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Discente: Gerson Zandamela Agostinho Docente: Drª. Sónia Chone 2º Ano, Administração Pública, Laboral Modelo de Administração em Moçambique A Administração em Moçambique estrutura-se com base em modelos orientados pela teoria das organizações e teoria do estado e Moçambique não é diferente. À luz da teoria do estado, Moçambique é caracterizado pela inclinação ao modelo europeu dos países ocidentais mais concretamente à Administração Executiva. Em Moçambique este modelo manifesta-se pela existência de codificação parcial do Direito Administrativo, uma vez que não temos um código consolidado mas existem várias leis esparsas, que estabelecem a relação, organização e funcionamento da Administração pública. Desta forma os actos administrativos submetem-se à lei, com excepção dos momentos que em o agente age com discricionariedade ou usa do privilégio de execução prévia. Neste modelo nota-se também que o recurso às decisões da Administração é feito em tribunais especiais, estes que são responsáveis pelos litígios entre a Administração e os particulares, estes tribunais são designados Tribunais Administrativos. Moçambique as decisões da Administração pública são executórias mas não precisando contudo de recorrer às ordens judiciais o que é designado de privilégio de execução de prévia, este modelo é caracterizado pela existência do princípio de hierarquia na organização cujo princípio é previsto pela lei 7/2012 de 8 de Fevereiro no CAPÍTULO I, SECÇÃO II, Artigo 4, k).

Modelo de Administração Em MOz

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Page 1: Modelo de Administração Em MOz

Discente: Gerson Zandamela AgostinhoDocente: Drª. Sónia Chone 2º Ano, Administração Pública, Laboral

Modelo de Administração em Moçambique

A Administração em Moçambique estrutura-se com base em modelos orientados pela teoria das

organizações e teoria do estado e Moçambique não é diferente.

À luz da teoria do estado, Moçambique é caracterizado pela inclinação ao modelo europeu dos países

ocidentais mais concretamente à Administração Executiva.

Em Moçambique este modelo manifesta-se pela existência de codificação parcial do Direito

Administrativo, uma vez que não temos um código consolidado mas existem várias leis esparsas, que

estabelecem a relação, organização e funcionamento da Administração pública. Desta forma os actos

administrativos submetem-se à lei, com excepção dos momentos que em o agente age com

discricionariedade ou usa do privilégio de execução prévia. Neste modelo nota-se também que o recurso às

decisões da Administração é feito em tribunais especiais, estes que são responsáveis pelos litígios entre a

Administração e os particulares, estes tribunais são designados Tribunais Administrativos. Moçambique as

decisões da Administração pública são executórias mas não precisando contudo de recorrer às ordens

judiciais o que é designado de privilégio de execução de prévia, este modelo é caracterizado pela existência

do princípio de hierarquia na organização cujo princípio é previsto pela lei 7/2012 de 8 de Fevereiro no

CAPÍTULO I, SECÇÃO II, Artigo 4, k).

Quanto à vinculação não existe nenhum contrato entre a Administração Pública e funcionário público, mas

a sua admissão, ascensão e progressão são previstas por lei.

À luz da teoria das organizações, Moçambique segue o modelo burocrático. Na medida em que este está

preocupado em combater a corrupção através do Gabinete de Combate à corrupção, nas prioridades do

governo tem presente ao desenvolvimento por isso faz prestação de contas organização responsável pelos

desafios do milénio, a lei 54/2009 rege sobre a progressão na carreira profissional estabelecendo as

condições e critérios, em Moçambique nota-se com este modelo a existência de hierarquia funcional e

organizacional em há unidade de mando previsto na constituição da república no TÍTULO XII,

CAPÍTULO I, Artigo 252, nº1. É possível também notar no modelo vigente a impessoalidade no momento

em que para ingressar na Administração, o administrador deve somente admitir quem passar no concurso

público respeitando a ordem de classificação trazem nesse momento a meritocracia e na aquisição de bens

ou serviços dos particulares deve faze-lo com base na licitação. Em conclusão neste modelo deve o

administrador deve somente praticar os actos para seu fim legal, sendo apenas um veículo da manifestação

da vontade estatal cuja vontade está prevista pela norma expressa.