Upload
nguyendan
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
MÓDULO 5MÓDULO 5
DISTRIBUIÇÃO DE WEIBULLDISTRIBUIÇÃO DE WEIBULL
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
O físico Ernest Hjalmar Wallodi Weibull nasceu no dia 18 de junho de 1887
na Suécia. Ele publicou vários trabalhos na área de engenharia dos materiais,
inclusive estudos sobre resistência de materiais, fadiga e ruptura em sólidos,
e propriedades de esferas e de rolos.
A distribuição de probabilidade que leva seu nome foi estudada a partir de
seu artigo A Statistical Distribution Function of Wide Applicability, publicada
no Journal of Applied Mechanics, em 1951, baseando-se nos estudos sobre a
resistência de aços.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
Aplica-se na Análise da Confiabilidade pois permite:
� Representar falhas típicas de partida (mortalidade infantil);
� Falhas aleatórias;
� Falhas devido ao desgaste;
� Obter parâmetros significativos da configuração das falhas;
� Representação gráfica simples.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
A probabilidade de falhar um componente é dada por:
Considerando que t ≥ t0 e β > 0.
β
η)( 0
1)(
tt
etF
−−
−=
A confiabilidade de um componente é dada por:
β
η)( 0
)(
tt
etR
−−
=
A taxa de falhas instantânea é expressa por:
10 )()( −−= β
ηηβ
λtt
t
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
Significado dos parâmetros t0, β e η da Distribuição de Weibull.
t0 - Vida Mínima ou Confiabilidade Intrínseca (tempo de operação o qual o
equipamento passa a apresentar falhas, ou seja, intervalo de tempo
que o equipamento não apresenta falhas).
Em muitos casos típicos de desgaste, transcorre um intervalo de tempo
(t0) significativo até que ocorram as primeiras falhas. A taxa de falhas
λ(t) só é diferente de zero e crescente após o tempo t0, de modo que o
fator tempo nas expressões de Weibull aparece sempre sob a forma t -
t0.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
η - Vida Característica ou Parâmetro de Escala
Intervalo de tempo entre t0 e t no qual ocorrem 63,2% das falhas,
restando portanto, 36,8% de itens sem falhar.
Quando t - t0 = η, R(t) = e-1 = 0,368 = 36,8%.
β - Fator de Forma (indica a forma da curva e a característica das falhas).
Quando β < 1 - mortalidade infantil.
Quando β = 1 - falhas aleatórias (função exponencial
negativa).
Quando β > 1 - falhas por desgaste.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
Outras verificações para β:
β > 1 - Pode ocorrer situações as quais as falhas por desgaste ocorram
depois de um tempo finito livre de falhas, e um valor de “ b = 1 " é obtido.
Isto pode ocorrer quando uma amostragem contém uma proporção de
itens imperfeitos, acarretando falhas antes de um tempo finito livre de
falhas. Os parâmetros da Distribuição de Weibull dos modos de falhas
por desgaste podem ser deduzidos se forem eliminados os itens
imperfeitos e analisados os seus dados separadamente.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
β = 1 - Pode ser uma indicação que os modos de falhas múltiplos estão
presentes ou que os dados coletados dos tempos para falhar são
suspeitos. Este é freqüentemente o caso dos sistemas os quais
diferentes componentes têm diferentes idades, e o tempo individual de
operação dos componentes não estão disponíveis. Uma taxa de falhas
constante pode também indicar que as falhas são provocadas por
agentes externos, tais como: uso inadequado do equipamento ou
técnicas inadequadas de manutenção.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
Análise de Weibull pelo Microsoft Excel
1 – Coletar os dados de TPF (Tempo Para Falhar) do componente.
2 – Calcular a amplitude do ROL:
R = Maior Valor Observado – Menor Valor Observado
3 – Calcular a quantidade de classes (Regra de Sturges):
K = 1 + 3,3 log N,
sendo N a quantidade de observações da amostra.
4 – Calcular a amplitude do intervalo da classe: h = R / K
5 – Colocar o número de ordem, seqüencial, de cada classe, ou seja, de 1
até K, na primeira coluna de uma tabela.
6 – Colocar em duas colunas da planilha os limites inferior e superior de
cada intervalo da classe.
7 – Colocar em uma terceira coluna o valor médio de cada intervalo.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
8 – Determinar e colocar em uma quarta coluna a freqüência das classes
(Fi). Fi é a quantidade de dados que estão contidos na classe.
9 – Calcular e colocar em uma quinta coluna a freqüência acumulada (Fa).
Fa é a soma de todas as observações inferiores ao limite superior de um
dado intervalo de classe.
10 – Calcular e colocar em uma sexta coluna a freqüência relativa simples
observada (Frso). Frso é a relação entre freqüência da classe e a
quantidade total de observações: Frso (%) = Fi / N.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
11 - Calcular e colocar em uma sétima coluna a freqüência relativa
acumulada observada (Frao). Frao é a relação entre a freqüência
absoluta e a quantidade total de observações: Frao (%) = Fa / N. Neste
caso, Frao será denominado F(t).
Obs.: Caso algum F(t) seja igual a 1, deve-se fazer Y = 0, senão acarretará
em erro de cálculo de Y = Ln { - Ln [1 – F(t)]}
12 – Na oitava coluna calcular os valores de Y baseando-se em Ln { - Ln [1
– F(t)]}.
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
13 – Nas próximas colunas, devem-se calcular tantos valores de X quantos
forem os valores estipulados de t0. Os valores de X são calculados por
Ln (t - t0). Para cada variável independente X, com a variável
dependente Y, deve-se efetuar a regressão linear para determinar os
coeficientes de Weibull conforme o que segue:
( )
β
η
−−
−=0
1
tt
etF
( )[ ]{ } ( ) ( )ηββ t tF-1 LnLnLnLn ⋅−⋅=−
bXaY +⋅=
βηb
e
−
=
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
Observações
� Os coeficientes da reta de regressão (angular e linear) são:
� O maior valor de t0 deve ser menor que o menor TPF, pois Ln (t - t0)
retornaria erro caso t = t0.
� Para cada t0, e conseqüentemente, para cada X, devem-se calcular os
Coeficientes de Correlação de Pearson (r) de cada regressão. O maior r
será aquele que fornecerá os parâmetros β e η da distribuição de Weibull.
a = ΣΣΣΣXY - nXY
(Σ(Σ(Σ(ΣX ) 2 - nX 2b = Y - aX
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
� O Coeficiente de Correlação de Pearson (r) varia de -1 a
1 e é calculado por:
nΣΣΣΣXY - ΣΣΣΣX ΣΣΣΣY
[nΣΣΣΣX 2 -(ΣΣΣΣX) 2][nΣΣΣΣY 2 - (ΣΣΣΣY) 2]r =
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
Exemplo – Baseando-se na tabela a seguir que apresenta os resultados de
medidas de tempos para falhar (TPF) de um truque, em dias, calcule os
parâmetros da distribuição de Weibull.
6323829374576317734
18522534184315294048
4921622116450172431
3829477721060508037
639232392939308648
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
12h considerado
7K considerado
12,11Amplit.do Interv.da Classe (h)
6,61Quant.de Classes (K)
50Quant. de Observações
80Amplitude do ROL (R)
6Menor Valor
86Maior Valor
≥
10,045028490787
0,960,064837278666
0,90,044526066545
0,860,184394854424
0,680,2634133642303
0,420,2421122430182
0,180,18991218<61
F(t) = FraoFrsoFaFiValor
Médio (t)ClassesOrdem
Até o item 11
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
5t0(6)
4t0(5)
3t0(4)
2t0(3)
1t0(2)
0t0(1)
24,66724,95225,21725,46425,69825,9200,585
4,3694,3824,3944,4074,4194,4310,000
4,2054,2204,2344,2484,2634,2771,169
4,0074,0254,0434,0604,0784,0940,834
3,7613,7843,8073,8293,8503,8710,676
3,4343,4663,4973,5263,5553,5840,131
2,9442,9963,0453,0913,1353,178-0,607
1,9462,0792,1972,3032,3982,485-1,617
Ln (t-t06)Ln (t-t05)Ln (t-t04)Ln (t-t03)Ln (t-t02)Ln (t-t01)
Valores de XY
Até parte do item 13
ΣΣΣΣ
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
Até parte do item 13
ΣΣΣΣ
6,3136,1185,9495,8005,6685,55091,22592,84094,39895,90697,36898,7885,521
0,0000,0000,0000,0000,0000,00019,09219,20219,31119,41919,52619,6320,000
4,9154,9334,9504,9674,9835,00017,67917,80417,92818,05018,17018,2901,367
3,3423,3573,3723,3873,4013,41516,05916,20316,34616,48716,62616,7640,696
2,5432,5582,5742,5882,6032,61714,14714,32014,49114,65814,82414,9860,457
0,4480,4520,4560,4600,4640,46811,79212,01112,22612,43512,64012,8420,017
-1,789-1,820-1,849-1,878-1,905-1,9318,6708,9749,2699,5559,83110,1000,369
-3,147-3,363-3,553-3,724-3,878-4,0193,7874,3244,8285,3025,7506,1752,615
X6YX5YX4YX3YX2YX1YX62X5
2X42X3
2X22X1
2Y2
Dados para o Cálculo da Regressão
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
0,87631,165-3,3990,988X6
0,87332,584-3,6051,034X5
0,87033,952-3,8051,079X4
0,86835,278-3,9971,122X3
0,86536,572-4,1861,163X2
0,86237,837-4,3691,203X1
rηb
(coef.linear)β
(a - coef. angular)
Resultados das Regressões
Curso de Especialização em Transporte Ferroviário de Carga
Branco Filho, Gil. Confiabilidade Aplicada a Manutenção, Comprove
Engenharia, Minas Gerais, 1995.
Bergamo Filho, Valentino. Confiabilidade Básica e Prática, 108 pgs, EditoraEdgard Blücher, São Paulo, 1997.
Scapin, Carlos Alberto. Análise Sistêmica de Falhas. 131 pgs, Editora de
Desenvolvimento Gerencial, ISBN 85-86948-18-7, Belo Horizonte, 1999.
Seixas, Eduardo, Confiabilidade e Manutenibilidade, Qualytek, Rio de Janeiro, 2001.
Lafraia, João Ricardo Barusso. Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e Disponibilidade. 374 pgs, Editora Qualitymark, ISBN 85-7303-294-4, Rio de
Janeiro, 2001.