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Moção Dar Norte ao Alentejo

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Moção Global de Orientação Política da candidatura de Luís Moreira Testa a Presidente da Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista

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A Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista está comprometida com dois objectivos: desenvolver actividade política e dotar as estruturas Concelhias e os organismos autónomos de condições para que exista um aumento da sua própria actividade.

É nestes objectivos que se centra o Projecto “Dar Norte ao Alentejo”. Mais do que um discurso fácil, apontamos medidas e estabelecemos compromissos com os Militantes do Partido Socialista. O que é e, o que deve ser a Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista; o que defende e, o que deve defender; mas, sobretudo, o que discute e o que deve discutir. O debate político tem de ser interminável, inesgotável. Só a discussão e a abertura, à participação de todos, nos transformam naquilo que desejamos ser, merecedores de Confiança.

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CAPÍTULO I – DAR NORTE AO ALENTEJO e UMA MARCA À FEDERAÇÃO INTERVENÇÃO POLÍTICA A Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista precisa de centrar a sua principal missão em ter um papel activo, forte e combativo. O PS precisa de ser, mais do que um Partido de contestação, um Partido de alternativa e de solução. A intervenção política assume uma relevância extraordinária no papel a desempenhar, ao PS é pedido arrojo e coragem, é pedido que assuma o risco de ter posições sólidas e coerentes, ao PS é obrigatório que esteja na primeira linha da defesa de ideias e soluções concretas. Ideias soltas e desgarradas tornam-se inconsequentes, o nosso papel tem de assentar, sim, num programa e num projecto estruturante… Vamos então falar das medidas concretas que propomos relativamente à nossa intervenção política… • Criar um Laboratório de Ideias da Federação Esta será uma plataforma onde o PS pode congregar militantes e independentes, abrir-se à sociedade, pensar e construir propostas inovadoras e ambiciosas que ajudem a desenvolver o Distrito de Portalegre. A exigência desta medida é elevada, mas a sua concretização permitirá uma lufada de ar fresco e trará consigo a abertura à discussão participada. • Dar suporte político à posição das estruturas locais A Federação Distrital de Portalegre do PS tem de estar presente, ao lado das estruturas locais, nomeadamente na defesa dos interesses das populações e acompanhar as reivindicações e o trabalho das Concelhias do PS. Não pode ser ausente, ou ter um comportamento intermitente. Os problemas de um concelho não acabam nas suas fronteiras. Connosco ninguém estará só. • Colocar a Federação como estrutura de intervenção no plano supramunicipal A Federação do PS tem de assumir o protagonismo que lhe é exigido na esfera política distrital, elevando a sua posição e influindo as decisões dos organismos da Administração Pública Desconcentrada, assim como tem de adoptar uma estratégia de liderança política na agenda da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, tanto no Conselho Executivo, como na Assembleia Intermunicipal. • Interligação e criação de sinergias Valorizar o papel do Poder Autárquico, colocando-o como “mais-valia” insubstituível, na defesa dos interesses de cada concelho, mas, mais do que isso, colocando-o como fonte de uma matriz de desenvolvimento para o Alto Alentejo. Queremos, ainda, aproveitar a capacidade e as competências de todo Grupo Parlamentar do Partido Socialista na busca incessante de soluções para os problemas do Distrito e captar para esta luta a força de todo o Partido Socialista, com uma forte ligação à Direcção Nacional, e também às restantes Federações.

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• Desenvolver uma parceria forte com o PSOE Extremadura Tendo em conta as semelhanças entre o Alto Alentejo e a Extremadura Espanhola, a Federação Distrital de Portalegre do PS tem de construir uma relação forte com aqueles que têm problemas semelhantes aos nossos e, em conjunto, encontrar soluções comuns. Já demonstrámos que temos capacidade para criar esses laços, inexplicavelmente nunca criados. • Marcar a Agenda Política Na verdade, este é o objectivo decorrente de todas as outras medidas. Se o PS tiver um projecto político sólido e coerente, ao propô-lo estará a marcar a agenda política e, com isso, a tornar-se um Partido liderante e merecedor da confiança das pessoas. Temos que ser os primeiros a agir e não sermos meros espectadores à espera do fugaz momento da reacção. ORGANIZAÇÃO A responsabilidade que a Federação do PS tem entre mãos obriga-nos a ser um partido organizado, a ter uma máquina capaz e de resposta instantânea. Não podemos viver no sobressalto de não sermos capazes de fazer ou mobilizar e, por isso, limitados a um atrofiante amadorismo. Se esta é uma lacuna que todos reconhecemos, esta será uma aposta que todos faremos. O PS tem de responder e para responder concretizamos … • Estruturação das Concelhias As Concelhias do PS terão o apoio da Federação para que, à altura das suas responsabilidades, todas tenham órgãos e, uma vez eleitos, ajudaremos no seu funcionamento, pois só assim o combate político se torna efectivo e permanente. • Formar um Secretariado com pelouros distribuídos No Secretariado da Federação cada um terá uma missão e o papel do Presidente da Federação não se confundirá com as competências do Secretariado. De forma autónoma mas coesa seremos uma equipa com rostos e responsabilidades partilhadas. • Criação do Fórum Autárquico Socialista Contas feitas, somos mais de 1000 autarcas socialistas no nosso Distrito. Dito isto, várias perguntas se impõem: Porque é que nunca nos reunimos? Porque é que não partilhamos experiências? Porque é que não nos conhecemos? Estas perguntas terão resposta… Por isso propomos a iniciativa inédita de fazer um encontro anual de todos estes Camaradas. Da Presidência de Câmara à Assembleia de Freguesia, todos nós temos a aprender uns com os outros. • Criação do Gabinete Autárquico A estrutura federativa tem que ter um Gabinete Autárquico a funcionar em permanência. As próximas eleições autárquicas começam-se a disputar no último dia do anterior mandato. Só de

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forma permanente e antecipada é possível construir projectos, equipas e dinâmicas de sucesso. A relevância que o Poder Local Democrático tem na vida do nosso partido impõe a necessidade, quase obrigatória, desta particular atenção. • Apoio incondicional à dinamização da Juventude Socialista, do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas e da Tendência Sindical Socialista Os organismos autónomos do Partido Socialista, no nosso Distrito, não têm sido objecto do interesse constante que merecem. As suas áreas de actuação, mais do que de palavras de incentivo, precisam de apoio concreto. A Juventude Socialista, organização que, com dificuldades, se reergueu, não pode correr o risco de voltar a dar um passo atrás. Mais do que nunca, o PS precisa da JS, da sua irreverência, do seu inconformismo e da sua razão antecipada. A JS terá apoio efectivo para as actividades que, autonomamente, quiser desenvolver, terá apoio para crescer e terá espaço para participar. O Departamento Federativo das Mulheres Socialistas contará desde já com honestidade, sinceridade e lealdade. O DFMS, cujo trabalho é muito superior à proporção do apoio recebido, contará como estrutura e as Mulheres Socialistas como Militantes. A folha de serviços desta organização foi para além da fronteira das políticas de género, servindo o PS, fomentando actividades e discussões de uma forma transversal. A Tendência Sindical Socialista, organização decorrente dos Estatutos do PS, que congrega os Camaradas filiados na Tendência Sindical Socialista da UGT e na Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, terá pela primeira vez, no nosso Distrito, apoio para se organizar e para trabalhar, autonomamente, por forma a alcançar objectivos comuns nas questões do mundo laboral. Hoje, como nunca, esta aposta faz sentido. • Apoio logístico às Concelhias Num partido em que os recursos são escassos, a Federação tem que garantir, em regime de partilha, o apoio necessário à prossecução do trabalho político das Concelhias. Não faz sentido que, no PS, haja estruturas que não tenham onde imprimir um comunicado; que haja estruturas que não tenham recursos técnicos para fazer uma conferência, um colóquio ou um seminário. Propomos uma Federação que seja a plataforma logística de auxílio a todas estas necessidades. • Criação do Gabinete de Apoio Técnico As dúvidas com que, Camaradas nossos, se deparam, no exercício de funções autárquicas, como dinamizadores do movimento associativo, ou na sua actividade política, não se compadece com uma irritante falta de resposta. O PS conta com capacidade humana de dar resposta a muitas dessas dúvidas. Na área jurídica, económica, técnica, desportiva, cultural ou social, estamos em condições de facilitar a informação a quem dela necessita. As perguntas têm que ter resposta e essa resposta tem que ser dada em tempo útil. Propomos uma linha telefónica dedicada para o encaminhamento de questões urgentes e uma caixa de email para as questões de natureza mais complexa.

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• Criação de uma estrutura de suporte de campanha Aqui a palavra de ordem é racionalizar para, com os mesmos recursos, fazermos mais. Para isso ser possível, impõe-se um trabalho de coordenação entre o Secretário Federativo para a Organização e os directores, ou responsáveis logísticos das campanhas autárquicas, ou outras, no sentido de potenciar escala na aquisição de meios de campanha. • Melhorar as condições de trabalho nas sedes do PS Muitos são os Concelhos, no Distrito de Portalegre, onde o PS nem sequer possui uma sede. Noutros, mesmo tendo sede, as condições existentes não propiciam um ambiente acolhedor e/ou funcional para o desenvolvimento da actividade política. Certo é que a Federação não possui recursos para arrendar e/ou adquirir sedes para todas as Concelhias. Contudo, é imperioso que a Federação procure soluções para que tenhamos casa em todos os Concelhos. Da mesma forma, é fundamental o reequipamento das sedes existentes, com respostas à medida das nossas realidades. • Encontrar plataformas de acolhimento para simpatizantes O PS é um Partido de Militantes, mas não pode ficar por aí. O PS tem que contar com a participação de todos os que, não estando filiados, são nossos parceiros na conquista de objectivos. O PS tem que estar aberto e tem que ser actuante na procura de Homens e Mulheres que se revejam no nosso modelo de sociedade e vejam o nosso Partido como a âncora do nosso sistema democrático. A criação de uma base de simpatizantes é o primeiro passo; convidá-los e desafiá-los será o segundo, quer individualmente, quer através de grupos informais. • Aumentar o número de filiados no PS Face ao panorama da drástica redução do número de militantes, propomos, em conjunto com as Concelhias, empreender uma campanha de filiação e refiliação no PS. No nosso Distrito, o sucesso do PS depende, também, do seu crescimento. Somos um Partido forte, com tradição e responsabilidade no Alto Alentejo, pelo que a dimensão real dos nossos ficheiros tem que traduzir o que de facto somos. • Valorização do papel do Militante Os Militantes são o PS. E o nosso Partido, não poucas vezes, ignora a opinião, ofusca a intervenção e minimiza o trabalho de quem escolhe e se orgulha de ser Militante. Queremos construir um Partido que ninguém veja como ingrato. Que reconheça o trabalho de todos aqueles que, muitas vezes, mais do que o esperado, fizeram o PS. Valorizar o papel do Militante passa por ter este reconhecimento para com os verdadeiros Socialistas. Retomar a célebre cerimónia de homenagem aos 25 anos de militância é o mínimo exigível a quem, com tantos, conta. É igualmente imperioso que se melhore o contacto com todos os Militantes. Para isso, a actualização da base de dados da Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista, tem de

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ser feita. O sucesso do contacto depende da garantia de que estamos a chegar a todos os Militantes. FORMAÇÃO No quadro actual, quem desenvolve actividade política tem que estar preparado. Não basta saber um pouco de qualquer coisa, é preciso saber bastante de muitas coisas. Temos que estar à altura dos novos tempos e dar os instrumentos necessários a quem está pelo e com o PS. A Formação nunca foi um objectivo cumprido e, digamos, nem sequer prioritário. Cabe agora desenvolver um trabalho para colmatar esta falha. • Criação da Academia PS Alto Alentejo É nosso objectivo erguer um Centro de Formação Avançada em todas as temáticas da actividade política. Cursos, módulos e calendários passarão a fazer parte do dia-a-dia da Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista. Queremos Militantes preparados e isso será, certamente, garantia de sucesso no combate político. Os quadros políticos do PS têm de ter as ferramentas que só a formação contínua possibilita e a Federação não se pode demitir desta função. • Estabelecer parcerias com a Fundação ResPública A Fundação ResPública, cujo propósito é fomentar a discussão, o debate e a formação de todos aqueles que partilham o Socialismo Democrático como ideal, tem de surgir como um parceiro da vida da nossa Federação, como aliás já o é em muitas outras. Num momento em que o debate ideológico volta a ser fundamental, agarremos a oportunidade de discutir a nossa matriz, os nossos princípios e a nossa base programática. O PS não se pode furtar ao seu incontornável encontro com a História. • Promover ciclos de conferências temáticas e organizar acções de formação especializadas, por todo o Distrito Por norma, a Federação tem sido promotora de alguns eventos desta natureza. Contudo, a sistemática opção pelos mesmos locais enfraquece a participação e não ajuda a estimular o envolvimento de todos. A relevância e o impacto destas actividades, em determinados Concelhos, pode significar a diferença para a afirmação do PS. Para a Federação, todos os Concelhos têm de contar e a Federação tem de estar onde a sua presença se torna mais necessária. COMUNICAÇÃO Um Partido moderno tem de utilizar todos os meios ao seu dispor. Muito se pode fazer mas, se a mensagem não passar, se os nossos Militantes, os nossos simpatizantes e os nossos eleitores nada

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souberem da nossa actividade, é como, rigorosamente, nada se tivesse feito. Encontrar estratégias actuais é o nosso desafio para aumentar o grau de eficácia na nossa actuação política. Numa altura em que a mensagem passa em tempo real, a Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista, mais do que conviver, tem que aproveitar a realidade dos tempos. • Portal da Federação, com páginas concelhias Uma página na Internet, com imagem e conteúdos tem de ser o rosto da Federação, mas queremos mais. Queremos que a nossa estrutura construa um Portal, onde cada Concelhia tenha a sua própria página e assuma a sua gestão. Queremos que esse Portal esteja ao serviço dos Militantes, da Juventude Socialista, do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas e da Tendência Sindical Socialista. • Envio de Newsletters para os Militantes Todos os Militantes serão informados, de forma permanente, da actividade da Federação, com a distribuição de conteúdos em formato electrónico através de uma ferramenta própria, a ser disponibilizada no Portal. Sabemos bem da utilidade deste veículo de comunicação. • Fornecer Press-Releases à imprensa A relação com a imprensa escrita e falada tem de ser constante. Estar mais vezes na Comunicação Social, privilegiando temas centrais, aumenta a possibilidade de sucesso na transmissão da nossa mensagem, o que obriga a uma melhor organização dos conteúdos na elaboração das notas de imprensa. O critério profissional tem de ser a opção, ainda que os recursos utilizados possam ser aqueles de que dispomos. • Utilização das plataformas web, de forma organizada Numa altura em que as novas tecnologias, de novo têm pouco, temos de usar todas as ferramentas ao nosso dispor para a difusão da nossa mensagem, com a vantagem de a elas podermos aceder de forma gratuita. As redes sociais, todas elas, representam hoje um nível de interacção que a Federação não pode descurar. A nossa presença nestas plataformas tem de ser mais do que falar para dentro. Novos públicos, ávidos de informação e disponíveis para contribuir esperam por um sinal nosso. Queremos colocar a Federação onde Todos já se encontram.

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CAPÍTULO II – DAR NORTE AO ALENTEJO E UMA MARCA AO DISTRITO PAPEL DO ESTADO O Estado, para nós Socialistas, tem uma função de regulação, redistribuição da riqueza, promotora da coesão, valorizadora do papel social e defensora do Serviço Público. Na verdade, nunca como agora, este papel assume uma relevância determinante. Tais funções precisam de ser reinventadas e concretizadas em domínios esquecidos ou nunca imaginados. Não basta lutar pela defesa dos serviços públicos. Na nossa realidade, é necessário que a Federação angarie junto de todo o PS os apoios para que uma política de investimento público nos resgaste da situação actual. Como também, a Federação do PS, deve defender uma reestruturação de todo o sector público, beneficiando com isso o País, e, em particular, o Interior. Para isso defendemos a deslocalização de Institutos e Empresas Públicas para o interior e também para o nosso Distrito. MOBILIDADE, TRANSPORTES, INFRAESTRUTURAS E COMUNICAÇÕES O Distrito de Portalegre encontra-se numa experiência piloto – não pelas melhores razões – levada a cabo pelo Estado Português. Presume-se que deve ser objectivo nacional quanto tempo pode uma região sobreviver sem ligações rodoviárias modernas e desprovida de transporte ferroviário de passageiros. O PS tem de defender, de forma vigorosa, a rodovia e a ferrovia. No que toca à rodovia é imperiosa a ligação entre a A23 a norte e a A6 a sul, bem como a conclusão do IC13, desde a fronteira de Galegos (Marvão) até ao nó de Alcochete, mas também acessibilidades proporcionais ao tráfego entre as fronteiras de Caia (Elvas), Retiro (Campo Maior) e Portalegre. No plano da ferrovia, os investimentos anunciados e justificados na Alta Velocidade entre Lisboa e a fronteira do Caia (Elvas) e a linha de mercadorias proveniente de Sines e, logo, a plataforma logística de Caia/Elvas terão de ser parte de uma solução global para todo o Distrito. Estas construções impõem-se. Da mesma forma, o abandono da Linha do Leste e do Ramal de Cáceres significaram um retrocesso civilizacional ao qual nos oporemos. Relativamente a uma infra-estrutura como a Barragem do Crato/Pisão, o PS não pode permitir que a defesa da sua construção seja retirada da agenda política, enquanto projecto estruturante para o nosso Distrito e para as suas populações. SAÚDE E SOLIDARIEDADE SOCIAL É papel do PS apoiar as Instituições de Solidariedade Social, que representam, desde logo, dois desígnios: promover apoios e serviços necessários; ao mesmo tempo que dinamizam economias locais. Esta é uma marca do PS, que nos cabe valorizar. Na área da Saúde, no Norte Alentejo, é responsabilidade do PS a defesa do Serviço Nacional de Saúde e com isso defendemos um serviço público de qualidade, acessível a todos os cidadãos e centrado na

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valorização e promoção dos Hospitais de Portalegre e Elvas e dos 16 Centros de Saúde. ECONOMIA, EMPREENDEDORISMO E EMPREGO O Partido Socialista tem de estar na primeira linha quanto à defesa de políticas públicas que facilitem a dinamização da nossa economia. Os empresários têm de contar com o PS como aliado da sua actividade. Ao Estado cabe ser regulador e sobretudo promotor e potenciador do crescimento, pois só assim é possível gerar emprego e combater a desertificação. A criação líquida de postos de trabalho tem de ser o objectivo a alcançar. À Federação do PS cabe defender a reposição da discriminação positiva do Interior, nos incentivos fiscais e na promoção de emprego; cabe defender um papel activo, por parte do Estado, na fixação de investimento privado; e cabe agitar e fazer despertar os decisores políticos para a precariedade da situação do nosso Distrito. JUSTIÇA Numa altura em que o actual Governo se prepara para encerrar Tribunais no Distrito de Portalegre cabe-nos propor alternativas e novas formas de acesso à Justiça. O nosso papel é defender o Estado de Direito e é no seu cumprimento que podemos e devemos propor a criação de um Julgado de Paz do Alto Alentejo com atendimento em todos os 15 Municípios. Da mesma forma pode o PS defender a criação de um Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Alto Alentejo. No que cabe ao Poder Central, o Distrito de Portalegre terá em nós uma voz activa, com vista à concretização do investimento público dos equipamentos penitenciários existentes no concelho de Elvas. EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO A Escola Pública sempre foi um serviço de proximidade. Se é certo que cada vez somos menos, o que obrigou a uma racionalização da rede de escolas tendo em conta critérios pedagógicos, como é a visão do PS, recusamos uma visão estritamente economicista, cuja proposta é encerrar escolas para poupar a qualquer custo. Por outro lado, o Instituto Politécnico de Portalegre assume quatro papéis que têm de ser defendidos: a democratização do Ensino Superior, dando a milhares de jovens, grande parte deles do Distrito de Portalegre, a possibilidade de adquirirem ferramentas para o seu futuro profissional; o impacto financeiro, gerador de riqueza, na economia local; a existência de uma instituição de referência em domínios que só o IPP pode abranger; a excelência científica que se traduzirá na mais-valia da transferência de tecnologia. O PS defenderá a promoção e a valorização do Instituto Politécnico de Portalegre. A opção do PS por uma rede de escolas públicas não se limitou à simples visão do Ensino oficial. O

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PS contribuiu para que a Formação Profissional prosperasse na região, através do IEFP e de Escolas Profissionais, espalhadas por todo o Distrito. Mas fomos mais longe… dotámos o Distrito de uma Escola de Hotelaria e Turismo, assim como defendemos, aqui, a construção da nova Escola Prática da Guarda Nacional Republicana. SISTEMAS INTERMUNICIPAIS, REGIONALIZAÇÃO E REFORMA ADMINISTRATIVA Quando muitos se prendem em questões de pormenor lançadas à discussão pública para criar cortinas de fumo, o PS, na nossa Federação, tem de encetar uma discussão rigorosa sobre o nosso futuro. A próxima Comissão Política Distrital terá um mandato para, de forma serena e atempada, promover o debate que traduzirá a nossa posição relativamente a matérias tão complexas. O PS tem de ter uma posição sólida quanto à partilha de recursos e de serviços ao nível distrital; o PS tem de ter uma posição coerente relativamente à Regionalização e, sobretudo, que Regionalização; o PS tem de participar, com um argumentário próprio, baseado em critérios objectivos quanto a uma possível Reforma Administrativa, não se remetendo à posição de mero espectador.

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CAPÍTULO III – DAR NORTE AO ALENTEJO E, AO PS, UMA MARCA ELEITORAL Em primeiro lugar, não poderemos deixar de mandar um abraço solidário e fraterno, votos de uma boa campanha e desejar uma grande e renovada vitória eleitoral dos nossos Camaradas da Região Autónoma dos Açores, nas próximas Eleições Regionais que se realizam no mês de Outubro. Nas próximas Eleições Autárquicas, a Federação assumirá o seu papel, no respeito integral sobre as decisões de cada Concelhia, quanto à elaboração de uma estratégia que nos permita atingir patamares eleitorais muito acima dos existentes. O objectivo a que nos propomos é ousado e inequívoco: conquistar a Presidência dos 15 Municípios do Distrito de Portalegre. Tendo os melhores candidatos, propondo os melhores programas e utilizando uma máquina partidária, que queremos que venha a ser forte, como será a da Federação Distrital de Portalegre do PS. Assim, nenhum objectivo mais modesto do que este pode ser considerado. Da mesma forma, tal ambição existe para todas as freguesias em disputa. A nossa proximidade com o eleitorado e a empatia criada com as populações não nos permitem pensar diferente de uma vitória plena. No contexto das Eleições Europeias, a Federação Distrital de Portalegre terá, desde logo, de se bater por uma posição condicente com a relevância política que queremos construir. Certo é que queremos centrar o debate na questão Europa, na defesa dos valores que presidiram à construção da nossa União, sendo a oportunidade para, mais do que discutir ideias, fazer um debate ideológico.