37
Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Estruturas MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 08: Modelagem de Treliças Profa. Dra. Maria Betânia de Oliveira [email protected] mboufrj.weebly.com

MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 08: … · MSE 2015.2 . Exercícios de Modelagem Explicar o comportamento estrutural através da análise de modelos físicos das seguintes

Embed Size (px)

Citation preview

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Departamento de Estruturas

MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS

Aula 08: Modelagem de Treliças

Profa. Dra. Maria Betânia de Oliveira

[email protected]

mboufrj.weebly.com

Objetivos

Entendimento dos conteúdos apresentados na aula.

Metodologia Apresentação e discussões sobre o tema da aula.

Aula 8

Modelagem de treliças.

Atividade Discente Participar da aula e estudar os assuntos abordados. Elaborar os modelos propostos.

MSE 2015.2

UFRJ.FAU.DE

Comportamento Estrutural

Deformação axial

Cabo livremente

suspenso submetido à

força concentrada.

Modelo como um “arco”

funicular da carga

concentrada.

As barras estão submetidas

apenas a esforços de

compressão simples.

As barras aplicam forças

horizontais (empuxos) aos

apoios.

Eliminando a ação

horizontal no topo dos

pilares, tem-se como

solução a colocação

do tirante horizontal.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Comportamento Estrutural

Para vencer dois vãos, a solução

mais imediata

é o uso de duas estruturas iguais às

anteriores apoiadas entre pilares.

Para liberar o espaço interno, se

retira o pilar central.

A estrutura ficará instável e girará

sobre seus apoios extremos.

F F F F

Para restabelecer o equilíbrio será

necessário a colocação de uma barra

rígida na parte superior, a qual ficará

submetida à compressão simples.

A estrutura assim originada é uma treliça.

MSE 2015.2

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Treliças são estruturas lineares constituídas por barras retas, dispostas de modo a

formar painéis triangulares, e solicitadas predominantemente por tração ou compressão

simples.

Treliça simples ou treliça de Palladio

(com escoras)

As treliças são utilizadas há muito tempo

nas construções.

O arquiteto Palladio, por volta de 1540,

organizou o conhecimento existente sobre

essa alternativa construtiva.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Banzo superior

Banzo inferior

Montante

Diagonal

Corda ou Banzo – conjunto de barras que limitam superiormente e inferiormente a treliça

Montante – barra vertical

Diagonal – barra diagonal ao painel

Nó – junção das extremidades das barras de uma estrutura linear

Viga treliçada – treliça de banzos paralelos

Tesoura – treliça de banzos não paralelos destinada ao suporte de uma cobertura

Esquema Estrutural

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Treliça de banzos não paralelos para suportar coberturas

Tesoura trapezoidal em duas águas

Tesoura triangular em duas águas

Esquema Estrutural

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Linha de uma tesoura: conjunto de barras que limitam inferiormente uma

tesoura.

Perna de uma tesoura: conjunto de barras de cada um dos alinhamentos

retos que limitam superiormente a tesoura de duas águas.

Tesouras de Madeira

Mão-francesa: barra inclinada, de treliça ou pórtico, solicitada

predominantemente por força normal de compressão.

Pendural de uma tesoura: barra vertical central de uma tesoura de duas

águas.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Treliça simples constituída por linha e

pernas.

Treliça simples constituída por linha,

pernas e pendural.

Treliça simples constituída por linha, pernas

e pendural apoiado na linha.

Treliça simples constituída por linha,

pernas e pendural fixados por elementos

metálicos à linha.

Variantes da geometria da treliça simples

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

"Quattro libri dell´architettura", prima

edizione 1570 - Ponte di Bassano.

Palladio (1508-1580)

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Barras Tracionadas e Comprimidas

Análise Qualitativa

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Cobertura de duas águas

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Teatro Olímpico, Vicenza, 1580

Palladio

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Sheldonian Theatre, Oxford, England,1668.

Arquitetura: Christopher Wren

Treliça de suporte da

cobertura do auditório

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Praça do Comércio ou Terreiro do Paço

Praça da Baixa Lisboa situada na margem do rio Tejo

Reconstruída na direção do Marquês de Pombal

Treliças de coberturas encontradas em edifícios pombalinos.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Casa de campo de Antonio Bernardo Herrmann, em Itaipava.

Erguida nos anos 1970 por Zanine Caldas (1919-2001).

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Considerando o peso próprio da tesoura e o peso do telhado, têm-se:

1- Flexo-tração

2 - Compressão

3 - Flexão

4 - Tração

5 – Compressão

Adaptação do ENC2003.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Os elementos estruturais treliçados

possuem pequeno peso próprio em

comparação com outros elementos

estruturais maciços de mesma função.

De um modo geral, todos os elementos

estruturais podem ser fabricados

maciços ou treliçados:

vigas treliçadas,

pontes em treliça, pilares treliçados,

pórticos treliçados, etc.

Barras de aço cruzadas em forma de treliça na

cobertura semicircular de uma das plataformas

embarque da estação King’s Cross, Londres.

John McAslan + Partners

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

O Mercado de Santarém – Portugal

Arq. Cassiano Branco

1928

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Torre à margem da Via Dutra: componente de linha de

transmissão de energia elétrica.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Ponte Luís I ou Ponte D. Luís, em arco treliçado, construída entre os

anos 1881 e 1888, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia

separadas pelo rio Douro, Portugal.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Ginásio de Esportes de Blumenau, conhecido como Galegão.

Inaugurado em 2008.

A foto acima mostra uma viga treliçada circular apoiada em quatro pilares de concreto.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Estádio Governador Plácido

Castelo ou Arena Castelão,

Fortaleza, Ceará.

Pórticos treliçados.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Pavilhão de Exposições do Anhembi Parque, São Paulo.

Treliça Espacial e Pilares

Disponível em: http://www.anhembi.com.br/espaco/pavilhao-norte-sul/

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Treliça e Pilares do Anhembi

Fotos 2012

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Pavilhão de Exposições do Rio Centro

Rio de Janeiro

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Companhia Cervejaria Brahma

Rio de Janeiro

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Aeroporto Governador André Franco Montoro ou

Aeroporto Internacional de Guarulhos, conhecido também como

Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Aeroporto de Lisboa

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Formadas por triângulos

Barras comprimidas rígidas, em alguns casos, as barras tracionadas

podem ser substituídas por cabos

Elementos esbeltos

Leves

Nós articulados

Quando as cargas são aplicadas apenas nos seus nós, as barras estão

sujeitas somente à tração, à compressão, ou não estão tensionadas.

Caso contrário, ocorre flexão

Vencem grandes vãos

Utilizadas principalmente em coberturas e pontes

Usualmente, as treliças são feitas em aço ou madeira

Treliças

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Exercícios de Modelagem

Explicar o comportamento estrutural através da análise de modelos físicos das

seguintes treliças.

1. Treliças do Teatro Olímpico, Vicenza, Palladio

2. Treliça com três triângulos

3. Treliça da casa de campo de Antonio Bernardo Herrmann, em Itaipava.

4. Treliça do Mercado de Santarém em Portugal

5. Treliça do Pavilhão de Exposições do Rio Centro

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2

Bibliografia da aula 8

REBELLO, Y.C.P. A Concepção Estrutural e a Arquitetura. Zigurate Editora, 2001.

RODRIGUES, P.F.N. Modelagem dos Sistemas Estruturais: notas de aula.

DE/FAU/UFRJ, 2008.

SÁLES, J.J. et al . Sistemas Estruturais: teoria e exemplos. São Carlos:

SET/EESC/USP, 2005. ISBN: 85-85205-54-7.

SALVADORI, M. Por que os edifícios ficam de pé. Ed. Martins Fontes, 2006. ISBN:

97-88533622-97-5.

UFRJ.FAU.DE

MSE 2015.2