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Língua Portuguesa NIRLEY OLIVEIRA O Verbo • Introdução ......................................................... 3 I Os Modos e Tempos Verbais ............................ 4 II Vozes Verbais ................................................ 11 III Os Verbos Impessoais .................................... 15 Predicação Verbal • Classificação dos Verbos quanto à Predicação Verbal .................. 18 Regência I Introdução ..................................................... 19 II Regência Verbal ............................................ 19 III Regência Nominal .......................................... 31 Concordância Verbal I Introdução ..................................................... 34 II Casos Especiais de Concordância Verbal 1ª parte ......................................................... 34 III Casos Especiais de Concordância Verbal 2ª parte ......................................................... 40 IV Silepse ou Concordância Ideológica ............. 49 M2 A reprodução por qualquer meio, inteira ou em parte, venda, exposição à venda, aluguel, aquisição, ocultamento, empréstimo, troca ou manutenção em depósito sem autorização do detentor dos direitos autorais é crime previsto no Código Penal, Artigo 184, parágrafo 1 e 2, com multa e pena de reclusão de 01 a 04 anos.

Modulo 02

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Língua Portuguesa

NIRLEY OLIVEIRA

O Verbo

• Introdução ......................................................... 3 I ­ Os Modos e Tempos Verbais ............................ 4 II ­ Vozes Verbais ................................................ 11 III ­ Os Verbos Impessoais .................................... 15

Predicação Verbal

• Classificação dos Verbos quanto à Predicação Verbal .................. 18

Regência

I ­ Introdução ..................................................... 19 II ­ Regência Verbal ............................................ 19 III ­ Regência Nominal .......................................... 31

Concordância Verbal

I ­ Introdução ..................................................... 34 II ­ Casos Especiais de Concordância Verbal

1ª parte ......................................................... 34 III ­ Casos Especiais de Concordância Verbal

2ª parte ......................................................... 40 IV ­ Silepse ou Concordância Ideológica ............. 49

M2

A reprodução por qualquer m

eio, inteira ou em

parte, venda,

exposição à venda, aluguel, aquisição, ocultamento,

empréstim

o, troca ou manutenção em

depósito sem

autorização do detentor dos direitos autorais é crim

e previsto

no Código Penal, A

rtigo 184, parágrafo 1 e 2, com

multa e pena de reclusão de 01 a 04 anos.

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2 Língua Portuguesa ­ M2

Anotações

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3 Língua Portuguesa ­ M2

O VERBO

A formiga trabalha.

INTRODUÇÃO

Palavra variável, que exprime

AÇÃO ESTADO FENÔMENO

Ana parece triste. Chovia a cântaros.

Eu amo. Tu amas. Ele ama.

o verbo varia emPESSOA

primeira pessoa • a que fala segunda pessoa • a com quem se fala terceira pessoa • a de quem se fala

o verbo varia em NÚMERO

singular • indica um só plural • indica mais de um

o verbo varia em TEMPO

presente • o fato acontece agora. pretérito • o fato já aconteceu. futuro • o fato ainda vai acontecer.

o verbo varia em MODO

indicativo • indica um fato, simplesmente. subjuntivo • indica um fato hipotético, duvidoso. imperativo • indica um fato com idéia de ordem, pedido. infinitivo • enuncia um fato vagamente, sem idéia de

presente, passado ou futuro.

o verbo varia emVOZ

voz ativa • o sujeito pratica a ação voz passiva • o sujeito recebe a ação voz reflexiva • o sujeito pratica e recebe a ação

Ele chegou. Nós chegamos.

Agora eu estudo. Ontem eu estudei. Amanhã eu estudarei.

Eu estudo inglês. É necessário que ele assine. Espere! / Não volte aqui! Esperar – eis o eterno suplício!

A faca feriu a criança. A criança foi ferida pela faca. As crianças se feriram.

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4 Língua Portuguesa ­ M2

I ­ OS MODOS E TEMPOS VERBAIS

Conforme já dissemos, o modo indicativo exprime a certeza do falante perante o processo que anuncia. A seguir, você terá um modelo de cada conjugação no modo indicativo. A maioria dos verbos de nossa

língua segue esse modelo. Esses verbos são chamados de REGULARES. Os que fogem ao modelo de conjugação chamam­se IRREGULARES.

Os Pescoçudos GALHARDO

(FOLHA DE S. PAULO)

1 ­ O MODO INDICATIVO

Presente do Indicativo

canto cantas canta cantamos cantais cantam

vendo vendes vende vendemos vendeis vendem

parto partes parte partimos partis partem

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

Exprime um processo simul­ tâneo ao ato da fala.

Pretérito Imperfeito

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

Exprime um fato passado, mas não concluído.

cantava cantavas cantava cantávamos cantáveis cantavam

vendia vendias vendia vendíamos vendíeis vendiam

partia partias partia partíamos partíeis partiam

Exprime processo anterior ao ato da fala, totalmente concluído.

cantei cantaste cantou cantamos cantastes cantaram

vendi vendeste vendeu vendemos vendestes venderam

parti partiste partiu partimos partistes partiram

Pretérito Perfeito

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

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5 Língua Portuguesa ­ M2

2­ O MODO IMPERATIVO

O modo imperativo exprime uma imposição ao ouvinte. É o modo da ordem, do pedido.

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

Futuro do Pretérito

Exprime um fato futuro em relação a um fato já passado.

cantaria cantarias cantaria cantaríamos cantaríeis cantariam

venderia venderias venderia venderíamos venderíeis venderiam

partiria partirias partiria partiríamos partiríeis partiriam

Futuro do Presente

Exprime um processo posterior ao momento da fala.

cantarei cantarás cantará cantaremos cantareis cantarão

venderei venderás venderá venderemos vendereis venderão

partirei partirás partirá partiremos partireis partirão

Exprime um processo anterior a outro igualmente passado.

Pretérito mais que Perfeito

cantara cantaras cantara cantáramos cantáreis cantaram

vendera venderas venderas vendêramos vendêreis venderam

partira partiras partira partíramos partíreis partiram

Canta (tu) Cante (você) Cantemos (nós) Cantai (vós) Cantem (vocês)

Vende (tu) Venda (você) Vendamos (nós) Vendai (vós) Vendam (vocês)

Parte (tu) Parta (você) Partamos (nós) Parti (vós) Partam (vocês)

Afirmativo

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

Negativo

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

Não cantes (tu) Não cante (você) Não cantemos (nós) Não canteis (vós) Não cantem (vocês)

Não vendas (tu) Não venda (você) Não vendamos (nós) Não vendais (vós) Não vendam (vocês)

Não partas (tu) Não parta (você) Não partamos (nós) Não partais (vós) Não partam (vocês)

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6 Língua Portuguesa ­ M2

4­ FORMAS NOMINAIS (F

OLH

A DE S. P

AULO)

O infinitivo, o gerúndio e o particípio chamam­se formas nominais do verbo porque, além de seu significado verbal, às vezes aparecem com valor de substantivo, adjetivo ou advérbio.

• Infinitivo: plantar, vender • Gerúndio: plantando, vendendo • Particípio: plantado, vendido

3­ O MODO SUBJUNTIVO O subjuntivo é o modo da dúvida. Exprime uma ação condicionada, dependente. Veja, a seguir, um modelo de conjugação do modo subjuntivo.

Níquel Náusea FERNANDOGONSALES

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

1ª conjugação

2ª conjugação

3ª conjugação

Futuro (quando) Pretérito Imperfeito (se) Presente (que)

Exprime um desejo ou um fato presente, mas duvidoso.

cante cantes cante cantemos canteis cantem

venda vendas venda vendamos vendais vendam

parta partas parta partamos partais partam

Exprime um fato hipotético ou uma condição.

cantasse cantasses cantasse cantássemos cantásseis cantassem

vendesse vendesses vendesse vendêssemos vendêsseis vendessem

partisse partisses partisse partíssemos partísseis partissem

Exprime umprocesso futuro em rela­ çãoa outro processo também futuro.

cantar cantares cantar cantarmos cantardes cantarem

vender venderes vender vendermos venderdes venderem

partir partires partir partirmos partirdes partirem

(VESTIBULAR UNICAMP, P. 91)

As Cobras LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO

TCHAU, FELIPE

QUE VOCÊ ENCONTRE UMA MULHER DISPOSTA A

CASAR COM VOCÊ.

QUE VOCÊ SEJA FELIZ!

UMA DAS DUAS COISAS!

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7 Língua Portuguesa ­ M2

1) (UFMG) Em todas as alternativas, a forma verbal sublinhada está no pretérito do indicativo, EXCETO:

a) Tu estás louco seu Laio? Onde já se viu esse despropósito?

b) Se a barrigueira estava frouxa e o arreio meio caindo, Beija­Flor estacava e ficava quieta.

c) Deram no vão de um córrego. Um velho, de saco nas costas, vinha de lá, passando a pinguela.

d) E, pois, se todos continuavam trabalhando, bichinho nenhum tivera o seu susto.

e) Pediu que o levassem para a cama; mas já era outro homem, porque chorar sério faz bem.

2) (Fac. Milton Campos) Os verbos destacados nas estruturas abaixo encontraram­se no mesmo tempo e modo, EXCETO:

a) “... como se estivessem assombrados.”

b) “Vinham escoteiros.”

c) Era o êxodo da seca de 1898.”

d) “Parecia a poeira levantada.”

e) “Andavam devagar.”

3) (UFMG) Os verbos de cada alternativa estão no mesmo tempo e modo, EXCETO:

a) Muda de lugar que ele aumenta.

b) Não era fácil assim como pensavam.

c) Perguntaram pelo rumo. Preto velho abriu a boca.

d) Fazia um calor medonho. O povo clamava chuva.

e) Quem nasce pra derréis não chega a vintém.

4) (UFMG) Em todas as afirmativas, a forma destacada expressa idéia de ordem ou pedido, EXCETO:

a) “Bebamos, pois, ao futuro!” ­ exclamava na pousada.

b) “Levai bem pólvora e chumbo!” disse a voz aos da boiada.

c) Ai, línguas, que sem fadiga arquitetais coisas falsas!

d) Virgem do Rosário, deixa­nos descansar em paz.

e) Escondei jóias e alfaias! (Que tropa é que vai chegar?)

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8 Língua Portuguesa ­ M2

5) Observe:

O segundo verbo empregado no anúncio acima expressa:

a) um estado permanente.

b) um estado provisório.

c) uma ação.

d) uma mudança de estado.

1) (UFMG) Em todas as alternativas, a seqüência destacada expressa corretamente a idéia indicada, EXCETO em:

a) A menina estava verde como uma folha de mato. (estado transitório)

b) Confesso que começava a arder de curiosidade. (início de ação)

c) Virou assustada, resguardando o peito. (mudança de estado)

d) Está doente, então tem de tomar purgante. (obrigatoriedade de ação)

e) Drelina era bonita de bondade. (estado permanente)

2) (PUC­MG) A forma verbal destacada está no modo imperativo em:

a) Desejamos, de coração, que tu triunfes e venças.

b) Digo aos meus preciosos admiradores que falem mais alto.

c) Não concorda com o resultado; é portanto, uma rebelde.

d) Se você for, não escute os bons conselhos dos inimigos.

e) Talvez sua alma seja diferente por nossa culpa.

(ANÚNCIO PUBL

ICADO EM R

EVISTA

MAR

IE C

LAIRE Nº 67, O

UT. DE 96) ABRA SEU PRÓPRIO NEGÓCIO.

OU VOCÊ ESTÁ FELIZ COMO PILOTO DE FOGÃO?

AREVISTA PARAQUEM QUER MUDAR DE VIDA.

PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS

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9 Língua Portuguesa ­ M2

Recado ao senhor 903 Vizinho, Quem fala aqui é o homem do 1003.

Recebi, outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia­noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei, e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e música no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita: pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito, a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo, sinceramente, adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão; ao meu número)

será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7, pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada: e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço­lhe desculpas – e prometo silêncio.

... Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: “Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou.” E o outro respondesse: “Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e a cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a luz é bela.”

E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.

(BRAGA, RUBEM. – . IN: ANDRADE, CARLOS

DRUMMOND DE ET ALII. PARA GOSTAR DE LER; CRÔNICAS. SÃO PAULO, ÁTICA, 1975.)

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1 0 Língua Portuguesa ­ M2

1) Todas as posturas abaixo relacionadas refletem a visão de mundo do 1003, EXCETO:

a) Denuncia a despersonalização a que o ser humano está submetido.

b) Transfere ao próximo a idealização de uma forma de vida mais solidária.

c) Critica o esvaziamento do sentido da existência humana.

d) Ironiza os preceitos massificantes do mundo em que vive.

e) Enfatiza uma convivência alicerçada na espontaneidade dos próprios impulsos.

2) Relacionadas às idéias do texto, todas as referências citadas abaixo sugerem atitudes em desacordo com o regulamento do prédio em que mora o 1003, EXCETO:

a) “bramimos ao sabor da maré.”

b) “vozes, passos e músicas”

c) “comportamento de manso lago azul.”

d) “são três horas da manhã (...) aqui estamos todos a bailar.”

e) “ouvi música em tua casa.”

3) Todas as alternativas apresentam inferências que podem ser feitas a partir da leitura do texto, EXCETO:

a) O indivíduo tem necessidade de desrespeitar os preceitos sociais.

b) A estrutura social é a grande responsável pela mecanização humana.

c) O homem está solitário no meio da multidão.

d) O automatismo anula o bem­estar emocional da criatura.

e) Cada um deve beber no coração do outro.

4) Todas as citações textuais metaforizam esperanças alimentadas interiormente pelo 1003, EXCETO:

a) “... sonhar com outra vida e outro mundo...”

b) “vizinho, são três horas da manhã, ouvi música em tua casa. Aqui estou.”

c) “Aqui estamos a bailar e a cantar...”

d) “... ficando dentro dos limites de seus algarismos.”

e) “... entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas...”

5) “... Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse...” Os modos verbais indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. Na citação acima, o uso do subjuntivo enuncia um fato

a) hipotético

b) positivo

c) habitual

d) que exprime ordem

e) que exprime um conselho.

(EXERCÍCIO EXTRAÍDO DA PROVA DE VESTIBULAR DA FACULDADE DE DIREITO MILTON CAMPOS ­ BH)

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1 1 Língua Portuguesa ­ M2

II ­ VOZES VERBAIS

VOZ ATIVA O sujeito pratica a ação.

VOZ PASSIVA O sujeito recebe a ação.

VOZ REFLEXIVA O sujeito pratica e recebe a ação verbal.

O menino molhou o macaco.

O macaco foi molhado pelo menino.

O menino molhou­se.

A voz passiva, mais freqüentemente, é formada de duas maneiras:

1. Verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo principal. Neste caso, a voz é passiva analítica.

A criança foi conduzida pelo pai.

2. Verbo na 3ª pessoa + pronome apassivador se. Neste caso, a voz é passiva sintética.

Conduziu­se a criança.

S

S

S

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1 2 Língua Portuguesa ­ M2

1) Transforme em voz passiva analítica as frases a seguir:

a) Todos esperavam ansiosamente o desfecho daquele caso.

b) Pessoas mal intencionadas falsificaram a assinatura do diretor.

c) Carros e ônibus transportam milhões de pessoas todos os dias.

É muito comum a confusão entre voz passiva sintética e sujeito indeterminado. Eis alguns recursos que podem ajudá­lo a separar um caso do outro.

1. Só existe voz passiva se o verbo é transitivo direto.

Alugou­se a casa.

VTD

2. A voz passiva sintética admite a conversão em voz passiva analítica. O sujeito indeterminado, não.

VP • Alugou­se a casa. = A casa foi alugada.

SI • Desconfiou­se do gerente. ¹ Do gerente foi desconfiado.

3. Na voz passiva sintética, o verbo ficará no singular ou no plural, dependendo do sujeito. No caso de sujeito indeterminado, o verbo ficará sempre na 3ª pessoa do singular.

(ANÚNCIO PUBLICAD

O EMVEJA

ANO 29 Nº48)

Novo Guia de Praias 97. O único com fotos de satélite.

Nas bancas.

• Alugaram­se as casas.

• Desconfiou­se dos gerentes

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1 3 Língua Portuguesa ­ M2

2) Transforme em voz ativa as frases a seguir:

a) Grande extensão de terra foi percorrida pelos bandeirantes.

b) Seriam concedidos, pelo governo federal, os recursos necessários à finalização da obra.

c) Em 1968, o Congresso Nacional é fechado pelo governo brasileiro.

3) Transforme em voz passiva sintética as frases a seguir:

a) Foram alugados dois apartamentos neste prédio.

b) Foi aberto um novo concurso para o Banco do Brasil.

c) Robôs de alta tecnologia são fabricados no Japão.

4) Passe para o plural, quando possível, as frases abaixo:

a) Ainda não se descobriu o verdadeiro responsável pelo golpe.

b) Demoliu­se o prédio mais antigo da cidade sem nenhuma consulta ao Patrimônio Histórico.

c) Duvida­se dessa nova decisão da diretoria.

d) Precisa­se de professor com título de mestrado.

e) Manteve­se a decisão do representante de turma sem questionamento.

f) Hoje em dia, fala­se do tema sexual com muito mais naturalidade.

g) Não se faz mais homem como antigamente.

5) (ICÉS) A construção que corresponde, na passiva sintética, a Os assaltantes da sociedade são detidos pelo povo, é:

a) Detêm­se os assaltantes da sociedade. b) Detém­se os assaltantes da sociedade. c) Detiveram­se os assaltantes da sociedade. d) Detêm­se aos assaltantes da sociedade. e) Deter­se­ão os assaltantes da sociedade.

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1 4 Língua Portuguesa ­ M2

6) (FCMMG) O emprego, no singular, do verbo indicado entre parênteses torna­se possível somente em:

a) _________________­se omitir certos fatos. (dever) b) Já se _________________os sinais da mentira. (pressentir) c) Não se _________________as verdadeiras causas dos ciúmes de Virgínia. (saber) d) Ainda se _________________as razões do rompimento familiar. (desconhecer) e) _________________se de novas alternativas para essa ciranda fechada. (precisar)

7) (ICÉS) Nas frases abaixo, o sujeito está indeterminado e, por isso, o verbo vem no singular. Assinale o único caso em que o verbo deve estar no plural, por apresentar sujeito claro:

a) Falou­se longamente das questões financeiras. b) Relatou­se, na reunião, dois casos interessantes. c) Durante toda a aula, tratou­se desses assuntos. d) Na obra, necessitava­se, com urgência, de serventes. e) Deve­se obedecer às ordens estabelecidas.

1) (Newton Paiva) Observe com atenção as frases a seguir:

1. No Japão, a tecnologia dominou o mercado.

2. Lutava em favor de uma economia fechada.

3. Os efeitos da inflação brasileira estão sendo estudados pelos técnicos.

4. Agora, aprofundaram­se os estudos da economia de mercado.

São exemplos de frases com o verbo na voz passiva:

a) 1, 2 e 4. c) 1 e 3 apenas. e) 3 e 4 apenas.

b) 2, 3 e 4. d) 2 e 4 apenas.

2) (CESGRANRIO) Entre as frases abaixo somente UMA apresenta sujeito indeterminado. Assinale­a.

a) Há a marca da vida nas pessoas.

b) Não se necessita mais do seu trabalho aqui.

c) Vai um sujeito pela rua.

d) Não se implementou a medida planejada.

e) Pede­se um pouco de paciência.

3) (ICÉS) Nas frases abaixo, o sujeito está indeterminado e, por isso, o verbo vem no singular. Assinale o único caso em que o verbo deve estar no plural, por apresentar sujeito claro:

a) Falou­se longamente das questões financeiras.

b) Relatou­se, na reunião, dois casos interessantes.

c) Durante toda a aula, tratou­se desses assuntos.

d) Na obra, necessitava­se, com urgência, de serventes.

e) Deve­se obedecer às ordens estabelecidas.

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1 5 Língua Portuguesa ­ M2

III ­ OS VERBOS IMPESSOAIS São chamados verbos impessoais aqueles que não apresentam sujeito. Por isso, devem ficar sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais:

sinônimo de existir indicando tempo decorrido

indicando tempo decorrido indicando fenômeno da natureza

1. HAVER

• Haverá aulas aos sábados.

• Há vinte dias que ele não aparece aqui.

2. FAZER

• Faz cinco anos que ele morreu.

• Faz 45° no Rio de Janeiro.

3. VERBOS QUE EXPRIMEM FENÔMENOS DA NATUREZA.

• Choveu torrencialmente ontem.

Obs.: Os verbos “haver” e “fazer” impessoais quando usados em locução verbal transmitem sua impessoalidade ao companheiro.

• Precisa haver punições mais severas aos criminosos.

• Deve fazer dois anos que não o vemos.

1) Preencha as lacunas com a alternativa adequada:

a) Não boas leis, se não bons legisladores. (pode haver / podem haver ­ houver / houverem)

b) Talvez ainda pessoas honestas neste mundo. (haja / hajam)

c) Por baixo dos escombros sobreviventes. (devia haver / deviam haver)

d) Não rasuras na marcação do gabarito. (pode haver / podem haver)

e) três anos que esta escola não recebe recursos do governo federal. (vai fazer / vão fazer)

f) mais pessoas dispostas a lutar pelo fim da violência contra crianças. (devia existir / deviam existir)

g) Se mais homens honestos, não tantas brigas por justiça. (existisse / existissem ­ haveria / haveriam)

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1 6 Língua Portuguesa ­ M2

h) Na sala de aula, uns vinte alunos. (havia / haviam)

i) invernos muito rigorosos no sul. (faz / fazem)

j) O pior era que eles não encontrado ainda o carro da vítima. (havia / haviam)

2) (F. C. Chagas­BA) fazer cinco meses que não o vemos; existir motivos imperiosos para a sua ausência, pois, se não , ela já nos teria procurado.

a) Vai ­ deve ­ houvessem d) Vão ­ devem ­ houvesse

b) Vai ­ devem ­ houvesse e) Vão ­ devem ­ houvessem

c) Vão ­ deve ­ houvessem

3) (U. St a Maria ­ RS) ______ muitos anos que os ideais que ______ nos corações dos jovens estavam adormecidos. Hoje, os sonhos da juventude renasceram na certeza de que ______ lutar pelo amanhã.

a) Faziam ­ haviam ­ deve­se d) Fazia ­ havia ­ se deve

b) Fazia ­ haviam ­ se deve e) Faziam ­ haviam ­ se deve

c) Faziam ­ havia ­ deve­se

(AS MELHORES PIADAS DO ZERO. Nº4 . ED. GLOBO)

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1 7 Língua Portuguesa ­ M2

1) Há erro de concordância, segundo a norma culta, em:

a) Se houvesse censura, a liberdade de expressão seria prejudicada.

b) Se existisse condições de controle, todas as informações já teriam sido censuradas.

c) Falta, ao governo e a qualquer instituição que assim desejar, capacidade para controlar informações espalhadas pelo mundo inteiro.

d) Hoje, existem programas de computador dirigidos a praticamente qualquer área de conhecimento.

2) (PUC­ Campinas) Não se sabe quantos feridos _____ ; dizem que _____ muitos.

a) houveram ­ devem ter havido

b) houve ­ devem ter havido

c) houve ­ devem ter havido

d) houveram ­ deve terem havido

e) houve ­ deve ter havido

3) (Fac. Direito Milton Campos) “Há três tipos principais de explicação.” Considerando os padrões da língua culta, substituiu­se a forma verbal, mantendo­se correta a estrutura, em:

I ­ Tem três tipos principais de explicação. II ­ Podem haver três tipos principais de explicação. III ­ Existem três tipos principais de explicação.

a) I e II b) I e III c) II e III d) apenas em I e) apenas em III

4) _____________ muitos anos que não vejo bonecas iguais às que se _____________ antigamente e que não _____________ mais.

a) Faz ­ fabricavam ­ existem

b) Fazem ­ fabricava ­ existem

c) Fazem ­ fabricava ­ existe

d) Faz ­ fabricavam ­ existe

e) Fazem ­ fabricavam ­ existem

5) (ICÉS) “A sala não tinha lugares para todos”. Transformando­se o sujeito dessa frase em adjunto adverbial, a forma verbal ficará assim:

a) haviam

b) havia

c) tinham

d) existia

e) tinha

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18 Língua Portuguesa ­ M2

PREDICAÇÃO VERBAL

“Amar não é verbo intransitivo é verbo de ligação tudo depende dos predicativos do sujeito. “

(PATRÍCIA BLOWER)

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS QUANTO À PREDICAÇÃO

A predicação verbal trata do modo pela qual os verbos formam o predicado, isto é, se exigem ou não complementos.

1) (UFLA­MG) “De certo tempo em diante não ouvi cousa nenhuma...” Na oração acima, o verbo é Transitivo Direto. A alternativa em que o verbo possui essa mesma transitividade é:

a) Saiu apressado para a reunião. b) Eles chegaram ao entardecer. c) Necessitava da compreensão dos pais. d) Ele não foi ao encontro. e) Não aceitava o nosso convite.

2) (Fac. Direito Milton Campos) ”Andavam devagar.” A estrutura que contém um verbo cuja predicação é a mesma da apresentada na frase acima é:

a) Eu ando muito chateada com você. b) Eu andava cabisbaixo naquela tarde. c) Todos andavam preocupados com a miséria. d) Nós andávamos bastante apreensivos com a

situação do país. e) Ela andava rápido pela rua.

VERBOS INTRANSITIVOS São verbos que formam sentido completo. VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS São verbos que exigem um objeto direto, sem o qual a frase estaria incompleta. VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS São verbos que exigem um objeto indireto, sem o qual a frase ficaria incompleta. VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS São verbos que exigem um objeto direto e outro indireto, para que esteja completo o sentido. VERBOS DE LIGAÇÃO São verbos que ligam uma qualidade do sujeito ao próprio sujeito.

O barraco desabou.

Alcançamos a vitória.

Todos precisam de afeto.

Entreguei a prova ao diretor.

A cidade parecia interessante.

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19 Língua Portuguesa ­ M2

REGÊNCIA

I ­ INTRODUÇÃO Regência é a parte da Gramática que trata das relações entre os termos de uma oração, verificando se um termo pede ou não complemento e, principalmente, a natureza deste complemento – se preposicionado ou não.

Quando o termo regente é um verbo, dizemos que se trata de regência verbal. • Eles necessitam de apoio.

Quando o tempo regente é um nome, dizemos que se trata de regência nominal. • Eles têm necessidade de apoio.

II ­ REGÊNCIA VERBAL Alguns verbos costumam apresentar problemas de regência, uma vez que o uso popular se apresenta em desacordo com a norma culta. Outros, no entanto, costumam apresentar certa dificuldade porque possuem mais de um sentido e, conseqüentemente, mais de uma regência. Por causa dessas diversidades, convém lembrar a regência de alguns verbos que podem oferecer dúvidas.

REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS ­ 1ª parte

Verbo

Aspirar

Assistir

Agradar

Sentido

• sorver, respirar

• pretender, desejar

• ver, presenciar

• dar assistência

• morar

• fazer carinho

• satisfazer

Classificação

VTD

VTI

VTI

VTD

VI

VTD

VTI

Exemplo

• Ele aspirou muita fumaça durante o incêndio.

• Todas as pessoas aspiram ao sucesso.

• Ele assistiu ao jogo na casa da sogra.

• O médico assistiu o doente com presteza.

• Naquela época, ele assistia em Goiás.

• Aproximou­se e tentou agradar o filho.

• O aumento no preço dos combustíveis não agradou ao consumidor.

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20 Língua Portuguesa ­ M2

(FOLHA DE S. PAULO. 06/11/97)

Verbo Sentido Classificação Exemplo • Esqueci o aniversário dele. • Lembrei o nome dele. • Esqueci­me do aniversário dele. • Lembrei­me do aniversário dele.

• Chegou ao casamento vinte minutos atrasado. • Foi à festa na casa dos milionários.

• Moro na rua São Paulo.

• Residia na av. Afonso Pena, 9853.

VTD

VTI

VI

VI

(quando não­ pronominais)

(quando pronominais, exigem a preposição “de”)

(exigem a preposição “a” quando indicam lugar)

(exigem adjunto adverbial com a preposição “em”)

Esquecer e Lembrar

Chegar e Ir

Morar e Residir

Verbo Sentido Classificação Exemplo

• Este trabalho custou­me sacrifícios.

• Custou­me acreditar na sua história.

• Sua atitude implicará demissão.

• O professor implicava com a aluna.

• A diretoria informou ao funcionário a demissão.

• A diretoria informou o funcionário da demissão.

• exigir, acarretar trabalho • ser custoso, difícil

• acarretar

• ter implicância

• dar notícias

Custar

Implicar

Informar (avisar,

comunicar, cientificar)

VTDI VTI

(3ª pessoa do sing. + sujeito oracional)

VTD

VTDI

VTI

(FOLHA DE S. PAULO. 03/11/97)

HAGAR ­ DIK BROWNE

HELGA, O QUE A QUÁ-QUÁ ESTÁ

FAZENDO?

AS MÃES SEMPRE FAZEM QUESTÃO DE INFORMAR OS FILHOS SOBRE SEUS

INIMIGOS NATURAIS.

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21 Língua Portuguesa ­ M2

1) Reescreva as frases que apresentarem incorreções quanto à regência.

1) Os alunos chegaram cedo no colégio.

2) Todos os colegas da empresa foram no casamento.

3) Custei a entender a matéria de ontem.

4) Custamos a acreditar na história que ele contou.

5) As medidas recessivas adotadas implicaram em demissão de funcionários.

6) O presidente assistiu, como convidado, a estréia da peça em Brasília.

7) As pesquisas de opinião, favoráveis ao seu governo, agradaram em cheio ao prefeito.

8) Não posso acreditar que esqueci do dia do seu pagamento.

9) Ninguém, em casa, se lembrou do compromisso assumido.

10) As informações que tínhamos eram de que morava, ultimamente, à rua Pernambuco nº 1.300.

2) Reescreva as frases, substituindo o verbo ou a expressão sublinhada pela forma adequada do verbo indicado nos parênteses.

1) Nas tardes de domingo, inicialmente, o seu programa era ver um bom filme. (Assistir)

2) O aluno desejava, embora fossem mínimas as chances, a aprovação no vestibular. (Aspirar)

3) Foi difícil para nós conseguir aquele dinheiro. (Custar)

4) Veio­lhe à lembrança o dia da sua formatura. (Lembrar­se)

5) Jamais tiraria da memória o trágico acidente. (Esquecer)

6) O juiz fez ver à acusada as penalidades a que estaria sujeita. (Informar)

7) O papa desembarcou no aeroporto pontualmente às 9 horas. (Chegar)

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22 Língua Portuguesa ­ M2

3) (Fac. Direito M. Campos) A regência verbal destacada foi CORRETAMENTEempregada seguindo os padrões da norma culta em:

a) Os atletas da seleção aspiravam título de campeão na Espanha. b) As crianças reagem à cor, muito antes de reagirem à forma. c) O ministro informou à população de que os próximos meses trariam uma inflação menor. d) A população brasileira não poderá assistir, ao vivo, os “shows” pornográficos. e) A sua intenção era mostrar o público, a todo momento, que ele nada tinha a esconder.

4) Assinale a alternativa que apresenta erro:

a) Esqueci o nome dele. b) Esqueci de meu irmão. c) Esqueci­me do nome dele. d) Esqueceu­se de que haveria provas de recuperação.

5) Aponte a alternativa INCORRETA:

a) Você vê o filme ou assiste ao filme. b) O médico cuida do enfermo; assiste­o. c) José reside em Campinas ou assiste em Campinas. d) É um direito que pertence ao aluno ou que assiste ao aluno. e) Os torcedores viram o jogo ou assistiram­lhe.

6) (FAFI­BH) Todas as expressões a seguir apresentam regência verbal correta, EXCETO:

a) “... todo mundo vai gostar de mim.” b) “... não esqueça da gente...” c)”... já borrei tudo.” d) “... ri muito das minhas brincadeiras...” e) “... não mande ninguém me dar beliscão.”

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23 Língua Portuguesa ­ M2

Verbo Sentido Classificação Exemplo • Ele namora minha prima há dois anos.

• No Brasil, ninguém obedece à sinalização.

• Todos devem obedecer ao regulamento.

• Paguei a conta. • Perdoei a agressão. • Agradeci o convite.

• Pagarei ao garçom. • Perdoei ao meu marido. • Agradecemos ao gerente.

VTD

VTI

VTD

VTI

(exigem a preposição ”a”)

(quando o objeto é coisa)

(quando o objeto é pessoa)

Namorar

Obedecer e Desobedecer

Pagar

Perdoar e

Agradecer

REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS ­ 2ª parte

Sua companhia para escrever, desenhar e pintar.

Homenagem da Faber-Castell a quem nos ensinou a crescer.

15 de outubro. Dia do professor.

Verbo Sentido Classificação Exemplo Preferir

Querer

Simpatizar e

Antipatizar

Visar

querer antes (não se usa a locução

“do que” com este verbo)

desejar

estimar

(exigem a preposição “com”; não são pronominais)

mirar

dar visto

objetivar

VTDI (com a

preposição “a”)

VTD

VTI

VTI

VTD

VTD

VTI

• Prefiro o amor à guerra.

• Prefiro ficar em casa a sair com aquele troglodita.

• Ele queria o carro a qualquer custo.

• Quero muito bem aos meus colegas.

• Nunca simpatizei com a diretora da escola.

• Visou o alvo e atirou.

• O agente acabou visando o cheque.

• As medidas visam a diminuir a inflação.

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24 Língua Portuguesa ­ M2

1) Complete as lacunas com a preposição adequada, se necessário:

1) Fazia parte de sua educação obedecer _______ mais velhos.

2) Eram falsos os passaportes _______ que o embaixador usava.

3) O bem da sociedade é o fim _________ que visa o ensino.

4) Ele jamais perdoará _________ rapaz que lhe roubou o cargo.

5) Essa atitude pode implicar ________ dissabores.

6) A medida visava _____ aumento de lucros para a empresa.

7) Hoje foi uma correria só, por ser dia de pagar ______ funcionários.

8) Mesmo brigando muito, é normal que os filhos queriam muito ______ pais.

9) Os fregueses preferem o horário noturno ______ horário comercial.

10) Depois de pagar ______ tratamento médico, acabou ficando sem um tostão.

2) Reescreva as frases seguintes, substituindo o que estiver em destaque pelo verbo indicado:

1) Sentia­se inclinado pela idéia exposta na reunião. (simpatizar)

2) Os mais acomodados cumpriam as leis injustas. (obedecer)

3) O governo propõe­se construir uma ponte aqui. (visar)

4) Transgredir a lei é ato passível de punição. (desobedecer)

5) As mudanças efetuadas no aparelho têm por objetivo trazer maior segurança. (visar)

6) Quero antes paz que dinheiro. (preferir)

7) Ela dava primazia ao sossego do campo e não à agitação da cidade. (preferir)

8) Ele não remunerou o funcionário. (pagar)

9) Desculpou o companheiro, mas nunca mais quis vê­lo. (perdoar)

10) A vítima concederia perdão ao bandido. (perdoar)

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25 Língua Portuguesa ­ M2

3) Reescreva as frases que apresentarem incorreções quanto à regência.

1) Era incrível, mas ninguém, na empresa, obedecia o regulamento interno.

2) Simpatizamos muito com a nova gerente regional.

3) Prefiro muito mais estudar a trabalhar.

4) Queria muito os colegas do cursinho. Jamais os esqueceria.

4) O período a seguir foi construído incorretamente, segundo o padrão culto de linguagem. Corrija­o.

Custo a crer que ele se aproveitou do amigo para conseguir o cargo que aspirava, por isso não sou capaz de perdoá­lo.

5) Assinale a alternativa que apresenta erro:

a) Simpatizei com a nova diretoria e com as novas orientações. b) Há alguns dos novos diretores com os quais não simpatizamos.

c) A firma toda não se simpatizou com as novas orientações.

d) Somente o tesoureiro não simpatizou com a nova diretoria. e) Nenhum dos que estavam presentes, nem mesmo o filho do novo diretor, simpatizou com as novas

orientações.

6) (Fac. Dir. Milton Campos) “...olhando para trás, como quem quer voltar.” Considerando os padrões da língua culta, usou­se o verbo sublinhado acima, mantendo­se correta a regência, EXCETO em:

a) Minha filha, eu a quero muito bem.

b) Nós queremos um lugar ao sol.

c) Este é um trabalho duro para um organismo que está querendo repouso.

d) Nem nos momentos mais difíceis, quero o seu apoio.

e) Você quer ainda a pasta de documentos?

1) (UNA) “Mas de que adiantam essas intenções se estamos impotentes para assegurar às pessoas o direito à vida, à sociedade, o direito de viver em paz...” Quanto à predicação, o verbo destacado no trecho acima é: a) transitivo direto e indireto. b) transitivo direto. c) intransitivo. d) transitivo indireto.

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26 Língua Portuguesa ­ M2

2) (EFOA­Alfenas) Assinale a alternativa CORRETA, quanto à regência verbal.

a) Não costumo obedecer a ordens que não emanem de autoridade. b) Assisti um espetáculo dantesco naquele dia. c) Os jogadores brasileiros preferem jogar na Europa do que nos seus clubes de origem. d) Dona Hermengarda foi intimada a comparecer na polícia porque não pagou o farmacêutico. e) Custei a entender por que Jesuíno não se simpatizava comigo.

3) Entre os exemplos abaixo, freqüentemente empregados na linguagem informal, apenas um está de acordo com a norma culta da língua. Assinale­o.

a) Com quem você está namorando agora? b) Lá em casa somos em quatro filhos. c) Tudo que o pai diz, a mãe acredita. d) Meu amigo, isto implicará em sua suspensão. e) O candidato residente na rua Cosme Velho não compareceu à prova.

4) Em todas as opções, a expressão destacada está empregada corretamente, conforme normas da língua padrão, EXCETO em:

a) Os ingratos, mais uma vez, esqueceram­se de quem sempre os ajudara. b) Não estou me referindo a quem começou a discussão. c) Era meu pai a pessoa em quem eu mais acreditava. d) Era realmente bela a moça por quem Abdias se apaixonara. e) Laura, com quem Ivo namorava, na época, era­lhe muito dedicada.

5) (FAFI­BH) Em todas as alternativas a seguir o verbo grifado apresenta regência de acordo com a norma padrão, EXCETO:

a) Assistimos, impassíveis, ao massacre de crianças no Brasil. b) Os cidadãos brasileiros preferem a omissão à justiça. c) Alfredo de Almeida Jr. não obedece as leis do país. d) Fazer justiça implica grande vontade política. e) Os meninos de rua aspiram à cidadania.

6) (U.F.Viçosa) Dependendo do contexto, um verbo normalmente intransitivo pode tornar­se transitivo. Assinale a alternativa em que ocorre um exemplo:

a) “Ponha intenções de quermesse em seus olhos...” b) “... e do céu descesse uma névoa de borboletas...” c) “... beba licor de contos de fadas...” d) “Ande como se o chão estivesse repleto de sons...” e) “... sorria lírios para quem passe debaixo da janela.”

7) A regência verbal está CORRETAem:

a) A herança cultural que o texto se refere é o acervo de conhecimentos históricos. b) Os acontecimentos históricos que assistimos devem servir­nos de exemplo. c) Devem ser explicitados os objetivos que visamos ao estudar a História. d) A busca da verdade por que o historiador anseia atinge a todos os estudiosos. e) Os usos práticos os quais não podemos esquivar­nos no estudo da História são numerosos.

8) Há erro de regência em:

a) Ela o amava e lhe obedecia. d) É necessário obedecer as leis. b) É ótimo o cargo a que aspira. e) Custa­nos acreditar no que dizes. c) Nós lhe desejamos o melhor.

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27 Língua Portuguesa ­ M2

9) Assinale a alternativa que complete acertadamente a frase abaixo: Não aspirava cargo, portanto não estava obrigado a obedecer determinações absurdas, nem o impediriam de responder as provocações.

a) nenhum ­ àquelas ­ a todas b) a nenhum ­ aquelas ­ a todas c) a nenhum ­ àquelas ­ à todas d) a nenhum ­ aquelas ­ todas e) a nenhum ­ àquelas ­ a todas

10) Há erro de regência verbal em:

a) Do filho que muito a quer. b) Informo­o de que houve aula. c) Informo­lhe que houve aula. d) Este filme, não assisti a ele. e) Quem você namora?

11) (Newton Paiva) Indique a alternativa que apresenta regência verbal CORRETA.

a) Você obedece o professor? – Sim, obedeço­lhe. b) Você assistiu ao jogo? – Sim, assisti­lhe. c) Informei o fato a autoridade. d) Prefiro trabalhar a não ter dinheiro. e) Lembrei­me o dia de sua formatura.

12) (FAFI­BH) Assinale o período que, na norma culta, esteja CORRETO:

a) Não é de admirar que muitos não aspirem escrever. b) Quem prefere mais as facilidades da TV do que uma reflexão séria terá dificuldades ao escrever. c) É gratificante assistir o desenvolvimento cultural da humanidade, graças a uma parcela de nosso

trabalho de comunicação. d) O “mundo da comunicação” procedeu a uma transformação maléfica nos hábitos de reflexão do ser

humano.

13) (UFMG) Em todas as alternativas, as frases foram corretamente reformuladas para se adequarem a normas da língua padrão, EXCETOem:

a) O caminho que nós passamos por ele estava intransponível. O caminho por que nós passamos estava intransponível.

b) Eles preferem mais a tortura do que revelar os planos de ação. Eles preferem a tortura do que revelar os planos de ação.

c) Conheci o grupo de guerrilheiros que você me recomendou a ele. Conheci o grupo de guerrilheiros ao qual você me recomendou.

d) Ele conhece a pessoa que me refiro a ela. Ele conhece a pessoa a quem me refiro.

14) (PUC/Campinas­SP) Considere as seguintes frases:

I ­ João informou­o de que chegaram os livros. II ­ João informou­lhe que chegaram os livros.

III ­ João informou­o que chegaram os livros. IV ­ João informou­lhe de que chegaram os livros.

Podemos dizer, a respeito da regência do verbo informar, que as frases:

a) II e IV estão corretas. d) I e II estão corretas. b) I e III estão corretas. e) n.d.a. c) I, II, III estão corretas.

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28 Língua Portuguesa ­ M2

15) Em todas as opções, a expressão sublinhada foi corretamente substituída, EXCETO em:

a) Ensinava redação técnica aos alunos do curso de História. Ensinava­lhes redação técnica.

b) Precisamos de melhores recursos para ajudar as populações carentes. Precisamos de melhores recursos para ajudá­ las.

c) Agrediram os homens, pois eram desonestos. Agrediram­nos, pois eram desonestos.

d) Assistiremos aos melhores espetáculos, porque temos ótimo gosto. Assistiremo­lhes, porque temos ótimo gosto.

e) Mostrou grande interesse em namorar a prima. Mostrou grande interesse em namorá­la.

16) A frase CORRETA em relação à regência é:

a) Contento­me com pouco; aspiro pouca coisa neste mundo.

b) Quem relatou o fato, assistiu­o. c) Nunca esqueci das coisas que me disseste. d) Estimo a meus pais; obedeço­os em tudo. e) O rádio avisou ao povo os acontecimentos.

17) (FAFI­BH) Segundo a norma culta, há erro de regência em:

a) Há livros especializados que descrevem como a teoria se aplica à prática.

b) Em algumas tarefas, chega­se a solução quando um ponto crucial é resolvido.

c) Prefiro isto àquilo. d) O médico não havia assistido o doente.

18) (E.Terra) Assinale a alternativa em que o uso do verbo custar não está de acordo com a norma culta:

a) Custou­me entender o fato. b) Custou ao aluno entender o fato. c) Custa­me resolver este problema. d) O trabalho custou muito esforço ao aluno. e) O aluno custou para entender o exercício.

19) (UFMG) A regência de todos os verbos fez­se CORRETAMENTE em relação à norma culta da língua, EXCETO em:

a) Muitos preferem a mentira que agrada à verdade que dói.

b) Desculpe, amigo, mas não informaram o caseiro de que a reforma seria iniciada.

c) Custou­me ficar alegre. d) Olha, seu Laio, eu lhe chamei para lhe

aconselhar. e) Lembrei­me agora da conversa com o

adversário.

20) (PUC­MG) Segundo a norma culta, a regência verbal está CORRETA em:

a) O progresso não implica o abandono das tradições seculares.

b) Os mineiros sempre aspiram o equilíbrio e a proporção.

c) Atualmente, Minas prefere mais o espírito de iniciativa do que o espírito de contemplação.

d) Os homens públicos nunca esquecem da compostura na política.

e) Formas modernas de pensar e de agir chegaram muito tarde em Minas.

21) (UFMG) Todas as sentenças escritas em pares são adequadas a normas cultas da língua padrão. A opção que apresentar uma das sentenças INCORRETA deverá ser assinalada.

a) 1. Cientifico à turma a hora da prova. 2. Cientifico a turma da hora da prova.

b) 1. Certifico os estudantes de que haverá mais vagas. 2. Certifico aos estudantes que haverá mais vagas.

c) 1. Prefiro às louras aquelas morenas. 2. Prefiro as louras àquelas morenas.

d) 1. Aconselhei os transeuntes a respeitarem as faixas. 2. Aconselhei aos transeuntes a que respeitem as faixas.

e) 1. Proibiram os alunos de fumar na sala. 2. Proibiram aos alunos fumar na sala.

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29 Língua Portuguesa ­ M2

Namorado: ter ou não, é uma questão Quem não tem namorado é alguém que tirou

férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, de lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, f lerte, caso, transa, envolvimento. Até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção.

A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário. (...)

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio­dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho, e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite­se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.

Enlou­cresça.

ANDRADE, CARLOS DRUMMOND DE.

TEXTO ADAPTADO

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30 Língua Portuguesa ­ M2

Para facilitar seu trabalho, antes de cada questão, transcrevemos um fragmento do texto. Logo, você não precisa voltar a ele; basta atentar­se para os fragmentos transcritos antes de cada enunciado.

1) “Quem não tem namorado é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.” Certamente tem namorado quem:

a) sabe o gosto de namorar. b) é triplicemente desejada. c) se sente paquerada por duas pessoas. d) se vê envolvida com uma única pessoa. e) mantém duplo relacionamento amoroso.

2) “A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.” A proteção do namorado precisa ser apenas:

a) selvagem ou truculenta. b) forte ou musculosa. c) vagabunda ou irresponsável. d) estabelecida ou determinada. e) compreensiva ou ansiosa.

3) “Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e que você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite­se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.” Para fugir aos “grilos”, sugeriria Drumond algumas atitudes abaixo, EXCETO:

a) vista­se com simplicidade. b) sinta­se descompromissada. c) caminhe de mãos dadas com a realidade. d) enfeite­se com flores e emoções. e) deixe a alma limpa e o coração alegre.

4) “De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.” Se deseja ter namorado, Drumond lhe diria para NÃO:

a) descortinar a beleza interior. b) voltar­se para dentro de si mesma. c) amanhecer com doçura e otimismo. d) transmitir simpatia para o outro. e) ser amável ao semelhante.

5) Dependendo da frase, um verbo normalmente empregado como transitivo direto pode tornar­se verbo de ligação. Assinale a alternativa em que aparece um exemplo:

a) “Não tem namorado...” b) ”...quem transa sem carinho...” c) “...quem acaricia sem vontade...” d) “... de virar sorvete ou lagartixa...” e) “...e quem ama sem alegria.”

(EXERCÍCIO ADAPTADO DA PROVA DE VESTIBULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)

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31 Língua Portuguesa ­ M2

III ­ REGÊNCIA NOMINAL

Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) podem apresentar problemas de regência. Esses problemas, na maioria dos casos, só podem ser resolvidos mediante a consulta a um dicionário especializado. Apesar disso, apresentamos uma lista com alguns nomes e suas preposições.

ACOSTUMADOðA, COM Já estamos acostumados a essa situação.

ADAPTADO ð A Nunca esteve tão adaptado à função.

AFLITOð COM, POR

ALHEIO ð A Alheio à vontade popular, o governo continua sem implantar a reforma agrária. ALIENADOð DE Alienado dos problemas sociais, só pensava em ganhar dinheiro. ALUSÃO ð A Assisti ontem o filme a que fizeste alusão. AMOR ð A, PARA,

COM, POR

(FOLHA DE S. PAULO. 20/07/97)

(FOLHA DE S. PAULO. 02/05/97)

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32 Língua Portuguesa ­ M2

ANTIPATIA ðA, CONTRA, POR Nutria verdadeira antipatia pelos negócios. APAIXONADOðPOR Eu sou apaixonado por poesia. APTOð PARA, A O aluno considerava­se apto para o cargo. COMPATÍVELðCOM Este trabalho não é compatível com a sua função. GRATOðA

IGUALð A Meu relatório acabou ficando igual ao seu. IMUNEð A Imune às críticas, ele continuava seu trabalho. PASSÍVELð DE Todos os projetos são passíveis de modificação. PREFERÍVELðA O silêncio é preferível à leviandade das palavras. PROPENSOðA, PARA Não estava propenso a viajar tanto. RESIDENTEðEM Pessoas residentes em centros urbanos sofrem com a poluição. VINCULADO ð A Seu futuro na empresa estava vinculado ao da esposa.

1) Todas as frases se apresentam adequadas às normas do padrão culto, EXCETO:

a) Os inseticidas eram nocivos às aves, portanto todas morreram. b) Sua equipe de assistentes era escassa de boas idéias. c) Sempre foi avesso aos bons hábitos de higiene e educação. d) Nunca serás digno de tuas funções como diretor da empresa. e) Estamos ansiosos por vê­los aprovados nos exames de vestibular.

2) (FESP) Sua avidez lucros, riquezas, não era compatível seus sentimentos de amor próximo.

a) por ­ por ­ em ­ do b) de ­ de ­ com ­ para o c) de ­ de ­ por ­ para com o d) para ­ para ­ de ­ pelo e) por ­ por ­ com ­ ao

(FOLHA DE S. PAULO. 13/06/97)

SE O SEU MARIDO LHE COMPRAR FLORES INESPERADAMENTE, MOSTRE-SE GRATA A ELE.

E TOME CUIDADO.

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33 Língua Portuguesa ­ M2

1) Indique a opção que desobedece ao padrão da norma culta.

a) Certamente, eram versados em leis e conheciam os protocolos. b) Estavam habituados a questionar os planos do governo. c) Tal cargo não é compatível de sua experiência profissional. d) Agiu contrariamente aos princípios da conduta humana. e) Era afável para com as idéias de boa procedência.

2) (Fac. Direito M.Campos) “...estou desolado com tudo isso...” Considerando os padrões da língua culta, o termo sublinhado foi substituído por outro, mantendo­se correta a regência nominal em todas as opções, EXCETO em:

a) Estou favorável com tudo isso. b) Estou desgostoso com tudo isso. c) Estou aflito com tudo isso. d) Estou acostumado com tudo isso. e) Estou revoltado com tudo isso.

3) (UFSCAR­SP) Leia as frases abaixo: A conclusão do inquérito foi prejudicial toda a categoria. Mostrou­se insensível qualquer argumentação. Este prêmio foi atribuído melhor aluna do curso. Faço restrições ter mais elementos no grupo. Indique a alternativa que, na seqüência, preenche as lacunas corretamente:

a) a, a, à, a d) à, à, a, à b) à, à, à, à e) a, a, à, à c) à, à, a, a

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34 Língua Portuguesa ­ M2

CONCORDÂNCIA VERBAL “A gente não sabemos escolher presidente A gente não sabemos tomar conta da gente A gente não sabemos nem escovar os dente Tem gringo pensando que nós é indigente.

Inútil, a gente somos inútil Inútil, a gente somos inútil

A gente faz carro e não sabe guiar A gente faz trilho e não tem trem pra botar A gente faz filho e não sabe criar A gente pede grana e não consegue pagar.

Inútil, a gente somos inútil Inútil, a gente somos inútil

A gente escreve livro e não consegue publicar A gente escreve peça e não consegue encenar A gente faz música e não consegue gravar A gente joga bola e não consegue ganhar.

Inútil, a gente somos inútil Inútil, a gente somos inútil.”

(ULTRAJE A RIGOR)

I ­ INTRODUÇÃO Concordância Verbal é a concordância do verbo com o sujeito. Regra geral: O verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito.

Há, entretanto, uma série de regras e exceções relativas a casos de concordância verbal, que devem ser examinados um a um. Vejamos os mais comuns.

II ­ CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 1ª PARTE

O Sujeito Simples

1. Sujeito formado por coletivo:

Sujeito Verbo

coletivo no singular Singular

Uma coleção nova chegou à livraria.

Obs: Quando o coletivo for acompanhado de um determinante no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

SUJEITO VERBO

Eu cheguei Tu chegaste

O rapaz chegou Os rapazes chegaram

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35 Língua Portuguesa ­ M2

(FOLHA DE S. PAULO)

Seja delicado! Ofereça flores para a

garota. 80% do caminho já estará

percorrido.

Flores!

Outra coisa: segure as flores

pelo cabo! Ah!

SIRE, UM BANDO DE CRIANÇAS ENTROU AQUI E ROUBOU AS

RESPOSTAS DOS EXAMES FINAIS ISSO É TERRÍVEL...!

...COMO É QUE OS PROFESSORES VÃO

CORRIGIR AS PROVAS?

(O MAGO DE ID. ANO 1. Nº 06. EDITORA ARTENOVA)

2. Sujeito formado por expressão partitiva (a maioria de, a maior parte de, grande parte de):

Sujeito Verbo

expressão partitiva + determinante plural Singular ou plural

• A maioria dos eleitores não compareceu.

• A maioria dos eleitores não compareceram.

3. Sujeito formado por expressão de quantidade aproximada (perto de, cerca de, mais de...)

Sujeito Verbo

expressão de quantidade aproximada Concorda com o numeral

• Cerca de dez carros foram vendidos.

• Mais de um jogador foi expulso.

4. Sujeito formado por número percentual ou número fracionário:

Sujeito Verbo

Numeral percentual ou fracionário + substantivo Concorda com o numeral

• 20% dos operários são acidentados diariamente.

• 1/3 dos operários não fica na obra.

Obs.: a tendência atual, porém, é concordar o verbo com a expressão que acompanha o numeral.

• 40% da população não vota.

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36 Língua Portuguesa ­ M2

5. Sujeito formado pela expressão um dos que:

Sujeito Verbo

Expressão “um dos que”, seguida ou não de substantivo. Singular ou plural

• Ele foi um dos alunos que mais faltou / faltaram.

• Ela foi uma das que mais protestou /protestaram.

6. Sujeito formado por nomes próprios que só existem no plural:

Sujeito Verbo

Nome próprio plural, não precedido de artigo. Singular

• Canudos não se rendeu.

Sujeito Verbo

Nome próprio plural, precedido de artigo. Plural

• Os Estados Unidos venceram a partida.

7. Sujeito formado por pronome indefinido ou interrogativo no plural, seguido de pronome pessoal (quais de nós, alguns de vós, muitos de nós...)

Sujeito Verbo

Pronome interrogativo ou indefinido no plural + pronome pessoal

• Quais de nós terão chances?

• Quais de nós teremos chances?

Obs.: Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo somente poderá ficar na 3ª pessoa do singular.

Concorda com o pronome indefinido ou com o pronome pessoal.

(O MAGO DE ID. ANO. 1 Nº 06. EDITORA ARTENOVA)

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37 Língua Portuguesa ­ M2

10. O sujeito é o pronome relativo “que” ou “quem”.

Sujeito Verbo

Pronome relativo que Só concorda com o antecedente do que

• Sou eu que pago a despesa.

Sujeito Verbo

Pronome relativo quem

• Sou eu quem dou as cartas.

• Sou eu quem dá as cartas.

Concorda com o antecedente do quem ou fica na 3ª pessoa do singular, concordando com o próprio quem

Níquel está hipnotizando o gatinho da vovó!

NÍQUEL NÁUSEA ­ Fernando Gonzales

Você é um passarinho. Você é um

vai

Será que vai dar certo??

PIU PIU

passarinho.

(FOLHA DE S. PAULO)

8. Sujeito formado pela expressão “nenhum dos” ou “nenhuma das”:

Sujeito Verbo

Nenhum dos Singular Nenhuma das

• Nenhum dos aprovados compareceu à cerimônia.

9. O sujeito é um pronome de tratamento.

Sujeito Verbo

Pronome de tratamento Fica na 3ª pessoa

• V.Sa. leu meus relatórios?

• Vocês desejam um café?

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38 Língua Portuguesa ­ M2

1) Nas frases a seguir, efetue a concordância, escolhendo a forma verbal adequada:

1. Uma porção de políticos contra. (votou/votaram) 2. Uma multidão de torcedores . (gritava/gritavam) 3. Um enxame no telhado. (pousou/pousaram) 4. A maioria dos custos . (seria revista/seriam revistos) 5. Grande parte dos seus amigos à cerimônia. (compareceu/compareceram) 6. A maioria ali as reformas. (apoiava/apoiavam) 7. Cerca de vinte pessoas na delegacia. (acabou/acabaram) 8. Mais de um médico no local. (esteve/estiveram) 9. 2/5 dos municípios acertar suas contas com o Estado. (conseguiu/conseguiram) 10. 80% da Mata Atlântica não à ação do homem. (resistiu/resistiram) 11. 1% dos eleitores, apenas, em partidos de direita. (votou/votaram) 12. Ele foi um dos que pelos nossos direitos. (brigou/brigaram) 13. Ana foi uma das que no vestibular. (passou/passaram) 14. Minas Gerais grandes escritores. (revelou/revelaram) 15. Campinas uma das melhores Universidades do país. (possui/possuem) 16. Os Estados Unidos tecnologia para o mundo inteiro. (exporta/exportam) 17. Poucos de nós o dinheiro para viajar. (conseguirão/conseguiremos) 18. Alguns de nós escalados para entregar o prêmio. (fomos/foram) 19. Qual de nós a coragem de fazer esta traição? (terá/terão/teremos) 20. Nenhum dos presentes abrir a boca. (ousou/ousaram) 21. Nenhuma delas caráter suficiente para tomar esta atitude. (tem/têm) 22. Vossa Excelência a decisão? (apoiaste/apoiou) 23. Fui eu que o exercício. (fiz/fez) 24. Fomos nós que o cargo. (conseguimos/conseguiu) 25. Fomos nós quem o da verdade. (convencemos/convenceu)

3) (PUC­MG) De acordo com o texto, assinale a alternativa em que o verbo NÃO concorda com a expressão grifada.

a) “Tudo começa a afundar.”

b) ”Você me diz de soslaio...”

c) “... um terremoto é quando não há mais o centro das coisas.”

d) “Os engenheiros que me perdoem...”

e) “...nem por que milagres surgem forças...”

2) (PUC­MG) Indique a alternativa em que a concordância verbal tenha se dado em conformidade com a norma culta escrita.

a) O preço do frango, como também de todas as outras proteínas animais, vão baixar no varejo.

b) Ao final do treino, mais de um jogador apresentavam sinais visíveis de desidratação.

c) As moças, tão logo entraram no Tribunal, pediram ao juiz que as recebesse.

d) O desamparo de crianças, jovens e velhos, cada vez mais flagrante nas ruas, fazem­nos pensar no egoísmo humano.

e) Aplicam­se aos trabalhadores rurais que têm mais de 65 anos o disposto nessa lei.

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39 Língua Portuguesa ­ M2

4) (U.F. Viçosa) Vossa Excelência _______ ouvir a opinião dos jovens que _______ apoiaram durante _______ campanha.

a) deveis, lhe, vossa b) deve, o, sua c) deve, lhe, sua d) deveis, vos, vossa e) deve, o, vossa

5) Assinale a opção que NÃO se apresenta adequada às normas cultas da língua padrão.

a) A maioria das pessoas está preferindo morar no meio urbano. b) Nenhum de nós desconhece a importância de tua tese. c) Quais de vocês viajariam para um deserto como a fazenda do matagal? d) Quantos de vós me ensinareis a viver melhor a minha vida? e) Qual de vocês têm algum juízo para me apontar caminhos?

6) (UNI­RIO) Identifique a opção que pode ser completadaAPENAScom a primeira forma verbal proposta, segundo os padrões da norma culta:

a) Ainda hoje _______ haver muitas Elviras em nossa sociedade. (pode ­ podem) b) Quais de vós _______ a primeira pedra em Elvira? (atiraria ­ atiraríeis) c) A maioria dos amantes de Elvira _______ no subúrbio. (morava ­ moravam) d) Não se _______ facilmente, em nosso meio, pessoas iguais a Elvira. (admite ­ admitem)

7) (FAFI­BH) Todas as alternativas abaixo apresentam concordância verbal correta, EXCETO:

a) A maior parte dos menores vive sob as marquises. A maior parte dos menores vivem sob as marquises.

b) Faz anos que a questão do menor se agrava no Brasil. Fazem anos que a questão do menor se agrava no Brasil.

c) Ilson Escóssia é um dos que apresenta suspeita de delinqüência. Ilson Escóssia é um dos que apresentam suspeita de delinqüência.

d) Um bando de meninos morre a cada dia no País. Um bando de meninos morrem a cada dia no País.

e) Quais de nós pensam nos meninos de rua? Quais de nós pensamos nos meninos de rua?

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40 Língua Portuguesa ­ M2

III ­ CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 2ª PARTE

O Sujeito Composto 1. Sujeito Posposto ao Verbo:

Sujeito Verbo

Tem mais de 1 núcleo.

• Vieram a tia e o namorado.

• Veio a tia e o namorado

Vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.

(SCHULZ; CHARLES M. SNOOPY. 1988. CEDIBRA EDITORA BRASILEIRA LTDA.)

2. Sujeito formado por núcleos sinônimos ou em gradação: Sujeito Verbo

Núcleos sinônimos ou em gradação Singular ou plural

• O medo e o temor corroíam/corroía aquele homem. • Um mês, um ano, um século não bastavam/bastava para esquecê­la.

3. Sujeito composto resumido por um pronome indefinido (tudo, nada, ninguém...): Sujeito Verbo

Sujeito composto + expressão resumidora Singular

• Música, festas, reuniões, tudo o aborrece. O Atlântico e o Pacífico, a Secretaria de Estado e o Cabo Cod...

(SCHULZ; CHARLES M. SNOOPY. 1988. CEDIBRA EDITORA BRASILEIRA LTDA.)

A Idade Média, o Golfo do México, Nova Escócia, Nova York, nada ficou de fora!

Sinto muito, professora, minha cabeça ‘tá’ lotada!

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41 Língua Portuguesa ­ M2

5. Os componentes do sujeito são ligados pela conjunção “ou.”

Sujeito Verbo

1º elemento + ou + 2º elemento

• Pedro ou João ocupará a presidência.

• Cinema ou teatro eram as opções de lazer.

• fica no singular se a conjunção indicar exclusão.

• vai para o plural se a conjunção indicar que o verbo se refere aos dois elementos.

4. Sujeito formado por verbos no infinitivo:

Sujeito Verbo

infinitivo + infinitivo Singular

• Escrever e ler é a base do bom conhecimento da língua. Obs.: se os infinitivos vierem determinados por artigo ou se forem antônimos, o verbo poderá ir também para o plural. • O ler e o escrever são a base do bom conhecimento da língua.

6. Os componentes do sujeito são ligados pela conjunção “nem.”

Sujeito Verbo

1º elemento + nem + 2º elemento Singular ou plural

• Nem a riqueza nem o poder o livraram da morte.

• Nem a aluna nem o professor suspeitou da minha atitude.

7. O sujeito é a expressão “um ou outro.”

Sujeito Verbo

Um ou outro Singular

• Um ou outro aluno resolverá esta questão.

8. O sujeito é formado pelas expressões “um e outro” ou “nem um nem outro.”

Sujeito Verbo

• Um e outro Singular ou plural • Nem um nem outro

• Um e outro aluno desistiu/desistiram do vestibular.

• Nem um nem outro chegou/chegaram a tempo.

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42 Língua Portuguesa ­ M2

O que você faria se eu desse um chute e o desmoronasse?

(SCHULZ; CHARLES M. SNOOPY. 1988. CEDIBRA EDITORA BRASILEIRA LTDA.)

Provave lmente nada no momento...

Mas, daqui a alguns anos, quando estiver casada e você com seu marido quiserem que eu seja fiador da nova casa, vou me recusar.

Irmãos mais novos aprendem a pensar rápido!

9. Os componentes do sujeito são ligados por “com”.

Sujeito Verbo

1º elemento + com + 2º elemento Plural

• O ministro com a esposa chegaram pontualmente à cerimônia.

Obs.: O verbo pode ficar no singular quando se deseja enfatizar o primeiro elemento.

• O ministro, com sua bonita esposa, chegou pontualmente à cerimônia.

1) Nas frases a seguir, efetue a concordância, escolhendo a forma verbal adequada:

1. O mapa e o dicionário às livrarias ainda neste mês. (chegará/chegarão)

2. Logo depois das testemunhas, o presidente e o primeiro secretário. (falou/falaram)

3. Um gesto, um olhar, uma palavra suspeitas. (despertaria/despertariam)

4. As denúncias, as insinuações de fraude, a hostilidade dos companheiros, tudo isso o à renúncia. (levou/levaram)

5. Plantar e colher os frutos da terra parte da tradição daquele povo. (fazia/faziam)

6. O rir e o chorar parte da condição humana. (faz/fazem)

7. O diretor ou seu secretário os visitantes. (receberá/receberão)

8. Roma ou Viena as próximas olimpíadas. (sediará/sediarão)

9. Nem a política nem a vida estudantil algum interesse para ele. (despertava/despertavam)

10. Um ou outro aluno comparecer à entrega dos prêmios. (deverá/deverão)

11. Nem eu nem outro o curso superior. (concluiu/concluíram)

12. Um e outro desconfiando das atitudes suspeitas do gerente. (acabou/acabaram)

13. A família com a enfermeira hoje para a Europa. (viajou/viajaram)

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43 Língua Portuguesa ­ M2

2) (UFMG) Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida corretamente por ambas as formas entre parênteses, EXCETO em:

a) A maioria das pessoas ______ comentários sobre fatos que não existiram. (elabora ­ elaboram) b) Alguns de nós ______ profissionais autônomos. (são ­ somos) c) Boa parte dos entrevistados ______ ao concerto de Villa­Lobos. (assistiu ­ assistiram) d) Mais de um ______ Ulysses Guimarães posando pelado numa revista. (viu ­ viram) e) Na avenida Paulista, ______ a burguesia e o populacho. (transita ­ transitam)

3) (FCMS­SP) Assinale a frase que contém ERRO, tendo em vista a concordância verbal.

a) Eu, tu e vossos amigos fomos ao cinema. d) Tu e teus amigos quiseram sair. b) Fui ao cinema eu, tu e vossos amigos. e) Tu e teus amigos quiseste sair. c) Tu e teus amigos quisestes sair.

4) Em todas as opções, a lacuna pode ser preenchida apenas por uma das formas verbais indicadas, EXCETO em:

a) ______ resultados completamente satisfatórios . (Havia/Haviam) b) Os dias tristes, nem as horas longas, nada o ______ para outro lugar. (deslocava/deslocavam) c) ______ ­lhe o juízo e o senso do ridículo, pois tinha medo de se exibir. (Sobrava/Sobravam) d) ______ ­lhe as propriedades e o dinheiro da herança misteriosa. (Faltava/Faltavam)

5) (F. Objetivo­SP) Assinale a alternativa que contém erro de concordância verbal:

a) Passará o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão. b) Tu e ele sereis convencidos de que andais em erro. c) Esta foi uma das cidades que mais sofreu com as inundações. d) A história que vou contar só a sabe, em toda a cidade, minha mulher e eu. e) Acontece coisas esquisitas neste mundo: hoje vi uma delas.

1) (FAFI­BH) Há erro de concordância, segundo a norma culta, em:

a) Se houvesse censura, a liberdade de expressão seria prejudicada. b) Se existisse condições de controle, todas as informações já teriam sido censuradas. c) Falta, ao governo e a qualquer instituição que assim desejar, capacidade para controlar informações

espalhadas pelo mundo inteiro. d) Hoje, existem programas de computador dirigidos a praticamente qualquer área de conhecimento.

2) (FAFI­BH) Segundo a norma culta, está CORRETA a concordância verbal em:

a) Resta ainda algumas alternativas para solucionar o problema da fome. b) O governo não sabe ao certo quantos famintos existe no país. c) Quanto custa aos cofres públicos todos esses famintos? d) Deve haver medidas urgentes para combater a fome. e) Se houvessem mais pessoas dispostas a colaborar, os problemas poderiam ser resolvidos.

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44 Língua Portuguesa ­ M2

3) (FUVEST) Indique a alternativaCORRETA: “Fomos nós que o , porque a maioria dos rapazes dar­lhe uma surra. Quais de vós isso também?”

a) defendemos ­ queria ­ faria. d) defendeu ­ queriam ­ fariam. b) defendeu ­ queriam ­ faríeis. e) defendemos ­ queriam ­ fariam. c) defendemos ­ queriam ­ faria.

4) (FUVEST­SP) Assinale a frase INCORRETA do ponto de vista da concordância verbal.

a) Alguns de nós pretendem fazer uma viagem. b) Alguns de nós pretendemos fazer uma viagem. c) Qual de nós resolveu a questão? d) Qual de nós resolvemos a questão? e) Muitos de vós chegastes tarde.

5) Em todas as opções, admite­se apenas uma das formas verbais indicadas entre parênteses, EXCETO:

a) No mês das flores, ________ três anos que estou aqui. (fará/farão) b) No final da conferência, ________ aplausos sobre o ilustre professor. (choveu/choveram) c) Já ________ muitos acidentes neste local perigoso. (houve/houveram) d) Nenhum dos alunos ________ acertar todas as questões da prova de Física. (conseguiu/conseguiram) e) Por toda a cidade ________ perigo e situações constrangedoras. (existe/existem)

6) (CEFET­MG) Há erro de concordância verbal em:

a) Basta, aos habitantes do Santa Fé, as presenças do Major Ursulino e de D. Mariquinha. b) Aconteceram, naquele ano, muitas tragédias com a família do Capitão Vitorino. c) Já não se faziam planos para o Santa Fé. d) Existem erros graves no relacionamento entre a velha Mariquinha e o genro, diziam os moradores da

casa grande. e) Casas, pessoas, modos de agir, tudo era conforme Capitão Tomás.

7) Segundo a norma culta, NÃO é admissível a concordância verbal em:

a) Se não ocorrer urgentes providências, em breve nos transformaremos em robôs. b) Na redação, descobrem­se os méritos relativos das coisas e fazem­se as reflexões necessárias. c) No lar, precisa haver os germes da curiosidade científica que despertem a criança para o conhecimento. d) Deve fazer dois anos que a lei de Diretrizes e Bases da Educação está esquecida no Congresso.

8) Em que frase a lacuna pode ser preenchida APENAS pela forma singular do verbo entre parênteses?

a) Grande parte dos funcionários ________ a trabalhar. (recusou­se ­ recusaram­se) b) No mês passado, ________ muitos desastres naquela região. (aconteceu ­ aconteceram) c) Qual de vocês ________ da última reunião da diretoria? (participou ­ participaram) d) Já ________ seis horas no relógio da Igreja do Carmo. (bateu ­ bateram) e) Perto da fonte ________ um cesto de roupas e duas bacias velhas. (encontrava­se ­ encontravam­se)

9) (PUC­MG) Levando­se em conta a concordância verbal, a forma entre parêntesesNÃOpreenche com correção a lacuna em:

a) Mais de um dos assistentes se ________ surpresos. (entreolharam) b) Não só ele mas também eu não ________ com a medida. (concordamos) c) No plebiscito, dois terços ________ a favor da emenda. (votaram) d) ________ ­se a entrada e a permanência no recinto. (Proibiu) e) Rogo a Vossa Excelência que ________ a minha solicitação. (atendas)

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45 Língua Portuguesa ­ M2

10) (PUC­MG) A concordância verbal, de acordo com o padrão culto da linguagem, está CORRETA em:

a) Existe muitos privilegiados, que ocupam áreas bem localizadas na Zona Sul. b) A maioria dos domicílios de Belo Horizonte está localizada em favelas. c) Calculam­se que cerca de um milhão de pessoas sobrevive nas favelas. d) Já faz parte da rotina desse homem os períodos de chuva que o obrigam a alojar­se no grupo escolar. e) Ergueu­se centenas de casebres sobre um solo condenado, semelhante ao terreno da Barraginha.

11) A opção cuja lacuna deve ser preenchida apenas pela forma singular, indicada nos parênteses, deverá ser assinalada.

a) Um enxame de abelhas ______ em torno das rapaduras. (zumbia/zumbiam) b) De que me ______ o ouro, o poder e a grandeza? (serviria/serviriam) c) Depois é que ______ o homem e a podridão, a árvore e o verme. (surgiram/surgiu) d) Onde ______ a tua inteligência, a tua cultura e, principalmente, a tua verdade? (está/estão) e) Exatamente nesse dia ______ dois anos que seu gentil corpo fora entregue à terra. (fazia/faziam)

12) (PUC­MG) Observe os períodos abaixo, ao lado de sua flexão no plural: 1. A enxurrada vem morro abaixo. As enxurradas vêm morro abaixo

2. Esta realidade nada tem em comum com a da moradora de Vila Izabel. Estas realidades nada têm em comum com as das moradoras de Vila Izabel.

3. Quando um morador vê qualquer pessoa de fora, procura abordá­lo. Quando moradores vêem quaisquer pessoas de fora, procuram abordá­las.

Pode­se afirmar que o plural está correto em: a) em 1, 2, 3. c) apenas em 2. e) apenas em 2 e 3. b) apenas em 1. d) apenas em 3.

13) (ICÉS) “O Brasil possuía grandes riquezas naturais.” Se se der ao sujeito dessa frase a função de adjunto adverbial, o verbo destacado deve assumir a forma:

a) tinha b) havia c) existia d) tinham e) haviam

14) (ICÉS) “Na agricultura, surgido bons resultados, porque havendo incentivos e planejamento no setor.” Na frase acima, as lacunas devem ser preenchidas por:

a) tem e vem c) têem e vêem e) têm e vem b) têm e vêm d) tem e vêm

15) (FAFI­BH) Por ser sujeito, a concordância foi feita corretamente com o termo grifado em todos os itens, EXCETO em: a) Haviam algumas pessoas conversando na rua. b) Ali sempre ocorriam coisas estranhas. c) Qual de vocês pode fazer para mim? d) Boa parte dos alunos já havia acabado a prova. e) Tinha ficado na sala pouca gente.

16) (PUC­MG) Observe os períodos abaixo:

1. “Existem dois planos e eles devem se encontrar.” 2. “Num mesmo país e governo não podem conviver duas propriedades.” 3. “Aqui sempre se reduziu salário.” 4. “Estaremos abertos a tantas aventuras que nos impingiram esses dogmas.” 5. “Não se trata de lista de questões.” Se houver mudança de flexão de número dos termos destacados (plural para singular e vice­versa), o verbo sublinhado ficará inalterado no período de número: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

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46 Língua Portuguesa ­ M2

17) (FAFI­BH) “Mesmo alegando que a Radiobrás já de maquinário para as atividades do novo veículo, o governo certamente não de ignorar que a produção e transmissão dos programas, assim como os anunciados convênios com os órgãos que o canal, afinal custeados pelas mesmas minguadas verbas públicas.”

(FOLHA DE S. PAULO)

a) dispõe ­ há ­ utilizariam ­ serão b) dispõem ­ a ­ utilizariam ­ serão c) dispõe ­ a ­ utilizariam ­ serão d) dispõem ­ há ­ utilizariam ­ serão

18) (PUC­RJ) Indique a série que corresponde às formas verbais apropriadas para os enunciados abaixo:

I) As diferenças existentes entre homens e mulheres ser um fato indiscutível.

1. parece 2. parecem II) Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios

e a psicologia infantil, que as diferenças entre homens e mulheres não se devem apenas à educação.

3. propõe 4. propõem III) diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas como tipicamente masculinas ou

femininas.

5. Haveria 6. Haveriam IV) ainda pesquisadores que consideram os machos mais agressivos, em virtude de sua constituição

hormonal. 7. Existe 8. Existem

V) Como sempre, discute­se se é a força da Biologia, ou meramente a Educação, que sobre o comportamento humano.

9. predomina 10. predominam a) 2, 4, 5, 8, 9 b) 1, 3, 6, 8, 9 c) 2, 4, 6, 7, 10 d) 2, 3, 5, 8, 10 e) 2, 4, 6, 7, 9

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47 Língua Portuguesa ­ M2

O mundo e a violência Diz todo mundo, mostra­se na TV que São

Paulo, Rio – e todas as grandes cidades brasileiras – atravessam uma fase de incrível violência. As pessoas se matam nas ruas, nas favelas e nas avenidas, como o cinema conta que se matava na Chicago de Al Capone.

É verdade. Mas o pior é que não é só aqui, num fenômeno particular. A violência ataca o mundo inteiro. Se você voltar à TV, lá estão, na Coréia, estudantes e policiais se entrematando; e na Chechênia, que ninguém sabe nem onde é? No Oriente Médio – e em Europa, França e Bahia. E só se briga, só se mata – é só tocar com o dedo um ponto do mapa­múndi, vai­se encontrar sempre sangue correndo, fogo queimando.

E daí, não foi sempre assim? As guerras sempre foram o tema dominante na História. Me lembro de eu menina, na estante do meu avô, eu ia direto às guerras do Peloponeso – eu achava linda essa palavra! Tanto que eu quis dar o nome de Peloponeso ao meu primeiro cavalo, mas não deixaram, muito comprido e esquisito para nome de cavalo. Escolhi então Pirata, deixaram. As pessoas são muito incoerentes. Pirata é um ladrão do mar, está bem para o cavalo. Contudo, o inocente Peloponeso é ruim!

Mas voltando à violência. A verdade é que, desde que o mundo é mundo, vivemos sob a marca da violência, todo bicho maior usa o direito do mais forte e mata o menor, já os do mesmo tamanho batalham mortalmente entre si. Até no lar, doce lar, a mamãe castiga o bebê, como? Com uma palmada. Ele não sabe falar, mas sabe que dói. Violência educativa. E, aliás, tudo não começou no Gênesis, quando o primeiro filho do primeiro casal humano matou o irmão? Eram só eles dois, mas eram dois machos. Caim sentiu que devia acabar com Abel para ficar o senhor da futura tribo.

Já vi duas rolinhas brigando, a bicadas sangrentas. Rolinha, o símbolo romântico da doçura, as modinhas cantavam as namoradas como “tímidas rolinhas.” As que vi deviam ser também dois machos, disputando fêmeas e território. Rolinhas, quem diria!

Sim, há hoje violência demais, e isso é terrível. A gente tem medo de mandar as crianças para a escola, de deixar os filhos adolescentes saírem para o futebol, morre­se de medo quando os jovens se juntam num bar, à noite, para um chopinho. Quem tem família tem medo de tudo! E com razão, o medo é justificado. Grande parte dos pais já teve a prova amarga na própria carne.

E volto a uma minha velha tese: esse agravamento da violência, no mundo inteiro, é porque tem gente demais neste dito mundo. Até as florestas da Amazônia, da África, da Austrália fervilham de índios, de negros, de “aborígenes”, como diziam os ingleses colonizadores. Os quinhões de terra e comida para cada um vão ficando cada vez menores, mais magros, e então se briga. Se mata. E, fora a violência pelo espaço e pelo pão, ainda existe a violência pela pura diversão, como espetáculo. Haverá espetáculo mais brutal do que uma tourada? E a farra do boi, em Santa Catarina? E o boxe? Milhares de pessoas enlouquecidas, ante dois brutamontes seminus se matando aos socos.

Nas batalhas modernas, acabaram­se os combates a espadas e lanças, depois que se inventou a pólvora. E depois que se inventou a dinamite, ainda mais mortífera. E logo se mantém uma paz relativa, em muitas partes da Terra, é porque uns têm medo dos arsenais dos outros e vice­versa.

Já pensou na quantidade imensa de explosivos que existem armazenados nesses arsenais, em todo o planeta? Daria talvez para liquidar não só com o nosso próprio planeta, mas com todo o sistema solar.

Nos hinos e nos discursos, nas pregações religiosas, clamamos que “somos todos irmãos”. Verdade, somos irmãos. Desde Caim e Abel.

(QUEIROZ, RACHEL DE. ESTADO DE MINAS. CADERNO FEMININO.)

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48 Língua Portuguesa ­ M2

1) Em todas as opções, a palavra destacada está corretamente explicada, de acordo com o seu sentido no texto, EXCETOem:

a) Se você voltar à TV, lá estão, na Coréia, estudantes e policiais se entrematando. (matando­se reciprocamente).

b) As pessoas são muito incoerentes. (contraditórias). c) Os quinhões de terra e comida para cada um vão ficando cada vez menores, mais magros, e então se

briga. (cotas). d) E logo se mantém uma paz relativa, em muitas partes da Terra, é porque uns têm medo dos arsenais

dos outros e vice­versa. (casual).

2) A opção que introduz um argumento decisivo, apresentado como acréscimo, como se fosse desnecessário, para a tese defendida em “ A verdade é que, desde que o mundo é mundo, vivemos sob a marca da violência?” é:

a) ”E só se briga, só se mata – é só tocar com o dedo um ponto do mapa­múndi...” b) “Sim, há violência demais, e isso é terrível!” c) “Nas batalhas modernas, acabaram­se os combates a espadas e lanças, depois que se inventou a

pólvora.” d) “E, aliás, tudo não começou no Gênesis, quando o primeiro filho do primeiro casal humano matou o

irmão?”

3) Todas as opções indicam opiniões defendidas pela autora, EXCETO:

a) No mundo de hoje, a violência está generalizada. b) A violência tem origens históricas. c) O aumento da violência é inversamente proporcional ao crescimento da população. d) A paz entre certos povos é determinada pelo material bélico que cada um possui.

4) Há uma idéia de exagero em:

a) “... todo bicho maior usa o direito do mais forte e mata o menor...” b) “... morre­se de medo quando os jovens se juntam num bar, à noite; para um chopinho.” c) “Os quinhões de terra e comida para cada um vão ficando cada vez menores, mais magros...” d) “e depois se inventou a dinamite, ainda mais mortífera.”

5) Assinale a alternativa em que haja uma outra possibilidade de concordância verbal.

a) Não ficaram, naquela delegacia, ocorrências ou queixas dos fatos ocorridos que pudessem ser usadas no inquérito policial.

b) É claro que devemos condenar e combater duramente o banditismo e a violência de qualquer natureza, mas tudo absolutamente dentro da lei, com absoluto respeito aos direitos da pessoa humana, seja ela o pior dos criminosos. (Folha de S. Paulo)

c) Quem tem família tem medo de tudo! E com razão, o medo é justificado. Grande parte dos pais já teve a prova amarga na própria carne.

d) Nas batalhas modernas, acabaram­se os combates a espadas e lanças, depois que se inventou a pólvora.

(EXERCÍCIO ADAPTADO DA PROVA DE VESTIBULAR DA FAFI­BH)

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49 Língua Portuguesa ­ M2

IV ­ SILEPSE OU CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA Observe a frase:

“A hora era de muito sol – o povo caçava jeito de ficarem debaixo da sombra das árvores de cedro.”

(GUIMARÃES ROSA) Há no trecho acima, erro de concordância verbal? Não. Nesse caso, a concordância efetuada é a

ideológica, ou seja, feita não com a forma gramatical da palavra, mas sim com o sentido, com a idéia que ela expressa. É um caso de silepse, palavra de origem grega que significa “ação de reunir, de tomar em conjunto.”

No entanto, é preciso ficar alerta para a especificidade do emprego desse tipo de concordância: a silepse ou concordância ideológica é uma figura de construção, ficando o seu uso, por isso, mais restrito à Literatura.

Já não basta ficarem mexendo toda hora no valor e no nome do dinheiro? Nos juros, no crédito, nas alíquotas de importação, no câmbio, na Ufir e nas regras do imposto de renda? Já não basta mudarem as formas da Lua, as marés, a direção dos ventos e o mapa da Europa? E as regras das campanhas eleitorais, o ministério, o comprimento das saias, a largura das gravatas? Não basta os deputados mudarem de partido, homens virarem mulher, mulheres virarem homem e os economistas virarem lobisomem, quando saem do Banco Central e ingressam na banca privada?

Já não basta os prefeitos, como imperadores romanos, tentarem mudar o nome de avenidas cruciais, como a Vieira Souto, no Rio de Janeiro, ou se lançarem à aventura maluca de destruir largos pedaços da cidade para rasgar avenidas, como em São Paulo? Já não basta mudarem toda hora as teorias sobre o que engorda e o que emagrece? Não basta mudarem a capital federal, o número de estados, o número de municípios e até o nome do país, que já foi Estados Unidos do Brasil e depois virou República Federativa do Brasil?

Não, não basta. Lá vêm eles de novo, querendo mudar as regras de escrever o idioma. “Minha pátria é a língua portuguesa”, escreveu Fernando Pessoa pela pena de um de seus heterônimos, Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego. Desassossegados estamos. Querem mexer na pátria. Quando mexem no modo de escrever o idioma, põem a mão num espaço íntimo e sagrado como a terra de onde se vem, o clima a que se acostumou, o pão que se come.

Aprovou­se recentemente no Senado mais uma reforma ortográfica da Língua Portuguesa. É a terceira nos últimos 52 anos, depois das de 1943 e 1971 – muita reforma, para pouco tempo. Uma pessoa hoje com 60 anos aprendeu a escrever “idéa”, depois, em 1943, mudou para “idéia”, ficou feliz em 1971 porque

“idéia” passou incólume, mas agora vai escrever “ideia”, sem acento.

Reformas ortográficas são quase sempre um exercício vão, por dois motivos. Primeiro, porque tentam banhar de lógica o que, por natureza, possui extensas zonas infensas à lógica, como é o caso de um idioma. Escreve­se “Egito”, e não “Egipto”, mas “egípcio” e não “egício”, e daí? Escreve­se “muito”, mas em geral se fala “muinto”. Segundo, porque, quando as reformas se regem pela obsessão de fazer coincidir a fala com a escrita, como é o caso das reformas da Língua Portuguesa, estão correndo atrás do inalcançável. A pronúncia muda no tempo e no espaço. A flor que já foi “azálea” está virando “azaléa” e não se pode dizer que esteja errado o que todo o povo vem consagrando. “Poder” se pronuncia “poder” no Sul do Brasil e “puder” no Brasil do Nordeste. Querer que a grafia coincida sempre com a pronúncia é como correr atrás do arco­ íris, e a comparação não é fortuita, pois uma língua é uma coisa bela, mutável e misteriosa como um arco­ íris.

Acresce que a atual reforma, além de vã, é frívola. Sua justif icativa é unificar as grafias do Português do Brasil e de Portugal. Ora, no meio do caminho percebeu­se que seria uma violência fazer um português escrever “fato” quando fala “facto”, ou “recepção” quando fala “receção”, da mesma forma como seria cruel fazer um brasileiro escrever “facto” ou “receção” (que ele só conhece, e bem, com dois ss, no sentido de inferno astral da economia). Deixou­ se, então, que cada um continuasse a escrever como está acostumado , no que se fez bem, mas, se a reforma era para unificar e não unifica, para que então fazê­ la? Unifica um pouco, responderão os defensores da reforma. Mas, se é só um pouco, o que adianta? Aliás, para que unificar? O último argumento dos propug­

Instrução: As questões de 1 a 8 baseiam­se no texto abaixo.

Leia, atentamente, todo o texto antes de resolvê­las.

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50 Língua Portuguesa ­ M2

nadores da reforma é que, afinal, ela é pequena – mexe com a grafia de 600, entre cerca de 110.000 palavras da Língua Portuguesa, ou apenas 0,54% do total. Se é tão pequena, volta a pergunta: para que fazê­la?

Fala­se que a reforma simplifica o idioma e, assim, torna mais fácil seu ensino. Engano. A

representação escrita da língua é um bem que percorre as gerações, passando uma à outra, e será tão mais bem transmitida quanto mais estável for, ou, pelo menos, quanto menos interferências arbitrárias sofrer. Não se mexa assim na língua. O preço disso é banalizá­la como já fizeram com a moeda, no Brasil.

1) O título que melhor sintetiza o texto é:

a) Reforma ortográfica: necessidade recorrente. b) Reforma ortográfica: alterações no tempo e

no espaço. c) Reforma ortográfica: obsessão dos gramáticos. d) Reforma ortográfica: ação inútil e frívola.

2) Uma função dos dois primeiros parágrafos do texto é: a) reproduzir o conteúdo do terceiro parágrafo. b) fornecer o contexto para o terceiro parágrafo. c) sintetizar as informações presentes no terceiro

parágrafo . d) explicar as idéias do terceiro parágrafo.

3) O objetivo da reforma ortográfica aprovada pelo Senado Federal é:

a) fazer coincidir a fala com a escrita. b) dinamizar o ensino do Português. c) simplificar a Língua Portuguesa. d) aproximar as grafias do Português do Brasil

e de Portugal.

4) Em todas as alternativas, as palavras destacadas estão corretamente interpretadas, EXCETO em:

a) O último argumento dos propugnadores da reforma (...) propugnadores = defensores

b) (...) ficou feliz em 1971 porque “idéia” passou incólume (...) incólume = ilesa

c) (...) quanto mais estável for, ou pelo menos, quanto menos interferênciasarbitrárias sofrer. arbitrárias = injustas

d) (...) e a comparação não é fortuita. fortuita = acidental

5) Todas as alternativas contêm afirmações que podem ser confirmadas pelo texto, EXCETO: a) O uso da língua é que define o certo e o errado. b) A língua é uma herança sócio­cultural. c) O autor apresenta argumentos lingüísticos e

não­lingüísticos. d) A coincidência completa entre a fala e a escrita

é viável.

6) Desassossegados estamos. Querem mexer na pátria. Assinale a alternativa que contém a RELAÇÃO implícita entre essas orações.

a) Oposição c) Temporalidade b) Finalidade d) Causalidade

7) Em todas as alternativas, as afirmações que acompanham as frases do texto são pertinentes, EXCETO em:

a) Querer que a grafia coincida sempre com a pronúncia é como correr atrás do arco­íris, e a comparação não é fortuita, pois uma língua é uma coisa bela, mutável e misteriosa como um arco­íris. O articulador “pois” e a vírgula que o pre­ cede podem ser substituídos por dois pontos, sem que se altere a relação entre as idéias.

b) Já não basta ficarem mexendo toda hora no valor e no nome do dinheiro? A f rase util iza recursos da linguagem coloquial.

c) (...) seria cruel fazer um brasileiro escrever “facto” ou “receção” (que ele só conhece, e bem, com dois ss, no sentido de inferno as­ tral da economia). O articulador “que” remete a dois termos antecedentes.

d) E as regras das campanhas eleitorais, o ministério, o comprimento das saias, a largura das gravatas? O paralelismo entre elementos não afins cria uma enumeração inusitada.

8) Todas as alternativas contêm trechos que, no texto, apresentam imprecisão do agente da ação verbal, EXCETO:

a) Já não basta os prefeitos, como imperadores, tentarem mudar o nome de avenidas cruciais (...)?

b) já não basta mudarem toda hora as teorias sobre o que engorda e o que emagrece?

c) Lá vêm eles de novo, querendo mudar as regras de escrever o idioma.

d) Já não basta ficarem mexendo toda hora no valor e no nome do dinheiro?

ROBERTO POMPEU DE TOLEDO – VEJA, 24.05.95. TEXTO ADAPTADO PELA EQUIPE DE LÍNGUA PORTUGUESA DA COPEVE/UFMG.

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51 Língua Portuguesa ­ M2

As práticas escolares de leitura Na escola, tal como a conhecemos, a leitura de

textos nunca deixou de estar presente, em qualquer das disciplinas que nela se ministram (técnicas ou não). Mas é no interior daquela disciplina que teria a própria leitura como seu objeto de estudos (as aulas de língua e literatura) que esta prática é mais surpreendente. Nas aulas de português, a presença da leitura tem tido um objetivo muito particular: o da transformação do texto que se lê em modelo, isto por diferentes caminhos:

a) O texto transformado em objeto de uma leitura vozeada (ou da oralização do texto escrito), em que se lê para “provar” que se sabe ler. Recomendava­se, em geral, que o próprio professor fizesse uma leitura em voz alta do texto, e depois solicitasse que seus alunos lessem o texto: aluno por aluno (às vezes sadicamente, aquele aluno que o professor percebe estar com a alma vagando longe da sala de aula) vão lendo partes do texto. Lê melhor aquele que melhor se aproxima do modelo de leitura dado: a leitura do professor. Evidentemente, trata­se hoje de uma prática felizmente já ausente das aulas contemporâneas;

b) O texto transformado em objeto de imitação. A leitura nada mais é do que a motivação para a produção de outros textos pelo aluno. Com ela, dois resultados podem ser perseguidos: ou que o aluno escreva outro texto tratando do mesmo tema (ainda que tal tema lhe seja distante) ou que o aluno tome o texto como modelo formal para escrever, sobre outro tema, mas na forma do texto lido (e os alunos então escrevem poesias, crônicas, contos, fábulas, etc., sempre de acordo com o modelo a ser seguido);

c) O texto transformado em objeto de uma fixação de sentidos. Os sentidos que o professor ou algum outro leitor privilegiado tenha dado ao texto passam a ser os sentidos do texto. Ao aluno, em sua leitura do texto,

cabe descobrir tais sentidos previamente definidos. Lê melhor quem mais se aproximar dos sentidos que já se atribuíram ao texto. Não se trata de o aluno (leitor) construir sentidos do texto a partir das pistas que este lhe fornece associadas à experiência vivida por ele próprio, mas se trata de o aluno “redescobrir” a leitura desejada, num exercício de adivinhações que não mobiliza a história de vida do leitor (que inclui também outras leituras), mas mobiliza apenas sua experiência escolar, que sempre lhe disse que deve “aproximar­se” do já dado para melhor se safar da tarefa.

Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse do próprio leitor: são exercícios de leitura cujos objetivos são para ele incompreensíveis. Afinal, para que aprender a ler em voz alta, se pretendo ser torneiro mecânico, eletricista, projetista, ou o que seja? Para que escrever sobre este tema, se sobre ele já escreveu o autor que acabo de ler e nada tenho de diferente para dizer? Para que aprender a escrever poesias, crônicas, contos, se não farei nada disso depois? Para que ler o texto que estou lendo, se não houvesse estas perguntas de interpretação que tenho que responder para me ver ”aprovado” em português?

Não de trata de leituras de sujeitos que, querendo aprender, vão em busca de textos e, cheios de perguntas próprias, sobre eles se debruçam em busca de respostas. O que poderia ser uma oportunidade de encontros de sujeitos torna­se um meio de estimular operações mentais (especialmente da memória), e não um meio de, operando mentalmente, produzir sentidos e, conseqüentemente, construir categorias de compreensão da realidade viv ida a partir das informações e opiniões dadas pelo autor do texto lido.

GERALDI, JOÃO WANDERLEY. L INGUAGEM E ENSINO: EXERCÍCIOS DE MILITÂNCIA E DIVULGAÇÃO. CAMPINAS, SP: MERCADO

DE LETRAS – ALB, 1996, P. 118­120.

1) Assinale a alternativa em que a frase abaixo tenha sido reformulada de conformidade com seu sentido no texto. “Mas é no interior daquela disciplina que teria a própria leitura como seu objeto de estudos (as aulas de língua e literatura) que esta prática é mais surpreendente.” a) É nas próprias aulas de língua e literatura que a leitura mais nos apanha de surpresa. b) No interior da disciplina cujo objeto de estudos é a própria leitura (as aulas de língua e literatura) esta

prática é mais admirável. c) O mais surpreendente é que haja prática de leitura na própria disciplina que a teria como objeto, isto é,

nas aulas de língua e literatura. d) É espantoso o modo como se põe em prática a leitura nas aulas de língua e literatura – justamente

aquelas que a têm como seu objeto. e) Mas é no interior daquela matéria que teria a própria leitura como seu objeto de estudos (as aulas de

língua e literatura) que esta prática produz mais surpresas.

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52 Língua Portuguesa ­ M2

2) Todas as alternativas trazem idéias que podem ser inferidas ou confirmadas a partir da leitura do texto de Geraldi, EXCETO:

a) Não existe um único sentido para o texto. b) O sentido do texto deve ser construído e não descoberto. c) A escola não encoraja o aluno a interagir com os textos. d) As leituras anteriores do aluno interferem nas atuais. e) O leitor privilegiado é aquele que segue bem os modelos.

3) Indique a alternativa que, de acordo com as idéias expostas no texto de Geraldi, deve ser considerada a pior conseqüência da modelização com que se pratica a leitura nas aulas de língua e literatura.

a) A exclusão do aluno e de suas vivências. b) A supervalorização do professor. c) A repetição mecânica. d) A desvalorização do texto. e) A desatualização da escola.

4) Em todos os trechos a seguir, retirados do texto lido, o autor revela aspectos desejáveis para a prática da leitura na escola, EXCETO:

a) Não se trata de o aluno (leitor) construir sentidos do texto a partir das pistas que este lhe fornece associadas à experiência vivida por ele próprio.

b) O que poderia ser uma oportunidade de encontro de sujeitos c) Não se trata de leituras de sujeitos que, querendo aprender, vão em busca de textos e, cheios de

perguntas próprias, sobre eles se debruçam em busca de respostas. d) E não um meio de, operando mentalmente, produzir sentidos e, conseqüentemente, construir categorias

de compreensão da realidade vivida a partir das informações e opiniões dadas pelo autor do texto lido. e) Lê melhor quem mais se aproximar dos sentidos que já se atribuíram ao texto.

5) No penúltimo parágrafo do texto, encontram­se algumas perguntas supostamente formuladas por alunos sujeitos à prática de leitura condenada pelo autor. A esse respeito, só NÃO é possível afirmar que Geraldi julgue que:

a) a escola, muitas vezes, está distante das reais necessidades de seus alunos. b) a prática de leitura em sala de aula pode ser substituída por outras atividades. c) as práticas de leitura efetuadas na escola pouco contribuem para o posterior desempenho profissional

dos alunos. d) os alunos não conseguem vislumbrar as finalidades da prática de leitura a eles imposta. e) a escrita produzida à sombra de textos lidos muitas vezes se torna uma prática gratuita.

6) Assinale a alternativa em que as alterações de pontuação propostas para o trecho em destaque estejam de acordo com a norma culta. Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse do próprio leitor: são exercícios de leitura cujos objetivos são, para ele, incompreensíveis.

a) Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem, a qualquer interesse do próprio leitor: são exercícios de leitura, cujos objetivos são, para ele, incompreensíveis.

b) Em resumo: estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse do próprio leitor – são exercícios de leitura cujos objetivos são, para ele, incompreensíveis.

c) Em resumo, estes três tipos de práticas, não respondem a qualquer interesse do próprio leitor – são exercícios de leitura cujos objetivos são para ele, incompreensíveis.

d) Em resumo; estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse, do próprio leitor: são exercícios de leitura cujos objetivos são para ele incompreensíveis.

e) Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse, do próprio leitor. São exercícios de leitura, cujos objetivos são para ele, incompreensíveis.

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7) Observe o que expõem Celso Cunha e Lindley Cintra no trecho abaixo, transcrito da 2. ed. da Nova gramática do português contempo­ râneo. Após isso, leia as frases que o seguem. “Também o verbo que tem mais de um sujeito pode concordar com o sujeito mais próximo: a) quando os sujeitos vêm depois dele: [...] b) quando os sujeitos são sinônimos ou quase sinônimos: [...] c) quando há uma enumeração gradativa: [...] d) quando os sujeitos são interpretados como se constituíssem em conjunto uma qualidade, uma atitude: [...]

I. Na cama, encontrava­se o corpo de PC e o de sua namorada.

II. A essas alturas, já estava o dinheiro e as jóias num banco suíço.

III. O zelo e o cuidado da mãe não foram capazes de impedir a desgraça de toda a família.

IV. No acidente, morreram o motorista, o trocador e dois passageiros.

V. O bebê, o irmão mais velho, os pais e também a empregada sofreu complicações gastrointestinais depois da festa.

Estão de acordo com a exposição de Cunha e Cintra:

a) todas as frases. b) apenas I, II, III e IV. c) apenas II, III, IV e V. d) apenas I, II, e IV. e) apenas I, II, e V.

8) “Quando nos servimos do modo indicativo, consideramos o fato expresso pelo verbo como certo, real, seja no presente, seja no passado, seja no futuro. Ao empregarmos omodo subjuntivo, é diversa a nossa atitude. Encaramos, então, a existência ou não do fato como uma coisa incerta, duvidosa, eventual, ou mesmo, irreal.” Assinale a alternativa em que o uso dos verbos no subjuntivo ou no indicativo comprove a descrição anterior, transcrita da Gramática da língua portuguesa (12. ed.), de Celso Cunha.

a) Se há discos voadores, por que não pousam na Praça Sete?

b) Embora sempre usasse preservativo, contraiu AIDS.

c) Haverá uma segunda chamada, talvez. d) Muito me admira que você tenha tido coragem

de me fazer essa proposta. e) Encontrarei uma saída, vocês verão.

9) Para todas as alternativas, é possível, recorrendo às regras da norma culta escrita, a construção de um único período envolvendo as duas orações através do uso do pronome cujo (e variações), referente ao item grifado, EXCETO:

a) O professor foi demitido. Não aprecio as aulas dele.

b) A ponte era muito alta. Nosso barco passou por baixo de seus arcos.

c) Os familiares das vítimas nunca foram contactados. Deles ninguém teve mais notícia.

d) O livro infelizmente está esgotado. Sua leitura foi indicada por nosso professor de Português.

e) Meu escritor favorito é Machado. Minha mãe pertencia à família dele.

Nas questões 10, 11 e 12, assinale a alternativa em que a sentença em destaque (formulada segundo regras do português oral) tenha sido reestruturada de acordo com a norma escrita culta.

10) Se eu ver ele, dou o recado pra ele.

a) Vendo­o, darei­lhe o recado. b) Na hipótese de o vir, eu lhe darei o recado. c) Se eu o ver, lhe darei o recado. d) Se o vir, darei o recado a ele. e) Quando vê­lo, dar­lhe­ei o recado.

11) Quando a gente queixa muito, a gente esquece de agir.

a) Quando nós queixamos muito, esquecemos de agir.

b) Quando você queixa muito, você esquece de agir.

c) Quando a gente se queixa muito, a gente se esquece de agir.

d) Quando se queixa muito, esquece­se de agir. e) Quando queixamo­nos muito, a gente se

esquece de agir.

12) Pra falar a verdade, falta muitas qualidade na mulher que eu casei com ela.

a) Na verdade, faltam muitas qualidades na mulher com quem me casei.

b) Para falar a verdade, falta muitas qualidades na mulher que eu me casei.

c) Na verdade, falta muita qualidade na mulher que eu casei.

d) Para falar a verdade, falta muitas qualidades na mulher com a qual eu casei.

e) Pra falar a verdade, faltam muitas qualidade com cuja mulher eu me casei.

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54 Língua Portuguesa ­ M2

13) Leia com atenção o trecho a seguir, transcrito do Dicionário prático de regência verbal (1987), de Celso Pedro Luft, bem como as sentenças que o seguem: “ATENDER” 1. TI: atender a... ou TD: atendê­lo. INT: atender. Dar ou prestar atenção: Atender (a) uma explicação, (a) um conselho. Atenda, ouça o que vou dizer. // Responder: Seu telefone não atende às (ou as) chamadas; não atende. // Ser atencioso com; cuidar, servir (atentamente) (OBS.1): “Atendo aos meus doentes. Atendo os meus doentes. “Atendo­os” (Jucá). “Atenda o freguês!” (Melhoramentos). – OBS.1 “Se o complemento for um pronome pessoal referente a PESSOA, só se empregam as formas objetivas diretas.”

I. O paciente ficou muito nervoso depois que o médico disse que não poderia atender­lhe naquela manhã.

II. Atenda o telefone rapidamente. III. Luís saiu da sala antes que o diretor o

atendesse. IV. Não poderemosatender a suas reivindicações.

Só estão de acordo com a descrição do dicionarista as sentenças:

a) I, II e III. b) I, II e IV. c) II, III e IV. d) apenas I e III. e) apenas III e IV.

14) Examine os dois verbetes abaixo, transcritos do Dicionário de sinônimos e antônimos da l íngua portuguesa (1989), de Francisco Fernandes. Em seguida, assinale a alternativa que

NÃO possibilita o uso alternado das duas formas – esperto e experto.

“ESPERTO Sin. Acordado, desperto. Inteligente, fino, agudo, ativo, enérgico; experimentado, versado, entendido, sabido, atilado. Vivo, estimulado, espevitado: Lume esperto (Séguier). Velhaco, manhoso, astuto, finório, espertalhão. Ant.­ Indolente, simplório.”

“EXPERTO Sin. Sabedor, perito, experimentado, versado, entendido.”

a) Ele é experto quando se trata de matemática. b) Ele é um rapaz inteligente e esperto. c) Nada lhe passa despercebido, pois é um bebê

muito esperto. d) Os detetives só foram enganados porque não

eram expertos. e) Cada vez mais, o mercado de trabalho é dos

espertos.

15) Em todas as alternativas, o problema de ambigüidade que a 1ª sentença apresentava foi satisfatoriamente eliminado, quando de sua reestruturação, EXCETO:

a) A repórter deixou a cidade alarmada. A repórter saiu da cidade alarmada.

b) O balconista atendeu o cliente nervoso. O cliente nervoso foi atendido pelo balconista.

c) Vi o rapaz com o binóculo. Através do binóculo, vi o rapaz.

d) Encontrei um velho conhecido. Encontrei um antigo conhecido.

e) Homens e mulheres jovens eram vistos da janela. Mulheres jovens e homens eram vistos da janela.

O VERBO

I ­ Os Modos e Tempos Verbais

Questões de Fixação 1) e 2) a 3) a 4) c 5) b

Questões de Aprofundamento 1) c 2) d

Prática Textual 1) b 2) c 3) a 4) d 5) a

II ­ Vozes Verbais Questões de Fixação

1) 1. O desfecho daquele caso era esperado ansiosamente por todos.

2. A assinatura do diretor foi falsificada por pessoas mal intencionadas. 3. Milhões de pessoas são transportadas todos os dias por carros e ônibus.

2) 1. Os bandeirantes percorreram grande extensão de terra. 2. O governo federal concederia os recursos necessários à finalização da obra. 3. O governo brasileiro fecha o Congresso Nacional em 1968.

3) 1. Alugaram­se dois apartamentos neste prédio. 2. Abriu­se um novo concurso para o Banco do Brasil. 3. Fabricam­se robôs de alta tecnologia no Japão.

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55 Língua Portuguesa ­ M2

4) 1. Ainda não se descobriram os verdadeiros responsáveis pelo golpe. 2. Demoliram­se os prédios mais antigos da cidade sem nenhuma consulta ao Patrimônio Histórico. 3. Duvida­se dessas novas decisões da diretoria. 4. Precisa­se de professores com título de mestrado. 5. Mantiveram­se as decisões dos representantes de turma sem questionamentos. 6. Hoje em dia, fala­se dos temas sexuais com muito mais naturalidade. 7. Não se fazem mais homens como antigamente.

5) a 6) e 7) b

Questões de Aprofundamento 1) e 2) b 3) b

III ­ Os Verbos Impessoais

Questões de Fixação

6. O presidente assistiu, como convidado, à estréia da peça em Brasília.

7. 8. Não posso acreditar que esqueci o dia do seu

pagamento. ou

Não posso acreditar que me esqueci do dia do seu pagamento.

9. 10. As informações que tínhamos eram de que

morava, nos últimos tempos, na rua Pernambuco nº 1300.

2) 1. (...) o seu programa era assistir a um bom filme. 2. O aluno aspirava (...) à aprovação no vestibu­

lar. 3. Custou­nos conseguir aquele dinheiro. 4. Lembrou­se do dia da sua formatura. 5. Jamais esqueceria o trágico acidente. 6. O juiz informou à acusada as penalidades a

que estaria sujeita. ou O juiz informou a acusada das penalidades a que estaria sujeita.

7. O Papa chegou ao aeroporto pontualmente às 9 horas.

3) b 4) b 5) e 6) b

Questões de Fixação

1) 1. aos 2. –– 3. a 4. ao 5. –– 6. ao 7. aos 8. aos 9. ao 10. o

2) 1. Simpatizava com a idéia exposta na reunião. 2. Os mais acomodados obedeciam às leis

injustas. 3. O governo visa a construir uma ponte aqui. 4. Desobedecer à lei é ato passível de punição. 5. As mudanças efetuadas no aparelho visam a

trazer maior segurança. 6. Prefiro paz a dinheiro. 7. Ela preferia o sossego do campo à agitação

da cidade. 8. Ele não pagou ao funcionário. 9. Perdoou ao companheiro, mas nunca mais quis

vê­lo. 10. A vítima perdoaria ao bandido.

3) 1. (...) obedecia ao regulamento interno. 2. ––––– 3. Prefiro estudar a trabalhar. 4. Queria muito aos colegas do cursinho. Jamais

os esqueceria. 4) Custa­me crer que se aproveitou do amigo para

conseguir o cargo a que aspirava, por isso não sou capaz de perdoar­lhe.

5) c 6) a

1) a) pode haver / houver

b) haja c) devia haver d) pode haver e) vai fazer

f) deviam existir g) existissem / haveria h) havia i) faz j) haviam

2) b 3) d

Questões de Aprofundamento 1) b 2) e 3) e 4) a 5) b

PREDICAÇÃO VERBAL

Classificação dos Verbos quanto à Predicação

Questões de Fixação 1) e 2) e

REGÊNCIA

I ­ Introdução

II ­ Regência Verbal

Questões de Fixação

1) 1. Os alunos chegaram cedo ao colégio. 2. Todos os colegas da empresa foram ao

casamento. 3. Custou­me entender a matéria de ontem. 4. Custou­nos acreditar na história que ele contou. 5. As medidas recessivas adotadas implicaram

demissão de funcionários.

Page 56: Modulo 02

Tecnologia ITAPECURSOS

56 Língua Portuguesa ­ M2

Questões de Aprofundamento

1) a 2) a 3) e 4) e 5) c 6) e 7) d 8) d 9) e 10) a 11) d 12) d 13) b 14) d 15) d 16) e 17) b 18) e 19) d 20) a 21) d

Prática Textual

1) a 2) e 3) c 4) b 5) d

III ­ Regência Nominal

Questões de Fixação 1) b 2) e 3) a

Questões de Aprofundamento

1) c 2) a

CONCORDÂNCIA VERBAL

I ­ Introdução

II ­ Casos Especiais de Concordância Verbal ­ 1ª parte

Questões de Fixação

1) 1. votou ou votaram 2. gritava ou gritavam 3. pousou 4. seria revista ou seriam revistos 5.compareceu ou compareceram 6. apoiava 7. acabaram 8. esteve 9. conseguiram 10. resistiu ou resistiram 11. votou ou votaram 12. brigou ou brigaram 13. passou ou passaram 14. revelou 15. possui 16. exportam 17. conseguirão ou conseguiremos 18. fomos ou foram 19. terá 20. ousou 21. tem

22. apoiou 23. fiz 24. conseguimos 25. convencemos ou convenceu 2) c 3) c 4) b 5) e 6) a 7) b

III ­ Casos Especiais de Concordância Verbal ­ 2ª parte

Questões de Fixação

1) 1. chegarão 2. falou ou falaram 3. despertaria ou despertariam 4. levou 5. fazia 6. faz ou fazem 7. receberão 8. sediará 9. despertava ou despertavam 10. deverá 11. concluiu ou concluíram 12. acabou ou acabaram 13. viajaram

2) d 3) e 4) c 5) e

Questões de Aprofundamento

1) b 2) d 3) e 4) d 5) e 6) a 7) a 8) c 9) e 10) b 11) e 12) a 13) b 14) e 15) a 16) e 17) a

Prática Textual

1) d 2) d 3) c 4) b 5) c

Provas

UFMG

1) d 2) b 3) d 4) c 5) d 6) d 7) c 8) a

PUC­MG

1) d 2) e 3) a 4) e 5) b 6) b 7) b 8) e 9) c 10) d 11) d 12) a 13) c 14) a 15) a