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Centro Sócio-Econômico
INPEAU - Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária
Módulo:
PRÁTICA E GESTÃO DE PESSOAS
Prof. Carla Cristina Dutra Búrigo
Objetivo:
Possibilitar aos alunos, a partir de um processo
metodológico de construção coletiva do
conhecimento, elementos teóricos e práticos
para descrever, interpretar, explicar e
compreender o processo histórico social de
desenvolvimento da Educação Superior no País,
tendo como objeto de análise a realidade
vivenciada como Gestores no Instituto Federal
Catarinense.
EMENTA:
Concepção de Instituição; Políticas Públicas
da Educação Superior no Brasil; Relações do
Instituto Federal Catarinense com a
Sociedade; Concepção de Espaço Público;
Desenvolvimento da Gestão de Pessoas no
Setor Público; Possibilidades e limites no
Cotidiano da Gestão de Pessoas.
LEITURAS RECOMENDADAS :
CHAUÍ, Marilena de Souza. A universidade pública sob
nova perspectiva. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n24/n24a02.pdf.>. Acesso
em: 14. fev. 2013.
FREIRE. Paulo. Compromisso do Profissional com a
Sociedade. In:__ Educação e mudança. São Paulo: Paz e
Terra, 2011, p. 17-32. Disponível em:
http://www.cbvweb.com.br/O%20Compromisso%20do%20
Profissional%20com%20a%20Sociedade.pdf. Acesso em:
28. fev.2013.
GESTÃO
GESTÃOHo POLÍTICAS PÚBLICAS
IFC
HOMEM E REALIDADE
U
PLANEJAMENTO INICIAL DO MÓDULOS:
05/3/13:
CONCEPÇÃO DE INSTITUIÇÃO;
POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL;
RELAÇÕES DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE COM A SOCIEDADE; e,
CONCEPÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO.
INSTITUTO FEDERAL
CATARINENSE
U
PLANEJAMENTO INICIAL DO MÓDULOS:
06/3/13:
DESENVOLVIMENTO DA GESTÃO DE PESSOAS NO SETOR PÚBLICO;
POSSIBILIDADES E LIMITES NO COTIDIANO DA GESTÃO DE PESSOAS;
O GESTOR NO IFC.
INSTITUTO FEDERAL
CATARINENSE
QUE INSTITUTO ESTAMOS
CONSTRUINDO?
Algumas Reflexões:
Quais as finalidades do meu trabalho no IFC?
De que forma as finalidades do meu trabalho contribuem para o alcance da Missão do IFC?
Percebem a importância do seu trabalho para o alcance da Missão do IFC?
U
Lei n. 11.892/2008, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências.
Art. 2o Os Institutos Federais são instituições de educação superior, básica
e profissional, pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de
educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino,
com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as
suas práticas pedagógicas, nos termos desta Lei.
§ 1o Para efeito da incidência das disposições que regem a regulação,
avaliação e supervisão das instituições e dos cursos de educação superior,
os Institutos Federais são equiparados às universidades federais.
INSTITUTO FEDERAL
CATARINENSE
U
Possui atualmente seis Campi distribuídos pelo Estado (Araquari, Camboriú, Concórdia, Rio do Sul, Sombrio e Videira), além da Reitoria que está instalada na cidade de Blumenau.
Teve origem na integração das Escolas Agrotécnicas de Concórdia, Rio do Sul e Sombrio, mais os Colégios Agrícolas de Araquari e Camboriú, que eram vinculados à Universidade Federal de Santa Catarina.
Diferentemente do modelo de universidade clássica, o IFC é uma Instituição que articula a educação superior com a básica e profissional.
Oferece educação em todos os níveis, desde a formação inicial e continuada até a pós-graduação.
INSTITUTO FEDERAL
CATARINENSE
U
PRINCÍPIOS NORTEADORES:
I. compromisso com a justiça social, equidade, cidadania, ética, meio ambiente,
transparência e gestão democrática;
II. natureza pública e gratuita do ensino, sob a responsabilidade da União;
III. compromisso com uma administração sistêmica e descentralizada em suas
ações, preservando e respeitando a singularidade de cada campus;
IV. verticalização do ensino e sua integração com a pesquisa e a extensão, em
consonância com a comunidade e as políticas públicas;
V. eficácia nas respostas de formação profissional, difusão do conhecimento
científico e tecnológico e suporte aos arranjos produtivos locais, sociais e
culturais;
VI. garantia ao acesso e à permanência de pessoas com necessidades
educacionais especiais.
(ESTATUTO/IFC)
INSTITUTO FEDERAL
CATARINENSE
A UNIVERSIDADE PÚBLICA SOB NOVA
PERSPECTIVA.
(CHAUÍ, 2003)
O Instituto Federal:
Como Instituição Social;
Como Organização.
Sociedade do Conhecimento e a
Educação Permanente e Continuada.
Concepção de Formação.
INSTITUIÇÃO SOCIAL ≠ ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Instituição Social
inserida na divisão social e política da sociedade.
reflete a estrutura e funcionamento da
sociedade.
presença de opiniões, atitudes e projetos
conflitantes que exprimem divisões e
contradições da sociedade – pluralidade.
busca definir os principios universais que lhe
permite analisar as contradições, impostas pela
divisão social.
INSTITUIÇÃO SOCIAL ≠ ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Organização Social
gera seu espaço e tempo particulares aceitando sua
inserção num dos pólos da divisão social.
seu alvo não é responder às contradições e sim
vencer a competição com seus supostos iguais.
Instituto Federal Prática Educativa e
Social
A prática social é mediada por relações sociais
e não pode estar efetivamente dissociada de uma
realidade social concreta, que lhe possibilite
condições de realizá-la.
Uma das ações que materializa o Instituto
como uma prática educativa e social, é o próprio
processo da Formação, ou seja, a sua essência.
Instituição Social
Legitimadora da
Sociedade
Opositora da
Sociedade
Organização Social
Prática Educativa e
Social
IFC
Um espaço onde diferentes percepções se entrelaçam, no objetivo ao atendimento de uma meta comum, do bem público.
Um espaço em movimento, que organiza-se e desorganiza-se, mediante a sua relação com a realidade instituída.
ESPAÇO PÚBLICO
A relação do público e do privado manifesta-se num
contínuo e inacabado movimento.
Podemos entender o público pela negação do privado.
Não se pode entender o público pela ampliação dos
espaços privados.
O público é um objeto, um mundo comum, visto de vários
prismas.
ESPAÇO PÚBLICO
Não pode funcionar suspensa no ar.
Visão Crítica e Social, que se empenhe em explicar e compreender a relação entre a educação e seus condicionantes sociais.
EDUCAÇÃO
Não pode ser situada como única solução das mazelas sociais.
A CONSTITUIÇÃO DO
ESPAÇO PÚBLICO SE
ESTABELECE A PARTIR DAS
RELAÇÕES DE MEDIAÇÃO.
POLÍTICAS PÚBLICAS
EDUCACIONAIS
SOCIEDADE
PAPEL DE IDENTIDADE COMO
INSTITUIÇÃO SOCIAL
IFC
PRÁTICA
EDUCATIVA E
SOCIAL
Sujeitos atuantes que
pensam, vivam e reflitam o
Instituto.
Educação inseparável do
Processo de Formação como o
resultado do pensar sobre a
realidade.
IFC
PRÁTICA
EDUCATIVA E
SOCIAL
A Teoria entra em um vazio
social, caso não seja sustentado
na Prática e vice-versa.
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
UNIVERSIDADE:
Confraria.
Associação de Defesa dos Interesses Comuns.
Communio.
Consortium.
Studiun generale.
Universitas.
FRANCÊS
INGLÊS
NORTE
AMERICANO
ALEMÃO
MODELOS DE
UNIVERSIDADE
MODELOS CLÁSSICOS DE UNIVERSIDADE
FRANCÊS: a universidade como uma corporação (militar) de professores (guardas-civis intelectuais) que perpetuava a ordem estabelecida pelo Estado.
ALEMÃO: nasce a pesquisa na universidade. O professor é um pesquisador, um ser livre, responsável pela sua investigação.
MODELOS CLÁSSICOS DE UNIVERSIDADE
INGLÊS: a universidade é um lugar de ensino, de transmissão do saber mais do que a sua evolução, dissociada da pesquisa. Uma comunidade de sábios à procura da verdade.
NORTE-AMERICANO: nasce a extensão. A pesquisa e o ensino possuem uma relação simbiótica, são os motores do pragmatismo utilitarista da universidade, que deve estar próxima da sociedade e de suas necessidades.
SÉCULO XI – APÓS AS GUERRAS:
Primeira Fase da Universidade:
Quando as escolas se refugiavam nas abadias e mosteiros, conservando o legado e a cultura romana.
A Universidade surge proveniente das escolas
SÉCULO XIII – SÉCULO DAS UNIVERSIDADES
Universidade na Idade Média:
Alunos gozavam de certos privilégios.
Reconhecimento das universidades, era dado pelo Papa ou pelo Rei.
Peregrinação acadêmica.
Conferia três graus: licenciatura, bacharelado e doutorado.
Forte democracia interna.
Estudantes provinham da nobreza. Média 20 anos de idade.
Ensino em latim.
Professor era reconhecido pela sua carreira.
UNIVERSIDADE DE BOLONHA
(1088) - Reconhecida em 1291
Universidade dos Estudantes
Organizada por duas nações:
Citramontanos (italianos)
Ultramontanos (não italianos)
UNIVERSIDADE DE PARIS
Universidade dos Professores
Reconhecida em 1231
Maior centro de estudos literários, científicos, filosóficos e teológicos da Idade Média.
SÉCULO XIII – APOGEU DAS UNIVERSIDADES
MIGRATÓRIAS: quando os professores e alunos migravam para outra cidade e lá constituíam uma universidade.
PLANTADAS: criadas por reis, papas ou príncipes para atender objetivos específicos.
ESPONTÂNEAS: provenientes de uma longa tradição de ensino.
REITOR
Reitor do latim rector, designa aquele que dirige.
UNIVERSIDADE DE BOLONHA:
Pertenecente ao clérigo;
Solteiro;
25 Anos
Mandato de um ou dois anos
Ter estudado leis durante cinco anos.
Portador das virtudes de prudência e honestidade.
UNIVERSIDADE DE PARIS:
Ser Mestre
SÉCULO XV: FORMAÇÃO DA EQUIPE DA
ADMINISTRAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Surge o papel do Vice-Reitor
Síndicos: reviam os atos do Reitor
Advogados: cuidavam dos interesses do Reitor
perante o fórum público
Clérigos: revisavam os livros que circulavam na
universidade
Livreiros: promoviam cópias e vendiam os livros
Tesoureiros, notários (escrivãos) e os bedéis gerais
e específicos: acompanhavam o Reitor em cerimônias
públicas e cuidavam da limpeza
SÉCULOS XIV e XV: PERÍODO DE DEGRADAÇÃO
Não possuem sede próprias.
Guerra dos Cem Anos e da Peste Negra.
Os alunos se retiraram de Paris.
A universidade reginalizou-se atentendo aos interesses locias.
Desaparece a chamada perigrinação acadêmica.
Ruptura com o cristianismo (Crise da Igreja)
SÉCULO XVI - RENASCIMENTO – MUDANÇA DE FOCO
Sociedade com novos valorese concepções:
Dogmas Divinos Enaltação da Natureza
Realidades espirituais Prazeres carnais
Aurora do Capitalismo
Homem Dinâmico Centro de Interesse da Sociedade
Natureza Centro do Pensamento
SÉCULO XVII - TORRE DE MARFIM (esclerose intelectual;
inércia institucional)
A Aristocratização da Universidade (acensão à Nobreza)
A serviço do Estado ou da Igreja
Processo de formação fora do contexto universitário:
Centros de Excelência (Pesquisas Eruditas)
Academias (Não organizavam ensino)
Escolas Profissionais (Técnicas ou Potécnicas – Demanda de
mercado)
SÉCULO XVIII: REFORMAS
Busca recuperar o reconhecimento social (impulsionada em certos momentos pelos professores ou imposta pelo Estado).
Estimuladas pelos Iluministas:
Introdução de disciplinas extracurriculares (dança, equitação, desenho, línguas)
Disciplinas Modernas (história, geografia, física, matemática aplicada, direito natural, ciências da administração, entre outras).
Seminários.
Incentivo à publicação de artigos
Concurso Docentes.
Ensino Laico.
SÉCULO XIX: REVOLUÇÕES/
UNIVERSIDADE UTILITARISTA
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789)
Universidade Imperial (1806)
Guardiã de Ordem Social
Monopólio do Estado Doutrinador de Napoleão
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1769)
Conhecimentos técnicos, uteis à sociedade
Universidade Técnica
Atividade de Extensão – Modelo Norte Americano
Demanda pelo ensino universitário, como mecanismo de
acensão social.
SÉCULO XX: MULTIFUNCIONAL E REPRESENTADA
EM TODOS OS PAÍSES DO MUNDO
Diversidade da Instituição Universidade
Multifuncional na sua organização e estrutura
Marcada por crises, espaço privilegiado para a discussão da
opressão política, social e econômica
Manifesto de Córdoba:
Lança o desafio da reforma universitária na América Latina
Inconformismo ao modelo norte-americano de universidade
Nasce a Universidade contestadora, buscando modificar a
sociedade para transformar a universidade
Surge os Regimes Militares para calar a Universidade.
SÉCULO XXI: LIQUIDAÇÃO NO SETOR PÚBLICO E
AMPLIAÇÃO DO SETOR PRIVADO
Racionalidade Financeira
Morte silenciosa da Universidade, como espaço público
Reorganização das Instituições Públicas Federais
REUNI - Programa de Apoio há Planos de Reestruturação e
Expansão das Universidades Federais
Expansão da Concepção da Educação Superior – Nasce os
Institutos Federais de Educação ( Lei n. 11.892/2008)
ADVENTO NEOLIBERAL
Sociedade de Mercado para a Sociedade Mercantilizada.
Racionalidade Financeira
Nasce as fundações (absorções acríticas)
Prestadora de Serviços
Avaliação: instrumento para medir a produtividade
Exame Nacional de Cursos
Avaliação das Condições de Ensino
Censo da Educação Superior
Avaliação Institucional
NEOLIBERALISMO
O Neoliberalismo nasceu de um grupo de
economistas, cientistas políticos e filósofos
na Suíça, em 1947.
Caminho da Servidão (FRIEDRICH HAYER)
Em sua ideologia apresenta:
Abertura econômica externa;
Liberalização comercial;
Desestatização.
NEOLIBERALISMO
Ferramentas de fundamentação:
Globalização, como ordem econômica (Século XV).
Supremacia dos fatores econômicos, tais como a abertura dos mercados, a busca de pontos de interesse em comum, o acelerado processo de consumismo e a mídia como manipuladora de consciência. Difere do processo da Mundialização.
Regionalização de Mercados (constitui-se por blocos, grandes zonas econômicas que atuam no mercado internacional).
IFC: Educação para o Trabalho
Pressupostos Históricos:
1909 – Criação das Escolas de Aprendizes
Política de desenvolvimento econômico (agroindustrial)
Qualificação da Mão de Obra.
1942 – Escolas de Aprendizes de Artífices
Formação Profissional em nível equivalente ao secundário.
1959 – Escolas Técnicas Federais
Formação Profissional (de Técnicos), mão-de-obra
indispensável diante da aceleração do processo de
industrialização.
IFC: Educação para o Trabalho
Pressupostos Históricos:
1978 – Centros Federais de Educação Tecnológica
Nova configuração da economia mundial. Intensificação ao
processo de desenvolvimento tecnológico.
1994 – Sistema Nacional de Educação Tecnológica
Reforma da Educação profissional.
Reforma do Estado Mínimo.
IFC: Educação para o Trabalho
Pressupostos Históricos:
2004 - Rede Federal de Educação Tecnológica
Implantação de Cursos em todos os níveis da educação
profissional e tecnológica (Ensino médio e superior), em cada
cidade pólo do País.
Educação Profissional e Tecnológica no seio da Sociedade
2008 – Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia
IFC: Organização
NEGLIGENCIAMOS:
a compreensão de que a história pode ser transformada pela
ação dos seres humanos, pois foi criada e recriada por eles.
que o IFC é uma determinação de uma dada sociedade e pode
ser entendida e constituída como uma instituição social, se para
este ideal, os homens e a sociedade se organizarem e lutarem.
que a sociedade mercantilizada é um processo histórico que
camufla ideologicamente seu propósito guiado pelo lucro e pelo
poder do capital.
Negação Que Instituto
estamos
construíndo?
Que Instituto
desejamos
construir?
Relações
de poder
Interesses
do Mercado
GESTÃO
Realidade em Movimento
Preservação
SOCIEDADE
Instituição Social
Prática
Educativa
e Social
IFC