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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ______VARA CÍVEL DA COMARCA DE LIMEIRA - SÃO PAULO O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, por intermédio da Promotoria de justiça de Defesa dos Direitos Constitucionais do Cidadão, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base no artigo 129, inciso III, da Constituição Federal, bem como no artigo 5º da Lei nº 7.347/85, ajuizar AÇÃO CIVIL PÚBLICA, COM PEDIDO LIMINAR, em face do MUNICÍPIO DE LIMEIRA, pessoa jurídica de direito público interno, com domicílio na Avenida Lauro Corrêa da Silva, nº 3800, jardim Adélia Cavichia Grotta, nesta cidade e comarca, representada pelo Prefeito Municipal, e do ESTADO DE SÃO PAULO, pessoa jurídica de direito público interno, com domicílio legal em sua capital, São Paulo, representado juridicamente, nos termos do artigo 12, inciso I, do Código de Processo Civil e do artigo 99, inciso I, da Constituição Estadual, pelo Procurador-Geral do Estado, com domicílio na rua José 1

Modelo -Fornecimento de Medicamento

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Modelo de Inicial de Fornecimento de Medicamento

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ______VARA CÍVEL DA

COMARCA DE LIMEIRA - SÃO PAULO

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO,

por intermédio da Promotoria de justiça de Defesa dos Direitos Constitucionais do

Cidadão, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base no artigo 129,

inciso III, da Constituição Federal, bem como no artigo 5º da Lei nº 7.347/85, ajuizar

AÇÃO CIVIL PÚBLICA, COM PEDIDO LIMINAR, em face do MUNICÍPIO DE

LIMEIRA, pessoa jurídica de direito público interno, com domicílio na Avenida Lauro

Corrêa da Silva, nº 3800, jardim Adélia Cavichia Grotta, nesta cidade e comarca,

representada pelo Prefeito Municipal, e do ESTADO DE SÃO PAULO, pessoa

jurídica de direito público interno, com domicílio legal em sua capital, São Paulo,

representado juridicamente, nos termos do artigo 12, inciso I, do Código de Processo

Civil e do artigo 99, inciso I, da Constituição Estadual, pelo Procurador-Geral do

Estado, com domicílio na rua José Bonifácio, nº 278, São Paulo/SP, pelas razões de fato

e de direito a seguir aduzidas.

SÍNTESE FÁTICA

Consta dos documentos anexos que EVERTON HENRIQUE DE

OLIVEIRA, nascido aos vinte e oito dias de setembro de 1.987, residente nos fundos

do imóvel situado na Rua Sete de Setembro, nº 1.404, Centro, nesta cidade e comarca,

possui "Diabetes Mellitus" tipo 1, enfermidade congênita que reclama urgente e

imediato tratamento através da utilização dos medicamentos prescritos, com o intuito de

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controlar os efeitos decorrentes da patologia, que podem inclusive culminar com sua

morte (fls. 02)

Para surpresa deste Promotor de Justiça, e certamente de toda e

qualquer pessoa com a mínima noção de cidadania e de respeito pela dignidade da

pessoa humana, o Posto local da ARE recusa-se a fornecer ao doente o cadastro de

inscrição junto ao SUS - Sistema único de Saúde, o que lhe garantia o direito de

perceber medicamentos do Poder Público (fls. 02).

Nos termos do receituário médico incluso, o interessado necessita

de dois vidros do medicamento "INSULINA NOVOLIN 70/30”, além de 100 fitas para

medição de glicosúria, e cetonúria, 01 glicosímetro, 50 fitas para glícosímetro

ADVANTAGE, 30 seringas para aplicação de insulina de 50 unidades com agulha

"ultra fine" (fls. 05).

Nada obstante sua situação extremamente delicada, EVERTON

jamais recebeu medicamentos do Poder Público.

Ainda, sua família é constituída por pessoas de poucas posses e não

possui condições para custear este tratamento, que é de alto custo, aproximadamente R$

400,00 mensais. De outra vértice, a renda familiar é de apenas R$ 398,11 (fls. 02).

Não obstante a evidente incapacidade financeira para adquirir as

referidas drogas, o fato é que nem o SUS, nem a Prefeitura Municipal de Limeira vêm

proporcionando-lhe os medicamentos necessários à manutenção de sua vida.

O DIREITO APLICÁVEL

A Constituição da República prevê a saúde como direito social

básico de todas as pessoas e dever do Estado, garantindo, dessa forma, o acesso

universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde. Nesse sentido:

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"Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o

lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

"Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,

garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de

doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para

sua promoção, proteção e recuperação.”

Não bastasse, a Lei Suprema assegura especial proteção à pessoa

portadora de deficiência, garantindo-lhe assistência integral à saúde:

“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela

necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por

objetivos:

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de

deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. "

A Constituição do Estado de São Paulo também reconhece a saúde

como direito de todos e obrigação do Estado, garantindo o acesso universal e igualitário

às ações e ao serviço de saúde, em todos os níveis (artigo 219 e parágrafo único).

Da mesma forma, o Código de Saúde do Estado de São Paulo - Lei

Complementar Estadual nº 791/95, no que concerne ao tema em pauta, estabelece que:

“a) o direito à saúde é inerente à pessoa humana, constituindo-se

em direito público subjetivo (art. 2º, § 1º);

b) o estado de saúde, expresso em qualidade de vida, pressupõe (i)

condições dignas de alimentação e nutrição, assim como o acesso a esse bens: (ii)

reconhecimento e salvaguarda dos direitos do indivíduo, como sujeito dos ações e dos

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serviços de assistência em saúde, possibilitando-lhe exigir serviços de qualidade

prestados oportunamente e de modo eficaz: (iii) ser tratado por meios adequados e

com presteza, correção e respeito (art. 2º, § 3º, I, IV, “a” e “c”);

c) no território de nosso Estado, as ações e serviços de saúde

implicam co-participação e atuação articulada do Estado e dos Municípios na

sua execução e desenvolvimento, constituindo o Sistema Único de Saúde (art. 4º e §

1º, art. 9º, I; art. 11):

d) as ações e serviços assistenciais prestados pelo Sistema único

de Saúde são gratuitos vedada a cobrança, de qualquer tipo de despesa (art. 12, II,

“a”)

e) compete ao Estado, em caráter complementar, executar ações

e serviços de assistência integral à saúde e de alimentação e nutrição (art. 17, I, “a” e

“e”); e

Observa-se, portanto, que ao refundar a República Federativa do

Brasil em 1988, os Constituintes elencaram a cidadania e a dignidade da pessoa humana

como fundamentos da democracia a ser instalada (artigo 1º). Arrolaram como objetivos

fundamentais da nova República: a construção de uma sociedade livre, justa e solidária;

a garantia do desenvolvimento nacional; a erradicação da pobreza e da marginalização;

a redução das desigualdades sociais e regionais; e, ainda, a promoção do bem de todos,

sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de

discriminação (artigo 3º).

Ora, aqueles que se propõem a cumprir estes objetivos, com tais

princípios, devem criar as condições que permitam e favoreçam o desenvolvimento

integral da pessoa, portanto, a viabilidade da vida, que implica, dentre outras coisas, a

promoção, a defesa e a recuperação da saúde individual e coletiva. Por isso, a saúde

ganhou tratamento especial na Constituição, com seção própria e ênfase no acesso

universal e igualitário às ações e serviços.

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A Constituição Paulista traduz, para o contexto regional, os direitos

estatuídos na Lei Maior e é complementada pelo Código de Saúde do Estado, que

expressamente reconhece a saúde como direito público subjetivo, isto é, oponível "erga

omnes" e apto a ser tutelado pelo Poder judiciário.

Ressalte-se que as Constituições Federal e Estadual, bem como a

legislação infra-constitucional dão ênfase à descentralização, e municipalização das

ações e serviços públicos de saúde, constituindo um sistema único (SUS), com

competência definida em lei.

Em nosso Estado, compete originariamente à direção municipal do

SUS executar ações e serviços de assistência integral à saúde e de alimentação e

nutrição, cabendo à direção estadual atuar em caráter complementar. Ou seja, no caso de

não-oferecimento ou oferta irregular desses serviços pelo Município, o Estado deve

supri-los.

Como se vê, não se trata de um conjunto de normas programáticas.

As Constituições e as leis tratam de assegurar efetividade social ao direito fundamental

à saúde, em toda a sua amplitude, reconhecendo-o como direito público subjetivo.

Especificamente em relação à proteção dos diabéticos, dispõe o

artigo 3º da Lei Estadual nº 10.782, de 09 de março de 2.001:

"A direção do SUS, estadual e municipal, garantirá o

fornecimento universal de medicamentos, insumos, materiais de autocontrole e auto-

aplicação de medicações, além de outros procedimentos necessários à atenção

integral da pessoa portadora de diabetes”.

Os instrumentos processuais de defesa jurisdicional desses direitos

são encontrados na Constituição (artigo 129, incisos II e III) e na legislação ordinária,

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em especial na Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/85, artigo 1º, inciso IV) corpo de

normas que mantém o espírito emancipador da Constituição da República.

Sobreleva-se, nesse passo, o instituto da ação civil pública de tutela

dos interesses individuais indisponíveis, coletivos e difusos, para a qual legitima-se o

Ministério Público (Constituição Federal, artigo 129, inciso III, e Lei nº 7.347/85, artigo

5º, "caput").

No caso presente, trata-se de direito individual indisponível, o

direito à saúde, de cuja defesa está legitimado o Ministério Público, a teor do que dispõe

o artigo 127, "caput”, parte final, da Constituição em vigor.

Em análise de questão absolutamente semelhante, o E. Supremo

Tribunal Federal decidiu:

"Tal como pude enfatizar, em decisão por mim proferida no

exercício da Presidência do Supremo Tribunal Federal, em contexto assemelhado ao

da presente causa (Pet 1246-SC), entre proteger a inviolabilidade direito à vida e à

Saúde que se qualifica como direito subjetivo inalienável assegurado a todos pela

própria Constituição da República (art. 5º, “caput” e art. 196) ou fazer prevalecer,

contra essa prerrogativa fundamental, um interesse financeiro e secundário do

Estado, entendo - uma vez configurado esse dilema - que razões de ordem ético-

jurídica impõem ao julgador uma só e possível opção: aquela que privilegia o respeito

indeclinável à vida e à saúde humana, notadamente daqueles, como os ora

recorridos, que têm acesso, por força de legislação local, ao programa de distribuição

gratuita de medicamentos, instituído em favor de pessoas carentes.

Cumpre assinalar, finalmente, que a essencialidade do direito à

saúde fez com que o legislador constituinte qualificasse, como prestações de

relevância pública, as ações e serviços de saúde (CF, art. 197) em ordem a legitimar a

atuação do Ministério Público e do Poder Judiciário naquelas hipóteses em que os

órgãos estatais, anomalamente, deixassem de respeitar o mandamento constitucional,

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frustrando-lhe, arbitrariamente, a eficácia jurídico-social, seja por intolerável

omissão, seja por qualquer outra inaceitável modalidade de comportamento

governamental desviante”.1

Por sua vez, o Tribunal de justiça do Estado de São Paulo, em

acurada análise de recursos de Agravo de Instrumento interpostos contra decisões que

questionavam a concessão de liminar, rechaçou as preliminares levantadas pela Fazenda

do Estado, asseverando:

"Medicamentos para o tratamento de portador de hepatite "C" -

O reexame necessário da sentença que condena a Fazenda Pública, não impede sua

sujeição a antecipação de tutela, decisão interlocutória de caráter provisório - a

proteção da vida humana prevalece sobre a necessidade de se evitar a

irreversibilidade do provimento - O judiciário não invade a esfera de outro poder,

quando apenas determina que o Executivo cumpra sua obrigação legal constitucional

- Não se declara nulidade processual quando a repetição do ato se tornou

desnecessária."2

"Estando provado nos autos que o autor está necessitando de

certa medicação, por expressa indicação do profissional competente, o Estado por

qualquer de seus entes políticos, seja a União, o Estado-Membro ou Município está

obrigado a fornecê-lo, pena de vulneração do mais importante dos direitos garantidos

constitucionalmente. Afinal, se a vida perece de que adiantará aos cidadãos outros

direitos.

O Estado de São Paulo não compreendeu bem, o que

profundamente lamentável, que o que está em causa é o direito à vida, bem supremo,

que é tutelado constitucionalmente.

1 RE 267.612-RS, Rel. Min. Celso Mello, publicado no DJU 23.8.2000.

2 T.J.S.P., A.I. nº 174.300-5/3-00-Ribeirão Preto, 8ª Cam. Cível, rel. Des. Teresa Ramos Marques, j. 16.08.2000

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Não é hora de buscar em certo retórica vazia do direito, uma

maneira de subtrair-se à imposição constitucional.

Se o Estado não atingiu, ainda, o grau ético necessário a

compreender essa questão, deve ser compelido pelo Poder Judiciário, guardião da

Constituição, a fazê-lo".3

“Ação Civil Pública - Liminar - Ajuizamento pelo Ministério

Público em face da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e do Govemo do Estado

visando a imposição de obrigação de fazer consistente fornecimento de medicamento,

sob pena de multa diária - Concessão com base no art. 12 da Lei 7.347/87 -

Pressupostos legais - Recurso desprovido”.4

Uma vez, portanto, que a PREFEITURA MUNICIPAL DE

LIMEIRA e o GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, por intermédio dos

respectivos serviços de saúde, não estão oferecendo gratuitamente a medicação

necessária ao doente EVERTON HENRIQUE DE OLIVEIRA, descumprindo assim

a Constituição Federal e legislação infraconstitucional pertinente e ofendendo direito

individual indisponível e público subjetivo, devem ser compelidos judicialmente a

proceder ao fornecimento dos remédios necessários ao tratamento da paciente.

Justifica-se a concessão de medida liminar, independentemente de

justificação, como autoriza o artigo 12 da Lei nº 7347/85, e artigo 203, inciso IV, da

Constituição de 1988, para impor aos réus o cumprimento da obrigação de fazer

consistente no fornecimento das drogas acima mencionadas e constantes do incluso

laudo médico ao interessado, quais sejam, dois vidros do medicamento "INSULINA

NOVOLIN 70/30", além de 100 fitas para medição de glicosúria e cetonúria, 01

glicosímetro, 50 fitas para glicosímetro ADVANTAGE, 30 seringas para aplicação de

3 TJ.S.P., A.I. nº 170.097-5/6-00 - Ribeirão Preto, 3ª de Direito Público, Rel. Des. Magalhães

Coelho, j. 26.09.2000.

4 TJ.S.P., A.I. nº 160.733-5/1-00, 2ª Vara de Ribeirão Preto, Rel. Des. Paulo Travain.

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insulina de 50 unidades com agulha "ultra fine" (fls. 05), pelo prazo necessário, a

critério médico e até nova e eventual comunicação judicial determinando a suspensão

ou interrupção do fornecimento do remédio, sob pena de pagamento de multa diária no

valor de R$ 1.000,00 (mil reais), a ser revertido em caso de descumprimento para a

APAE de Limeira.

A plausibilidade do direito ameaçado de lesão - fumus boni iuris -

está demonstrada pelo reconhecimento do direito à saúde como direito público subjetivo

de todos. De seu turno, o periculum in mora manifesta-se na necessidade de se

controlar, urgentemente, o grave quadro relatado.

Não há falar em necessidade de aplicação da regra traçada pelo

artigo 2º da Lei nº 8.437/92.

O próprio título da Lei nº 8.437/92 - "Dispõe sobre a concessão de

medidas cautelares contra atos do Poder Público e dá outras providências” - já

espanca eventual alegação neste sentido.

Basta o mínimo esforço exegético para concluir que a audiência do

representante legal da pessoa jurídica de direito público, no prazo de 72 horas, é exigida

apenas no caso de CAUTELARES, o que não ocorre na presente demanda, em que a

liminar está sendo requerida NO BOJO DA AÇÃO PRINCIPAL.

Em síntese, se não há cautelar, não há falar na incidência da Lei nº

8.437/92.

Mesmo que assim não fosse, não se busca oposição contra "atos do

Poder Público", como dispõe a Lei nº 8.437/92, mas sim combater sua omissão.

Diante de todo o exposto e do constante da documentação inclusa,

que desta petição faz parte integrante, como se literalmente transcrita, propõe o

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO a presente ação civil

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pública, para que o MUNICÍPIO DE LIMEIRA e o GOVERNO DO ESTADO DE

SÃO PAULO sejam condenados:

a) a adotar em definitivo o procedimento cuja imposição foi objeto

de pedido liminar, sob pena de responder por multa diária, nos moldes já referidos, além

da eventual configuração do delito tipificado pelo artigo 329 do Código Penal, para o

agente público responsável pelo descumprimento; e

b) pagar as custas processuais.

Ante o exposto, requer-se a citação dos demandados, nas pessoas

do Prefeito Municipal de Limeira e do Procurador-Geral do Estado de São Paulo para,

se quiserem e no prazo legal, responderem a presente ação, sob pena de revelia e

confissão.

Protesta, caso necessário, pela produção de todos os meios de

prova admitidos em Direito, em especial juntadas de novos documentos e perícia.

Dá-se a causa, para fins meramente fiscais, o valor de R$ 1.000,00.

Limeira, 30 de março de 2004.

Cleber Rogério Masson

4º Promotor de justiça de Limeira

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