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•1 ^_^^-———¦-——mm»—- N." 1.908 - NOVEMBRO. DE 1944 - ANO XL - PREÇO CR $ 2.00 ?* t__.^^" ^^ml\l _^ _^""""""x.Ly^~______________( / _»2<_Sl§_!-S^i^m ^tmw* ,Ps >, _^_r**^^

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N." 1.908 - NOVEMBRO. DE 1944 - ANO XL - PREÇO CR $ 2.00

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LIÇÕES DK VOVÓ

Meus netinhos

A.

TICOT I C O" k

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V I bÍ^^ m^Bmm\\

£S duas efemérides nacionais

que se comemoram este mês, e querecordam a proclamação da Re-pública e a instituição do EstadoNacional, são datas especialmentecaras a juventude.

A proclamação da República,em 15 de Novembro de 1889, peloMarechal Deodoro da Fonseca, foiresultado de um movimento de idéias em que tomou partea juventude, que empolgou a gente moça do Brasil e queabriu, para os jovens, novas possibilidades.

A campanha de propaganda republicana contou, comose sabe, com elevado número de jovens, com a moeidadedas escolas, que abraçou a causa democrática com os entu-siasmos mais vivos e os ardores mais sinceros.Quanto ao Estado Nacional, creado pelo Presidente GetúlioVargas a 10 de Novembro de 1937, tem sido, por excelência,o regime que cuida carinhosamente da iuventude.que vempreparando para a infância de hoje as mais belas possibi-lidades no futuro. E', como já uma vez o Vovô escreveuaqui, um regime de governo pelo qual as crianças se inte-ressam, que os jovens comentam e cuja atividade acompa-nham com atenção.

E nada mais justo do que esse interesse dos moços,desde cedo, pelos assuntos que dizem respeito ao futuro daPátria. E' dever de todos os brasileiros, mesmo dos queainda estão em idade de ler O TICO-TICO, interessar-sepelas coisas do Brasil, pois não será nunca bom patriotaaquele que encarar a vida nacional com descaso ou displicên-cia, esquecendo-se de que uma Pátria só será grande quandotodos os seus filhos lhe derem o melhor de si mesmos.

Vovô

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SülJ!

TEXTO

E

DESENHO

DE

MAURO

UbLM Br-c ¦ .> 13aB

ElSíT- an ¦('

UlTASdas

histórias

que Lin-

Tsê, um

chinês

meu

amigo, me contou foram grandeslições.

Sempre que desejo alguma coi-

sa, fico pensando num dos contos

de Lin-Tsê. Então, procuro estudar

se é humanamente possivel obter o

desejado, se é honesío, se é direito.

Isso me faz raciocinar de tal mane;-

ra, que nunca me desesperarei que-

rendo conseguir algo que não me

seja, por direito, dado obter.

A história a seguir foi-me conta-

da na china, numa maravilhosa a-

randa de verão da casa de Lin-Tsê.

O velho chinês fumava num iorigo

cachimbo, do qua! saí,*, uma fuma-

ça cheirosa e pen ranfe, que iave

aos homens uma vontade enorme

de pensar.Nunca Lin-Tsê contava apenas a

história. Êle tinha o bom hábito de

citar exemplos reais, no meio de

uma série de raciocínios, de prover-bios, de suposições. Sempre que eu

conversava com Lin-Tsê, achava-me'

perto da sabedoria chinesa.

Procuro contar adiante uma das

histórias de Lin-Tsê, em termos

simples-

HAVIA,

do lado oeste duma

iíha, no Oceano Pacífico, uma

casa onde viviam dois homens

de côr branca. Ambos achavam-se

a!í por conta própria- e buscavam

mais fortuna do que aventura: um

chamava-se Pedro, o outro João.

Contavam que Pedro era muito

ganancioso, e que seria capai dos

maiores desesperos para c for-

tuna.o r<CO-TíCO

Quanto a João, achava que ser

rico era bom, porém, se isso não

fosse possível, valia a aventura de

conhecer os mares do sul do Pací-

fico.

Com o dinheiro e as coisas, que

haviam trazido da América, os dois

homens juntavam alguns nativos da

ilha e, com eles, começaram 0

piorar o fundo cia baía, que ficava

ao sul da ill' vam-se às águas

e nadavam até o fu;ido, em busca:

de ostras portadoras de pérolas-

Pérolas ! Era disso cue eles anda-

vam a cata.

Três anos haviam decorrido. —'

Já bastantes pc-rolas enchiam os

pequehos sacos dos dois. aventurei-

ros.

O barco, no qual João e Pedro

tinham vindo para a iiha, já esfav*.

pronto para 3'voi!

No dia da partida a bagagem foi

levada a bordo. Os nativos haviam

sido^pago e já andavam em busca

de outros empregos.

Os dois homens foram, ainda

uma vez, até a casa para apanhar

as coisas restantes. Aí, Pedro teve

a idéia de deixar o companheiro na

ilha e voltou sozinho para não divi-

dir a fortuna.

Atacou-o pelas costas e caiu des-

maiado e aií ficou, imóvel, no chão

da casa.

Pedro embarcou sozinho para a

China, e lá vendeu as pérolas. Po-

rém, quando estava pronto paraembarcar de volta à América, apa-

receu João, que o denunciou às au-

toridades. Trazia consigo, como

prova, vários documentos e a pala-

vra de um dos chefes nativos da

ilha, pessoa de grande autoridade

e confiança. Complicava Pedro seu

comunV.ido ao cônsul, de que João

havia sido comido por um tubarão,

ntecera ter um navio passa-

d«*> ner+rt da i'ha, e João conseguira

ne'o voltar à China.

As autoridades meteram Pedro

na cadeia e colocaram a fortuna nas

mãos de João. Este .então a. vidiu

a quantia em dois. Metade do di-

nheiro foi enviada, por ele, a uma

Universidade chinesa, pois João

simpatizava com os estudantes chi-

néses. O resto ficou em seu poder,

Assim é a vida.• Nunca se deve ambicionar o que

é dos outros. Devemos querer quetodos tenham os mesmos direitos,todos venham as mesmas cportuni-dades, as mesmas vantagens. Nun-ca ter mais que alguém, nunca que-rer as coisas alheias, pois somostodos irmãos: pretos, amarelos, ver-

melhos ou brancos. Somos todosirmãos. Você tambem não acha,leitor ?

0 ija ¦^—.

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RECO-PECO - WlAO . IA1EITONA i__1950 DEVE TER SIDO AESPINGARDA DO VOVQr^~mr OLHE AQUI,BOLÃO/EN- > / VAMOS ^

CONTREl ISSO NA ADEGA^ EXPERIMENTARAINDA SERVIRA' L^ — S_ „_.> -r—5)

PRONTO, JA'ESTA' CARREGADA. <LVAMOS TIRAR A SORTE^ PARA VEF- iQUEM FARÁ'A EXPERIÊNCIA...

VAMOS, AZEITOMA, A ySORTE ESTA COiSrW/OCE... )

C^^ U^*O TICO TICO NOVEMBKO—1'Hi

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PROCLAMAÇÃODA

REPÚBLICA(MARIA DO ROSÁRIO BANDEIRA NERY)

íINDA manha ! Toda a terra parece

estremecer de prazer sob o» raiosdo foi c;iie »e levanta no azul puríssimodo céu.

Mas, que é isto?

Uma espessa poeira se levanta.

Que perturbará a serenidade dessedia sem igual? Ah! é uma tropa quese aproxima (Devo avisar os leitores dc

que estamos no Campo de SanfAna).

Creio que conheço este nobre cava-

leiro que a encabeça. Ppis. como não, »e é

o Marechal Manoel Deodoro da Fonseca?

Lá vem êle. Dá ordem de parada. Mai»algumas e todos tomam posição naquelecampo bem em frente da Secretaria daGuerra (Quartel-General do Exército)onde se ach» reunido o Ministério presi-dido pelo Visconde de Ouro Preto.

Vejamos o que vaHá por dentro.

N'uma grande sal» em cujo centro

eiti uma mesa rodeada de cadeiras, todasocupadas, na sua cabeceira acha-se insta-lado o ministro.

Acabam de encerrar os debates.O Visconde em voz pausada c tranqüila,anuncia a decisío: -• "Meus senhores,telegrafaremos ao Imperador c pecamos-lhe demissaV.

O ajudante General, quo se acha

presente, discretamente retira-se.

Sigamo-lo.Vai èle aonde está Deodoro e após a

continência comunica-lhe a resolução dosministros

-- "Mande abrir o portão -- diz-lhe>' marechal".

E a ordem é comprida.

Os "huirahs" e vivas atrôam noi•nividos, fazendo-os doer.

NOVEMBÍO— i<m

CS_Sr- _ ^" " - *

^*B_s/ ?31_k f f-^^jil y^

~~ • i? ^—1 • ^ /TílílI . / Xr yÁvi^ \\\\l\t____\

SSo a* tropas que estão noQuartel. Mostram-se elas decidi-das a seguir <» Marechal, o quefazem.

Mais entusiásticas aclamaçõesA alegria é geral em todo oCampo. N.esc momento rebâa

«no local uma salva de 21 tirosde artilharia.

A Republica está proclamada I

Unia hora da tarde.Chega o Imperador de Petropolis,

onde se achava. Passa-se o dia semmaiores acontecimentos.

Vem a noite. Depois dela raia o dia16, lindo e brilhante, indiferente asalegrias e tristezas.

Algo, porém, acontece depois.O major Solon e o tenente SebastiãoBandeira chegam com uma mensagem aoImperador.

Nela está declarado que êle foideposto e se determina que saia do pais

_É_3_T

em 24 horas. E' madrugada. As estrelasbrilham esplendidamente no escuromanto do céu, enquanto a lua pálidadesliza docemente. Um relógio bate aolonge. Contemos as badaladas. Uma,duas, três.

Surdo rumor e um estrépito abafadode rodas indicam a aproximação de uma.carruagem. Quando pára, de dentro delasalta a Familia Imperial. Está findandoo prazo.

A Corveta* "Parnafba" embala-sedocemente nas mansas águas do mar.

Lá estão eles embarcando. Afasta-sea corveta. Já em alto mar transportam-se

para o paquete "Alagoas" no qual seguemlogo em direção a Lisboa.

O novo Governo Provisório é agorachefiado pelo marechal Manoel Deodoroda Fonseca. O Ministério é constituído,

por Aristides Lobo, como ministro doInterior; Rui Barbosa, ministro daFazenda e interinamente da Justiça;Benjamim Constant, ministro da Guerra

Eduardo. Wandenkolk, ministro daMarinha e Quintino Bocaiúva, ministrodas ^Relações Exteriores e interinamenteda Agricultura, Comércio e ObrasPúblicas. Pouco tempo depois sãonomeados o Dr. Manoel Ferraz de

Campos Salles, para a pasta daJustiça, cj Dome trio Ribeiro para ada Agricultura, Comércio e ObrasPúblicas

O TICO-TICO

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íAPAI, eu queria contar

uma coisa ao senhor.O senhor promete que

não se zanga ?De que se trata, meu filho ?Aquela moeda de um cru-

zeiro, iróco do cigarro que eu fui

comprar para o senhor ...Que é que tem ?Eu a dei a uma pobre velhi-

nha que estava ali na esquina,

sabe ?— Muito bem, meu filho

Praticaste uma bela ação ! Isso,

é claro, só me pôde dar motivo

para me orgulhar de ti!

O' Finóca ! Vem cá ! Vem vêr o

que o nosso fi lho f ez !! E dizem

que o menino não tem bons senti-

mentos !! E aí está: o seu gesto

prova muito bem a nobreza do seu

coração e a elevação dos seus do-

tes de espírito ! Eu bem sabia queéle tinha que sair ao pai! !

Dona Finóca veio chegando,

sem saber o que dizer. Olhou a ca-

rinha do filho, contente. E reparou

que o garoto estava com as mãos

para traz. Escondia qualquer coí-

sa ... -

o rico-ijco

Filhinho ... que é ISSO quetens aí na mão ?

Mostra para mamãe, mostra,bemzinho •..

E o filhinho, com o ar mais ino-

cente deste mundo, dá a explica-

ção:Isto ... são rosquinhas !

A pobre velhinha ficou tão con-

tente com a moeda que eu dei,

que me ofereceu êste pacote derosquinhas. ,

Foi mesmo ? I — fizeram o

papai e a mamãe.Pois Aos outros meni-

nos ela cobra um cruzeiro por pa-cote.

Mas pra mim, deu de presen-te I!! Tão boa, aquela velhinha!!!

Pois é .. • — disseram em coro

o papai e a mamãe ...

NOVEMBRO—Wí

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A* *. * ¦• \

JpíÉL.

1

osFERREIROS

/•___í>te^_lDepois de colar a página em cartolina resistente, recortam-

se as peças. Por meio de alfinete, e por trás da peça n.° 1, liga-se pelos lugares nesta marcados com- dois pontos negros a tira2-4, fazendo coincidir os números com os das figuras dos fer-reiros, (que devem ser cortadas scparad.is). Depois se colocaa outra tira, coincidindo os números 1 e 3 desta e das figuras(sem ligar à peça n.° 1). Movendo a tira para os lados, os fer-reiros malharão a ferradura.

WODEIO TERMINADO

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PEíAl

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*- *¦ -**- XI.OVEMBRO- O TICO-TICO

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AVENTURAS DE ZE MACACO E FAUSTINA

^_fc / fv^0' C/_? LA vou eu \^oT^f v

2-é Macaco resolveu tomar um se-cretário. Diz que gente importante dev»ter sempre servidores solícitos e eficien-tes, e contratou um auxiliar assim

Chamava-se Àdemaro. o secretário. Par*tudo dizia: "Ok! Ok"! E, apesar das per-nas curtas, era um danado para correr e fa-:er tudo depressa!

Há dias o casal teve desejos decomer peixe e Zé Macaco deu ordema Ademaro para ir comprar um bompescado para o jantar.—| -pt J—

No mesmo instante a ordem foicumprida. O secretário foi e regressouvoando, e trouxe um bonito peixe par*fritar.

Posto, porém, no fogo, o peixe — .urfora comprado numa loja dc brinquedos —começou a pular na panela, dando um brutesusto no Zé Macaco!

F.~i!.*rina, que é nu.» "romântica

r>6. o marido, achou uma gracinha otíansador, que fazia proezas den-

tro do prato.

Nesse mesmo dia, Zé Macaco deu Prontamente o Ademaro obedeceu. E

ordem an secretário para podar uma ja- com duas passadas de serrote as co.sas se

quei-a. Devia cortar vários qalhos. par- arranjaram! Apenas... como não t.vera cui-

a jaqueira ficar mais elegante.

10

dado, e se sentara na ponta..

O TICO-TICO

...do galho, quando este se quebrou, osecretario despencou li de cima. que (oiuma beleza! E aterrissou bem em cimade Zé Macaco!!

NOVEMBRO—1944

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Entre r1* antigosegipcios, aquele quematava um gato —considerado ani nalsagrado — era conde-nado.à morte.

ÁWÊ WmWll^ft

Em todas as casashavia sepre um oumais gatos. Se mor-ria algum, era embai-samaão cm sclenecerimônia e todos osmoradores da casaraspavam a sobran-cêlha esquerda, emsinal de luto.

A luneta astronô-mica foi inventadaem 1600.

Certa ocasião Só-crates convidou seusamigos para v>n jan-tar, para o qual pre-parou poucos e tin-gelos pratos.

Como um dos con-vidaãos murmurasse

que o jantar ia sermuito modesto, o sá-bio respondeu:

— Se os que aquiveetn são verdadei-ros amigos meus,não farão caso dacomida; e se não osão, bem merecemcomer pouco e mal.

Em San José, capi-tal de Costa Rica(América Central) asruas não têm nomes.Chamam^se AvemidaPrimeira, Avenida Se-gunda, etc, a par-tir da Avenida Cen-trai, e Rua Primeira,Rua Segunda, RuaTerceira, e assim pordiante, desde a RuaCentral.

•O crocodilo do rio

Nilo (África) é umanimal mui vagaro-so na terra, porémagiüssimo dentro dá-gua, onde nada rápi-da e facilmente, va-lendo-se da cauda.

•Subtraindo-se

123456789 do nume-r0 987654321, que é omesmo invertido, ob-teremos um númerodiferente, mas for-mado pelos mesmosalgarismos !\w\

E' muito raro as an-dorinhas caírem empoã-T de alguma avesde rapina, porquevoam tão rapidamen-te que é difícil caça-las e, além disso, pos-suem un instinto es-pecial, observado porvários naturalistas, eesse instinto os ad-verte da presença dostemíveis, para que fu--^jam.

•A cidade de Cara-

cas foi fundada porDiego de Losada, em1567, com o nome deSantiago de León deCaracas. Esta deno-minação designavauma tribu de índiosque habitava o lugaronde se fundou a ei-dade, atual capitalda Venezuela (Amé-rica do Sul) . A pa-lavra Venezuela tra-duz-se por "PequenaVeneza".

A 750 graus de ca-lor, o ferro tomauma côr vermelho-pá-lida; a 830 graus, ver-melho-escura; a 900graus, vermelho-viva;a 1.100 graus, adqui-re uma tonalidadealaranjada; a 1.300,fica branco e, a 1.500,branco Drühante. Oferro puro toma umacôr vermelha viva, a1.804 graus.

Eis aqui como sepôde desenhar um ga-ratinho estudioso sen-tado no seu banqui-nho. E' só seguir osdiversos "tempos" dodesenho.

Adolfo Thiers, ofamoso estadistafrancês, não acredi-tava na importânciado ferrocarril, e fezver ao Governo queesse gênero de loco-moção "se destinavaa servir de passa-tempo aos curiosos".

Diz-se, ieferindo-sea alguém que rece-beu uma grande ho-menagem: "fizeram-lhe uma verdadeiraovação". Entretanto,,entre os antigos Ro-'manos, a ovação re-presentava um triun-fo sem irr.porta.ncia.

O casulo de um bi-cho da seda é cons-i-undo por um fioúnmo e ininter_upto,que tem uns 350 me-tros de comprimentoe, às vezes, 500.

Ha pão branco epão preto, mas o_ue pouc-s sao.m éexiste cambem pão...azul. Pa.ece menti-ra, mas nac é. Azulé a còr do pão quese consome corren-temente em algu-mas províncias doCáucaso, cujo valornutritivo, no que seafirma, é superior aopão branco. A côrdeve-se a uma espé-cie de sizânia ou joioque cresce junto aotrigo ou ao centeioa que, os camponeses,nas colheitas, nãodão atenção. A hervafermenta e adquireuma bsla côr azul,que se comunica aosgrãos.

Entre os seres fan-tásticos figuram asSereias que, segun-do a lenda erammetade mulher, me-tade peixe; os Tri-toes, metade homeme metade peixe; osCentauros, metadehomem e metade ca-valo.

Este desenho é osímbolo do$ bons li-vros. Êle assinala oslivros do BibliotecaInfantil d'Q TICO-FICO excelente l itu-ra, divertida, escolhi-da e sadia.

Os volu nes recente-mente aparecidos, eque formam, em cole-ção, um ótimo prssen-te, são: "Contos daMãe Preta" — "Histó-rias Maravilhosas" —"Reportagens de Pi-tusquínho" — "Histó-rias de Pai João" —"No mundo dos bi-chos" — "Pedro o pe-queno Cot sario" —"Entrou por u"n<t por-ta « saiu por outra"e "O Tesouro de DomJosé", custando cadaum seis cruzeiros.

ma? \ (<¦¦ r

-Vviv--U. I—I LitW

Meu pai, que éeletricista-, aperta umbotão - todas as luzesda cidade se acendem.

Grande coisa 1 Omeu toca um apito etodos os veículos pa-ram'!

Que é que êle é'?Guarda-civü...

Sociedades Anôni-mas são aquelas que,constituídas por mui-tos capitais reunidos,não têm nome social,mas uma denomina-cão qualquer seguidadas iniciais "S. A".,que significam Socie-dede Anônima.Exemplo: S. A. "OMALHO".

NOVEMBRO - 1944 O TICO-TICO u

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MARCHA HERÓICA(Aos bravos soldados da ForçaExpedicionária Brasileira)

(Para ser deelamada)

) OVENS do meu Brasil,

Que andais na Europa combatendo,Vejo-vos o perfil

No céu da Pátria resplendendo!

Sois como um novo solSurgindo, a prumo, no horizonte;

Luzes de um arrebolQue aclara, em fogo, a nossa fronte!

Soldados do Brasil — arautos da Vitória —

A nossa Pátria eu sei que cobrirei» de Glória.Cantando, marchai eis, de face audaz erguida,As hostes infernais levando de vencida!

E no regresso, enfim, heróicos, denodados,A Pátria aclamará os seus bravos soldadosQue, em terra, ou sobre o mar, ou dos céus

[na amplidão,Elevaram, tão alto, o A uri verde Pendas!

EUSTORGIO WANDERLEY

Os três grãosde milho

- história em quadros que publi-f\ cámos na edição passada, sob

o título acima, sem indicaçãode quem era o autor, foi inspiradaem um dos mais belos contos dogrande escritor patricio Coelho Neto,aparecido no seu livro "Apólogos".

Por um lapso que nos apressamosa retificar, deixou de ser feita essajusta referência, o que somos os pri-meiros a lamentar.

A Princesa Dálía — O Paláciodos Espirros — O menino deNazaré — O burro e as relíquias

Ambição castigada — O azardo Azarias são contos que apa-recerão na edição doALMANAQUE D'0 TICO-TICO

em Dezembro

O ímait Hatm-rai, ou "pedraiman", é enaon-trado em gran-des quantidadesna Suécia, nosMontes Urais, daRússia, e em cer-tas regiões daAmérica. K' ummineral compostode ferro e deoxido magnético.

Os ursos pola-res são brancos,mas há ursos ne-gros e pardos, quehabitam as fio-restas. Os primei-ros são maiores esó podem viveronde a tempera-tura seja baixís-sima como naszonas glaciais.

Quem pa-M-a portar «ido • pri-meiro a áeeeobrh-ewro •*_ MinasGerais ó o bam-deirante AntônioRodrigues Arzão.

A força das-farras de um oa-rangueijo é tal,que êle pôde sus-tentar entre suaspinças um pesode cinco quilos.

O descobridorda vacina contraa varíola fei oinglês EduardoJcnner. Fez essadescoberta poraeaso, mas soubetirar conclusõesúteis do que oacaso lhe propor-eionou vêr.

Um álbum com bío-

grafia de

Brasileiros Ilustres

Quem desejar possuir o mais com-pleto e interessante Álbum con» Wo-grafias de ilustres vultos da histórianacional, bastará colecionar as pági-nas que estamos publicando, sob otítulo "Brasileiros Notáv«is". Hojepublicámos a página n.° 4.

Anteriormente publicámos biof-rra-fias e retratos de CAXIAS — OSWAL-DO CRUZ — PEREIRA PASSOS —GONÇALVES DIAS — PEDRO I —PAULO DE FRONTIN — ALVARESDE AZEVEDO — ROCHA POMBO —PRUDENTE DE MORAIS — PEDROAMÉRICO — CARDOSO FONTES eLUIZ BARTHOLOMEU.

-EU VOUCHEGARPRIMEIRO!

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L___.* ~ "'•«ííJ———^f^\-~~—y^lJ!!m\ "*?¦

Pedidos a A. Baira.envian- /^èni<jp^ cam*j«-- *zuldo a importância registrada, F^y^S^ blfilvale postal, ou cheque, pa %&**£?' *" '

i«ãgaveis ne Rio de Janeiro. »l__ii55

l nio-J-***^ -

¦W a,3-18i5AV. PASSOS, 23 A 23 Rio d. Janolro

12 • MO.TÍM •U»V»r__> - 1944

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I BRASILEIROS HOTÍ.EIS IDesenhos de GOULART (IV) |

Couto de Magatfiêea fyn Barbosa I

jl — Lmuto Muller Gomes Carneiro $

BIOGRAFIAS NO VERSO DA PAGINA

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Couto de Maga lha s

JOSE' Vieira Couto de Magalhães, nasceu

em Diamantina, Minas Gerais, a 1.° deNovembro de 1837. Aos 10 anos entrou parao Seminário de Mariana e aos 22 saia ba-charel da Faculdade de Direito de São Paulo.

Foi secretário do governo de Minas, pre-sidente de Goiás, do Pará, de Mato Grosso ede São Paulo. Tomou parte na campanhado Paraguai, tendo sido condecorado.

Homem culto, falando mais de seis idio-mas estrangeiros, o tupi e vários dialetos in-dígenas, viajou por todo o interior do Brasil,estudando os indígenas, seus costumes edialetos, tendo deixado uma valiosa obrasobre o assunto, que ainda hoje é tida comoincomparável. Faleceu em 1898.

Rui Barbosa13 UI Barbosa nasceu na cidade de Salva-

dor, capital da Bahia, na rua que hojetem o seu nome, a 5 de Novembro de 1849.

Começou a estudar entre os 4 e 5 anose revelou tal inteligência que impressionouseus mestres: na primeira semana aprendeua conjugar todos os verbos.

Rui Barbosa foi um grande liberal. Exer-ceu o jornalismo, foi notável orador, mestredo vernáculo, jurista, grande poliglota (fa-lava vários idiomas com perfeição). Repre-sentou o Brasil em Haia, na conferência daPa? em 1907, elevando o nome do Brasil. Foio autor da primeira Constituição da Repú-blica e do nosso Código Civil. Fez parte doGoverno Provisório chefiado por Deodoro.

Faleceu, aos 73 anos, em Março de 1923.

.auro Muller

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1" AURO Severiano Muller, filho de paisprussianos, nasceu em Itajaí — Santa

Catarina — a 8 de Novembro de 1863.

Aos 19 anos de idade assentou praça naEscola Militar da Praia Vermelha, e teveuma carreira militar normal, chegando ao alto

posto de general, em 1914. Éra engenheiromilitar, bacharel em matemáticas e ciênciasfísicas e naturais, e lente da Escola Militar.

Foi governador de Santa Catarina, depu-tado à Constituinte de 1891. Em 1897 foieleito deputado, foi senador em 1900 e mi-nistro da Viaçáo, novamente senador e mi-nistro das Relações Exteriores. Faleceu a 30de Julho de 1926.

vjomes CarneiroA NTONIO Ernesto Gomes Carneiro nas-

**•* ceu no Serro, Minas Gerais, a 28 deNovembro de 1846.

Com dez anos ingressou no Seminário deDiamantina, de onde mais tarde foi para aCorte. Aí, tirou o curso no Mosteiro de SãoBento, entrando para a Escola Militar.

Foi, como voluntário, para a guerra doParaguai, onde recebeu duas promoções porato de bravura.

Seu nome se cobriu de glória, porém, naresistência heróica que, à frente de seus sol-dados, ofereceu, na Lapa, em 1893, episódiohistórico que decidiu dos destinos da Repú-blica.

Ah, na Lapa, ferido em combate, faleceucomo um bravo e bom patriota, a 9 de Fe-vereiro de 1894.

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MEDIDAS DE TEMPO

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18

Em Dezembro, a maravilha do Natal «ALMANAQUE D'0 TICO-TICO».

O TICO-TICO NOVEMBRO-/ .4

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QUEM PAGOU O PATOn,**** H<3 ^

Certa vei, dois amigos entraram em um hotel, com multa lomee pouco dinheiro no bolso. Mas como eram dois sabido», peruavamprünenro em comer, confiando em que depois que estivessem com oestômago (orradlnho, idéias haveriam de vir, para, por meio delas, pa-garem a refeição.

Foram atendidos por uma rapariga simplória, mas solicita, quelhes pôs a mesa.

— Que querem os senhores? Hoje é dia de prato especial. O pratoespecial de hoje e pato assado. E o pato assado dc hoje está uma ver-ciadeira tetéia! Uma delicia!! Si vendo!!!

*****

Os famintos hospedes, é claro, diante de tantos elogios ao patoassado, quiseram provar a maravilha. E velo a maravilha. E comeramda maravilha até deixarem os ossinhos limpos que era um fôsto vêr!!Agora era preciso pagar o pato.

Eu pagarei! — dlsee um.Oh! Nunca! Eu pagarei! — di»»e o outro.

Gastaram bem um quarto de hora nessa discussão: Pago eu! —Pago eu! — Tu não! Eu sim! — Deixa disso! — Nunca! — Eu é quepago...

Afinal, para entrarem num acordo, um deles propôs que tirassema sorte. Chamaram a criadlnha que a tudo assistia e lhe propuseramser ela quem iria decidir a questão.

W.CR9- ^jaEla concordou, divertida. E eles lhe vendaram os olhos, ficando

combinado que o primeiro que ela conseguisse tocar, com a mão, pa-garia o pato.

A criadinha ficou, na sala, a persegui-los, e eles trataram de Irdando o fora, conforme era seu velho e amadurecido plano.

NOVEMBRO—._..

De repente, a criadinha tocou em alguém. E, conforme o combi-nado, gritou: — Você pagará o pato!! Ao tirar a venda dos olhos, po-rem, quase desmaiou! Era o patrão, que vinha entrando!! E na verdade,como não foi possivel apanhar os fugitivos, foi o pobre hoteleiro quem'pagou o pato". Por causa desta história, é que se usa essa expressão.

O TICO-TICO n

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O CAO, A RAPOSA E O LOBO

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>A^\?5 I v) \~-. ...—¦>—;—'\^ *^s2 !__ 1^ ^—

ÇAm^\

A

um Cão Laviam confiado a guarda de um bando.de Patos. Querendo êle apoderar-se de uma dasaves, vestiu-se com uma pele de Raposa, afim de sepôr salvo de quaisquer suspeitas.

Quando o infiel se preparava para levar a caboseu feio intento, encontrou-se com o Lobo, inimigo acérrimoda Raposa, que o prendeu entre suas fortes garras.Como o Cão tentasse explicar a situação, respondeu-lhe o Lobo:

Vil creatura cobardel Pensas que sou tão nécio, aponto de acreditar que não és a Raposa? Além disso,fazes muito mal, querendo passar pelo Cão, pois este émuito meu amigo 1

Tendo acabado de falar, o Lobo devorou o Cão,que te"'», assim, a justa recompensa de seu crime.

MORAL - Aqueles que recorrem a ardis, para encobrirsuas falta*., quando descobertos, deles mesmos são vítimase conseguem apenas, com isso, aumentar o rigor do castigo.

DESENHO DE

MARCUS VINÍCIUSot O TICO-TICO

TEXTO DE

JURACI CORREIANOVEMBUO- -

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0s símbolos§a|i?aâos

âçi -Pátria

^^^^^^^

/"\S símbolos de uma Na-

ção. que servem paradistinguir tudo que lhe per-tence, e representam sua exis-

tência, sua história, seu va-

lor, suas glórias . e poderio,são a bandeira e o escudo

de armas.

A bandeira e o escudo de

armas do Brasil foram ins-

titiridos pelo governo provisó-rio da República, de-que era

chefe o Proclamador. gene-ralíssimo Deodóro da Fon-

seca, logo após a proclama-

ção do novo regime.

Ambos aqui aparecem, e

esta é uma página que os lei-

tores d"0 TICO-TICO de-vem guardar com carinho.

Bandeira Nacional, creada

por Decreto de 19 de No-vemb-o de 18X9.

Armas nacionais (escudo) em

que aparecem ramos de fumoe café, os principais produtosdo Brasil ao ser proclamada a

República.

NOVEMBRO— tBU O TICO-TICO 10

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^toAtlccfade*A CIDADE DO

KD© DIZIMOU© FoiFUNDADA EM 20 DE JANEIRO

DE 1567.

isi*-

u/o-"'iVSCr^

SAO PAULOFOI FUNDADO NO ANO

DE 1554, PELO PADRE*J®gg m, ÃüneB-flETa.

—x III

à.Oô ESTADOô UNIDOS IMPORTARAM DO BRASIL 6.222 30lQUILOS DE/CAOTAMHA DOPARA, SEM CASCA,EM'1940. '

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O -BOLSOU FIGURA EM SEGUNDOLUGAR NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR DE -POIS DE CUBA. EM .<?!*. EXISTIAM NOPAIS -215 USINAS, sendo 141 Mo-DERNAS.

Está por pouco tempo o aparecimento de querido ALMANAQUE D'0 TICO-TICO.t0 O TICO-TICO NOVEMBRO—1944

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ifjpí ONP£SEHCTEU PIPOCA-QUENi\OAR2fó£CE?

TUFÃO ' QUE MEDO E.'ESSE? VOCÊ DEVE APGENDER.A SER «A& CORAJOSO

JtLlBSdESTÃO BATENDO VPORTA-O PIPOCASEHPEE^TRA SEM

aarEfc

UÜPIPOCA.VOCÊ COMESSA FAB»?

AUSTE1-MEK0 52,02,EXÉECITO DOS RETRO-

GBADO$

(5V j§^ÊÊk °yY

VOU MEAUSTAB.TArVBEtl.EH 1422 EU ERA ~SENERAU/—

K^J(l CONTINÊNCIA! 1 HA5.EU50liCoBOpE

SSt KÃ05ABE QUE A VASSOURAS ...E NÊÒ DO

O INIMK50 DEVE IE5fA^. NESTA r1DIBEÇAO j—-•

E' POG AÜ QUE DEVE £EACHADO INIMIGO* COMOE"ÊLE

\\-tôTE TAMBÉM VIUO iNmiôO

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UAl.!0imMlâ0\ W VER QUE f VOtt NE PREGOU k MAS..EU¦ .ESTA! ATRAXH IMimfiO QUE VEIO UH 5U5TO,QUAHoOl ESTAVA f^V-v ,-JPUXaT L

DEM-lf/s S/TNMEATACAa EU RECUAVA m^rtVANCAHOO ( JV\ /fe ^VAIARIA—:— r\ ii [\ Yx ?Ü'L AFREMrerjFdmgATBfts^ S^í&>^\_\ ,N1H1^ven

NOVEMBUO—/9U O T/CO-TICO

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DE ^

ESTES SELVAGENS SAO H_.0--I6.r_ OSENTRAM NA 0_SA DOS OUTRC.? r~SEHPr_D\R/L\CENÇA_VOU POI*

—¦UM CARTA* "¦

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PASSE FORA-,1 VOCÔ, NAO UELL)O CAS-TA2 /AGORA VOU CASTIGAS

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EJTESSELVAGENS . E'PRECISO USA,SAO UMS IDIOTASJSEMEDU'

VOUA_HRDIPLÚKl_."nO-HEÍV.

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AQUV ES1AO AS MINHAS \ \ 5f> @ NAO S_S_ LER.? QUE) .- + -•*CREDENCIAIS-50U O »—J (o^rv VEROONHA PARA UHi—' *émW^ ^E-H____-IXAE>or2_ pA _-|

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Sfef«VAGEM—-^___ÉÉ;___

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o nco-nco NOVEMBRO—1044

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HISTORIA DE JESUSCONTADA ÀS CRIANÇAS

Adaptação de Mons. Magaldi(Continuação)

D«^

- ,° dc itSÚS °" íarís«u» «camm perplexos e resolveramelimina-lo com a morto. Reuniram-se em casa de Caiphás para resolversobre o modo de se apoderar dele. Não queriam prendê-lo durante asfestas porque podia o povo se revoltar. Enquanto estavam a discutir,eis que entrou no recinto Judas Iscariotes, um dos apóstolos de Jesus,O demônio se apoderara de sua alma e estava êle disposto a trair o Mestre porDeviam entregar ao traidor trinta moeda, de prata, e êle lhes entregaria Jesus,no momento oportuno, sem que o povo percebesse e se revoltasse Jara defen

CHEGARA

a véspera da Páscoa. Poucas horas faltavam para o momento!°'ennrermrqUe JeSÚ!Í darU "° mund° a "rova «uP«"««do seu ujremoamor. Conforme o costume hebraico, as famílias se reuniam para iZt^LT™

"° PUSCOal Je8Ú" também *°*uia • tradicional cos-tume e encarreCou os apóstolos Pedro e João de preparar a sala do ban-Jesu era pobre, e. como Êle, pobres eram os discípulos. No entantonessa ocas.ao Êle mesmo procurou todos os meios para dar maior realce à Jle-oração da simbólica cerimonia.

cípulM."°nde prOCUraremos a **** l»ra o banquete?" - perguntaram os dis-

"Ao chegardes à cidade, encontrareis um homem com um cântarodágua; seguj-o ate á casa onde entrar, procurai o dono da casa e dizei-lhe-O Mestre pergunta onde fica o quarto para celebração da Páscoa comosm,s dUc.pulos". Êle vos indicará uma grande sala; preparai tá a meT ££Pedro e João encontraram tudo quanto Jesus dissera e prepararam a celaconforme ordem. A noite Jesus chegou com os outros Aporto.,* AntT de Lntar-.se a mesa. lavou os pés dos que com Êle entraram.

quete.

Que exemplo sublime de bon-dade e de humildade neste áto!Êle o Mestre, o Filho de Deus rum-prir essa cerimonia como se foraum escravo, um servo ! Mas não fi-cou só nisto a prova de amor doMestre para com os discípulosamados. Êle fei mais, como ve-remos.

Belo, nobre e divino, o olhar deJesus pousava e se detinha duranteo banquete, com amor infindo, sõ-bre cada um dos apóstolos. Comvos lenta, solene e grave, disse porfim o Mestre:

"Desejei ardentemente celebrar convosco esta Páscoa antesde partir, pois cm verdade vos digo que convosco não mais comerei,antes de nos reunirmos no reino dc Deus."Depois, tomando entre as divinas mãos o páo, ergueu-o» céuem áto de oferecimento, benzeu» e partiu, e o distribuiu aos após-tolos dizendo *^

"Tomai e comei. Este é o meu corpo que será entregue àmorte ! — Fazei isto cm memória de mim ".E pegando no cálice cheio de vinho, ergueu-o e disse : "Tomai

e bebei Este é o meu sangue, que .será derramado por vós. Pol»vos digo : não mais beberei o fruto da parreira até chegar ao reinode Deus".Os discípulos comeram o páo e beberam o vinho. Desde essemomento Jesus não ficou apenas junto délcs, mas penetrou noâmago da alma dos discípulos, tornou-se sangue do seu sangue,carne de sua carne, unificado neles na mais Intima união materiale espiritual.Jesus, não obstante sua morte, sua resurrelçáo, sua ascensão¦o céu, aqui ficaria, sobre a terra, entre os homens e para onhomens, para seu conforto, seu consolo, sua alegria e salvação, noSacramento maravilhoso que instituía nesse Instante supremo !E nio í conforto, alegria,a Santa Comunhão?

o/ y \\ \ i

__• m*»9p^- \\ \(Continua)

NOVEMBRO—I0U o nco-T/co ai

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fl Pitoresca Historiado

Burro do Batista

Pera

um sujeito original. Antigo ma- .. Pimpão c o seu bote — o Corta-Vento. O .-(_.i navegado por todos os mares e por. bote tão velho que parecia Irmão da Arca de /99^ra em uma vila com seu burro... Noé, mas, o burro era ainda moço,... lã

...embora fosse já muito sabido. Eru tôda Darte . Nas horas de neva nr« u ?ra> um dla ° B*iisU saiu nomulto feio, o burro mas muito inteligente p^Ss até na mesa % va semwe' cZ P0* parL pes-car «-dinhas e nãoe acompanha o Batista pôr... o dono sempre

com jevou 0 pjmpáo.

Po .eio ura tc>nooral e Durante todo o dia e toda a .. .que éle não aparecia amarrou quatro boias nostanto 7_ud?u o bote qu™ o fei noite o burro esperou o Batista pés e. saiu andando pelo mar. Veio logo umnaufragar com angústia: por fim. vendo... tubarão e quiz morder-lhe uma perna...

O TICO-TICO NOVIMBPO—IO.l

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s o fimpâo não era moic; deu tamanho coice no tubarão burro nem nada deixaram que êle seguisse viasem.que só-não o atirou de pernas para o ar porque o tubarão nâo tinha f ^!mpa.o.Íiale£0,u ™ulí°,!?em com um lenço aniarrte*üpernas Os outros tubarões, vendo que esse burro não era... a cauda, que iervia de veia.

Entretanto, o Batista, que na- ...Uha onde não se pôde dizer que terr3. Ora, essa ilha era habitada por selvagensdava muito bem, ficando sem na- tinha desembarcado porque ja nao antropófagos, isto é, selvagens que gostam do comervio, conseguiu che-ar a uma... tinha barco, mas tomou pé em... gente, e que aprisionaram o pobre Batista.

O rei da ilha, quc era o selvagem mais _0 velho marinheiro foi recolhido les selvagsnr pretos,, ovelho, condenou imediatamente 0 Batista a preso a uma cabar.a c .. via-se )â aa chegou à ilha o valent? Fimpâo, burrnservir de jantar no dia seguinte. espeto, assado, com molho branca.... dedicado e Resoluto.

\ ^ y _. r^V. -o

>í.

Atravessou toda a Ilha urrando c?m ...coice t entrando na cabana, tirou O Batista burn>,estrondo, espalhou os selvagens a... de lá o prisioneiro. e ^car^-

.tviBüO—Uíi 077CO

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~^^m^^^^^Z^ aÊKÊaamw^^mtá^^m^-'* li >í^l*JQSHK2isW' ^!**i.v IPai^lB^aaaainpaV

NARRATIVA DEJURACY CORREIA

Desenhos de FX-MANO

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fiFTJ i MTIGAMENTB o mar das Caralbas ou mar das

fl^^Lf Antilhas era Infestado de piratas, também cha-jF mados de flibusteíros ou bucaneiros.

Por aquela época era extremamente perigosoo tráfico entre as colônias européias da Américae as suas metrópoles. Os galeões que demanda-

Tam oi portos espanhóis, abarrotados de pedrarias, eram forte-mente artilhados, tal como se fossem navios de guerra, e, àsvezes, ainda os acompanhavam forte escolta. O destemor dospiratas em assalta-los era, porém, enorme, e as riquezas con-duzida», quando apiesadas, compensavam largamente os riscose sacrifícios.

Certa vez o veleiro espanhol "Hidalgo Venturoso" zarpoudo porto de Vera Cruz, no México, conduzindo grande quantl-dade de ouro e prata. A bordo iam também várias personali-dades ilustres, e entre estas Dom José Ávila, fidalgo riquíssimoe pessoa muito influente na corte.

Dom José tinha uma filha extremamente formosa, chamadaInez, que constituía toda a sua ventura e que era uma espe-rança para a sua velhice e um lenitlvo para a sua viuvez. Inez,inexplicavelmente, contrairá uma moléstia exquisita, que fezcom que ela fosse perdendo as forças, definhando dia a dia,enquanto as cores lhe fugiam das faces e a alegria do coração.

Dom Jc*é não poupou esforços para ver a filha restabe-leclda. Temeiido, e com razão, que ela não resistisse a umalonga e fatigante viagem, mandou vir da Espanha os mais afa-mados especialistas e os mais eminentes cirurgiões. Tudo foi emvão, e o pobre pai já não sabia o que fizesse. Chegou até, noauge do desespero, a se valer dos préstimos e conselho3 doscurandeiros e charlatães que infestavam a colônia. Nem assimobteve a enferma qualquer melhora. E, quando tudo pareciaperdido, D. José lembrou-se de fazer um pedido à Santa Madrede Dios, de Cordoba, cujos milagres já haviam beneficiado inú-meros fiéis.

Nossa Senhora de Cordoba ouviu o pc-Uido do pobre pai e

restitulu à moribunda a energia perdida, e com esta a graçae a alegria.

A satisfação de Dom José não conheceu limites. Homempiedoso, antes mesmo que a filha estivesse de todo restabelecida,éle adquiriu as jotas mais belas e custosas que poude encon-trar, afim de com elas adornar a imagem de sua protetora, etomou passagem no primeiro navio, com destino à Espanha,levando ainda consigo vultosa importância para distribuir entreos pobres, como esmola.

Os primeiros dias da viagem decorreram sem incidentes,póls o vento era favorável e a tripulação experimentada Umanoite, porém, o vigia do mastro deu o sinal de alerta: "Navio ivista"!

Um encontro em alto mar, naquela época, era mais para setemer que desejar. E quando o dia despontou, as previsões dosmais pessimistas se realizaram. Antes mesmo de içar sua negrae odiosa flámula, o barco pirata, assim que chegou a uma dis-tancia razoável, foi logo disparando suas peças de artilhariacontra o outro.

A luta íoi breve, mas feroz, e culminou com a abordagemdo "Hidalgo Venturoso", cuja guarniçáo se portou heróica-mente. Aqueles que não se quizeram render foram massacradose o número de mortos foi muito grande.

O capitão dos piratas, homem rude e sanguinário, prece-deu Imediatamente à partilha dos bens entre os seus coman-dados, reservando a maior e melhor parte para si.

Dom José e outros nobres, apesar de não se terem huml-lhado com súplicas e pedidos, foram poupados, pois seus capto-res contavam obter bons resgates pelas suas pessoas. O fidalgo,quando viu as jóias, que destinara à santa, tocadas por mãosímpias, encheu-se de desespero e empenhou a sua palavra aochefe dos malfeitores, comprometendo-se solenemente a voltarpara indenizá-lo regiamente se êle o deixasse partir com os seusbens. O pirata, a quem não conseguiu comover a história, riu-se de sua pretensão e não respeitou os sagrados objetos, deles

ts O TICO-T/CO NOVEMBRO—1944

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se apoderando sem escrúpulos, bem como da quantia destina-da às esmolas.

E já iam os herejes se afastar com o produto de seu roubo,levando a reboque a náu vencida, quando uma terrivel tem-

pestade desabou sobre o oceano. Os navios, bastante danifica-dos pela batalha, não puderam resistir ao ombate dos elemen-tos e, desarvorados como estavam, tornaram-se joguetes dasondas.

Durante vários dias os barcos vogaram sem rumo certo atéque deram de encontro a uns arrecifes e submergiram, pere-cendo todos os seus passageiros, à exceção de uns dois ou três,entre os quais Dom José.

Tempos depois, na costa do México, perto do local em que

os barcos naufragaram, e cujas carcassas carcomidas apareciampor entre as penedias, surgiu uma cidade. Povo cristão, os me-xicanos trataram de construir um templo em memória deNossa Senhora, que tomaram para padroeira da cidade. Comoos recursos de que dispusessem fossem pequenos, os encarrega-dos das obras obtiveram permissão das autoridades para ex-piorar os cascos dos navios naufragados e ficaram maravilha-dos com as riquezas encontradas.

O dinheiro serviu para apressar a construção do templo,fundar escolas e hospitais, e embelezar a cidade.

Quanto às jóias, estas foram doadas a Nossa Senhora, sualegítima possuidora, e ainda hoje podem ser vistas ornando aimagem da santa.

t>)W _ ... v,.ík - áPrVJá está quase pronto, e está lindíssimo, o A L M A N A Q U* D'0 TICO-TICO

NOVEMBRO— 19U O TiCO-TICO i to

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lieis » P° „uando a lu* 2© das P»1Vm* abandonar

a po»£ tursca-cava a aba"°is moço p espantados.

rucoú o dedo, apon

Realmente! L» c01sai »^

boeiro l^de1iUmP^0eo?nado P?Marcol.no

d«u iendld 0,na s«*a U"drrrnagnit'^.0?ntre os de-oma Pe,dr.a apertando

'"matam-

gos, c^f^ifnd» jo»». Repente o

d°s ^Todos««^r- .na Porto exclamou ptime>r<--

- MaS f MarcoUno. continuou_«. *.* "ll°b" ©, o «--

coUn<\lavras entào se «OT»lmeV,o em-

senhora D "T1* acalma-los nWrer.ta Pf°cur «e acaha^a de oco .

íamPentãooane ^a cOW^ou »/ se D. >lam foram *em*r\rora a tor-

das mãos- tos e se dra um**" 'S»-» caCI quSndo eramtrocando P« meçada q«» u n„m

amitade *> Mana /vm ameninos. *• tiTtíU den-t» fle*»" bIem dono. «m ^ntáo. »

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Pitusquinhode

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"(g>?iL_ no**°* SLconcursos w-t^Reccbem-se as soluções até o dia 15 do mês

seguinte. Cada concurso correspondente a 5 pre-mios. Os leitores podem concorrer a todos e man-dar junta todas as soluções, mas só pôde o mesmoleitor ser premiado em um concurso de cada vez.

CONCURSO N.° 149 CONCURSO N.° 150

*l3 . Reunindo os 6

recortes negros,formar uma le-

tra do alfabeto.Para concorrer,leia as condiçõesno alto da pá-gina.

CONCURSO N.° 151

€^^**mhf- ~BBB^X\

PALAVRAS CRUZADASCHAVES HORIZONTAIS :

1 — Morada de família nobre antiga.— Série de pessoas em linha reta.— Variação pronominal.— Enxerga.— Ponto cardial.

CHAVES VERTICAIS :AfirmativaLiquido.Está no barco.Gemido.Vôa.

de £5 __X7_7a

dâ \nMÊos [ {justado-não esta morta

lhe 0 CUII<D-V0 \rem compro] fe{/

d@r e É^rifffô-ád cãtodUJ %f-d J^r/krçâââãdcD

7*/.TTn \ ^ornern-'170 I r/ugiSo d [termcZ.\o\r?M

CONCURSO N.° 152

Um grupo de ovelhas chama-se

Um grupo ds porcos chama-se

Um grupo de cães chama-se

Um grupo dc lotos chama-se

Um grupo de atores chama-se

Um grupo ds peixes chama-se

Mande-nos a relação das palavras que designamesses coletivos.

J A começou a pen-ter nas festas doNatal 7 Então, _n-

clúa no qu* vai pedira Papai Noel umexemplar do lindoALMANAQUE d'0 TI-COT ICO.

tsie ano, com lindaoapa de J. Cario*, tcolaborações erpwcirais, o querido ALMA-NAQUE aVO TICO-TICO estará simples-mente deslumbrem-twl I

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4 concursosy^A publicação dos nomes dos premiados é feita

duas edições após. Os prêmios são livros e são re-metidos pelo Correio, sendo preciso vir os np-mes e endereços completos.

CONCORRENTES SORTEADOS NOS CONCURSOS DO MÊS DE SETEMBRONO CONCURSO N.° 141

EDITH IDA WARTH — Av. Dr.Mauricio Cardoso, 232 — Novo Ham-burgo — Rio G. Sul.

MARIA HELENA RAEDEVEZ —Rua Mairinque, 256 — Vila MarianaS. Paulo — (Capital).

AZUIL FERNANDES GARCIA —Rua Gen. José Cristino, 41-c. 2 —São Cristovam — Rio.

MARIO NOIVO — Caixa Postal,51 — Londrino — Paraná.

DOLORES MENDES — Rua D.Pedro II, 56 — Joinville Sta. Cata-rins.

NO CONCURSO N.° 143RAIMUNDO NONATO FERREIRA

Rua Cel. Ribeiro, 480 — ParnaíbaPiauí.

TEREZINHA CÉSAR MARTINS —Rua Vitorino Braga, 313 — Juiz deFora — Minas.

VERA CREM TESTA — Rua Pru-dente de Morais, 281.

MAURO PINHEIRO NALINE — Rua7 de Setembro, 11-13 — Bauru —São Paulo.

ROUGER MIGUEL VARGAS —Rua Barão do Serro Azul, 750 —Ponta Grossa — Paraná.

NO CONCURSO N.° 142MURILINHO GALVÃO — Rua Hl-

non Silva, 437 — Ponta Growa —Paraná.

IÊDA SANTOS — Rua Itacurussá,116-casa III — Tijuca — Rio.

ZULEIKA A. SANTANNA — RuaGarcia Redondo, 77 — Meier — Rio.

JOSÉ TORRES NETO — Rua Ge-neral Teles, 1.081 — Botucatú — 8.Paulo.

HÉLIO ESTEVES — Cia. Siderar-gica Nacional — Volta Redonda —E. do Rio.

NO CONCURSO N.° 144ELSA PINHEIRO AZEVEDO —

Ponte Santo Antônio — Castelo —E. Santo.

MARIA LÚCIA A. DANTAS —Fazenda São José — Toquacassú —Caeté — Minas Gerais.

JOAO BOSCO DE OLIVEIRA —Rua Benjamim Constant, 594 —Itatiba — S. Paulo.

AUGEBE BASTOS STRADA — RuaLino Teixeira, 218 — Rio D. Federal.

JOAO M. AZEVEDO GOMES —Rua da Conceição, 63-ap., 61 — SãoPaulo — (Capital).

SOLUÇÕES EXATAS DOSCONCURSOS DE SETEMBRO

i% Do ConcursoN.° 141

DO CONCURSO N.° 142

A soma. dos três 6 dando oresultado 7 é a seguinte :

6— + 1 = 7.6

DO CONCURSO N.° 143Poupar dinheiro não é fácil;

mas o homem que não pode eco-nomizar alguma cousa dos seusganhos nunca poderá gozar ummomento de independência.

DO CONCURSO N.° 144

l.a Charada — Soluça»; Silêncio.2.a Charada — Solução: Lacre.

Este é um livro bonito, inte- "O TESOURO DE D. JOSÉ" ilustrou-as Paulo Afonso. Preçoresante, bem ilustrado, que con- Cr$ 6,00 — Pedidos à Bibliotecatém histórias deveras atraentes. Escreveu-as Josué Montello, e Infantil d'0 TICO-TICO.

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Publica-se no dia l.° de cada mês.

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Esta por pouco tempo o aparecimento do querido ALMANAQUE D'0 TICO-TICO

NOVEMBRO - 1944 O TICO-TICO 35

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raêpío de Nata(EXPLICAÇÃO PARA ARMAR)

ár OM a publicação da páginadupla central desta edição,

fica concluída a publicação doPresépio de Natal deste ano, paraser armado pelos leitores.

A maneira de armá-lo é pordemais simples. Colando ambasas páginas-dúplas em cartolina,colam-se sobre uma táboa ou pa-pelão forte as peças A e B para-leias, conservando entre ambasdistâncias quais a P e Q. As' ti-ras P e Q, publicadas na ediçãopassada, farão a ligação entreA e B.

C e D formam ângulo reto comA e B, conforme a disposiçãomostrada na Planta que publica-mos em Outubro.

As demais peças, serão distri-buidas sobre a Planta conformea indicação ali feita, que é tãoclara que dispensa maiores es-clarecimentos.

^ diga^que eu lhe disse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA 005CABELLOS 6 CONTRACABELLOi BRANCOS

Nas praias on-de a areia é fina,existo uma espe-cie de aranha, aqual, para seapoderar dapresa, cava umfuro de formaconica, tapando-o com uma teia.A aranha ficapor baixo se'gu-rando entre aspatas' um fio.Quando um inse-to pousa nesselugar, a aranhapuxa o fio, a teiadobra-se e apri-siona o inseto.

O padre Joséde Anchieta foio fundador deSão Paulo. Foio primeiro edu-cador que tive-ram as plagasbrasileiras.

A crosta ter-restre que servede base ao terri-torio brasileiro ea quase toda acosta americanado Atlântico, éuma rocha gra-nica de grandeespessura, cons-tituindo grandegarantia contraterremotos-e osvulcões, ao pas-so aue do ladooposto, na costado Pacifico, essacrosta é delgadae fraca, o queconstitue sérioperigo pela fre-quencla de ter-remotos e deerupções vulcâ-nicas.

O pára-raios foiinventado porBenjamin Fran-klin e serve paraproteger as habi-tacões contra osraios. E' umahaste metálica,tendo na extre-mfdade superioruma ponta demetal bom con-dutor' da eletri-cidade, d i r e -tamente ligada àterra, para des-viar a formida-vel carga eletri-ca atraída.

\ >¦ O5^0 \\\ ^—- N«--<;0 \\\

UMA primorosa publicação, im-

pressa em rotogravura com perto,de quatrocentas páginas, e contendoes mais palpitantes assuntos de in-teresse feminino, como sejam: mo-das, bordados, toda e-.pc--.ie de crothet, decorações e arranjos do lar,cuidados de beleza, receitas culinárias,penteados, adornos em geral, eonsa-Ihos às màes e õs jovens, arte apli-cada, música, poesia, contos, novelas,diálogos, preciosa literatura em prosa,ilustrações, esportes, cinema, calen-dario, uni sem número de curiosida-des, todas de inestimável encanta-mento para o espírito feminino. É aleitura obrigatória para o mundofeminino.

EMDEZEMBRO

miHH 103,13 I 13*1 O 7/CO-TíL'O .VOVEMÜRO - .">./

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— Naufriffto mM eu. certaAquilo. .Im, foi iupu(rá|loü

Wi! — diste Tinoco a Mr. Brown. Pomoí tro, KMnn num boto. à morei das onda», á eiper» d'Mrnfâo. Ma» ninguém me salvou''

^ÊTTTmri \íwS&&.Eu c.ç.m (alvoUi c ....>. oo íoi. que en forte como o quo.r_ uma (ronde provliio do Iorque do pitou M vendo'

té era rutm, a noltr, poi» o bote não Unha htt .Innij. «- tu, paralér «oa Jornais, tinha que atender (ó«foro_. Lua rir l«ihfurq i num

-—^Q>^ •> C3 I r^-^^J --^ TfréoMu, um 41o. fiquei omolodo do Unlo nporor , rovilvl Amarrei o raho de um peixe voadur, r êle. voantlu. me irW.m

para o cata...

-^h>rbw^ ^-W-W?1 II . m^£j7 jNOVEMBRO—I9U O TICO-TICO

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\$glp^ DE UMA FÁBULAAdaptação de

LUIZ SILVANO

•. ¦ pia-

*'¦ mi

. .r.ns."...

¦

i amaindivi

.¦•mpre d. frente p_ra o

-______-___V ^. ^—' VaAa/'M.\ i^*

três voltas no ar, cstat.iando-scno chão, com os queixos quem a-dos. O cavalo, então, vr.itou-separa éle, relinchou írôni^áir.cntce disse-lhe:

— "Lobo pôde ter gestos epalavras bondosas, mas cavaioque se preze sabe que lobo será«empre lobo"...

E foi embora, calmamente.

ando o camarada se prefendia colocar_ do cavalinho, este dava meia volta

a manobra; mas o lobo, que secio, resolveu convencer, de qual-

futura vítima de que vinha cheir.ho de boas-ra isso assim começou. —

— Camarada ro que nio o ofenda a _ntiD Con.in.a que eu lhe examine as

•i tem uma praveI u sou medico ei

ura questão rapidamente.

1

• 'tào

O T/CO-TICO NOVEMBRO—/.'.-.

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Ji-:; || "L I AMAZONASmm ^ <y ,—,

^ ; • ^^-Tt\\ vwanáüs ^uai/^^íK

l J^B^^p! f / e*^K^Q ^Iti^m^rr ]f # / •

1í*«^ra-ra~ rty <£J-'i V*VVl ^ v DF*<*,•• ~-ra^^

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^w coleção corogrXfica brasileira(N.»8)

ESTADO DO AMAZONAS

\ V l\

fS Estado do Amazonas, que é o maiorem superfície, e o mais setentrional

do território nacional, fica na região fron-teiriça do Brasil com as Guianas, a Vene-zuela e o Pcrú.

O Estado limita-se com o Estado doPará, os territórios do Acre e do Rio Bran-co, que foi dele desmembrado —, um pe-quenino trecho da Bolívia e o Estado deMaio Grosso.

mente grande, com uma população de100.000 habitantes.

Outras cidades importantes do Estadodo Amazonas são Itacoatiara, Parintins.Maués, Tefé, Tabatinga, Santa Isabel, Ma-nicoré, Humaitá, Labrea, etc.

y^a^MMm-,

Jt superfície do Estado do Amazonas éde 1.574.840 quilômetros quadrados e

nu população absoluta é de 435.000 habi-tantes.

"fl capital do Amazonas é Manaus, bo-nita cidade, com movimento relativa-

f* RANDE parte do caudaloso Amazonascorre dentro do território desse Estado,

vindo do Peru, onde tem sua nascente.O clima, no Estado, é tropical. Chove

ali abundantemente. São notáveis as va-riedades de madeiras dessa região. Hágrande produção de borracha.

As comunicações são feitas, principal-mente, por via fluvial, em "gaiolas" —como são chamados os navios que pe-netram nos inúmeros braços de rio quesão verdadeiras estradas líquidas.

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^ww TICO Kmjm\nnli>mmmu^mmr

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ENERGIA MAIOR OO QUEA LUZ DO SOL 9

9^/r >fs CÍ?/?__M5£í? v/ol/mo q>oaPRODUZEM OS SOI/S ^Z//./5 ////I//0505 />0

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QUE O Po DE CAFÉ JAUSADO CoMTEAf TANTA PRóTE/NAE ÓLEO QUANTO A CARNF DEvaca e uma Porcentagem

DE H/DRAToS DE CARBONOI6ÜAL A Oo FE/JAo VERDE 9

GH/E AS CASCAS DE OVOS,DEPO/S DE PULVERIZADAS,SÃO BOA FONTE DE CÁLCIO^

NOVEMBRO—I9U O TICO TiCO

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r_» /¦"* r.A M ATI IDC7A f^_=-^_^_^-_________í^_^__^^l W\\ que ia, a Moco-

|ABCDANA^KbZ,AL^^^y m / _.onga sc dirigia

____ 1 *^ ~——

V») avião cortavaos ares com ele-gancia. //^ ^ \

Nos lados no \Oriente apareceu 'lÜ^V^U|o Oceano. Estava y^^ ' ' I

"

sobrevoando y^\\\.Brasil, e aqui era *?/ _\vs^~"' NOutono. *f at ámamWl\.JVia-se a linda '^--jT^L^xfy^'' Obra da Natu- ^.^V^* \Í. ___\r—y^^^^^^y^f^^^

G^naVara . . ^1 V^^ ^W^^^^^^^^^^^

1,1 *»____í5'^ ^^«^^^^^^Jjp_M__wi_-^- JymY~ _____£__^___^______ih___i_h_i_m^^^^h

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I

^\a-^ NAÇÕES AMERICANAS_5J\ (Conclusão da página anterior)

Repúblicaueser»!",o de Migue

extod* GALVÃO DE QUEIR

(2VÁ"

Dominicana

ff República Dominicana, ou de São Domin-gos, é um dos dois Estados em que se di-

vide a ilha de Haiti. Ocupa a parte central eoriental dessa ilha.

, Sua área é de 50.070 quilômetros quadra-dos, ocupada por uma população de 1.650.000habitantes.

A ilha é separada da dj Porto Rico pelocanal de Mona, que tem entre 125 e 160 quilo-metros de largura. A fronteira com a Repú-blica de Haiti mede 225 quilômetros.

ÇJUAS costas oferecem espaçosas baias, comoas de Neyba, Ocoa, Manzanillo, Santo Do-

mingo, Semana, etc. Esta última tem 75 quilo-metros de profundidade e 20 de largura.

f\ clima, em São Domingos, é muito chu-voso.

As montanhas da ilha são muito altas, ai-gumas com mais de 3.000 metros

^"N solo é fertilissimo, sendo notável a colhei-ta de fumo, que tem lugar duas vezes ao

ano. O café é magnífico. A cana de açúcar é. ali grandemente cultivada, como também o ai-

godão, as madeiras. No reino mineral, o oure,cujas minas foram célebres, prata, salgema.

pALA-SE nessa República o idioma espanhole a religião é a católica.

TVrO quadro, ao pé desta página, aparecem asvárias produções da República de São Do-

mingos.

CANA CACAU CAFÉ MILHO LEGUMES

Ô TiCO-TICO

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AVENTURAS DE CHIQUINHO

Dentre os amigos de Chiquinho ha-via um, chamado Funeca, que era seuvizinho e colega de colégio, um me-nino de muito maus costumes, umverdadeiro demônio, como se...

.. .costuma dizer. Funeca era tão máuque não podia ver um pássaro ou umcáo, qu2 não pensasse logo em mal-tratá-lo. Nem mesmo o Jagunço, queé tão camarada, escapou à...

...injustificável maldade do Funeca.No colégio, quando se entregava aos,folguedos esportivos, fiando-se em sermais forte, era desleal, só procurandomachucar os colegas, principalmente...

...os que se acovardavam, como oBenjamim que é muito pacato. Nãorespeitava a velhice nem a infelicidadealheia, e todo e qualquer mendigo quepassasse por sua casa ouvia do máu...

...menino tudo o que havia de desa-gradável, em vez de palavras de cari-nho e de conforto Era o aluno maisvadio de todo o colégio, e os professo-res, pacientes como Job tudo faziam

... para aproveitá-lo, mas sem resulta-do. Os próprios colegas já sentiam ne-cessidade de evitar a companhia doFuneca. Seu Pretextato e Dona Caroli-na, pais do Funeca, não sabiam o que...

Jffli I

...fazer com o menino. Viviam numaagonia constante, pois o filho dera atepara fumar, que é um vicio terrívelpois muito prejudica a saúde, até mes-mo dos adultos. Apesar de ser máu,porém, o Funeca tinha um grandeamigo que era o Chiquinho. E este umdia, resolveu convidá-lo para ir até...

Está por pouco tempo

... a sua casa, multo embora Jagunçoe Benjamim não gostassem nem umpouquinho dele. E depois da primeiravez, o Funeca passou a ir todos os diasa casa do Chiquinho, onde estudavamjuntos, e depois das lições bem sabidasentregavam-se à leitura do Almonaqucd'0 Tico-Tico, cuja coleção pertencenteao Chiquinho, era completa. No fim...

o aparecimento do querido ALMA

.. .de pouco tempo, o Funeca era ummenino exemplar. Seu pai foi agradecera Chiquinho, e este lhe disse, que comoacontece com muitos meninos, seu filhoprecisava de boas companhias, e boascompanhias são bons livros, e boas re-vistas infantis, e dentre elas, "O Al-manaque do Tico-Tico', que diverteInstruindo e educando.

NAQUE D'0 TICO-TICO.GRÁFICA PIMENTA DE MELLO-BK>