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1 Modelo comum para o programa nacional de controlo da poluição atmosférica em conformidade com o artigo 6º da Diretiva (UE) 2016/2284 1. DESCRIÇÃO DOS CAMPOS Todos os campos deste modelo comum assinalados com (O) são obrigatórios e os assinalados com (F) são facultativos. 2. MODELO COMUM 2.1. Título do programa, informações de contacto e sítios Web 2.1.1. Título do programa, informações de contacto e sítios Web (O) Título do programa Estratégia Nacional para o ar 2020 ENAR2020 Data 26.08.2016 Estado-Membro Portugal Nome da autoridade competente responsável pela elaboração do programa Agência Portuguesa do Ambiente Número de telefone do serviço competente (+351) 21 472 82 00 Endereço eletrónico do serviço competente [email protected] Ligação para o sítio Web onde o programa está publicado Resolução do Conselho de Ministros n.º 46/2016 https://dre.pt/application/conteudo/75207497 Estratégia Nacional para o Ar 2020 (ENAR2020) http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=82&sub2ref=1174

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1

Modelo comum para o programa nacional de controlo da poluição atmosférica em conformidade com o artigo 6º da Diretiva (UE) 2016/2284

1. DESCRIÇÃO DOS CAMPOS

Todos os campos deste modelo comum assinalados com (O) são obrigatórios e os assinalados com (F) são facultativos.

2. MODELO COMUM

2.1. Título do programa, informações de contacto e sítios Web

2.1.1. Título do programa, informações de contacto e sítios Web (O)

Título do programa Estratégia Nacional para o ar 2020 – ENAR2020

Data 26.08.2016

Estado-Membro Portugal

Nome da autoridade competente responsável pela elaboração do programa

Agência Portuguesa do Ambiente

Número de telefone do serviço competente (+351) 21 472 82 00

Endereço eletrónico do serviço competente [email protected]

Ligação para o sítio Web onde o programa está publicado

Resolução do Conselho de Ministros n.º 46/2016

https://dre.pt/application/conteudo/75207497

Estratégia Nacional para o Ar 2020 (ENAR2020)

http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=82&sub2ref=1174

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Ligação(ões) para o(s) sítio(s) Web da(s) consulta(s) sobre o programa

http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=82&sub2ref=1174&sub3ref=1511

2.2. Resumo (F)

O resumo pode também ser um documento autónomo (idealmente com 10 páginas, no máximo). Deve ser um resumo conciso dos

pontos 2.3 a 2.8. Sempre que possível, ponderar a utilização de gráficos para ilustrar o resumo.

2.2.1. Quadro político em matéria de poluição e qualidade do ar

Prioridades políticas e sua relação com prioridades definidas noutras áreas políticas relevantes

As prioridades da política para o ar consubstanciam-se nos seguintes objetivos: a) Cumprimento em 2020 dos objetivos das emissões e da qualidade do ar; b) Cumprimento das metas para a melhoria da qualidade do ar preconizadas para 2020; c) Delinear o caminho para que sejam atingidos a longo prazo objetivos de qualidade do ar recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS); d) Alinhar medidas com a Política Climática que incidam simultaneamente nos poluentes atmosféricos e nos gases com efeito de estufa com co benefício para a qualidade do ar e alterações climáticas.

Responsabilidades atribuídas às autoridades nacionais, regionais e locais

A Agência Portuguesa do Ambiente é responsável pela coordenação e articulação entre as entidades setoriais identificadas ENAR 2020.

O acompanhamento da implementação e da revisão das medidas setoriais da ENAR 2020 é efetuado através do Sistema Nacional de Políticas e Medidas, definido no Quadro Estratégico para a Política Climática, no âmbito do Programa Nacional para as Alterações Climáticas, criado pela Resolução de Conselho de Ministros nº 45/2016, de 26 de agosto.

Compete às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional proceder à articulação e coordenação

com e entre os municípios, no que se refere às medidas de caráter supramunicipal definidas no PNCPA e que

visem a redução de emissões de poluentes para o ar.

Compete aos municípios a coordenação com as entidades envolvidas na implementação de medidas de caráter

local que visem a redução de emissões de poluentes para o ar, definidas no PNCPA, designadamente as

medidas de gestão sustentável da mobilidade urbana e do transporte de passageiros.

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2.2.2. Progressos realizados desde 2005 com as atuais políticas e medidas no que diz respeito à redução das emissões e

à melhoria da qualidade do ar

Reduções de emissão obtidas Em 2017, as emissões reduziram, face a 2005 (com base no IIR 2019):

79% para SOx

42% para NOx

20% para NMVOC

9% para NH3

23% para PM2.5

Progressos em relação aos objetivos de qualidade do ar

Nº zonas ou aglomerações em excedência em 2005 e 2017:

Poluente/Parâmetro 2005 2017

NO2/Média Anual 1 3

NO2/Média horária 0 1

PM10/Média Anual 6 0

PM10/Média Diária 9 0

O3/Valor Alvo 11 2

Atual impacto transfronteiras das fontes de emissões nacionais

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2.2.3. Projeção da evolução até 2030 presumindo que as políticas e medidas (P/M) já adotadas não sofrem alteração

Projeção das emissões e das reduções de emissões (Cenário «com medidas» — CM)

Poluente

Projeção de emissões 2030 kt (reportadas em

2017)

Redução de emissões 2030-2005

SO2 38 -78%

NO2 89 -64%

NMVOC 147 -27%

NH3 38 -32%

PM2.5 37 -43%

Projeção do impacto na melhoria da qualidade do ar (no cenário CM)

Pollutant Difference compared to

baseline (2015 emissions)

NO2 Max decrease of 15 µg.m-3

PM2.5

Max decrease of ~10 µg.m-3

and increase in localized

areas of 15 µg.m-3

O3 Average increases of 5 to

20 µg.m-3

Incertezas

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2.2.4. Opções políticas ponderadas para fins de cumprimento dos compromissos de redução das emissões para 2020 e

2030 e níveis intermédios de emissões para 2025

Principais conjuntos de opções políticas ponderadas

A nível nacional têm sido envidados esforços de prevenção e controlo das emissões, quer em instrumentos normativos, quer pela implementação de vários planos e programas, como sejam o Programa dos Tetos de Emissão Nacional, o Plano de Redução das Grandes Instalações de Combustão, os Planos de Melhoria da Qualidade do Ar e o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC). Relativamente à qualidade do ar, foram estabelecidos objetivos destinados a evitar,

prevenir ou reduzir os efeitos nocivos para a saúde humana e para o ambiente, vertidos no Decreto‑Lei n.º 102/2010, de 23 de setembro, alterado pelo Decreto‑Lei n.º 43/2015, de 27 de março, que transpõe para o direito interno a Diretiva 2008/50/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de maio de 2008, relativa à qualidade do ar ambiente e a um ar mais limpo na Europa, e a Diretiva 2004/107/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de dezembro de 2004, ao arsénio, ao cádmio, ao mercúrio, ao níquel e aos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos no ar ambiente.

Em resultado das políticas e medidas implementadas, as emissões de muitos dos poluentes atmosféricos diminuíram substancialmente nas últimas décadas, verificando‑se uma importante melhoria global da qualidade do ar no país, não obstante persistirem problemas de qualidade do ar, em particular nas zonas urbanas densamente povoadas.

Por outro lado, é assumida nacionalmente a prioridade de transição para uma economia circular que fomente em Portugal um mercado interno de reutilização de materias‑primas e produtos, envolvendo toda a cadeia de valor e todo o ciclo

económico, reforçando a inovação e a promoção de novas oportunidades de negócio, situando‑o no contexto dos objetivos macro de crescimento económico e emprego, promovendo a eficiência no uso dos recursos e, assim, contribuir para o cumprimento dos objetivos de melhoria da qualidade do ar.

2.2.5. Resumo das medidas e políticas selecionadas para adoção por setor, incluindo um calendário para a sua adoção,

execução e revisão, bem como autoridades competentes responsáveis

Sector afetado Políticas e medidas (P/M)

P/M selecionadas Calendário para

a execução das

Autoridade(s) competente(s)

responsável(is) pela aplicação e

Calendário

para a

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P/M

selecionadas

execução das P/M selecionadas (tipo e

nome)

revisão das

P/M

selecionadas

Aprovisionamento

energético

Consumo de energia

Transportes

Gestão Sustentável da Mobilidade

Urbana e do Transporte de

Passageiros 2015 Instituto da Mobilidade e dos Transportes

2020

Processos industriais

Agricultura

Reforço das medidas de

minimização amoníaco no setor -

adoção do código de boas

práticas agrícolas da UNECE

2020

Direção-Geral da Agricultura e

Desenvolvimento Rural (DGADR)

Instituto Nacional de Investigação Agrária e

Veterinária, I. P

Gabinete de Planeamento, Políticas e

Administração Geral

Não definido

Gestão de

resíduos/resíduos

Transversal

Outros (a especificar) Plano de comunicação 2019 Agência Portuguesa do Ambiente

Não definido

2.2.6. Coerência

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Avaliação do modo como as P/M selecionadas asseguram a coerência com planos e programas definidos noutras áreas políticas relevantes

As medidas identificadas nesta estratégia tem em linha as medidas definidas no âmbito do Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC) e do Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE).

2.3. Quadro político em matéria de poluição e qualidade do ar

2.3.1. Prioridades políticas e sua relação com prioridades definidas noutras áreas políticas relevantes

Compromissos nacionais de redução das emissões em comparação com o ano de referência – 2005 (em %) (O)

SO2 NOx NMVOC NH3 PM2.5

2020-2029 (O) 63 36 18 7 15

A partir de 2030 (O) 83 63 38 15 53

Prioridades em matéria de

qualidade do ar:

prioridades políticas

nacionais relacionadas

com os objetivos de

Políticas e Instrumentos

Em Portugal o diploma que estabelece o quadro de avaliação e gestão da qualidade do ar é o Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de setembro, transpondo para a ordem jurídica interna as diretivas neste domínio (Diretiva 2008/50/CE, de 21 de maio relativa à qualidade do ar ambiente e a um ar mais limpo na Europa, e a Diretiva 2004/107/CE, de 15 de dezembro relativa ao arsénio, cádmio, mercúrio, níquel e hidrocarbonetos aromáticos

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qualidade do ar nacionais

ou da UE (incluindo

valores-limite, valores-

alvo e obrigações em

matéria de concentrações

de exposição) (O)

Pode também ser feita referência a objetivos de qualidade do ar recomendados pela OMS.

policíclicos). Este diploma define as competências e atribuições de cada uma das entidades intervenientes neste domínio, estabelecendo objetivos de qualidade para os poluentes no ar (SO2, NO2, NOx, O3, PM10, PM2.5, CO, C6H6, As, Cd, Ni, Hg e PAH) bem como a metodologia de avaliação

Portugal ratificou a Convenção sobre Poluição Atmosférica Transfronteiriça a Longa Distancia (CLRTAP) em 1980, através do Decreto n.º 45/80, de 12 de julho. Foi reconhecida a natureza transfronteiriça da poluição do ar, impondo a cooperação internacional – política e científica – como forma privilegiada e essencial para resolver as questões da poluição do ar.

A nivel regulação de emissões totais de poluentes atmosféricos Portugal está vinculado aos compromissos estabelecidos na Diretiva Tetos e aos compromissos internacionais (Protocolo de Gotemburgo) tendo ratificado as recentes emendas deste protocolo em Julho de 2018.

Planos de qualidade do ar

Atualmente, está em vigor o Plano de Melhoria da Qualidade do Ar da Região Norte para o NO2. Efetivamente na Região Norte estão em vigor medidas estabelecidas no âmbito do Plano de Melhoria da Qualidade do Ar para o NO2 (aprovado pela Portaria n.º 406/2014, de 3 de junho) e respetivo Plano de Execução (aprovado pelo Despacho n.º 10719/2015, de 28 de setembro) cujo objetivo foi identificar medidas a adotar com vista à redução dos níveis de concentração de NO2 nas regiões afetadas - aglomerações Porto Litoral e Entre Douro e Minho (anteriormente designada como Braga, Vale do Ave e Vale do Sousa).

Na Região de Lisboa e Vale do Tejo, está em vigor o novo Plano de Melhoria da Qualidade do Ar da Região de Lisboa e Vale do Tejo para os poluentes partículas PM10 e dióxido de azoto nas aglomerações da Área Metropolitana de Lisboa Norte e da Área Metropolitana de Lisboa Sul (Portaria n.º 116-A/2019, de 4 de fevereiro), que teve em consideração as ultrapassagens identificadas aos valores limite de PM10 e NO2 no período 2011-2014. Está em fase de preparação e aprovação o respetivo Programa de Execução do Plano de Melhoria da Qualidade do Ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo (PExec PMQA-LVT).

Prioridades políticas relevantes em matéria de alterações climáticas e de energia (O)

Políticas e Instrumentos

Em termos dos principais instrumentos de política climática nacional, mantêm-se em vigor a Resolução do Conselho de Ministros n.º 56/2015, de 30 de julho, que aprovou o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC 2020/2030) e a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2020) e procedeu ao estabelecimento de um Sistema Nacional de Políticas e Medidas (SPeM), posteriormente regulado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 45/2016, de 26 de agosto.

Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC)

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O PNAC assenta no conjunto de políticas e medidas (i) já em curso, decorrentes do quadro de política climática definido pelo Protocolo de Quioto até 2013, e (ii) planeadas, decorrentes de objetivos de política setorial mas com impacto direto na geração e/ou mitigação de emissões de GEE, e está enquadrado pelo Roteiro Nacional de Baixo Carbono que define expectativas de trajetórias de baixo carbono até 2050. Muitas destas medidas terão impacto nas atividades económicas e consequentemente na geração de emissões de poluentes atmosféricos.

Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE)

O PNAEE, aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 20/2013, até ao ano 2020, tem como objectivo de política energética a redução da dependência energética através da diversificação das fontes primárias de energia e do aumento da eficiência energética do país.

Ainda no contexto da política climática nacional, importa referir o compromisso assumido pelo Governo Português em 2016, de Portugal atingir a neutralidade carbónica em 2050. Para o efeito encontra-se em fase de elaboração um novo exercício de modelação com o horizonte 2050 visando a identificação e análise das implicações associadas a trajetórias custo-eficazes para a prossecução do referido objetivo nacional, bem como a identificação dos principais vetores de descarbonização associados no âmbito do desenvolvimento de um Roteiro para a Neutralidade Carbónica (RNC2050) em Portugal.

Alinhado com esta visão e desenvolvido em articulação com o RNC 2050, foi também elaborado por Portugal, durante o ano de 2018, o seu draft de Plano Nacional integrado Energia Clima (PNEC), que se enquadra nas obrigações decorrentes do Regulamento (UE) n.º 2018/1999, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2018, relativo à Governação da União da Energia e da Ação Climática, e que será o principal instrumento de política energética e climática para a década 2021-2030.

Prioridades políticas relevantes em áreas políticas pertinentes, incluindo a agricultura, a indústria e os transportes (O)

INDÚSTRIA

Regime das Emissões Industriais

O Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, estabelece o novo regime das emissões industriais (REI), e transpõe para o direito interno a Diretiva 2010/75/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa às emissões industriais (Diretivas das Emissões Industriais - DEI). Este novo quadro jurídico tem como principal objetivo abordar de forma integrada o controlo das emissões de poluentes e a inclusão de novos Valores Limite de Emissão (VLE), agregando num único diploma os seguintes 5 regimes:

• Prevenção e controlo integrados da poluição – regime PCIP (Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de agosto e alterações);

• Grandes instalações de combustão – GIC (Decreto-Lei n.º 178/2003, de 5 de agosto e alterações);

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• Incineração e coincineração de resíduos (Decreto-Lei n.º 85/2005, de 28 de abril e alterações);

• Emissão de compostos orgânicos voláteis resultantes de utilização de solventes orgânicos (Decreto-Lei n.º 242/2001, de 31 de agosto e respetivas alterações);

• Emissões da indústria de dióxido de titânio (Portaria nº 1147/94, de 28 de dezembro).

A consolidação num único diploma legal dos cinco regimes referidos facilita a harmonização e a articulação sistémica dos respetivos regimes jurídicos, bem como a adoção, pelas entidades públicas, de condições técnicas padronizadas e a intervenção de entidades acreditadas na garantia da boa instrução dos processos de licenciamento ou autorização, permitindo uma redução significativa dos prazos. Outra alteração significativa consubstancia-se no facto de passar a ser emitida uma única licença que incorpora as condições de exploração das instalações nos vários domínios ambientais.

Registo de Emissões e Transferências de Poluentes

O Regulamento (CE) n.º 166/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à criação do Registo Europeu das Emissões e Transferências de Poluentes, que altera as Diretivas 91/689/CEE e 96/61/CE (o “Regulamento PRTR-E”), foi aprovado em 18 de janeiro de 2006. O PRTR europeu (PRTR-E) aplica, a nível da UE, o Protocolo PRTR da Convenção de Aarhus da UNECE, assinado pela Comunidade Europeia e 23 Estados-Membros em maio de 2003. O PRTR-E substituiu o Registo Europeu das Emissões de Poluentes (EPER). O Regulamento PRTR-E visa melhorar o acesso do público à informação sobre ambiente através da obrigatoriedade de comunicação e divulgação anual de dados ambientais provenientes de um conjunto alargado de atividades económicas. Estabelece ainda um registo integrado das emissões e transferências de poluentes a nível comunitário na forma de uma base de dados eletrónica acessível ao público e fixa as regras de funcionamento. Na ordem jurídica interna, o Decreto-Lei n.º 127/2008 de 21 de julho (Diploma PRTR), alterado pelo Decreto-Lei n.º 6/2011, de 10 de janeiro, assegura as condições de execução e garantia de cumprimento das obrigações decorrentes para o Estado Português do Regulamento PRTR.

Prevenção e Controlo das Emissões de Poluentes Atmosféricos

O Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril, regulamentado através de sete portarias, veio consagrar a reforma das normas vigentes em matéria de emissões constantes da legislação e instituir um novo regime legal de proteção e controlo da poluição atmosférica.

O Decreto-Lei n.º 181/2006, de 6 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 98/2010 de 11 de agosto limita o teor total de COVs nos produtos para aplicação em edifícios e para retoque de veículos (por ex. tintas, vernizes, produtos de revestimento, etc.) transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva 2004/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de abril.

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TRANSPORTE

As medidas preconizadas para este setor estão em linha com o PNAC e com as iniciativas para os transportes elencadas no Compromisso para o Crescimento Verde (CCV), tendo sido também consideradas iniciativas constantes do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas – horizonte 2014-2020 (PETI) e do CiclAndo - Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves.

• Plano Estratégico Transportes e Infraestruturas (PETi3+) para 2014-2020, aprovado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 61-A/2015, de 20 de agosto;

• Programa de Mobilidade Sustentável para a Administração Pública - ECO.mob 2015-2020, aprovado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 54/2015, de 28 de julho;

• Quadro de Ação Nacional para a criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos (QAN), aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 88/2017, de 26 de junho.

AGRICULTURA

As medidas preconizadas para este setor estão em linha com o PNAC e consubstanciam-se nos seguintes instrumentos:

• Programa de Desenvolvimento Rural para 2014 -2020 (PDR 2020), aprovado através da Decisão de Execução da Comissão C(2014) 9896, de 12 de dezembro de 2014;

• Estratégia para os Efluentes Agropecuários e Agroindustriais 2018-2025, em revisão; • Código de Boas Práticas Agrícolas (CBPA), aprovado através do Despacho n.º 1230/2018, de 5 de

fevereiro;

• Estratégia Nacional para as Florestas (ENF), atualização aprovada através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 6-B/2015, de 4 de fevereiro.

2.3.2. Responsabilidades atribuídas às autoridades nacionais, regionais e locais

Lista das autoridades responsáveis (O)

Descrever o tipo de autoridade (por

exemplo, inspeção ambiental,

agência regional do ambiente,

município) (O)

Quando adequado, nome da autoridade (por exemplo, Ministério

Descrever as responsabilidades

atribuídas nos domínios da

qualidade do ar e da poluição

atmosférica (O)

Selecionar entre as seguintes,

conforme adequado

Setores-fonte sob a responsabilidade da autoridade (F)

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de XXXX, Agência Nacional de XXX, Gabinete Regional de XXX) — Funções de definição de políticas

— Funções de execução

— Funções de controlo do

cumprimento da legislação

(incluindo, quando relevante,

inspeções e licenciamento)

— Funções de monitorização e

comunicação de informações

— Funções de coordenação

— Outras funções, especificar

Autoridades nacionais (O)

Agência Portuguesa do Ambiente

Funções de coordenação

Funções de definição de políticas

Coordenar a elaboração e promover a execução do PNCPA

Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR)

Funções de definição de políticas

Funções de execução Elaboração do Código de boas Práticas agrícolas

Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I. P

Funções de execução Elaboração do Código de boas Práticas agrícolas

Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral

Funções de definição de políticas Assegurar o acompanhamento da aplicação do código

Direção-Geral de Energia e Geologia Funções de definição de políticas

Funções de execução Plano Nacional para a Eficiência Energética

Instituto da Mobilidade e dos Transportes

Funções de definição de políticas

Funções de execução Transportes

Ministério das Finanças Funções de definição de política Incentivos fiscais

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Autoridades regionais (O)

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo

Funções de coordenação Regional, monitorização e comunicação de informações

Procede à articulação e coordenação com e entre os municípios no que se refere às medidas de caráter supramunicipal definidas no PNCPA e que visem a redução de emissões de poluentes para o ar

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Norte

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Centro

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Alentejo

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Algarve

Autoridades locais (O)

Câmara Municipal de Lisboa

Funções de execução

Coordenação com as entidades envolvidas na implementação de medidas de caráter local que visem a redução de emissões de poluentes para o ar, definidas no PNCPA, designadamente as medidas de gestão sustentável da mobilidade urbana e do transporte de passageiros.

Câmara Municipal do Porto

2.4. Progressos realizados pelas políticas e medidas atuais (P/M) na redução das emissões e na melhoria da qualidade do

ar, bem como grau de cumprimento das obrigações nacionais e da União, em comparação com 2005

2.4.1. Progressos realizados com as atuais P/M na redução das emissões, bem como grau de cumprimento das obrigações

de redução das emissões nacionais e da União

Descrever os progressos obtidos

As informações abaixo descritas são apresentadas no inventário do inventário de emissões de poluentes atmosféricos em Portugal para o período 1990-2017 (IIR 2019):

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com as atuais P/M na redução das emissões, bem como o grau de cumprimento das obrigações de redução das emissões nacionais e da União (O)

As emissões de SOx são geradas em grande parte no setor de energia (~ 92% do total de emissões em 2017), que é um grande consumidor de combustíveis fósseis. Dentro deste setor, a combustão em indústrias de transformação, com aproximadamente 37% das emissões totais nacionais em 2017, e as emissões fugitivas de refinação (~ 14% das emissões totais nacionais em 2017) representam as principais fontes. A variação das emissões de SOx no período 1990-2017 registrou uma variação de tendência geral de - 85,3% para o mesmo período, que resultou da redução significativa da maioria das subcategorias: indústrias de energia - 93,0%, indústrias de transformação - 79,0%, transporte -86,5% e combustão de outros setores -72,3%. Estas tendências refletem a implementação de medidas importantes que tiveram um efeito positivo nos níveis de emissões, como a introdução de gás natural (1997), a instalação de novas centrais termoelétricas de ciclo combinado a gás natural (1999), a instalação progressiva de co- unidades de geração, a melhoria da eficiência energética e tecnológica dos processos industriais, ou a introdução de leis mais rigorosas que regulam a qualidade dos combustíveis, para o fuelóleo residual (Decreto-Lei n.º 281/2000, de 10 de novembro). Até o início de 2000, as emissões de SOx apresentavam uma variação inter-anual significativa, relacionada às flutuações pronunciadas da geração de energia hidroelétrica, que é altamente dependente das variações anuais de precipitação. Esta relação foi quebrada em particular nos últimos anos, após a implementação de novos sistemas de dessulfuração em duas centrais de energia de grande porte em Portugal Continental. Como consequência, as emissões de SOx das indústrias de energia registraram uma forte redução desde 2007 (aproximadamente -87% em 2017 comparado com 2017). O ano de 2017 foi caracterizado por uma forte queda na produção de energia hidroelétrica devido a um ano extremamente desfavorável em termos de disponibilidade de água (HPI = 0,47), contribuindo para um aumento do uso de carvão no produtor de electroprodutor. A energia também é o principal setor responsável pelas emissões de NOx e CO, representando, respectivamente, 93,6% e 87,5% das emissões totais nacionais de 2017. A sua contribuição para as emissões de NMVOC também é significativa, juntamente com Processos Industriais e Uso de Produtos. Dentro da energia, o transporte é responsável pela maior parte das emissões de NOx, CO e NMVOC: aprox. 49% para o NOx, 27% para o CO e 11% para o NMVOC de 2017. Apesar das tendências de rápido crescimento do setor de transporte (principalmente rodoviário) desde a década de 90, a introdução de novos carros de passageiros a gasolina com catalisadores e regras mais rigorosas sobre emissões de veículos a diesel, limitou o crescimento dessas emissões ou até mesmo sua diminuição. De fato, a situação começou a mudar nos últimos anos, já que o

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crescimento das emissões de transporte estabilizou e até começou a declinar nos anos mais recentes. A variação das emissões registada no sector rodoviário de transporte no período 1990-2017 para as emissões NMVOC, CO e NOx é, respectivamente, -86%, -83% e - 26%. O NH3 é gerado principalmente em sistemas biológicos, como solo agrícola (45% dos totais nacionais de 2017), sistemas de gestão de efluentes (36% dos totais nacionais de 2017), indústria química e decomposição de resíduos municipais. O transporte rodoviário representa uma quantidade menor de emissões, com 1,7% do total nacional de 2017, mas cresceu significativamente desde 1990 (~ 1500%). A evolução global do amoníaco no período analisado é corresponde a uma variação de -26% entre 1990 e 2017. Uma parte significativa do material particulado é gerada em outros setores (residencial) que representa aproximadamente 37% das emissões totais nacionais de PM2,5 em 2017 e na indústria de transformação (~ 12%), e as estimativas mostram uma tendência negativa geral desde 1990 para TSP (-14%), e uma tendência negativa para BC, (-26%), PM2,5 (-28%) e PM10 (-27%). As emissões nacionais de conformidade são apresentadas na figura abaixo, juntamente com os limites máximos de emissão estabelecidos pela Diretiva Tetos e o Protocolo de Gotemburgo (após 2020).

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Descrever os progressos obtidos com as atuais P/M na redução das emissões, bem como o grau de

Portuguese Informative Inventory Report 1990 – 2017 Submitted Under The NEC Directive (Eu) 2016/2284 and the Unece Convention On Long-Range Transboundary Air Pollution

Informative Inventory Report (IIR).

Nomenclature for Reporting (NFR).

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cumprimento das obrigações de redução das emissões nacionais e da União (O)

Relatório do Estado do Ambiente

https://rea.apambiente.pt/dominio_ambiental/ar?language=pt-pt

Incluir gráficos que ilustrem a redução das emissões por poluente e/ou por principais setores (F)

2.4.2. Progressos obtidos com as atuais P/M na melhoria da qualidade do ar, bem como grau de cumprimento das

obrigações nacionais e da União em matéria de qualidade do ar

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Descrever os progressos obtidos com as atuais P/M na melhoria da qualidade do ar, bem como o grau de cumprimento das obrigações nacionais e da União em matéria de qualidade do ar especificando, no mínimo, o número de zonas de qualidade do ar, de entre o total de zonas de qualidade do ar, que estão ou não conformes com os objetivos de qualidade do ar da UE no que diz respeito aos parâmetros NO2, PM10, PM2.5 e O3, bem como outro(s) poluente(s) relativamente aos quais se verificam excedências (O)

Para efeitos de avaliação da qualidade do ar, de acordo com os critérios estabelecidos nas Diretivas Europeias, Portugal encontra-se dividido em 23 zonas. Os resultados da avaliação para 2017 indicam:

Poluente Avaliação de cumprimento

NO2 • 3 zonas não cumprem o valor limite anual • 1 zona excede o valor limite horário

PM10 • Todas as zonas cumprem o valor limite anual e diário

O3

• 5 zonas estão acima do valor alvo baseado no AOT40 • 14 zonas estão acima do objetivo de longo prazo para a saúde

humana • 2 zonas com excedência ao valor alvo

SO2

• Todas as zonas cumprem o valor limite para a proteção da saúde humana

• Todas as zonas estão abaixo dos níveis críticos para a vegetação

IEM das PM2.5

• O indicador de exposição média está abaixo limite de concentração de exposição previsto para 2015

Metais Pesados (Ar, Cd, Ni)

• As concentrações estão abaixo dos respetivos valores alvo

Apresentar referências completas (capítulo e página) de conjuntos de dados de apoio publicamente disponíveis (por

Plano de Melhoria da Qualidade do Ar da Região Norte para o NO2

http://www.ccdr-n.pt/sites/default/files/ficheiros_ccdrn/ambiente/plano_qualidade_ar_rn_no2.pdf

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exemplo, planos de qualidade do ar, distribuição das fontes) (O)

Plano de Melhoria da Qualidade do Ar da Região de Lisboa e Vale do Tejo para os poluentes partículas PM10 e dióxido de azoto nas aglomerações da Área Metropolitana de Lisboa Norte e da Área Metropolitana de Lisboa Sul

http://www.ccdr-lvt.pt/files/ce7600294264a00712abc87c6e04c4458d9d7dac.pdf

e

https://dre.pt/application/conteudo/119190178

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Mapas ou histogramas que ilustrem as atuais concentrações no ar ambiente [pelo menos, NO2, PM10, PM2,5 e O3, bem como outro(s) poluente(s) problemático(s)] e que mostrem, por exemplo, o número de zonas, de entre o total de zonas de qualidade do ar, que estão ou não conformes no ano de referência e no ano de comunicação (F)

Excedências ao valor limite anual de NO2 nas zonas e aglomerações que as monitorizam (estações de fundo, tráfego e industriais, em 2016 e 2017):

Excedências ao valor limite diário de PM10 nas zonas e aglomerações que as monitorizam (estações de fundo, tráfego e industriais), em 2017:

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Concentração média anual de PM10 e estações que monitorizam estas partículas, em 2017:

Ultrapassagem ao limiar de informação ao público e n.º de estações que monitorizam a concentração de Ozono:

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Nos casos em que são identificados problemas numa ou mais zonas de qualidade do ar, descrever como foram realizados progressos para reduzir as concentrações máximas comunicadas (F)

2.4.3. Atual impacto transfronteiras das fontes de emissões nacionais

Quando pertinente, descrever o atual impacto transfronteiras das fontes de emissão nacionais (O)

Os progressos podem ser comunicados em termos quantitativos ou qualitativos.

Se não foram identificadas quaisquer questões, referir essa conclusão.

Se forem usados dados quantitativos para descrever os resultados da avaliação, especificar os dados e

metodologias utilizados na avaliação supramencionada (F)

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2.5. Projeção da evolução, presumindo que as políticas e medidas já adotadas não sofrem alteração

2.5.1. Projeção das emissões e da redução das emissões (Cenário CM)

Poluentes (O)

Total das emissões (kt), coerente com os inventários para o ano x-2 ou x-3 (ano a especificar) (O)

Projeção da % de redução das emissões obtida em comparação com 2005 (O) (calculado sobre 2005 do IIR2019)

Compromisso nacional de redução das emissões para 2020-2029 (%) (O)):

Compromisso nacional de redução das emissões para 2030 (%) (O)

An

o d

e

refe

rên

c

ia 2

00

5:

IIR

20

19

20

20

:

20

25

:

20

30

:

20

20

:

20

25

:

20

30

:

SO2: 172 38 46 38 78 73 78 63 83

NOx: 248 124 113 89 50 55 64 36 63

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NMVOC: 201 147 150 147 27 25 27 18 38

NH3: 56 40 39 38 28 31 32 7 15

PM2.5: 65 37 38 37 44 43 43 15 53

Descrever as incertezas associadas às projeções CM quanto ao cumprimento dos compromissos de redução das emissões para 2020, 2025 e para além de 2030 (F)

Data das projeções de emissões (O) 2017

Quando a evolução projetada demonstra o não cumprimento dos compromissos de redução das emissões no âmbito do cenário CM, o ponto 2.6 deve descrever as P/M adicionais ponderadas para garantir a conformidade.

2.5.2. Projeção do impacto na melhoria da qualidade do ar (no cenário CM), incluindo projeção do grau de cumprimento

2.5.2.1. Descrição qualitativa da melhoria prevista da qualidade do ar (O)

Apresentar uma descrição qualitativa das melhorias previstas na qualidade do

ar e a projeção da evolução do grau de cumprimento (cenário CM) dos

objetivos de qualidade do ar da UE relativos a NO2, PM10, PM2,5 e O3, bem como

outro(s) poluente(s) problemático(s), até 2020, 2025 e 2030 (O)

Apresentar referências completas (capítulo e página) de conjuntos de dados de apoio publicamente disponíveis (por exemplo, planos de qualidade do ar, distribuição das fontes) descrevendo as melhorias previstas e a evolução do grau de cumprimento (O)

Em comparação com um cenário de referência baseado na distribuição espacial das emissões de 2015 em Portugal, os impactos das projeções de CM para 2030, considerando a mesma fração na distribuição espacial das emissões por poluente e setor, revelam uma provável conformidade dos objetivos de qualidade do ar para o NO2 e PM2,5 em Portugal Continental. Para O3, o impacto estimado indicia uma área mais alargada do país com não conformidade em 2030. Isso porque as emissões projetadas estimam uma diminuição das emissões de NOx e um aumento nas emissões de NMVOC, o que se reflete particularmente nas áreas rurais.

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Para PM10, a previsão aponta também para uma provável conformidade (exceto uma zona com conformidade incerta), no entanto, as emissões projetadas para PM10 basearam-se no rácio das emissões reportadas para PM2,5, uma vez que estas não foram explicitamente reportadas

2.6.4. Dados adicionais relativos às medidas constantes do anexo III, parte 2, da Diretiva (UE) 2016/2284 que visam o setor

agrícola, no que respeita ao cumprimento dos compromissos de redução das emissões

A P/M está

incluída no

programa

nacional de

controlo da

poluição

atmosférica?

Sim/Não (O)

Em caso

afirmativo,

— indicar o

número da

página/secção

no programa

(O)

A P/M tem

sido

aplicada

com

exatidão?

Sim/Não (O)

Em caso

negativo,

descrever

as

alterações

que foram

introduzidas

(O)

A. Medidas de controlo das emissões de amoníaco (O)

1. Os Estados-Membros devem criar um código consultivo nacional de boas práticas agrícolas para

controlar as emissões de amoníaco, tendo em conta o código-quadro de boas práticas agrícolas para

Sim Nº 2, artº 4º,

Decreto-lei

Em

desenvolvimento

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26

a redução das emissões de amoníaco publicado em 2014 pela UNECE (Framework Code for Good

Agricultural Practice for Reducing Ammonia Emissions), que abranja pelo menos os seguintes

elementos

a) Gestão do azoto, tendo em conta o ciclo completo do azoto;

b) Estratégias de alimentação de gado;

c) Técnicas de estrumagem com baixas emissões;

d) Sistemas de armazenamento de estrume com baixas emissões;

e) Sistemas de alojamento de animais com baixas emissões;

f) Possibilidades de limitar as emissões de amoníaco resultantes da utilização de adubos minerais.

84/2018 de 23

outubro,

2. Os Estados-Membros podem definir um balanço nacional de azoto para monitorizar as alterações nas

perdas globais de azoto reativo da agricultura, nomeadamente amoníaco, óxido nitroso, amónio,

nitratos e nitritos, com base nos princípios definidos no Documento de Orientação da UNECE relativo

a balanços de azoto (Guidance Document on Nitrogen Budgets)

Não

3. Os Estados-Membros devem proibir a utilização de adubos com carbonato de amónio e podem reduzir

as emissões de amoníaco dos fertilizantes inorgânicos por recurso às seguintes práticas

a) Substituir os fertilizantes à base de ureia por fertilizantes à base de nitrato de amónio;

b) Nos casos em que os fertilizantes à base de ureia continuem a ser utilizados, aplicar métodos que

tenham demonstrado reduzir as emissões de amoníaco em, pelo menos, 30 % em comparação com

o método de referência especificado no documento de orientação sobre o amoníaco;

c) Promover a substituição dos fertilizantes inorgânicos por fertilizantes orgânicos e, caso os primeiros

continuem a ser aplicados, proceder de acordo com as necessidades previsíveis em matéria de

nutrientes da cultura ou do prado onde são aplicados, no que diz respeito ao azoto e ao fósforo, tendo

igualmente em conta o teor de nutrientes do solo e os nutrientes de outros fertilizantes.

Sim Decreto-lei

84/2018 de 23

outubro,

Artigo 5º - É

proibida a

utilização de

adubos com

carbonato de

amónio.

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27

4. Os Estados-Membros podem reduzir as emissões de amoníaco do estrume animal por recurso às

seguintes abordagens

a) Reduzir as emissões da aplicação de chorume e estrume nas terras cultiváveis e nos prados, por

recurso a métodos que reduzam as emissões em pelo menos 30 % relativamente ao método de

referência descrito no documento de orientação sobre o amoníaco, e nas seguintes condições

i) aplicar apenas estrumes e chorumes de acordo com as necessidades previsíveis em matéria de

nutrientes da cultura ou do prado onde são aplicados, no que diz respeito ao azoto e ao fósforo,

tendo igualmente em conta o teor de nutrientes do solo e os nutrientes de outros fertilizantes,

ii) não aplicar estrumes e chorumes quando o terreno que os vai receber estiver saturado com água,

inundado, congelado ou coberto por neve,

iii) aplicar chorumes em prados utilizando a dispersão em banda ou máquinas tipo «trenó», ou por

injeção superficial ou profunda,

iv) incorporar no solo os estrumes e chorumes aplicados em terras cultiváveis no prazo de quatro

horas a seguir à aplicação;

b) Reduzir as emissões do armazenamento de estrume no exterior das instalações para animais, por

recurso às seguintes abordagens

i) para os armazéns de chorume construídos depois de 1 de janeiro de 2022, utilizar sistemas ou

técnicas de armazenamento com baixas emissões que tenham demonstrado reduzir as emissões

de amoníaco em, pelo menos, 60 % relativamente ao método de referência descrito no documento

de orientação sobre o amoníaco e, para os armazéns de chorume existentes, sistemas ou técnicas

de armazenamento com baixas emissões que tenham demonstrado reduzir as emissões de

amoníaco em, pelo menos, 40 %,

ii) prever coberturas para os armazéns de estrume,

iii) garantir que as explorações agrícolas têm a capacidade de armazenamento de estrume suficiente

para aplicar estrume apenas durante os períodos adequados para o crescimento das culturas;

A desenvolver Nº 2, artº 4º,

Decreto-lei

84/2018 de 23

outubro,

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c) Reduzir as emissões do alojamento de animais, utilizando sistemas que tenham demonstrado reduzir

as emissões de amoníaco em, pelo menos, 20 % relativamente ao método de referência descrito no

documento de orientação sobre o amoníaco;

d) Reduzir as emissões do estrume, utilizando estratégias de alimentação baixa em proteínas que

tenham demonstrado reduzir as emissões de amoníaco em, pelo menos, 10 % relativamente ao

método de referência descrito no documento de orientação sobre o amoníaco.

B. Medidas de redução de emissões para controlar as emissões de partículas finas (PM2,5) e de carbono negro (O)

1. Sem prejuízo do anexo II, relativo à condicionalidade, do Regulamento (UE) n.o 1306/2013 do

Parlamento Europeu e do Conselho (1), os Estados-Membros podem proibir as queimadas em campo

aberto de resíduos de colheita agrícola e de resíduos florestais. Os Estados-Membros devem

monitorizar e fazer cumprir a proibição imposta nos termos do primeiro parágrafo. As exceções a essa

proibição devem limitar-se a programas de prevenção para evitar incêndios florestais incontroláveis,

controlar pragas ou proteger a biodiversidade.

Não

2. Os Estados-Membros podem criar um código consultivo de boas práticas agrícolas para a gestão

adequada dos resíduos de colheita, com base nas seguintes abordagens

a) Melhoria da estrutura do solo através da incorporação de resíduos das colheitas;

b) Melhoria das técnicas para a incorporação dos resíduos das colheitas;

c) Utilização alternativa dos resíduos das colheitas;

d) Melhoria do nível de nutrientes e da estrutura do solo através da incorporação de estrume de acordo

com as necessidades de crescimento ótimo das plantas, evitando, assim, a queimada de estrume

(estrume, cama espessa de palha).

Não

C. Prevenção dos efeitos sobre as pequenas explorações agrícolas (O)

Ao adotarem as medidas descritas nas secções A e B, os Estados-Membros devem assegurar que

sejam tidos plenamente em conta os efeitos nas pequenas e microexplorações agrícolas. Os Estados-

Sim Nº2, artº 9º,

Decreto-lei

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Membros podem, por exemplo, isentar as pequenas e microexplorações das referidas medidas sempre

que tal seja possível e adequado, tendo em conta os compromissos de redução aplicáveis (O)

84/2018 de 23

outubro,