13

Click here to load reader

MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 2: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I1-DIABETES : O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por

hiperglicemia e

associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos,

especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode

resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos

patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas

(produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da

insulina, entre outros.

• CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES

Há duas formas atuais para classificar o diabetes, a classificação em tipos de

diabetes (etiológica), definidos de acordo com defeitos ou processos específicos,

e a classificação em estágios de desenvolvimento, incluindo estágios pré-clínicos

e clínicos, este último incluindo estágios avançados em que a insulina é

necessária para controle ou sobrevivência.

Tipos de diabetes (classificação etiológica)

Os tipos de diabetes mais freqüentes são o diabetes tipo 1, anteriormente

conhecido como diabetes juvenil, que compreende cerca de 10% do total de

casos, e o diabetes tipo 2, anteriormente conhecido como diabetes do adulto, que

compreende cerca de 90% do total de casos.

• Diabetes tipo 1

O termo tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao

estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é

necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte..

• Diabetes tipo 2

O termo tipo 2 é usado para designar uma deficiência relativa de insulina. A

administração de insulina nesses casos, quando efetuada, não visa evitar

cetoacidose, mas alcançar controle

do quadro hiperglicêmico. A cetoacidose é rara e, quando presente, é

acompanhada de infecção ou estresse muito grave.

A maioria dos casos apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura.

• Diabetes gestacional

É a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidade variada, geralmente

se resolvendo no período pós-parto, mas retornando anos depois em grande

parte dos casos. Seu diagnóstico é controverso. A OMS recomenda detectá-lo

com os mesmos procedimentos diagnósticos empregados fora da gravidez,

considerando como diabetes gestacional valores referidos fora da gravidez como

indicativos de diabetes ou de tolerância à glicose diminuída.

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 3: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA IPrincipais sintomas de diabetes

• Os sintomas clássicos de diabetes são:

• poliúria,• polidipsia,• polifagia e• perda involuntária de peso (os “4 Ps”).• Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são:

fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de

repetição.

Algumas vezes o diagnóstico é feito a partir de complicações crônicas como

neuropatia, retinopatia ou doença cardiovascular aterosclerótica.

• Exames laboratoriais para o diagnóstico de diabetes e de regulação

glicêmica alterada

Resumidamente, os testes laboratoriais mais comumente utilizados para suspeita

de diabetes ou regulação glicêmica alterada são:

• Glicemia de jejum: nível de glicose sangüínea após um jejum de 8 a 12 horas;

• Teste este oral de tolerância à glicose (TTG-75g): O paciente recebe uma

carga de 75 g de glicose, em

jejum, e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a ingestão;

• • Glicemia casual: tomada sem padronização do tempo desde a última

refeição. Pessoas cuja glicemia de jejum situa-se entre 110 e 125 mg/dL

(glicemia de jejum alterada), por apresentarem alta probabilidade de ter

diabetes, podem requerer avaliação por TTG-75g em 2h. Mesmo quando a

glicemia de jejum for normal (< 110 mg/dL),

• Pacientes com alto risco para diabetes ou doença cardiovascular podem

merecer avaliação por TTG.

• PARÂMETROS DO DIABETES:

GLICEMIA em jejum maior que 200.

• Cuidados gerais no manuseio da insulina

O envolvimento da pessoa é determinante no sucesso da terapia. A sua aceitação

da insulina e o aprendizado das técnicas de 3automonitoração têm melhorado, em

muito, o controle da doença.

• manipular o frasco de insulina delicadamente, sem agitá-lo, pois isso pode

provocar alteração na ação do medicamento;

• manter a insulina sob refrigeração não muito intensa – entre 2º e 8ºC.

Merecem destaque quatro orientações :

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 4: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I• observar os locais apropriados para a aplicação;

• fazer o rodízio das áreas de aplicação, evitando o uso do mesmo local,

antes de duas semanas, mantendo um espaço mínimo de três centímetros

entre eles;

• inserir a agulha de insulina na posição de um ângulo de 90º, após a

realização de um leve pinçamento da pele, garantindo que a insulina seja

injetada no tecido subcutâneo;

• evitar o massageamento do local da aplicação.

O objetivo do rodízio das áreas de aplicação é evitar uma complicação chamada de

lipodistrofia, que é uma alteração da gordura subcutânea, causando depressão ou

o aparecimento de massas no local afetado.

• Cliente hospitalizado

A hospitalização é uma condição bastante freqüente na vida dos diabéticos

descontrolados, seja em decorrência das complicações agudas, como a

cetoacidose diabética ou o coma hipoglicêmico, ou em função das complicações

crônicas, como as insuficiências renais, as doenças cardiovasculares e as

infecções.

O diabético não deve ser excluído das decisões de seu tratamento. O enfermeiro

responsável, certamente, deverá fazer um planejamento que contemple suas

opiniões. Uma boa comunicação entre as diversas pessoas envolvidas

(familiares, equipe de enfermagem e nutricionista) pode facilitar o seu ajuste ao

tratamento, encontrando uma alternativa que lhe seja mais favorável, enquanto

estiver hospitalizado. O portador de diabetes, que está habituado a fazer o seu

próprio controle, demonstra insegurança em transferir essa responsabilidade

para outras pessoas. A verificação da glicemia e a administração da insulina

poderão continuar sob sua responsabilidade, desde que o mesmo se encontre em

condições para tal e que estas ações sejam acompanhadas pela equipe de

enfermagem e sob a supervisão do enfermeiro.

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 5: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I

2-HIPERTENSÃO ARTERIAL:

• Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um problema grave de saúde

pública no Brasil e no mundo. Com o critério atual de diagnóstico de

hipertensão arterial (PA 140/90 mmHg), A principal relevância da identificação e

controle da HAS reside na redução das suas complicações, tais como:

• Doença cérebro-vascular

• Doença arterial coronariana

• Insuficiência cardíaca

• Doença renal crônica

• Doença arterial periférica

Os profissionais de saúde da rede básica têm importância primordial nas

estratégias de controle da

hipertensão arterial, quer na definição do diagnóstico clínico e da conduta

terapêutica, quer nos esforços requeridos para informar e educar o paciente

hipertenso como de fazê-lo seguir o tratamento.

• Procedimento para a medida da pressão arterial

1. Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale e descanse por

5-10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover

relaxamento, para atenuar o efeito do avental branco (elevação da pressão

arterial pela tensão provocada pela simples presença do profissional de saúde,

particularmente do médico).

2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou

exercícios físicos há 60- 90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café,

alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas.

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 6: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3

cm acima da fossa

ante cubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura

da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o

seu comprimento, envolver pelo menos 80%.

4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma

da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido.

5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do

manômetro aneróide.

6. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a

estimativa do nível a pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardas um

minuto antes de inflar novamente.

7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial,

na fossa ante cubital,

evitando compressão excessiva.

8. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o

nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade

constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo.

Após identificação do som que determinou a pressão sistólica, aumentar a

velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o

paciente.

9. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som

(fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o

aumento da velocidade de deflação.

Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de

Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para

confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa.

Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão

diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff).

10. Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica, complementando

com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a

medida. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados

em zero ou cinco.

11. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.

12. O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e

a possível necessidade de acompanhamento.

A importância do tamanho do manguito para a medida adequada da pressão

arterial Um dos aspectos mais importantes para garantir a acurácia das medidas

de pressão arterial é a utilização de manguitos de dimensões recomendadas para

o uso nas diversas faixas etárias e locais de medida da PA. A utilização de

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 7: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA Iaparelhos de pressão com manguitos de dimensões fora das recomendadas

acarretará imprecisão dos resultados obtidos.

• Situações especiais para a medida da pressão arterial:

Em crianças:

A determinação da pressão arterial em crianças é recomendada como parte

integrante de sua avaliação clínica. Critérios a serem observados:

• A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da

circunferência do braço;

• O comprimento da bolsa de borracha do manguito deve envolver 80% a 100%

da circunferência do braço;

• A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff.

Em Idosos:

No idoso, há dois aspectos importantes:

• Maior freqüência de hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos

sons na ausculta

durante a deflação do manguito, geralmente entre o final da fase I e o início da

fase II dos sons de Korotkoff. Tal achado pode subestimar a verdadeira pressão

sistólica ou superestimar a pressão diastólica;

• Pseudo-hipertensão, caracterizada por nível de pressão arterial falsamente

elevado em decorrência do enrijecimento da parede da artéria. Pode ser

detectada por meio da manobra de Osler, que consiste na inflação do manguito

no braço até o desaparecimento do pulso radial. Se a artéria for palpável após

esse procedimento, sugerindo enrijecimento, o paciente é considerado Osler-

positivo.

• Em gestantes:

Recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na

posição sentada. A determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase

V de Korotkoff.

• TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO:

Controle de peso

O excesso de peso é um fator predisponente para a hipertensão. Estima-se que

20% a 30% da prevalência da hipertensão pode ser explicada pela presença do

excesso de peso. Todos os hipertensos com excesso de peso devem ser

incluídos em programas de redução de peso. A meta é alcançar um índice de

massa corporal (IMC) inferior a 25 kg/m2 e circunferência da cintura inferior a

102 cm para homens e 88 cm para mulheres, embora a diminuição de 5% a 10%

do peso corporal inicial já seja capaz de produzir redução da pressão arterial.

Adoção de hábitos alimentares saudáveis

A dieta desempenha um papel importante no controle da hipertensão arterial.

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 8: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA IUma dieta com conteúdo reduzido de teores de sódio (<2,4 g/dia, equivalente a 6

gramas de cloreto de sódio), baseada em frutas, verduras e legumes, cereais

integrais, leguminosas, leite e derivados desnatados, quantidade reduzida de

gorduras saturadas, trans e colesterol mostrou ser capaz de reduzir a pressão

arterial em indivíduos hipertensos. A relação entre o alto consumo de bebida

alcoólica e a elevação da pressão arterial tem sido relatada em estudos

observacionais e a redução da ingestão de álcool pode reduzir a pressão arterial

em homens normotensos e hipertensos que consomem grandes quantidades de

bebidas alcoólicas. Recomenda-se limitar a ingestão de bebida alcoólica a menos

de 30 ml/dia de etanol para homens e a metade dessa quantidade para mulheres,

preferencialmente com as refeições.

Abandono do tabagismo

O risco associado ao tabagismo é proporcional ao número de cigarros fumados e

à profundidade da inalação. Parece ser maior em mulheres do que em homens.

Em avaliação por MAPA, a PA sistólica de hipertensos fumantes foi

significativamente mais elevada do que em não-fumantes, revelando o

importante efeito hipertensivo transitório do fumo. Portanto, os hipertensos que

fumam devem ser repetidamente estimulados a abandonar esse hábito por meio

de aconselhamento e medidas terapêuticas de suporte específicas.

• TRATAMENTO:

Agentes anti-hipertensivos

Os agentes anti-hipertensivos exercem sua ação terapêutica através de distintos

mecanismos que interferem

na fisiopatologia da hipertensão arterial. Basicamente, podem ser catalogados

em cinco classes,

Classes de anti-hipertensivos

• Diuréticos.

• Inibidores adrenérgicos.

• Vasodilatadores diretos.

• Antagonistas do sistema renina-angiotensina.

• Bloqueadores dos canais de cálcio.

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 9: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I

3-CÂNCER OU NEOPLASIA

O câncer é a denominação genérica para as neoplasias malignas.

Apresenta algumas características que o diferenciam do tecido normal, tais como

distúrbio na maturação, imortalidade e perda de inibição por contato, que levam a

um crescimento desordenado e descontrolado. Isto compromete o equilíbrio

normal do organismo, com o aparecimento de sintomas e, muitas vezes, leva a

pessoa à morte. O câncer é, atualmente, a segunda causa de morte no mundo. As

causas do câncer ainda não estão claramente definidas, mas existem evidências

de que as influências de fatores ambientais sejam as principais. Acredita-se que

80 a 90% dos cânceres tenham alguma influência desses fatores, os quais

determinam, direta ou indiretamente, modificações no material genético das

células, que resultam no câncer. Além dos fatores ambientais, as alterações

genéticas podem ser herdadas e transmitidas de uma geração à outra,

aumentando muito as chances de câncer nos descendentes.

Dessa forma, pode-se dizer que todo câncer é originado por modificações nos

genes, as quais podem ser herdadas ou adquiridas ao longo da vida. Existem

inúmeros fatores ou agentes carcinogênicos, alguns claramente relacionados ao

desenvolvimento do câncer e outros com forte associação. Muitos dos agentes

têm comprovação in vitro (laboratório) e em animais.

Os agentes carcinogênicos podem ser divididos em: químicos, radiação, vírus e

outros. Entre os agentes químicos, temos os alquilantes, hidrocarbonetos

aromáticos policíclicos, aminas aromáticas, corantes azo, nitrosaminas, amidas,

afloxina, asbestos, etc. Nesta categoria, encontram-se o cigarro e outros

produtos do tabaco, relacionados com mais de 30% das mortes por câncer. O

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 10: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA Icigarro é responsável por cerca de 80% dos cânceres de pulmão e laringe, sendo

a maior causa de câncer de boca e esôfago e está envolvido no desenvolvimento

de câncer de bexiga, rim, pâncreas e colo de útero. A metástase é uma das

principais características do câncer. É a capacidade de o tumor emitir células na

circulação sangüínea e linfática e para superfícies cavitárias, determinando a

formação de um novo foco tumoral independente, à distância. É um indicativo de

doença avançada e marca inequivocamente uma neoplasia maligna, sendo uma

das principais causas de morte no paciente oncológico.

• Os sinais e sintomas indicadores de neoplasia geralmente são:

· manchas na pele e pintas escuras com crescimento anormal de pêlos,

· feridas superficiais de difícil cicatrização e manchas esbranquiçadas e

avermelhadas que podem indicar um câncer de pele ou de mucosas.

· Azia, dispepsia, queimação no estômago,

· Flatulência,constipação ou diarréia crônicas, dor abdominal, alteração no

formato das fezes · e perda de sangue, tudo isso pode ser sintomas de neoplasia

no sistema digestivo.

· Corrimento, sangramento e secreção no mamilo, alteração na cor da urina

podem ser indicativos de câncer geniturinário, bem como rouquidão e afonia

(vias aéreas), aumento do tamanho de gânglios (linfomas), anemia e astenia

(leucemia), entre outros.

· Para a maior parte das neoplasias, após o exame clínico, o principal fator de

diagnóstico é a biópsia, associada ao estudo anatomopatológico do material, que

pode ser obtido através de cirurgia, por punção com agulha, guiado ou não por

método de imagem (tomografia, ultra-sonografia, endoscopia, etc.).

4-Hipotireoidismo e Hipertireoidismo

A tireóide é uma glândula endócrina importantíssima para o funcionamento

harmônico do organismo. Os

hormônios liberados por ela, T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) estimulam o

metabolismo, isto é, o conjunto de reações necessárias para assegurar todos os

processos bioquímicos do organismo.

Os principais distúrbios da tireóide são o hipotireoidismo (baixa ou nenhuma

produção de hormônios) e o hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios),

doenças que incidem mais nas mulheres do que nos homens.

• Sintomas

a)Hipotireoidismo -diminuição dos hormônios tireoidianos

·Cansaço

·Depressão

·Adinamia (falta de iniciativa)

·Pele seca e fria

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 11: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I·Prisão de ventre

·Diminuição da freqüência cardíaca

·Decréscimo da atividade cerebral

·Voz mais grossa como a de um disco em baixa rotação

·Mixedema (inchaço duro)

·Diminuição do apetite

·Sonolência

·Reflexos mais vagarosos

·Intolerância ao frio

·Alterações menstruais e na potência e libido dos homens.

b) Hipertireoidismo – aumento dos hormônios tireoidianos

·Hiperativação do metabolismo

·Nervosismo e irritação

·Insônia

·Aumento da freqüência cardíaca

·Intolerância ao calor

·Sudorese abundante

·Taquicardia

·Perda de peso resultante da queima de músculos e proteínas

·Tremores

·Olhos saltados

·Bócio

·Comprometimento da capacidade de tomar decisões equilibradas

• Causas

a)Hipotireoidismo: Tireoidite de Hashimoto, uma doença auto-imune que

provoca a redução gradativa da glândula;

·Falta ou excesso de iodo na dieta.

b)Hipertireoidismo

·Doença de Graves, doença hereditária que se caracteriza pela presença de um

anticorpo no sangue que estimula a produção excessiva dos hormônios

tireoidianos;

·Bócio com nódulos que produzem hormônios tireoidianos sem a interferência do

TSH, hormônio produzido pela hipófise.

• Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito pela dosagem do hormônio TSH produzido pela

hipófise e dos hormônios T3 e T4 produzidos pela tireóide. Níveis elevados

deTSH e baixos dos hormônios da tireóide caracterizam o hipotireoidismo. TSH

baixo e alta dosagem de hormônios da tireóide caracterizam o hipertireoidismo.

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 12: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I

• Tratamento

Em ambos os casos o tratamento deve ser introduzido assim que o problema é

diagnosticado e depende da

avaliação das causas da doença em cada paciente.

• No hipotireoidismo, deve começar de preferência na fase subclínica com a

reposição do hormônio tireoxina

que a tireóide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele deve

ser tomado por toda a vida,

mas os resultados são muito bons.

No hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e

cirurgia e depende das

características e causas da doença. Deve começar logo e ser prescrito

principalmente na 3ª idade a fim de

evitar a ocorrência de arritmias cardíacas, hipertensão, fibrilação, infarto e

osteoporose.

• Recomendações ao paciente de ambas patologias

·A dosagem do TSH deve ser medida depois dos 40 anos com regularidade;

·Hormônios tireoidianos não devem ser tomados nos regimes para emagrecer

(produzem maior queima dos músculos do que de gordura);

·Procure adotar uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o

hipotireoidismo seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas

costumam ter menos fome quando estão com menor produção dos hormônios

tireoidianos;

·Atividade física regular é indicada nos casos de hipotireoidismo, mas contra-

indicada para pacientes com hipertireoidismo;

·Fumar é desaconselhável nos dois casos;

·Não minimize o mau funcionamento da tireóide. Discuta com o médico a melhor

forma de tratamento para seu caso e siga suas orientações.

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA

Page 13: MÓDULO CLÍNICA MÉDICA -PARTE II- D.C.DEGENERATIVAS

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA I

• ATIVIDADES DO MÓDULO I – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS

(1) O QUE É DIABETES?

(2) QUAIS AS CAUSAS DA DIABETES?

(3) COMO SE CLASSIFICA A DIABETES E CARACTERIZE OS TIPOS?

(4) QUAIS OS SINTOMAS CLÁSSICOS DAS DIABETES , QUANDO

FALAMOS DOS 4Ps?

(5) QUAIS OS 4 PONTOS QUE DEVEMOS FRISAR , QUANDO APLICAMOS

INSULINA?

(6) QUAIS AS CAUSAS DA DIABETES?

(7) FAÇA DEFINIÇÃO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL?

(8) QUAIS AS CAUSAS DA HIPERTENSÃO?

(9) CITE 03 ORIENTAÇÕES NA MEDIÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL?

(10) CITE 04 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS NEOPLASIAS?

(11) QUAIS OS PARAMETROS DAS DIABTES?

(12) QUAIS AS COMPLICAÇÕES DA HAS?

(13) O QUE É HIPO E HIPERTIREOIDISMO E CITE SA CAUSAS DE CADA

UMA DESTAS PATOLOGIAS?

PARTE II – DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS PROF.ª. IRIS CORRÊA