio substituí-la. E, como uma cachoeira, as pessoas se precipitavam para o abismo. No jardim, o grupo cantava um hino. Então, o som de milhões de corações despedaçados, escoando em uma só gota de lágrimas – em só soluço, e o horror da profunda escuridão chegaram a mim, escreveu a missionária Dona Amy Carmichael. ____ Eu não sabia o que era, continua ela. ____ Era o brado do sangue. “E ouvi a voz do Senhor dizendo: “O que tens feito?” A voz do sangue do teu irmão clama a mim da terra”. A visão de um mundo agonizante e amortecido é alguma coisa que deve estar em nossas mentes e corações à medida que juntos aceitarmos o desafio para missões mundiais _____ a grande tarefa ainda está para ser realizada, e está bem diante de nós. Estamos preparados para pedir que Deus nos dê nestes dias tal visão de um mundo agonizante? 6) COMPLETE: O servo de Deus percebe melhor a ________________ justamente enquanto _________________ procura exercitar o seu _____________________. ESPOSTAS DOS TEXTOS: 1) Paulo – “vontade de Deus” – ministro. 2) Isaías 30:21 – “E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda." 3) O Espírito Santo. 4) A Igreja Local – Espírito Santo. 5) Paulo – judeus – gentios. 6) A direção do Espírito – ativamente – o ministério. CAPÍTULO 6 6.1 O QUE É SER UM(A) MISSIONÁRIO(A) A melhor definição de um missionário foi dada pelo apóstolo Paulo escrevendo aos irmãos de Corinto: “Quem é Apolo? E quem é Paulo? “Servos por meio de quem crestes, e isso conforme o Senhor concedeu a cada um” (I Coríntios 3:5). Missionário é um servo do Senhor por meio de quem os outros irão crer, e isso conforme o Senhor concedeu. Um é chamado para plantar, outro para regar e assim por diante (I Coríntios 3:6-8). Isto significa que cada um de nós é um missionário. Assim, constituímos campo de uma missão cultural para os crentes que estão ao nosso redor, ou campo de missão transcultural para os crentes de outras culturas que aqui estão “missionando”. Cada crente no Senhor é um missionário cultural entre os não salvos do seu próprio povo em sua própria cultura e língua. Parece que estamos conscientes desta visão cultural. Mas precisamos perceber o imperativo bíblico de rogarmos ao Senhor da seara para que envie mais trabalhadores para a sua seara, tanto em nosso país como também de todas as outras etnias. Essa percepção bíblica nos torna missionários transculturais em termos de visão e disposição missionária. Quando o Senhor nos envia, através da Igreja, para alcançarmos outras nações (não necessariamente outros países, pois há várias culturas diferentes mesmo dentro de nosso território), então nos tornamos missionários transculturais em termos de trabalho missionário direto com o campo. Por exemplo: os irmãos de Antioquia (Atos 13:1-4) eram missionários culturais em termos de trabalho no campo da Antioquia e Síria. Mas eram, também, missionários transculturais em termos de visão e disposição missionária, pois reconheceram o chamado e apoiaram o ministério de Paulo e Barnabé noutras culturas. Tais irmãos possuíam a visão que precisamos possuir.

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1) COMPLETE: Cada crente no Senhor é um _____________________ entre os _________________ do seu próprio povo em sua própria língua e cultura. 6.2 O QUE É MISSÃO CULTURAL E TRANSCULTURAL, ENTÃO? Fazer discípulos em todas as nações é ordem imperativa do Senhor da seara. Isto significa tanto discipularmos as da nossa própria nação como também, e simultaneamente, de todas as nações (Atos 1:8). Missão Cultural – portanto, é a obra missionária desenvolvida pelo discípulo de Jesus dentro do contexto de sua própria cultura. Daí entendermos que cada crente no Senhor Jesus é um missionário imediato, pois ele é chamado por Deus para fazer discípulos entre aqueles que estão imediatamente ao seu redor. Missão Transcultural – é a obra missionária desenvolvida pelo discípulo de Jesus Cristo além de suas fronteiras culturais. É transpor barreiras étnicas para fazer discípulos para o Senhor. Daí, entendermos também, que cada crente é um missionário cultural de imediato, e transcultural em termos de visão e ministério específico. 2) ESCREVA – o versículo de Atos 1:8. __________________________________________________________________________ 6.3 O QUE IMPLICA ESTAR ENVOLVIDO EM MISSÕES TRANSCULTURAIS O apóstolo Paulo reconhecia tanto a necessidade de alcançarmos vidas em todas as nações (etnias), como também a necessidade de atentarmos para as diferenças culturais. “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus, para com os que vivem no regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei (gentios – Romanos 2:14), como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei” (I Co 9:19-21). 3) RESPONDA: Você como servo (a) do Senhor, reconhece a necessidade de ganharmos almas em outras nações? ( ) SIM ( ) Não 6.4 MISSÃO TRANSCULTURAL HOJE – DESAFIO Quais são os desafios culturais para cada um de nós hoje? A população mundial está acima dos 5 bilhões de habitantes. Cerca de um bilhão e 700 milhões de pessoas se declaram cristãs (32,07% da população mundial). Destas, apenas 500 milhões são crentes comprometidos com a visão do Senhor (9,43%). O restante, um bilhão e 200 milhões, são cristãos nominais (22,64%). Cerca de um bilhão e 400 milhões de pessoas não são convertidas (26,41%), mas têm acesso ao Evangelho. Mas outros 2 bilhões e 200 milhões de pessoas (41,5%) estão sem oportunidade de ouvir sobre o Evangelho, a não ser que algum discípulo do Senhor Jesus Cristo se “disponha” a transpor sua própria cultura, aprender uma nova língua, adaptar-se a uma nova cultura e continuar as boas novas da salvação através de Cristo. O Congresso de Evangelização Mundial informou que: “Embora, hindus, muçulmanos e chineses, sejam juntos 75% do mundo não cristão, apenas 5% dos missionários expatriados trabalham atualmente entre eles”. O que isso tem a ver com cada discípulo de Jesus Cristo. Tem tudo a ver! Não poderemos terminar o trabalho de evangelização mundial sem a participação ativa de cada membro do corpo de Cristo. Talvez você responda: “Mas eu não sou pastor, nem evangelista, nem missionário por profissão! “Permita-me como escritor deste livro a desafiá-los em nome do Senhor da seara:” Hoje as portas se abrem mais para os profissionais liberais do que para os missionários formais (pastores, evangelistas e missionários). Provavelmente este é o maior desafio do nosso século e a maior diferença entre os missionários de ontem e os de hoje. Isto é, estrategicamente falando, os profissionais têm mais facilidade

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de penetração nos países fechados para o Evangelho. Por outro lado, 83% dos povos não alcançados (ou ainda por alcançar) do mundo estão com as portas abertas para estudantes e profissionais liberais. Você já é um missionário cultural? Você já tem a visão missionária transcultural? Diga se possível for ao Senhor: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. 6.5 DESCOBRINDO A ROTA ATÉ OS CONFINS

Cabral não tinha outra opção! ou arriscava tudo ou não chegaria onde queria. E como ele, Colombo, Vasco da Gama e vários outros arriscaram naufrágios, motins, doenças e morte para chegar aos confins da terra. Havia uma enorme discrepância entre sua visão empolgante e seu modesto conhecimento de geografia e da arte da navegação. A visão que compelia os grandes descobridores era achar o acesso mais fácil até aos confins da terra, para dali obter produtos que, vendidos na Europa por alto preço, poderiam torná-los ricos da noite para o dia. 6.6 A IGREJA TEM OUTRA OPÇÃO? Comissionada pelo Rei para chegar aos confins da terra, a Igreja hoje dispõe de amplo conhecimento dos acidentes terrenos e dos portos receptíveis e hostis. É certo que nem sempre foi assim. Em tempos passados, a rota até aos confins também foi, para a Igreja, povoada de perigos, desvios, perdas de rumo, erros de estratégia. Graças, porém, a esses valorosos desbravadores, nós hoje possuímos conhecimento suficiente para traçar nossa rota com perícia e segurança. Não que o esforço da igreja para cumprir Atos 1:8 seja mais fácil hoje. Há sempre desafios, perigos, riscos de perda de rumo. Mas com aquilo que agora sabemos acerca dos confins e dos povos que lá habitam, muitos dos riscos tornaram desnecessários. O que para os pioneiros era santa ousadia seria para nós hoje, em muitos casos, uma grande imprudência. 5) RESPONDA: Porque nos dias de hoje, tornou-se mais fácil de a Igreja fazer missões? __________________________________________________________________________ 6.7 A VOCAÇÃO TRANSCULTURAL DA IGREJA Hoje algumas Igrejas no Brasil experimentam uma forte redescoberta da sua vocação missionária. Elas estão compreendendo, talvez como nunca antes, que as palavras do Rei “... sereis minhas testemunhas até aos confins da terra”, ainda não foram cumpridas. Também estão se dando conta de que esta vocação é igualmente sua e não só de suas irmãs em todos os demais países. Estão aprendendo que, para elas, os confins consistem cerca de 12.000 grupos humanos, reunindo 2 bilhões de pessoas às quais o testemunho de Jesus Cristo ainda não chegou. O descobrimento da rota até aos confins fundamenta-se numa convicção profunda da vocação transcultural da Igreja. Quem crê que a Bíblia é a Palavra de Deus deve também crer que missões transculturais é o trabalho de Deus, pois desde Gênesis até ao Apocalipse revela-se a preocupação de Deus por salvar todas as famílias da terra.” A Igreja, povo de Abraão segundo a fé, recebeu também a vocação de Abraão para ser bênção a todas as famílias da terra (Gênesis 12:3 – cf. Romanos 4:16-18). É importante enfatizar que a vocação missionária é primeiramente do povo de Deus, da Igreja como um corpo, e só secundariamente de indivíduos (I Pedro 2:9-10). Em Atos 13:1-4, vemos o Espírito chamando primeiramente a Igreja, e no contexto da igreja identificando os indivíduos. Esse ponto é crítico, pois mostra que a Igreja é responsável pela tarefa. Paulo e Barnabé foram enviados pela igreja em cooperação com o Senhor da Igreja, e tornaram a ela (Atos 14:26-28) para prestar relatório do que fizeram como extensão da Igreja. A história de missões transculturais revela como estado predominante no seio da Igreja à falta de visão. Os grandes navegadores da história foram, na sua maioria, indivíduos cuja visão não encontrava eco

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no coração do povo de Deus. Assim, apesar da Igreja, e enfraquecidos pela falta de visão desta, atiraram-se aos elementos e com sacrifício abriram novas rotas aos continentes para anunciar que o Rei veio e venceu. Por causa desta realidade histórica, nós nos acostumamos a pensar em missões transculturais como uma questão individual, e o desbravamento de nossos caminhos até aos confins como uma atividade paralela à Igreja. Nota-se por exemplo, que os nossos apelos missionários são dirigidos aos indivíduos. A vocação da Igreja, como igreja, não é enfatizada e ela continua, muitas vezes, na ilusão de que não possui realmente vocação missionária, que missões transculturais é uma coisa secundária e compete aos indivíduos e agências criadas especificamente para esse fim. Com isso, a igreja não somente deixa de exercer a sua vocação de ser povo abençoado para que seja bênção para todos os povos (Salmo 67:1-2), mas também dá origem a embaraçosa situação em que vivemos, na qual centenas de indivíduos desejosos de cumprir a vocação transcultural da igreja saem de chapéu na mão, pedindo à igreja o favor de apoiá-los naquilo que deveria ser, desde o início, um projeto originado pela própria Igreja. 6) RESPONDA: Dê quem é em primeiro lugar a responsabilidade da vocação missionária? __________________________________________________________ 6.8 SE PREPARANDO PARA A VIAGEM Mateus 28:16-20 e Atos 1:8

Mas a Igreja convicta de sua vocação missionária deve familiarizar-se com os dados acumulados ao longo da história sobre os confins e como chegar até lá. O grande risco para uma igreja que está experimentando o entusiasmo da redescoberta da sua vocação é o de lançar-se ao mar sem o devido preparo. No afã de recuperar o tempo perdido e de levar o testemunho de Jesus até aos confins, a igreja é tentada a ignorar as cartas geográficas, os relatórios de navegadores experimentados e o estudo das condições atmosféricas. A conseqüência do entusiasmo sem conhecimento e sem preparo será naufrágios, motins, desvios de rota e uma profunda decepção que leva ao esmorecimento da visão. Hoje conhecemos bastante sobre os confins da terra. A cartografia de missões indica com bastante precisão onde se encontram os povos ainda não alcançados, seus idiomas, suas culturas distintas e seu grau de preparação e predisposição para receber nossos navegadores e emissários. A arte da navegação missionária beneficia-se da experiência dos pioneiros. Por seus relatos, conhecemos os ventos, os bancos de areia, as costas hostis, a enseada hospitaleira na tempestade. A rota até aos confins continua árdua e arriscada, mas muitos erros tornam-se desnecessários e muitos perigos já não precisam mais ser enfrentados. O navegador comissionado pelo Rei não teme os perigos inevitáveis da empreitada real. Mas também não compromete o êxito de sua missão assumindo riscos desnecessários. Cumpre a igreja informar-se melhor possível sobre o campo missionário e sobre estratégias e métodos de missões.

Também lhe cabe estabelecer, baseada em dados disponíveis, as prioridades do seu investimento missionário e os critérios para a avaliação dos navegantes em potencial, para que possa selecionar sabiamente os projetos e indivíduos que irá apoiar.

E, finalmente, deve desenvolver um programa que envolva todos os seus membros na realização da sua vocação para que esta missão da igreja seja, no verdadeiro sentido, realizada pela igreja como um todo. O Reino é nosso e a vocação missionária é nossa! Pelo Rei e pelo Reino, lancemos os barcos ao mar e vamos aos confins, entronizar Jesus onde Ele não é conhecido! Mas vamos bem preparados, com os mapas abertos, a bússola em ordem, os barcos bem construídos e aprovisionados, e os navegadores devidamente instruídos e experimentados na arte da navegação. E o REI estará conosco “todos os dias até a consumação dos séculos”. 7) COMPLETE: O ____________ é nosso e a _______________ missionária é nossa.

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6.9 O MISSIONÁRIO E O PROCESSO DE APRENDIZADO Não são cinco anos em um seminário, ou um ano de experiência, ou três meses de treinamento especial que preparam alguém para as lutas naturais que surgem no serviço missionário. O processo de preparo é contínuo e árduo. Além do treinamento formal, o missionário precisa ter capacidade para saber aproveitar todas as experiências da vida diária, aprendendo mais de Deus, e adquirindo princípios que o vão ajudar enfrentar o desafio missionário em outras culturas. Quando se chega ao campo, no meio de um povo diferente, o preparo continua. O missionário continua aprendendo crescendo e adquirindo mais princípios que o ajudará a realizar o trabalho de Deus da melhor maneira possível. Por isso, o preparo, deve acima de tudo, ajudar o candidato a missões a aprender o processo de aprender a crescer. Pontos “decorados” vão ajudá-los muito.

“Em vez de o professor ensinar tudo que conhece, ele tem que ajudar o aluno a achar, usar e

incorporar na sua vida as verdades práticas que podem levá-lo a crescer no conhecimento e na vida para o serviço do Reino de Deus.” 8) RESPONDA: O que o candidato a Missões Transculturais precisa aprender? __________________________________________________________________________ RESPOSTAS DOS TEXTOS: 1) Missionário Cultural – não-salvos. 2) Atos 1:8 – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judia e Samaria e até aos confins da terra.” 3) A sua resposta com certeza será ( X ) SIM. 4) Híndus, muçulmanos e chineses. 5) Porque a Igreja de hoje possui recursos e vantagens, as quais nossos irmãos no princípio da obra missionária não possuíam. 6) Do povo de Deus, da Igreja como um corpo. 7) Reino – vocação. 8) Aprender a crescer. CAPÍTULO 7 7.1 MÉTODOS DO PREPARO MISSIONÁRIO 1. O preparo missionário deve ser o serviço. Os anos ou meses passados numa escola não deve ser um parêntese da vida cristã, um mosteiro de reclusão da realidade do mundo e das exigências da vida cristã. O preparo também é fazer e ser – não somente conhecer. 2. O preparo deve ser modelo e espelho dos alvos a serem atingidos. Se no preparo o alvo é criar comunidades da Igreja de Cristo, a sala de aula deve modelar a hierarquia ou Ter um espírito de comunidade e amor. Se o alvo é reflexão teológica, amor na vida cristã, o professor não deve ser ditador, autoritário e longe do alcance dos alunos. Se o alvo é levar o aluno a saber tomar decisões e resolver problemas com base na Palavra de Deus, ele deve começar a fazer isso dentro do preparo. Se o aluno vai precisar trabalhar junto com outros missionários nacionais, ele já deve aprender a resolver situações práticas em conjunto no preparo. Se ele precisa Ter uma vida de oração e dependência do Espírito Santo, a aula deve demonstrar essa necessidade e como faze-lo. Se missões é o trabalho do Espírito Santo através da Igreja, se é um milagre espiritual na conversão de outros, na transformação de

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pessoas em filhos de Deus, então no preparo deve haver milagres de transformação do Espírito Santo. Se a Bíblia é nossa base e guia, a ser praticada e obedecida, a autoridade final, então na sala de aula e na vida de preparo deve haver respeito, temor, obediência, busca e conhecimento. Em nossos dias é raro Ter escolas ambulantes, como a de Jesus e seus discípulos, mas professores e alunos, juntos devem compartilhar, o máximo possível, a vida real em Cristo. A alegria do Senhor, que é uma promessa básica de Deus para seus filhos, deve se manifestar no meio da estrutura do preparo missionário. Deve-se mostrar amor uns pelos outros, não disputa de posições, melhor nota, ou só conseguir passar de ano. Jesus Cristo deixou bem claro para os seus discípulos a necessidade da humildade – humildade do professor e dos alunos em relação aos colegas e ao mundo. 1) COMPLETE: Missões é o trabalho do ___________________ para ser executado através da _________________. 7.2 CONTEÚDO NO PREPARO TRANSCULTURAL O Senhor Jesus Cristo deixou claro a comissão para os apóstolos quando falou de ensinar e guardar o que tinha ordenado, e isto para todas as nações e povos do mundo. A primeira palavra é ensinar. Mas ensinar o quê? O missionário ensina a Palavra de Deus: Tudo o que (Jesus) ordenou era baseado no Antigo Testamento e foi exemplificado em Atos e nas Epístolas. O missionário não vai poder chegar a um lugar e dizer: “Você precisa aceitar a Cristo no seu coração, depois ir para outro lugar”. É bem mais do que isto. Tem que ensinar todo o conselho de Deus. As leituras superficiais não vão ser suficientes para fazer isto. Ele tem que conhecer e ensinar a Palavra: 2) COMPLETE: A primeira palavra ordenada por Jesus é ___________. a) No seu contexto original – Não basta ler a Palavra como se fosse escrita em nossos dias. Não foi. Foi escrita em outra época e cultura. Para entender realmente os princípios, temos que voltar e nos identificar com a situação histórica e cultural. Temos que tirar nossos pressupostos culturais para ver o que realmente acontecia e o que realmente estava sendo dito. 3) RESPONDA: Porque não podemos ler a Palavra como se fosse escrita em nossos dias? __________________________________________________________________________ b) Aplicada hoje – Não é suficiente a apreensão intelectual do que a Bíblia diz. Os princípios bíblicos são para hoje também. O sentido verdadeiro é para judeus, gregos, romanos, indianos, asiáticos, europeus, latino-americanos – é relevante até aos confins da terra. É para batizar pessoas de todos os povos, incluí-los no corpo de Cristo internacional.

A Bíblia tem que ser aplicada para nós em nossa cultura, confrontando-a como Jesus confrontou a cultura judaica nos pontos em que não estavam conforme a vontade de Deus. Tem que ser aplicada da mesma forma na cultura receptora, mediante a transformação de forma que signifique muito à cultura e seja fiel a Palavra. 4) RESPONDA: Porque a Bíblia ainda hoje transforma pessoas, como as transformava no passado? c) Obedecida com respeito e temor – é muito comum ouvir dizer: “Tudo bem para Paulo, mas eu não sou Paulo, vou ficar na minha.” Mas Paulo estava sendo dirigido pelo Espírito de Deus em dar um recado e uma direção de vida para todos. Não podemos ignorar a Bíblia e conhecer a Deus. Não podemos ser “crentes” e não crer na comunicação de Deus para com seus filhos. Não podemos louvar a Deus e rejeitar a

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Bíblia que nos dá a maneira de como faze-lo. Não podemos ser seguidores de Cristo, sem saber quem Ele é, nem o que Ele quer. O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo deve diligentemente buscar o conhecimento de Deus na Palavra, sempre crescendo, sempre sendo moldado e transformado por ela. Exige disciplina e devoção. Exige ajuda do Espírito Santo e comprometimento a obediência. A Bíblia não é qualquer livro, ou uma magia, mas, sim, a Palavra de Deus. 5) COMPLETE: Não podemos louvar a _________ e rejeitar a ____________ que nos dá a maneira de como faze-lo. d) Quem nos dá a razão da vida e ministério – Missões não é uma “onda” ou uma “moda” que durará e depois passará.

É bem claro na Bíblia, desde o Gênesis até ao Apocalipse, que o plano de Deus é usar o seu povo (Israel e a Igreja) para alcançar o mundo. Jesus só voltará depois que todas as nações ouvirem o Evangelho. Temos uma grande obra – enorme, importantíssima – a de sermos embaixadores do Rei dos reis, levar todas as nações a glorificá-lo e obedecer-lhe, e prestar culto a Ele. A Bíblia deixa claro que todo o resto é secundário. Missões não é mais um departamento da Igreja, mas o centro e alvo principal de tudo. A comunhão, o louvor, o serviço, o ensino, o exercício dos dons têm a finalidade de preparar pessoas que vão lá fora anunciar a glória de Deus e ser luz nas trevas. Efésios 1:20-21 nos ensina que o Cabeça, Cristo, só atua através do corpo (a Igreja) para a realização de sua obra na Terra. Então, o preparo missionário deve basear-se na Palavra de Deus e ser permeado por ela. A missiologia deve basear-se na teologia bíblica, tirando do texto bíblico modelos e princípios e aplicando-os a discussão de casos verídicos, questões contemporâneas, métodos de estratégia, de contextualização, e uma outra série de assuntos ligados a missões. Assim, os candidatos a missões transculturais podem conhecer com mais profundidade a Palavra no seu sentido original, para poder obedecer, transmitir fielmente, mesmo que frequentemente de outras formas, e ajudar outros a amá-la, conhecê-la e obedecê-la a fim de passá-la para frente. Da Palavra, o missionário aprende por que fazer missões, onde, como, quando fazer e quem deve fazer. Ela demonstra a importância de uma vida crescendo, começando com a salvação e a contínua transformação a imagem de Cristo. Inclui vida cristã na família, individual, a sociedade, na igreja. Inclui serviço, como, servir ao Senhor, servir ao próximo, ensinando e administrando, evangelizando. Esta vida e este serviço devem ser incluídos no preparo. As raízes de todo aspecto de missiologia se acham no guia que Deus nos deixou – a Bíblia. 6) RESPONDA: No que deve se basear todo o preparo Missionário? __________________________________________________________________________ 7.3 O MISSIONÁRIO PODE APROVEITAR A HISTÓRIA A história da Igreja cristã é uma escola de preparo missionário. O trabalho do Espírito Santo começou em Atos e vai até as promessas do Apocalipse e a volta de Cristo para uma igreja mundial. A obra missionária nunca parou, apesar de confusões e desvios eclesiásticos e doutrinários, da escuridão da Idade Média, das perseguições, das dificuldades pessoais e estratégias. Deus tem continuamente expandido seu Reino através de homens e mulheres – vidas inteiramente dedicadas a Ele. Estas vidas, suas motivações, seus alvos, aspirações, inspirações, atos, problemas, processos de decisão, sucessos e fracassos, são de alto valor para nós hoje. Os brasileiros têm grande vantagem, pois viram de perto muitas destas vidas e podem observar seus defeitos e as suas bênçãos. Que privilégio e parte importante do preparo missionário é ter um modelo bem ao lado, em vez de apenas lermos livros.

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Sejam livros ou em modelos vivos, devemos aproveitar os antecedentes no corpo de Cristo (são membros também), avaliando-os à luz da Palavra, para que possamos nós, levar a frente o trabalho que eles começaram. 7) COMPLETE: A____________________é uma escola para o __________________________________. 7.4 O MISSIONÁRIO TEM QUE CONHECER A CULTURA Se a Bíblia vai ser aplicada de forma relevante, se os exemplos da história vão ser aproveitados hoje, então os missionários tem que conhecer o modo de vida e a linguagem da cultura receptora. Qual o sentido daquilo que o missionário fala e faz para os que observam e ouvem? Como o missionário pode comunicar com fidelidade a mensagem de Deus? O missionário também tem que entender a sua própria cultura. É outro passo no processo se separar o supra-cultural do cultural. Ele deve chegar a uma apreciação da sua própria cultura, compreendendo seus pontos positivos e aceitando com objetividade seus pontos negativos. O missionário precisa constantemente analisar reações, razões e barreiras, sentimentos feridos e mal-entendidos. Se ele não souber fazer uma auto-análise e modificar aspectos arraigados mas que prejudicam seu trabalho, ele dificilmente será bem-sucedido no campo. O missionário tem que abrir mão da sua cultura, dos seus direitos, do tipo de personalidade, de costumes sociais e eclesiásticos, de comida, de família, de abrigo e roupa. Ele não pode confundir o cultural e o que é certo na Palavra de Deus. Ele tem que amar um outro povo, respeitá-lo, identificar-se e comunicar-se com ele, “considerando-o melhor do que ele mesmo”. O etnocentrismo, difícil de morrer, tem que diminuir e ser sujeito a cruz de Cristo. E o missionário, finalmente, tem que entender a cultura do receptor. Para poder contextualizar-se, ele tem que conhecer o contexto. Tem viver sem barreiras e escândalos, respeitando os outros, sendo comunicador de uma mensagem significativa dentro da cosmovisão e valores de um outro povo. Ele tem que falar sem modificar o sentido da palavra, contextualizar sem sincretizar. O missionário deve conhecer o sistema religioso de povo para entender o significado dos termos religiosos – se podem ou não serem utilizados na comunicação - a bagagem que cada termo traz. Se tiver escritos, deve conhecer o conteúdo para utilizá-lo como pontos de contato. Temos que contextualizar sem contrariar a vontade de Deus, contra a idolatria e a imoralidade. Tem de formar igrejas que se encaixem no meio e toquem no coração, alcançando aquele povo e, através dele, outros povos também. O alvo missionário é a formação de igrejas que são possessão do povo receptor, e que serão bases de maior extensão ao povo deles e a outros povos ainda que não incluídos no alcance missionário. 8) RESPONDA: Qual o alvo missionário nos Campos Trans-culturais? __________________________________________________________________________ 7.5 INTERESSANTE

O Brasil começou, mui lentamente, a despertar para o obra missionários e a enviar missionários à outras nações. O número pequeno que existia, têm aumentado através dos anos. O nosso desejo (e meu também como escritor) é ver aumentar ainda mais os que deixam uma boa marca nos seus lugares de trabalho, onde Deus é glorificado, o amor de Jesus e o poder do Espírito Santo são demonstrados em uma identificação do missionário com o povo. Queremos diminuir os casos de imposição de costumes brasileiros pelos missionários insensíveis a outras culturas, passando o pouco de conhecimento da Palavra de Deus e da vida cristã que tem em termos irrelevantes aos receptores. Amados tenham sempre em mente que temos muito pouco tempo para realizarmos essa grande obra, por isso neste início de um maior avanço do missionário brasileiro. Vamos com humildade, com carinho e com cuidado servir ao Senhor e servir as nações. O momento é chegado, e precisamos nos mover em direção dos campos para uma grande colheita. Cada um de nós somos importante neste trabalho, somos indispensáveis, o Senhor da seara pede obreiros – e você, o que diz?

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7.6 MISSÕES E TENTAÇÕES O Candidato a Missões precisa precaver-se. Neste ambiente de missões que o Brasil e muitos outros países do mundo estão vivendo, há tentações muito perigosas. A literatura que atiça o espírito de missões deve tratar também das tentações que acompanham o despertar missionário. As tentações mais comuns derivam da confusão que há entre missões e turismo, entre missões e fuga, entre missões e moda. 1. Missões e Turismo. Se você se tornar um missionário, mesmo sendo pobre, pode muito bem ir para o exótico continente africano, ou à Europa, ou na distante Ásia, ou fixar residência até na América do Norte. Tudo sem depender de um centavo em seu bolso, sempre às expensas das juntas missionárias ou de igrejas e vários amigos, em cujas portas você bateu. Se o zelo missionário não for autêntico, se você não foi separado por Deus para esta obra, se a verdadeira motivação é desejo de viajar – vamos falar francamente – o que você está fazendo é um crime contra Deus, muito grave, vergonhoso e imperdoável. Há pessoas humildes dando dinheiro para missões. Há igrejas pequenas lutando com dificuldades para manter seu próprio pastor, contribuindo zelosamente para o sustento de missionários, enquanto você faz turismo às custas delas. O nome certo deste vício e defraudação. Precisamos Ter a consciência de Paulo e Tito, que não exploraram em nada as igrejas (II Coríntios 12:14-18). Não há nada de mais se você gosta de viajar e tem espírito de aventura. Isto até ajuda e facilita o seu ministério em campos missionários. Porém a motivação para sair como missionário tem que se assentar na vocação não fictícia, porém específica, de Deus, como resposta ao clamor dos perdidos. Você até pode aliar a vocação com a propensão natural para viagens, mas nunca deve aliar o propósito de viajar com missões. O alvo de servir a Deus é o primeiro grande motivo de missões, a rigor, deveria ser o único. 9) COMPLETE: O __________ de servir a Deus é o ____________ grande motivo de ________________, a rigor, deveria ser o _______________. 2. Missões e Fuga. Talvez você queira ir para o campo missionário porque as coisas não estão indo muito bem para o seu lado. Você não tem apoio dos presbíteros, a congregação não reage, o trabalho não cresce, há problemas por todos os lados, os crentes criticam demais, não conseguiu a namorado ou o namorado ideal e tudo está emperrado. Você se sente derrotado e frustrado. Então lhe parece que o melhor é arrumar as malas e partir para o campo missionário. Quando as coisas chegam a este pé, em muitos casos, o que está ocorrendo não é uma nobre chamada para missões, mas uma deliciosa fuga da responsabilidade atual. O ministério em outros lugares é igualmente difícil ou, talvez, muito mais difícil, não contando os problemas extras de línguas, dialetos, cultura, limitações de liberdade (por ser você um estrangeiro) e as crises de melancolia e saudades da pátria. Ademais, para o bem da causa do evangelho e para o seu próprio bem, o melhor é permanecer no mesmo campo e enfrentar as dificuldades. Já se foi o tempo em que se encaminhavam para os campos missionários os obreiros que não davam certos no pastorado de igrejas. Se você é um fracasso aqui, certamente o será também no estrangeiro. Embora Deus possa usar situações de abatimento para falar-nos outra vez de modo diferente, apresentando-nos um novo ministério, a vocação nunca é fuga. Ao contrário, é um compromisso ainda mais difícil. 10) COMPLETE: Se o obreiro é um _______________ aqui, certamente o será também no ______________________. 3. Missões e Moda.

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Aqui está a terceira grande tentação na área de missões: você é arrastado pela moda, você caminha com a multidão, você faz o que o outro faz, você emite cheques altos demais, porém, com insuficiência de fundos. Você se emociona e se empolga, mas não pensa, não ora, não se prepara, não se submete ao Senhor da seara nem mesmo considera as responsabilidades da vocação missionária. Há um incidente na história da Igreja Primitiva que nos mostra o perigo de se agir simplesmente por força da moda. Porque estava se tornando usual entre as famílias mais prósperas a venda de suas propriedades em benefício dos necessitados, Ananias e Safira resolveram fazer o mesmo, mas sem profundidade nem verdadeira motivação. Era algo como entrar na onda. O casal, no entanto, nem sequer estava disposto a abrir mão do produto total da venda, embora não quisesse também estar por fora daquele exercício de piedade. Você conhece muito bem a história de Ananias e Safira e sabe da tragédia que os acometeu (Atos 5:1-11). Vencidas as três tentações e outras, você devem mesmo arrumar as malas e partir para o campo missionário, pois Deus lhe mostra, com plena convicção o seu chamado, e com muita disposição e muita alegria, mas nunca sem antes obter o melhor preparo possível, tanto acadêmico como espiritual. 11) COMPLETE: Depois da confirmação de Deus, você deve mesmo arrumar as malas e partir para o campo de missões, mas nunca antes de obter tanto o preparo ____________________ como _______________. RESPOSTAS DOS TEXTOS: 1) Espírito Santo – Igreja. 2) Ensinar. 3) Porque foi escrita em outras épocas e culturas. 4) Porque o Evangelho é poder de Deus para a salvação de toda aquele que crê. 5) Deus – Bíblia. 6) Na Palavra de Deus. 7) História da Igreja – Preparo missionário. 8) A formação de igrejas que serão possessão do povo receptor e que se transformarão em bases para outros povos. 9) Alvo – primeiro – missões – único. 10) Fracasso – estrangeiro. 11) Acadêmico – espiritual. CAPÍTULO 8 CULTURA E ANTROPOLOGIA 8.1 – CULTURA O que é cultura? Uma compreensão adequada do significado de cultura é um pré-requisito para qualquer comunicação eficaz do evangelho a um grupo distinto de pessoas. O primeiro passo no estudo da cultura é dominar a sua própria cultura, a qual ninguém jamais conseguirá se divorciar dele. Falando de um modo geral, o termo cultura refere-se ao comportamento dos ricos e da elite. É ouvir música, Ter bom gosto quanto a roupas e saber qual o talher a ser usado em uma refeição. Mas para nosso estudo aqui – cultura- refere-se: ao tipo de língua falada naquela nação, ou tribo, a maneira de se vestir do povo, sua maneira de se alimentar, a maneira como vivem na sociedade, suas crenças, e assim por diante.

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1) RESPONDA: Qual o pré-requisito para uma comunicação eficaz do evangelho, num grupo distinto de pessoas?_______________________________________________________________________________ 8.2 PADRÕES DE COMPORTAMENTOS APRENDIDOS Começamos aprendendo sobre uma cultura quando observamos o comportamento das pessoas e procuramos identificar padrões de comportamento. Iremos dar aqui aos leitores deste livro, alguns exemplos dos quais nos são conhecidos em alguns países entre pessoas ao se cumprimentarem, etc. a) Algumas tribos indígenas (até mesmo aqui no Brasil) ao se encontrarem ou despedirem, chupam a

saliva da boca, uns dos outros. Por quê? O primeiro casal que os evangelizou sempre se beijavam na boca ao se encontrarem e também na despedida, os índios resolveram seguir seu exemplo.

b) Os sírios ao se cumprimentarem cospem no peito uns dos outros. c) Os russos beijam-se no rosto. d) Nos arredores de Bagdá, você deve arrotar imediatamente após o almoço ou jantar, caso contrário

poderá entristecer a dona da casa, pois não arrotar significa que a comida estava ruim. e) No Brasil temos o abraço, o aperto de mãos, etc. 8.3 IDÉIAS A cultura também se constitui de idéias que as pessoas têm de seu mundo através das suas experiências, as pessoas formam quadros ou mapas mentais das coisas. Os pensamentos e ações humanas freqüentemente levam a produção de artefatos e ferramentas. Nós construímos casas, estradas, carros e móveis. Nós criamos quadros, roupas, jóias, moedas e muitos outros objetos. A nossa cultura material tem um grande efeito sobre as nossas vidas. Imagine como era tudo isso há cem anos atrás. 2) COMPLETE: A ___________ também se constituí de __________ que as pessoas tem de seu mundo através de suas experiências. Ao entrarem em uma cultura (povo diferente) você deve observar as seguintes coisas: quanto ao método de classificação das religiões (ou crenças do povo, cidade, país onde você vai estar). Você deve saber se elas são: a) Verdadeiras ou falsas. b) Reveladas ou naturais. c) Vivas ou mortas. d) Aceitáveis ou não aceitáveis. e) Origem geográfica. Quanto aos pré-requisitos para um estudo comparativo das religiões: a) Não deve haver preconceitos. b) Precisão científica. c) Apreciação imparcial. d) Importância de cada religião. e) Unidade existente. Mais quais as finalidades de todas estas coisas: a) Finalidade cultural – porque você como missionário, precisa conhecer outras culturas para fins de

comparação. b) Finalidade espiritual – é necessário que você conheça o ambiente religioso no qual a religião surgiu e

seu modo de se propagar.

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3) RESPONDA: Quanto ao método de classificação das religiões, o que o missionário precisa saber? __________________________________________________________________________ 8.4 ANTROPOLOGIA A “antropologia” é o “estudo do ser humano” ou, mais especificamente, “a ciência da cultura humana”, ou ainda, como diz Kroeber, “é a ciência dos grupos humanos, seus comportamentos e suas produções”. A antropologia abrange uma ampla esfera de estudos. Divide-se em suas éreas: Antropologia Física e Antropologia Cultural. Na primeira, estuda-se os primatas, a genética, a evolução, as medidas do corpo humano e as descrições das características físicas dos povos. Já a Segunda estuda as culturas pré-históricas, a etnologia, o folclore, a organização social, a cultura e a personalidade, a aculturação e a aplicação da antropologia aos problemas humanos. Na análise dos modelos e padrões de vida e do comportamento humano nas diversas culturas, o antropólogo deve procurar respostas para três perguntas principais, a saber: 1. Quais as funções dos vários aspectos duma cultura, isto é, a comida, abrigo, transporte, organização

familiar, crenças religiosas, língua, valores, etc? 2. O que faz um membro de uma sociedade agir como age? Em outras palavras, porque todos não agem

da mesma maneira? Quais as normas que determinam a conduta dos membros de uma sociedade? 3. Quais os fatores que determinam a conservação de determinados aspectos culturais e a substituição de

outros com o correr do tempo?

Como podemos perceber, não é suficiente apenas analisar os tipos de vestimenta ou comida de um povo, mas precisamos analisar também quem usa esta ou aquela roupa, e porque a usa.

Vamos Exemplificar isso: No Haiti, algumas pessoas usam sapatos, e outras não. Por quê? Será porque algumas pessoas gostam de sapatos, e outras não? Seria por falta de dinheiro? O motivo na verdade, é um pouco diferente. É que lá o sapato é um símbolo de classe social. Um médico que certa vez estava passeando nas montanhas do Haiti foi abordado por alguém que lhe pediu que atendesse uma pessoa doente. O médico imediatamente perguntou: “Ele tem sapatos ou não?” Se a resposta fosse “sim”, ele então, atenderia o doente imediatamente. Mas, se a resposta fosse “não”, o doente teria de esperar. Uma coisa que para nós é tão insignificante (pois aqui no Brasil todos têm pelo menos um par de chinelas, e nenhum médico se basearia seu atendimento numa pergunta sobre sapatos) para as pessoas do Haiti é muito importante.

Por favor, pense agora! Faça uma lista de símbolos das várias classes sociais do Brasil. Por exemplo: O que significa uma pessoa de terno? O que significa uma aliança de ouro do dedo? Que tipo de pessoa usa chinelas na rua, ou macacão de brim, ou cabelo cumprido, curto, etc. 3) RESPONDA: Qual a característica principal do antropólogo? __________________________________________________________________________ 8.5 COMO A FÉ É TREINADA NO CAMPO DE MISSÕES Falemos mais de Hudson Taylor. Ao pensar em ir para a China, ele sentiu que deveria fazer isso pela fé, confiando em Deus para suprir as suas necessidades. Mas se ia confiar em Deus para suprir as suas necessidades na China, por que não aprender a confiar nele ainda na Inglaterra? Se isso não acontecesse o fracasso na China poderia ser fatal, então, ele resolveu que ia pedir a Deus que o ensinasse ainda em seu país a andar pela fé. Vejamos o que aconteceu: Conta-nos ele: Meu bondoso empregador, muito ocupado, queria que eu não o deixasse esquecer de pagar o meu salário. Decidi pedir a Deus para lembrá-lo disso e a me encorajar respondendo a minha

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oração. No final de um certo trimestre, quando devia receber o salário, vi numa noite de Sábado que só tinha uma moeda de meia coroa. Mas até então nada me faltara e continuei orando. No Domingo seguinte eu estava muito feliz. Depois do culto divino pela manhã, o resto do dia foi passado em trabalho evangelístico nos alojamentos na parte mais baixa da cidade. Parecia que o céu havia começado lá em baixo. Depois do meu último culto, às 22 horas, um homem pobre me pediu para orar por sua mulher que estava morrendo e o sacerdote se recusara a ir se não recebesse um shilling e seis pence em pagamento. O homem não tinha esse dinheiro, pois toda a sua família estava passando fome. Passou naquele momento em minha cabeça que todo o dinheiro que eu possuía era a solitária moeda de meia coroa. Além disso, embora tivesse mingau de aveia suficiente para a ceia do café da manhã, não tinha nada para o jantar do dia seguinte. Imediatamente o fluxo de alegria estancou em meu coração. Em vez de reprovar a mim mesmo, comecei a censurar o pobre homem. Descobri que havia falado com o encarregado do serviço social e este lhe disse para procurá-lo na manhã seguinte, mas ele temia que a mulher não passasse daquela noite! Ah!, pensei eu, “se pelo menos tivesse dois shillings e seis pence em vez desta meia coroa, como ficaria feliz em dar um shilling a esses coitados!” A verdade é que eu podia confiar em Deus enquanto tinha esse dinheiro, mas não conseguia confiar nele somente, sem dinheiro algum. O homem me levou a um pátio onde em minha última visita eu fora maltratado. Eu subi com ele uma escada sórdida e chegamos a um quarto miserável e, oh! que quadro se apresentou aos nossos olhos! Quatro ou cinco crianças de rosto faminto rodeavam um catre humilde, onde se achava a pobre mãe, com um bebezinho nascido à 36 horas gemendo ao seu lado. A incredulidade ainda me impedia de aliviar a aflição daquele gente, dando tudo quanto eu possuía. É estranho dizer, mas não pude consolar aquelas pessoas. Eu lhes disse que não ficassem abatidos, pois tinham um Pai bondoso e amoroso no céu. Mas alguma coisas me dizia: “Seu hipócrita!” Falando de um Pai bondoso e amoroso quando não está preparado para confiar nele sem a sua meia coroa! Quase me sufoquei. Se apenas tivesse um florim e seis pense – mas não estava ainda preparado para confiar em Deus sem os seis pense. Naqueles dias a oração costumava ser um prazer para mim. Tentei então orar, mas quando abri a boca para dizer “Pai nosso que estás nos céus”, a oração parecia um escárnio e passei por um período de conflito como jamais experimentei antes ou depois. Levantei-me de sobre os joelhos em grande aflição. O pobre pai voltou-se para mim e disse: “Senhor, se pode ajudar-nos , pelo amor de Deus, ajude!” E estas palavras lampejavam em minha mente: “Dá a quem te pede” e “na palavra do rei há poder”. Tirei vergonhosamente a meia coroa do bolso e dei ao homem, dizendo que estava lhe dando tudo quanto possuía, mas que Deus era realmente Pai e digno de confiança. Toda a alegria voltou ao meu coração e o impedimento para as bênçãos se foi – espero que para sempre. Não só a vida da mulher foi salva, mas eu também. Minha vida cristã poderia Ter sido destruída se o esforço do Espírito de Deus não fosse obedecido. Quando fui para casa, meu coração estava tão leve quanto o meu bolso, as ruas desertas ressoavam com um hino de louvor. Ao ajoelhar-me junto a cama, lembrei ao Senhor que “quem dá ao pobre, empresta a Deus”; e com paz em meu interior e exterior, passei uma noite tranqüila. Na manha seguinte, à hora do café, fiquei surpreso ao ver a proprietária entrar com uma carta na mão Não consegui reconhecer a letra nem o carimbo postal, e não sabia de onde tinha vindo. Ao abrir o envelope, encontrei dentro uma folha de papel em branco, um par de luvas de pelica e, ao pegá-las, caiu no chão uma moeda de meio soberano. “Louvado seja Deus!” Exclamei. “Quatrocentos por cento por doze horas de investimento!” Como os negociantes gostariam de emprestar seu dinheiro a juros como esses. Decidi na mesma hora colocar meus bens num banco que nunca pudesse falir – uma decisão da qual até hoje não me arrependi. Uma Segunda prova de fé ocorreu alguns dias mais tarde. Esta notável libertação foi uma grande alegria para mim, mas mesmo assim dez shillins não duram muito tempo e uma soma ainda maior me era devida. Continuei pedindo a Deus que graciosamente lembrasse meu empregador de que o meu salário estava atrasado.

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Não era tanto a falta de dinheiro que me perturbava, mas tinha este pensamento: “Posso ir para a China ou minha falta de fé será um obstáculo para este serviço tão almejado?” Na noite de Sábado, eu precisava pagar a proprietária. Não deveria eu, por causa disso, falar sobre o meu salário? Lutei na Quinta e Sexta-feira em oração com o Senhor, e na manhã de Sábado recebi uma confirmação de que esperar pelo tempo de Deus era a melhor coisa a fazer. Esperei, então, com o coração tranquilo, pois o fardo se fora. Naquela tarde, enquanto observava uma panela cozinhando alguma coisa no fogo, o doutor chegou de suas consultas. Como era seu costume, começou a falar das coisas de Deus. De repente, sem qualquer introdução, ele disse: “A propósito, Taylor, não está na hora de pagar de novo o seu salário?” Imagine a minha emoção! Contei a ele, com a maior serenidade possível, que já estava atrasado há algum tempo. Como me sentia grato! Deus certamente ouvira as minhas orações. Ele, então, continuou: “Que pena que não me lembrou, enviei esta tarde ao banco todo o meu dinheiro; caso contrário, pagaria você imediatamente”. Seria impossível descrever o meu sentimento de revolta, e fiquei contente em afastar-me sem que o médico percebesse minha emoção. Fui, a seguir, para o meu santuário e derramei meu coração diante do Senhor até que a calma e a alegria me fossem restauradas. Senti que Deus iria operar a Seu modo. Aquela noite foi gasta no preparo do meu trabalho para o dia seguinte, e eram cerca de dez horas quando fiquei pronto para ir para casa. Parecia que não teria nenhuma ajuda aquela noite; talvez na segunda-feira Deus interferisse a me favor. No momento em que saía, ouvi o médico rindo alegremente sozinho. Entrando no consultório, ele pediu seu livro caixa, contando que um de seus pacientes mais ricos acabara de pagar a conta – não era estranho isso? Eu também achei engraçado que um homem rolando em dinheiro tivesse ido pagar a uma hora assim tardia a conta que poderia Ter sido paga com um cheque em qualquer ocasião. O recebimento foi devidamente anotado no livro e o médico estava prestes a ir embora quando, repentinamente, me entregou algumas notas dizendo: “A propósito, Taylor, fique com estas notas e lhe darei o saldo na próxima semana”. Vi-me novamente obrigado a ir para o meu santuário. A fim de louvar ao Senhor porque, afinal de contas, eu podia ir para a China. Amados leitores vejam que o plano apostólico não é se preocupar com os meios e o dinheiro, mas ir e fazer o trabalho, confiando na Palavra de Deus segura que disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6:33) 4) COMPLETE: O _______________ apostólico não é se preocupar com os meios e o dinheiro, mas sim em _________________________________, confiando na Palavra de Deus. 8.6 VOCÊ PODE ENTENDER A ORDEM MISSIONÁRIA Qualquer homem pode entender a ordem missionária como estabelecida nas Escrituras, mas é necessário ter mente espiritual para aprender o seu verdadeiro sentido e poder espirituais. O que Paulo escreve é verdade tanto naquela época como para os nossos dias de hoje: “O mistério foi agora manifestado aos seus Santos, a quem Deus se agradou de tornar conhecidas as riquezas da sua glória deste mistério entre os gentios”. É necessário o ensinamento divino, é necessário uma revelação do Espírito Santo para compreender verdadeiramente o mistério de Deus. A experiência de Hudson Taylor nos mostra como Deus treina o homem para crer nele, aguardar nele, entregar-se inteiramente à Sua vontade e serviço, por maior que seja a dificuldade. A igreja precisa aprender a lição, nossos congressos e sermões missionários devem Ter como alvo ensinar que, à medida que os indivíduos se renderem completamente a Deus, Ele vai equipá-los para serem usados no serviço do Seu reino.

A vinda do Filho de Deus para salvar o mundo foi algo solene: Ele teve de carregar os nossos pecados e morrer por nós. É igualmente solene para nós tomar parte na obra da conquista de almas; ela exige que nós, com fé e amor, sintamos o fardo das almas e, se necessário, demos a vida pela salvação

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delas. Isso requer uma comunhão íntima com Deus e uma entrega completa à Sua orientação, a fim de sermos equipados para o Seu trabalho. Cada crente um ganhador de almas! Este deve ser o tema da pregação de cada pastor e da vida de cada crente. 5) RESPONDA: O que a experiência de Hudson Taylor pode nos mostrar?_______________________________________________________________________________________ RESPOSTAS DOS TEXTOS: 1) Uma compreensão adequada do que significa. 2) Cultura – idéias. 3) Estudar a ciência dos grupos humanos, seu comportamento e suas produções, bem como maneira de viver na sociedade. 4) Plano – Ir e fazer o trabalho. 5) Pode nos mostrar como Deus treina o homem para crer nele, aguardar nele, entregar-se inteiramente à Sua vontade e serviço, por maior que seja a dificuldade. CAPÍTULO 9 9.1 MISSÕES E O COMPROMETIMENTO COM DEUS Chamo neste capítulo final a sua atenção para o problema missionário. Creio que é importante apresentarmos os desafios, as necessidades mundiais, mas este tratamento ainda assim será somente superficial. Não adianta fazermos congressos, conferências, etc.; se não atingirmos a raiz do problema. Tenho visto que missões, na mente de alguns, é uma idéia do momento, é a visão que Deus deu para alguns pastores, é a onda do momento. Este livro procura mostrar bem ao contrário, pois mostra que Missões é algo que deve nascer de um coração totalmente consagrado e comprometido com Deus. 1) COMPLETE: Missões é algo que deve nascer de um _____________totalmente ______________________ e ___________________ com Deus. 9.2 NOSSA FONTE DE PODER PARA MISSÕES O próprio Deus é a grande fonte de poder para a obra missionária. Além disso, o poder de Deus é um poder acessível. Somos um povo sobrenatural, nascido de novo mediante um nascimento sobrenatural, mantidos por um poder sobrenatural, sustentado com alimento sobrenatural, ensinado por um Professor sobrenatural através de um Livro sobrenatural. Somos conduzidos por um Capitão sobrenatural em veredas retas que levam a vitórias seguras. O Salvador ressurreto, antes de subir aos céus, disse a Seus discípulos: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo”. (Atos 1:8) Poucos dias mais tarde, em resposta à oração conjunta e incessante, o Espírito Santo desceu sobre eles e encheu a todos. Louvado seja Deus, Ele continua conosco.

O poder dado não é um Dom do Espírito Santo, Ele mesmo é o poder. Hoje, Ele permanece tão disponível e tão poderoso quanto no dia de Pentecostes. Mas será que a Igreja, desde os dias antes do Pentecostes, já colocou de lado qualquer outro

trabalho e ficou à espera dele por dez dias para que esse poder pudesse manifestar-se? Não houve uma falha neste ponto? Tenhamos sempre em mente: “Aguardar em Deus não é perda de tempo.”

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2) RESPONDA: Por que esperar em Deus não é perca de tempo? _____________________________________________________________________________________ 9.3 QUAIS OS CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE MISSIONÁRIOS. Escolher obreiros é como um tiro ao alvo: a gente pode acertar, mas também pode errar por muito. Quando um missionário falha no campo, a culpa não é somente dele, mas da Missão ou da Igreja que o escolheu. Por isso temos que orar: “Senhor mostra-nos os teus eleitos”. Quais então são os critérios do Senhor da seara? Quando pensamos nesta pergunta, sempre nos sobrevém grande temor, pois quem somos nós para aprovar ou rejeitar um candidato? Tudo isso porque na história de missões temos às vezes candidatos aprovados que foram uma decepção para o campo missionário, enquanto outros, rejeitados, prestaram serviços excelentes no Reino de Deus. O que fazer? Orando, então, no temor do Senhor por sabedoria do alto, o Espírito Santo nos dará uma orientação muito simples: “Use os critérios de Atos 6:3.” – “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” 3) RESPONDA: Quem nos dará a direção para a escolha dos missionários para a seara? _______________________________________________ 9.4 TER BOA REPUTAÇÃO O candidato deve ter a aprovação do mundo: “boa reputação”. Se não tiver, ninguém diga no momento da escolha: “Talvez vá melhorar.”. Felizmente no momento está fora de discussão. Não vamos querer ser mais sábios do que Deus. Pular esta cerca é ter problema garantido, e os culpados seríamos nós mesmos. 4) COMPLETE: Antes de ir ao campo missionário o candidato deve ter a _______________________________. 9.5 SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO A Palavra nos diz que o candidato deve ser uma pessoa “cheia do Espírito Santo”, mas como podemos medir isso? Os irmãos de Corinto estavam cheios dos dons, mas não do Espírito. Então, não pelos dons, mas pelo fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22). Não vendo esse fruto no candidato, não devemos comissioná-lo. Se esse fruto não brotar em solo caseiro, dificilmente amadurecerão em terras de acidez transcultural. 5) RESPONDA: O que significa estar cheio do Espírito Santo? __________________________________________________________________________ 9.6 SER CHEIO DE SABEDORIA Finalmente, o Senhor nos diz que o candidato precisa estar “cheio de sabedoria”, sabedoria prática de viver conforme as leis de Deus na vida diária e sabedoria para o trabalho específico para o qual ele, quem sabe, será chamado, cada um conforme seu dom de sabedoria. Notemos bem que esses três tipos de critérios em Atos 6 devem funcionar como testes eliminatórios. Quem não passou pelo primeiro, infelizmente nem se qualifica para o segundo, etc. 6) COMPLETE: Os três tipos de critérios de Atos 6 devem funcionar como testes __________________________.

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Sim, aplicar os critérios do Senhor deve ser feito de joelhos mesmo. Que Deus nos conceda sabedoria para discernir o tempo e o modo (Eclesiastes 8:5). Que privilégio entrar na seara do Senhor! Que responsabilidade enviar em nome do Senhor à seara! Usemos fielmente os critérios do Senhor para os servos do Senhor, orando: 9.7 TRÊS LEMAS PARA UM GRANDE EMPREENDIMENTO MISSIONÁRIO.

Imagine escrito em letras de fogo bem a sua frente: “Primeiro: É impossível para os homens. Segundo: Tudo é possível para Deus. E Terceiro: Tudo é possível ao que crê.” Lucas 1:37 e Marcos 9:23) A Igreja precisa despertar e olhar para o campo missionário. Há até mesmo muitos homens de Deus pregando: “Estamos no fim da década da colheita”, outros dizem: “a presente geração só poderá ser alcançada por esta geração”, e ainda: “a Igreja precisa se apressar, pois os frutos já estão maduros, prontos para a colheita”. Acredito que todas estas afirmações estão corretas e faço a minha colocação particular: “A Igreja já poderia ter evangelizado o mundo, se ela quisesse.” Podemos caminhar em busca da evangelização das almas, vamos até onde podemos, até onde nos é possível, além disso, o nosso Senhor toma a direção, pois para Ele tudo é possível. Se crermos que o mundo pode ser evangelizado pela Igreja, então ele pode, porque todas as coisas são possíveis para aquele que crê. 7) COMPLETE: A________________precisa despertar e olhar para o campo ______________________. 9.8 TODOS CONQUISTADORES DE ALMAS A verdade é esta: “Cristo quer que todo crente venha a ser um conquistador de almas”. Ou seja, pois esta é a verdade mais profunda em que a primeira tem a sua origem e força: todo crente foi salvo com o propósito expresso de fazer da salvação de outras almas o fim principal e supremo da sua existência na terra. Quando ensinarmos a Igreja, nossa palavra de ordem será está: “Cada crente deve ser um ganhador de almas!” Só isto dará uma base segura ao nosso apelo missionário e nossa esperança de uma resposta imediata e suficiente ao chamado para tornar Cristo conhecido de todos. “Cada crente um ganhador de almas!” Este deve ser o tema da pregação de cada pastor e da vida de cada crente. 8) RESPONDA: Qual deve ser o tema da pregação de cada pastor e da vida de cada crente?____________________________________________________ 9.9 O PROBLEMA MISSIONÁRIO É PESSOAL Por que o problema missionário é pessoal? Podemos responder da seguinte forma: “Porque todos os crentes são convidados pelo Senhor Jesus a se lançar num testemunho de âmbito mundial da transformação que têm ocorrido em suas vidas através do Evangelho”. O nosso apelo missionário deve ir mais fundo e buscar corações abertos à obra. “Pessoas que têm o coração na obra e a obra no coração!” Se não houver desejo de ganhar as almas do nosso próprio país e depois das outras nações, então, a igreja fracassará nos planos de Deus para ela. “Não é o mundo que existe por causa da Igreja, mas a Igreja por causa do mundo e dos perdidos.” O propósito de Deus é tornar o Senhor Jesus Cristo conhecido como Salvador e Senhor em todas as nações. E como isso será possível? “Somente através da Sua Igreja.”

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9) RESPONDA: Que instrumento Deus usará, para tornar Cristo conhecido em todas as nações? ___________________________________________________________ 9.10 DEUS TE CHAMA PARA MISSÕES Quando Cristo chamou seus discípulos pela primeira vez, havia algo nele que os atraiu e tornou Seu chamado irresistível. Da mesma forma que Cristo os atraiu sem que soubessem como e por que, Ele também os levou por um caminho e para um alvo que não conheciam. Começaram a crer nele como o Messias: Ele os fez prosseguir até que o conhecessem como o Filho de Deus, como Amigo, como Mestre, e como Redentor. Ele falou pouco ou praticamente nada do Seu amor por eles e do amor deles por Ele, até a última noite da Sua vida. Desvendou, então, para eles o mistério de amá-los com um amor divino – de dar a sua vida por eles, do amor do Pai repousando neles, do amor deles por Ele, e de guardar os Seus mandamentos. Os discípulos não O haviam seguido com esse propósito; foi Cristo quem, pelo Seu amor divino, no decorrer do treinamento de três anos, fizera com que se apegassem a Ele. É esta associação pessoal intensa e viva com Cristo que nos prepara para receber o Espírito Santo e nos traz o poder para testemunhar, sem o qual a Igreja não pode ganhar o mundo. Talvez você se pergunte: “Mas o que eu posso fazer por Missões?” Ou ainda: “Como posso me tornar um missionário, mesmo que não possa ir ao campo?” A Bíblia Sagrada nos oferece esta resposta. Observemos em Romanos cap. 10 versos 13 a 15. Você pode ser vocacionado ao ministério de missões, você pode ajudar no envio de missionários para o campo, você pode ajudar a sustentar o missionário no campo e você pode orar pelo missionário em campo. Se você realmente é um servo genuíno do Senhor Jesus Cristo, com certeza está encaixado num desses pontos. Se não estiver, ore agora mesmo a Deus, peça perdão e comece hoje mesmo a investir na obra de missões, investimento esse que trará um retorno garantido nos tesouros celestiais. 10) RESPONDA: O que conseguiremos da associação de uma intensa vida com Cristo e o poder do Espírito Santo operando em nós? __________________________________________________________________________ 9.11 A IGREJA CHEGA AO FINAL VITORIOSA Apocalipse cap. 7 verso 9 – “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos.” Esta passagem bíblica indica que finalmente a Igreja foi vencedora, conseguindo assim, cumprir os propósitos do Mestre em relação a Missões. Ele foi anunciado a todas as nações, e tribos, e povos, e línguas. O povo de Deus triunfou, a vitória foi conquistada. Isso não quer dizer que temos de ficar de braços cruzados. Não! Devemos trabalhar, e rápido. Pois “Missões é a vontade de Deus para ser executada pela Igreja”. Sejamos fortes e corajosos em cumprir com a vontade de nosso Deus. Marchemos avante em cumprir essa palavra, pois sabemos que podemos bradar:

Jeová Ninssin. O SENHOR É NOSSA BANDEIRA

RESPOSTAS DOS TEXTOS: 1) Coração – Consagrado – Comprometido.

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2) Aguardamos em Deus porque somente dele vem a resposta correta, a provisão segura para as nossas necessidades, a revelação precisa da obra a ser executada, aguardamos em Deus porque seus planos nunca podem ser confundidos e nem frustrados. 3) O Espírito Santo. 4) A aprovação do mundo. 5) Estar cheio do Espírito Santo significa estar vivendo sob a completa submissão a Cristo, entregando-lhe o coração e deixando-o reinar, apresentado em evidência o fruto do Espírito. 6) Eliminatórios. 7) Igreja – Missionário. 8) Cada crente deve ser um ganhador de almas. 9) A Igreja. 10) Poder para testemunhar do evangelho de Cristo. __________________________________________________________________________ CAPÍTULO 10 MISSÕES LOCAIS GRUPO DE EVANGELISMO E DISCIPULADO G.E.D. O que é G.E.D ? É a metodologia de crescimento da Igreja, Grupo Familiar voltado para o Evangelismo e o Discipulado, que dará assistência desde o momento da chegada do visitante até o momento do batismo, e dando continuidade como fortalecimento para discipular outros. Quem pode fazer parte e qual é o numero ideal de pessoas? Todos os membros da Igreja podem e devem fazer parte de um desses Grupos, o número ideal é de 8 até 16 pessoas, começando com 4: O Líder, o Auxiliar, o Secretário e o Anfitrião, como está no Manual de Equipe de Discipulado (SITE da Igreja), esses 4 cada um leva um visitante formando 8, e quando esses tiverem cada um seu discípulo, num total de 16, quando amadurecerem podem se transformar em dois de 8. Como funciona o G.E.D ? Para inicio do Grupo de Discipulado, o Pastor se reúne semanalmente com a sua Liderança, e estuda por 4 semanas o Manual de Equipe de Discipulado que está no Site da Igreja, e ora com eles pelo crescimento da mesma; Depois distribui esses Líderes de quatro em quatro nas casas com quatro membros da Igreja, ou seja, oito pessoas; Agora, esses quatro Líderes oram com os quatro membros da Igreja por um amigo cada, e estudam com eles o mesmo Manual de Equipe de Discipulado; Depois das quatro semanas, cada um dos oito convida o seu amigo para um jantar de confraternização no dia da semana que estão sendo realizadas as reuniões semanais, por exemplo quarta feira, e nesse jantar os convida para

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continuarem se reunindo todas as semanas no mesmo dia, horário e local; Nessas reuniões agora, será estudado o Manual de Discipulado, que são dez lições, essas lições já irão capacitá-los para o Batismo, quando no fim delas, é realizado o Peniel com os oito visitantes de todos os Grupos de Discipulado da Igreja, e o Batismo; Após o Peniel, tanto para os que se batizaram quanto para todos os oito de cada Grupo, continuarão se reunindo para estudarem por mais três meses, agora o Manual de Maturidade Espiritual; Em seguida será realizado o Congresso Local de Avivamento, no templo mesmo, num fim de semana, quando se ministra as principais palestras do Peniel e outro Batismo; Agora, os dezesseis são distribuídos em dois Grupos, é quando acontece a Multiplicação, como está no Manual de Equipe de Discipulado, vão oito para cada casa, quando o Vice-Líder passa a ser o Líder do novo Grupo. Quando os membros da Igreja não conseguem visitantes para iniciarem o Grupo, o Pastor realiza uma Cruzada Evangelística, ou o “Culto do Amigo”, divulgando com uma antecedência de 30 dias, durante este período os Líderes que estão se reunindo com o pastor semanalmente, deverão motivar os membros da Igreja que vão participar de seus Grupos, a convidarem pessoas para essa Cruzada ou esse Culto. “Chegado o grande o dia”, o que fazer?

No dia da Cruzada ou “Culto do Amigo”, os Grupos de Discipulado ficarão na porta para a recepção dos convidados; Eles dirão assim: “... Boa noite, meu nome é ...., e o seu nome qual é?, seja bem vindo a nossa reunião, sente - se aqui e fique a vontade..”. Deve se anotar o nome do convidado e da pessoa que o convidou, ou o número do telefone, e enviar seu nome para quem estiver conduzindo o Culto. Obs.: O banco onde os convidados serão colocados é muito importante, não pode ser no primeiro e nem no ultimo banco, assim como não se deve colocar todos os convidados no mesmo banco. No decorrer do Culto o Pastor deve mencionar a presença de cada visitante, chamando-os pelo nome, sem precisar mandar ficarem em pé. No momento da Palavra, estes Grupos deverão, ceder suas Bíblia para os convidados no local em que a leitura será feita, se a Igreja não tiver Datashow para projetar a leitura; Os Grupo nesse momento estarão orando pelos convidados de forma especifica e sutil. No momento do convite ao pecador (apelo), se possível é ideal que cada membro desses Grupos se aproxime de um convidado, e continue intercedendo por ele, se perceber que a pessoa está sensível (quebrantada), ofereça-se para ir à frente com ele, você dirá: “ se você quiser eu posso ir a frente com você”. Aos que forem á frente, é ideal que tenha alguém ao seu lado. Obs.: as pessoas que forem acompanhar é importante que sejam pessoas da mesma faixa, por exemplo: uma jovem deve acompanhar uma jovem, uma senhora deve ser acompanhada por uma irmã, etc. Após a oração feita pelo Pastor ou a quem ele designar, oração essa que deve ser de confissão, com base em Romanos cap.10:9 e 10; Sugerimos uma oração falada pelo pastor (orador) e repetida por aqueles que aceitarão ao Senhor. Nossa sugestão é a seguinte oração: “ Senhor meu Deus, eu preciso de ti, abro a porta de meu coração, e convido Jesus para ser meu Senhor, nesta noite eu reconheço que sou pecador, e que careço de seu perdão, toma conta da minha vida, faça de mim a pessoa que o Senhor quer que eu seja, peço isso com fé, em nome de Jesus Cristo, Amém. Após essa oração, as pessoas que repetiram devem ser levadas para um local aparte, secretaria, sala pastoral, etc. onde serão preenchidas as fichas de cadastro por um dos membros do Grupo, é muito importante que essa ficha seja preenchida de forma legível e que todas as informações estejam corretas, principalmente os pedidos de oração, e em seguida os Líderes já convidam essas pessoas a estarem na casa onde estão sendo realizadas as reuniões, já falam o dia, o horário e o endereço; Lá nessa será estudado uma vez por semana o Manual de Discipulado, que está no site da Igreja, sendo que cada membro do Grupo já fica com uma, duas ou três fichas para acompanharem uma vez por semana.

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O outro dia após a Cruzada ou o “Culto do Amigo”. Já é de conhecimento de todos que para o novo convertido o pior momento é exatamente às 48 horas após a decisão por Jesus, pois é nesse período que o diabo irá usar de tudo para desmotivar o novo convertido, através da família, amigos e outros. No dia seguinte, você irá ligar para a pessoa com quem você falou e orou no culto dizendo assim: “Alô, aqui é o ......... ., estivemos juntos no culto do amigo (ou na cruzada/impacto), como você tem passado, olha “ Roberto” (exemplo de nome), estive orando pela sua vida hoje e estou te ligando por dois motivos especiais, o primeiro é para estar orando por você, sei que, ( citar as necessidades de oração da ficha de apoio, e perguntar se existe mais algum motivo), um exemplo de necessidade que ele pode ter escrito na ficha, é desemprego, então você já começa dizendo, sei que você está desempregado e gostaria de orar para que Deus possa preparar para você o que está no seu coração, podemos orar, agora? Se a resposta for afirmativa, pedir para escutar e você faz uma breve oração por telefone, se a resposta for negativa, por motivo de estar no trabalho ou por que existe pessoas por perto, ou outros motivos, diga: olha “ Roberto” assim que desligarmos estarei orando pela sua vida e pela sua família; O segundo motivo é lembrá-lo sobre aquele convite que fizemos, pra você estar naquela casa conosco pra estudarmos a bíblia e orarmos juntos, estou te ligando pra dizer que passo aí (tal hora) pra te buscar; Se não foi feito ainda o convite então faça, aí então seria: o segundo motivo da minha ligação é convidá-lo a estar conosco em nossa próxima reunião, que será numa casa, (tal dia e hora) onde a gente se reúne pra estudar a bíblia, eu passo aí pra te buscar (dia e hora); Neste primeiro dia, também deve ser enviada uma mensagem via watzapp ou e-mail (que foi anotado na ficha), e uma carta pelo correio para o endereço que consta na ficha. Obs.: este Grupo deve ter uma pessoa que será responsável pelas correspondências, as cartas deverão ser padronizadas. No dia da reunião combinada, deverá acontecer uma nova ligação, desta vez será dito assim: Alô “Roberto”, tudo bem, como você tem passado desde de nosso ultimo contato? (deixe que ele fale, depois você pode entrar nas necessidades de oração que ele colocou na ficha), por exemplo, me diga como está em relação ao emprego, enviou algum currículo, fez alguma entrevista? ( mostre interesse e se alegre se houver boas noticias, se não procure animá-lo; Hoje eu estou só te ligando pra lembrá-lo de nosso compromisso, continuo orando por você e por sua família, passarei aí tal hora; Um abraço! Se não precisar você buscá-lo, você estará à espera dele na porta, no momento de sua chegada você irá recepciona-lo, dando um caloroso abraço, falando e demonstrando que está alegre com a ida dele; Se possível é importante que você fique próximo de seu convidado. Na segunda semana, em seu contato telefônico, procure agendar um encontro pessoal, você dirá: ..Olha Roberto o que você acha de nos encontramos para conversarmos sobre sua nova vida, agora que você convidou Jesus para ser o seu Senhor? que poderá ser na casa dele, em sua casa, em uma lanchonete, etc. Nesse encontro, fale para ele sobre as suas experiências com Deus, de como você aceitou Jesus, e procure incentivá-lo a continuar ou participar das reuniões do Grupo de Discipulado. Esses novos convertidos deverão ser acompanhados semanalmente, e apresentado um relatório para o pastor, falando inclusive quais soluções foram tomadas no caso de falta do novo convertido às reuniões do Grupo e/ou aos cultos. O que fazer com os que não aceitaram Jesus na Cruzada ou no “culto do amigo”? Como foram anotados os nomes de todos os visitantes, e os nomes de quem os convidou, esses nomes serão distribuídos para os Líderes, que entrarão em contato com quem convidou, anotarão os números de telefone, e ligarão para eles; Antes, pergunte a quem convidou, se conhece algumas necessidades dessa pessoa, e quando ligar faça o mesmo procedimento anterior, diga que está orando pela necessidade tal, e pergunta se pode ir orar em sua casa; Permitindo, lá oficializa o convite para participar das reuniões dos Grupos de Discipulado, não permitindo faça o convite mesmo por telefone, sempre se prontificando a ir buscá-lo; Caso não vá à primeira reunião, convide na semana seguinte, ainda não indo convide-o para o

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MISSÕES A LUZ DA PALAVRA

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próximo Culto do Amigo, que o Pastor deverá fazer mensalmente, e aí começa-se tudo de novo, não desista. Para finalizar. Este projeto visa alcançar o nosso alvo, que é dobrar o número de membros a cada ano, sendo para isso necessário cada crente ser um discípulo de alguém e discipulador de outro, e o Grupo de Discipulado favorece isso. MODELO DECARTA AO VISITANTE Prezado, (ou Prezada ) <Nome>

Foi uma alegria encontra-lo, (ou encontrá-la), na reunião do dia_________, e poder falar com você sobre as boas novas do amor e do perdão de Deus.

Eu imagino como você está feliz por ter recebido a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, isto significa muito mais ainda. Você abriu a porta do seu coração a Jesus, e Ele entrou, de acordo com a promessa que Ele mesmo fez: "Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele, e ele comigo(Apocalipse 3:20)

Então....(nome)..., onde está Ele agora? Você pode ter certeza que Ele está no seu coração e nunca o (a) deixará, pois Ele disse: "Nunca te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hebreus 13:1).

Não é maravilhoso saber que Cristo habita em você e que você tem vida eterna? É importante compreender que esta certeza não se baseia naquilo que você faz ou

sente, mas na autoridade da Palavra de Deus. E o que é que Deus promete em sua Palavra? "Quem tem o filho (Jesus Cristo) tem a vida... Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna" (João 5:12,13). Uma vez que você recebeu a Jesus Cristo, você tem a vida eterna desde agora!

Mas para que você possa experimentar o melhor que Deus tem para você, é importante manter a comunicação constante com Ele, através da Bíblia e da oração. Na oração, nós nos comunicamos com Deus, e Ele fala conosco através da Sua Palavra. Ao ler a Bíblia, peça que o Espírito Santo a esclareça e ajude a compreender o que Deus quer lhe falar.

Gostaria muito de receber notícias suas, e responderei com prazer a qualquer pergunta que você tenha, e também dizer que estarei juntamente com minha família orando por você; Temos reuniões nas casas toda semana, e gostaria que você participasse das reuniões que eu participo (exemplo: todas as quartas feiras ás 20:00 horas no endereço tal), tenho o prazer em busca-lo, é só me ligar no telefone número tal.

Seu amigo e irmão (Nome).

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FICHA DE ACOMPANHAMENTO DO G. E. D. (Grupo de Evangelismo e Discipulado) (FAVOR ANOTAR TODAS AS VISITAS, DIFICULDADES ENCONTRADAS E AS SOLUÇÕES TOMADAS) NOME:______________________________________________________ Nº:______ 1ª VISITA: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Modelo de ~ficha de Visitante: Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo

___/___/___

Nome: ...............................................................................

Endereço: .........................................................................

Cidade:................................ UF:........ CEP: .....................

E-mail: ...............................................................................

Tel. Res:............................................................................

Tel. Com: ..........................................................................

Data de nascimento: ___/___/___

Estado Civil: ......................................................................

Você nos visita pela? ( ) 1ª vez ( ) 2ª vez ( ) 3ª vez

Fui convidado por .............................................................

Você gostaria que orássemos por você?

Pedido de Oração: ............................................................

..........................................................................................

..........................................................................................

..........................................................................................

..........................................................................................

..........................................................................................

.........................................................................................

..........................................................................................

Gostaria de receber uma visita em sua casa?

( ) sim ( ) no momento não

Gostaria de receber uma estudo bíblico em seu lar?

( ) sim ( ) no momento não

Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo ___/___/___

Nome: ...............................................................................

Endereço: .........................................................................

Cidade:................................ UF:........ CEP: .....................

E-mail: ...............................................................................

Tel. Res:............................................................................

Tel. Com: ..........................................................................

Data de nascimento: ___/___/___

Estado Civil: ......................................................................

Você nos visita pela? ( ) 1ª vez ( ) 2ª vez ( ) 3ª vez

Fui convidado por .............................................................

Você gostaria que orássemos por você?

Pedido de Oração: ............................................................

...........................................................................................

...........................................................................................

...........................................................................................

...........................................................................................

...........................................................................................

..........................................................................................

...........................................................................................

Gostaria de receber uma visita em sua casa?

( ) sim ( ) no momento não

Gostaria de receber uma estudo bíblico em seu lar?

( ) sim ( ) no momento não

Ficha do G.E.D. Nº : ___/___/___

Nome:

End:

Bairro: Cidade: UF

CEP: Tel.Res.: Tel.Com:

Estado Civil: Profissão: Data de Nas:

Deseja Conhecer mais de Jesus? SIM [ ] NÃO [ ]

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É a 1ª vez que assiste a uma SIM [ ] NÃO [ ] Reunião evangélica? Veio á convite de alguém SIM [ ] NÃO [ ]

Nome de quem convidou:

QUAL A SUA NECESSIDADE DE ORAÇÃO:

DISCIPULADOR

Ficha do G.E.D. Nº : ____ ___/___/___

Nome:

End:

Bairro: Cidade: UF

CEP: Tel.Res.: Tel.Com:

Estado Civil: Profissão: Data de Nas:

Nome do discipulador:

DISCIPULADOR

Ficha do G.E.D. Nº : ____ ___/___/___

Nome:

End:

Bairro: Cidade: UF

CEP: Tel.Res.: Tel.Com:

Estado Civil: Profissão: Data de Nas:

Nome do discipulador:

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Pesquisa Sócio Religiosa. (Localidade), ___/____/_____ Nome _________________________________________ Nasc.:________________ Sexo End:_________________________________________________ Cep:_______________ Área Social. 1 – Qual seu estaddo civil ?________________ Tem filhos?________ Quantos?________ 2 – Há quanto tempo mora nesta casa?____________________________ 3 – Quantas pessoas residem neste endereço?__________________ Quem são? Nome Grau de parentesco Data de nascimento 4 – Destas quantas estão desempregadas?____________________ Enfermas?__________ 5 – O que a sociedade pode fazer para que o seu bairro seja melhor? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Área religiosa 1 – Alguém esta recebendo educação religiosa?_____________ Quém?______________ 2 – É membro de algum grupo religioso? ( ) Sim ( ) Não Qual?____________________ 3 – Atualmente com que freqüência assiste as reuniões?___________________________ 4 – Uma religião deve ser praticada? Por quê?__________________________ ( ) é herdada dos pais ( ) por convicção própria ( ) porque a maioria pratica

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5 – De qual dos fundadores de religião do mundo você sabe mais? Maomé ( ) Buda ( ) Jesus Cristo ( ) Outros________________________ 6 – Em seu modo de entender, quem é Jesus Cristo?____________________________ 7 – Em geral as pessoas sentem que precisam conhecer mais a Deus?_______ Por quê?_______ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Você acha que precisa conhecer mais a Deus?____________ por quê?____________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8 – Gostaria de receber mais informações sobre Jesus Cristo? ( ) Sim ( ) 9 – De que forma: ( ) Estudo semanal no lar ( ) Estudo por correspondência Entrevistador _______________________________________ Data___/___/____ R e f e r ê n c i a s B i b l i o g r á f i c a s. CARRIKER, C. Timóteo. Missões e a Igreja Brasileira. Volume 1 e 3 São Paulo. Mundo Cristão. 1993. SMITH, Oswald. Evangelizemos o Mundo. São Paulo. Vida Nova. 1996. PATE, Larry D.. Missiologia – a missão transcultural da Igreja. São Paulo. Vida Nova. 1987. EXLEY, Richard. Cristianismo em Ação. São Paulo. Vida Nova. 1995. RALPH, D. Winter e STEVEN, C. Hawthorne. Missões Transculturais. São Paulo. Mundo Cristão. 1987.