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Modelagem de Serviços Ambientais Modelo InVEST Lícia Azevedo Setembro/2012 I Workshop sobre Monitoramento Hidroambiental da Bacia do Ribeirão Pipiripau

Modelagem de Serviços Ambientais Modelo InVEST · MODELAGEM DE SERVIÇOS AMBENTAIS COMO SUPORTE À TOMADA DE DECISÃO Intervenções no Uso da Terra modificam a oferta de Serviços

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Modelagem de Serviços

Ambientais – Modelo InVEST

Lícia Azevedo Setembro/2012

I Workshop sobre Monitoramento Hidroambiental da Bacia do Ribeirão Pipiripau

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

MODELAGEM DE SERVIÇOS AMBENTAIS

COMO SUPORTE À TOMADA DE DECISÃO

Intervenções no Uso da Terra

modificam a oferta de Serviços

Ambientais

Importante comparar diferentes

cenários de Uso da Terra e suas

consequências

Discussão de alternativas com

stakeholders

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

O que é o InVEST?

Conjunto de modelos que tem a finalidade de quantificar, espacializar e valorar a oferta de serviços ambientais

– Biodiversidade

– Armazenagem e Sequestro de Carbono

– Produção de hidroeletricidade

– Retenção de Nutrientes

– Retenção de Sedimentos

– Manejo Florestal

– Polinização de plantios agrícolas

http://www.naturalcapitalproject.org

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Características

Modelo espacialmente distribuído

Escala temporal anual

Inputs: mapas em formato raster e

tabelas com parâmetros

Baixa demanda de dados de entrada em

relação a outros modelos

Parâmetros para calibração

Ferramenta gratuita que funciona em

ambiente ArcGis (toolbox)

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

POSSIBILIDADES

1. Gerar estimativas de processos

biofísicos (ex. aporte de sedimentos) a

partir de diferentes cenários de uso e

manejo da terra

2. Identificar espacialmente que porções

da bacia são mais estratégicas para

provisão de serviços

3. Gerar estimativas financeiras dos

serviços ambientais para cada cenário

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

RETENÇÃO DE SEDIMENTOS

Com base na Equação Universal

da Perda de Solo (USLE) e no

potencial de retenção de

sedimentos pelo Uso da Terra,

calcula a quantidade de

sedimentos retidos e o valor deste

serviço (em termos de custos de

dragagem ou tratamento de água)

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

RETENÇÃO DE SEDIMENTOS

Estimativa de retenção de sedimentos:

Erosão considerando uso do solo e práticas de

conservação de solo (USLE)

Diminuição da erosão conforme

• Eficiência de Retenção de Sedimentos de

cada Uso da Terra

• Caminho do fluxo de sedimentos

=

QUANTIDADE DE SEDIMENTOS RETIDOS

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

RETENÇÃO DE SEDIMENTOS

Estimativa da valoração do serviço de

retenção de sedimentos:

Custo unitário de remoção de sedimento

(dragagem ou tratamento de água)

X

Quantidade de sedimento retido

=

Valor total do Serviço Ambiental de Retenção

de Sedimentos ($/ano)

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Dados de entrada:

• Modelo Digital de Elevação (DEM) – Condicionamento hidrológico

– Insumo para fator de rampa (LS)

• Erosividade (potencial de erosão pela chuva) -

R

• Erodibilidade (suscetibilidade dos solos à

erosão) - K

• Uso do Solo

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Dados de entrada:

Aplicação - Bacia do Ribeirão Pipiripau

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Parâmetros de entrada:

Uso do Solo – C e P – Coeficientes relacionados à cobertura do solo (C) e

práticas de conservação de solos (P)

Coeficientes de Retenção de Sedimentos para cada

uso da terra

Floresta > Campo > Agricultura > solo nu

Fator de Acumulação de fluxo – Número de pixels confluentes para definir um curso

d’água

Limite de declividade – O modelo usa 2 equações para o cálculo do fator LS

(maior e menor declive)

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Estudo Invest: Resultados Bacia do

Ribeirão Pipiripau – Cenário Atual (2008)

Erosão Total - USLE (ton/ano)

Erosão Total - USLE

(ton/ha/ano)

Exportação de Sedimentos (ton/ano)

Exportação de Sedimentos

(ton/ha/ano)

Taxa de Aporte de Sedimentos

(%)

179.571 6,46 1.627,3 0,1 0,9%

Parâmetros para calibração:

Invest Silva,Chaves & Camelo (2011)

Erosão Total - USLE (ton/ha/ano)

1.627,3 1.550,1*

Exportação de Sedimentos (ton/ano)

6,46 6,50

* SILVA, C.R; CHAVES, H.M.L; CAMELO, A.P. Calibração e validação da equação universal de perda de solos modificada

(MUSLE) utilizando dados hidrossedimentológicos locais. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, n.35, p 1431-1439,

2011.

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Estudo Invest: Cenário com

intervenção

• Critérios de Área Ativa de Rio (AAR) e

erosão acelerada (perda de solo (A) >10

t/ha.ano).

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Estudo Invest: Cenário com

intervenção

• Usos passíveis de intervenção – Áreas

prioritárias:

Uso da Terra Hectares %

Pastagens 591,5 12%

Agricultura extensiva 82,9 1%

Cultura Irrigada 134,8 13%

Solo Exposto 10,3 9%

Vias não pavimentadas 17,5 5%

Áreas Críticas (total) 836,9 5%

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Estudo Invest: Resultados

CENÁRIO Erosão Total -

USLE (ton/ano)

Erosão Total - USLE

(ton/ha/ano)

Exportação de Sedimentos (ton/ano)

Exportação de Sedimentos

(ton/ha/ano)

Taxa de Aporte de

Sedimentos (%)

Uso da Terra (2008) 179.571 6,46 1.627,3 0,1 0,9% Uso da Terra (2008) considerando intervenções em áreas prioritárias 173.452 6.19 1.481 0,1 0,9

REDUÇÃO ABSOLUTA 6.118,5 0,3 146,2 0,0 REDUÇÃO PERCENTUAL 3,4% 4,2% 9,0% 9,0%

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Limitações do modelo (Sedimentos)

- Equação Universal de Perda de Solo

(USLE) simula apenas a erosão laminar

– Outros processos erosivos podem ser mais

importantes

- O modelo não simula os processos de

erosão/deposição nos canais dos rios

- Estimativas anuais; não considera

variações sazonais/eventos extremos

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Limitações do modelo (Sedimentos)

- Dificuldade de definição dos valores de

C e P para os usos da terra

- Alta dependência do fator Eficiência de

Retenção de Sedimentos

- Poucas referências para definição deste

fator

- Escassez de dados para calibração

- Resultados de outros modelos (?)

- Concentração de sedimentos na água (?)

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

Desafios

• Pouco conhecimento da Eficiência de

Retenção de sedimentos de cada uso da

terra

• Dificuldade de obtenção de dados de

monitoramento para calibração dos

modelos

Fotos: Scott Warren e

Leandro Baumgarten.

OBRIGADA!

Lícia Azevedo – [email protected]

Assistente de Geoprocessamento

Programa de Conservação da Mata Atlântica e das Savanas Centrais

The Nature Conservancy