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Universidade Federal do Acre - UFAC Colégio de Aplicação – CAp Área de Letras 3° Fase do Modernismo Dis centes: Carolina Justo Ferreira Catharine Ávila da Silva Dayen Nayed Jefferson Moraes Oliveira Júlia de Souza Galdino Kaluane Fernanda Larissa Mourão Leticiane Araújo Luis Gustavo de Souza Azevedo

Modernismo 3° geração

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Universidade Federal do Acre - UFAC

Colégio de Aplicação – CAp

Área de Letras

3° Fase do Modernismo

Discentes: Carolina Justo Ferreira

Catharine Ávila da Silva

Dayen Nayed

Jefferson Moraes Oliveira

Júlia de Souza Galdino

Kaluane Fernanda

Larissa Mourão

Leticiane Araújo

Luis Gustavo de Souza

Azevedo

Natássia Figueredo

Thawana Alexandrino

Rio Branco, AC, 03 de Novembro de 2010.

Contexto Histórico

Em 1945 houve o termino da 2° Guerra Mundial, milhões de mortos o

holocausto, a queda de Hittler, o homem que ordenou a morte de milhões

de judeus nos campos de concentração. As Bombas de Hiroshima e

Nagasaki, que causaram a morte instantanea de milhões de japoneses, e

depois de outras pessoas pela contaminação de residuos da bomba

nuclear. Depois da 2° Guerra Mundial houve a Guerra Fria entre o pólo

capitalista e o socialista, que deixaram no ar a ameaça de uma Guerra

Núclear que colocaria toda a humanidade em risco. Os jovens são

contestadores e começar a fazer isso através de palavras, pois antes só

eram reprimidos, mas quando houve necessidade foram recrutados a

guerra, isso levou a novas formas de pensar.

O Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, inicia um novo período de sua

história, esse é marcado pelo desenvolvimento econômico, pela

democratização política e pelo surgimento de novas tendências artísticas e

culturais.

Música: Alberto Nepomuceno, Heitor Villa-Lobos e Guiomar de Novais;

Escultura: Victor Brecheret;

Teatro: Benedito Ruy Barbosa, Nelson Rodrigues;

Arquitetura: Lúcio Costa, Oscar Niemayer;

Pintura: Anita Malfatti, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido

Portinari, Rego Monteiro, Alfredo Volpi;

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente do Brasil e houve a

construção da atual capital do Brasil, a contrução de Brasilia trouxe a

industrialização ao Brasil. Neste período houve um imenso exoto rural, as

pessoas sairam do sertão em direção as cidades, muitos imigrantes

nordestinos vieram em direção as grandes cidades em busca de vidas

melhores. Criando um grande problema social no país. A década de 40 foi

marcada pelo rádio, mas em 1950, Chateaubriand trouxe a televisão para o

Brasil, fazendo com que os programas televisivos fizessem parte da vida dos

brasileiros.

Caracteristicas da Terceira Fase do Modernismo

Definui-se que a terceira fase do modernismo se iniciou em 1945 e foi até

1960, alguns estudiosos nomeiam essa fase como Pós-moderna e

segundo os mesmo esta ainda estaria se desenrolando até a data atual,

inicialmente abordaremos o modernismo como o período de 1945 à 1960.

O período é representado principalmente pela Prosa, na 3° fase do

modernismo há a publicação de vários contos, crônicas e romances. Há

também a continuidade de 3 tendencias já ocorridas na 2° fase do

modernismo;

Prosa Urbana, contos que polarizam e conflituam o individuo e o meio

social, destacam-se Dalton Trevisan, Rubem Braga, Lygia Fagundes

Telles que também produziu romances;

Prosa Intimista, se concentra na sondagem psicológica, caracteristica

marcante das produções de Clarice Lispector. Destacam-se também Lygia

Fagundes Telles e Antônio Olavo Pereira;

Prosa Regionalista, o primeiro autor da tendencia foi Bernardo

Guimarães, no século XIX, a prosa regionalista recebeu inovações

linguisticas e temáticas vindas de Guimarães Rosa, que publicou seu

primeiro livro, Sagarana, recebendo vários prêmios, mais tarde escreveu

Grande Sertão: veredas, um romance que deixa claro a temática da vida

no sertão. Outros nomes importantes para a Prosa Regionalista foram

Herberto Sales, Mário Palmério e Bernardo Éllis;

Negando a liberdade formal, as irônias, as sátiras e outras características

modernistas, os poetas de 45 buscaram uma poesia mais “equilibrada e séria”,

tendo como modelos os Parnasianos e Simbolistas. No fim dos anos 40, surge

um poeta singular, não estando filiado esteticamente a nenhuma tendência:

João Cabral de Melo Neto.

Outro genero presente é a Poesia, diferente do período antecessor a poesia

deste perído está em busca de seriedade e é mais equilibrada, os poetas da

fase anterior continuam a produzir, mas estão em constante renovação, formas

fixas e classicizates foram retomadas por estes poetas, denominados

neoparnasianos. A denominação Neoparnasiano é de fundo pejorativo,

partindo do pressuposto de que os autores desta fase opunham-se às

características radicais e enérgicas da Primeira Fase Modernista, tendo um

comportamento mais formal diante das produções literárias.

Principais Autores;

▪ Antonio Olinto (1919-2009)

▪ Ariano Suassuna (1927-)

▪ Clarice Lispector (1920-1977)

▪ Domingos Carvalho da Silva (1915 - 2004)

▪ Elisa Lispector (1911-1989)

▪ Ferreira Gullar (1930- )

▪ Geraldo Vidigal (1921)

▪ Guimarães Rosa (1908-1967)

▪ João Cabral de Melo Neto (1920-1999)

▪ Mauro Mota (1911-1984)

▪ Nelson Rodrigues (1912-1990)

Guimarães Rosa

Guimarães Rosa foi um grande estudioso, principalmente de línguas. Alguns

estudiosos de sua obra afirmam que ele aprendeu sozinho o russo e o alemão.

Essa paixão por línguas se reflete em quase todos os seus textos. Ele faleceu

três dias depois de ter tomado posse na Academia Brasileira de Letras. Suas

obras são caracterizadas pelo;

Regionalismo;

Universalismo;

Criação Linguística;

Assim como outros autores, Guimarães utiliza a elação do homem com a

paisagem árida do sertão como matéria- prima de seus textos. Entretanto seu

regionalismo apresenta um novo significado extrapola os limites da realidade

brasileira, atingindo o plano universal. Como dizia o próprio autor, “o sertão é o

mundo”. Tanto que podemos interpretá-lo de várias maneiras: como realidade

geográfica, social, política e até mesmo numa dimensão metafísica.

Outra característica fundamental de Guimarães Rosa é o seu poder

inovador, sua habilidade em trabalhar e inventar palavras. Seus textos são

repletos de neologismos (neo= novo, logismo vem de logos que significa

palavra), ou seja, neologismos são palavras novas. Dizem que Guimarães

sempre andava com um caderninho no bolso anotando palavras e expressões

características do falar do povo brasileiro e a partir delas criava outras tantas.

São exemplos de seus famosos neologismos:

“desafogaréu” – “cigarrando” – “justinhamente”

“êssezinho”

– “ossoso”

– “retrovão”

“agarrante”

– “bisbrisa”

– “desfalar”

Outra característica é o seu poder de fusão dos gêneros literários.

Guimarães Rosa não ficou preso a um único gênero. Segundo a crítica literária,

ele e Clarice Lispector conseguiram desromancizar o romance, aproximando-

o da poesia.

“Não, não sou romancista; sou um contista de contos críticos. Meus romances

e ciclos de romances são na realidade contos nos quais se unem a ficção

poética e a realidade. Sei que daí pode facilmente nascer um filho ilegítimo,

mas justamente o autor deve ter um aparelho de controle: sua cabeça.

Escrevo, e creio que este é o meu aparelho de controle: o idioma português, tal

como usamos no Brasil; entretanto, no fundo, enquanto vou escrevendo,

extraio de muitos outros idiomas. Disso resultam meus livros, escritos em um

idioma próprio, meu, e pode-se deduzir daí que não me submeto à tirania da

gramática e dos dicionários dos outros. A gramática e a chamada filologia,

ciência lingüística, foram inventadas pelos inimigos da poesia”.

Guimarães Rosa

Clarice Lispector

Clarice Lispector aprofunda-se num caminho já percorrido por outros autores

no início do movimento modernista, a literatura de caráter introspectivo e

intimista. Clarice sempre foi muito mística e supersticiosa, tanto que em 1976,

representou o Brasil num Congresso de Bruxaria, na Colômbia.

Clarice Lispector dedicou-se à prosa de sondagem psicológica, à análise

das angústias e crises existenciais, ou seja, dedicou-se à análise do mundo

interior de suas personagens. Clarice rompeu com a linearidade da estrutura do

romance, seus textos baseiam-se no fluxo de consciência (na expressão direta

dos estados mentais), na memória. Tempo, espaço, começo, meio e fim

deixaram de ser importantes. Segundo a própria autora “o importante é a

repercussão do fato no indivíduo” e não o fato em si. Outra característica de

Clarice Lispector é o freqüente uso do monólogo interior, técnica em que o

narrador conversa consigo mesmo, como se estivesse divagando. Entre seus

livros mais conhecidos estão: “Perto do Coração Selvagem”, “Laços de

Família” e “A Hora da Estrela”, último livro publicado em vida.

Nelson Rodriguez

O teatro entrou na vida de Nelson Rodrigues por acaso. Uma vez que se

encontrava em dificuldades financeiras, achou no teatro uma possibilidade de

sair da situação difícil em que estava. Assim, escreveu "A mulher sem

pecado…", sua primeira peça. Segundo algumas fontes, Nelson tinha o

romance como gênero literário predileto, e suas peças seguiram essa

predileção, pois as mesmas são como romances em forma de texto teatral.

Nelson é um originalíssimo realista. Não é à toa que foi considerado um novo

Eça. De fato, a prosa de Nelson era realista e, tal como os realistas do século

XIX, ele criticou a sociedade e suas instituições, sobretudo o casamento.

Sendo esteticamente realista em pleno Modernismo, Nelson não deixou de

inovar tal como fizeram os modernos. O autor transpôs a tragédia grega para o

sociedade carioca do início do século XX, e dessa transposição surgiu a

"tragédia carioca", com as mesmas regras daquela, mas com um tom

contemporâneo. O erotismo está muito presente na obra de Nelson Rodrigues,

o que lhe garante o título de realista. Nelson não hesitou em denunciar a

sordidez da sociedade tal como o fez Eça de Queirós em suas obras. Esse

erotismo realista de Nelson teve sua gênese em obras do século XIX, como "O

Primo Basílio", e se desenvolveu grandemente na obra do autor

pernambucano. Em síntese, Nelson foi um grande escritor, dramaturgo e

cronista, e está imortalizado na literatura brasileira.

Ariano Suassuna

Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de sol. Em 1948,

sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada

pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os homens de barro foi montada no

ano seguinte.

Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena

pelo Auto de João da Cruz. Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado

a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça Torturas de

um coração em 1951. Em 1952, volta a residir em Recife. Deste ano a 1956,

dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta

época O castigo da soberba (1953), O rico avarento (1954) e o Auto da

Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria

considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno

teatro brasileiro”.

Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na

Universidade Federal de Pernambuco. No ano seguinte foi encenada a sua

peça O casamento suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O

santo e a porca; em 1958, foi encenada a sua peça O homem da vaca e o

poder da fortuna; em 1959, A pena e a lei, premiada dez anos depois no

Festival Latino-Americano de Teatro.

Em 1959, em companhia de Hermílio Borba Filho, fundou o Teatro Popular do

Nordeste, que montou em seguida a Farsa da boa preguiça (1960) e A caseira

e a Catarina (1962). No início dos anos 60, interrompeu sua bem sucedida

carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na UFPe

Ele foi o criador do Movimento Armorial, que tem como projeto a confluência

simultânea de todas as artes populares do Nordeste brasileiro, trabalhando a

favor da dignidade humana. “Romance d’A Pedra do Reino” é considerado um

dos melhores do país, e a peça “O Auto da Compadecida”, além de encenada

diversas vezes por todo o mundo, já recebeu três adaptações

cinematográficas.  Dentre suas obras no período podemos citar;

Uma Mulher Vestida de Sol (1948);

Ode (1955);

Fernando e Isaura (1956);

Auto da Compadecida (1957);

O Casamento Suspeitoso (1961);

Podemos definir a 3° Fase do Modernismo como um período influenciado por

mentes que tentavam mudar, mas ao mesmo tempo retomar certos traços,

escrevendo com um tom mais sério, e procurando expressar suas origens pelo

regionalismo e tornar a literatura mais brasileira, sair da monotonia e formar

uma literatura brasileira, outra característica foi a sondagem psicológica, com o

intuito de expressar o interior das mentes de seus personagens, como Clarice

Lispector, uma obra exemplar é “Laços de Família”, a obra de Clarice Lispector

traz a necessidade humana de se conhecer e entrar na mentes do outro à tona.

Referencial Bibliográfico

Abaurre, Maria Luiza; Pontara, Marcela Nogueira; Fadel, Tatiana. Português,

língua, literatura, produção de texto. 2. Ed. São Paulo: Moderna, V. único 2004.

Pág. 140 à 145.

Faraco & Moura. Português, Projetos. 1. Ed. São Paulo: Ática, V. Único 2009.

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Lispector, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

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20h24min.