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MOMENTOS FINAIS Antônio Sales passara a sair de casa com menos assiduidade, queixando- -se de tonturas e de uma dor de cabeça intermitente. Já não mais comparec i a todas as manhãs à redação de O Povo e aos domingos rareava suas visitas aos amigos. Desde princípios de setembro de 1940, deitado na rede estendida no gabinete, os padecimentos físicos do nosso poeta começaram a preocupar se- riamente a família e após dois meses de intensa expectativa, acompanhado pelos melhores especialistas desta cidade, entrava em coma o filho de Para- curu. Antônio Justa, 1 Jurandir Picanço, Adalberto Morais Studart, Carlos Ri- beiro 2 e José de Castro Medeiros 3 foram alguns dos médicos incansáveis que o assist iram em sua grave enfermidade. O grande amor de Antônio Sales pela França, sua pátria mental, e a con- seqüente queda desastrosa da terra de Anatole France repercutiram sobremo- do na sua sensibilidade já abalada pela doença. Quatro meses antes de seu de- senlace, em julho, em carta a Cruz Filho confidenciava: "Quem lhe escreve aqui é um homem que não desejaria ter vivido até agora para assistir à morte da nossa França bem amada". No domingo de 1 O de novembro recebia os sacramentos do pacotiense Monsenhor Geminiano Bezerra (Padre Nini) 4 e, à noite, comungava. Sabia próxima a hora final e aos que lhe tentavam negar a gravidade de seus males numa piedosa mentira, argumentava mordazmente: "Preciso morrer para jus- tificar minha doença'� Pela madrugada de 1 2 recebia a bênção apostólica ministrada pelo mes- mo sacerdote. E às quatorze horas e vinte e cinco minutos de 14 de novembro perdia o Ceará seu filho querido e sua certidão de óbito registrava: arterioscle- rose renal, diagnóstico firmado pelo conceituado médico Antônio Justa. Por uma gloriosa coincidência, o nosso morto que tanto lutara pela im- plantação do regime republicano, seria enterrado num 15 de novembro , às nove horas, saindo o féretro de sua residência na rua Liberato Barroso , n 1 . 377 (hoje 1 . 383) de propriedade do magistrado Carlos Livino de Carvalho, com destino ao Cemitério de São João Batista, funerais custeados pelo Esta- 485

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MOMENTOS FINAIS •

Antônio Sales passara a sair de casa com menos assiduidade, queixando­-se de tonturas e de uma dor de cabeça intermitente. Já não mais comparecia todas as manhãs à redação de O Povo e aos domingos rareava suas visitas aos amigos. Desde princípios de setembro de 1940, deitado na rede estendida no gabinete, os padecimentos físicos do nosso poeta começaram a preocupar se­riamente a família e após dois meses de intensa expectativa, acompanhado pelos melhores especialistas desta cidade, entrava em coma o filho de Para­curu.

Antônio Justa, 1 Jurandir Picanço, Adalberto Morais Studart, Carlos Ri­beiro2 e José de Castro Medeiros3 foram alguns dos médicos incansáveis que o assistiram em sua grave enfermidade.

O grande amor de Antônio Sales pela França, sua pátria mental, e a con­seqüente queda desastrosa da terra de Anatole France repercutiram sobremo­do na sua sensibilidade já abalada pela doença. Quatro meses antes de seu de­senlace, em julho, em carta a Cruz Filho confidenciava: "Quem lhe escreve

aqui é um homem que não desejaria ter vivido até agora para assistir à morte

da nossa França bem amada".

No domingo de 1 O de novembro recebia os sacramentos do pacotiense Monsenhor Geminiano Bezerra (Padre Nini)4 e, à noite, comungava. Sabia próxima a hora final e aos que lhe tentavam negar a gravidade de seus males numa piedosa mentira, argumentava mordazmente: "Preciso morrer para jus­

tificar minha doença'�

Pela madrugada de 12 recebia a bênção apostólica ministrada pelo mes­mo sacerdote. E às quatorze horas e vinte e cinco minutos de 14 de novembro perdia o Ceará seu filho querido e sua certidão de óbito registrava: arterioscle­rose renal, diagnóstico firmado pelo conceituado médico Antônio Justa.

Por uma gloriosa coincidência, o nosso morto que tanto lutara pela im­plantação do regime republicano, seria enterrado num 15 de novembro, às nove horas, saindo o féretro de sua residência na rua Liberato Barroso, n<? 1.377 (hoje 1 .383) de propriedade do magistrado Carlos Livino de Carvalho, com destino ao Cemitério de São João Batista, funerais custeados pelo Esta-

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do. A bandeira já descorada da �adari� Espiritual cobria o caixão funerário, t temunha muda de toda uma epoca Irreverente. Um grupo de intelectuais e es ' - h d I de amigos conduziu 0 féretro, a mao, acompan a o pe o povo em geral, estu-dantes, representantes do Interventor e do �refeito e ladeado pelas alunas da Escola Doméstica de Fortaleza. O coche funebre levava numerosas coroas5 tomando ainda parte no cortejo setenta e dois automóveis e quatro ônibus.

Pouquíssimos os amigos e admiradores presentes ao último adeus. Mar­tinz de Aguiar, magoado com essa derradeira indiferença a um homem de le­tras que tanto amara sua terra natal, desabafava: UE eu julgava que todos os

cearenses, num só reconhecimento ao esp(rito luminoso que tão alto elevou

os preceitos da honra, que com mão tão firme pegou na pena para escrever

das frases mais harmoniosas da língua, quer burilando a prosa, quer escumi­

lhando o verso, eu julgava que todos os cearenses se prosternariam ante 0 es­

quife do herói do pensamento, que toda a mocidade do Ceará se abriria em

alas a fim de vê-lo passar em apoteose, que todos os intelectuais do Ceará se

uniriam para reverenciar o maior de todos eles, que toda a população do Cea­

rá fosse fazer-lhe a sagração merecida .. . "

Por ocasião do sepultamento falaram no ato o Padre Misael Gomes em nome da Academia Cearense de Letras, o seu grande amigo poeta Filgueiras Lima a quem ditara a sua última quadra, o escritor Pedro Ferreira para quem fez seu último prefácio publicado no Almanaque do Ceará e a senhorita Lin­dalva Nunes Cavalcante em nome da Escola Doméstica da qual o extinto era amigo e patrono.6

Muitas coroas foram depositadas junto ao jazigo, algumas de institui· ções oficiais como as da Academia, do Instituto do Ceará, da Escola Domésti· ca, do Centro Estudantal Cearense e de O Povo, outras dos próprios familia­res, como as de seu irmão Adolfo, as de suas irmãs Júlia e Lul'sa, as de seus primos Luís Vieira e Judite, outras mais de seus amigos e companheiros de letras Demócrito Rocha, Filgueiras Lima, Paulo Sarazate e Fernandes Távora .

Dentro do esquife, uma imposição do ilustre morto e fielmente obede­cida: sua cabeça repousada sobre um travesseiro contendo terra de sua cidade natal.

Muitos artigos em verso e em prosa surgiram então pela imprensa7 exal­tando a memória de Antônio Sales, muitos grêmios literários estudantis fun· dados lembNndo-lhe o nome e a nossa Academia Cearense de Letras, em ho­menagem ao desaparecimento de seu sócio efetivo e presidente de honra, to­mava-se de luto por um ano findo o qual se reuniria, em sessão fúnebre, no auditório da Escola Normal Justiniano de Serpa, a fim de ouvir o acadêmico Pontes Vieira ressaltar a figura gentil de Antônio Sales, seu amigo e a quem se I igara por laços de parentesco.

O Povo lançava a idéia de se perpetuar a imagem física do poeta morto com um busto em bronze, trabalho do escultor Agostinho Odfsio orçado

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dez contos de réis e uma Comissão era nomeada para obtenção da necessana soma.

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Claro que a colônia francesa não poderia ficar indiferente a essas senti-, das homenagens e o Cercle de Conversation Française, em fins de novembro, realizava uma sessão especial em memória do autor de Aves de Arribação, oca­sião em que o Professor Joaquim Antônio Albano pronunciava em francês lon­go e belíssimo discurso e que assim terminava: uouand on /e visitait pendant sa

derniere ma/adie, i/ ne manquait jamais de demander des nouvelles de la guer­

re et plus d'une fois i/ a répété cet acte suprême d'amour de sa patrie spiri­tuelle: - Je suis mort avec la France!"

Um pouco mais tarde, por um Decreto de 3 de maio de 1941, o Inter­ventor Federal Dr. Francisco Menezes Pi mente I, atendendo ao apelo da nossa Academia, adquiria toda a biblioteca particular de Antônio Sales, cerca de dois mil volumes, mediante o pagamento de quinze contos de réis e a incorpo­rava à Biblioteca Pública do Estado,B numa homenagem do poder público à memória de tão ilustre filho.

Poeta consagrado, claro que outros aedos prestar-lhe-iam a mais sentida reverência através da linguagem universal da Poesia. Serra Azul, Otacílio de Azevedo, Vital Bizarria, Carlyle Martins e Filgueiras Lima, logo após conheci­mento da infausta notícia, exaltaram pelas páginas dos jornais a figura do companheiro morto.

Muito feliz, porém, o poeta, juiz e acadêmico fortalezense Epifânio Lei­te, vate de sincera inspiração que a modéstia e o retraimento sempre o afasta­ram do nosso meio literário. Aproveitando o primeiro verso do soneto Pesca da Pérola (uO Coração é concha bipartida") e a quadrinha final ditada por An­tônio Sales já no leito de agonia a um fiel amigo quando afirmava ser a fé no

bastão supremo da velhice" compunha este belíssimo soneto:

uMestre! A um tempo me ex alço e me acabrunho,

rendendo esta homenagem comovida

a ti, que, Orfeu moderno, lira em punho,

tão bem cantaste a gleba, o sol e a vida;

e deste ao verso tão vibrante cunho

de amor e de bondade enternecida,

que terás nele o eterno testemunho

do coração em uconcha bipartida",

e espalhando harmonias sempre novas,

foste rude e sutil, lesto e profundo,

na inspiração feliz de tantas trovas;

e qual se o Céu, de longe, te servisse,

cantaste a Fé, já quase moribundo,

como o ubastão supremo da velhice''!

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E ficariam para perpetuar o nome de Antônio Sales, além de sua vida e de sua obra, já que não deixara filhos, diversos grêmios literários, um �rupo

escolar em Porangabuçu, uma avenida nesta For�aleza e uma rua cio R1o �e Janeiro, escondida no aprazível recanto de Sepet1b�, por Decreto n. 13.81/,

de 13 de fevereiro de 1958.

NÓTULAS

1 Como curiosidade, Antônio Justa era sobrinho e afilhado de Rodolfo Teófilo que o educou, mandou-o para a Bahia estudar Medicina e que o trouxe de Santarém para

clin icar em Fortaleza. 2

O padeiro Bruno Jacy, José Carlos da Costa Ribeiro Júnior, amigo íntimo de Antônio Sales, faleceu jovem aos trinta e seis anos de idade. Deixara, entre seus descendentes, um garoto de onze anos e que se faria médico. Um luminar da medicina: Carlos da Costa Ribeiro. E que, engraçado destino, estaria entre aqueles médicos que lutaram, embora em vão, durante três meses, na doença de Antônio Sales.

3 "Ao lado de sua digna esposa Dona Maria Luísa, que era o anjo tutelar do casal, des­frutava vida modesta e tranqüila, pela manhã a atender no consu I tório que era na sua própria residência (rua Sena Madureira, frente ao muro do Palácio do Governo), e à

tarde a receber os amigos mais íntimos tais como Antônio Sales, Erml'nio de Araújo, Alcides Santos, e outros, reservando a noite para palestras cordiais, num tempo em que não havia televisão". Carlyle Martins. Também conhecido como Dr. Medeirinho, excelente cultura human (stica, primo do médico e escritor Herman Lima, ·residira em Paris durante dez anos. Não fazia segredos de sua paixão pela França.

4 Vigário da Matriz do Patrocínio e timoneiro espiritual do Clube Pedro Jorge Frassati.

5 Mensagens de algumas coroas:

6

- "A Academia Cearense de Letras ao seu Presidente de Honra, que morreu para atingir a Imortalidade"

- "Última homenagem do Instituto Histórico" - "Última homenagem da Escola Doméstica de Fortaleza ao seu padrinho" - "Homenagem do Centro Estudantal Cearense" - "Eterna saudade de Ou incas, Júlia e Luísa" - "Ao Sales, Demócrito e família" - "A nossa saudade, Noemi e Antônio" - "Saudades da Amazônia e de Filgueiras" - "Última lembrança de Paulo e Albaniza" - "Homenagem e saudades de Dr. Fernandes Távora" - "Saudades de Zezé e Jorge" - "Ao primo e amigo Antônio Sales, saudades de Luís Vieira e Judite" - "Homenagem de O Povo a Antônio Sales"

"De volta de São Pau lo encontrei seu cabograma sobre falecimento de Antônio Sales, a respeito de quem toda a imprensa carioca teceu sentido necrológio. Rogo apresen­tar, em meu nome, à digna família desse saudoso cearense a expressão do meu vivo

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pesar por essa grande perda para a literatura nacional. Cordialmente. Valdemar Fal­cão, Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio" (telegrama endereçado a Demócrito Rocha, diretor de O Povo, datado de 19 de novembro de 1940).

Crônicas em memória de Antônio Sales: 1940: 15 novembro: - Consagração Popular (Correio do Ceará)

Morreu Antônio Sales (0 Unitário) '

- Sobre Antônio Sales (Marti nz de Aguiar) O Povo - O Adeus da Academia (Padre Misael Gomes) O Povo - Antônio Sales (Filgueiras Lima) O Povo - Pássaro Morto, soneto (Filgueiras Lima) O Povo

- O Último Padeiro (H. Espínola) Gazeta de Notícias 16 novembro: - A Morte de Antônio Sales (0 Nordeste)

17 novembro: 18 novembro: 2 1 novembro:

- Desapareceu o maior homem de letras do Ceará (0 Povo) - A Viagem da Eternidade (Andrade Furtado) O Nordeste - Antônio Sales (João Jacques) O Povo

- Antônio Sales (Faustino Nascimento) Correio do Ceará

Antônio Sales (Romeu Martins) O Povo Festa Imortal, soneto (Carlyle Martins) O Povo Em Memória de Antônio Sales (Serra Azul) O Povo

22 novembro: 25 novembro: 28 novembro:

À Memória de Antônio Sales, quadras (Vital Bizarria) O Povo - Antônio Sales (Demócrito Rocha) O Povo

30 novembro: - Antônio Sales (Joaquim Antônio Albano) O Povo - Antônio Sales (Padre Misael Gomes) O Nordeste 6 dezembro:

14 dezembro: - Antônio·Sales (Hildeberto Ramos) O Povo

Antônio Sales- algumas notas e recordações (Cruz Filho) O Povo 18 dezembro: - Antônio Sales (Carlos Cavalcante) O Povo l9 dezembro: Antônio Sales (Mário Linhares) O Povo

Antônio Sales, soneto ( Ep i fân i o Leite) ·o Povo 23 dezembro: Antônio Sales, soneto ( Otac íl i o de Azevedo) O Povo 30 dezembro: Antônio Sales (Raul de Azevedo)

da Manhã, 3 dez 40) O Povo (transcricão do Corre1o

194 1 7 janeiro:

24 janeiro: 7 março:

19 maio: 14 julho: 18julho:

agosto:

Antônio Sales (Ademar Távora) O Povo Carta a um poeta morto (Martins d'Aivarez) O Povo

- Ainda sobre Antônio Sales (Murilo Mota) O Povo - Uma página de luz que se arranca ao

Araújo) - Antônio Sales (Soares Bu leão) O Povo

I i v r o da V i da ( E r m ,· n i o

- A n t ô n i o SaI e s ( U n i tá r i o, t rês edições, 1 4 , 1 5 e 1 7 j u I h o ) - Antônio Sales, romancista (J. Stênio Lopes) Unitário

Antônio Sales (Soares Bulcão) Valor n? 18 ano IV

14 novembro: - Revista da Academia Cearense de Letras Volume III Tomo I Se-.

gunda Fase - A Figura Gentil de Antônio Sales, de J.J. de Pontes

Vieira

Como curiosidade, registramos os livros oferecidos por Antônio Sales, em janeiro de 1930, àquela mesma Biblioteca:

- A AMAZONIA MISTERIOSA- Gastão Cruls (Rio)

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- AMIGOS E AMIGAS- Raul de Azevedo (Manaus) - EU- Augusto dos Anjos (Rio)

. _ SE QUERES VIVE R, DESPE ATA E LUTA- Ellick Morn ( L1sboa) _ THE CA I_L-BOX MYSTE RY - John lronside (London)

- THE BIG FOUR- Agatha Christie (London) _ THE MURDER OF ROGE R ACKROYD- Agatha Christie (London)

- FLAT 2 - Edgar Wallace (London) - ROOM 13- Edgar Wallace (London) - THE DOOR WITH SEVEN LOCKS- Edgar Wallace (London) - THE STRANGE COUNTESS- Edgar Wallace (London) - THE PONSON CASE - Freeman Wills Crofts (London) - THE CARTWRIGHT CARDENS MUDE R- J. C. Fletcher (London)

NOBODYS MAN- E. Phillips Oppenhein (London) - AMBROSE LAVANDE LE- E. Phillips Oppenheim (London)

O lP LOMAT- E. Phillips Oppenheim ( London) - LES AVENTURES DE SHERLOCK HOLMES- Conan Doyle (Paris) - POIGN�E DE CONTES- Conan Doyle (Paris)

O UELOUES CONTES- Conan Ooyle (Paris) E DDY ET PADDY - Abel Hermant (Paris) LE MADRI DE LA CONTURIERE- Henri Duvernois (Paris)

L'ENFANT PRODIGUE OU VESINET- Tristan Bernard (Paris) MESSIEURS LES RONDS-DE-CUIR- George Courteline (Paris)

- PORT-TARASCON- Alphonse Daudet (Paris) POU R S' AMUSE R EN MÉNAGE -Max et Alex Fischer (Paris) NOCTU RNES- Henri Lavedan {Paris)

- RO BINSON- Alfredo Capus (Paris) LE TRÉSOR DES (LES GALAPAGOS- André Armandy (Paris) LA CHA USS�E DES G�ANTS- Pierre Benoit (Paris)

- MONSIEURS DES LOURDINES- Alphonse de Chateaubriand (Par1s) - LE ROYAUME DANS LA MANSARD- Alfred Machard (Paris) - LES COUSINS RICHES- Colette Yver (Paris) - LA PEU R DE L'AMOU R- Henri de Régnier (Paris)

LA DISCORDE- Abel Hermant (Paris) LA PARCE LLE 32- Ernest Perochon (Paris)

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