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Gramado – RS De 30 de setembro a 2 de outubro de 2014 MOCHILA RESTAURANDO SACOS DE CIMENTO Laiana Santos Wawzyniak Stefanovicz Centro Universitário Uniandrade [email protected] Resumo: No setor da construção civil é descartada uma grande quantidade de resíduo o que indica a urgência em implantar um programa de reutilização desse material. Considerar a importância da preservação do meio ambiente é fundamental a preocupação do design com a redução de resíduos sólidos no seu processo de criação. Neste projeto foi desenvolvida uma mochila reutilizando sacos de cimentos descartados pela construção civil associado ao couro. Palavras-chave: sustentável, mochila, resíduos, reutilização. Abstract: In the construction industry is ruled a large amount of residue which indicates the urgency to implement a program of reuse of this material. Consider the importance of preserving the environment is a fundamental concern of the design with the reduction of solid waste in the process of creation. In this project a backpack reusing discarded bags of cement for construction associated with the leather was developed. Keywords: sustainable, backpack, waste reuse. 1. INTRODUÇÃO A mochila reutilizando sacos de cimentos descartados pela construção civil associado ao couro é resultado de um projeto desenvolvido no curso de Design de Moda. Este projeto foi inspirado no arquiteto Frank Lloyd Wright e o artista M.C. Escher. A proposta de redução dos resíduos e da poluição ambiental a partir da utilização de materiais reaproveitados se encaixa no conceito de sustentabilidade e foi o que norteou a elaboração do design da mochila. Este é um assunto muito discutido, na atualidade, e tornou-se um fator importante para as instituições privadas e públicas, no sentido de garantir a qualidade ambiental a partir do relatório Brundtland, de acordo com Haswani: o papel da comunicação estatal na disseminação das idéias [sic] e na formação de atitudes positivas de pessoas e organizações para as ações indispensáveis à garantia da sustentabilidade, nos aspectos em que seu sucesso depende da adesão espontânea dos atores econômicos, políticos e

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Gramado – RS

De 30 de setembro a 2 de outubro de 2014

MOCHILA RESTAURANDO SACOS DE CIMENTO Laiana Santos Wawzyniak Stefanovicz

Centro Universitário Uniandrade [email protected]

Resumo: No setor da construção civil é descartada uma grande quantidade de resíduo o que indica a urgência em implantar um programa de reutilização desse material. Considerar a importância da preservação do meio ambiente é fundamental a preocupação do design com a redução de resíduos sólidos no seu processo de criação. Neste projeto foi desenvolvida uma mochila reutilizando sacos de cimentos descartados pela construção civil associado ao couro. Palavras-chave: sustentável, mochila, resíduos, reutilização. Abstract: In the construction industry is ruled a large amount of residue

which indicates the urgency to implement a program of reuse of this

material. Consider the importance of preserving the environment is a

fundamental concern of the design with the reduction of solid waste in the

process of creation. In this project a backpack reusing discarded bags of

cement for construction associated with the leather was developed.

Keywords: sustainable, backpack, waste reuse.

1. INTRODUÇÃO

A mochila reutilizando sacos de cimentos descartados pela construção civil

associado ao couro é resultado de um projeto desenvolvido no curso de Design de Moda. Este projeto foi inspirado no arquiteto Frank Lloyd Wright e o artista M.C. Escher.

A proposta de redução dos resíduos e da poluição ambiental a partir da utilização de materiais reaproveitados se encaixa no conceito de sustentabilidade e foi o que norteou a elaboração do design da mochila. Este é um assunto muito discutido, na atualidade, e tornou-se um fator importante para as instituições privadas e públicas, no sentido de garantir a qualidade ambiental a partir do relatório Brundtland, de acordo com Haswani:

o papel da comunicação estatal na disseminação das idéias [sic] e na formação de atitudes positivas de pessoas e organizações para as ações indispensáveis à garantia da sustentabilidade, nos aspectos em que seu sucesso depende da adesão espontânea dos atores econômicos, políticos e

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sociais, com foco na população e nas instituições brasileiro [...] esboçando um cenário em que o desenvolvimento sustentável exige padrões de comunicação realmente capazes de envolver a sociedade e as instituições para o esforço conjunto das propostas da Agenda 21. (HASWANI, 2011 p.1)

A pesquisa sobre resíduos da construção civil foi desenvolvida com dados do

Sindicato da Indústria da Construção Civil - Sinduscon e Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição - Abrecon que produz levantamentos estatísticos sobre resíduos, o que possibilitou a definição do material a ser utilizado na elaboração do produto.

Esta mochila propõe uma alternativa para a redução de resíduos sólidos da construção civil no meio ambiente, por meio da restauração de sacos de cimento que são descartadas das obras civis. Para a realização desse empreendimento foi desenvolvidos testes com os materiais que foram aplicados e elaborados croquis, modelagem e mock-up.

A hipótese que norteou este estudo é que a questão da sustentabilidade não pode ser desconsiderada nos projetos de design e nem na construção civil.

2. DESENVOLVIMENTO

A construção de uma sociedade ambientalmente sustentável está cada vez mais presente tanto nos debates políticos, econômicos e sociais, quanto nos desejos dos cidadãos. A necessidade de tomar iniciativas que visem adequar o nosso modo de vida com os limites da natureza, se fazem cada vez mais necessários na realidade mundial. 2.1 SUSTENTABILIDADE

O desenvolvimento sustentável, no Brasil, adquiriu forma a partir da conferência “Eco 92” que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992 e a partir deste evento quando foi criada a “Agenda 21”, documento que ressalva estratégias e táticas para manter e preservar o planeta. (HASWANI, 2011 p.2).

O conceito de sustentabilidade busca que as atividades humanas não interfiram de forma a degradar o meio ambiente e diminuir os recursos naturais para as gerações futuras. Assim como garantir o tripé de desenvolvimento econômico, social e ambiental. O processo de reaproveitamento, ou como bem coloca Fletcher e Grose, “a reutilização, a restauração e a reciclagem interceptam recursos destinados aos aterros sanitários e os conduzem de volta ao processo industrial como matérias-primas. Assim, desaceleram o fluxo linear de materiais ao longo do sistema industrial.” (FLETCHER E GROSE, 2011 p.63)

Os princípios de sustentabilidade, segundo Fletcher e Grose (2011), seguem os seguintes requisitos:

Objetivo

• Usar recursos naturais com critério;

• Reduzir o risco de poluição;

• Minimizar o consumo de energia;

• Minimizar o consumo de água;

• Reduzir o volume em aterros sanitários. Ação

• Minimizar o numero de etapas de processamento;

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• Minimizar a quantidade e toxicidade das substancias químicas usadas e eliminar processos nocivos;

• Combinar processos ou usar processos que demandem baixa temperatura;

• Eliminar os processos que consomem muita água;

• Minimizar a geração de resíduos em todas as etapas. Considerando estes argumentos de Fletcher e Grose (2011) conclui-se que

para este projeto a técnica abordada foi a restauração devido aos produtos serem feitos de materiais já utilizados consertando ou redesenhando produtos. A preocupação dos designers com a vida dos produtos, desde o nascimento até o descarte é muito importante no contexto do reaproveitamento.

Sabe-se que a indústria está entre as atividades que mais consomem recursos naturais, e que o designer tem um papel importante na mudança de comportamento e na sensibilização dos consumidores e formadores de opinião.

2.2 Resíduos da Construção Civil e análise semiótica

O estudo foi realizado em Curitiba, assim como, em outras capitais brasileiras enfrenta, atualmente, o problema com a produção de resíduos sólidos na construção civil. Diante desse contexto, segundo o SINDUSCON/PR (2012) e a Prefeitura de Curitiba tornou obrigatória a apresentação de projeto de gerenciamento de resíduos para emissão de alvarás de novos empreendimentos. Uma grande quantidade de resíduos é descartada na construção civil e por este motivo se faz necessário a implantação de programas de reutilização dos mesmos.

Dentro dessa perspectiva de reaproveitamento dos resíduos sólidos adotada na cidade e as obras de Wright com a casa cascata e, principalmente, na ideia de Escher com a representação da caveira refletida no olho que representa o fim ou recomeço e o olhar que significa e comunica o que a de mais profundo no ser. Permitiram fazer a conexão entre a construção e o ambiente natural.

Também a análise semiótica referenciada na teoria semiótica de Charles Sanders Pierce e aplicada por Santaella (2003) empregando fundamentos do conceito de relação signo e o objeto, possibilitou uma reflexão sobre a proposta.

...Seus conceitos são gerais, mas devem conter, no nível abstrato, os elementos que nos permitem descrever, analisar e avaliar todo e qualquer processo existente de signos verbais, não-verbais e naturais: fala, escrita, gestos, sons, comunicação dos animais, imagens fixas e em movimento,

audiovisuais, hipermídia etc... SANTAELLA (2002, p. 12):

A definição de semiótica de Pierce possui três conceitos: significação, objetivação e a da interpretação foram utilizadas para analisar as imagens das obras de Wright e Escher relacionando os objetos aos símbolos e os interpretando.

O trabalho de Frank Lloyd Wright integra o elemento não natural em meio a natureza de forma que interagem a não percebermos este choque entre estes dois elementos (natureza e construção).

Escher assim como Wright construiu em sua obra com o contínuo, com o infinito, em que não vemos a quebra nas passagens e, muitas vezes, não conseguimos perceber onde uma imagem se transforma em outra.

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2.3 Arquiteto Frank Lloyd Wright Frank Lloyd Wright arquiteto, escritor e educador, americano nascido na

cidade de Richland Center Wisconsin em 1867. Iniciou sua carreira trabalhando com Louis Sullivan da Escola de Chicago, como assistente até 1893, quando iniciou sua carreira autônoma projetando a Casa Winslow (1893-1894).

Responsável por mais de mil projetos, dos quais aproximadamente a metade foi construída, ao longo dos seus 92 anos, tornando-o um dos mais importantes arquitetos do século XX e um dos principais exemplos da arquitetura orgânica, com uma das casas mais significativas do mundo a casa da cascata.

Acho que a natureza deveria ser grafada com ‘N’ maiúsculo, não que a natureza seja Deus, mas porque tudo o que podemos aprender sobre Deus aprenderemos do corpo de Deus, que chamamos de natureza. (WRIGHT, aos seus alunos 2000 p.23)

Segundo Stungo (2000) o tema da natureza é sempre visitado no

desenvolvimento dos projetos de Wright, um exemplo: a casa da cascata é uma realização abençoada de uma sinergia incrível entre a construção e o ambiente natural como bem demonstra esta citação:

Fallingwater é uma grande benção – uma das maiores benções a serem vivenciadas aqui na terra, penso que nada até agora igualou a coordenação e expressão compassiva do grande princípio de repouso em que a floresta, o riacho, a rocha e todos os elementos de estrutura se combinam, tão tranquilamente que realmente não se pode ouvir qualquer ruído, embora a música do riacho esteja aqui. Mas ouvimos a cascata do modo como ouvimos o silêncio do campo. (STUNGO, 2000 p.25)

Figura 1 – Casa da Cascata

Fonte: http://artedecocuritiba.com.br/casa-da-cascata-de-wright/

A Casa da Cascata (1936) na Pensilvânia é considerada por muitos a residência

perfeitamente alocada na natureza, pois estes são os preceitos da arquitetura orgânica. Implantada sobe uma cascata, escoradas nas pedras e inserida em um bosque.

Obra pensada pelo arquiteto Frank Lloyd Wright para criar integração do imóvel com a natureza quanto a integração familiar. Criando a sensação de continuidade entre a obra e a natureza.

Analisando a casa da cascata a partir da simbologia de Chevalier (1906):

• Cachoeira: símbolo da impermanência, renovação e movimento contínuo.

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• Pedras: andrógina, constituindo a androginia a perfeição do estado primordial. Ação humana que se substitui à energia criadora.

• Arvore: símbolo da vida, evolução, ascensão para o céu e verticalidade. Comunicação com o cosmo nos três níveis: o subterrâneo através das raízes, a superfície da terra através do tronco e galhos superior pela luz do céu.

• Céu: exprime a crença em um Ser divino, criador do universo e responsável pela fecundidade na terra. Transcendência.

• Retângulo: segmento áureo, quadrado-sol, perfeição das relações estabelecida entre céu e terra.

• Terra: opõe-se ao céu como principio passivo. Todos os seres recebem dela o seu nascimento, pois é mulher e mãe e recebem dela o seu alimento.

2.4 Maurits Cornelis Escher

Maurits Cornelis Escher artista holandês nascido no ano de 1898 no dia 17 de junho tornou-se conhecido pela complexidade intelectual de sua obra. Estudou gravura sobre linóleo em Arnhem, entre 1919 e 1922 na Faculdade de Arquitetura e Design Ornamental em Haarlem.

Na infância era levado pelos pais a aprender artes ligadas à carpintaria, desenvolvendo o gosto e a técnica por trabalhos com madeira.

Na escola não era considerado um bom aluno, justificando a não obtenção do diploma final, quando sai em 1918. Em 1919 Escher vai para Haarlem estudar Arquitetura na Escola de Artes Decorativas. Após três anos na área, sob a direção de seu professor e mestre S. Jessurun de Mesquita, adquire uma boa base de desenho e técnicas de gravura, então se dedica as artes gráficas que sucederá suas primeiras exposições e publicações (ESCHER, 2004 p.77).

Escher começou a trabalhar em suas obras de ilusões espaciais, com perspectivas impressionantes que derrotam a física que fora do papel seriam inviáveis.

A Fundação Escher criada em 1968, para proteger o trabalho do artista, mas não foi capaz de impedir a dispersão inevitável do trabalho de Escher para várias coleções privadas e públicas.

Figura 2 – Fotografia do Olho mágico

Fonte: acervo do autor, com base na pesquisa realizada.

Olhar profundo da obra o “Olho mágico” (1946) reflete uma caveira

significando a morte que para uns é o fim de tudo e para outros o recomeço e/ou continuidade.

Crânio: remete ao esqueleto. O esqueleto diz respeito também ao que nos estrutura. E ao relacionarmos o crânio (esqueleto) com o olhar pode-se entender que

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o artista buscou comunicar que devemos observar o que está mais profundo no ser, o que existe além do superficial. O olhar como “espelho da alma” da estrutura (nossos valores, conhecimentos).

A visão do criador refletindo o ser humano em sua essência. Pelo olhar podemos nos comunicar e interagir com o outro. E na obra o cone é posto como se o artista estivesse invertendo a perspectiva,

como se o ponto de vista do observador crescesse na medida em que se aprofunda no que é observado.

A duplicidade da imagem nos comunica as múltiplas perspectivas e olhares. As imagens, uma colocada uma horizontal e outra vertical, mostram os pontos de vistas e como dependendo do contexto em que se encontra o objeto muda a leitura e a percepção.

“O olho mágico”: demonstra ser o olhar que vê além das aparências. Analisando a casa da cascata a partir da simbologia de Chevalier (1906):

• Olho: percepção visual, percepção intelectual, o olho do coração, clarividência, o sol e a lua. Símbolo de conhecimento, de percepção sobrenatural, abertura ao conhecimento. É o olho do mundo, o olhar divino que abraça o cosmo.

• Olho direito: corresponde à atividade e ao futuro

• Crânio: sede do pensamento, comando supremo, representação macro-cósmica do homem, homologo da abóbada celeste.

• Cílios: as armas do amor e flechas.

• Cone: símbolo do amor e da fecundidade.

• Morte: aspecto perecível e destrutível da existência, grandes mistérios.

3. INSPIRAÇÃO E CONCEITO

Neste item abordam-se as inspirações e o conceito desenvolvido para o a criação do produto que são os seguintes:

3.1 Painel de Inspiração

Figura 3 – Painel de inspiração

Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

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3.1.1 Conceito O olho é o espelho da alma em que a realidade e as ilusões se fundem criando

a percepção pessoal do universo sentindo o movimento e as transformações do mundo. Apenas uma alma sensível pode trazer as formas e os fluxos das lembranças do que já foi visto e que inspiram as criações.

A percepção e o sentimento desenvolvem novas combinações das formas integrando e se complementando dando novos significados as criações.

Tirando da natureza a essência da criação.

3.1.2 Ambiência O painel de ambiência da coleção é a síntese do tema e inspirações refletindo

as emoções do conceito. Inspirando a coleção com suas formas, cores e sua essência representada no

desenvolvimento do projeto.

Figura 4 – Ambiência Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

4 MATERIAIS E TÉCNICAS UTILIZADAS NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO Neste item é apresentado as técnicas desenvolvidas para utilização do saco de

cimento de papel kraft que possui em sua composição resistência a intempéries e ao manuseio possibilitando a confecção das bolsas, permitindo a costura e as dobras.

4.1 Teste de Materiais

Os testes aplicados no saco de cimento para viabilizar a utilização do produto na confecção da coleção de bolsas foram: lavagem, impermeabilização, secagem, e costura.

Figura 5 – Lavagem

Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

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Processo de lavagem com água armazenada da chuva e esfregada com

esponja com detergente neutro

Figura 6 – Secagem

Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

Inicialmente foram testados os métodos de lavagem e secagem dos sacos de

cimento, em seguida foram testados métodos de impermeabilização do papel. No processo de impermeabilização foi testado o papel kraft com tinta spray e

em seguida com o spray verniz plastilac. Percebe-se que com a tinta spray brilhante o papel se descaracterizou e assim não atende a intenção pretendida com o produto.

Figura 7 – Testes de impermeabilização

Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

Com o spray verniz fosco plastilac conseguiu a impermeabilização do produto e se manteve as características do papel.

Figura 8 – Testes de dobras do papel

Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

Teste de costura do papel e costura entre materiais diferentes

Quadro 1 – Testes de costura Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

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Teste de costura do vies

Quadro 2 – Testes de viés e vivo Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

Foram desenvolvidos testes de costura do papel Kraft e junção do papel com

outros tipos de materiais e colocação do viés e vivo.

4.2 Modelagem A modelagem foi desenvolvida a partir do croqui elaborado na geração de

alternativas dentro das necessidades e inspirações.

Figura 9 – Modelagem Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

4.3 Produção Fotográfica

Figura 10 – Produção e Fotografia: Laiana Santos Wawzyniak Stefanovicz, Modelo: Andrey Daniel

Stefanovicz, Locação: Largo da Ordem Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa realizada.

5 CONCLUSÃO

Atualmente, a moda sustentável tem explorado diversos setores da indústria com peças que valorizam o design e o reaproveitamento de produtos que antes seriam descartados, assim como valorizam a mão de obra e a sociedade. Desenvolvendo peças com comprometimento social e ambiental. As peças e inovações a serem

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realizadas para a obtenção de bolsas e acessórios valorizam o meio ambiente e o ser humano em sua totalidade.

As inovações realizadas para a obtenção do produto da mochila com sacos de cimento são viáveis economicamente, ergonomicamente. Dentro deste segmento o produto proposto com a restauração dos sacos de cimento não são encontrados, com está proposta, no mercado. Pois, constatou-se na pesquisa de similares que a variedade de produtos com este perfil ainda é muito pequena.

A sinergia da coleção com as inspirações, ambiência e ao conceito proposto foi adquirida por meio da análise semiótica do Wright e Escher que possibilitou extrair as formas geométricas, texturas, cores e aplicações no desenvolvimento da coleção. REFERÊNCIAS

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LOBACH, Berndt. Design Industrial - Bases para a configuração de produtos industriais. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 2001.

MANZINI, Elzio. Design para inovação social e sustentabilidade. Rio de Janeiro: E-papers Serviços Editoriais, 2008.

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