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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Direito Campus Central Av. Ipiranga, 6681 – P. 08 – sala 140 CEP: 90619-900 Fone: (51) 3320-3532 – Fax (51) 3320 – 3580 E-mail: [email protected] www.pucrs.br/direito/sajug EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMILIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL DO PARTENON DA COMARCA DE PORTO ALEGRE - RS CATARINA DE MÉDICIS, brasileira, menor, representada por sua mãe, MARGARETE DE MÉDICIS, brasileira, solteira, doméstica, inscrita no RG sob o n° 40763000021 e CPF sob o nº 864.739.357- 39, residente e domiciliada na Rua Pinto Silva, 56, bairro Aventureiros, no fim da linha do ônibus Aterro, em Porto Alegre, RS, vem à presença de Vossa Excelência para, com fundamento nos artigos 227, parágrafo da Constituição Federal; 1.596, 1.604 e seguintes do Código Civil; nas Leis 8.560/92, 8.069/90 e 5+478/68, através do procurador infra firmado, instrumento de mandado incluso, (DOC.01) propor a presente

Modelo Investigação de Paternidade Cumulada Com Alimentos

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LPKOJIJJ

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMILIA E SUCESSES DO FORO REGIONAL DO PARTENON DA COMARCA DE PORTO ALEGRE - RS

CATARINA DE MDICIS, brasileira, menor, representada por sua me, MARGARETE DE MDICIS, brasileira, solteira, domstica, inscrita no RG sob o n 40763000021 e CPF sob o n 864.739.357-39, residente e domiciliada na Rua Pinto Silva, 56, bairro Aventureiros, no fim da linha do nibus Aterro, em Porto Alegre, RS, vem presena de Vossa Excelncia para, com fundamento nos artigos 227, pargrafo 6 da Constituio Federal; 1.596, 1.604 e seguintes do Cdigo Civil; nas Leis 8.560/92, 8.069/90 e 5+478/68, atravs do procurador infra firmado, instrumento de mandado incluso, (DOC.01) propor a presente

AO DE INVESTIGAO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOSem face de EPAMINONDAS LVARES CABRAL, brasileiro, empresrio, residente e domiciliado na Rua Dom Manoel, 1830, bairro Piratuba, ao final da linha do nibus Aimors, em Porto Alegre, RS, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PRELIMINARMENTE DO BENEFCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIA

A promovente pessoa pobre na acepo jurdica do termo e no possui condies de arcar com os nus processuais, sob pena de srio comprometimento no seu sustento e de sua famlia.

Requer, com base na Constituio Federal, art. 5, inciso LXXIV, na Lei 1.060/50 e suas alteraes, bem como na Lei 7.115/83, artigos abaixo transcritos, que lhe seja concedido os benefcios da JUSTIA GRATUITA, por no ter condies financeiras de arcar com as custas e demais despesas inerentes presente pretenso sem prejuzo de seu sustento, (DOC. 02).

CONSTITUIO FEDERAL DE 1988:

Artigo 5 (...)

LXXIV. O Estado prestar assistncia judiciria integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos.Lei n 7.115/83:

Artigo 1 A declarao destinada a fazer prova de vida, residncia, pobreza, dependncia econmica, homonmia ou bons antecedentes, quando firmada pelo prprio interessado ou por procurador bastante constitudo e sob as penas da lei, presume-se verdadeira.

A jurisprudncia clara quanto a presente pretenso, vejamos:

Ementa:AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISO MONOCRTICA. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO INDENIZATRIA.BENEFCIODA ASSISTNCIA JUDICIRIA GRATUITA.LEI N. 1.060/50. PRESUNO DE NECESSIDADE. Legtimo a parte requerer obenefcio da gratuidade nos termos do art. 4 daLei n. 1.060/50, que se harmoniza com o art. 5, inciso LXXIV, da Constituio Federal. Para que obtenha obenefcioda assistncia judiciria basta a simples afirmao de pobreza, at prova em contrrio. Precedentes do STJ. RECURSO PROVIDO DE PLANO, COM FULCRO NO ART. 557, 1-A, DO CPC. (Agravo de Instrumento N 70059103085, Nona Cmara Cvel, Tribunal deJustiado RS, Relator: Miguel ngelo da Silva, Julgado em 30/04/2014)DOS FATOS

A genitora, que ora representa a autora, afirma que teve um relacionamento amoroso com o ru, que na poca do envolvimento, ocultou o fato de ser casado. Relata ainda, que durante o perodo no qual estavam juntos, o ru lhe confidenciou que estava separado de sua esposa h mais de seis meses. E que a separao havia ocorrido aps o nascimento do ltimo filho, sendo assim, ele prometia que iria pedir o divrcio e ento casar-se-ia com a me da autora. Conforme relata a autora, o ru fez diversas promessas representante da menor, mostrando, inclusive, o seu contracheques que comprova uma renda mensal de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Alm disso, ele relatou ser proprietrio de bens imveis, um apartamento sob a matrcula n 632.456, que est situado na Comarca de Ouro, uma casa na praia de Itapema sob a matrcula n 745.256 e um stio na Comarca de Santa Maria sob a matrcula n 321.456. Alm disso, o ru possui um automvel, marca Fiat, modelo Palio na cor Vermelha, placa IXU 1741.Todavia, passados dois meses de relacionamento, o Sr. Epaminondas simplesmente desapareceu sem dar explicaes. No bastasse o sofrimento emocional do qual foi vtima a Sra. Margarete, descobriu-se grvida pouco depois de ser abandonada pelo ru. Desta feita, terminou sua gestao sozinha e suportando todas as fases restantes de gravidez sem qualquer apoio do ru, at que em 03/07/2010, a criana nasceu. Entretanto, aps ser procurado pela genitora, por diversas vezes, o ru recusou-se a efetuar o registro de sua paternidade a pretexto de infundadas desculpas, o que no se justifica, porque:

- a me da autora teve um relacionamento com o ru na poca em que engravidou;- deu a luz menina, ora autora, em data de 03/07/2010, perodo este que coincide com o tempo em que namoraram;- existem traos genticos e hereditrios que facilitam a identificao do ru como o pai da criana, pois a semelhana visvel; Com amparo em todos os direitos constitucionalmente garantidos, somados a situao financeira que dispe, motivam a autora, ora representada por sua genitora a pretender junto ao Poder Judicirio, o reconhecimento da alegada paternidade, bem assim obter o amparo indispensvel ao seu desenvolvimento e subsistncia.

Ressalta-se ainda, a situao de extrema dificuldades em que vive a genitora e sua filha, morando nos fundos da casa de sua me e tendo que arcar sozinha com todas as despesas do lar. Conforme relata a autora, teve que recorrer diversas vezes aos vizinhos para conseguir alimentar e vestir a menina, que hoje tem apenas trs anos. Em tais condies, evidente que h necessidade do auxlio do genitor para o sustento da criana. DOS FUNDAMENTOS

Determina o Cdigo Civil:

Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.

Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento irrevogvel e ser feito:

I - no registro do nascimento;

II - por escritura pblica ou escrito particular, a ser arquivado em cartrio;

III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;

IV - por manifestao direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento no haja sido o objeto nico e principal do ato que o contm.

Note-se que tal afirmativa tambm encontra amparo no Estatuto da Criana e do Adolescente, Lei n 8.069/90, em seus artigos 26 e 27.

Portanto, totalmente adequada e oportuna a pretenso da autora no caso em tela.

Curial ressaltar no tocante s provas:

Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poder provar-se a filiao por qualquer modo admissvel em direito:

I - quando houver comeo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente;

II - quando existirem veementes presunes resultantes de fatos j certos.

DAS PROVASA Sra. Margarete apresenta diversos cartes romnticos e cartas apaixonadas datadas e assinadas pelo Sr. Epaminondas. Alm de vrias testemunhas, entre elas, seus vizinhos que presenciavam as constantes visitas feitas genitora da autora, pelo ru.

No caso em questo imprescindvel a realizao das provas cientficas. Desta feita, requer os exames necessrios comprovao da paternidade sejam realizados pelo ru.

Todavia, em caso de negativa quanto a realizao dos exames, recair sobre ele a presuno jris tantum de paternidade.

No tocante ao exame que vir a corroborar com os fatos afirmados pela autora, solicitamos o exame de DNA, sem prejuzo das demais provas que sero produzidas no curso da instruo processual.DA FIXAO DOS ALIMENTOS NA INVESTIGAO DE PATERNIDADEPai assim considerado judicialmente desde a concepo do filho, sendo que a partir da, decorrem os nus, encargos e obrigaes oriundas do poder familiar. Sendo assim, a negativa de responsabilidade parental no o exime.

Todo filho tem direito identidade, proteo integral, ao reconhecimento de seu estado de filiao, necessita de alimentos para prover sua subsistncia.Desta feita, requer que sejam determinados os alimentos provisrios, em razo de todos os indcios demonstrados no decorrer desta pea.

Nesse sentido:Ementa:INVESTIGAODEPATERNIDADE.ALIMENTOSPROVISRIOS. MAJORAO. DESCABIMENTO. 1. No restando mais dvida acerca dapaternidade, cabvel a fixao dealimentosprovisrios, a fim de assegurar minimamente o sustento do filho menor no curso do processo. 2. Osalimentos devem ser fixados de forma a atender as necessidades do alimentado, mas sem sobrecarregar em demasia o alimentante, tendo em mira a os encargos de famlia que o genitor possui e que tambm a genitora deve concorrer adequadamente para o sustento do filho. 3. Cuidando-se de fixao ainda provisria, recomendvel moderao para no sobrecarregar em demasia o alimentante, pois osalimentos so irrepetveis e se, ao final, osalimentos definitivos forem fixado em valor superior, ele retroagir data da citao. 4. Sendo provisria a fixao, o valor ser revisto a qualquer tempo, bastando que venham aos autos elementos de convico que justifiquem a majorao. Recurso desprovido. (Agravo de Instrumento N 70058962382, Stima Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Srgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 18/04/2014)DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto requer:

a) Sejam concedidos os benefcios da Gratuidade de Justia, com iseno de custas e demais despesas processuais, por ser a autora e sua representante pobres na acepo jurdica do termo, conforme lhe faculta a Lei n 1.060/50, com suas alteraes e regulamentaes, conforme declarao de pobreza em anexo;b) Que a ao seja julgada totalmente procedente, reconhecendo por sentena a paternidade alegada;

c) A citao do ru no endereo acima declinado, por carta registrada com aviso de recebimento ou via Oficial de Justia, para que aceite os termos da presente ao, procedendo ao registro de assento de nascimento da autora, como seu pai, ou comparea em audincia a ser designada, ou apresente defesa, sob pena de confisso, arcando com os nus e sucumbncia;

d) Que seja fixado em sede preliminar, alimentos provisionais, na base de 30% (trinta por cento) dos rendimentos lquidos recebidos pelo ru, que devero ser pagos, impreterivelmente, at o dia 10 (dez) de cada ms, atravs de depsito para a conta bancria da genitora, Banco do Brasil S.A, Agncia 0211, Conta Corrente n 00069845715-9e) Observando-se as formalidades legais, havendo resistncia, determine-se a realizao de exames hematolgicos DNA por entidade especializada, e aps o resultado, se positivo, com o reconhecimento da paternidade da menor, mediante sentena e condenao do ru ao pagamento de custas e honorrios advocatcios, expedindo-se o competente mandado para a devida averbao;

f) A intimao do Dignssimo Representante do Ministrio Pblico, que atua nesta Vara e Cartrio, para que acompanhe o presente at seu final.

g) Sejam fixados os alimentos definitivos em montante equivalente e nas mesmas condies que os provisrios pleiteados, incidindo, inclusive, sobre eventuais verbas recebidas;Protesta-se, provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente provas periciais, documentais e testemunhais, sob pena de confisso.

Atribui-se causa , o valor de R$ 5.546,32 (cinco mil quinhentos e quarenta e seis reais e trinta e dois centavos).Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Porto Alegre, 02 de Maio de 2014

Adelmo Germano Etges

OAB 33.090/RS

Estagirio SAJUG: Marisngela de Mello

ROL DE TESTEMUNHASNome: Isabel Maria de SouzaRG: 416897542Endereo: Rua Pinto Silva, 57, bairro Aventureiros, Porto Alegre - RSCep: 92560-320Nome: Sandra de S MesquitaRG: 2587416458Endereo: Rua Pinto Silva, 55, bairro Aventureiros, Porto Alegre - RSCep: 92560-320