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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DO FORO DA COMARCA DE TRÊS LAGOAS – ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. Reclamação trabalhista. XXXXXXX, brasileiro, solteiro, auxiliar de mecânico, portador da Cédula de Identidade RG nº. XXXXX SSP/MS, inscrito no CPF do Ministério da Fazenda sob nº. XXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXX, nº. XXXXXX, Bairro XXXXXXX, nesta cidade de XXXX, Estado de XXXXX do Sul, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, procuração “ad judiciainclusa, com escritório profissional na Rua Elmano Soares, nº. XXXXXXX, nesta cidade de XXXXXX, Estado de Mato Grosso do Sul, onde pede e espera receber as intimações e comunicações de estilo, com o devido respeito e acatamento, mui respeitosamente, vem, a honrosa presença de Vossa Excelência, com fundamento 1

Modelo de Reclamatória Trabalhista

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Este modelo contém pedido de rescisão indireta.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DO FORO DA COMARCA DE TRÊS LAGOAS – ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.

Reclamação trabalhista.

XXXXXXX, brasileiro, solteiro, auxiliar de mecânico, portador da Cédula de Identidade RG nº. XXXXX SSP/MS, inscrito no CPF do Ministério da Fazenda sob nº. XXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXX, nº. XXXXXX, Bairro XXXXXXX, nesta cidade de XXXX, Estado de XXXXX do Sul, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, procuração “ad judicia” inclusa, com escritório profissional na Rua Elmano Soares, nº. XXXXXXX, nesta cidade de XXXXXX, Estado de Mato Grosso do Sul, onde pede e espera receber as intimações e comunicações de estilo, com o devido respeito e acatamento, mui respeitosamente, vem, a honrosa presença de Vossa Excelência, com fundamento na CLT, artigo 7º da Constituição Federal, e demais dispositivos legais pertinentes, interpor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em face de:

XXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ do Ministério da Fazenda sob nº.

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XXXXXXXXX, localizada na Av. XXXX, nº. XXX, nesta cidade de XXXX – XX, expondo para tanto, as seguintes razões de fato e de direito:

1. Dos fatos.

O Reclamante foi empregado da Reclamada no período compreendido entre XXXX até XXXXX. Ocupou-se na função de auxiliar mecânico, tendo como salário a quantia de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais).

Como auxiliar mecânico, o obreiro desenvolve as atividades pertinentes ao cargo na empresa Reclamada. E para tanto, realizava manutenção em máquinas e equipamentos florestais, trocava as peças nas máquinas florestais, dentre outras funções a critério do patrão.

Mantinha o Reclamante, contato habitual e permanente com agentes insalubres, altamente nocivos a sua saúde, uma vez que o Reclamante manuseava constantemente graxa, óleo, produto desengraxante, solopan dentre outros agentes utilizados para limpeza das peças mecânicas dos equipamentos florestais que são reparados pela Reclamada. O obreiro, ainda, foi obrigado pelo patrão a manusear cimento e cal na obra de propriedade do Reclamado, dentre outros a critério do patrão.

Sendo certo que, a Reclamada não fornecia os EPI’s de modo a neutralizar a ação dos agentes químicos nocivos existentes na frente de serviço.

Entretanto, a empresa Reclamada não estava cumprindo com elementares obrigações contratuais, o que autoriza a rescisão do contrato pela via indireta, nos exatos termos do artigo 483 da CLT.

A um, que apesar de ter sido admitido em 07 de março de 2013, a Reclamada apenas anotou a CTPS do

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obreiro apenas em 01 de abril de 2013, permanecendo o Reclamante, desta forma 01 (um) mês sem registro, o que lhe causou sérios prejuízos previdenciários e fundiários.

A dois, o obreiro laborava em contato permanente com agentes insalubres, e o que é pior, a Reclamada não fornecia os EPI’s de modo a neutralizar a ação dos agentes químicos nocivos existentes na frente de serviço, bem como se recusava a efetuar o pagamento do adicional de insalubridade, o que afronta o dispositivo do art. 7º incisos IV e XXII da CF e art. 192 da CLT.

A três, a Reclamada nunca efetuou o deposito de FGTS do Reclamante, mas, ao arrepio da lei e do direito, efetuava o desconto da parcela nos holerites do Reclamante. Ademais, o Reclamante foi informado que a Reclamada teria perdido a CTPS do Reclamante, o que lhe causará sérios e irreparáveis danos.

Mas, contudo, a causa principal que impediu a continuidade da relação empregatícia foram as constantes humilhações sofridas pelo Reclamante no ambiente de trabalho por patrão.

Eis que, ainda que o obreiro desenvolva as suas atividades corretamente, o patrão grita com o Reclamante, dizendo que o mesmo está fazendo tudo errado, usando inclusive palavras de baixo calão, xingando-o de “burro” “leitão”. Sendo que tais humilhações eram feitas sempre na frente dos outros funcionários.

Desta forma, ante a inexistência de harmonia no ambiente de trabalho, por culpa exclusiva da Reclamada, a rescisão indireta do contrato de trabalho é medida que se impõe.

Contudo, o Reclamante, requer seja decretado, por sentença de mérito, a rescisão indireta do

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contrato de trabalho, condenando-se, por consequência, a Reclamada no pagamento das verbas rescisórias bem como nas obrigações de fazer decorrentes.

2. Rescisão indireta do contrato de trabalho.

O artigo 483, da CLT dispõe da seguinte forma, “in verbis”:

“Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato de trabalho e pleitear a devida indenização, quando: (...)b) for tratado por seu empregado ou seus superiores hierárquicos, com rigor excessivo;(...)d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; (...)”

A Reclamada não efetuou a retificação do contrato de trabalho em relação ao período sem registro; deixou de efetuar o pagamento do adicional de insalubridade; não efetuou o pagamento dos depósitos de FGTS do Reclamante; diante das constantes humilhações sofridas pelo Reclamante em seu local de trabalho, evidente que enfrenta a Reclamada o dispositivo legal acima descrito.

Desta forma, o Reclamante requer seja decretado, por sentença, a rescisão indireta do contrato de trabalho, condenando-se a empregadora ao pagamento das verbas rescisórias e demais obrigações abaixo descritas.

3. Retificação em CTPS – Ofícios – Recolhimentos previdenciários.

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Como dito alhures, embora o Reclamante tenha sido contratado no dia 07.03.2013, somente teve sua CTPS anotada em 01.04.2013, permanecendo desta forma 01 (um) mês sem registro.

Assim, a Reclamada deve ser compelida a retificar a CPTS do obreiro, fazendo constar a admissão do Reclamante em 07.03.2013.

E mais, deve ser compelida a promover os

recolhimentos previdenciários do período sem registro, bem como todos os recolhimentos previdenciários, inclusive a quota do empregado, já que foi a única culpada pelo não pagamento na ocasião oportuna.

Devendo, ainda, ser expedido ofícios ao INSS e CEF, para sancionar a Reclamada com as multas administrativas cabíveis à espécie.

Contudo, por se tratar de obrigação de fazer, cumpre imputar multa diária a contar da citação para as providências, para o fim de evitar a procrastinação patronal.

4. Das verbas rescisórias.

O contrato de trabalho sendo rescindido de forma indireta, o obreiro tem o direito de receber as seguintes parcelas rescisórias, tendo como término do contrato o dia 16.09.2013.

Aviso prévio indenizado de 30 dias; 6/12 de férias acrescidas do terço constitucional, na forma indenizada; 6/12 de gratificação natalina de 2013; saldo de salário de 16 dias; FGTS do período sem registro e multa fundiária de 40% pertinente a todo o contrato na forma indenizada.

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O pagamento das parcelas rescisórias supramencionadas, a base de calculo deverá ser o salário de R$ R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) mensais, devidamente acrescido do adicional de insalubridade e demais parcelas de natureza salarial.

5. Adicional de insalubridade – reflexos.

O Reclamante durante toda a jornada de trabalho, como já explanado, foi obrigado pelo patrão a enfrentar agentes químicos insalubres altamente prejudiciais à sua saúde, nos moldes acima declinados.

Cumpre ressaltar que a Reclamada, não fornecia ao Reclamante nenhum EPI’s necessários a inibir a ação dos famigerados agentes insalubres.

Desta forma, a Reclamada deve ser condenada a pagar ao trabalhador, adicional de insalubridade no grau máximo, uma vez que o art. 192 da CLT. foi derrogado pelo inciso XXIII, do art. 7º da CF/88.

Contudo, por se tratar de “plus” salarial, a insalubridade projeta seus reflexos, em horas extras, aviso prévio, férias/terço constitucional, gratificação natalina, FGTS e multa fundiária.

6. Obrigação de fazer – Liberação do FGTS e documentos para requerimento do seguro desemprego.

Com a decretação da rescisão indireta do contrato de trabalho, a Reclamada deverá ser compelida a entregar para o obreiro o TRCT no código 01, para o saque do FGTS.

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Devendo, ainda, ser compelida a entregar os documentos necessários para que o obreiro possa fazer o requerimento de seguro desemprego.

Caso exista alguma irregularidade nos depósitos fundiários, a Reclamada deve ser condenada ao pagamento na forma indenizada. Assim, ocorrendo algum motivo no contrato de trabalho que impeça o obreiro em receber o seguro desemprego, a Reclamada deverá ser condenada ao pagamento de uma indenização do valor correspondente a 03 (três) parcelas do seguro desemprego, nos termos dos arts. 186 e 927 do Código Civil c/c parágrafo único do art. 8º da CLT.

Contudo, deve ser fixada multa diária no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), a partir da citação, em razão das obrigações de fazer, para que a Reclamada não venha a procrastinar o cumprimento das suas obrigações.

7. Condenação ao pagamento de multa convencional.

A Reclamada feriu as normas coletivas da categoria, em razão do não pagamento do adicional de insalubridade, entre outros direitos ao Reclamante, por consequência, o patrão deve ser condenado ao pagamento da multa convencional, a favor do obreiro, ora Reclamante.

8. Do pagamento de vale transporte.

A Reclamada nunca efetuou o pagamento de vale transporte para o obreiro, conforme determina as normas coletivas da categoria.

Desta forma, a Reclamada deve ser condenada ao pagamento de vale transporte ao Reclamante durante todo o contrato de trabalho, nos termos da cláusula décima quarta da convenção coletiva de trabalho inclusa.

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9. FGTS/multa fundiária.

Não pagando a Reclamada, os títulos trabalhistas acima postulados, devendo agora ser condenada, deve ser imputado à mesma, e aqui por corolário, os reflexos em FGTS/multa fundiária, de todas as parcelas deferidas.

10. Indenização por danos morais – humilhações sofridas pelo obreiro no ambiente de trabalho.

Ao longo do contrato de trabalho o obreiro sempre foi perseguido por seu patrão, sendo, inclusive humilhado por diversas vezes no ambiente de trabalho.

Eis que, ainda que o obreiro desenvolva as suas atividades corretamente, o patrão grita com o Reclamante, dizendo que o mesmo está fazendo tudo errado, usando inclusive palavras de baixo calão, xingando-o de “burro” “leitão”. Sendo que tais humilhações eram feitas sempre na frente dos outros funcionários. As humilhações eram feitas sempre na frente dos outros funcionários.

Contudo, a obrigação de indenizar os danos morais sofridos pelo Reclamante resta clara e evidente, em razão de todas as humilhações sofridas pelo obreiro em seu local de trabalho por sua empregadora, ora Reclamada.

11. Indenização por danos morais – retenção/extravio da CTPS do obreiro pela Reclamada.

A Reclamada está retendo ilegalmente a CPTS do obreiro, o que está inviabilizando o acesso do obreiro ao mercado de trabalho, causando prejuízos a ele, que fica impedido de obter novo emprego e de ter acesso a direitos de

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natureza trabalhista, não se tratando o fato de hipótese de mero aborrecimento ou dissabor.

A CTPS do Reclamante se traduz em sua identidade funcional, registrando toda a sua vida profissional, muitas vezes de difícil ou impossível recomposição.

A indigitada retenção pode prejudicá-lo a galgar uma nova colocação e a possibilidade de perda definitiva do documento causa evidente sofrimento e angústia ao empregado, notadamente no que concerne à prova do tempo de serviço.

Razão pela qual a retenção indevida e até mesmo o extravio da CPTS do obreiro pela Reclamada, configura ato ilícito, ocasionando uma agressão ao Reclamante, por conseguinte, direito a uma reparação conforme preceitua o artigo 927 do Código Civil pátrio.

Contudo, a obrigação de indenizar os danos morais sofridos pelo Reclamante resta clara e evidente, em razão da retenção indevida ou eventual extravio da CTPS do obreiro pela Reclamada.

12. Indenização por perdas e danos.

Em razão do manifesto não pagamento pela Reclamada da totalidade dos direitos trabalhistas devidos ao obreiro, este ficou obrigado a contratar advogado para pleitear junto ao Poder Judiciário, as respectivas diferenças.

Neste passo, cumpre esclarecer, que o instituto do “jus postuland” por si só, não garante ao obreiro acesso ao Poder Judiciário, ao direito de petição, do contraditório e ampla defesa, sob o prisma da eficácia e efetividade processual, que somente são alcançados por meio de advogado, figura indispensável para à administração da Justiça, nos termos do art. 133 da Constituição Federal.

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Até mesmo em razão do trabalhador não possuir conhecimentos técnicos para alcançar prestação jurisdicional pretendida. Sobretudo em decorrência de atualizações da legislação infraconstitucionais, bem como decorrente da criação de normas sumulares e orientações jurisprudenciais.

Ademais, o Tribunal Superior do Trabalho, em decisão recente (13/09/09), sacramentou o entendimento que o “jus postuland” não pode ser exercido em sede de recurso de revista e de agravo de instrumento, em decorrência das questões técnicas, interpretação de leis e divergência jurisprudencial.

Desta monta, o Reclamante não pode arcar com as despesas decorrentes da contratação de advogado, em razão da culpa exclusiva da Reclamada que deixou de efetuar o pagamento na integralidade dos seus direitos trabalhistas.

Contudo, a vista do exposto, a Reclamada deve ser condenada ao pagamento de indenização por perdas e danos, no importe de 30% (trinta por cento) sobre o valor da condenação, devidamente atualizado, nos exatos termos dos arts. 389 e 404 ambos do Código Civil.

13. Encargos previdenciários – fiscais.

Na ocasião da liquidação do julgado, os encargos previdenciários deverão ficar sob a exclusiva responsabilidade da Reclamada, em razão de sua culpa pelo não recolhimento nas ocasiões oportunas.

Quanto ao imposto de renda, deverá ser apurado com base nas tabelas e alíquotas próprias a que se referem tais rendimentos, de forma mensal, e não global, nos

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exatos termos do Ato Declaratório do Procurador da Fazenda Nacional PGFN nº. 1, de 27/03/2009.

14. Dedução dos valores pagos.

Requer, desde já, seja descontados eventuais valores pagos pela Reclamada no tocante às parcelas postuladas na inicial, evitando-se o enriquecimento sem causa.

15. Dos fundamentos legais.

Com base nos fatos acima narrados, a Reclamante tem os seguintes direitos:

a) Decretar a rescisão indireta do contrato de trabalho, conforme artigo 483, alínea “d” da CLT.

b) Retificação das anotações em CTPS quanto à data de admissão, nos termos do artigo 29 e seguintes da CLT.

c) Ofícios aos MTb, INSS e CEF, para que seja aplicado ao Reclamado, as penalidades previstas, nas legislações pertinentes. Em decorrência de: falta de registro correto na CTPS, recolhimentos previdenciários e fundiários a menor, dentre outros.

d) Recolhimentos previdenciários de todo o contrato de trabalho, nos termos da Lei 8212/91.

e) Aviso prévio na forma indenizada, nos termos do art. 487, inciso II da CLT c/c art. 1º da Lei nº. 10.218/01.

f) Férias proporcionais acrescido do terço constitucional, conforme art. 133 e ss. da CLT e art. 7º, inciso XVII da CF/88.

g) Gratificações natalinas, conforme Leis nº. 4.090/62 e nº. 4.749/65.

h) FGTS de todo o contrato de trabalho/multa fundiária, a ser pago de forma indenizada, nos termos da Lei nº. 8036 e art. 10, inciso I do ADCT.

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i) Liberação do TRCT no código 01 para saque do FGTS, bem como, documentos necessários para requerimento do seguro desemprego/indenização correspondente, nos termos das Leis nº. 8036/90, nº. 7998/90, nº. 8019/90, nº. 8900/94, 8845/95 e demais legislações pertinentes, bem como no art. 186 da Lei nº. 10.406/02 c/c parágrafo único do art. 8º da CLT.

j) Adicional de insalubridade com base no salario nominal, com os reflexos decorrentes, ante ao disposto no art. 7º, inciso XXIII da CF/88, Súmulas 132 e 228 do TST, art. 192 da CLT.

k) Multa convencional, à luz da Convenção Coletiva da categoria, supra citada, cópia anexa.

l) FGTS/multa fundiária, em decorrência dos títulos trabalhistas perqueridos, “ex vi” da Lei 8036/90. Bem assim, art. 10 do ADCT e Súmula 63 do C. TST.

m) Indenização por danos morais, nos termos do artigo 5º, inciso V, da CF/88, e arts. 186 e 927 ambos do Código Civil, em razão das constantes humilhações sofridas pelo obreiro no ambiente de trabalho.

n) Indenização por danos morais, nos termos do artigo 5º, inciso V, da CF/88, e arts. 186 e 927 ambos do Código Civil, em razão da ilícita retenção ou extravio da CTPS do obreiro pela Reclamada.

o) Indenização por perdas e danos, com fulcro no artigo 133 da Constituição Federal e arts. 389 e 404 do Código Civil.

p) Encargos previdenciários/fiscais, com inteligência na Lei nº. 8213/91, PGFN nº. 01/2009, e Parecer PGFN/CRJ nº. 287/90.

q) Saldo de salário, referente a 16 dias, com fulcro no artigo 459 da CLT.

r) Pagamento de vale transporte durante todo o pacto laboral, conforme determina a cláusula décima quarta da convenção coletiva da categoria, cópia anexa.

16. Das provas.

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Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas, em direito permitidos, e especialmente pelo depoimento da Reclamada, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, exames, perícias, arbitramentos e outros pertinentes.

17. Do pedido.

NESTAS CONDIÇÕES, com o devido respeito e acatamento, mui respeitosamente, com base na fundamentação acima elencada, o Reclamante pede o seguinte:

I) Aviso prévio na forma indenizada (item e do direito), no valor de R$ 1.471,20 (um mil quatrocentos e setenta e um reais e vinte centavos);

II) Férias proporcionais com o respectivo terço constitucional (item f do direito), no valor de R$ 1.307,74 (um mil trezentos e sete reais e setenta e quatro centavos);

III) Gratificações natalinas (item g do direito), na quantia de R$ 1.226,00 (um mil duzentos e vinte e seis reais);

IV) FGTS de todo o contrato de trabalho/multa fundiária de todo o contrato, a ser pago na forma indenizada (item h do direito), no valor de R$ 988,59 (novecentos e oitenta e oito reais e cinquenta e nove centavos);

V) Liberação do TRCT no código 01 para saque do FGTS, bem como,

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documentos para requerimento do seguro desemprego/indenização correspondente (item i do direito), no valor de R$ 3.188,21 (três mil cento e oitenta e oito reais e vinte e um centavos);

VI) Multa convencional (item k do direito) na quantia de R$ 1.471,20 (um mil quatrocentos e setenta e um reais e vinte centavos);

VII) Indenização por danos morais (item m do direito), no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

VIII) Indenização por danos morais (item n do direito), no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

IX) Adicional de insalubridade com base no salário nominal, com os reflexos decorrentes (item j do direito), no valor de R$ 2.663,24 (dois mil seiscentos e sessenta e três reais e vinte e quatro centavos);

X) Saldo de salário de referente a 16 dias (item q do direito), no valor de R$ 784,64 (setecentos e oitenta e quatro reais e sessenta e quatro centavos);

XI) Vale transporte (item r do direito), no valor de R$ 720,00 (setecentos e vinte reais);

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XII) Indenização por perdas e danos (item o do direito), no valor de R$ 15.930,24 (quinze mil novecentos e trinta reais e vinte e quatro centavos).

TOTAL: R$ 69.967,06 (sessenta e nove mil, novecentos e sessenta e sete reais e seis centavos).

Requer, outrossim, seja decretado a rescisão indireta do contrato de trabalho, bem como seja a Reclamada compelida a proceder a retificação na CTPS do obreiro, nos termos do item a e b do direito.

Requer, sejam expedidos ofícios ao MTb, INSS e CEF, para que seja aplicada as penalidades previstas, nas legislações pertinentes, nos termos do item c do direito.

Postula, outrossim, os recolhimentos previdenciários de todo o contrato de trabalho, nos termos do item d e l do direito.

Requer ademais, que os encargos previdenciários sob a responsabilidade da Reclamada e apuração mês a mês do imposto de renda, nos termos do item p do direito.

Por fim, requer seja determinado que a Reclamada carreie aos autos toda documentação relativa ao período do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 355 e 359 do CPC c/c 769 da CLT, para serem apreciados pelo Reclamante no prazo da réplica.

Contudo, mui respeitosamente, requer a Vossa Excelência, se digne determinar seja notificada a Reclamada para apresentar, em querendo, a defesa que tiver, sob pena de confissão e revelia, para ao final, julgar totalmente PROCEDENTE a ação, condenando-se a Reclamada na

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satisfação integral do pedido, devidamente acrescido de juros moratórios e corrigidos monetariamente, bem como ao pagamentos das custas e despesas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais.

Requer, por último, se digne conceder ao Reclamante os benefícios da assistência judiciária por se tratar de pessoa pobre, na verdadeira acepção da palavra, não tendo as mínimas condições financeiras de suportar as custas e despesas processuais sem comprometer o sustento de sua família, nos exatos termos da Lei nº. 1060/50 e art. 14 da Lei nº. 5.584/70.

Dá-se à causa o valor de R$ 69.967,06 (sessenta e nove mil, novecentos e sessenta e sete reais e seis centavos), para efeitos fiscais e de alçada.

D. R e A esta com os inclusos documentos.

Pede e espera deferimento.

Cidade – MS, 17 de setembro de 2013.

NOME adv.OAB-XX nº. XX.XXX

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