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MODELAGEM DE SOFTWARE PARA APLICACAO EM SISTEMAS DE
REFRIGERACAO POR ABSORCAO CUJO CALOR DA FONTE QUENTE E
PROVENIENTE DA TECNOLOGIA DE CONCENTRACAO SOLAR
Pedro Augusto Carqueija da Silva
Projeto de Graduacao apresentado ao Curso de
Engenharia Mecanica da Escola Politecnica, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessarios a obtencao do
tıtulo de Engenheiro.
Orientador: Alexandre Salem Szklo D.Sc.
Rio de Janeiro
Marco de 2018
MODELAGEM DE SOFTWARE PARA APLICACAO EM SISTEMAS DE
REFRIGERACAO POR ABSORCAO CUJO CALOR DA FONTE QUENTE E
PROVENIENTE DA TECNOLOGIA DE CONCENTRACAO SOLAR
Pedro Augusto Carqueija da Silva
PROJETO DE GRADUACAO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO
CURSO DE ENGENHARIA MECANICA DA ESCOLA POLITECNICA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE
DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENCAO DO GRAU DE
ENGENHEIRO MECANICO.
Examinado por:
Prof. Alexandre Salem Szklo, Ph.D.
Prof. David A. Castelo Branco, D.Sc.
Prof. Helcio Rangel Orlande, D.Sc.
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL
MARCO DE 2018
da Silva, Pedro Augusto Carqueija
Modelagem de Software para Aplicacao em Sistemas
de Refrigeracao por Absorcao cujo Calor da Fonte
Quente e Proveniente da Tecnologia de Concentracao
Solar/Pedro Augusto Carqueija da Silva. – Rio de Janeiro:
UFRJ/Escola Politecnica, 2018.
XII, 85 p.: il.; 29, 7cm.
Orientador: Alexandre Salem Szklo D.Sc.
Projeto de Graduacao – UFRJ/Escola
Politecnica/Curso de Engenharia Mecanica, 2018.
Referencias Bibliograficas: p. 53 – 55.
1. Concentradores Solares. 2. Sistema de Refrigeracao
por Absorcao. 3. Brometo de Lıtio. 4. Python. I.
D.Sc., Alexandre Salem Szklo. II. Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Escola Politecnica, Curso de Engenharia
Mecanica. III. Tıtulo.
iii
”Revolucoes nao acontecem se
voce reinveste em poderes que
existem. Va lutar pelo que voce
acredita.”
-Elon Musk
iv
Agradecimentos
Antes de tudo gostaria de agradecer aos meus pais, Jose Augusto e Marcia Car-
queija. Nada do que consegui na minha vida ate agora seria possıvel sem seu apoio
e amor. Mae, obrigado pelos conselhos, pela dedicacao e pela paciencia. A senhora
e uma mulher incrıvel e um grande exemplo para mim. Pai, agradeco pelo esforco
diario realizado e sua incansavel luta buscando sempre dar aos seus filhos o que o
senhor nunca teve. Nunca serei capaz de retribuir tamanha generosidade.
Agradeco ao meu irmao, Jose Eduardo, pelo carinho e uniao, sempre me apoiando
nos momentos mais difıceis. Alem de irmao e meu melhor amigo, e tenho certeza
que posso com contar ele para toda minha vida.
Agradeco tambem ao orientador Alexandre Szklo pelos ensinamentos, pela de-
dicacao e preocupacao em transmitir o conhecimento em sala de aula e durante todo
projeto.
Agradeco aos professores Helcio Rangel Orlande e David Alves Castelo Branco
por aceitarem o convite para fazer parte da banca.
Gostaria de agradecer tambem aos meus professores do Colegio Bahiense Meier
pelos conselhos e, em especial, ao professor Luıs Lisboa; as amizades feitas tambem
neste tempo e que perduram ate o presente.
Sou muito grato a todos os meus colegas de trabalho e gestores da empresa
Wayne Fueling Systems, empresa na qual eu tive oportunidade de iniciar minha
carreira profissional. Obrigado pelos ensinamentos diarios, contribuindo para o meu
crescimento pessoal e profissional. Meus especiais agradecimentos ao Marco Oliveira
e Wendel Almeida.
Nao poderia esquecer tambem dos meus amigos do Departamento da Mecanica:
Pedro Caetano, Stephan Kulina, Gabriel Farias, Marcos Carnevale, Julio Lobo,
Letıcia Marreiro, Joel Trindade, Gabriel Weiss, Eduardo Backer, Vinicius Monteiro,
Marina Goncalves, Pablo Pires, Yuri Lemos, Leonardo Alves, Raphael Alvim, Cecılia
Stringuini, Laura Faria, Rafael Montes, Lucas Galvao, Thadeu Melo, Rodrigo Suda,
Gabriel Guibu, Anna Torpedino, Rafaell Caldas e Thomas Louzada.
v
Resumo do Projeto de Graduacao apresentado a Escola Politecnica/UFRJ como
parte dos requisitos necessarios para a obtencao do grau de Engenheiro Mecanico.
MODELAGEM DE SOFTWARE PARA APLICACAO EM SISTEMAS DE
REFRIGERACAO POR ABSORCAO CUJO CALOR DA FONTE QUENTE E
PROVENIENTE DA TECNOLOGIA DE CONCENTRACAO SOLAR
Pedro Augusto Carqueija da Silva
Marco/2018
Orientador: Alexandre Salem Szklo D.Sc.
Curso: Engenharia Mecanica
A necessidade de se obter fontes alternativas de energias para substituicao das
fontes de combustıveis fosseis a cada ano vem se tornando mais importante. Uma
tecnologia que vem ganhando forca ao longo das ultimas decadas e a de coletores sola-
res, aproveitando o calor do sol para geracao de energia. Desta forma, desenvolveu-se
um software capaz de indicar a tecnologia de coletor solar mais adequada para um
determinado ciclo de refrigeracao por absorcao de brometo lıtio. A linguagem de
programacao usada para o software foi Python.
Palavras-chave: Coletores Solares, Sistema de Refrigeracao, Brometo de Lıtio,
Python
vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment
of the requirements for the degree of Engineer.
SOFTWARE MODELING FOR APPLICATION IN ABSORPTION COOLING
SYSTEMS WHOSE HOT SOURCE HEAT IS OBTAINED FROM
CONCENTRATION SOLAR POWER
Pedro Augusto Carqueija da Silva
March/2018
Advisor: Alexandre Salem Szklo D.Sc.
Department: Mechanical Engineering
The need to obtain alternative sources of energy to replace fossil fuel sources
each year has become more important. One technology that has gained momentum
over the past few decades is solar collectors, harnessing the sun’s heat for power
generation. Therefore, a software capable of indicating a solar collector technology
more suitable for a certain cycle of refrigeration by absorption of lithium bromide
has been developed. The programming language used for software was Python.
Keywords: Solar Collectors, Cooling System, Lithium Bromide, Python
vii
Sumario
Lista de Figuras x
Lista de Tabelas xii
1 Introducao 1
1.1 Motivacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3 Organizacao do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Tecnologias CSP 8
2.1 Historia da energia solar termica concentrada . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Coletores de energia solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Coletores estacionarios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.1 Coletores de placa plana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3.2 Coletores parabolicos compostos . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3.3 Coletores tubulares evacuados . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4 Mecanismos de rastreamento solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.5 Coletores concentradores com rastreamento solar . . . . . . . . . . . . 14
2.5.1 Coletores Fresnel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.5.2 Concentradores cilındrico-parabolicos . . . . . . . . . . . . . . 15
2.5.3 Concentradores disco-parabolicos . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.5.4 Campo de coletores de heliostatos (coletor central) . . . . . . 17
3 Sistema de Refrigeracao 19
3.1 Sistema de refrigeracao por absorcao . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2 Princıpio de operacao dos chillers de absorcao . . . . . . . . . . . . . 21
3.3 Coeficiente de Performance (COP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.4 Fluidos de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.5 Diferentes arranjos de ciclos de refrigeracao por absorcao . . . . . . . 25
3.5.1 Sistemas de simples efeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.5.2 Sistemas de duplo efeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.5.3 Sistemas de triplo efeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
viii
3.6 Cristalizacao do brometo de lıtio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4 Modelagem do Programa para Calculo do Ciclo de Absorcao 34
4.1 Modelagem do programa em Python . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2 Modelagem matematica para os ciclos de absorcao . . . . . . . . . . . 34
4.2.1 Balanco de massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.2.2 Balanco de energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.2.3 Calculo da area sugerida para instalacao dos concentradores
cilındrico-parabolicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.3 Limitacoes impostas ao software . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.4 Interface do software para o usuario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.5 Consideracoes para um ciclo de duplo e triplo efeito . . . . . . . . . . 45
5 Consideracoes Finais 48
5.1 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.2 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Referencias Bibliograficas 53
A Equacoes das Propriedades Termodinamicas 56
A.1 Pressao de Vapor [p(T,x)] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
A.2 Entalpia da Solucao [h(T,x)] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
A.3 Entalpia do Vapor d’Agua [h vap(T,p)] . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
A.4 Entalpia de Saturacao da Agua [h sat(T)] . . . . . . . . . . . . . . . 61
A.5 Temperatura de Cristalizacao [T(x)] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
A.6 Conversao de Fracao Massica para Fracao Molar . . . . . . . . . . . . 63
B Codigo do Programa 64
ix
Lista de Figuras
1.1 SEGS (Solar Energy Generating Systems) . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Plantas CSP instaladas e planejadas por paıses . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Estratificacao do Consumo de Energia (Predios Comerciais) . . . . . 4
1.4 Planta de Concentradores Solares da Empresa MTN . . . . . . . . . . 5
1.5 Mapa Mundial de Incidencia Solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 Fornalha solar utilizada por Lavoisier em 1774 . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Esquema de um coletor solar plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3 Configuracoes de coletores parabolicos compostos . . . . . . . . . . . 12
2.4 Desenho esquematico dos coletores tubulares a vacuo . . . . . . . . . 13
2.5 Esquema da configuracao de lentes coletoras . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6 Esquema da configuracao de refletores lineares . . . . . . . . . . . . . 15
2.7 Esquema de um coletor cilındrico-parabolico . . . . . . . . . . . . . . 16
2.8 Concentrador cilındrico-parabolico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.9 Esquema de um concentrador disco-parabolico . . . . . . . . . . . . . 17
2.10 Esquema de um campo de coletores de heliostatos . . . . . . . . . . . 18
3.1 Ciclo de Refrigeracao por Compressao . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2 Diferencas entre o Ciclo de Compressao e o Ciclo de Absorcao . . . . 21
3.3 (a)Processo de absorcao ocorre no vaso da direita causando o efeito
de resfriamento no vaso da esquerda; (b)Processo de separacao ocorre
no vaso da direita como resultado da insercao de energia de uma fonte
de calor externa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.4 Princıpio basico de operacao dos chillers de absorcao . . . . . . . . . 23
3.5 Ciclo esquematico de um chiller de absorcao de simples efeito de bro-
meto de lıtio/agua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.6 Ilustracao de um equipamento de absorcao de simples efeito de bro-
meto de lıtio/agua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.7 Ciclo esquematico de um chiller de absorcao de duplo efeito de bro-
meto de lıtio/agua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
x
3.8 Ilustracao de um equipamento de absorcao de duplo efeito de brometo
de lıtio/agua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.9 Ilustracao de um equipamento de absorcao de triplo efeito de brometo
de lıtio/agua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.10 Diagrama de fase do brometo de lıtio aquoso . . . . . . . . . . . . . . 33
4.1 Ciclo esquematico de um chiller de absorcao de simples efeito de bro-
meto de lıtio/agua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.2 Sistema completo a ser estudado neste trabalho: coletor solar + ciclo
de refrigeracao por absorcao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.3 Coeficiente de perda por unidade de area do receptor em funcao da
diferenca da temperatura do receptor e da temperatura media do
ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.4 Interface de selecao do tipo de ciclo do programa . . . . . . . . . . . 43
4.5 Interface de insercao das variaveis inicias pelo usuario . . . . . . . . . 44
4.6 Resultados apos calculos realizados pelo programa . . . . . . . . . . . 45
4.7 Detalhe da ramificacao do fluxo massico nos ciclos de duplo efeito (de
fluxo paralelo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.8 Detalhe da ramificacao do fluxo massico nos ciclos de duplo efeito (de
fluxo paralelo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.1 Resultados apos calculos realizados pelo programa para ciclo de sim-
ples efeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.2 Resultados apos calculos realizados pelo programa para ciclo de duplo
efeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
xi
Lista de Tabelas
1.1 Caracterısticas das 9 plantas SEGS da California . . . . . . . . . . . 2
2.1 Coletores de Energia Solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1 Caracterısticas Tıpicas de Funcionamento para Chiller de Simples e
Duplo Efeito de Queima Indireta de H2O-LiBr . . . . . . . . . . . . . 30
4.1 Consideracoes hipoteticas para o ciclo de Simples Efeito - Figura 4.1 . 36
4.2 Inputs de temperatura utilizado no software . . . . . . . . . . . . . . 38
4.3 Formulacao de balanco de massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.4 Formulacao de balanco de energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.5 Relacoes de entalpia especıfica utilizadas no software . . . . . . . . . 39
4.6 Relacoes de entalpia especıfica utilizadas no software . . . . . . . . . 39
4.7 Propriedades do HTF Therminol VP-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.8 Propriedades do Coletor SkyFuel SkyTrough . . . . . . . . . . . . . . 40
4.9 Propriedades do Receptor Schott PTR70 . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.10 Tipos de receptores para Figura 4.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
5.1 Resultados do Modelo de Ciclo Apresentado pela Literatura - Simples
Efeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.2 Resultados do Modelo de Ciclo Apresentado pela Literatura - Duplo
Efeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
A.1 Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.1 . . . . . . . . . . . . . . 57
A.2 Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.3 . . . . . . . . . . . . . . 57
A.3 Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.4 . . . . . . . . . . . . . . 58
A.4 Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.5 . . . . . . . . . . . . . . 59
A.5 Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.6 e Equacao A.7 . . . . . 60
A.6 Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.10 . . . . . . . . . . . . . 61
A.7 Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.11 . . . . . . . . . . . . . 62
xii
Capıtulo 1
Introducao
Energia e considerada um agente primario na geracao de riqueza e um fator
significante no desenvolvimento economico das nacoes. Nas ultimas decadas, o uso
incessante dos combustıveis fosseis evidenciou os problemas de ordem ambiental
trazidos pelo aumento do consumo dessa fonte de energia. Nesse sentido as fontes
renovaveis de energia representam uma das solucoes mais eficientes e efetivas a longo
prazo para se alcancar o desenvolvimento sustentavel.
Segundo KALOGIROU e SOTERIS (2009), a quantidade de luz solar que atinge
a atmosfera do planeta Terra continuamente e da ordem de 1.75 × 105 TWh. Sa-
bendo que a atmosfera e coberta por nuvens que retem parte dessa luz solar, deve-se
considerar que apenas 60% desse valor atinge realmente a superfıcie da Terra. Se 1%
dessa irradiacao pudesse ser convertida em energia eletrica, com uma eficiencia de
10%, o sol poderia prover cerca de 105 TWh de energia, enquanto que a estimativa
de demanda total de energia para o mundo em 2050 esta projetada para ser algo
entre 25 e 30 TWh.
A primeira tecnologia solar que demonstrou potencial na malha energetica foi a
energia termica solar utilizando coletores concentradores. Desde 1985, na California,
se encontram em operacao as plantas de energia solar termica, denominadas SEGS
(Solar Energy Generating Systems). Com um total de nove SEGS, as plantas pro-
duzem em conjunto um total de 354 MWe.
Apesar do desenvolvimento precoce da tecnologia CSP (Concentrated Solar
Power), atualmente ha poucos projetos em andamento deste tipo de tecnologia.
Isso se deve, principalmente, a competicao imposta pelo rapido desenvolvimento da
tecnologia solar fotovoltaica. Como exemplo, pode-se citar os Estados Unidos que,
em 2014, apesar de ter completado o projeto de tres grandes plantas CSP, totalizando
mais de 900 MW, cancelaram ou atrasaram projetos deste tipo de tecnologia para
ceder espaco as fotovoltaicas (IEA (2015)). Esses atrasos/cancelamentos oferecem
pouco espaco para a tecnologia de concentracao solar manter o ritmo da tecnologia
fotovoltaica, que vem atingindo grandes reducoes de custo nos ultimos anos. Vale
1
Tabela 1.1: Caracterısticas das 9 plantas SEGS da California
PlantaAno de
Operacao
PotenciaLıquida(MWe)
Temperaturade Saıda doFluido (oC)
Area deCampo Solar
(mil m2)
Eficienciada TurbinaSolar (%)
Eficienciada TurbinaFossil (%)
ProducaoAnual
(MWh)
SEGS I 1985 13,8 307 83 31,5 - 30.100SEGS II 1986 30 316 190 29,4 37,3 80.500SEGS III 1987 30 349 230 30,6 37,4 92.780SEGS IV 1987 30 349 230 30,6 37,4 92.780SEGS V 1988 30 349 250 30,6 37,4 91.820SEGS VI 1989 30 390 188 37,5 39,5 90.850SEGS VII 1989 30 390 194 37,5 39,5 92.646SEGS VIII 1990 80 390 464 37,6 37,6 252.750SEGS IX 1991 80 390 484 37,6 37,6 256.125
Fonte: KALOGIROU e SOTERIS (2009)
a ressalve que, mesmo perdendo espaco para a tecnologia fotovoltaica, observou-se
um salto consideravel da capacidade instalada de CSP entre 2012 e 2015, como pode
ser vista na Figura 1.2.
Entretanto, a longo prazo, a perspectiva em relacao a tecnologia CSP tende a
melhorar, uma vez que essa tecnologia e uma das poucas fontes de baixo carbono
que opera com flexibilidade, quando incluıdo no projeto o armazenamento de energia
termica. Essa despachabilidade torna-se ainda mais valiosa com o passar dos anos, ja
que a quantidade de energia gerada pelas mais variaveis fontes renovaveis aumenta.
Figura 1.1: SEGS (Solar Energy Generating Systems)
Fonte: MALAGUETA (2013)
Alem da abundancia de energia fornecida pelo sol, os sistemas que usufruem deste
tipo de energia, como os fotovoltaicos e o solar termico, tambem oferecem vantagens
em relacao a geracao eletrica que utilizam fontes convencionais de energia. Desde a
2
instalacao a operacao, os benefıcios se resumem, principalmente, em duas grandes
categorias: de ordem ambiental e de ordem socio-economica.
O uso de tecnologias de energia solar trazem consigo as seguintes vantagens de
ordem ambiental (ABU-ZOUR e RIFFAT (2006)):
• Exigencia reduzida de linhas de transmissao dentro da rede de eletricidade
• Melhora na qualidade dos recursos hıdricos, uma vez que plantas hidreletricas
e nucleares necessitam ser instaladas em rios e proximas a fontes de agua
• Recuperacao das terras degradadas, pois o impacto ao meio ambiente para
se instalar uma planta que utiliza a tecnologia de captacao de energia solar e
bem menor que o impacto causado por uma termoeletrica ou hidreletrica, por
exemplo
• Reducao da emissao de gases de efeito estufa e gases toxicos
Em relacao aos benefıcios socio-economicos, as tecnologias que utilizam a energia
solar trazem:
• Criacao de oportunidades de emprego
• Diversificacao e estabilidade do suprimento de energia
• Aceleracao da ligacao de rede eletrica em comunidades rurais isoladas
• Restruturacao do mercado de energia devido a penetracao de uma nova tec-
nologia
Segundo ainda IEA (2007), mais de 40% do consumo de energia mundial e utili-
zada para operacoes prediais, ou seja: aquecimento, refrigeracao, eletricidade e ilu-
minacao. Se estratificarmos o consumo de energia para cada aplicacao de um predio
comercial, observamos que, em media, 55% da energia utitlizada nessas operacoes
e voltada para HVACR (Heating, Ventilation and Air Conditioning Refrigeration)
(CBECS (2012)). O consumo estratificado pode ser visto na Figura 1.3.
3
Figura 1.2: Plantas CSP instaladas e planejadas por paısFonte: Adaptado de IEA (2015)
Figura 1.3: Estratificacao do Consumo de Energia (Predios Comerciais)
Fonte: Adaptado de CBECS (2012)
4
1.1 Motivacao
Como visto anteriormente, grande parte do consumo energetico do planeta e
voltado para areas aquecimento, ventilacao e ar condicionado. Como o Brasil e um
paıs cujo clima e predominantemente tropical/equatorial, tem-se um consumo maior
de energia voltado para ar condicionado, ventilacao e refrigeracao. Portanto, o uso
de energias renovaveis para estas aplicacoes trariam uma notoria reducao do uso de
combustıveis fosseis para tais fins.
O uso de energia solar para operar ciclos de resfriamento vem sendo aplicado com
duas finalidades: garantir refrigeracao para preservacao de alimentos e para conforto
termico em predios e instalacoes. O condicionamento de ar atraves de energia solar
pode ser obtido atraves de ciclos de absorcao, ciclos dessecantes ou processos solar-
mecanico. Dentro dessas classes pode haver muitas variacoes, como por exemplo:
uso de ciclos contınuos ou intermitentes, armazenamento de energia a quente ou a
frio, estrategias de controle, tipos de coletores e etc.
Vale destacar que, assim como o aquecimento, a refrigeracao e um processo cus-
toso. Logo, um bom projeto e construcao de uma edificacao e de grande importancia
para minimizar as cargas nos sistemas de condicionamento de ar e nos sistemas de
aquecimento. A preocupacao deste trabalho e referente as cargas termicas que nao
podem ser evitadas atraves do projeto da instalacao.
Em 2014, a operadora de telefonia celular MTN inaugurou, na Africa do Sul,
a primeira planta do continente africano de concentradores solares com objetivo
de resfriamento/refrigeracao. Composta por 242 espelhos, a planta localizada em
Roodepoort tem capacidade de pico de 330 kW de resfriamento.
Figura 1.4: Planta de Concentradores Solares da Empresa MTN
Fonte: RAMAYIA (2014)
5
Ao observar o mapa mundial de radiacao solar, e possıvel perceber uma alta
incidencia de raios solares no continente africano, tornando essa area um forte po-
tencial para instalacoes de plantas de energia solar.
Analisando o ındice de incidencia solar do territorio brasileiro, destaca-se uma
pequena faixa da regiao nordeste onde esses ındices sao semelhantes ao do continente
africano. Nessa faixa encontra-se uma excelente oportunidade de captar a energia
proveniente do sol atraves de fazendas solares.
Figura 1.5: Mapa Mundial de Incidencia Solar
Fonte: SOLARGIS (2013)
1.2 Objetivos
O objetivo deste trabalho e modelar um software utilizando a linguagem de
programacao Python para determinar a tecnologia mais adequada de concentracao
solar para um sistema de refrigeracao de Brometo de Lıtio e fornecer ao usuario a
informacao da area necessaria para instalacao dos coletores, com base na tecnologia
de cilindros-parabolicos.
1.3 Organizacao do Trabalho
Nos capıtulos 2 e 3 faz-se a revisao da teoria necessaria para fundamentar este
o trabalho. No capıtulo 2, recorda-se a teoria sobre os sistemas de concentradores
solares, bem como a forma de armazenamento de energia. Ja no capıtulo 3 e revisado
os sistemas de refrigeracao.
No capıtulo 4 sao apresentadas as equacoes e as condicoes utilizadas para se
modelar uma Ciclo de Absorcao por Brometo de Lıtio. Este capıtulo apresenta as
6
equacoes de Balanco de Massa e de Balanco de Energia. Neste mesmo capıtulo
tambem e apresentado o funcionamento do software, bem como as telas que serao
apresentadas ao usuario final. Faz-se uma correlacao com o capıtulo 3, evidenciando
como serao aplicadas as equacoes e condicoes la apresentadas, desde a aplicacao das
informacoes de inputs pelo usuario ate o resultado final.
No capıtulo 5 chega-se as conclusoes e sugere-se possıveis continuacoes e estudos
deste trabalho.
Finalmente, o ultimo capıtulo e dedicado a secao pos-textual - referencias, anexos
e apendices.
7
Capıtulo 2
Tecnologias CSP
Como apresentado no final do capıtulo anterior, a secao 2 deste trabalho destina-
se a realizar uma revisao sobre as tecnologias utilizadas para se captar o calor do
sol.
2.1 Historia da energia solar termica concentrada
Segundo KALOGIROU e SOTERIS (2009), a energia solar e a fonte de energia
mais antiga a ser utilizada. Muitas civilizacoes da antiguidade adoravam o sol como
uma entidade divina. Alem disso, a primeira aplicacao pratica conhecida deste tipo
de energia foi a preservacao de alimentos atraves da cura.
Ja o primeiro registro confirmado da utilizacao da energia solar utilizando cole-
tores concentradores e referente ao seculo XVIII. Fornalhas solares, construıdas de
ferro polido, lentes de vidro e espelhos, eram empregadas para fundir ferro, cobre e
outros metais e sua aplicacao se estendiam pela Europa e o Oriente Medio.
8
Figura 2.1: Fornalha solar utilizada por Lavoisier em 1774
Fonte: KALOGIROU e SOTERIS (2009)
A Figura 2.1 representa a primeira fornalha solar com aplicacao em larga escala,
construıda pelo renomado quımico frances Antoine Lavoisier por volta de 1774.
Ele utilizou em sua fornalha duas lentes, cujas dimensoes eram 1,32 m e 0,2 m
de diametro, para focalizar os raios solares e, assim, atingir uma temperatura de
1.750oC.
Em meados da decada de 30 surgiu outra area de interesse na aplicacao da
energia solar: aquecimento residencial com agua quente atraves de um sistema de
radiacao. Esta ideia ganhou forca na segunda metade da decada de 40. Ate essa
epoca, milhoes de residencias eram aquecidas por boilers alimentados pela queima
de carvao.
Entretanto o grande salto para o desenvolvimento de fontes alternativas de ener-
gia foi a ocorrencia do primeiro e segundo choques do petroleo, em 1973 e 1978
respectivamente. A primeira planta solar comercial foi instalada, por exemplo, em
1979 no Novo Mexico (KALOGIROU e SOTERIS (2009)).
De la pra ca diversas empresas e paıses estao empenhados no investimento de
energias alternativas para fugir da dependencia dos combustıveis fosseis.
2.2 Coletores de energia solar
A maior parte da eletricidade mundial hoje, seja ela gerada por carvao, gas,
energia nuclear, petroleo ou biomassa, e gerada a partir do aquecimento de um
fluido para movimentar uma turbina e, posteriormente, um gerador. Tecnologias de
9
coletores solares fornecem uma fonte de calor alternativa. A energia do sol coletada
e transportada do fluido circulante diretamente para o equipamento condicionador
de ambiente ou para os tanques de armazenamento de energia termica, de onde a
energia pode ser retirada para ser utilizada durante a noite ou em dias nublados
(IEA (2015)).
Em suma, os coletores solares podem ser classificados em dois tipos: nao-
concentradores e concentradores. Para selecionar o tipo de coletor, deve ser con-
siderada a faixa de temperatura que o sistema exige. Coletores concentradores, por
exemplo, sao mais indicados para aplicacoes de maior temperatura. Os coletores so-
lares tambem podem ser distinguidos pelo tipo de fluido trabalho utilizado (agua, ar,
oleo ou lıquido nao congelantes) e se eles sao cobertos ou descobertos (KALOGIROU
e SOTERIS (2009)).
A Tabela 2.1 mostra o resumo dos tipos de coletores solares e as faixas de tem-
peratura que atuam.
Tabela 2.1: Coletores de Energia Solar
Movimento Coletor ReceptorTaxa de
Concentracao
Faixa de
Temperatura (oC)
Estacionario
Solar Plano Plano 1 30 a 80
Tubular a Vacuo Plano 1 50 a 200
Parabolico Composto Tubular 1 60 a 240
Rastreamento
em 1 eixo
5-15 60 a 300
Refletor Linear
FresnelTubular 10-40 60 a 250
Cilindro
ParabolicoTubular 10-85 60 a 400
Rastreamento
em 2 eixos
Disco Parabolico Pontual 600-2000 100 a 1500
Heliostato
(Torre Central)Pontual 300-1500 150 a 2000
Fonte: Baseado em (KALOGIROU e SOTERIS (2009), SORIA (2011)).
Recopilacao e elaboracao propria.
2.3 Coletores estacionarios
Como visto anteriormente, os coletores de energia solares sao diferenciados basi-
camente pelo seu movimento - estacionario, rastreamento de um eixo e rastreamento
de dois eixos - e pela temperatura de operacao.
Primeiramente serao apresentados, de forma resumida, os coletores solares esta-
cionarios, ou seja, os coletores fixos em uma determinada posicao e que nao rastreiam
10
o posicionamento solar. Os tres principais tipos de coletores enquadrados nesta ca-
tegoria sao:
• Coletores solares planos
• Coletores tubulares a vacuo
• Coletores parabolicos compostos
2.3.1 Coletores de placa plana
A Figura 2.2 ilustra um coletor solar plano bem comum no mercado. Uma
grande quantidade de energia solar proveniente da radiacao e absorvida pela placa
e transferida para o meio de transporte (um fluido no interior dos tubos) para ser
carregada para o uso final ou para fins de armazenagem. Estes tubos sao geralmente
soldados na placa de absorcao para maior aproveitamento da radiacao absorvida.
Figura 2.2: Esquema de um coletor solar plano
Fonte: Adaptado de KALOGIROU e SOTERIS (2009)
Como vantagens deste tipo de coletor podemos citar seu baixo custo em relacao
aos concentradores, a capacidade de coletar tanto a radiacao direta quanto a difusa
e pelo fato de nao necessitarem de um sistema de rastreamento solar.
2.3.2 Coletores parabolicos compostos
Os concentradores parabolicos compostos podem aceitar radiacao que chega de
uma variedade relativamente grande de angulacoes. Eles sao compostos de multiplos
refletores internos, fazendo com que qualquer radiacao que adentre a abertura, desde
que incida no angulo aceitavel pelo coletor, tenha seu caminho direcionado para a
superfıcie do absorvedor, localizado no fundo do equipamento.
O absorvedor pode ser confeccionado em diversas geometrias e configuracoes. As
mais usuais sao as lisas, bifaciais, em forma de cunha e tubular, como pode ser vista
na Figura 2.3.
11
Figura 2.3: Configuracoes de coletores parabolicos compostos
Fonte: Adaptado de KALOGIROU e SOTERIS (2009)
2.3.3 Coletores tubulares evacuados
Estes tipos de coletores operam de maneira diferente dos demais coletores apre-
sentados - e dos que serao apresentados ao longo deste capıtulo. Estes equipamentos
consistem de um duto com alta eficiencia de conducao de calor posicionado no in-
terior de um tubo selado a vacuo. Esse duto e fixado juntamente as aletas de cobre
preto, que funcionam como absorvedores - Figura 2.4.
Os coletores tubulares evacuados funcionam da seguinte maneira: os dutos pos-
suem em seu interior um fluido (como o metanol, por exemplo) que, ao ser aquecido,
evapora ate alcancar a regiao dissipadora de calor por onde escoa um outro fluido de
trabalho. Apos ocorrer a troca de calor, o fluido condensa retornando ao seu estado
inicial.
12
Figura 2.4: Desenho esquematico dos coletores tubulares a vacuo
Fonte: Adaptado de KALOGIROU e SOTERIS (2009)
2.4 Mecanismos de rastreamento solar
Segundo KALOGIROU e SOTERIS (2009), os mecanismos de rastreamento de-
vem ser confiaveis e devem permitir seguir o movimento do sol com um certo grau de
acuracidade , mesmo em perıodos em que o ceu fique encoberto por nuvens. Alem
disso, os mecanismos devem retornar o coletor para sua posicao original no final do
dia ou durante a noite a fim de reiniciar o ciclo no dia seguinte.
Alem disso, o sistema de rastreamento tambem e utilizado como mecanismo de
protecao, desviando o concentrador do foco em caso de superaquecimento, rajadas
de vento e falhas no mecanismo de escoamento do fluido (DUFFIE e BECKMAN
(2006)).
Os mecanismos podem ser divididos nas seguintes categorias:
• Sistemas mecanicos
• Sistemas eletro-eletronicos - estes sao mais confiaveis e acurados
– Podem ser baseados em sensores que detectam a intensidade da ilu-
minacao solar para controlar o atuador que posiciona o coletor;
– Ou em mecanismos baseados em sensores que medem o fluxo solar no
receptor;
– Ou ainda sem nenhum tipo de sensor, operando apenas baseado em um
algoritmo matematico que calcula a posicao do sol em funcao da data e
hora e da localizacao da planta.
13
2.5 Coletores concentradores com rastreamento
solar
Temperaturas acima daquelas obtidas pelos paineis planos podem ser atingidas
se uma grande quantidade de radiacao solar for concentrada em uma pequena area.
Isso pode ser feito posicionando um dispositivo optico entre a fonte de radiacao a
superfıcie absorvedora de energia. Esta tecnologia usa luz solar direta, chamado
”radiacao do feixe”ou irradiacao normal direta (DNI do ingles).
Segundo ABU-ZOUR e RIFFAT (2006), as principais vantagens dos coletores
concentradores sao:
• O fluido de trabalho pode atingir maiores temperaturas nos sistemas concen-
tradores em comparacao aos sistemas de paineis planos. Isso significa uma
maior eficiencia termodinamica.
• A eficiencia termica e superior devido a menor area de perda de calor em
relacao a area do receptor.
• Superfıcies refletoras requerem menos material e estruturalmente mais simples
em comparacao aos coletores de paineis planos. Para o coletor concentrador,
o custo por unidade de area da superfıcie coletora e portanto menor do que a
do coletor de painel plano.
Em contrapartida os coletores concentradores apresentam as seguintes desvanta-
gens:
• Sistemas concentradores coletam muito pouco a radiacao difusa, dependendo
da taxa de concentracao.
• Necessitam de algum tipo de mecanismo de rastreamento solar para permitir
que o coletor acompanhe a trajetorio do sol.
• As superfıcies refletoras solares podem perder sua refletancia com o tempo,
alem de requisitarem uma manutencao e limpeza periodica.
2.5.1 Coletores Fresnel
Os coletores Fresnel possuem duas variacoes: as lentes coletoras e os refletores
lineares. A primeira configuracao e formada por um material plastico moldado
com o objetivo de focar os raios solares em um ponto onde se localiza o receptor.
Ja a segunda configuracao e bem similar aos concentradores cilındrico-parabolicos,
porem os coletores refletores nao precisam ter formato cilındrico. O receptor nos
refletores lineares Fresnel esta instalado em uma estrutura independente da estrutura
14
de suporte das superfıcies refletoras, sendo, portanto, um receptor fixo, que nao se
movimenta juntamente com os coletores solares quando estes rastreiam a radiacao
solar ao longo do dia (BURGI (2013)).
As Figuras 2.5 e 2.6 ilustram o princıpio de ambas as configuracoes.
Figura 2.5: Esquema da configuracao de lentes coletoras
Fonte: Adaptado de KALOGIROU e SOTERIS (2009)
Figura 2.6: Esquema da configuracao de refletores linearesFonte: Adaptado de KALOGIROU e SOTERIS (2009)
2.5.2 Concentradores cilındrico-parabolicos
Os coletores cilındrico-parabolicos sao tecnologias de baixo custo e de estrutura
leve com capacidade de produzir calor a temperaturas entre 50oC e 400oC. Eles
sao fabricados a partir da dobra de uma chapa de material reflexivo em formato de
parabola. Os raios solares incidem no material reflexivo e sao refletidos para o tubo
receptor, transferindo calor da radiacao solar para o fluido de trabalho, como pode
ser visto na Figura 2.7.
15
Figura 2.7: Esquema de um coletor cilındrico-parabolico
Fonte: Adaptado de KALOGIROU e SOTERIS (2009)
O receptor de um concentrador cilındrico-parabolico e linear. Normalmente e
constituıdo de um tubo localizado na linha focal dos concentradores. A superfıcie
do receptor e geralmente revestida com um material que possui alto coeficiente de
absorcao para radiacao solar mas com baixa emitancia para evitar perda termica
por radiacao. Alem disso, um tubo de vidro e usualmente colocado ao redor do tubo
receptor para reduzir as perdas de calor por conveccao e, consequentemente, diminuir
o coeficiente de perda de calor. Entretanto a cobertura do tubo de vidro apresenta
uma desvantagem: a luz refletida pelo concentrador encontra um ”obstaculo”a mais
para transpor e atingir o absorvedor. Os elementos de um concentrador cilındrico-
parabolico podem ser vistos claramente na Figura 2.8.
Figura 2.8: Concentrador cilındrico-parabolico
Fonte: NEWS (2009)
Novos estudos na area de coletores cilındrico-parabolicos buscam reduzir custos
e melhorar as tecnologias empregadas neste sistema. Um dos estudos, por exemplo,
e um coletor que pode ser lavado automaticamente, reduzindo drasticamente o custo
de manutencao (IRENA (2012)).
16
2.5.3 Concentradores disco-parabolicos
O refletor de disco parabolico, mostrado esquematicamente pela Figura 2.9, e
um coletor que concentra a energia solar em um receptor localizado no ponto focal
da parabola. A estrutura do disco utiliza o rastreamento em dois eixos para manter
continuamente a concentracao dos raios solares no receptor termico.
O receptor esta acoplado a estrutura dos coletores solares e se move junto com a
estrutura quando a mesma realiza movimenta-se rastreando a energia solar. Neste
tipo de tecnologia CSP, o gerador, usualmente um motor stirling ou uma micro
turbina, esta acoplado ao receptor (IEA (2010)).
Segundo IRENA (2012), este fato constitui uma das principais vantagens na
utilizacao da tecnologia de concentradores disco-parabolicos, pois a localizacao do
gerador, geralmente acoplado ao receptor do disco, contribui para menores perdas
de energia termica
Figura 2.9: Esquema de um concentrador disco-parabolico
Fonte: Adaptado de KALOGIROU e SOTERIS (2009)
2.5.4 Campo de coletores de heliostatos (coletor central)
A tecnologia torre solar, tambem denominada coletor central, faz uso de su-
perfıcies refletoras planas, denominadas heliostatos, que concentram a radiacao so-
lar direta normal em um ponto focal na parte superior de uma torre. Os espelhos
planos sao montados em estruturas capazes de movimentar pelo eixo vertical e pelo
eixo horizontal (rastreamento em dois eixos), uma vez que o receptor na tecnologia
CSP torres solar se encontra fixo (BURGI (2013)).
Um esquema do campo de coletores de heliostatos pode ser visto na Figura 2.10.
17
Figura 2.10: Esquema de um campo de coletores de heliostatos
Fonte: Adaptado de KALOGIROU e SOTERIS (2009)
18
Capıtulo 3
Sistema de Refrigeracao
Este capıtulo e dedicado a realizar uma revisao acerca do conteudo de Sistemas de
Refrigeracao. Inicialmente sera realizado uma introducao aos sistemas de absorcao
para, em seguida, apresentar as configuracoes e arranjos deste tipo de sistema.
3.1 Sistema de refrigeracao por absorcao
O ciclo de absorcao, assim como o ciclo por compressao mecanica de vapor, tem
por finalidade absorver calor de um meio atraves da evaporacao de um refrigerante.
Esse refrigerante tem sua pressao elevada, possibilitando rejeitar o calor absorvido
em outro meio, atraves da condensacao. Para que esta rejeicao de calor ocorra, e
necessario a insercao de um insumo energetico.
A singularidade do sistema por absorcao se encontra no modo na qual esta energia
e entregue ao fluido refrigerante para que este atinja os estados termodinamicos
desejados. No ciclo por compressao mecanica, o refrigerante segue a um compressor
apos sair do evaporador. Este compressor e acionado atraves de um motor eletrico
e nele o fluido tem sua temperatura e pressao elevadas simultaneamente.
19
Figura 3.1: Ciclo de Refrigeracao por Compressao
Fonte: Adaptado de VAN WYLEN et al. (1995)
No entanto, no ciclo de absorcao, ao inves de circular apenas o refrigerante,
tem-se tambem uma solucao absorvente. Alem disso, o compressor e substituıdo
basicamente por outros tres componentes:
• Absorvedor – Equipamento onde a solucao em estado lıquido absorve o refri-
gerante, que se encontra no estado gasoso. Neste processo ocorre um aumento
significativo de temperatura, sendo por isso necessario um sistema de resfria-
mento
• Bomba de recirculacao – Equipamento onde a mistura tem sua pressao elevada
• Gerador – Equipamento onde ocorre a separacao da mistura (dessorcao)
atraves da injecao de calor no sistema.
20
Figura 3.2: Diferencas entre o Ciclo de Compressao e o Ciclo de Absorcao
Segundo KUEHN et al. (1988), o aumento de componentes no sistema apenas
para substituir o compressor tem suas desvantagens, como o aumento de peso e
tamanho do equipamento, por exemplo. Entretanto, no ciclo de refrigeracao por
compressao, o compressor trabalha com um lıquido em estado gasoso e, pelo fato
do fluido possuir alta compressibilidade, acaba exigindo cerca de cem vezes mais
trabalho do que aquele requisitado pelo sistema de absorcao.
3.2 Princıpio de operacao dos chillers de absorcao
O princıpio basico de operacao de um chiller de absorcao pode ser visto na Figura
3.3. Dois vasos evacuados estao conectados entre si. O vaso da esquerda contem
refrigerante lıquido enquanto o vaso da direta contem uma solucao binaria de re-
frigerante/absorvente. A solucao do lado direito absorve o vapor do refrigerante
proveniente do vaso esquerdo ao receber calor de uma fonte externa, causando uma
reducao da pressao. Enquanto o vapor do refrigerante e absorvido pela solucao, a
temperatura do refrigerante restante do vaso esquerdo se reduz devido a sua vapo-
rizacao. Esse processo resulta na ocorrencia do efeito de ”refrigeracao”no interior
do vaso da esquerda. Simultaneamente, a solucao do vaso da direita se torna mais
diluıda a medida que o refrigerante e absorvido. Este processo e chamado de ”ab-
sorcao”. Normalmente o fenomeno de absorcao e um processo exotermico, ou seja,
necessita rejeitar calor para o ambiente para que manter sua capacidade de absorcao.
Sempre que houver a interrupcao do processo de absorcao devido a saturacao
do refrigerante, este deve ser separado da solucao diluıda. Normalmente a chave
21
para o processo de separacao e o calor. O esquema da direita procura ilustrar o
processo: e aplicado calor no vaso da direta com o intuito de secar o refrigerante da
solucao. Ao chegar no vaso da esquerda, o vapor refrigerante e condensado devido
a transferencia de calor com as paredes do vaso.
Figura 3.3: (a)Processo de absorcao ocorre no vaso da direita causando o efeito
de resfriamento no vaso da esquerda; (b)Processo de separacao ocorre no vaso da
direita como resultado da insercao de energia de uma fonte de calor externa.
Fonte: Adaptado de SRIKHIRIN et al. (2001)
Com esses dois processos o efeito de refrigeracao pode ser produzido utilizando
energia em forma de calor. Entretanto o efeito de resfriamento nao, uma vez que
os processos nao podem ser realizados simultaneamente. Assim, um ciclo de re-
frigeracao por absorcao e a combinacao destes dois processos, como mostrado na
Figura 3.4. Este esquema e uma representacao basica do processo de refrigeracao
por absorcao, uma vez que o ciclo real possui componentes extras que serao apre-
sentados ao longo do texto. Estes componentes extras tem como objetivo reduzir a
demanda pelo ciclo por calor de uma fonte externa.
Alem disso, como o processo de separacao ocorre a pressoes maiores do que o
processo de absorcao, uma bomba e necessaria para circular a solucao.
22
Figura 3.4: Princıpio basico de operacao dos chillers de absorcao
Fonte: Adaptado de SRIKHIRIN et al. (2001)
3.3 Coeficiente de Performance (COP)
Geralmente utiliza-se o Coeficiente de Performance (COP) para quantificar o
desempenho do ciclo de absorcao. Para refrigeracao, este coeficiente adimensional e
definido como a razao entre a capacidade de refrigeracao do ciclo (Qevaporador) sobre
a quantidade de energia necessaria fornecer para o ciclo para que o processo ocorra
(Qgerador e Wbomba).
COPabsorcao =Qevaporador
Qgerador + Wbomba
(3.1)
Contudo o trabalho realizado pela bomba (Wbomba) e muito pequeno, quando
comparado a transferencia de calor dos outros componentes. Por isso, torna-se
possıvel negligenciar seu efeito na Equacao 3.1. Desta forma, o valor para o COP
pode ser determinado pela Equacao 3.2.
COPabsorcao =Qevaporador
Qgerador
(3.2)
23
3.4 Fluidos de trabalho
O fluido de trabalho em um ciclo de refrigeracao por absorcao e um solucao
binaria consistindo de um refrigerante e um absorvente. Segundo ASHRAE (2009),
diversas caracterısticas sao necessarias ou desejadas para selecionar um par absor-
vente/refrigerante adequado, tais como:
• Ausencia de Fase Solida - o par refrigerante/absorvente nao deve solidificar
na faixa de composicoes e temperaturas existente nas condicoes de operacao do
sistema de absorcao, pois isto poderia ocasionar uma parada do equipamento.
Para prevenir operacoes acima da faixa aceitavel de solubilidade, deve-se uti-
lizar sistemas de controles.
• Volatilidade Relativa - o refrigerante deve ser muito mais volatil do que o
absorvente para que a haja uma facil separacao entre eles. Caso contrario,
maior insumo energetico e, consequentemente, maior custo serao necessarios.
• Afinidade - o absorvente deve possuir grande afinidade quımica pelo refrige-
rante nas condicoes em que o processo de absorcao ocorre. Uma forte afinidade
permite que pouca quantidade de absorvente seja circulado para um mesmo
efeito de refrigeracao, reduzindo perdas de energia devido aos efeitos de va-
riacao de temperatura e reduzindo tambem o tamanho do trocador de calor
que transfere calor do absorvente para a solucao refrigerante-absorvente.. Em
compensacao, conforme a relacao de afinidade aumenta, ha a necessidade do
consumo adicional de energia no gerador para separar o refrigerante do absor-
vente, afetando diretamente o COP (Coeficiente de Performance).
• Pressao - pressoes de operacao, estabelecidas pelas propriedades termo-
dinamicas do refrigerante devem ser moderadas. Pressoes elevadas requerem
o emprego de equipamentos com paredes espessas e maior consumo eletrico no
bombeamento do fluido. Pressoes baixas (vacuo) demandam equipamentos de
maior volume e meios especiais de reducao da perda de carga no escoamento
do refrigerante na fase de vapor.
Os chillers de absorcao com maior emprego comercial operam em, sua maioria,
com o par agua-amonia (H2O-NH3) ou com o par agua-brometo de lıtio (H2O-LiBr).
Estes pares possuem os melhores compromissos de desempenho termodinamico e nao
tem efeito ambiental prejudicial conhecido (zero ODP - ozone depletion potential - e
zero GWP - global warming potential). No entanto, o par agua-brometo de lıtio nao
pode operar a temperaturas iguais ou inferiores a 0 oC por efeitos de congelamento,
sendo este par mais adequado para condicionamento de ambientes. Ja o par agua-
amonia e utilizado em sistemas de refrigeracao.
24
Alem de nao terem nenhum efeito ambiental prejudicial conhecido, os chillers de
absorcao ainda possuem as seguintes vantagens (SHECCO (2012)):
• O consumo de energia eletrica e de apenas 1/20 - 1/10 de um chiller do tipo
compressao de vapor;
• Arrefecem a agua abaixo de 9 oC;
• Alta confiabilidade e baixa manutencao;
• A ausencia de compressor resulta em menos ruıdo e operacao livre de vibracao;
• Podem ser alimentados por fontes de calor renovaveis;
• Sistema de operacao de baixa pressao considerado seguro;
• Excelente caracterısticas de operacao sob carga parcial.
3.5 Diferentes arranjos de ciclos de refrigeracao
por absorcao
Como o foco deste trabalho e a modelagem de um software destinado a um
sistema de refrigeracao que opere com H2O-LiBr, serao apresentados os principais
arranjos para este tipo de ciclo. Sao eles: sistemas de simples efeito, de duplo efeito
e de triplo efeito.
3.5.1 Sistemas de simples efeito
O sistema de simples efeito consiste basicamente nos componentes ilustrados na
Figura 3.4. Seu funcionamento pode ser descrito conforme explicado na secao 3.2.
No caso de utilizacao de energia solar, a fonte de calor de alta temperatura fornecida
para o gerador e proveniente da agua quente aquecida atraves da troca de calor com
o fluido que escoa pelos coletores solares. Com o objetivo de melhorar a perfor-
mance deste ciclo e exigir menor quantidade de calor da fonte quente, geralmente
e empregado um trocador intermediario de calor, denominado Regenerador. Este
componente promove a troca de calor entre a solucao rica (elevada concentracao de
LiBr) e a solucao pobre (baixa concentracao de LiBr).
A Figura 3.5 pode ser vista para maior entendimento do que foi descrito acima.
Este diagrama de blocos esta construıdo como se estivesse superposto no Diagrama
de Duhring do fluido de trabalho. Isto e, as posicoes dos componentes indicam as
temperaturas relativas, pressao e fracao massica, como indicado pelas coordenadas
situadas no canto inferior esquerdo da Figura 3.5
25
Figura 3.5: Ciclo esquematico de um chiller de absorcao de simples efeito de brometo
de lıtio/agua
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
Detalhes adicionais podem ser observados utilizando o esquema de uma maquina
que utiliza este tipo de arranjo - Figura 3.6. O equipamento consiste de duas cas-
cas cilındricas, cada uma comportando dois componentes que operam nas mesmas
pressoes.
26
Figura 3.6: Ilustracao de um equipamento de absorcao de simples efeito de brometo
de lıtio/agua
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
Uma das limitacoes dos ciclos de absorcao de simples efeito vem da impossi-
bilidade de tirar maior proveito da qualidade do calor da fonte de calor de alta
temperatura, a fim de alcancar maiores coeficiente de performance (COP).
3.5.2 Sistemas de duplo efeito
Devido ao relativamente baixo coeficiente de performance (COP) associado aos
sistemas de simples efeito, torna-se muito difıcil competir economicamente com os
sistemas convencionais de refrigeracao por compressao.
Para alcancar maior performance no ciclo de refrigeracao e necessario modelar
um ciclo que se aproveite da maior qualidade do calor oferecido pela fonte de calor
de alta temperatura. Com esse objetivo, foram desenvolvidos os sistemas de duplo
efeito.
Este ciclo inclui dois trocadores de calor de solucao que exercem um papel bem
semelhante ao trocador de calor descrito no ciclo de simples efeito. Entretanto este
arranjo apresenta o diferencial de possuir um trocador de calor interno conectando
o Condensador de alta pressao e o Gerador de baixa pressao. Na pratica, essa troca
de calor interna e alcancada incorporando estes dois componentes em apenas um
27
dispositivo, sendo um lado do trocador de calor o Condensador de alta pressao e do
outro lado do trocador, o Gerador de baixa pressao.
A Figura 3.7 representa esquematicamente o ciclo operando na configuracao de
duplo efeito.
Figura 3.7: Ciclo esquematico de um chiller de absorcao de duplo efeito de brometo
de lıtio/agua
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
O calor inserido num equipamento de duplo efeito ocorre a uma temperatura
muito maior do que a temperatura do simples efeito. Gracas a esse calor de ”melhor
qualidade”(exergia) e que os equipamentos de duplo efeito conseguem atingir a um
COP superior aos equipamento que operam com o ciclo de simples efeito.
A Figura 3.8 ilustra os equipamentos com o arranjo de duplo efeito.
28
Figura 3.8: Ilustracao de um equipamento de absorcao de duplo efeito de brometo
de lıtio/agua
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
Na Tabela 3.1 e possıvel ver um comparativo entre os sistemas de simples e duplo
efeito.
29
Tabela 3.1: Caracterısticas Tıpicas de Funcionamento para Chiller de Simples e
Duplo Efeito de Queima Indireta de H2O-LiBr
Simples Efeito Duplo Efeito
Pressao de entrada do vapor 60 a 80 kPa 790 kPa
Consumo de vapor (por kW de refrigeracao) 1,48 a 1,51 kW 0,78 a 0,81 kW
COP 0,7 a 0,8 1,1 a 1,2
Temperatura de entrada de agua quente 115 a 132 oC 188 oC
Fluxo de calor no gerador (por kW de refrigeracao) 1,51 a 1,54 kW 0,83 kW
Temperatura de entrada de agua de condensacao 30 oC 30 oC
Vazao de agua de condensacao (por kW de refrigeracao) 0,234 m3/h 0,234 a 0,288 m3/h
Temperatura de saıda de agua gelada 6,7 oC 7 oC
Vazao de agua gelada (por kW de refrigeracao) 0,1548 m3/h 0,1548 m3/h
Energia eletrica (por kW de refrigeracao) 3 a 11 W 3 a 11 W
Capacidade nominal 180 a 5800 kW 350 a 6000 kW
Fonte: Adaptado de ASHRAE (2007)
3.5.3 Sistemas de triplo efeito
A fim de atingir um Coeficiente de Performance (COP) ainda maior, uma ex-
tensao da configuracao do sistema de duplo efeito pode ser , trabalhando em uma
regiao de quarta pressao. O ciclo inclui dois processos internos de troca de calor entre
os condensadores e os geradores, representados na Figura 3.9 pela linhas tracejadas.
30
Figura 3.9: Ilustracao de um equipamento de absorcao de triplo efeito de brometo
de lıtio/agua
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
Entretanto o principal desafio associado a essa concepcao esta ligado a corrosao
e material. O arranjo do sistema de triplo efeito implica em maiores temperaturas.
A base termodinamica para se alcancar um maior Coeficiente de Performance vem
da qualidade de calor da fonte quente de temperatura (exergia) e tambem de um
conjunto maior de trocas termicas, integracao energetica, reduzindo a diferenca de
temperatura em cada processo.
A pressao final deste arranjo tambem e um ponto que merece destaque neste tipo
de ciclo de refrigeracao. Alguns projetos apresentam o ponto de pressao maxima
maior do que a pressao atmosferica. Esta caracterıstica tambem se traduz em
condicoes especiais de projeto do equipamento.
O aumento percentual no COP de resfriamento obtido na substituicao do ciclo de
duplo efeito para o de triplo efeito e menor, quando comparado aos valores obtidos
pela mudanca do simples para o duplo efeito.
Os tradeoffs de projeto que resultam numa performance reduzida estao geral-
mente ligados aos aspectos economicos. Primeiramente o custo destas maquinas e
31
um problema no mercado. Alem disso, equipamentos que operam no arranjo do tri-
plo efeito sao mais robustos e volumosos, o que tambem limita a sua procura pelos
compradores.
3.6 Cristalizacao do brometo de lıtio
O brometo de lıtio aquoso esta sujeito a fenomenos inerentes a natureza dos sais,
tal como o processo de cristalizacao. Este fenomeno ocorre quando a fracao massica
do sal excede o limite de solubilidade da solucao, causando sua precipitacao. Essa
precipitacao causa o entupimento do equipamento de refrigeracao, geralmente na
secao do trocador de calor da maquina.
O limite de solubilidade e uma funcao fortemente dependente da fracao massica
(isto e, da concentracao da solucao) e da temperatura, e de fraca dependencia em
relacao a pressao.
As principais causas para ocorrencia desse fenomeno sao:
• Vazamento de ar para o interior da maquina
• Baixa temperatura da agua do Condensador
• Falhas de energia no equipamento de absorcao
Os dois primeiros pontos sao muito semelhantes pois ambos consideram o forne-
cimento de calor para o ponto onde pode ocorrer o processo de cristalizacao. Seja
devido ao vazamento de ar para o interior da maquina ou a agua do condensador
com temperatura muito baixa, a pressao de vapor da agua no evaporador do chiller
de absorcao deve ser menor do que a normal para produzir o resfriamento. Isso forca
o input de calor no equipamento ser maior, a fim de aumentar a concentracao da
solucao.
Agua excessivamente gelada do Condensador (aliado a alta carga termica) pode
tambem causar cristalizacao. Enquanto reduzir a temperatura da agua do Con-
densador aumenta a performance, essa reducao pode tornar a temperatura baixa
o suficiente no trocador de calor a ponto de cristalizar a concentracao. Quedas
repentinas na temperatura da agua do Condensador podem causar o fenomeno de
cristalizacao. Por essa razao, os chillers de absorcao mais recentes sao projetados
para produzir uma temperatura constante na agua do Condensador HEROLD et al.
(2016). Chillers mais modernos possuem controles especiais que limitam o input de
calor para a maquina durante esses perıodos de temperaturas menores na agua do
Condensador.
O Diagrama para a solucao aquosa de LiBr pode ser visto na Figura 3.10. Esse
diagrama e um grafico da temperatura em funcao da fracao massica e revela varias
fronteiras de estados presentes no sistema.
32
Figura 3.10: Diagrama de fase do brometo de lıtio aquoso
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
Segundo ASHRAE (2007), a caracterıstica de cristalizacao do fluido e o maior
obstaculo para o desenvolvimento de uma maquina de absorcao com em brometo de
lıtio resfriada a ar. Devido as diferencas nas caracterısticas de transferencia de calor
dos refrigerantes, resfriamento a ar torna-se um grande desafio, principalmente em
regioes de clima mais quentes.
33
Capıtulo 4
Modelagem do Programa para
Calculo do Ciclo de Absorcao
Neste capıtulo serao abordados os conceitos e premissas para elaboracao do pro-
grama que forneca a tecnologia mais adequada de captacao solar para alimentar um
sistema de refrigeracao com ciclo de absorcao de brometo de lıtio.
Este programa apresenta-se na linguagem Python e utiliza dados fornecidos pelo
usuario para realizar o calculo da temperatura do fluido de trabalho que troca calor
no Gerador do sistema de refrigeracao.
4.1 Modelagem do programa em Python
Diversos softwares podem ser utilizados para analisar um ciclo de absorcao, como
por exemplo o Thermoflow e o Engineering Equation Solver. Contudo estes progra-
mas apresentam um custo de aquisicao elevado e, geralmente, apresentam interfaces
complexas para um usuario com um conhecimento mais basico sobre o assunto.
Python e uma linguagem de programacao de alto nıvel e possui um modelo de
desenvolvimento comunitario, aberto e gerenciado pela organizacao sem fins lucra-
tivos. Alem disso, ele possui varias extensoes que o torna ainda mais poderoso,
sendo possıvel criar interfaces para o usuario bem intuitivas e simples, sem deixar
de contar com uma robusta base de calculo por tras da apresentacao.
4.2 Modelagem matematica para os ciclos de ab-
sorcao
O programa e capaz de calcular as propriedades termodinamica para os ciclos
de simples, duplo e triplo efeito. Entretanto o trabalho apresentara mais detalha-
damente as equacoes utilizadas e as hipoteses consideradas apenas para o ciclo de
34
simples efeito. Esses conceitos poderao ser extrapolados para os outros dois arran-
jos, porem eles deverao conter hipoteses adicionais que serao apresentadas ao longo
do texto.
As propriedades da solucao de H2O-LiBr foram calculadas utilizando as equacoes
dos autores J. Patek e J. Klomfar (PATEK e KLOMFAR (2006a)). Este trabalho foi
publicado no ano de 2006 e possui formulacoes computacionais de alta acuracidade.
As equacoes podem ser vistas no anexo deste trabalho.
Para o calculo das propriedades da agua pura foram utilizadas equacoes dos
mesmos autores supracitados (PATEK e KLOMFAR (2009)). O referido artigo
tambem e recente e e referencia no meio academico.
O processo de criacao de um novo modelo de um ciclo de absorcao pode ser
desafiador pois tem-se uma grande quantidade de equacoes, o que pode gerar certa
confusao na hora de desenvolver um problema bem estruturado. Para evitar cometer
erros, uma estrategia recomendada e quebrar o problema em pequenos sistemas onde
os erros sao mais facilmente detectados.
Para facilitar a visualizacao do ciclo de absorcao de simples efeito, faz-se uso
novamente do diagrama esquematico, utilizado no capıtulo 3 - Figura 4.1
Figura 4.1: Ciclo esquematico de um chiller de absorcao de simples efeito de brometo
de lıtio/agua
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
Primeiramente, a fim de simplificar a analise, algumas hipoteses serao utilizadas:
• Todos os processos ocorrem em regime permanente.
35
• A variacao de pressao no sistema so ocorre nos dispositivos de expansao
(valvulas) e nos dispositivos de compressao (bombas).
• O trabalho da bomba pode ser desprezado e ela pode ser considerada um
equipamento ideal, isto e, ela e isoentalpica e isentropica.
• Os dispositivos de expansao sao adiabaticos.
• As trocas de calor com o ambiente sao desprezıveis.
• O loop do refrigerante e compostos apenas por agua pura, ou seja, nao ha
resquıcios de sal H2O-LiBr.
• As perdas de carga no sistema sao desprezıveis, bem como as variacoes de
energia cinetica e potencial.
O objetivo inicial do programa e buscar as principais propriedades termo-
dinamicas. Sao elas: pressao, temperatura, entalpia e vazao massica.
Essas propriedades sao possıveis de serem calculadas apenas apos os parametros
de entrada informados pelo usuario e com base nas consideracoes hipoteticas, sem
nenhuma analise em qualquer volume de controle do sistema, que podem ser vistas
na tabela abaixo.
Tabela 4.1: Consideracoes hipoteticas para o ciclo de Simples Efeito - Figura 4.1Ponto Estado Nota
1 Solucao lıquido saturado Concentracao de vapor assumida como zero (xv = 0)
2 Solucao lıquido subresfriado Calculado a partir de um modelo isentropico de bomba
3 Solucao lıquido subresfriado Calculado a partir de um modelo de trocador de calor
4 Solucao lıquido saturado Concentracao de vapor assumida como zero (xv = 0)
5 Solucao lıquido subresfriado Calculado a partir de um modelo de trocador de calor
6 Solucao lıquido-vapor Vapor misturado com lıquido passa atraves de uma valvula de expansao
7 Vapor d’agua superaquecido Zero quantidade de sal no conteudo
8 Agua lıquida Saturado Concentracao de vapor assumida como zero (xv = 0)
9 Agua no estado lıquido-vapor Vapor misturado com lıquido passa atraves de uma valvula de expansao
10 Vapor d’agua saturado Concentracao de vapor assumida como 1.0 (xv = 1)
Apos o calculo dos parametros citados, o programa procura entao calcular a
temperatura do fluido de trabalho que troca calor com o Gerador do ciclo a fim de
determinar a tecnologia mais adequada para captacao da energia solar, utilizando
as informacoes do Capıtulo 2.
O sistema inteiro e idealizado conforme ilustrado pela Figura 4.2. A fonte quente
do ciclo de refrigeracao por absorcao e proveniente dos coletores solares e o efeito do
tanque de termo-acumulacao nao e considerado, uma vez que o programa foca apenas
a temperatura do fluido trocando calor com o Gerador. Vale ressaltar tambem que
nao foi considerada a fonte de energia auxiliar na modelagem do programa.
36
Figura 4.2: Sistema completo a ser estudado neste trabalho: coletor solar + ciclo
de refrigeracao por absorcao
Fonte: Adaptado de DUFFIE e BECKMAN (2006)
Os metodos e etapas para o calculo de cada propriedade serao detalhados nas
secoes seguintes. Elas serao calculadas utilizando as equacoes de balanco de massa
e balanco de energia que podem ser vistas abaixo pelas Equacoes 4.1 e 4.2, respec-
tivamente.
n∑i=1
mentra =n∑i=1
msai (4.1)
n∑i=1
Qvc − Wvc =n∑i=1
msaihsai −n∑i=1
mentrahentra (4.2)
4.2.1 Balanco de massa
Para criar um modelo para o ciclo de simples efeito e necessario definir todas
as propriedades termodinamicas a partir das variaveis de entrada pelo usuario. A
partir das temperaturas de entrada dos equipamentos que compoem o sistema e as
relacoes de saturacao, pode-se determinar as concentracoes de diferentes pontos do
ciclo e as pressoes de alta e de baixa do sistema.
A Tabela 4.2 resume como as temperaturas de entrada determinam as proprie-
dades citadas anteriormente.
37
Tabela 4.2: Inputs de temperatura utilizado no softwareInput de Temperatura Relacao de Saturacao Efeito no Software
Estado agua pura
Temperatura de saıda do condensador (T8) T8 = Tsat,lıquido(PH) Determina PH
Temperatura de saıda do evaporador (T10) T10 = Tsat,vapor(PL) Determina PL
Estado brometo de lıtio aquoso
Temperatura de saıda do absorvedor (T1) T1 = Tsat(PL, x1) Determina x1
Temperatura de saıda do gerador (T4) T4 = Tsat(PH , x4) Determina x4
Alem das temperaturas de entrada dos componentes, outra informacao que o
usuario deve inserir no ciclo e o fluxo de massa na saıda do Absorvedor. Apos
determinar as concentracoes e as pressoes, as equacoes de balanco de massa sao
empregadas para determinar os fluxos massicos dos demais pontos do sistema.
A Tabela 4.3 mostra as relacoes utilizadas para determinar os fluxos massicos
do sistema. Algumas relacoes sao redundantes, porem foram mantidas para deixar
evidenciado.
Tabela 4.3: Formulacao de balanco de massaComponente Balanco de massa Concentracao de brometo de lıtio
Absorvedor m1 = m10 + m6 m1x1 = m6x6
Gerador m4 + m7 = m3 m4x4 = m3x3
Condensador m8 = m7 x8 = x7
Valvula do refrigerante m9 = m8 x9 = x8
Evaporador m10 = m9 x10 = x9
Bomba m2 = m1 x2 = x1
Valvula da solucao m6 = m5 x6 = x5
Trocador de Calor - lado quente m5 = m4 x5 = x4
Trocador de Calor - lado frio m3 = m2 x3 = x2
4.2.2 Balanco de energia
Apos esgotar as possibilidades com as equacoes de balanco de massa, a proxima
etapa e utilizar as equacoes de balanco de energia para encontrar as entalpias dos
diferentes pontos do ciclo que faltam para completar a tabela de output do programa.
A Tabela 4.4 resume as equacoes de balanco de energia para cada componente do
ciclo, enquanto que a Tabela 4.5 mostra as relacoes de entalpia que foram utilizadas
pelo software para calcular as entalpias especıficas nos diferentes pontos de estado
do ciclo.
38
Tabela 4.4: Formulacao de balanco de energiaComponente Balanco de energia
Absorvedor Qa = −m1h1 + m10h10 + m6h6
Gerador Qg = m4h4 + m7h7 − m3h3
Condensador Qc = −m8h8 + m7h7
Valvula do refrigerante h9 = h8
Evaporador Qe = m10h10 − m9h9
Bomba W = m2h2 − m3h3
Valvula da solucao h6 = h5
Trocador de Calor - lado quente Qtroc = −m5h5 + m4h4
Trocador de Calor - lado frio Qtroc = m3h3 − m2h2
Tabela 4.5: Relacoes de entalpia especıfica utilizadas no softwarePonto de estado Relacao de entalpia
Estado brometo de lıtio aquoso
1 h1 = h(T1, x1)
2 h2 = h(T2, x2)
3 h3 = h(T3, x3)
4 h4 = h(T4, x4)
5 h5 = h(T5, x5)
6 h6 = h(T6, x6)
Estado agua pura
7 h7 = h(T7, PH) Vapor d’agua superaquecido
8 h8 = hsat,l(T8) Assumido ser lıquido saturado
9 h9 = h(PL, Q9) Estado de duas fases (vapor + lıquido)
10 h10 = hsat,v(T10) Assumido ser vapor saturado
Entretanto apenas as equacoes acima nao sao suficientes para encontrar o res-
tante das propriedades. Algumas relacoes da Tabela 4.5 nao possuem argumentos
suficientes para chamar as funcoes descritas. Para contornar a situacao, mais tres
modelos deverao ser adicionados ao programa para deixa-lo completo.
Os tres modelos estao resumidos na Tabela 4.6 e sao referentes ao trocador de
calor da solucao, temperatura do vapor na saıda do gerador e o modelo ideal de
bomba.
Tabela 4.6: Relacoes de entalpia especıfica utilizadas no softwareModelo Comentarios
Trocador de calor da solucao 1. Precisa especificar um valor para ε
ε = T4−T5
T4−T2
2. Formulacao de temperatura funciona porque a saıda do gerador
possui a mınima capacitancia neste tipo de ciclo
3 h3 = h(T3, x3)
4 h4 = h(T4, x4)
5 h5 = h(T5, x5)
6 h6 = h(T6, x6)
39
Todas as equacoes utilizadas nas tabelas anteriores podem ser visualizadas no
Apendice A deste trabalho.
4.2.3 Calculo da area sugerida para instalacao dos concen-
tradores cilındrico-parabolicos
Alem das propriedades termodinamicas dos diferentes pontos do ciclo, o software
tambem indica ao usuario a area necessaria instalada para se obter a temperatura
desejavel do fluido de trabalho. Para isso faz-se uso da Equacao 4.3 para calcular a
area de abertura do coletor solar (DUFFIE e BECKMAN (2006)).
Qu = FR ∗ Aa ∗
[S − Ar
Aa∗ UL ∗ (Ti − Ta)
](4.3)
Onde Qu corresponde ao ganho util de calor do coletor, FR ao fator de perda
de calor do coletor, Aa a area de abertura do coletor, S a radiacao absorvida por
unidade de area, Ar a area do receptor, UL ao coeficiente de perda do receptor, Ti a
temperatura de entrada do fluido no coletor e Ta a temperatura ambiente.
O objetivo do programa e encontrar a area de abertura do coletor (Aa). Esta
area sera assumida, por simplificacao, como a area total da instalacao.
Apesar de existirem diversos fluidos de transferencia de calor no mercado, o
programa restringe a uma unica opcao - Therminol VP-1 - cujas propriedades podem
ser vistas na Tabela 4.7.
Tabela 4.7: Propriedades do HTF Therminol VP-1Ponto de Congelamento 12 oC
Temperatura maxima de Operacao 400 oC
Velocidade mınima de escoamento no campo 0.265 m/s
Velocidade maxima de escoamento no campo 3.744 m/s
Fonte: SAM (2013)
O coletor simulado no programa tambem sera restrito a um unico modelo, sendo
este o SkyFuel SkyTrough. Suas propriedades estao na Tabela 4.8.
Tabela 4.8: Propriedades do Coletor SkyFuel SkyTroughComprimento de um unico modulo 14.375 m
Modificador do angulo de incidencia no solstıcio de verao 0.956903
Perda final no solstıcio de verao 0.998831
Eficiencia sob as condicoes de projeto 0.848494
Fonte: SAM (2013)
O programa considera uma regiao cuja incidencia de radiacao solar direta e de
600 W/m2. Com isso ja e possıvel calcular a radiacao absorvida por unidade de area
40
do coletor (S), uma vez que ela e definida como sendo o produto entre a eficiencia
do coletor e a radiacao solar direta no local.
A area do receptor e definida atraves da formula para a area de um cilindro (Ar =
π∗D∗L). As informacoes referentes a geometria do receptor tambem foram retiradas
da biblioteca do programa Solar Advisor Model (SAM (2013)). O comprimento do
receptor foi considerado, para fins de calculo, como sendo o comprimento do coletor.
A Tabela 4.9 contem as informacoes sobre a geometria do receptor Schott PTR70
utilizado no programa.
Tabela 4.9: Propriedades do Receptor Schott PTR70Tipo Descricao
Diametro interno do tubo do receptor 0.066 m
Diametro externo do tubo do receptor 0.07 m
Diametro interno do vidro envolto ao tubo do receptor 0.115 m
Diametro externo do vidro envolto ao tubo do receptor 0.12 m
Fonte: SAM (2013)
O coeficiente de perda UL e determinado com auxılio do grafico da Figura 4.3,
que associa o coeficiente com a diferenca de temperatura entre o receptor e a media
do ambiente. O grafico apresenta um tipo de curva para cada tipo de receptor
apresentado na Tabela 4.10.
Tabela 4.10: Tipos de receptores para Figura 4.3Tipo Descricao
ATubo de aco, cromado preto. Parte traseira isolada.
No lado absorvente, a capa e semi-cilindro de vidro. Espaco nao evacuado.
BTubo de aco, cromado preto, dentro de um tubo de vidro de borosilicato.
Espaco nao evacuado.
CDois tubos de aco paralelo, cromado, caminho de fluxo descendente e de retorno.
Parte traseira isolada e frontal coberta vidro plano.
Fonte: Adaptado de DUFFIE e BECKMAN (2006)
41
Figura 4.3: Coeficiente de perda por unidade de area do receptor em funcao da
diferenca da temperatura do receptor e da temperatura media do ambiente
Fonte: DUFFIE e BECKMAN (2006)
O receptor utilizado no software e de um modelo semelhante ao receptor descrito
pelo tipo C da Tabela 4.10. Embora a curva nao tenha o comportamento linear, o
programa realiza uma interpolacao para encontrar o coeficiente de perda UL.
O ganho util de calor do coletor Qu e estimado atraves do valor da quantidade
de calor trocada no Gerador no ciclo de absorcao. Ja o fator de perda de calor do
coletor FR e considerado como sendo 0.85.
Por fim, a temperatura ambiente media Ta foi definida como 23 oC e a tempe-
ratura de entrada do fluido de trabalho no coletor deve ser calculada atraves das
equacoes para os ciclos de refrigeracao.
4.3 Limitacoes impostas ao software
Devido as limitacoes inerentes ao modelo de aproximacao computacional empre-
gado, os valores das temperaturas devem estar dentro dentro dos limites validos
para o modelo dos autores Patek e Klomfar, ou seja, as temperaturas devem estar
entre 0oC e 227oC (ou 273K e 500K).
Por isso, nos pontos que apresentam a maior e a menor temperatura, sao rea-
lizados checagens internas no programa para validar o modelo empregado. Esses
pontos correspondem, no ciclo de simples efeito, ao ponto de saıda do Gerador para
o trocador de calor da solucao (ponto 4), aquele que apresenta a maior temperatura,
42
e ao ponto de saıda do Evaporador (ponto 10), ponto que apresenta a menor tem-
peratura. Caso estas duas temperaturas estejam dentro da faixa indicada, podemos
garantir que o ciclo como um todo esta apto para utilizar as relacoes do modelo de
aproximacao computacional.
Alem de estar dentro faixa de temperatura indicada para a modelagem, a menor
temperatura deve ser tambem superior a temperatura onde tem inıcio o processo de
cristalizacao do brometo de lıtio. Como visto na Secao 3.6, a cristalizacao do sal no
ciclo traz uma serie de problemas, como perda de carga e o possıvel bloqueio nas
vias do sistema.
O ponto de cristalizacao do brometo de lıtio depende basicamente da concen-
tracao do sal na solucao e da temperatura. Os autores Patek e Klomfar tambem
elaboraram aproximacoes polinomiais para determinar, a partir da concentracao,
a temperatura onde o processo de cristalizacao tem inıcio (PATEK e KLOMFAR
(2006b)). A equacao pode visualizada no Apendice A deste trabalho.
4.4 Interface do software para o usuario
Assim que o programa e executado pelo usuario, a primeira interface que se abre
pode ser visualizada na Figura 4.4. Nesta janela e possıvel selecionar qual o tipo de
ciclo que sera considerado para o calculo das propriedades.
Figura 4.4: Interface de selecao do tipo de ciclo do programa
Fonte: Elaboracao propria
Assim que o ciclo e selecionado e o botao ”Prosseguir”e clicado, abre-se a interface
onde o usuario deve inputar os dados inicias. Isto e, o usuario define, conforme
descrito na secao 4.2, o fluxo massico do ciclo e as temperaturas de saıda de cada
componente do equipamento de refrigeracao. Ja a eficiencia do trocador de calor e
43
definida como default em 90%, sendo que o usuario pode alterar de acordo com sua
necessidade.
A tela descrita acima esta representada pela Figura 4.5. Esta janela contem
tambem um diagrama esquematico do ciclo para que o usuario tenha uma clara
percepcao de como os pontos foram distribuıdos ao longo do ciclo.
Figura 4.5: Interface de insercao das variaveis inicias pelo usuario
Fonte: Elaboracao propria
Por fim, ao clicar no botao ”Calcular!”, abre-se a ultima janela do programa. Ela
contem os resultados calculados a partir das varaveis iniciais inseridas pelo usuario.
Podem ser vistas as propriedades termodinamicas, o COP do ciclo e, por fim, a
tecnologia mais adequada de coletor solar a ser empregada, a fim de se atingir a
temperatura do fluido de trabalho da fonte quente (ponto 11). Um exemplo desta
janela pode ser vista pela Figura 4.6.
44
Figura 4.6: Resultados apos calculos realizados pelo programa
Fonte: Elaboracao propria
4.5 Consideracoes para um ciclo de duplo e triplo
efeito
Os conceitos vistos ao longo do Capıtulo 4 podem ser replicadas para sistemas
mais complexos, como o de duplo e o de triplo efeito. Os inputs para estas con-
figuracoes ainda serao as temperaturas de saıda de cada componente do ciclo e o
procedimento para se determinar as propriedades termodinamicas dos pontos sera
mantido: balanco de massa e, em seguida, balanco de energia.
Entretanto vale acrescentar que, devido ao maior numero de pontos do ciclo,
tem-se um numero maior de variaveis e, portanto, deve-se ter um numero maior de
equacoes a fim de encontrar os valores para essas variaveis.
Os ciclos de duplo efeito (de fluxo paralelo) apresentam uma ramificacao antes
da entrada do Gerador de baixa pressao, criando um desvio para parte do fluxo
massico (Figura 4.7).
45
Figura 4.7: Detalhe da ramificacao do fluxo massico nos ciclos de duplo efeito (de
fluxo paralelo)
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
Esse maior grau de liberdade exige uma restricao a mais no modelo matematico.
Segundo HEROLD et al. (2016), a maior fracao massica deve ser mantida para
a regiao de alta pressao, desde que nao haja a ocorrencia do fenomeno de crista-
lizacao. A Figura 4.8 ilustra a representacao de Duhring para o ciclo de duplo efeito
reproduzido pela Figura 4.7.
46
Figura 4.8: Detalhe da ramificacao do fluxo massico nos ciclos de duplo efeito (de
fluxo paralelo)
Fonte: Adaptado de HEROLD et al. (2016)
Portanto, para fins de modelagem e programacao do software, a fracao massica
desviada para a regiao de maior pressao do equipamento foi considerada como sendo
70% do fluxo massico total, sendo este definido pelo usuario na janela dos inputs.
Esta restricao extra e fundamental para se obter as propriedades dos demais pontos.
O ciclo de triplo efeito (de fluxo paralelo), por sua vez, possui duas ramificacoes
para o fluxo massico. A primeira antes da entrada do Gerador de baixa pressao e a
segunda anterior a entrada do Gerador da regiao de media pressao. Como o escopo
deste trabalho e apenas a modelagem dos ciclos de simples e duplo efeito, nao serao
abordadas as restricoes para o ciclo de triplo efeito. Entretanto vale o destaque de
que, assim como o ciclo de duplo, serao necessarias restricoes extras para efetuar a
modelagem do ciclo proposto.
47
Capıtulo 5
Consideracoes Finais
5.1 Conclusao
Os resultados do software foram verificados tomando como base os resultados
obtidos pelo programa Engineering Equation Solver. Dados os mesmos parametros
de entrada, foram extraıdos e comparados os resultados fornecidos pelo programa
(Figura 5.1) e os resultados apresentados pela literatura (Tabela 5.1). Podem ser
observadas pequenas divergencias nos valores da entalpia, por exemplo. Essa dife-
renca e proveniente da metodologia adotada para realizar o calculo das propriedades
termodinamicas dos pontos do ciclo.
Figura 5.1: Resultados apos calculos realizados pelo programa para ciclo de simples
efeito
Fonte: Elaboracao propria
As equacoes para determinacao das propriedades da solucao de brometo de lıtio
utilizadas na modelagem do programa sao todas funcoes da temperatura da solucao,
como podem ser vistas no Apendice A deste trabalho. Em certo momento do pro-
grama e necessario encontrar a propria temperatura da solucao, dada a pressao e
concentracao de um determinado ponto. Uma alternativa para realizacao do calculo
48
seria explicitar a funcao para a temperatura, o que demonstrou ser uma tarefa muito
onerosa. De maneira alternativa, o programa constroi uma tabela com todos os pon-
tos de temperatura, variando de 273 K a 500 K, e concentracao, variando de 0 a 1,
e utiliza-se o metodo de interpolacao para encontrar a temperatura deste ponto.
Tabela 5.1: Resultados do Modelo de Ciclo Apresentado pela Literatura - Simples
EfeitoPonto
de Estado
Entalpia
[J/g]
Fluxo Massico
[kg/s]
Pressao
[kPa]
Temperatura
[oC]
Concentracao
[kg/kg]
1 71.1 1.000 0.8131 30.00 0.5322
2 71.1 1.000 4.246 30.00 0.5322
3 71.1 1.000 4.246 61.82 0.5322
4 255.2 0.793 4.246 90.00 0.6711
5 171.1 0.793 4.246 42.00 0.6711
6 171.1 0.793 0.8131 42.00 0.6711
7 2610.3 0.207 4.246 59.12 0
8 125.7 0.207 4.246 30.00 0
9 125.7 0.207 0.8131 0
10 2507.9 0.207 0.8131 4.00 0
Resumo dos Resultados Energeticos
Qa Taxa de troca de calor no Absorvedor 583.6 kW
Qg Taxa de troca de calor no Gerador 604.9 kW
Qe Taxa de troca de calor no Evaporador 493.1 kW
Qc Taxa de troca de calor no Condensador 514.3 kW
COP Coeficiente de Performance 0.815
Fonte: HEROLD et al. (2016)
O mesmo procedimento foi realizado para o ciclo de duplo efeito. Os valores
encontrados apresentaram divergencias um pouco maiores.
49
Figura 5.2: Resultados apos calculos realizados pelo programa para ciclo de duplo
efeito
Fonte: Elaboracao propria
Alem do que foi explicado anteriormente em relacao a metodologia empregada
para calculo da temperatura, outro fator que pode ter contribuıdo para tamanha
divergencia e a diferenca dos valores para as eficiencias dos trocadores de calor da
solucao. Nao ha registro do valor utilizado na literatura, enquanto que no programa
foi considerada uma eficiencia de 70% para os trocadores.
Um ponto positivo para os ciclos de duplo efeito foi o valor obtido para o COP
pelo programa. Os valores encontrados para os COPs de simples e duplo efeito
foram:
• Simples Efeito - COPLiteratura = 0.815/COPSoftware = 0.817
• Duplo Efeito - COPLiteratura = 1.359/COPSoftware = 1.304
50
Tabela 5.2: Resultados do Modelo de Ciclo Apresentado pela Literatura - Duplo
EfeitoPonto
de Estado
Entalpia
[J/g]
Fluxo Massico
[kg/s]
Pressao
[kPa]
Temperatura
[oC]
Concentracao
[kg/kg]
1 68.7303 1.000 0.888 29.98 0.52343
2 68.7324 1.000 4.167 29.98 0.52343
3 102.8 1.000 4.167 46.13 0.52343
4 195.4 0.849 4.167 75.98 0.61663
5 155.3 0.849 4.167 54.79 0.61663
6 155.3 0.849 0.888 48.16 0.61663
7 2606.8 0.066 4.167 57.25 0
8 124.3 0.151 4.167 29.68 0
9 124.3 0.151 0.888 5.24 0
10 2510.2 0.151 0.888 5.24 0
11 102.8 0.567 4.167 46.13 0.52343
12 102.8 0.567 65.540 46.15 0.52343
13 221.7 0.567 65.540 101.32 0.52343
14 327.3 0.481 65.540 144.67 0.61663
15 187.3 0.481 65.540 71.71 0.61663
16 187.3 0.481 4.167 71.71 0.61663
17 2726.6 0.086 65.540 123.48 0
18 369.5 0.086 65.540 88.23 0
19 369.5 0.086 4.167 29.68 0
20 102.8 0.433 4.167 46.13 0.52343
Resumo dos Resultados Energeticos
Qa Taxa de troca de calor no Absorvedor 442.5 kW
Qg1/Qc2 Taxa de troca de calor no Gerador de Baixa/Condensador de Alta 201.9 kW
Qe Taxa de troca de calor no Evaporador 360.6 kW
Qc1 Taxa de troca de calor no Condensador de Baixa 183.6 kW
Qg2 Taxa de troca de calor no Gerador de Alta 265.4 kW
COP Coeficiente de Performance 1.359
Fonte: HEROLD et al. (2016)
No geral o software atendeu a proposta inicial do trabalho, podendo ser usado
de ferramenta para avaliacao do tipo de tecnologia solar a ser empregada e da area
requerida para instalacao da planta de coletores solares.
Como dito anteriormente, programas desenvolvidos para calculo das proprieda-
des termodinamicas de um ciclo de refrigeracao sao, em sua maioria, pagos. A
importancia deste trabalho e a disponibilizacao de um codigo aberto a qualquer
usuario e sem custo para a mesma finalidade que os programas pagos, alem de ainda
informar a area de instalacao requerida para uma planta de coletores concentradores.
51
5.2 Trabalhos Futuros
Como trabalho futuro, propoe-se aumentar a iteratividade do programa com o
usuario, melhorar a abordagem para o ciclo de duplo efeito e realizar a modelagem
do programa para o ciclo de triplo efeito.
Ha inumeros de variaveis de entrada que o usuario do software pode fornecer,
de forma a deixar o programa mais refinado e customizado para uma determinada
finalidade e exigencia do cliente. Integrar o programa desenvolvido com outros
softwares, a fim de realizar calculos mais avancados tambem seria uma alternativa
para torna-lo ainda mais poderoso. Outra proposta seria aumentar a biblioteca de
coletores, receptores e fluidos de trabalho, permitindo maior flexibilidade ao usuario.
Alem disso, apesar de ser uma tecnologia mais recente e menos difundida no mer-
cado, a modelagem do ciclo de triplo seria uma otima oportunidade para abranger
ainda mais as aplicacoes do programa apresentado neste trabalho.
52
Referencias Bibliograficas
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55
Apendice A
Equacoes das Propriedades
Termodinamicas
As seguintes equacoes sao validas apenas para temperaturas na faixa entre 273K
e 523K.
56
A.1 Pressao de Vapor [p(T,x)]
Calcula a pressao de vapor da solucao H2O-LiBr (em Pascal) em funcao da
temperatura (em Kelvin) e a concentracao da solucao (em fracao molar).
p(T, x) = pσ(θ) (A.1)
Sendo
θ = T −8∑i=1
aixmi(0.4 − x)ni
(T
Tc
)ti
(A.2)
A Tabela A.1 contem o valor para as contantes da Equacao A.2:
Tabela A.1: Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.1
i mi ni ti ai
1 3 0 0 -2.41303∗102
2 4 5 0 1.91750∗107
3 4 6 0 -1.75521∗108
4 8 3 0 3.25430∗107
5 1 0 1 3.92571∗102
6 1 2 1 -2.12626∗103
7 4 6 1 1.85127∗108
8 6 0 1 1.91216∗103
Na equacao A.1 sao utilizadas tambem as formulacoes de IAPWS (2007) para a
pressao de vapor na saturacao:
pσ = pc ∗ exp
[TcT
6∑i=1
αi
(1 − T
Tc
)βi](A.3)
Na Tabela A.2 podem ser vistos os valores para as constantes da Equacao A.3:
Tabela A.2: Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.3
i βi αi
1 1.0 -7.85951783
2 1.5 1.84408259
3 3.0 -11.7866497
4 3.5 22.6807411
5 4.0 -15.9618719
6 7.5 1.80122502
57
A.2 Entalpia da Solucao [h(T,x)]
Calcula a entalpia da solucao H2O-LiBr (em Joule por mol) em funcao da tem-
peratura (em Kelvin) e a concentracao da solucao (em fracao molar).
h(T, x) = (1 − x)h′(T ) + hc
30∑i=1
αixmi(0.4 − x)ni
(Tc
T − T0
)ti
(A.4)
A Tabela A.3 contem os valores para as contantes da Equacao A.4:
Tabela A.3: Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.4
i mi ni ti ai
1 1 0 0 2.27431∗100
2 1 1 1 -7.99511∗100
3 2 6 6 3.85239∗102
4 3 6 6 -1.63940∗104
5 6 2 2 -4.22562∗102
6 1 0 0 1.13314∗10−1
7 3 0 0 -8.33474∗100
8 5 4 4 -1.73833∗104
9 4 0 0 6.49763∗100
10 5 4 4 3.24552∗103
11 5 5 5 -1.34643∗104
12 6 5 5 3.99322∗104
13 6 6 6 -2.58877∗105
14 1 0 0 -1.93046∗10−3
15 2 3 3 2.80616∗100
16 2 5 5 -4.04479∗101
17 2 7 7 1.45342∗102
18 5 0 0 -2.74873∗100
19 6 3 3 -4.49743∗102
20 7 1 1 -1.21794∗101
21 1 0 0 -5.83739∗10−3
22 1 4 4 2.33910∗10−1
23 2 2 2 3.41888∗10−1
24 2 6 6 8.85259∗100
25 2 7 7 -1.78731∗101
26 3 0 0 7.35179∗10−2
27 1 0 0 -1.79430∗10−4
28 1 1 1 1.84261∗10−3
29 1 2 2 -6.24282∗10−3
30 1 3 3 6.84765∗10−3
58
Na Equacao A.4 e utilizado tambem as formualcoes da IAPWS (2007) para a
entalpia de saturacao:
h′(T ) = hc ∗
[1 +
4∑i=1
αi
(1 − T
Tc
)βi](A.5)
Na Tabela A.4 podem ser vistos os valores para as constantes da Equacao A.5:
Tabela A.4: Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.5
i βi αi
1 1/3 -4.37196∗10−1
2 2/3 3.03440*10−1
3 5/6 -1.29582
4 21/6 -1.76410∗10−1
59
A.3 Entalpia do Vapor d’Agua [h vap(T,p)]
Calcula a entalpia do vapor d’agua superaquecido (em Joule por mol) em funcao
da temperatura (em Kelvin) e a pressao (em Pascal).
h(T, p) = R ∗ T ∗
[a1 +
N∑i=2
niΠi
](A.6)
Sendo
Π = ai ∗ τni ∗ πmi (A.7)
τ =TcT
(A.8)
π =p
pc(A.9)
Os coeficientes da Equacao A.6 e Equacao A.7 podem ser vistos na Tabela A.5.
Tabela A.5: Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.6 e Equacao A.7
i ni mi ai
1 0 -1 4.03740
2 1 0 6.66860
3 0 0 -8.78474
4 -4 0 -2.67859∗10−2
5 4 1 -8.24016∗10−1
6 5 1 7.39848∗10−1
7 6 1 -2.73558∗10−1
8 2 2 2.51325∗10−1
9 12 2 -8.64644∗10−2
10 13 2 4.04713∗10−2
11 12 3 -2.07714
12 15 3 2.48941
13 16 3 -1.26382
14 15 4 6.46755
15 16 4 -4.63404
16 15 5 -3.59518
17 16 5 1.71653
60
A.4 Entalpia de Saturacao da Agua [h sat(T)]
Calcula a entalpia de saturacao da agua (em Joule por mol) em funcao da tem-
peratura (em Kelvin), conforme visto na Secao A.2.
h′(T ) = hc ∗
[1 +
4∑i=1
αi
(1 − T
Tc
)βi](A.10)
Na Tabela A.6 podem ser vistos os valores para as constantes da Equacao A.10:
Tabela A.6: Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.10
i βi αi
1 1/3 -4.37196∗10−1
2 2/3 3.03440*10−1
3 5/6 -1.29582
4 21/6 -1.76410∗10−1
61
A.5 Temperatura de Cristalizacao [T(x)]
Calcula a temperatura de cristalizacao do brometo de lıtio (em Kelvin) em funcao
da concentracao da solucao (em fracao molar).
T (x) = TL ∗ TR − TLxR − xL
∗ (x− xL) + Tt ∗N∑i=1
ai ∗ (x− xL)mi ∗ (xR − x)ni (A.11)
Os coeficientes da Equacao A.11 se alteram conforme a concentracao massica de
sal brometo de lıtio na solucao. Como o programa engloba basicamente solucoes
com concentracoes acima de 0.4 kg/kg, utilizam-se os coeficientes da Tabela A.11.
Tabela A.7: Coeficientes e Expoentes para a Equacao A.11
i ai mi ni
1 1.00743∗101 1 1
2 3.94593∗103 1 4
TL = 322.2 K
TR = 429.15 K
Tt = 273.16 K
xL = 0.2869
TR = 0.4613
62
A.6 Conversao de Fracao Massica para Fracao
Molar
Faz se uso no programa tambem de equacoes para conversao de fracao massica
para fracao molar e vice-versa.
A Equacao A.12 e utilizada para se determinar a fracao massica a partir da
fracao molar. Ja a Equacao A.13 e empregada para se determinar a fracao molar
da concentracao partindo da fracao massica.
w =x ∗MLiBr
x ∗MLiBr + (1 − x) ∗MH2O
(A.12)
x =w/MLiBr
w/MLiBr + (1 − w)/MH2O
(A.13)
Sendo MLiBr = 0.08685 kg/mol e MH2O = 0.018015268 kg/mol
63
Apendice B
Codigo do Programa
Vale destacar que os pontos abordados no programa estao indexados na relacao
de (i-1) para os pontos analisados no decorrer do texto do trabalho. Toda lista do
Python tem o primeiro elemento indexado como sendo o elemento numero 0 (zero).
Exemplo: temperatura T[7] no codigo do programa corresponde a temperatura do
ponto 8 do ciclo do texto.
64
1 # −∗− coding : utf−8 −∗−”””
3 Created on Tue Jul 04 14 : 21 : 53 2017
5 @author : Pedro Augusto Carque i ja da S i l v a
DRE: 110075317
7 ”””
import numpy
9
”””
===========================================================================
11 Equacoes para determinar as propr i edades Termodinamicas da Agua Pura (
Saturacao )
============================================================================
”””
13
””” 1) Pressao de S a t u r a o da Agua Pura”””
15 ””” ( Ref : IAPWS 95) ”””
17 de f p sa t (T) :
” Pressao de Satauracao [ sa ida em Pa ] em funcao da Temperatura [
entrada em K] ”
19
beta = [ 1 . 0 , 1 . 5 , 3 . 0 , 3 . 5 , 4 . 0 , 7 . 5 ]
21 a l f a = [ −7.85951783 , 1 .84408259 , −11.7866497 , 22 .6807411 ,
−15.9618719 ,
1 .80122502 ]
23
Tc = 647.096
25 pc = 22.064 e+06
soma = 0.0
27
f o r i in range (0 , 6 ) :
29 soma += a l f a [ i ] ∗ ( 1 . 0 − T/Tc) ∗∗ beta [ i ]
31 p sa t = pc ∗ f l o a t (numpy . exp ( ( Tc/T) ∗soma ) )
re turn p sa t
33
””” 2) Calor E s p e c i f i c o a Pressao Constante de Saturacao da Agua Pura”””
35 ””” ( Ref : IAPWS 95) ”””
37 de f cp sa t (T) :
” Calor E s p e c i f i c o de Satauracao [ sa ida em J/mol∗K] em funcao da
Temperatura [ entrada em K] ”
39
beta = [ 0 . 0 , 2 . 0 , 3 . 0 , 6 . 0 , 3 4 . 0 ]
65
41 gama = [ 0 . 0 , 2 . 0 , 3 . 0 , 5 . 0 , 0 . 0 ]
a l f a = [1 . 3880 1 e+00, −2.95318 e+00, 3 .18721 e+00, −0.645473 e+00,
9 .18946 e +05]
43
cpt = 76.0226
45 Tc = 647.096
Tt = 273.16
47 soma = 0 .0
49 f o r i in range (0 , 5 ) :
soma += a l f a [ i ] ∗ ((1 .0 −( f l o a t (T) /Tc) ) ∗∗ beta [ i ] ) ∗ ( ( f l o a t (T) /
Tt ) ∗∗gama [ i ] )
51
cp sa t = cpt ∗soma
53 re turn cp sa t
55 ””” 3) Enta lp ia de Saturacao da Agua Pura”””
””” ( Ref : IAPWS 95) ”””
57
de f h sa t (T) :
59 ” Enta lp ia de Saturacao [ sa ida em J/mol ] em funcao da Temperatura [
entrada em K] ”
61 beta = [ f l o a t ( 1 . 0 / 3 . 0 ) , f l o a t ( 2 . 0 / 3 . 0 ) , f l o a t ( 5 . 0 / 6 . 0 ) , f l o a t
( 2 1 . 0 / 6 . 0 ) ]
a l f a = [−4.37196 e−01, 3 .03440 e−01, −1.29582 e+00, −1.76410e−01]
63
Tc = 647.096
65 hc = 37548.5
soma = 0 .0
67
f o r i in range (0 , 4 ) :
69 soma += a l f a [ i ] ∗ f l o a t (((1 .0 −T/Tc) ∗∗ beta [ i ] ) )
71 hsat = hc ∗(1.0+soma )
return hsat
73
”””
============================================================================
75 Equacoes para determinacao das propr i edades Termodinamicas da Agua Pura
( Vapor )
============================================================================
”””
77
””” 1) Enta lp ia do Vapor de Agua”””
79 ””” ( Ref : A s imple fo rmulat ion f o r thermodynamic p r o p e r t i e s o f steam
66
from 273 to
523 K, e x p l i c i t in temperature and pres sure , Patek e Lomfar , 2009) ”””
81
de f h vap (T, p) :
83 ” Enta lp ia do Vapor d ’ Agua [ sa ida em J/mol ] em funcao da Temperatura
[ entrada em K] e Pressao [ entrada em Pa ] ”
85 a = [4 . 0 3740 e+00, 6 .66860 e+00, −8.78474 e+00, −2.67859e−02, −8.24016
e−01,
7 .39848 e−01, −2.753558e−01, 2 .51325 e−01, −8.64644e−02, 4 .04713
e−02,
87 −2.07714 e+00, 2 .48941 e+00, −1.26382 e+00, 6 .46755 e+00, −4.63404
e+00,
−3.59518 e+00, 1 .71653 e +00]
89 n = [ 0 . 0 , 1 . 0 , 0 . 0 , −4.0 , 4 . 0 , 5 . 0 , 6 . 0 , 2 . 0 , 12 . 0 , 13 . 0 , 12 . 0 ,
15 . 0 , 16 . 0 ,
15 . 0 , 16 . 0 , 15 . 0 , 1 6 . 0 ]
91 m = [ −1.0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 , 2 . 0 , 2 . 0 , 2 . 0 , 3 . 0 , 3 . 0 ,
3 . 0 , 4 . 0 ,
4 . 0 , 5 . 0 , . 0 5 ]
93
t a l = 647.096/ f l o a t (T)
95 pi = f l o a t (p) /22.064 e+06
R = 8.314371
97 soma = 0 .0
99 f o r i in range (1 , 16 ) :
soma += n [ i ] ∗ a [ i ] ∗ t a l ∗∗n [ i ] ∗ pi ∗∗m[ i ]
101
h vap = R ∗ f l o a t (T) ∗ ( a [0 ]+ soma )
103 re turn h vap
105 ””” 2) Calor E s p e c i f i c o a Pressao Constante do Vapor de Agua”””
””” ( Ref : A s imple fo rmulat ion f o r thermodynamic p r o p e r t i e s o f steam
from 273 to
107 523 K, e x p l i c i t in temperature and pres sure , Patek e Lomfar , 2009) ”””
109 de f cp vap (T, p) :
111
a = [4 . 0 3740 e+00, 6 .66860 e+00, −8.78474 e+00, −2.67859e−02, −8.24016
e−01,
113 7.39848 e−01, −2.753558e−01, 2 .51325 e−01, −8.64644e−02, 4 .04713
e−02,
−2.07714 e+00, 2 .48941 e+00, −1.26382 e+00, 6 .46755 e+00, −4.63404
e+00,
115 −3.59518 e+00, 1 .71653 e +00]
67
n = [ 0 , 1 , 0 , −4, 4 , 5 , 6 , 2 , 12 , 13 , 12 , 15 , 16 , 15 , 16 , 15 , 16 ]
117 m = [−1 , 0 , 0 , 0 , 1 , 1 , 1 , 2 , 2 , 2 , 3 , 3 , 3 , 4 , 4 , 5 , 5 ]
119 t a l = 647.096/ f l o a t (T)
p i = f l o a t (p) /22.064 e+06
121 R = 8.314371
soma = 0 .0
123
f o r i in range (1 , 17 ) :
125 soma += n [ i ] ∗ (n [ i ] −1.0) ∗ a [ i ] ∗ t a l ∗∗n [ i ] ∗ pi ∗∗m[ i ]
127 cp vap = R ∗ ( a [0]− soma )
return cp vap
129
”””
===========================================================================
131 Equacoes para determinacao das propr i edades Termodinamicas da so lucao
H2O−LiBr
============================================================================
”””
133
””” 1) C r i s t a l i z a c a o da Solucao
135 ( Ref : So l id−Liquid Phase Equi l ibr ium in the systems o f LiBr−H2O and
LiCl − H20 ,
Patek e Klomfar , 2016) ”””
137
”””a ) Temperatura de c r i s t a l i z a c a o em funcao da concentracao da so lucao
”””
139 #Trabalharemos como uma concentracao de LiBr acima de 0 . 3 , l ogo os
c o e f i c i e n t e
#serao dados pe l a s s e g u i n t e s cons tante s :
141
de f T c r i s t ( x ) :
143 ”Temperatura de c r i s t a l i z a c a o T c r i s t em funcao da concentracao X
da so lucao ”
145 a = [1 . 0 0743 e +01 ,3.94593 e +03]
m = [ 1 . 0 , 1 . 0 ]
147 n = [ 1 . 0 , 4 . 0 ]
149 Tt = 273.16
TL = 322 .2
151 TR = 429.15
xL = 0.2869
153 xR = 0.4613
soma = 0 .0
68
155
f o r i in range (0 , 2 ) :
157 soma += a [ i ] ∗ (x−xL) ∗∗m[ i ] ∗ (xR−x ) ∗∗n [ i ]
159 T c r i s t = TL + (TR−TL) /(xR−xL) ∗(x−xL) + Tt∗soma
return T c r i s t
161
”””b) Concentracao de c r i s t a l i z a c a o em funcao da temperatura da so lucao
”””
163 #Trabalharemos como uma concentracao de LiBr acima de 0 . 3 , l ogo os
c o e f i c i e n t e
#serao dados pe l a s s e g u i n t e s cons tante s :
165
de f x c r i s t (T) :
167 ” Concentracao de c r i s t a l i z a c a o x c r i s t em funcao da temperatura T [
entrada em K] ”
169 b = [−9.25082 e−1 ,−7.22341]
m = [ 1 . 0 , 3 . 0 ]
171 n = [ 1 . 0 , 1 . 0 ]
173 Tt = 273.16
TL = 322 .2
175 TR = 429.15
xL = 0.2869
177 xR = 0.4613
soma = 0 .0
179
f o r i in range (0 , 2 ) :
181 soma += b [ i ] ∗ ( (T−TL) /Tt ) ∗∗m[ i ] ∗ ( (TR−T) /Tt ) ∗∗n [ i ]
183 x c r i s t = xL + (xR−xL) /(TR−TL) ∗(T−TL) + soma
return x c r i s t
185
””” 2 . 1 ) Propr iedades Termodinamicas da s o l u o de LiBr−H2O
187 ( Ref :A computat iona l ly e f f e c t i v e fo rmulat ion o f the thermodynamic
p r o p e r t i e s o f
L i B r H2O s o l u t i o n s from 273 to 500 K over f u l l compos it ion range ,
189 Patek e Klomfar , 2016) ”””
191 ”””a ) Pressao da Solucao de LiBr−H2O”””
193 de f p LiBr (T, x ) :
” Pressao da so lucao de LiBr−H2O [ sa ida em kPa ] em funcao
temperatura T [ entrada em K] e f r a cao molar de brometo de l i t i o ”
195
a = [−2.41303 e+02, 1 .91750 e+07, −1.75521 e+08, 3 .25430 e+07, 3 .92571 e
69
+02,
197 −2.12626 e+03, 1 .85127 e+08, 1 .91216 e +03]
m = [ 3 . 0 , 4 . 0 , 4 . 0 , 8 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 , 4 . 0 , 6 . 0 ]
199 n = [ 0 . 0 , 5 . 0 , 6 . 0 , 3 . 0 , 0 . 0 , 2 . 0 , 6 . 0 , 0 . 0 ]
t = [ 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 ]
201
Tc = 647.096
203 soma = 0 .0
205 f o r i in range (0 , 8 ) :
soma += a [ i ] ∗ ( x∗∗m[ i ] ) ∗ (0.4−x ) ∗∗n [ i ] ∗ ( f l o a t (T) /Tc) ∗∗ t [ i ]
207
t e t a = f l o a t (T) − soma
209 re turn p sa t ( t e t a )
211 ”””b) Calor E s p e c i f i c o a Pressao Constante da S o l u o de LiBr−H2O”””
213 de f cp LiBr (T, x ) :
” Calor e s p e c f i c o da so lucao de LiBr−H2O em funcao temperatura T [
entrada em K] e f r a cao molar de brometo de l i t i o ”
215
a = [−1.42094 e+01, 4 .04943 e+01, 1 .11135 e+02, 2 .29980 e+02, 1 .34526 e
+03,
217 −1.41010e−02, 1 .24977 e−02, −6.83209e−04]
m = [ 2 . 0 , 3 . 0 , 3 . 0 , 3 . 0 , 3 . 0 , 2 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 ]
219 n = [ 0 . 0 , 0 . 0 , 1 . 0 , 2 . 0 , 3 . 0 , 0 . 0 , 3 . 0 , 2 . 0 ]
t = [ 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 2 . 0 , 3 . 0 , 4 . 0 ]
221
Tc = 647.096
223 cpt = 76.0226
T0 = 221 .0
225 soma = 0 .0
227 f o r i in range (0 , 8 ) :
soma += a [ i ] ∗ ( x∗∗m[ i ] ) ∗ (0.4−x ) ∗∗n [ i ] ∗ (Tc/( f l o a t (T)−T0) ) ∗∗t [ i ]
229
cp = (1.0−x ) ∗ cp sa t (T) + cpt ∗soma
231 re turn cp
233 ”””c ) Enta lp ia da Solucao de LiBr−H2O”””
235 de f h LiBr (T, x ) :
” Enta lp ia de Satauracao [ sa ida em J/mol ] em funcao da Temperatura [
entrada em K] e f r a cao molar de brometo de l i t i o ”
237
a = [2 . 2 7431 e+00, −7.99511 e+00, 3 .85239 e+02, −1.63940 e+04, −4.22562
70
e+02,
239 1.13314 e−01, −8.33474 e+00, −1.73833 e+04, 6 .49763 e+00, 3 .24552 e
+03,
−1.34643 e+04, 3 .99322 e+04, −2.58877 e+05, −1.93046e−03, 2 .80616
e+00,
241 −4.04479 e+01, 1 .45342 e+02, −2.74873 e+00, −4.49743 e+02,
−1.21794 e+01,
−5.83739e−03, 2 .33910 e−01, 3 .41888 e−01, 8 .85259 e+00, −1.78731 e
+01,
243 7.35179 e−02, −1.79430e−04, 1 .84261 e−03, −6.24282e−03, 6 .84765 e
−03]
m = [ 1 . 0 , 1 . 0 , 2 . 0 , 3 . 0 , 6 . 0 , 1 . 0 , 3 . 0 , 5 . 0 , 4 . 0 , 5 . 0 , 5 . 0 , 6 . 0 ,
6 . 0 , 1 . 0 ,
245 2 . 0 , 2 . 0 , 2 . 0 , 5 . 0 , 6 . 0 , 7 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 , 2 . 0 , 2 . 0 , 2 . 0 , 3 . 0 ,
1 . 0 , 1 . 0 ,
1 . 0 , 1 . 0 ]
247 n = [ 0 . 0 , 1 . 0 , 6 . 0 , 6 . 0 , 2 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 4 . 0 , 0 . 0 , 4 . 0 , 5 . 0 , 5 . 0 ,
6 . 0 , 0 . 0 ,
3 . 0 , 5 . 0 , 7 . 0 , 0 . 0 , 3 . 0 , 1 . 0 , 0 . 0 , 4 . 0 , 2 . 0 , 6 . 0 , 7 . 0 , 0 . 0 ,
0 . 0 , 1 . 0 ,
249 2 . 0 , 3 . 0 ]
t = [ 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 0 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 , 1 . 0 , 2 . 0 , 2 . 0 , 2 . 0 , 2 . 0 ,
2 . 0 , 3 . 0 ,
251 3 . 0 , 3 . 0 , 3 . 0 , 3 . 0 , 3 . 0 , 3 . 0 , 4 . 0 , 4 . 0 , 4 . 0 , 4 . 0 , 4 . 0 , 4 . 0 ,
5 . 0 , 5 . 0 ,
5 . 0 , 5 . 0 ]
253
255 Tc = 647.096
hc = 37548.5
257 T0 = 221.0
soma = 0 .0
259
f o r i in range (0 , 30 ) :
261 soma += a [ i ] ∗ ( x∗∗m[ i ] ) ∗ ((0.4−x ) ∗∗n [ i ] ) ∗ ( ( Tc/(T−T0) ) ∗∗ t [ i
] )
263 hLiBr = ( f l o a t (1.0−x ) ) ∗ f l o a t ( h sa t (T) ) + hc∗soma
return hLiBr
265
”””
===========================================================================
267 Equacao para tranformar Fracao Massica para Fracao Molar
===========================================================================
”””
269 de f moltomass ( x ) :
71
M LiBr = 0.08685 #Massa molar do brometo de l i t i o [ kg/mol ]
271 M H2O = 0.018015268 #Massa molar da agua [ kg/mol ]
w = ( x∗M LiBr ) /( x∗M LiBr+(1.0−x ) ∗M H2O)
273 re turn w
275 de f masstomol (w) :
M LiBr = 0.08685 #Massa molar do brometo de l i t i o [ kg/mol ]
277 M H2O = 0.018015268 #Massa molar da agua [ kg/mol ]
x = (w/M LiBr ) /(w/M LiBr+(1.0−w) /M H2O)
279 re turn x
281 de f h moltomass ( h x , x ) :
M LiBr = 0.08685 #Massa molar do brometo de l i t i o [ kg/mol ]
283 M H2O = 0.018015268 #Massa molar da agua [ kg/mol ]
h w = ( 1 . 0 / ( ( x∗M LiBr ) +((1.0−x ) ∗M H2O) ) ) ∗h x
285 re turn h w
287 ”””
===========================================================================
Equacao para Calcu lo da Area dos Co l e to r e s
289 ===========================================================================
”””
de f p e r d a c a l o r ( Ti , To) :
291 Ta = 23
Tp = ( Ti+To) /2
293 UL = 0.05∗ (Tp−Ta) +3.75
return UL
295
de f a r e a c o l e t o r (Qu,UL, Ti ) :
297 Ta = 23
Fr = 0.85
299 Ar = (numpy . p i ) ∗0 .066∗14 .35
S = 600∗0.848494
301 Aa = (Qu + Fr∗Ar∗UL∗( Ti−Ta) ) /( Fr∗S)
return Aa
303
”””
===========================================================================
305 Balancos de Massa e Energia para d i f e r e n t e s C i c l o s de D i f e r e n t e s
Es tag io s
===========================================================================
”””
307
de f S implesEstag io (T1 , T4 , T8 , T10 ,m1, e p s i l o n =0.9) :
309 p = [ None ]∗10
72
T = [ None ]∗10
311 m = [ None ]∗10
h x = [ None ]∗10
313 h w = [ None ]∗10
w = [ None ]∗10
315 x = [ None ]∗10
M H2O = 18.015268 #Massa molar da agua [ g/mol ]
317
” 1) Ut i l i z ando os Inputs de Temperatura”
319 p [ 7 ] = p sa t ( f l o a t (T8) +273.15)
p [ 9 ] = p sa t ( f l o a t (T10) +273.15)
321
p [ 0 ] = p [ 9 ]
323 p [ 5 ] = p [ 9 ]
p [ 8 ] = p [ 9 ]
325
p [ 1 ] = p [ 7 ]
327 p [ 2 ] = p [ 7 ]
p [ 3 ] = p [ 7 ]
329 p [ 4 ] = p [ 7 ]
p [ 6 ] = p [ 7 ]
331
”Obs1 . : Metodo para usar a funcao in ve r s a do p LiBr (T, x ) ”
333 l i s t a x = [ ]
l i s t a T = range (273 ,523 ,1 )
335 vetor = numpy . arange ( 0 . 0 , 1 . 0 , 0 . 0 1 )
f o r i in range (0 , l en ( vetor ) ) :
337 conv = masstomol ( vetor [ i ] )
l i s t a x . append ( conv )
339
l i s t a p = [ ]
341 f o r i in range (0 , l en ( l i s t a T ) ) :
f o r j in range (0 , l en ( l i s t a x ) ) :
343 elem = p LiBr ( l i s t a T [ i ] , l i s t a x [ j ] )
l i s t a p . append ( elem )
345 matrix = numpy . reshape ( l i s t a p , ( l en ( l i s t a T ) , l en ( l i s t a x ) ) )
347 i = 0
whi l e matrix [ f l o a t (T1) ] [ i ] > p [ 9 ] :
349 i = i+1
x i n t e r p = [ matrix [ f l o a t (T1) ] [ i ] , matrix [ f l o a t (T1) ] [ i −1] ]
351 y i n t e r p = [ l i s t a x [ i ] , l i s t a x [ i −1] ]
x [ 0 ] = numpy . i n t e r p (p [ 9 ] , x in te rp , y i n t e r p )
353 w[ 0 ] = moltomass ( x [ 0 ] )
355 j = 0
whi l e matrix [ f l o a t (T4) ] [ j ] > p [ 7 ] :
73
357 j = j+1
x i n t e r p = [ matrix [ f l o a t (T4) ] [ j ] , matrix [ f l o a t (T4) ] [ j −1] ]
359 y i n t e r p = [ l i s t a x [ j ] , l i s t a x [ j −1] ]
x [ 3 ] = numpy . i n t e r p (p [ 7 ] , x in te rp , y i n t e r p )
361 w[ 3 ] = moltomass ( x [ 3 ] )
363 ” 2) Balanco de Massa”
m[ 0 ] = f l o a t (m1)
365 m[ 1 ] = m[ 0 ]
m[ 2 ] = m[ 1 ]
367
w[ 1 ] = w[ 0 ]
369 w[ 2 ] = w[ 1 ]
371 m[ 3 ] = (m[ 2 ] ∗w[ 2 ] ) /w[ 3 ]
m[ 4 ] = m[ 3 ]
373 m[ 5 ] = m[ 4 ]
375 m[ 6 ] = m[2]−m[ 3 ]
m[ 7 ] = m[ 6 ]
377 m[ 8 ] = m[ 7 ]
m[ 9 ] = m[ 8 ]
379
w[ 4 ] = w[ 3 ]
381 w[ 5 ] = w[ 4 ]
w [ 6 ] = 0 #Agua Pura
383 w[ 7 ] = 0 #Agua Pura
w[ 8 ] = 0 #Agua Pura
385 w[ 9 ] = 0 #Agua Pura
387 ” 3) Criacao da L i s t a de Fracao Molar”
f o r i in range (0 , 10 ) :
389 x [ i ] = masstomol (w[ i ] )
391 ” 4) Relacoes de Enta lp ia E s p e c i f i c a ”
T[ 0 ] = f l o a t (T1) +273.15
393 T[ 3 ] = f l o a t (T4) +273.15
T[ 7 ] = f l o a t (T8) +273.15
395 T[ 9 ] = f l o a t (T10) +273.15
397 T[ 1 ] = T[ 0 ]
T [ 8 ] = T[ 9 ]
399 ” ”
”Obs2 . : Condicao do ponto 7”
401 a = 0
b = 0
403 whi le l i s t a x [ a ] < x [ 2 ] :
74
a = a+1
405 whi le matrix [ b ] [ a ] < p [ 7 ] :
b = b+1
407 x i n t e r p = [ matrix [ b ] [ a ] , matrix [ b−1] [ a ] ]
y i n t e r p = [ l i s t a T [ b ] , l i s t a T [ b−1] ]
409
T[ 6 ] = numpy . i n t e r p (p [ 6 ] , x in te rp , y i n t e r p )
411
”Obs3 . : Modelo do Trocador de Calor ”
413 T[ 4 ] = T[ 3 ] − ( f l o a t ( e p s i l o n ) ∗(T[3]−T[ 1 ] ) )
T[ 5 ] = T[ 4 ]
415 ” ”
417 h x [ 0 ] = h LiBr (T[ 0 ] , x [ 0 ] )
h x [ 1 ] = h LiBr (T[ 1 ] , x [ 1 ] )
419 h x [ 3 ] = h LiBr (T[ 3 ] , x [ 3 ] )
h x [ 4 ] = h LiBr (T[ 4 ] , x [ 4 ] )
421 h x [ 5 ] = h LiBr (T[ 5 ] , x [ 5 ] )
423 h w [ 6 ] = h vap (T[ 6 ] , p [ 6 ] )
h w [ 7 ] = h sa t (T [ 7 ] )
425 h w [ 8 ] = h w [ 7 ]
h w [ 9 ] = h vap (T[ 9 ] , p [ 9 ] )
427
h w [ 0 ] = h moltomass ( h x [ 0 ] , x [ 0 ] )
429 h w [ 1 ] = h moltomass ( h x [ 1 ] , x [ 1 ] )
h w [ 3 ] = h moltomass ( h x [ 3 ] , x [ 3 ] )
431 h w [ 4 ] = h moltomass ( h x [ 4 ] , x [ 4 ] )
h w [ 5 ] = h moltomass ( h x [ 5 ] , x [ 5 ] )
433
”Obs4 . : Balanco Energet i co do Trocador”
435 h w [ 2 ] = (−m[ 4 ] ∗ h w [ 4 ] + m[ 3 ] ∗ h w [ 3 ] + m[ 1 ] ∗ h w [ 1 ] ) /m[ 2 ]
437 ” 5) Ajuste de Unidades e D ig i t o s ”
f o r i in range (0 , 6 ) :
439 h w [ i ] = round ( h w [ i ] /1000 ,3 ) #Conversao de J/kg para J/g
441 f o r i in range (6 , 10 ) :
h w [ i ] = round ( h w [ i ] /M H2O, 3 ) #Conversao de J/mol para J/g
443
f o r i in range (0 , 10 ) :
445 p [ i ] = round (p [ i ] /1000 ,3 ) #Conversao para kPa
447 i f T[ i ] == None :
T[ i ] = ””
449 e l s e :
T[ i ] = round (T[ i ] −273.15 ,3) #Conversao para C
75
451
f o r i in range (0 , 10 ) :
453 m[ i ] = round (m[ i ] , 3 )
w[ i ] = round (w[ i ] , 3 )
455
” 6) Balanco Energet i co dos Equipamentos”
457 Qa = −(m[ 0 ] ∗ h w [ 0 ] ) + m[ 9 ] ∗ h w [ 9 ] + m[ 5 ] ∗ h w [ 5 ]
Qg = m[ 3 ] ∗ h w [ 3 ] + m[ 6 ] ∗ h w [ 6 ] − (m[ 2 ] ∗ h w [ 2 ] )
459 Qc = −(m[ 7 ] ∗ h w [ 7 ] ) + m[ 6 ] ∗ h w [ 6 ]
Qe = m[ 9 ] ∗ h w [ 9 ] − (m[ 8 ] ∗ h w [ 8 ] )
461
” 7) C o e f i c i e n t e de Performance (COP) ”
463 COP = f l o a t (Qe) / f l o a t (Qg)
465 re turn p , T, m, h w , w, Qa, Qg, Qc , Qe , COP
467 ”””
”””
469 de f DuploEstagio (T1 , T4 , T8 , T10 , T14 , T18 ,m1, e p s i l o n =0.9) :
p = [ None ]∗20
471 T = [ None ]∗20
m = [ None ]∗20
473 h x = [ None ]∗20
h w = [ None ]∗20
475 w = [ None ]∗20
x = [ None ]∗20
477 M H2O = 18.015268 #Massa molar da agua [ g/mol ]
479 ” 1) Ut i l i z ando os Inputs de Temperatura”
p [ 7 ] = p sa t ( f l o a t (T8) +273.15)
481 p [ 9 ] = p sa t ( f l o a t (T10) +273.15)
p [ 1 7 ] = p sa t ( f l o a t (T18) +273.15)
483
p [ 0 ] = p [ 9 ]
485 p [ 5 ] = p [ 9 ]
p [ 8 ] = p [ 9 ]
487
p [ 1 ] = p [ 7 ]
489 p [ 2 ] = p [ 7 ]
p [ 3 ] = p [ 7 ]
491 p [ 4 ] = p [ 7 ]
p [ 6 ] = p [ 7 ]
493
p [ 1 0 ] = p [ 7 ]
495 p [ 1 5 ] = p [ 7 ]
76
p [ 1 8 ] = p [ 7 ]
497 p [ 1 9 ] = p [ 7 ]
499 p [ 1 1 ] = p [ 1 7 ]
p [ 1 2 ] = p [ 1 7 ]
501 p [ 1 3 ] = p [ 1 7 ]
p [ 1 4 ] = p [ 1 7 ]
503 p [ 1 6 ] = p [ 1 7 ]
505 ”Obs1 . : Metodo para usar a funcao in ve r s a do p LiBr (T, x ) ”
l i s t a x = [ ]
507 l i s t a T = range (273 ,523 ,1 )
vetor = numpy . arange ( 0 . 0 , 1 . 0 , 0 . 0 1 )
509 f o r i in range (0 , l en ( vetor ) ) :
conv = masstomol ( vetor [ i ] )
511 l i s t a x . append ( conv )
513 l i s t a p = [ ]
f o r i in range (0 , l en ( l i s t a T ) ) :
515 f o r j in range (0 , l en ( l i s t a x ) ) :
elem = p LiBr ( l i s t a T [ i ] , l i s t a x [ j ] )
517 l i s t a p . append ( elem )
matrix = numpy . reshape ( l i s t a p , ( l en ( l i s t a T ) , l en ( l i s t a x ) ) )
519
i = 0
521 whi le matrix [ f l o a t (T1) ] [ i ] > p [ 9 ] :
i = i+1
523 x i n t e r p = [ matrix [ f l o a t (T1) ] [ i ] , matrix [ f l o a t (T1) ] [ i −1] ]
y i n t e r p = [ l i s t a x [ i ] , l i s t a x [ i −1] ]
525 x [ 0 ] = numpy . i n t e r p (p [ 9 ] , x in te rp , y i n t e r p )
w[ 0 ] = moltomass ( x [ 0 ] )
527
j = 0
529 whi le matrix [ f l o a t (T4) ] [ j ] > p [ 7 ] :
j = j+1
531 x i n t e r p = [ matrix [ f l o a t (T4) ] [ j ] , matrix [ f l o a t (T4) ] [ j −1] ]
y i n t e r p = [ l i s t a x [ j ] , l i s t a x [ j −1] ]
533 x [ 3 ] = numpy . i n t e r p (p [ 7 ] , x in te rp , y i n t e r p )
w[ 3 ] = moltomass ( x [ 3 ] )
535
k = 0
537 whi le matrix [ f l o a t (T14) ] [ k ] > p [ 1 7 ] :
k = k+1
539 x i n t e r p = [ matrix [ f l o a t (T14) ] [ k ] , matrix [ f l o a t (T14) ] [ k−1] ]
y i n t e r p = [ l i s t a x [ k ] , l i s t a x [ k−1] ]
541 x [ 1 3 ] = numpy . i n t e r p (p [ 1 7 ] , x in te rp , y i n t e r p )
w[ 1 3 ] = moltomass ( x [ 1 3 ] )
77
543
” 2) Balanco de Massa”
545 m[ 0 ] = f l o a t (m1)
m[ 1 ] = m[ 0 ]
547 m[ 2 ] = m[ 1 ]
549 w[ 1 ] = w[ 0 ]
w [ 2 ] = w[ 1 ]
551 w[ 1 2 ] = w[ 2 ]
w[ 1 1 ] = w[ 1 2 ]
553 w[ 1 0 ] = w[ 1 1 ]
w[ 1 9 ] = w[ 2 ]
555
m[ 3 ] = (m[ 2 ] ∗w[ 2 ] ) /w[ 3 ]
557 m[ 4 ] = m[ 3 ]
m[ 5 ] = m[ 4 ]
559
m[ 1 0 ] = 0.567∗m[ 2 ] #Com base na l i t e r a t u r a
561 m[ 1 9 ] = 0.433∗m[ 2 ]
m[ 1 1 ] = m[ 1 0 ]
563 m[ 1 2 ] = m[ 1 1 ]
565 m[ 1 3 ] = (m[ 1 2 ] ∗w[ 1 2 ] ) /w[ 1 3 ]
m[ 1 4 ] = m[ 1 3 ]
567 m[ 1 5 ] = m[ 1 4 ]
m[ 6 ] = m[ 1 9 ] + m[ 1 5 ] − m[ 3 ]
569
m[ 1 6 ] = m[ 1 2 ] − m[ 1 3 ]
571 m[ 1 7 ] = m[ 1 6 ]
m[ 1 8 ] = m[ 1 7 ]
573
m[ 7 ] = m[ 6 ] + m[ 1 8 ]
575 m[ 8 ] = m[ 7 ]
m[ 9 ] = m[ 8 ]
577
w[ 4 ] = w[ 3 ]
579 w[ 5 ] = w[ 4 ]
581 w[ 1 4 ] = w[ 1 3 ]
w[ 1 5 ] = w[ 1 4 ]
583
w[ 6 ] = 0 #Agua Pura
585 w[ 7 ] = 0 #Agua Pura
w[ 8 ] = 0 #Agua Pura
587 w[ 9 ] = 0 #Agua Pura
w[ 1 6 ] = 0 #Agua Pura
589 w[ 1 7 ] = 0 #Agua Pura
78
w[ 1 8 ] = 0 #Agua Pura
591
” 3) Criacao da L i s t a de Fracao Molar”
593 f o r i in range (0 , 20 ) :
x [ i ] = masstomol (w[ i ] )
595
” 4) Relacoes de Enta lp ia E s p e c i f i c a ”
597 T[ 0 ] = f l o a t (T1) +273.15
T[ 3 ] = f l o a t (T4) +273.15
599 T[ 7 ] = f l o a t (T8) +273.15
T[ 9 ] = f l o a t (T10) +273.15
601 T[ 1 3 ] = f l o a t (T14) +273.15
T[ 1 7 ] = f l o a t (T18) +273.15
603
T[ 1 ] = T[ 0 ]
605 T[ 8 ] = T[ 9 ]
607 ” ”
”Obs2 . : Condicao do ponto 7 e 17”
609 a = 0
b = 0
611 whi le l i s t a x [ a ] < x [ 1 9 ] :
a = a+1
613 whi le matrix [ b ] [ a ] < p [ 6 ] :
b = b+1
615 x i n t e r p = [ matrix [ b ] [ a ] , matrix [ b−1] [ a ] ]
y i n t e r p = [ l i s t a T [ b ] , l i s t a T [ b−1] ]
617
T[ 6 ] = numpy . i n t e r p (p [ 6 ] , x in te rp , y i n t e r p )
619
c = 0
621 d = 0
whi le l i s t a x [ c ] < x [ 1 2 ] :
623 c = c+1
whi le matrix [ d ] [ c ] < p [ 1 6 ] :
625 d = d+1
x i n t e r p = [ matrix [ d ] [ c ] , matrix [ d−1] [ c ] ]
627 y i n t e r p = [ l i s t a T [ d ] , l i s t a T [ d−1] ]
629 T[ 1 6 ] = numpy . i n t e r p (p [ 1 6 ] , x in te rp , y i n t e r p )
631 ”Obs3 . : Modelo do Trocador de Calor ”
###
633 T[ 2 ] = T[ 6 ]
635 T[ 1 0 ] = T[ 2 ]
T[ 1 9 ] = T[ 2 ]
79
637 T[ 1 1 ] = T[ 1 0 ]
###
639
T[ 4 ] = T[ 3 ] − ( f l o a t ( e p s i l o n ) ∗(T[3]−T[ 1 ] ) )
641 T[ 1 4 ] = T[ 1 3 ] − ( f l o a t ( e p s i l o n ) ∗(T[13]−T[ 1 1 ] ) )
643 T[ 1 5 ] = T[ 1 4 ]
” ”
645
h x [ 0 ] = h LiBr (T[ 0 ] , x [ 0 ] )
647 h x [ 1 ] = h LiBr (T[ 1 ] , x [ 1 ] )
h x [ 3 ] = h LiBr (T[ 3 ] , x [ 3 ] )
649 h x [ 4 ] = h LiBr (T[ 4 ] , x [ 4 ] )
h x [ 5 ] = h x [ 4 ]
651
h w [ 6 ] = h vap (T[ 6 ] , p [ 6 ] )
653 h w [ 7 ] = h sa t (T [ 7 ] )
h w [ 8 ] = h w [ 7 ]
655 h w [ 9 ] = h vap (T[ 9 ] , p [ 9 ] )
657 h w [ 0 ] = h moltomass ( h x [ 0 ] , x [ 0 ] )
h w [ 1 ] = h moltomass ( h x [ 1 ] , x [ 1 ] )
659 h w [ 3 ] = h moltomass ( h x [ 3 ] , x [ 3 ] )
h w [ 4 ] = h moltomass ( h x [ 4 ] , x [ 4 ] )
661 h w [ 5 ] = h moltomass ( h x [ 5 ] , x [ 5 ] )
663 h x [ 1 3 ] = h LiBr (T[ 1 3 ] , x [ 1 3 ] )
h x [ 1 4 ] = h LiBr (T[ 1 4 ] , x [ 1 4 ] )
665 h x [ 1 5 ] = h LiBr (T[ 1 5 ] , x [ 1 5 ] )
h x [ 1 9 ] = h LiBr (T[ 1 9 ] , x [ 1 9 ] )
667
h w [ 1 6 ] = h vap (T[ 1 6 ] , p [ 1 6 ] )
669 h w [ 1 7 ] = h sa t (T[ 1 7 ] )
h w [ 1 8 ] = h w [ 1 7 ]
671
h w [ 1 3 ] = h moltomass ( h x [ 1 3 ] , x [ 1 3 ] )
673 h w [ 1 4 ] = h moltomass ( h x [ 1 4 ] , x [ 1 4 ] )
h w [ 1 5 ] = h moltomass ( h x [ 1 5 ] , x [ 1 5 ] )
675 h w [ 1 9 ] = h moltomass ( h x [ 1 9 ] , x [ 1 9 ] )
677 ”Obs4 . : Balanco Energet i co do Trocador”
h w [ 2 ] = (−m[ 4 ] ∗ h w [ 4 ] + m[ 3 ] ∗ h w [ 3 ] + m[ 1 ] ∗ h w [ 1 ] ) /m[ 2 ]
679
h w [ 1 0 ] = h w [ 2 ]
681 h w [ 1 1 ] = h w [ 1 0 ]
683 h w [ 1 2 ] = (−m[ 1 4 ] ∗ h w [ 1 4 ] + m[ 1 3 ] ∗ h w [ 1 3 ] + m[ 1 1 ] ∗ h w [ 1 1 ] ) /m[ 1 2 ]
80
685 ” 5) Ajuste de Unidades”
f o r i in range (0 , 6 ) :
687 h w [ i ] = round ( h w [ i ] /1000 ,3 ) #Conversao de J/kg para J/g
689 f o r i in range (6 , 10 ) :
h w [ i ] = round ( h w [ i ] /M H2O, 3 ) #Conversao de J/mol para J/g
691
f o r i in range (10 ,16) :
693 h w [ i ] = round ( h w [ i ] /1000 ,3 ) #Conversao de J/kg para J/g
695 f o r i in range (16 ,19) :
h w [ i ] = round ( h w [ i ] /M H2O, 3 ) #Conversao de J/mol para J/g
697
h w [ 1 9 ] = round ( h w [ 1 9 ] / 1 0 0 0 , 3 )
699
f o r i in range (0 , 20 ) :
701 p [ i ] = round (p [ i ] /1000 ,3 ) #Conversao para kPa
703 i f T[ i ] == None :
T[ i ] = ””
705 e l s e :
T[ i ] = round (T[ i ] −273.15 ,3) #Conversao para C
707
f o r i in range (0 , 20 ) :
709 m[ i ] = round (m[ i ] , 3 )
w[ i ] = round (w[ i ] , 3 )
711
” 6) Balanco Energet i co dos Equipamentos”
713 Qa = −(m[ 0 ] ∗ h w [ 0 ] ) + m[ 9 ] ∗ h w [ 9 ] + m[ 5 ] ∗ h w [ 5 ]
Qe = m[ 9 ] ∗ h w [ 9 ] − (m[ 8 ] ∗ h w [ 8 ] )
715 Qg1 = m[ 3 ] ∗ h w [ 3 ] + m[ 6 ] ∗ h w [ 6 ] − (m[ 1 9 ] ∗ h w [ 1 9 ] ) − (m[ 1 5 ] ∗ h w [ 1 5 ] )
Qc1 = −(m[ 7 ] ∗ h w [ 7 ] ) + m[ 6 ] ∗ h w [ 6 ] + m[ 1 8 ] ∗ h w [ 1 8 ]
717 Qg2 = m[ 1 3 ] ∗ h w [ 1 3 ] + m[ 1 6 ] ∗ h w [ 1 6 ] − (m[ 1 2 ] ∗ h w [ 1 2 ] )
Qc2 = −(m[ 1 7 ] ∗ h w [ 1 7 ] ) + m[ 1 6 ] ∗ h w [ 1 6 ]
719
” 7) C o e f i c i e n t e de Performance (COP) ”
721 COP = f l o a t (Qe) / f l o a t (Qg2)
723 re turn p , T, m, h w , w, Qa, Qg1 , Qc1 , Qe , Qg2 , Qc2 , COP
725 ”””
===========================================================================
Criacao da I n t e r f a c e Gra f i ca para o Usuaro Fina l
727 ===========================================================================
”””
81
729 import os . path as osp
from PyQt4 import QtGui
731 from PyQt4 . u i c import loadUiType
733 FormClass1 , BaseClass1 = loadUiType ( osp . j o i n ( osp . dirname ( osp . r ea lpa th (
f i l e ) ) , ’ P r i n c i p a l . u i ’ ) )
FormClass2 , BaseClass2 = loadUiType ( osp . j o i n ( osp . dirname ( osp . r ea lpa th (
f i l e ) ) , ’ DuploEfe ito . u i ’ ) )
735 FormClass3 , BaseClass3 = loadUiType ( osp . j o i n ( osp . dirname ( osp . r ea lpa th (
f i l e ) ) , ’ DuploTabela . u i ’ ) )
FormClass4 , BaseClass4 = loadUiType ( osp . j o i n ( osp . dirname ( osp . r ea lpa th (
f i l e ) ) , ’ S imp l e sE f e i t o . u i ’ ) )
737 FormClass5 , BaseClass5 = loadUiType ( osp . j o i n ( osp . dirname ( osp . r ea lpa th (
f i l e ) ) , ’ SimplesTabela . u i ’ ) )
739 c l a s s SimplesTabela ( BaseClass5 , FormClass5 ) :
de f i n i t ( s e l f , parent=None ) :
741 super ( SimplesTabela , s e l f ) . i n i t ( parent )
s e l f . setupUi ( s e l f )
743
c l a s s S imp l e sE f e i t o ( BaseClass4 , FormClass4 ) :
745 de f i n i t ( s e l f , parent=None ) :
super ( S imple sEfe i to , s e l f ) . i n i t ( parent )
747 s e l f . setupUi ( s e l f )
749 c l a s s DuploTabela ( BaseClass3 , FormClass3 ) :
de f i n i t ( s e l f , parent=None ) :
751 super ( DuploTabela , s e l f ) . i n i t ( parent )
s e l f . setupUi ( s e l f )
753
c l a s s DuploEfe ito ( BaseClass2 , FormClass2 ) :
755 de f i n i t ( s e l f , parent=None ) :
super ( DuploEfeito , s e l f ) . i n i t ( parent )
757 s e l f . setupUi ( s e l f )
759 c l a s s P r i n c i p a l ( BaseClass1 , FormClass1 ) :
de f i n i t ( s e l f , parent=None ) :
761 super ( Pr inc ipa l , s e l f ) . i n i t ( parent )
s e l f . setupUi ( s e l f )
763 s e l f . pros segu i rButton . c l i c k e d . connect ( s e l f . CicloAbs )
765 de f CicloAbs ( s e l f ) :
i f s e l f . s imp l e s e f e i t oBut ton . isChecked ( ) == True :
767 s e l f . s i m p l e s e f e i t o = S imp l e sE f e i t o ( s e l f )
s e l f . s i m p l e s e f e i t o . show ( )
769 s e l f . s i m p l e s e f e i t o . ca l cu la rButton . c l i c k e d . connect ( s e l f .
82
Sa lvaVar i ave i s S imp l e s )
s e l f . s i m p l e s e f e i t o . ca l cu la rButton . c l i c k e d . connect ( s e l f .
Resu l tado Simples )
771
i f s e l f . dup loe f e i toButton . isChecked ( ) == True :
773 s e l f . d u p l o e f e i t o = DuploEfe i to ( s e l f )
s e l f . d u p l o e f e i t o . show ( )
775 s e l f . d u p l o e f e i t o . ca l cu la rButton . c l i c k e d . connect ( s e l f .
Sa lvaVar iave i s Duplo )
s e l f . d u p l o e f e i t o . ca l cu la rButton . c l i c k e d . connect ( s e l f .
Resultado Duplo )
777
de f Sa lvaVar i ave i s S imp l e s ( s e l f ) :
779 T1 = s e l f . s i m p l e s e f e i t o . l i n e E d i t . t ex t ( )
T4 = s e l f . s i m p l e s e f e i t o . l i n e E d i t 4 . t ex t ( )
781 T8 = s e l f . s i m p l e s e f e i t o . l i n e E d i t 2 . t ex t ( )
T10 = s e l f . s i m p l e s e f e i t o . l i n e E d i t 3 . t ex t ( )
783 m1 = s e l f . s i m p l e s e f e i t o . l i n e E d i t 7 . t ex t ( )
re turn T1 , T4 , T8 , T10 ,m1
785
de f Sa lvaVar iave i s Duplo ( s e l f ) :
787 m1 = s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t 8 . t ex t ( )
T1 = s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t 3 . t ex t ( )
789 T4 = s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t 7 . t ex t ( )
T8 = s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t . t ex t ( )
791 T10 = s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t 4 . t ex t ( )
T14 = s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t 2 . t ex t ( )
793 T18 = s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t 9 . t ex t ( )
re turn T1 , T4 , T8 , T10 , T14 , T18 ,m1
795
de f Resu l tado Simples ( s e l f ) :
797 s e l f . s i m p l e s t a b e l a = SimplesTabela ( s e l f )
T1 , T4 , T8 , T10 , m1 = s e l f . Sa lvaVar i ave i s S imp l e s ( )
799 i f s e l f . s i m p l e s e f e i t o . l i n e E d i t 5 . t ex t ( ) == ”” :
p , T, m, h w , w, Qa, Qg, Qc , Qe , COP = SimplesEstag io (T1 , T4
, T8 , T10 ,m1)
801 e l s e :
e p s i l o n = s e l f . s i m p l e s e f e i t o . l i n e E d i t 5 . t ex t ( )
803 p , T, m, h w , w, Qa, Qg, Qc , Qe , COP = SimplesEstag io (T1 , T4
, T8 , T10 ,m1, e p s i l o n )
f o r i in range (0 , 10 ) :
805 s e l f . s i m p l e s t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 1 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r (T[ i ] ) ) )
s e l f . s i m p l e s t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 2 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r (p [ i ] ) ) )
807 s e l f . s i m p l e s t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 3 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r ( h w [ i ] ) ) )
83
s e l f . s i m p l e s t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 4 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r (w[ i ] ) ) )
809 s e l f . s i m p l e s t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 5 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r (m[ i ] ) ) )
s e l f . s i m p l e s t a b e l a . textBrowser 3 . se tP la inText ( s t r ( round (COP
, 3 ) ) )
811 s e l f . s i m p l e s t a b e l a . textBrowser 5 . se tP la inText ( s t r ( round (Qa, 3 )
) )
s e l f . s i m p l e s t a b e l a . textBrowser 6 . se tP la inText ( s t r ( round (Qg, 3 )
) )
813 s e l f . s i m p l e s t a b e l a . textBrowser 4 . se tP la inText ( s t r ( round (Qc , 3 )
) )
s e l f . s i m p l e s t a b e l a . textBrowser 8 . se tP la inText ( s t r ( round (Qe , 3 )
) )
815 s e l f . s i m p l e s t a b e l a . textBrowser 2 . se tP la inText ( s t r ( round (
a r e a c o l e t o r (Qe∗1000 , p e r d a c a l o r (100 ,110) ,150) ,0 ) ) )
s e l f . s i m p l e s t a b e l a . show ( )
817 s e l f . s i m p l e s t a b e l a . pushButton 2 . c l i c k e d . connect ( s e l f . c l o s e )
s e l f . s i m p l e s t a b e l a . pushButton . c l i c k e d . connect ( s e l f .
s i m p l e s t a b e l a . c l o s e )
819
de f Resultado Duplo ( s e l f ) :
821 s e l f . d u p l o t a b e l a = DuploTabela ( s e l f )
T1 , T4 , T8 , T10 , T14 , T18 , m1 = s e l f . Sa lvaVar iave i s Duplo ( )
823 i f s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t 1 0 . t ex t ( ) == ”” :
p , T, m, h w , w, Qa, Qg1 , Qc1 , Qe , Qg2 , Qc2 , COP =
DuploEstagio (T1 , T4 , T8 , T10 , T14 , T18 ,m1)
825 e l s e :
e p s i l o n = s e l f . d u p l o e f e i t o . l i n e E d i t 1 0 . t ex t ( )
827 p , T, m, h w , w, Qa, Qg1 , Qc1 , Qe , Qg2 , Qc2 , COP =
DuploEstagio (T1 , T4 , T8 , T10 , T14 , T18 ,m1, e p s i l o n )
f o r i in range (0 , 20 ) :
829 s e l f . d u p l o t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 1 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r (T[ i ] ) ) )
s e l f . d u p l o t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 2 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r (p [ i ] ) ) )
831 s e l f . d u p l o t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 3 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r ( h w [ i ] ) ) )
s e l f . d u p l o t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 4 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r (w[ i ] ) ) )
833 s e l f . d u p l o t a b e l a . tableWidget . set I tem ( i , 5 , QtGui .
QTableWidgetItem ( s t r (m[ i ] ) ) )
s e l f . d u p l o t a b e l a . textBrowser 3 . se tP la inText ( s t r ( round (COP, 3 ) )
)
835 s e l f . d u p l o t a b e l a . textBrowser 2 . se tP la inText ( s t r ( round (Qa, 3 ) ) )
s e l f . d u p l o t a b e l a . textBrowser 5 . se tP la inText ( s t r ( round (Qg1 , 3 ) )
)
84
837 s e l f . d u p l o t a b e l a . textBrowser 4 . se tP la inText ( s t r ( round (Qc1 , 3 ) )
)
s e l f . d u p l o t a b e l a . textBrowser 6 . se tP la inText ( s t r ( round (Qg2 , 3 ) )
)
839 s e l f . d u p l o t a b e l a . textBrowser 7 . se tP la inText ( s t r ( round (Qc2 , 3 ) )
)
s e l f . d u p l o t a b e l a . textBrowser 8 . se tP la inText ( s t r ( round (Qe , 3 ) ) )
841 s e l f . d u p l o t a b e l a . textBrowser . se tP la inText ( s t r ( round (
a r e a c o l e t o r (Qe∗1000 , p e r d a c a l o r (140 ,150) ,150) ,0 ) ) )
s e l f . d u p l o t a b e l a . show ( )
843 s e l f . d u p l o t a b e l a . pushButton 2 . c l i c k e d . connect ( s e l f . c l o s e )
s e l f . d u p l o t a b e l a . pushButton . c l i c k e d . connect ( s e l f .
d u p l o t a b e l a . c l o s e )
845
i f name == ” main ” :
847 from PyQt4 . QtGui import QApplication
app = QApplication ( [ ] )
849 form = P r i n c i p a l ( )
form . show ( )
851 app . exec ( )
Programa–Python/Programa Principal.py
85