Upload
buitruc
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Administração dos Portos de
Paranaguá e Antonina – APPA
Monitoramento dos Impactos da
Atividade de Dragagem Emergencial
dos Berços de Atracação do Porto de
Paranaguá.
Abril de 2011.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - i - SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. DADOS DO EMPREENDEDOR ................................................................. 1-9
2. DADOS DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RCA ............ 2-11
2.1. Equipe Técnica ............................................................................... 2-12
3. APRESENTAÇÃO ................................................................................ 3-15
4. METODOLOGIAS DO MONITORAMENTO AMBIENTAL DA ATIVIDADE DE DRAGAGEM DOS BERÇOS DE ATRACAÇÃO DO PORTO DE PARANAGUÁ .... 4-19
4.1. Área de Estudo – Malha Amostral ..................................................... 4-19
4.2. Coleta de Amostras e Mensuração de Parâmetros ............................... 4-25
4.2.1. Monitoramento das Concentrações de Turbidez – Pluma de
Turbidez ........................................................................................... 4-25
4.2.2. Qualidade das Águas e dos Sedimentos ........................................... 4-26
4.2.3. Biota Aquática .............................................................................. 4-32
4.3. Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem ............ 4-41
4.4. Programa de Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos Sedimentos na Área de Descarte ................................................... 4-42
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DO MONITORAMENTO AMBIENTAL .............. 5-44
5.1. Monitoramento das Concentrações de Turbidez .................................. 5-44
5.2. Monitoramento das Águas e Sedimentos ........................................... 5-57
5.2.1. Sedimentologia ............................................................................ 5-57
5.2.2. Qualidade dos Sedimentos ............................................................. 5-60
5.2.3. Qualidade das Águas .................................................................... 5-68
5.3. Monitoramento da Biota Aquática ..................................................... 5-87
5.3.1. Comunidade Fitoplanctônica .......................................................... 5-87
5.3.2. Comunidade Zooplanctônica .......................................................... 5-95
5.3.3. Espécies dominantes.................................................................... 5-100
5.3.4. Comunidade da Macrofauna Bentônica ........................................... 5-101
5.4. Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem .......... 5-108
5.4.1. Quantitativo de Resíduos Gerados e Destinação Empregada.............. 5-111
5.5. Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos Sedimentos na Área de Descarte ....................................................... 5-116
5.5.1. Descarte dos Sedimentos Dragados ............................................... 5-117
6. ANÁLISE INTEGRADA DO MONITORAMENTO AMBIENTAL ....................... 6-123
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 7-132
8. ANEXOS .......................................................................................... 8-141
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - ii - SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização das estações de amostragem para o monitoramento
da qualidade das águas e sedimentos. ..................................................... 4-22
Figura 2. Localização das estações de amostragem para o monitoramento da biota aquática................................................................................... 4-23
Figura 3. Localização das estações de amostragem para o monitoramento das concentrações de turbidez. ............................................................... 4-24
Figura 4. Sonda multiparâmetro Horiba U 50, com detalhe para a sua utilização em campo na região do Porto de Paranaguá. .............................. 4-25
Figura 5. Garrafas amostradoras do tipo van Dorn, (A) garrafa em acrílico,
(B) garrafa em aço inoxidável e (C) momento de coleta de amostra em superfície. ............................................................................................ 4-27
Figura 6. (A) recolhimento da amostra de água com a utilização de garrafa amostradora do tipo van Dorn e (B) armazenamento da amostra em frasco
de coleta. ............................................................................................. 4-28
Figura 7. Acondicionamento das amostras em campo em caixa térmica refrigeradas com gelo. ........................................................................... 4-29
Figura 8. Utilização de disco de Secchi para mensuração da transparência na coluna d’água. .................................................................................. 4-30
Figura 9. Coleta de amostras de sedimento da superfície do leito com a utilização de busca fundo do tipo van Veen e armazenamento da amostras para análise química. ............................................................................. 4-31
Figura 10. (A) arrasto da rede de plâncton e (B) rede de plâncton cônica com malha de 20 μm, utilizada para amostragem qualitativa de
fitoplâncton. ......................................................................................... 4-32
Figura 11. Rede de plâncton com malha de 220 m de abertura. ................. 4-36
Figura 12. Fluxômetro mecânico que é instalado no centro da boca da rede
de plâncton. ......................................................................................... 4-36
Figura 13. Ilustração da coleta de amostras de sedimento para macrofauna bêntica de fundo inconsolidado. .............................................................. 4-39
Figura 14. Amostrador do tipo van Veen, com área amostras de 0,022 m2. .. 4-39
Figura 15. Triagem do material com auxílio de microscópio estereoscópico. .. 4-40
Figura 16. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, em momento de pré-dragagem. ............................................. 5-47
Figura 17. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, durante a dragagem. ............................................................ 5-48
Figura 18. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de
Paranaguá, em momento pós-dragagem. ................................................. 5-49
Figura 19. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, em
momento de pré-dragagem. ................................................................... 5-50
Figura 20. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, durante a dragagem. ......................................................................................... 5-51
Figura 21. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, em momento pós-dragagem. ....................................................................... 5-52
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - iii - SUMÁRIO
Figura 22. Média da turbidez junto ao fundo, nos três momentos amostrais, na região monitorada em frente ao Porto de Paranaguá. ............................ 5-53
Figura 23. Média da turbidez junto ao fundo, nos três momentos amostrais, na área de despejo dos sedimentos dragados nos berços de atracação do Porto de Paranaguá. .............................................................................. 5-54
Figura 24. Representação gráfica das alturas significativas de ondas, onde as colunas representam as alturas projetadas pelo modelo e a linha
vermelha o registro das alturas ocorridas. Fonte: CPTEC/INPE, 2011. .......... 5-55
Figura 25. Distribuição da direção e velocidade dos ventos entre os dias 17 e 22 de fevereiro de 2011 ...................................................................... 5-55
Figura 26. Percentual de sedimentos arenosos em sedimentos superficiais, obtidos durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-57
Figura 27. Percentual de sedimentos sílticos em sedimentos superficiais, obtidos durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e
fevereiro de 2011 .................................................................................. 5-58
Figura 28. Percentual de sedimentos sílticos em sedimentos superficiais,
obtidos durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-59
Figura 29. Concentrações de Arsênio (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-62
Figura 30. Concentrações de Cádmio (mg/kg), nas amostras de sedimentos,
obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e
fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-62
Figura 31. Concentrações de Chumbo (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem
emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-63
Figura 32. Concentrações de Cobre (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e
fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-63
Figura 33. Concentrações de Mercúrio (mg/kg), nas amostras de
sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-64
Figura 34. Concentrações de Níquel (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-64
Figura 35. Concentrações de Níquel (mg/kg), nas amostras de sedimentos,
obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - iv - SUMÁRIO
berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-65
Figura 36. Percentuais de Carbono Orgânico Total (%) nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado
entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-66
Figura 37. Concentrações de Nitrogênio Total (mg/kg) nas amostras de
sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-67
Figura 38. Concentrações de Fósforo Total (mg/kg) nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem
emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-67
Figura 39. Concentrações de Chumbo (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-77
Figura 40. Concentrações de Cádmio (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da
dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-78
Figura 41. Concentrações de Níquel (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da
dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-78
Figura 42. Concentrações de Arsênio (mg/L) nas amostras de água em
superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-79
Figura 43. Concentrações de Mercúrio (mg/L) nas amostras de água em
superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-80
Figura 44. Concentrações de Boro (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-81
Figura 45. Concentrações de Zinco (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da
dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-83
Figura 46. Concentrações de Oxigênio Dissolvido (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento
ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ........................................................................................... 5-86
Figura 47. Densidade total e riqueza específica das microalgas, na área dragada, nos três momentos amostrais. ................................................... 5-93
Figura 48. Densidade total e riqueza específica das microalgas, na área de
despejo dos sedimentos dragados, nos três momentos amostrais. ............... 5-93
Figura 49. Abundância relativa das classes de microalgas observadas, na
área de dragagem e área de despejo dos sedimentos dragagdos nos berços de atracação do Porto de Pranaguá, nos três momentos amostrais. ............. 5-94
Figura 50. Abundância relativa das classes de microalgas, observadas na
área de despejo, nos três momentos amostrais. ........................................ 5-94
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - v - SUMÁRIO
Figura 51. Abundância relativa das classes de microalgas, observadas na área de dragagem, nos três momentos amostrais. .................................... 5-95
Figura 52. Valores de densidade média (org.m-3) do zooplâncton, nas áreas de despejo e dragagem, nos três momentos amostrais (pré, durante e pós-dragagem). .......................................................................................... 5-98
Figura 53. Abundância relativa (%) dos grupos zooplanctônicos, nas áreas de dragagem e de despejo, nos três momentos amostrais. ......................... 5-99
Figura 54. Abundância relativa (%) de Decapoda durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. .... 5-100
Figura 55. Organismos dominantes na área de estudo, sendo (A) Polychaeta
da família Spionidae e (B) Custráceo da ordem Amphipoda. ...................... 5-102
Figura 56. Número médio de taxa (± erro padrão), nas áreas de dragagem
e despejo, para os três momentos amostrais. .......................................... 5-103
Figura 57. Densidade média (± erro padrão), nas áreas de dragagem e
despejo, para os três momentos amostrais. ............................................. 5-104
Figura 58. Análise de ordenação da macrofauna bêntica entre as áreas de estudos (área de dragagem e área de despejo) para os três momentos
amostrais (pré, durante e pós-dragagem). .............................................. 5-105
Figura 59. Gráfico de ordenação por similaridade e densidade da família
Spionidae. ........................................................................................... 5-105
Figura 60. Distribuição da taxa total ao longo da obra de dragagem na área de despejo, com detalhe para o aumento significativo de Spionidae no pós-
dragagem............................................................................................ 5-107
Figura 61. Vista de contentores para armazenamento de resíduos sólidos
dispostos na ponte de comando da draga. ............................................... 5-108
Figura 62. Caçambas dispostas sobre o convés da draga onde os resíduos sólidos gerados pela tripulação da embarcação eram armazenados. ........... 5-109
Figura 63. Registro de tripulante da draga executando a limpeza da boca de dragagem, onde é possível observar os resíduos retidos no sistema. .......... 5-110
Figura 64. Armazenamento dos resíduos, oriundos da dragagem, retidos pelo sistema de contenção. ................................................................... 5-110
Figura 65. Vista dos resíduos recolhidos durante a dragagem. ................... 5-111
Figura 66. Operação de transbordo de resíduos da draga para o cais do Porto de Paranaguá. ............................................................................. 5-112
Figura 67. Transbordo dos resíduos gerados pela tripulação da draga, entre as caçambas da Van Oord e as caçambas da empresa contratada para o transporte ao destino final. .................................................................... 5-112
Figura 68. Caçambas de propriedade da APPA, onde foram armazenados os resíduos gerados pela dragagem. ........................................................... 5-113
Figura 69. Ponte de comando da draga (A), onde se observa o draguista operando os braços de dragagem sob o controle do posicionamento (B). .... 5-116
Figura 70. (A) Painel de controle do posicionamento do braço de dragagem
de bombordo; (B) painel de controle do posicionamento do braço de dragagem de boreste e (C) painel de controle do posicionamento em
relação à cota (profundidade) da dragagem. ............................................ 5-117
Figura 71. Localização dos pontos de despejo dos sedimentos dragados na área de descarte. ................................................................................. 5-119
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - vi - SUMÁRIO
Figura 72. Localização dos pontos de despejo dos sedimentos dragados, em detalhe com, a delimitação da área de descarte. ...................................... 5-120
Figura 73. Comportamento da transparência na área de dragagem, antes, durante e após a execução das obras...................................................... 6-124
Figura 74. Comportamento da transparência na área de despejo, antes,
durante e após o lançamento do material dragado.................................... 6-125
Figura 75. Canal que desemboca na região do Rocio, próximo do ponto
#060. ................................................................................................. 6-127
Figura 76. Variação da concentração de zinco (mg/L) na coluna d’água dos pontos amostrais localizados no setor mediano do eixo leste-oeste do
Complexo Estuarino de Paranaguá. Fonte: EIA TCP, 2010. ........................ 6-129
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Localização geográfica das estações de amostragem de águas e sedimentos no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ........................................................... 4-19
Tabela 2. Localização geográfica das estações de amostragem da biota aquática no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá. ........................................................... 4-19
Tabela 3. Localização geográfica dos pontos onde foram mensuradas as concentrações de turbidez ao longo dos transects no monitoramento da
dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 4-20
Tabela 4. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de
plâncton, no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ........................................................... 4-35
Tabela 5. Valores de turbidez (NTU) obtidos nos pontos dos transects, na
área do entorno do Porto de Paranaguá, nos três momentos amostrais. ....... 5-45
Tabela 6. Valores de turbidez (NTU) obtidos nos pontos dos transects, na
área de despejo dos sedimentos, nos três momentos amostrais. ................. 5-46
Tabela 7. Resultados das concentrações de metais e Arsênio em amostras de sedimentos coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem
dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ....................................... 5-61
Tabela 8. Concentrações de Carbono Orgânico Total, Nitrogênio e Fósforo
totais, em amostras de sedimentos coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ..... 5-65
Tabela 9. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de
água na área do Porto, no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ............................................. 5-69
Tabela 10. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de água na área de despejo, no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ............................................. 5-70
Tabela 11. Resultados das concentrações de metais e Arsênio em amostras de água coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá. ............................................. 5-72
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - vii - SUMÁRIO
Tabela 12. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, no momento pré-dragagem. ................................................................... 5-74
Tabela 13. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, durante a dragagem.. ............................................................................ 5-75
Tabela 14. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água,
no momento pós-dragagem. ................................................................... 5-76
Tabela 15. Dados brutos das análises quali-quantitativas das amostras
fitoplanctônicas coletadas no monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ..................... 5-91
Tabela 16. Valores de densidade (org.m-3) do zooplâncton por área amostral
(área de despejo e área de dragagem), nos três momentos amostrais (pré, durante e pós-dragagem). ...................................................................... 5-95
Tabela 17. Composição da macrofauna bentônica, nas áreas de dragagem e despejo, durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá. .......................................................... 5-102
Tabela 18. Resumo dos resíduos sólidos gerados na atividade de dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá e seu gerenciamento. ........ 5-114
Tabela 19. Localização geográfica dos pontos de descarte dos sedimentos dragados nos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ........................ 5-121
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 1-9 - Capítulo I – Dados do Empreendedor
1. DADOS DO EMPREENDEDOR
Razão Social: Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA
CNPJ: 79.621.439/0001-91
Cadastro Técnico Federal – IBAMA: 1003344
Endereço: Av. Ayrton Senna da Silva, 161, Dom Pedro II, Paranaguá/PR
CEP: 82303-800
Telefone: (41) 3420-1100
Home page: www.appa.pr.gov.br
Representante legal: Airton Vidal Maron
Cargo/função: Superintendente
Correspondência eletrônica: [email protected]
Pessoa de Contato: Ricardo T. R. de Castilho Pereira
Cargo/função: Coordenador do Núcleo Ambiental
Telefone: (41) 3420-1367
Correspondência eletrônica: [email protected]
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 2-11 - Capítulo II – Dados da Empresa Responsável pelo Relatório
2. DADOS DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RCA
Razão Social: ACQUAPLAN Tecnologia e Consultoria Ambiental Ltda.
CNPJ: 06.326.419/0001-14
Cadastro Técnico Federal – IBAMA: 658878
Registro CREA-SC: 074560-2
Registro CRBio: 00473-01-03
Registro Marinha do Brasil – CHM: 217
Endereço: Av. Rui Barbosa, 372, apto. 03, Praia dos Amores, Balneário
Camboriú/SC – CEP: 88331-510
Telefone: (47) 3366-1400
e-mail: [email protected]
Home page: www.acquaplan.net
Responsável: Fernando Luiz Diehl
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 2-12 - Capítulo II – Dados da Empresa Responsável pelo Relatório
2.1. Equipe Técnica
Nome Formação Área de atuação Registro
IBAMA
Registro
Profissional
Vinicius Dalla Rosa
Coelho, BSc. Eng°. Ambiental Coordenação Geral 610896
CREA-SC
078574-9
Fernando Luiz Diehl, MSc. Oceanógrafo Revisão Geral 198583 AOCEANO
104
Sergio Antonio Netto, Dr. Oceanógrafo Monitoramento da
Macrofauna Bêntica 903127
AOCEANO
0234
Isabel Cristina Pellens,
MSc. Oceanógrafa
Monitoramento da
Qualidade das Águas
e dos Sedimentos /
Sedimentologia
352318 AOCEANO
1375
Ludmilla ad’Vinculla
Veado, MSc. Oceanógrafa
Monitoramento das
Comunidades
Zooplanctônicas
469312 AOCEANO
1417
Márcio da Silva
Tamanaha, MSc. Oceanógrafo
Monitoramento das
Comunidades
Fitoplanctônicas
221402 AOCEANO
0528
Evandro Oscar Mafra,
BSc. Biólogo
Atividades de Campo
e Revisão do Meio
Biótico
1719488 CRBio
41672-07/D
Wiliam Gardelin, BSc. Oceanógrafo Observador de Bordo 5161773 AOCEANO
1027
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 2-13 - Capítulo II – Dados da Empresa Responsável pelo Relatório
Nome Formação Área de atuação Registro
IBAMA
Registro
Profissional
Glaucio Vintem, MSc. Oceanógrafo Coordenação do
Observador de Bordo 898644
AOCEANO
1919
Gil Anderson Reiser, BSc. Oceanógrafo Atividades de Campo 778261 AOCEANO
1228
Martin Homechin Junior,
BSc. Eng°. Ambiental Atividades de Campo 1509626
CREA-SC
079803-6
Morjana Signorin, BSc. Oceanógrafa Sistematização da
Informação - SIG 5121640
AOCEANO
1928
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 3-15 - Capítulo III – Apresentação
3. APRESENTAÇÃO
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA enfrentava, até o
final de 2010, um situação crítica quanto às atividades operacionais nos berços
de atracação do Porto de Paranaguá, em decorrência dos intensos processos de
assoreamento nesta região. Tal situação estava sendo observada pela Autoridade
Marítima local, representada pela Capitania dos Portos do Paraná, que
oficialmente alertou a APPA da avançada redução de calados.
Assim, a APPA, em diversas audiências com o IBAMA, solicitou deste Instituto a
emissão de Termo de Referência para a elaboração de um estudo específico das
atividades de dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. Em 29
de setembro de 2010 foi encaminhado à APPA o documento intitulado: “Roteiro
para Elaboração do Plano de Dragagem”. A partir deste roteiro foi elaborado o
referido Plano de Dragagem, sendo este encaminhado ao IBAMA no dia 05 de
outubro de 2010, através do ofício número 659/2010-APPA (protocolo
n° 02001.031248/2010-18).
Tal documento foi então analisado pela equipe técnica da Coordenação de
Transportes – COTRA (COTRA/CGTMO/DILIC/IBAMA) a qual, em 17 de dezembro
do mesmo ano, emitiu o Parecer N° 212/2010 – COTRA/CGTMO/DILIC/IBAMA,
embasando a emissão da Licença de Operação N° 985/2010, datada de
21/12/2010, através da qual autorizava a dragagem emergencial de 110.000 m3
de sedimentos para manutenção da profundidade dos berços de atracação do
Porto de Paranaguá.
Tal licença possui as seguintes condicionantes específicas:
As datas de início e fim das obras, incluindo paralisações, devem ser
comunicadas à DILIC/IBAMA.
Implementar o Programa de Monitoramento dos Impactos da Atividade de
Dragagem, como proposto no Plano de Dragagem, composto pelos
seguintes subprogramas:
o Monitoramento da Qualidade das Águas e dos Sedimentos, incluindo o
acompanhamento da pluma de material em suspensão;
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 3-16 - Capítulo III – Apresentação
o Monitoramento da Biota Aquática.
Implementar o Plano de Controle Ambiental da Atividade de Dragagem,
como proposto no Plano de Dragagem, composto pelos seguintes
subprogramas:
o Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem;
o Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos Sedimentos na
Área de Descarte.
A draga contratada deve possuir tecnologias ambientalmente corretas, que
visem minimizar a geração de pluma de turbidez.
Apresentar, 30 dias após o término da dragagem, relatório final da
atividade, com totalização do volume dragado e mapa batimétrico detalhado
das áreas de dragagem e descarte.
De posse da LAO N° 985/2010, a APPA buscou no mercado prestadores de
serviço capacitados para a execução da referida obra, assim como prestadores
de serviços para a execução do monitoramento ambiental condicionante. Neste
sentido, contratou a empresa Van Oord, que deslocou draga HAM 309 para a
execução da dragagem, e a empresa Acquaplan Tecnologia e Consultoria
Ambiental Ltda. para a execução do monitoramento ambiental.
Após as contratações, a Acquaplan, em face da execução do monitoramento da
biota aquática, encaminhou à Coordenação Geral de Autorização de Uso e Gestão
de Fauna e Recursos Pesqueiros – CGFAP do IBAMA, no dia 03 de janeiro de
2011, o Plano de Amostragem e demais documentos, requerendo a devida
Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico. O
documento foi emitido sob nº 006/2011 – CGFAP/IBAMA, em 10 de janeiro de
2011.
Diante destas informações, no dia 12 e janeiro de 2011, foi encaminhado à
Coordenação de Transportes – COTRA (COTRA/CGTMO/DILIC/IBAMA), ofício sob
protocolo número 02001.003232/2011-04, informando da emissão da
autorização de coleta por parte da CGFAP/IBAMA e do início dos monitoramentos
ambientais, iniciado no dia 16 de janeiro de 2011.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 3-17 - Capítulo III – Apresentação
O monitoramento ambiental contratado pela APPA para ser executado pela
Acquaplan, contemplou a coleta de amostras (águas, sedimentos e biota
aquática) e mensuração de parâmetros in situ em três etapas, que foram:
i. Pré-dragagem: Coleta de amostras e mensuração de parâmetros entre os
dias 16 e 19 de janeiro de 2011;
ii. Durante a dragagem: Coleta de amostras e mensuração de parâmetros
entre os dias 02 e 05 de fevereiro de 2011; e,
iii. Pós-dragagem: Coleta de amostras e mensuração de parâmetros entre os
dias 17 e 22 de fevereiro de 2011.
Além destas atividades, houve o acompanhamento da dragagem, com a
presença de um profissional (Oceanógrafo) observador de bordo, durante toda a
obra, que iniciou no dia 31 de janeiro e terminou no dia 10 de fevereiro de 2011.
Este profissional desempenhou a função de acompanhamento e verificação das
áreas de dragagem e despejo, verificação dos sistemas de controle ambiental da
draga e registro do gerenciamento dos resíduos da atividade.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-19 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
4. METODOLOGIAS DO MONITORAMENTO AMBIENTAL DA ATIVIDADE DE
DRAGAGEM DOS BERÇOS DE ATRACAÇÃO DO PORTO DE PARANAGUÁ
4.1. Área de Estudo – Malha Amostral
As malhas amostrais para os monitoramentos ambientais da qualidade das
águas, sedimentos e biota aquática da atividade de dragagem emergencial dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá, estão apresentadas na Figura 1,
Figura 2 e Figura 3.
A localização das estações de amostragem é apresentada na Tabela 1, Tabela 2 e
Tabela 3 abaixo.
Tabela 1. Localização geográfica das estações de
amostragem de águas e sedimentos no monitoramento
da dragagem emergencial dos berços de atracação do
Porto de Paranaguá.
Estação
Amostral
Localização (UTM)1
N E
# 001 786647 7158148
# 002 787797 7157128
# 003 788788 7158148
# 004 787835 7159213
# 005 787769 7158110
# 042 751542 7177285
# 053 749993 7177579
# 060 748696 7177203
Tabela 2. Localização geográfica das estações de
amostragem da biota aquática no monitoramento da
dragagem emergencial dos berços de atracação do
Porto de Paranaguá.
Estação
Amostral
Localização (UTM)
N E
# 052 750195 7177130
# 002 787769 7158110
1 Datum horizontal: WGS 84 – Zona 22J
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-20 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Tabela 3. Localização geográfica dos pontos onde foram mensuradas as
concentrações de turbidez ao longo dos transects no monitoramento da
dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.
Estação
Amostral
Local de
Referência
Localização (UTM)
N E
#1 Porto 748533 7177933
#2 Porto 748915 7177486
#3 Porto 748926 7177711
#4 Porto 749339 7177899
#5 Porto 749335 7177681
#6 Porto 749328 7177459
#7 Porto 749328 7177237
#8 Porto 749710 7177192
#9 Porto 749721 7177872
#10 Porto 750123 7177872
#11 Porto 750130 7177654
#12 Porto 750543 7177260
#13 Porto 751365 7177360
#14 Porto 752523 7178143
#15 Porto 752557 7177925
#16 Porto 752580 7177734
#17 Porto 748126 7177755
#18 Porto 748118 7177544
#19 Porto 748131 7177944
#20 Porto 748527 7177746
#21 Porto 748519 7177532
#22 Porto 748115 7177354
#23 Porto 748511 7177324
#24 Porto 748934 7177925
#25 Porto 748905 7177278
#26 Porto 749716 7177424
#27 Porto 749718 7177639
#28 Porto 750134 7177431
#29 Porto 750135 7177203
#30 Porto 750541 7177480
#31 Porto 750535 7177694
#32 Porto 750528 7177917
#33 Porto 750914 7177960
#34 Porto 750935 7177734
#35 Porto 750950 7177524
#36 Porto 750968 7177311
#37 Porto 751355 7177577
#38 Porto 751343 7177789
#39 Porto 751330 7178020
#40 Porto 751728 7178059
#41 Porto 751756 7177836
#42 Porto 751771 7177635
#43 Porto 751792 7177423
#44 Porto 752188 7177460
#45 Porto 752170 7177678
#46 Porto 752152 7177885
#47 Porto 752135 7178096
#48 Porto 752610 7177505
#49 Área de Descarte 785087 7160819
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-21 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Estação
Amostral
Local de
Referência
Localização (UTM)
N E
#50 Área de Descarte 786769 7160808
#51 Área de Descarte 788441 7160808
#52 Área de Descarte 790070 7160808
#53 Área de Descarte 790070 7158881
#54 Área de Descarte 788452 7158902
#55 Área de Descarte 786780 7158934
#56 Área de Descarte 785098 7158955
#57 Área de Descarte 785087 7157028
#58 Área de Descarte 786759 7157028
#59 Área de Descarte 788441 7157007
#60 Área de Descarte 790113 7157007
#64 Área de Descarte 790081 7155176
#63 Área de Descarte 788441 7155186
#62 Área de Descarte 786769 7155208
#61 Área de Descarte 785087 7155218
#68 Área de Descarte 785066 7153419
#67 Área de Descarte 786759 7153398
#66 Área de Descarte 788441 7153376
#65 Área de Descarte 790091 7153376
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-22 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Figura 1. Localização das estações de amostragem para o monitoramento da qualidade das águas e sedimentos.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-23 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Figura 2. Localização das estações de amostragem para o monitoramento da biota aquática.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-24 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Figura 3. Localização das estações de amostragem para o monitoramento das concentrações de turbidez.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-25 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
4.2. Coleta de Amostras e Mensuração de Parâmetros
4.2.1. Monitoramento das Concentrações de Turbidez – Pluma de
Turbidez
Para a mensuração das concentrações de turbidez foi utilizada uma sonda
multiparâmetro marca Horiba, modelo U 50 (Figura 4). Em campo, a embarcação
era posicionada sobre o ponto com a utilização de um GPS (Global Positioning
System), sendo então lançada a sonda à água com a utilização de um cabo guia
e lastro, aguardando a sua estabilização junto ao fundo, sendo então coletadas
as informações em três níveis da coluna d’água (fundo, meio e superfície).
Os dados de turbidez mensurados foram registrados em campo no data logger
da controladora da sonda, cabendo destacar que, em função do equipamento,
foram ainda registrados os seguintes parâmetros: pH, salinidade, temperatura da
água, condutividade, oxigênio dissolvido, sólidos totais dissolvidos, potencial de
oxirredução e profundidade.
Figura 4. Sonda multiparâmetro Horiba U 50, com detalhe para a sua utilização em
campo na região do Porto de Paranaguá.
A mensuração do parâmetro turbidez na área definida pelos transects (Figura 3),
foi executada em três etapas, em duas situações de maré (enchente e vazante),
sendo:
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-26 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
i. Pré-Dragagem: Executada entre os dias 16 e 19 de janeiro de 2011, sendo
esta condição o cenário com ausência total de atividades de dragagem;
ii. Durante a Dragagem: Executada entre os dias 02 e 05 de fevereiro de
2011, sendo este o cenário em plena atividade de dragagem e com
despejo de sedimentos na área de descarte; e,
iii. Pós-Dragagem: Executada entre os dias 17 e 22 de fevereiro de 2011,
sendo este o cenário uma semana após o término das atividades de
dragagem.
4.2.2. Qualidade das Águas e dos Sedimentos
Para o monitoramento da qualidade das águas e dos sedimentos foram adotados
os parâmetros indicados no Plano de Dragagem, que são:
a) Qualidade das águas:
oxigênio dissolvido;
turbidez;
pH;
temperatura;
Condutividade;
salinidade;
transparência da água;
metais pesados e Arsênio: arsênio (As), Boro (B) chumbo (Pb), cádmio
(Cd), zinco (Zn), mercúrio (Hg) e níquel (Ni);e,
Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos - HPA’s.
b) Qualidade dos sedimentos:
Granulometria – Sedimentologia;
Arsênio (As);
Mercúrio (Hg);
Níquel (Ni);
Zinco (Zn);
Cádmio (Cd);
Chumbo (Pb);
Cobre (Cu);
Fósforo Total;
Carbono Orgânico Total – COT;
Nitrogênio Kjeldahl Total.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-27 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
A coleta das amostras de águas e sedimentos foram realizadas em três
momentos:
i. Pré-Dragagem: Executada entre os dias 16 e 18 de janeiro de 2011;
ii. Durante a Dragagem: Executada entre os dias 03 e 04 de fevereiro de
2011; e,
iii. Pós-Dragagem: Executada entre os dias 17 e 22 de fevereiro de 2011.
4.2.2.1. Procedimentos de Amostragem - Água
As amostras de água foram coletadas nas estações amostrais, em três níveis da
coluna d’água (superfície, meio e fundo) com a utilização de duas garrafas
amostradoras do tipo van Dorn (Figura 5 e Figura 6).
Figura 5. Garrafas amostradoras do tipo van Dorn, (A) garrafa em acrílico, (B) garrafa
em aço inoxidável e (C) momento de coleta de amostra em superfície.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-28 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Figura 6. (A) recolhimento da amostra de água com a utilização de garrafa amostradora
do tipo van Dorn e (B) armazenamento da amostra em frasco de coleta.
Os frascos utilizados na coleta das amostras de água foram fornecidos pelo
laboratório contratado, sendo previamente preparados na sede da ACQUAPLAN.
Este preparo consistiu na identificação por meio de etiquetas padronizadas com o
nome da estação amostral, parâmetro a ser analisado, método de conservação e
profundidade da amostra. Para tanto, foram rigorosamente observadas as
recomendações técnicas quanto aos volumes, material do frasco e procedimentos
de conservação, preconizadas nas normas técnicas NBR 9897/1987 e NBR
9898/1987, assim como recomendações repassadas pelo laboratório contratado
para a realização das análises.
Após armazenamento no frasco de coleta, todas as amostras foram mantidas em
caixa térmica, refrigerada com gelo (Figura 7).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-29 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Figura 7. Acondicionamento das amostras em campo em caixa
térmica refrigeradas com gelo.
4.2.2.1.1. Mensuração de Parâmetros in situ
Em todas as estações amostrais houve a mensuração do potencial hidrogeniônico
– pH, condutividade, turbidez, oxigênio dissolvido, temperatura, salinidade,
Sólidos totais dissolvidos e potencial de óxido-redução, in situ, sendo utilizado
para tal uma sonda multiparâmetro marca Horiba, modelo U 50 (Figura 4).
Os dados mensurados foram registrados em campo no data logger da
controladora da sonda.
A transparência da coluna da água foi medida com a utilização de um disco de
Secchi (Figura 8).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-30 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Figura 8. Utilização de disco de Secchi para
mensuração da transparência na coluna
d’água.
4.2.2.2. Procedimentos de Amostragem - Sedimentos
As amostras de sedimentos foram coletas em superfície do leito marinho, com a
utilização de um busca fundo do tipo van Veen em aço inoxidável, com
capacidade de amostragem de 0,007 m3. Cada amostra foi acondicionada em
embalagem devidamente identificada com etiqueta constando a identificação da
estação amostral, parâmetro a ser analisado, método de conservação e data
(Figura 9).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-31 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Figura 9. Coleta de amostras de sedimento da superfície do leito com a utilização de
busca fundo do tipo van Veen e armazenamento da amostras para análise química.
4.2.2.3. Encaminhamento das Amostras e Laboratório
Atento aos prazos de conservação das amostras determinados pela norma
técnica NBR 9898/1987, assim como procedimentos repassados pelo laboratório
contratado, todas as amostras foram fixadas com conservantes (as necessárias)
e conservadas refrigeradas, sendo as amostras de sedimentos congeladas.
Assim, após o término das coletas em campo, as amostras foram enviadas ao
laboratório por transportadora, em caixas térmicas refrigeradas com gelo.
As análises nas amostras de água e sedimentos foram realizadas nos laboratórios
da empresa Bioensaios Análises e Consultoria Ambiental S/C Ltda., que possui os
seguintes registros e acreditações:
Cadastro Técnico Federal - IBAMA N 457836
Certificado Registro do Conselho Regional de Química da 5ª Região n
000003172
Certificado ISO/IEC 17025:2005, INMETRO n CRL 0227
Certificado de Cadastro - FEPAM N 7/2006-DL
Certificado de Reconhecimento-Rede Metrológica/RS N6202
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-32 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Acreditação Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN – CORAD
Matrícula 13955;
Acreditação Ministério da Saúde – ANVISA – REBLAS – Habilitação ANALI-
017 para análises de agrotóxicos, saneantes, fitoterápicos, águas e
resíduos de agrotóxicos;
Acreditação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA;
Acreditação Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – Certificado de
Qualidade em Biossegurança – CQB Nº 209/2004; e,
Acreditação Swiss Federal Office of Public Health - SFOPH – Certificação
para TOX, MUT, PCT, ACC, ECT e ENF.
4.2.3. Biota Aquática
4.2.3.1. Subprograma de Monitoramento das Comunidades Fitoplanctônicas
Para o monitoramento das comunidades fitoplanctônicas foram obtidas amostras
para possibilitar a análise quali-quantitativas. As amostras qualitativas foram
coletas através de arrastos horizontais sub-superficiais mantendo a rede dentro
da zona fótica, em cada estação amostral, sendo utilizada uma rede de plâncton
cônica com malha de 20 m e 0,30m de diâmetro de boca (Figura 10).
Figura 10. (A) arrasto da rede de plâncton e (B) rede de plâncton cônica com malha de
20 μm, utilizada para amostragem qualitativa de fitoplâncton.
O conteúdo retido na rede foi então armazenado em frascos de polietileno e
fixado com solução formol 4%.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-33 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Os arrastos tiveram seu tempo de duração padronizados em 2 (dois) minutos,
assim como a velocidade da embarcação em 2 (dois) nós. Desta forma os
arrastos tiveram uma distância percorrida de aproximadamente 123,5 metros.
Além da padronização do esforço amostral, também foi padronizada a condição
de maré para os três momentos amostrais, sendo coletadas as amostras na área
de despejo sempre em condição de vazante de maré e no Porto de Paranaguá
em condição de maré enchente.
Durante as amostragens parâmetros físico-químicos foram mensurados na
coluna da água com a utilização de sonda multiparâmetros, sendo também
registra a data, hora da coleta e condição da maré. Tais informações são
apresentadas na Tabela 4.
As amostras para a análise quantitativa do fitoplâncton foram coletadas com o
auxílio da garrafa amostradora do tipo van Dorn, sendo as amostras obtidas em
sub-superfície (aproximadamente 0,30m), e acondicionadas em frascos de vidro
âmbar com capacidade de 1000ml devidamente identificados e fixadas com
solução Lugol.
4.2.3.1.1. Metodologia Analítica
As amostras qualitativas foram utilizadas para a identificação dos táxons.
Para a identificação taxonômica foram utilizadas as seguintes bibliografias: Cupp
(1943); Komarek & Fott (1983); Balech et al., (1984); Ricard (1987); Balech
(1988); Tomas (1997); Cardoso (1998); Hallegraeff et al., (2003).
A análise quantitativa foi realizada em câmara de Sedgewick-Rafter
(WOELKERLING et al., 1976), em 300 aumentos em microscópio Olympus, com
contraste de fase.
A análise da estrutura da comunidade fitoplanctônica foi analisada através de:
i. Densidade (cél./L);
ii. Riqueza específica (somatório do número de espécies por
amostra);
iii. Freqüência de ocorrência (%)
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-34 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Calculada de acordo com Lobo & Leighton (1986) utilizando-se a seguinte
fórmula:
Onde:
Pa – número de amostras em que a espécie X está presente
P – número total de amostras analisadas
iv. Abundância relativa (%), onde,
Onde:
a – número de organismos da espécie
P – número total de organismos na amostra
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-35 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Tabela 4. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de plâncton, no monitoramento da dragagem emergencial dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá.
Campanha Estação Nível Data Horário Maré Temp. (°C)
pH Potencial
Óxido-Redução
Condut. (mS/cm)
Turbid. (NTU)
OD (mg/L)
TDS (g/L)
Sal. (‰)
Transp. (m)
Pré
-dra
gagem
#052
Superfície 18/01/2011 09:01:07 Enchente 28,55 8,85 134 30,5 6,19 4,97 18,6 18,9
1,37 Meio 18/01/2011 08:59:52 Enchente 28,54 8,76 129 34,5 13,7 4,61 21 21,7
Fundo 18/01/2011 08:58:32 Enchente 28,38 8,77 122 36,6 12,2 4,53 22,3 23,1
#002
Superfície 16/01/2011 15:54:16 Vazante 29,0 8,76 205 44,1 0 5,41 26,9 28,4
3,83 Meio 16/01/2011 15:51:32 Vazante 26,5 8,80 208 48,9 0 5,87 29,8 31,9
Fundo 16/01/2011 15:48:25 Vazante 23,3 8,82 212 49,9 0 6,64 30,4 32,6
Dura
nte
Dra
gagem
#052
Superfície 03/02/2011 11:34:57 Enchente 27,7 7,76 235 32,2 14,7 3,82 19,6 2,01
1,05 Meio 03/02/2011 11:33:54 Enchente 28,02 7,91 227 35 52,9 4,11 21,4 2,2
Fundo 03/02/2011 11:32:04 Enchente 28,11 7,90 225 35,5 628 3,84 21,7 2,24
#002
Superfície 04/02/2011 16:35:36 Vazante 27,46 8,04 259 46,8 0 5,3 28,5 3,04
4,70 Meio 04/02/2011 16:34:21 Vazante 26,38 8,04 257 48,2 0 5,56 29,4 3,15
Fundo 04/02/2011 16:33:05 Vazante 24,27 8,00 257 49,8 0,46 6,01 30,4 3,26
Pós-d
ragagem
#052
Superfície 17/02/2011 14:33:14 Enchente 26,97 8,39 198 36,9 4,56 3,85 22,5 23,4
0,80 Meio 17/02/2011 14:32:11 Enchente 26,89 8,40 190 37,2 12,7 3,82 22,7 23,5
Fundo 17/02/2011 14:31:07 Enchente 26,87 8,38 178 37,2 110 3,97 22,7 23,5
#002
Superfície 22/02/2011 09:36:30 Vazante 28,3 8,19 157 48, 0 32,1 5,9 29 31,0
14,76 Meio 22/02/2011 09:35:16 Vazante 26,3 8,20 152 52,0 50,1 5,9 31 34,0
Fundo 22/02/2011 09:34:30 Vazante 24,6 8,21 165 48,0 77,1 6,3 31 34,0
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-36 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
4.2.3.2. Subprograma de Monitoramento das Comunidades Zooplanctônicas
As amostras de zooplâncton foram obtidas mediante a realização de arrastos
oblíquos na coluna da água, utilizando-se uma rede tipo WP-2 cilindro-cônica de
220 µm de tamanho de malha, 30 cm de diâmetro de boca e equipada com
fluxômetro (marca General Oceanics, modelo 2030 – Series Mechanical
Flowmeters) (Figura 11 e Figura 12).
Os arrastos, que foram executados concomitantemente aos para coleta de
amostras de fitoplâncton, tiveram seu tempo de duração padronizados em 2
(dois) minutos, assim como a velocidade da embarcação em 2 (dois) nós. Desta
forma os arrastos tiveram uma distância percorrida de aproximadamente 123,5
metros. Além da padronização do esforço amostral, também foi padronizada a
condição de maré para os três momentos amostrais, sendo coletadas as
amostras na área de despejo sempre em condição de vazante de maré e no
Porto de Paranaguá em condição de maré enchente.
As amostras assim obtidas foram imediatamente fixadas em solução de
formaldeído a 4% neutralizado, para posterior análise em laboratório.
Figura 11. Rede de plâncton com malha
de 220 m de abertura.
Figura 12. Fluxômetro mecânico que é
instalado no centro da boca da rede de
plâncton.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-37 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
4.2.3.2.1. Metodologia Analítica
Em laboratório, as amostras do zooplâncton foram analisadas em câmaras do
tipo Bogorov sob microscópio estereoscópico, após o fracionamento da amostra
total em alíquotas que variaram de 5 a 10% do total (BOLTOVSKOY, 1981). A
classificação ao menor nível taxonômico foi auxiliada pelo uso das referências de
El Moor-Loureiro (1997); Infante (1988); Montú & Gloeden (1986), Boltovskoy
(1981) e Reid (1985).
i. Freqüência de Ocorrência
Calculada pela fórmula:
Onde:
Fo = Freqüência de ocorrência (%);
Ta = Número de amostras contendo a espécie;
TA = Número total de amostras.
Os resultados, em percentagem, foram agrupados no seguinte critério de
classificação segundo Omori & Ikeda (1984):
> 80% - Muito frequente
40%+ 80% - Frequente
20%+ 40% - Pouco frequente
< 20% - Esporádico
ii. Densidade
O cálculo do número total de organismos (N) de cada táxon na amostra foi
estimado utilizando-se a seguinte fórmula:
Onde:
N = Densidade (org./m3);
Vt = volume total da amostra;
Vc = volume da subamostra;
X = número de organismos de cada táxon.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-38 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
O número total de organismos por unidade de volume (Nº.org./m3) foi obtido
segundo a fórmula:
Onde:
N = número total de cada táxon na amostra (org./ m3);
Vf = volume de água filtrado.
iii. Abundância Relativa
Calculada pela fórmula:
Onde:
Ar = abundância relativa (%);
N = número total de organismos de cada táxon na amostra;
Na = número de organismos na amostra.
Os resultados foram apresentados em percentagem, sendo classificados nos
seguintes grupos segundo Omori & Ikeda (1984):
> 70% - dominante
70% + 40% - abundante
40% + 10% - pouco abundante
< 10% - raro
iv. Riqueza
Este índice de informação da comunidade foi aplicado para o grande grupo
Copepoda, identificado a nível específico conforme recomendado por Hughes
(1978), que destaca a importância de se comparar diversidades usando o mesmo
táxon. Nesta análise foi utilizado o índice de Riqueza de Margalef que descreve o
número de unidades ponderado pela densidade dos organismos, sendo
representada pela equação:
Onde:
R = Riqueza de Margalef
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-39 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
S = Número total de espécies na amostra
N = Número total de organismos na amostra
4.2.3.3. Subprograma de Monitoramento da Macrofauna Bêntica de Fundo
Inconsolidado
Com o objetivo de se estabelecer um padrão confiável no monitoramento, foram
obtidas triplicatas de cada amostra, utilizando para a coleta uma draga busca
fundo do tipo van Veen com área amostral 0,022 m2 (Figura 13 e Figura 14). As
amostras obtidas em cada estação de coleta foram acondicionadas em sacos
plásticos identificados como o nome da estação amostral mais a seqüência de
três letras “A”, “B” e “C”, formando assim a amostra em triplicata.
Figura 13. Ilustração da coleta de amostras de
sedimento para macrofauna bêntica de fundo
inconsolidado.
Figura 14. Amostrador do tipo van Veen,
com área amostras de 0,022 m2.
As amostras foram fixadas com solução formalina 10% e, posteriormente,
lavadas em jogo de peneiras com malha de 1 mm e 0,5 mm. O material retido
nas peneiras foi acondicionado em frascos plásticos, etiquetados e conservados
em álcool 70%. Sob microscópio estereoscópico (Figura 15), a fauna foi então
separada dos detritos, identificada no menor nível taxonômico possível, e
quantificada.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-40 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
Figura 15. Triagem do material com auxílio de
microscópio estereoscópico.
4.2.3.3.1. Metodologia Analítica
A significância da diferença no número taxa e a densidade da macrofauna
bentônica (convertidos para m2) foi avaliada através de uma análise de variância
(ANOVA). Métodos estatísticos multivariados seguiram a análise univariada. Os
métodos multivariados são caracterizados pelo fato de permitirem comparações
entre amostras com base na composição de espécies, e uma grandeza de
abundância comparável. Inicialmente serão construídas matrizes de similaridade
utilizando-se o índice de Bray-Curtis e as amostras ordenadas através de análise
de proximidade (“Multidimensional Scaling Ordination”, CLARKE & WARWICK,
1994).
A representação das associações bênticas pela análise será seguida pela
discriminação dos pontos através da análise não-paramétrica ANOSIM (Análise
de Similaridade; CLARKE & WARWICK, 1994). Tanto para as análises de
ordenação como para a análise de similaridade será objetivado analisar e testar
as diferenças na estrutura bêntica entre as estações avaliadas.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-41 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
4.3. Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem
O Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem teve como
metodologia o acompanhamento dos procedimentos internos de gestão dos
resíduos pela contratada para a execução da obra (Van Oord) e o
acompanhamento da gestão dos resíduos pela Autoridade Portuária (APPA).
O observador de bordo identificou na draga as fontes geradoras, o manuseio e
armazenamento temporário dentro da embarcação até o seu desembarque.
No momento do desembarque foi observada a gestão dos resíduos na área de
competência da Autoridade Portuária (APPA), com o acompanhamento do
procedimento de transbordo dos resíduos entre a draga e o pátio,
acompanhamento das empresas responsáveis pelo transporte e solicitação da
APPA dos manifestos de movimentação de resíduos e certificados de destinos.
Neste monitoramento foi estabelecido sobre competência da Acquaplan a
identificação de eventuais não conformidades na gestão dos resíduos na draga, e
a solicitação da APPA da identificação das empresas responsáveis pelo transporte
e destinação/tratamento dos resíduos, buscando a verificação das licenças e/ou
autorizações dos prestadores de serviços para o gerenciamento dos resíduos.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-42 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento
4.4. Programa de Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento
dos Sedimentos na Área de Descarte
O Programa de Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos
Sedimentos na Área de Descarte foi executado em parte, diretamente pela
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA, e pela Acquaplan
Tecnologia e Consultoria Ambiental Ltda., sendo:
i. Monitoramento do lançamento dos sedimentos na área de descarte:
a. Sob responsabilidade da Acquaplan Tecnologia e Consultoria
Ambiental, que fiscalizou, durante toda a obra de dragagem, com a
presença de um profissional oceanógrafo (observador de bordo), o
posicionamento da embarcação na área de dragagem e no local de
despejo dos sedimentos.
Durante o desenvolvimento das atividades da draga o observador
de bordo, portando um GPS (Global Positioning System),
configurado no mesmo datum horizontal do projeto de dragagem
(WGS 84), registrava a localização durante a dragagem e no local
de descarte, plotando a sua localização sobre o projeto de
dragagem no software HYPACK MAX. Deste modo, tornava-se
possível verificar imediatamente o atendimento quanto às
delimitações da área a ser dragada e o local para descarte.
Simultaneamente, registrava o local, data e horário da atividade, e
acompanhava a execução junto à ponte de comando da draga, onde
também há um sistema de posicionamento da embarcação sobre o
projeto de dragagem.
ii. Monitoramento do Volume Dragado:
a. Sob responsabilidade da APPA, que contratou um serviço
especializado para fiscalizar os volumes dragados através da
execução de levantamentos hidrográficos (batimetria) na área de
dragagem e área de descarte dos sedimentos.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-44 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DO MONITORAMENTO AMBIENTAL
5.1. Monitoramento das Concentrações de Turbidez
Os valores de turbidez obtidos durante o monitoramento, nos três momentos
amostrais, tanto na área dragada quanto na área de despejo dos sedimentos,
são apresentados de forma consolidada na Tabela 5 e Tabela 6: a primeira
apresenta os resultados para a área do Porto de Paranaguá e a seguinte, os
resultados para a área de despejo.
Considerando que tal monitoramento decorreu na geração de um grande número
de valores de turbidez, distribuídos por local, condição maregráfica (enchente e
vazante), nível (superfície, meio e fundo) e momento amostral (pré, durante e
pós-dragagem), foram elaboradas cartas sobre imagem de satélite
georreferenciadas. As cartas foram geradas através de interpolação pelo método
Spline no software ArcMap®, com distância entre nós de cada célula de 20
metros para a área de despejo e 3,8 metros para a área do Porto de Paranaguá.
A escala foi padronizada, com intervalo colorimétrico representando 10 NTU.
As cartas são apresentadas por área (Porto de Paranaguá e Área de Despejo) e
por momento amostral (Pré-dragagem, durante dragagem e Pós-dragagem),
constando em cada conjunto as distintas condições maregráficas (enchente e
vazante) e nível mensurado (superfície, meio e fundo) (Figura 16, Figura 17,
Figura 18, Figura 19, Figura 20 e Figura 21)
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-45 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 5. Valores de turbidez (NTU) obtidos nos pontos dos transects, na área do entorno do Porto de Paranaguá, nos três momentos amostrais.
Campanha Local Data Maré Profundidade Turbidez (NTU) / Estações Amostrais
#48 #16 #15 #14 #47 #46 #45 #44 #43 #42 #41 #40 #39 #38 #37 #13 #36 #35 #34 #33 #32 #31 #30 #12 #29 #28 #11 #10 #9 #27 #26 #8 #7 #6 #5 #4 #24 #3 #2 #25 #23 #21 #20 #1 #19 #17 #18 #22
Pré
Dra
gage
m
Po
rto
de
Par
anag
uá
17
/01
/20
11
Ench
ente
Superfície 1,6 1,5 2,2 1,9 2,2 1,8 2,0 2,5 2,5 1,4 2,1 3,6 2,4 2,4 2,9 2,4 4,2 4,7 3,8 3,3 7,3 3,9 3,2 4,8 12,3 4,2 3,8 4,1 3,7 4,5 7,0 6,7 7,4 8,6 4,9 4,3 4,2 4,3 8,3 11,4 14,1 6,9 10,1 3,7 3,1 4,6 12,8 11,2
Meio 3,8 2,1 1,6 1,1 1,3 1,3 3,0 6,5 4,7 6,7 4,6 2,4 4,2 3,5 4,1 7,0 4,9 8,8 2,4 3,0 3,5 3,7 5,8 14,3 15,7 15,5 9,3 3,9 4,8 4,7 5,6 6,9 7,2 6,2 4,5 3,2 2,4 3,9 6,4 8,0 7,4 6,2 6,6 4,8 3,8 5,0 9,1 11,8
Fundo 13,1 6,1 6,8 7,4 16,1 4,3 53,3 9,3 10,8 15,8 41,0 14,1 9,1 9,7 34,2 13,5 13,1 13,2 29,5 19,8 12,9 19,0 20,4 23,0 33,3 74,6 55,1 25,1 26,9 18,3 25,5 8,8 46,3 8,1 10,5 6,9 6,4 9,2 9,1 8,3 9,3 9,7 20,4 14,6 15,0 12,1 9,5 14,1 V
azan
te Superfície 1,6 1,2 1,8 1,6 1,7 3,8 2,7 1,9 9,1 1,9 3,7 2,1 1,5 1,6 1,9 1,6 7,8 2,2 1,4 2,0 2,4 3,0 4,0 5,1 7,9 4,4 1,8 2,5 3,3 2,9 4,5 7,2 6,8 5,4 4,8 4,8 4,1 5,4 6,1 8,0 7,4 5,4 4,9 4,1 3,4 3,7 6,0 6,6
Meio 4,3 9,1 1,0 1,9 1,4 2,1 7,8 3,3 8,6 2,9 7,0 0,9 7,9 2,5 4,1 4,9 4,2 3,4 2,6 2,1 5,1 4,4 3,1 5,8 6,4 3,6 4,3 1,8 2,4 4,3 5,2 8,4 12,9 4,2 3,4 2,6 6,0 3,4 3,7 9,9 5,4 3,2 3,8 4,7 5,4 5,1 3,5 6,0
Fundo 15,3 6,9 2,2 20,9 14,8 4,9 26,3 13,6 21,0 37,8 15,8 22,1 15,6 48,9 43,6 22,8 28,4 73,9 16,5 21,4 35,2 52,1 28,7 33,2 16,9 22,2 29,0 20,7 35,9 27,1 26,0 14,2 17,3 26,0 28,4 20,3 12,5 14,5 20,8 14,7 14,2 13,0 9,7 15,9 12,6 8,5 9,3 16,0
Du
ran
te
Dra
gage
m
Po
rto
de
Par
anag
uá
02
/02
/20
11
Ench
ente
Superfície 3,4 3,7 3,7 4,2 5,7 4,1 4,6 5,6 4,6 12,7 4,9 5,3 5,5 4,8 4,4 7,4 9,3 5,8 5,9 6,6 5,6 6,4 7,4 7,7 6,5 6,7 6,3 6,7 6,3 7,9 6,5 7,0 8,2 6,5 7,4 8,0 7,2 6,9 6,5 9,0 8,0 127,0 5,4 5,5 5,7 7,1 8,1 5,6
Meio 8,3 2,3 2,7 3,7 3,4 2,9 2,8 4,8 5,2 13,4 3,4 5,2 5,0 5,4 5,3 7,6 10,1 7,2 6,0 5,3 6,9 5,4 6,4 8,9 7,5 8,1 7,6 7,0 6,6 7,7 7,8 10,0 8,6 9,6 9,4 9,8 11,5 7,3 19,4 18,6 7,3 5,9 7,9 8,4 6,5 6,0 6,2 5,5
Fundo 27,4 20,2 55,6 58,6 17,0 42,8 17,5 10,2 10,7 16,6 7,8 15,9 6,4 13,9 9,6 12,3 22,9 7,8 10,3 7,8 8,6 12,1 10,6 11,2 13,1 12,2 14,3 9,7 12,6 22,2 18,9 18,4 25,4 34,3 23,0 35,0 35,6 45,0 66,7 110,0 72,1 127,0 84,2 64,5 139,0 47,1 123,0 19,6
03
/02
/20
11
Vaz
ante
Superfície 7,1 2,7 2,2 4,5 2,5 4,4 4,4 3,6 4,4 4,0 3,0 2,7 2,7 3,5 8,3 5,4 6,1 4,2 2,9 3,4 5,0 6,6 5,9 10,5 13,8 14,5 15,0 8,3 2,7 7,7 3,6 17,8 21,6 11,0 7,1 3,9 3,8 7,8 11,7 17,2 14,0 8,8 5,8 6,9 8,3 11,8 15,0 15,3
Meio 4,6 2,2 4,0 3,6 2,9 3,4 2,1 3,7 4,8 3,0 2,3 2,7 3,7 3,6 8,7 8,1 5,2 5,0 2,4 2,7 3,1 2,3 2,7 13,1 15,3 5,0 14,2 11,7 20,9 12,4 10,1 45,4 37,2 21,1 15,2 13,2 5,9 18,9 36,0 45,5 41,8 30,9 14,0 14,0 13,8 16,0 13,7 27,4
Fundo 19,4 4,7 23,9 31,2 17,8 24,5 4,8 5,5 8,4 18,8 7,6 6,5 3,0 6,6 9,3 7,7 18,2 9,1 19,1 9,2 12,3 16,7 19,7 29,1 109,0 40,8 23,4 39,6 51,4 58,5 58,2 87,5 194,0 118,0 94,6 155,0 165,0 57,1 147,0 81,1 155,0 183,0 60,7 76,3 104,0 44,0 40,3 40,6
Pó
s
Dra
gage
m
Po
rto
de
Par
anag
uá
17
/02
/20
11
Ench
ente
Superfície 2,2 3,3 2,6 2,2 3,4 4,1 3,9 4,8 2,7 3,4 2,6 2,3 3,2 5,6 6,8 5,2 3,9 3,1 4,2 4,0 4,4 9,1 8,4 4,7 4,8 4,9 12,0 5,8 6,7 8,7 8,0 6,0 9,4 10,6 6,9 5,2 6,3 6,5 5,8 6,6 6,0 6,1 5,5 6,7 6,7 7,2 7,7 -
Meio 1,8 1,3 1,3 1,9 2,0 1,2 1,9 1,7 2,9 1,7 8,9 2,0 2,1 4,2 2,8 9,4 9,3 6,8 4,7 4,5 4,3 2,9 9,0 10,6 4,6 4,0 4,4 4,3 4,3 4,1 5,6 8,0 6,0 9,4 10,6 6,9 5,2 6,3 6,5 5,8 6,6 6,0 6,1 5,5 6,7 6,7 7,2 7,7
Fundo 5,9 0,9 3,0 4,0 3,6 3,6 1,6 5,2 4,8 7,1 7,5 8,0 3,8 5,7 5,2 28,6 36,5 23,3 7,4 5,0 8,6 22,9 111,0 12,2 16,8 42,7 44,0 15,2 26,0 54,0 30,3 14,1 53,7 56,7 61,9 34,1 86,9 42,5 32,4 31,6 41,9 38,3 21,5 34,1 74,2 23,0 25,7 8,5
Vaz
ante
Superfície 8,3 2,8 2,1 2,9 2,2 3,6 3,2 3,2 3,3 2,9 2,7 1,6 1,7 4,2 4,8 5,0 6,9 6,2 7,7 4,1 1,9 1,7 6,8 7,8 6,3 3,8 2,9 3,2 3,2 4,6 8,0 8,2 7,8 6,0 4,5 4,8 4,7 5,8 15,2 66,7 13,1 16,0 13,8 18,0 12,6 33,7 16,4 -
Meio 1,9 0,9 5,6 2,2 1,2 - 1,3 3,5 2,6 1,9 3,0 1,4 2,5 0,9 1,1 4,9 6,2 3,7 5,8 8,2 13,3 6,4 6,8 8,1 17,9 11,5 12,8 14,1 10,5 12,8 9,3 13,9 13,2 13,5 9,0 7,6 11,6 12,0 9,4 8,9 9,2 8,9 8,5 5,5 5,9 6,8 8,7 9,4
Fundo 2,3 2,1 5,3 10,5 4,7 2,5 2,5 7,8 25,1 6,9 9,1 11,3 7,1 8,2 11,1 111,0 108,0 36,7 19,7 15,8 32,3 27,8 36,1 32,4 49,8 59,3 57,5 28,6 39,5 61,1 58,4 38,8 58,1 34,3 24,3 29,9 35,6 21,1 18,4 12,5 10,0 9,5 9,3 8,7 8,0 6,7 8,3 8,1
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-46 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 6. Valores de turbidez (NTU) obtidos nos pontos dos transects, na área de despejo dos sedimentos, nos três momentos amostrais.
Campanha Local Data Maré Profundidade Turbidez (NTU) / Estações Amostrais
#49 #50 #51 #52 #53 #54 #55 #56 #57 #58 #59 #60 #64 #63 #62 #61 #68 #67 #66 #65
Pré
Dra
gage
m
Des
pej
o
16
/01
/20
11
Ench
ente
Superfície 0,00 0,00 0,00 0,00 1,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Meio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fundo 0,00 0,00 0,00 0,00 1,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Vaz
ante
Superfície 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,00
Meio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fundo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,76 0,00 0,00 0,00
Du
ran
te
Dra
gage
m
Des
pej
o
04
/02
/20
11
Ench
ente
Superfície 0,22 0,10 0,00 0,00 0,00 2,45 0,03 0,63 0,06 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Meio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fundo 0,37 0,16 2,89 0,25 1,27 2,95 1,14 0,00 3,38 2,60 2,18 1,38 0,66 0,00 0,10 1,31 0,00 0,00 0,00 0,07
05
/02
/20
11
Vaz
ante
Superfície 2,69 2,98 1,09 4,79 0,81 2,84 2,01 2,59 1,91 1,39 1,78 2,38 1,38 1,56 1,58 1,49 1,51 1,56 4,05 1,15
Meio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,86 0,00
Fundo 1,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,20 0,31 0,10 0,00 0,00 0,00 0,89 1,81 0,25 0,00 3,42 0,00
Pó
s
Dra
gage
m
Des
pej
o
22
/02
/20
11
Ench
ente
Superfície 11,90 14,10 15,10 6,90 8,20 9,90 14,80 16,60 15,10 11,40 18,60 14,60 15,50 15,80 15,00 13,20 9,70 6,60 15,30 23,30
Meio 10,70 12,60 17,80 4,20 6,40 9,10 15,20 13,00 10,90 10,30 17,90 14,90 13,70 9,40 13,30 11,40 6,20 8,60 12,00 34,40
Fundo 29,70 19,20 26,10 50,20 5,20 19,10 38,00 37,30 47,50 47,80 54,90 60,80 53,00 41,70 14,10 46,70 32,90 13,20 15,60 30,00
Vaz
ante
Superfície 8,00 9,30 9,60 10,60 13,40 18,20 13,20 16,70 16,80 15,20 18,50 11,60 17,00 14,20 16,00 12,20 14,60 17,50 9,50 10,80
Meio 6,40 9,30 7,90 8,10 11,20 18,30 13,50 19,00 17,10 16,20 21,80 14,00 18,10 15,90 19,60 14,30 16,70 21,40 10,00 12,40
Fundo 27,10 35,10 8,20 7,90 35,10 14,10 32,20 29,60 21,50 15,20 15,70 17,00 42,30 37,30 17,40 47,00 62,80 17,80 21,30 57,40
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-47 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 16. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, em momento de pré-dragagem.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-48 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 17. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, durante a dragagem.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-49 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 18. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, em momento pós-dragagem.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-50 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 19. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, em momento de pré-dragagem.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-51 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 20. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, durante a dragagem.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-52 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 21. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, em momento pós-dragagem.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-53 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Os resultados obtidos com o monitoramento da turbidez demonstraram que na
área dragada, e região do entorno Porto de Paranaguá, a pluma de dragagem
apresentou-se junto ao fundo e em maior concentração na porção mais oeste
do Porto de Paranaguá. Esta situação é provavelmente decorrente da
velocidade do fluxo ser maior junto ao fundo quando da penetração da onda de
maré através da chamada cunha salina, e é momento de vazante o
escoamento apresenta maior velocidade junto à superfície, característico da
estratificação das águas estuarinas.
Desta forma há um “aprisionamento” da água de fundo, onde a sua troca é
menor se comparada às águas superficiais desta região estuarina.
Quando avaliados os três momentos amostrais (pré-dragagem, durante a
dragagem e pós-dragagem), na área monitorada em frente ao Porto de
Paranaguá, adotando a média da turbidez junto ao fundo, se observa uma
condição inicial (pré-dragagem), um aumento significativo durante a dragagem
e uma redução na semana seguinte ao término da obra (Figura 22).
Figura 22. Média da turbidez junto ao fundo, nos três momentos
amostrais, na região monitorada em frente ao Porto de Paranaguá.
Já os resultados deste monitoramento na área de despejo, adotando também a
condição da média da turbidez junto ao fundo, demonstram que houve um
incremento nos valores da turbidez durante a dragagem, porém com valores
considerados muito baixos. Foi observado, porém, que após o término da
0
10
20
30
40
50
60
Pré Durante Pós
Dragagem
Turb
ide
z (N
TU)
Área de DragagemEnchente
Vazante
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-54 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
dragagem, os valores de turbidez aumentaram de forma significativa na área
de despejo, conforme demonstrado na Figura 23.
Figura 23. Média da turbidez junto ao fundo, nos três momentos
amostrais, na área de despejo dos sedimentos dragados nos berços
de atracação do Porto de Paranaguá.
O aumento dos valores de turbidez na área de despejo após o término da
dragagem se deu de forma uniforme em toda a região monitorada, conforme
demonstra a Figura 21, não ocorrendo pontos concentrados que denotem a
formação de pluma.
Tal ocorrência provavelmente é decorrente da passagem de uma frente fria
entre os dias 14 e 18 de fevereiro, que gerou o fenômeno localmente
denominado Lestada. Este fenômeno é caracterizado por ventos intensos do
quadrante Leste que age sobre uma grande região do sul brasileiro, gerando
um Swell, com ondas grandes. Observando a Figura 24, que apresenta as
alturas significativas das ondas na região do litoral paranaense, destaca-se
neste período, entre os dias 14 e 18 de fevereiro de 2011, um pico com ondas
que superaram 1,5 metros significativos.
0
10
20
30
40
50
60
Pré Durante Pós
Dragagem
Turb
ide
z (N
TU)
Área de Despejo Enchente
Vazante
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-55 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 24. Representação gráfica das alturas significativas de ondas, onde as
colunas representam as alturas projetadas pelo modelo e a linha vermelha o
registro das alturas ocorridas. Fonte: CPTEC/INPE, 2011.
Este evento foi também registrado pela estação meteorológica existente no
município de Paranaguá, na localidade da Ilha do Mel (Estação Ilha do Mel –
A847, Instituto Nacional de Meteorologia – INMET – Rede de Estações
Automatizadas), onde os registros entre os dias 17 e 22 de fevereiro, período
em que foi executada a campanha de monitoramento pós-dragagem,
demonstram a predominância do sentido dos ventos Leste, apresentado
através da Figura 25.
Figura 25. Distribuição da direção e velocidade dos
ventos entre os dias 17 e 22 de fevereiro de 2011
0%
10%
20%
30%
W E
S
N
0 - 1
1 - 2
2 - 3
3 - 4
4 - 5
5 - 6
6 - 7
7 - 8
8 - 9
Vel.(m/s)
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-56 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Desta forma, a condição observada de maiores valores de turbidez na área de
despejo após o término da dragagem, pode ser explicada pela ação das ondas
de maior energia ocorrentes neste período, que provavelmente causou a
ressuspensão, de forma uniforme por toda a região, dos sedimentos
depositados nesta área.
Esta ressuspensão dos sedimentos era um evento com grande probabilidade de
ocorrência, visto que a característica sedimentológica da área de despejo é
dominância de grânulos de areia fina e os sedimentos dragados da área dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá são caracterizados por areia muito
fina e silte.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-57 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.2. Monitoramento das Águas e Sedimentos
5.2.1. Sedimentologia
O tamanho de grão é uma propriedade física dos sedimentos. Normalmente os
dados granulométricos são utilizados para estudar tendências de processos
superficiais relacionados às condições hidrodinâmicas de transporte e deposição
(DIAS, 2004). A permeabilidade e a estabilidade das partículas sedimentares
pode ser um importante complemento nos estudos das reações cinéticas e
afinidade de partículas finas e contaminantes. A análise granulométrica tem por
objetivo medir com precisão o tamanho das partículas, para determinar sua
distribuição de frequência e calcular estatisticamente as características de cada
amostra (POPPE et al, 2003).
Os resultados obtidos através das análises granulométricas no monitoramento
ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá são
apresentados nas Figura 26, Figura 27 e Figura 28).
Figura 26. Percentual de sedimentos arenosos em sedimentos superficiais, obtidos
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60
pré dragagem dragagem pós dragagem
(%
)
Estações amostrais
Percentual da Fração Areia Durante o Processo de
Dragagem
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-58 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
As estações amostrais 1, 2, 3, 4 e 5, que representam a área de despejo dos
sedimentos dragados, não apresentaram grandes diferenças quanto às
características granulométricas durante o monitoramento (Figura 26, Figura 27
e Figura 28). Seria de se esperar que no momento pós-dragagem, houvesse
maior quantidade de sedimentos finos nesta região. Isso provavelmente não
ocorreu porque os sedimentos finos, recém depositados, foram
redisponibilizados para a coluna d’água, aumentando a turbidez (Figura 23)
devido a fatores como aumento de altura de ondas (Figura 24), provocado por
entrada de frente fria e maior intensidade de vento (Figura 25). Desta forma os
sedimentos finos foram deslocados para outras áreas, onde as condições
hidrodinâmicas permitam sua deposição.
Figura 27. Percentual de sedimentos sílticos em sedimentos superficiais, obtidos
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60
pré dragagem dragagem pós dragagem
(%
)
Estações amostrais
Percentual da Fração Silte Durante o Processo de
Dragagem
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-59 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 28. Percentual de sedimentos sílticos em sedimentos superficiais, obtidos
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
Durante a obra de dragagem, nas estações amostrais localizadas na área dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá (estações amostras #42, #52 e
#60), foram observadas algumas alterações nas características dos sedimentos
no que se refere à classe textural dos mesmos. No entanto, após a dragagem
observou-se que, na maioria dos locais amostrados, o ambiente volta a
apresentar características granulométricas semelhantes às encontradas antes
da dragagem. Provavelmente, após o restabelecimento das condições
ambientais anteriores, a área dragada tende a se recompor, voltando a
apresentar as mesmas características granulométricas anteriores ao processo
de dragagem.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60
pré dragagem dragagem pós dragagem
(%
)
Estações amostrais
Percentual da Fração Argila Durante o Processo de
Dragagem
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-60 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.2.2. Qualidade dos Sedimentos
5.2.2.1. Metais Pesados e Arsênio
Os sedimentos fazem parte do ciclo hidrológico, que dependendo da sua
composição química e características de adsorção, podem ter uma elevada
capacidade de acumulação de contaminantes orgânicos e inorgânicos (COELHO
et al., 2009).
Os sedimentos não somente constituem-se numa das maiores fontes de
poluentes da água, mas também servem como catalisadores, como
carreadores, e como agentes fixadores para outros poluidores. Sob esse
aspecto de importância, torna-se importante o monitoramento constante dos
sedimentos em suspensão e daqueles depositados ao longo dos rios.
De acordo com Deletic et al. (2000), em termos de massa, os sedimentos são
os poluentes potenciais mais importantes conduzidos pelo escoamento pluvial.
A acumulação de sedimentos acarreta danos pela obstrução das canalizações,
prejudicando o desempenho da rede de drenagem projetada. Os sedimentos
carreados até o corpo receptor formam depósitos modificando seu leito,
originando muitos problemas. Em resumo, as principais consequências
ambientais da produção de sedimentos em áreas urbanas são a obstrução das
canalizações da rede de drenagem; o assoreamento da drenagem, com
redução da capacidade de escoamento de condutos, rios e lagos urbano e o
transporte de poluentes agregados ao sedimento que contaminam as águas
pluviais (DOTTO, 2006).
Na Tabela 7 são apresentados os resultados das concentrações obtidas para
metais e Arsênio, em amostras de sedimentos, no monitoramento ambiental da
dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, entre
janeiro e fevereiro de 2011 (mg/kg).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-61 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 7. Resultados das concentrações de metais e Arsênio em amostras de
sedimentos coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá.
Estação Campanha Metais Pesados e Arsênio (mg/kg)
As Cd Pb Cu Hg Ni Zn
#01
Pré
-dra
gagem
<2,5 <0,5 <2,5 <2,5 ND <2,5 3,0
#02 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 <2,8
#03 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 3,1
#04 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 <2,5
#05 <2,5 <0,5 <2,5 <2,5 <0,15 <2,5 2,6
#42 <2,5 <0,5 3,1 <2,5 <0,15 4,0 15,0
#53 <2,5 <0,5 4,0 <2,5 <0,15 5,8 27,8
#60 3,3 <0,5 10,1 12,7 <0,15 14,7 53,4
#01
Dura
nte
Dra
gagem
<2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 3,7
#02 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 <2,5
#03 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 3,3
#04 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 2,9
#05 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 <2,5
#42 <2,5 <0,5 3,1 <2,5 <0,15 3,9 14,2
#53 <0,5 <0,5 4,7 <2,5 <0,15 6,8 34,4
#60 3,0 <0,5 10,4 11,5 <0,15 14,8 57,7
#01
Pós-d
ragagem
<2,5 <0,5 <2,5 <2,5 ND <2,5 5,7
#02 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 4,2
#03 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 2,7
#04 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 <2,5
#05 <2,5 <0,5 <2,5 <2,5 ND <2,5 3,9
#42 <2,5 <0,5 4,1 3,0 <0,15 4,2 18,3
#53 <2,5 <0,5 4,0 <2,5 <0,15 6,1 31,0
#60 <2,5 <0,5 5,3 4,6 <0,15 4,3 22,7
CONAMA
344/04
Nível 1 8,2 1,2 46,7 34 0,15 20,9 150
Nível 2 70 9,6 218 270 0,71 51,6 410
As amostras coletadas apresentaram concentrações abaixo do Nível 1
estabelecido na Resolução CONAMA N° 344/2004, para Águas salobras. As suas
distribuições podem ser visualizadas através das representações gráficas
apresentadas nas figuras subsequentes (Figura 29, Figura 30, Figura 31, Figura
32, Figura 33, Figura 34 e Figura 35).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-62 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 29. Concentrações de Arsênio (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação
do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
Figura 30. Concentrações de Cádmio (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação
do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
0
10
20
30
40
50
60
70
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ars
ênio
(mg/
Kg)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2
0
2
4
6
8
10
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Cád
mio
(mg/
Kg)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-63 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 31. Concentrações de Chumbo (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação
do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
Figura 32. Concentrações de Cobre (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação
do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ch
um
bo
(mg/
Kg)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Co
bre
(mg/
Kg)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-64 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 33. Concentrações de Mercúrio (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação
do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
Figura 34. Concentrações de Níquel (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação
do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Mer
cúri
o (m
g/K
g)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2
0
10
20
30
40
50
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Níq
uel
(mg/
Kg)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-65 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 35. Concentrações de Níquel (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação
do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
5.2.2.2. Carbono Orgânico Total, Nitrogênio e Fósforo
Os resultados das concentrações de carbono orgânico total, nitrogênio e fósforo
totais são apresentados de forma consolidada na Tabela 8. Os resultados são
apresentados também em forma gráfica, demonstrando os limites
estabelecidos na Resolução CONAMA N° 344/2004 (Figura 36, Figura 37 e
Figura 38).
Tabela 8. Concentrações de Carbono Orgânico Total, Nitrogênio e Fósforo totais,
em amostras de sedimentos coletadas durante o monitoramento ambiental da
dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.
Estação Campanha Carbono Orgânico Total e Nutrientes
COT (%) NT (mg/kg) PT (mg/kg)
#01
Pré
-dra
gagem
0,0834 60 40,8
#02 0,0999 59 35,5
#03 0,1496 <50 42,11
#04 0,1170 59 44,1
#05 0,1162 <50 30,7
#42 0,8677 178 131,3
#53 0,8410 448 277,6
#60 3,9170 2254 631,4
#01
Dura
nte
Dra
gage
m
0,1455 60 109
#02 0,0584 <50 41
#03 0,3789 59 49
#04 0,0876 83 105
0
50
100
150
200
250
300
350
400
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Zin
co (
mg
/Kg
)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-66 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Estação Campanha Carbono Orgânico Total e Nutrientes
COT (%) NT (mg/kg) PT (mg/kg)
#05 0,0871 71 134
#42 1,2495 166 534
#53 1,5796 275 1757
#60 8,2361 1343 6870
#01
Pós-d
ragagem
0,2840 148 295
#02 0,2054 59 60
#03 0,1735 <50 47,8
#04 0,2533 59 40,5
#05 2,9165 118 73,9
#42 1,7319 801 215,3
#53 7,1045 293,8 418
#60 1,2060 595 4448,6
CONAMA 344/04 Valor Alerta 10 4.800 2.000
Figura 36. Percentuais de Carbono Orgânico Total (%) nas amostras de sedimentos,
obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
A concentração de carbono orgânico total (Figura 36), para todas as amostras
analisadas, tanto da área dragada quanto da área de despejo, apresentaram
resultados inferiores ao Valor de Alerta estabelecido na Resolução CONAMA N°
344/2004, sendo observados valores maiores na área dragada, característico
desta região estuarina, onde há uma grande aporte de matéria orgânica.
0
2
4
6
8
10
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Car
bo
no
Org
ânic
o T
ota
l (%
)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós Valor de Alerta CONAMA 344/04
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-67 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 37. Concentrações de Nitrogênio Total (mg/kg) nas amostras de sedimentos,
obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
As concentrações de nitrogênio total (Figura 37), para todas as amostras,
também se mantiveram inferiores ao Valor de Alerta estabelecido na Resolução
CONAMA N° 344/2004.
Figura 38. Concentrações de Fósforo Total (mg/kg) nas amostras de sedimentos, obtidas
durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação
do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Nit
rogê
nio
To
tal
(mg/
kg)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós Valor de Alerta CONAMA 344/04
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Fósf
oro
To
tal (
mg/
kg)
Estações Amostrais
Pré Durante Pós Valor de Alerta CONAMA 344/04
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-68 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Analisando os resultados das concentrações de fósforo total nas amostras de
sedimentos (Figura 38), verificou-se a ocorrência de um aumento significativo
na estação amostral #60 durante a dragagem com subsequente redução logo
após o término da obra. Esta estação amostral esta disposta na região oeste do
Porto de Paranaguá, havendo nas proximidades várias fontes de fósforo, como
um fragmento de manguezal e alguns canais de drenagem que recebem
esgotos sanitários sem tratamento e deságuam nesta região, denominada
Rocio, além da própria operação portuária com o descarregamento de
fertilizantes e carregamento de grãos. Todas estas fontes são responsáveis pelo
aporte de fósforo no ambiente, que foi acumulando ao longo do tempo nos
sedimentos, e por conta da obra de dragagem foi disponibilizado.
5.2.3. Qualidade das Águas
Os dados físico-químicos obtidos in situ durante a coleta das amostras de
águas, são apresentados na Tabela 9, para a área de dragagem, e na Tabela
10 para a área de despejo.
Os resultados das concentrações de metais pesados e arsênio são apresentados
na Tabela 11.
Os resultados das concentrações de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos –
HPA’s são apresentados na Tabela 12, Tabela 13 e Tabela 14.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-69 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 9. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de água na área do Porto, no monitoramento da dragagem
emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.
Campanha Estação Nível Data Temperatura
(°C) pH
Potencial Óxido-
Redução
Condutividade (mS/cm)
Turbidez (NTU)
OD (mg/L)
TDS (g/L)
Salinidade. (‰)
Transparência (m)
Pré
-dra
gagem
#042
Superfície
17/0
1/2
011
28,68 8,84 205 32,6 13,1 4,37 19,9 20,3
0,71 Meio 28,66 8,80 214 33,9 12,1 4,51 20,7 21,3
Fundo 28,57 8,79 228 35,2 32,7 4,82 21,5 22,1
#053
Superfície 28,78 8,91 153 28,5 4,21 5,22 17,7 17,5
1,20 Meio 28,8 8,80 154 32,9 3,78 4,50 20,1 20,6
Fundo 28,63 8,80 152 35,1 5,34 4,25 21,4 22,1
#060
Superfície 28,66 8,86 133 29,8 7,41 4,84 18,5 18,4
0,84 Meio 28,58 8,78 133 34,5 9,41 4,19 21,0 21,6
Fundo 28,47 8,76 130 36,7 10,9 4,08 22,4 23,2
Dura
nte
Dra
gagem
#042
Superfície
03/0
2/2
011
27,40 7,50 244 28,1 15,4 3,50 17,4 17,3
1,07 Meio 27,94 7,89 231 35,1 78,1 3,67 21,4 22,1
Fundo 28,02 7,97 226 36,7 124,0 3,95 22,4 23,2
#053
Superfície 28,46 7,86 242 32,9 9,34 4,24 20,0 20,5
1,30 Meio 28,49 7,89 237 33,7 10,8 4,21 20,6 21,1
Fundo 28,52 7,94 227 35,5 50,7 4,26 21,7 22,4
#060
Superfície 27,94 7,77 239 32,0 12,6 3,7 19,5 20,0
1,09 Meio 28,24 7,79 247 34,2 117,0 3,24 20,9 21,4
Fundo 28,35 7,81 277 34,9 930,0 3,04 21,3 22,0
Pós-d
ragagem
#042
Superfície
17/0
2/2
011
27,17 8,41 198 36,9 3,49 4,33 22,5 22,6
0,68 Meio 26,74 8,46 190 37,2 1,88 4,73 22,7 23,8
Fundo 26,70 8,48 178 37,2 1,62 4,99 22,7 24,3
#053
Superfície 27,32 8,39 214 35,3 2,98 5,68 21,5 22,2
0,72 Meio 26,96 8,42 210 37,2 10,20 4,26 22,7 23,6
Fundo 26,90 8,43 202 37,5 33,30 4,03 22,9 23,8
#060
Superfície 27,03 8,37 196 36,5 8,70 3,87 22,3 23,1
0,78 Meio 26,93 8,38 193 36,8 9,19 3,84 22,4 23,2
Fundo 26,89 8,41 179 37,1 8,24 3,99 22,6 23,5
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-70 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 10. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de água na área de despejo, no monitoramento da dragagem
emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.
Campanha Estação Nível Data Temperatura
(°C) pH
Potencial Óxido-
Redução
Condutividade (mS/cm)
Turbidez (NTU)
OD (mg/L)
TDS (g/L)
Salinidade (‰)
Transparência (m)
Pré
-dra
gagem
#001
Superfície
16/0
1/2
011
28,75 8,76 193 44,2 0 5,26 27,0 28,6
3,65 Meio 26,52 8,78 195 49,2 0 5,03 30,0 32,2
Fundo 23,47 8,78 199 49,9 0 5,25 30,5 32,7
#002
Superfície 29,00 8,76 205 44,1 0 5,41 26,9 28,4
3,83 Meio 26,51 8,80 208 48,9 0 5,87 29,8 31,9
Fundo 23,28 8,82 212 49,9 0 6,64 30,4 32,6
#003
Superfície 28,87 8,77 198 43,8 0 5,22 26,7 28,3
4,37 Meio 26,00 8,80 201 49,2 0 5,06 30,0 32,1
Fundo 23,34 8,82 202 49,9 0 5,27 30,5 32,7
#004
Superfície 28,81 8,74 200 44,0 0 5,26 26,8 28,4
4,71 Meio 26,58 8,78 199 49,1 0 5,12 29,9 32,1
Fundo 23,32 8,79 200 50,0 0 5,2 30,4 32,7
#005
Superfície 29,05 8,75 199 44,4 0 5,01 27,1 28,7
3,99 Meio 26,45 8,78 202 49,2 0 5,78 30,0 32,2
Fundo 23,24 8,79 205 50,1 0 5,76 30,1 32,8
Dura
nte
Dra
gagem
#001
Superfície
04/0
2/2
011
27,50 8,04 268 46,7 0,15 4,93 28,5 30,4
6,90 Meio 26,88 8,05 267 48,0 0 5,38 29,3 31,3
Fundo 24,63 8,00 270 49,7 0,33 5,46 30,3 32,5
#002
Superfície 27,46 8,04 259 46,8 0 5,3 28,5 30,4
4,70 Meio 26,38 8,04 257 48,2 0 5,56 29,4 31,5
Fundo 24,27 8,00 257 49,8 0,46 6,01 30,4 32,6
#003
Superfície 27,40 8,05 260 47,0 0 5,09 28,7 30,6
5,73 Meio 26,44 8,06 259 48,6 0 5,39 29,6 31,7
Fundo 24,43 8,01 259 49,9 0,47 6,46 30,4 32,6
#004
Superfície 27,54 8,03 261 47,0 0 5,18 28,7 30,6
8,87 Meio 26,49 8,06 260 48,4 0 5,45 29,5 31,6
Fundo 23,92 8,00 259 50,1 0,16 5,98 30,1 32,8
#005 Superfície 27,47 8,03 261 47,0 0,05 5,1 28,6 30,5 6,95
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-71 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Campanha Estação Nível Data Temperatura
(°C) pH
Potencial Óxido-
Redução
Condutividade (mS/cm)
Turbidez (NTU)
OD (mg/L)
TDS (g/L)
Salinidade (‰)
Transparência (m)
Meio 26,82 8,04 258 48,1 0 5,46 29,3 31,4
Fundo 24,42 8,01 253 50,4 0 6,15 30,2 33,1
Pós-d
ragagem
#001
Superfície
22/0
2/2
011
29,6 8,20 184 48,0 15,7 5,7 29 31
2,87 Meio 26,4 8,22 184 52,0 16,0 6 31 34
Fundo 26,3 8,22 196 53,0 24,1 5,9 32 35
#002
Superfície 28,2 8,22 165 48,0 40,0 5,9 29 31
3,13 Meio 26,3 8,24 161 52,0 55,1 6 31 34
Fundo 26,1 8,22 153 55,0 43,6 5,9 33 34
#003
Superfície 27,9 8,22 167 48,0 23,1 5,9 29 31
12,96 Meio 26,2 8,23 163 52,0 54,2 6,2 31 34
Fundo 22,8 8,27 172 52,0 82,7 7 31 37
#004
Superfície 28,3 8,19 146 48,0 21,4 5,9 29 31
8,10 Meio 26,3 8,21 134 52,0 39,6 6 31 34
Fundo 26,8 8,19 165 48,0 24,6 5,9 29 34
#005
Superfície 28,3 8,19 184 48,0 32,1 5,9 29 31
8,10 Meio 26,3 8,20 184 52,0 50,1 5,9 31 34
Fundo 24,6 8,21 196 53,0 77,1 6,3 32 34
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-72 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.2.3.1. Metais Pesados e Arsênio
Tabela 11. Resultados das concentrações de metais e Arsênio em amostras de água coletadas
durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de
Paranaguá.
Campanha Estação Prof. Metais Pesados e Arsênio (mg/L)
As B Cd Pb Hg Ni Zn
Pré
-dra
gagem
#01
Superfície <0,0001 3,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0050
Meio <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0579
Fundo <0,0001 4,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
#02
Superfície <0,0001 3,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0899
Fundo <0,0001 4,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0229
#03
Superfície <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,2857
Meio <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
Fundo <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
#04
Superfície <0,0001 4,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
Meio <0,0001 3,3 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,0569
Fundo <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
#05
Superfície <0,0001 3,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0693
Meio <0,0001 4,7 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
Fundo <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,1779
#42
Superfície <0,0001 3,1 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 <0,0001
Meio <0,0001 2,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
Fundo <0,0001 2,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
#53
Superfície <0,0001 2,3 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
Meio <0,0001 3,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0889
Fundo <0,0001 3,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
#60
Superfície <0,0001 2,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0381
Meio <0,0001 3,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
Fundo <0,0001 3,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001
Dura
nte
Dra
gagem
#01
Superfície <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,5685
Meio <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5399
Fundo <0,0001 4,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5606
#02
Superfície <0,0001 4,23 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,6147
Meio <0,0001 3,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6210
Fundo <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5013
#03
Superfície <0,0001 4,3 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,7500
Meio <0,0001 5,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,4407
Fundo <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5231
#04
Superfície <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5793
Meio <0,0001 5,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5304
Fundo <0,0001 5,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5449
#05
Superfície <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,5981
Meio <0,0001 4,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6411
Fundo <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6786
#42
Superfície <0,0001 2,5 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,6181
Meio <0,0001 3,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6557
Fundo <0,0001 3,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,7162
#53
Superfície <0,0001 2,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6123
Meio <0,0001 3,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6058
Fundo <0,0001 3,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5819
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-73 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Campanha Estação Prof. Metais Pesados e Arsênio (mg/L)
As B Cd Pb Hg Ni Zn
#60
Superfície <0,0001 2,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6361
Meio <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,7742
Fundo <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,7499
Pós-d
ragagem
#01
Superfície <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,8100
Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9500
Fundo <0,0001 4,7 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,8540
#02
Superfície <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,8800
Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9900
Fundo <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 0,0004 <0,0001 1,31
#03
Superfície <0,0001 4,5 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,8800
Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 0,0002 <0,0001 0,8300
Fundo <0,0001 5,1 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9666
#04
Superfície <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9870
Meio <0,0001 4,1 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9988
Fundo <0,0001 5,1 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,8955
#05
Superfície <0,0001 4,1 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 1,11
Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 1,13
Fundo <0,0001 5,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,13
#42
Superfície <0,0001 3,5 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 1,10
Meio <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9800
Fundo <0,0001 4,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,1040
#53
Superfície <0,0001 2,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,07
Meio <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,51
Fundo <0,0001 3,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,21
#60
Superfície <0,0001 3,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,12
Meio <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,28
Fundo <0,0001 3,7 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,14
CONAMA 357/20052 140 5,0 0,005 0,01 0,0002 0,025 0,09
2 Limites máximos definidos na Resolução CONAMA N° 357/2005, Art. 18 – Águas Salinas – Classe 1,
considerando a pesca ou cultivo de organismos para fins de consumo intensivo.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-74 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.2.3.2. Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos – HPA’s
Tabela 12. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, no momento pré-dragagem.
Campanha
Estação Prof.
HPA’s (mg/L)
Acenaftaleno
Acenafteno
Antraceno
Benzo (a)
antraceno
Benzo (a)
pireno
Benzo (b)
fluoranteno
Benzo (g,h,i)
perileno
Benzo (k)
fluoranteno
Criseno
Dibenzo (a,h)
antraceno
Fenantreno
Fluoranteno
Fluoreno
Indeno (1,2,3-
cd) pireno
Naftaleno
Pireno
Pré
-dra
gagem
#01
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#02
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#03
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#04
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#05
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#42
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#53
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#60
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
CONAMA 357/2005 - - - 0,000018 0,000018 0,000018 - 0,000018 0,000018 0,000018 - - - 0,000018 - -
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-75 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 13. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, durante a dragagem..
Campanha
Estação Prof.
HPA’s (mg/L)
Acenaftaleno
Acenafteno
Antraceno
Benzo (a)
antraceno
Benzo (a)
pireno
Benzo (b)
fluoranteno
Benzo (g,h,i)
perileno
Benzo (k)
fluoranteno
Criseno
Dibenzo (a,h)
antraceno
Fenantreno
Fluoranteno
Fluoreno
Indeno(1,2,3-
cd)pireno
Naftaleno
Pireno
Dura
nte
Dra
gagem
#01
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#02
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND <0,010
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#03
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 0,26 ND ND ND <0,010
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#04
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#05
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#42
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#53
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#60
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
CONAMA 357/2005 - - - 0,000018 0,000018 0,000018 - 0,000018 0,000018 0,000018 - - - 0,000018 - -
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-76 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 14. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, no momento pós-dragagem.
Campanha
Estação Prof.
HPA’s (mg/L)
Acenaftaleno
Acenafteno
Antraceno
Benzo (a)
antraceno
Benzo (a)
pireno
Benzo (b)
fluoranteno
Benzo (g,h,i)
perileno
Benzo (k)
fluoranteno
Criseno
Dibenzo (a,h)
antraceno
Fenantreno
Fluoranteno
Fluoreno
Indeno(1,2,3-
cd)pireno
Naftaleno
Pireno
Pós-d
ragagem
#01
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#02
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#03
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#04
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#05
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#42
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#53
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
#60
Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND
CONAMA 357/2005 - - - 0,000018 0,000018 0,000018 - 0,000018 0,000018 0,000018 - - - 0,000018 - -
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-77 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Os resultados das análises das amostras de água para os parâmetros
Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos – HPA’s apresentaram concentrações não
detectáveis ou inferiores ao limite de quantificação, para todas as amostras nos
três momentos amostrais.
Os resultados das concentrações dos metais chumbo (Figura 39), cádmio (Figura
40), níquel (Figura 41) e do semi-metal arsênio (Figura 42), durante o
monitoramento ambiental, demonstram que estes se mantiveram estáveis ao
longo da obra de dragagem, e com valores inferiores aos limites estabelecidos na
Resolução CONAMA N° 357/2005.
Figura 39. Concentrações de Chumbo (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio
e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá.
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ch
um
bo
(mg/
L)
Estações Amostrais
Pré Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ch
um
bo
(mg/
L)
Estações Amostrais
Durante Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ch
um
bo
(m
g/L
)
Estações Amostrais
Pós Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-78 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 40. Concentrações de Cádmio (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e
fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços
de atracação do Porto de Paranaguá.
Figura 41. Concentrações de Níquel (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e
fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços
de atracação do Porto de Paranaguá.
0
0.001
0.002
0.003
0.004
0.005
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Cád
mio
(mg/
L)
Estações Amostrais
Pré Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.001
0.002
0.003
0.004
0.005
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Cád
mio
(mg/
L)
Estações Amostrais
Durante Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.001
0.002
0.003
0.004
0.005
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Cád
mio
(mg/
L)
Estações Amostrais
Pós Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.005
0.01
0.015
0.02
0.025
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ch
um
bo
(mg/
L)
Estações Amostrais
Pré Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.005
0.01
0.015
0.02
0.025
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ch
um
bo
(mg/
L)
Estações Amostrais
Durante Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.005
0.01
0.015
0.02
0.025
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ch
um
bo
(mg
/L)
Estações Amostrais
Pós Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-79 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 42. Concentrações de Arsênio (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e
fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços
de atracação do Porto de Paranaguá.
As concentrações de Mercúrio nas amostras de água (Figura 43), se mantiveram
dentro do limite estabelecido na Resolução CONAMA N° 357/2005, exceto em
uma amostra de meio da coluna da água, na área de despejo, após o término da
dragagem. O monitoramento deste parâmetro indicou a sua disponibilização para
a água ao longo do desenvolvimento da dragagem, porém com concentrações
dentro do limite estabelecido, mas é evidente que tal metal estava
fixado/trapeado nos sedimentos, ainda que com concentrações não detectáveis
ou abaixo dos limites de quantificação pelos métodos analíticos empregados.
A exceção, de uma amostra com concentração superior ao limite estabelecido na
Resolução CONAMA N° 357/2005, pode ser decorrente de uma amostra com
maior concentração de sólidos em suspensão ou até mesmo erro analítico, visto
que se trata de uma única amostras dentre as 24 (vinte e quatro) amostras
coletadas neste momento amostral (pós-dragagem) na área de despejo.
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ars
ênio
(mg/
L)
Estações Amostrais
Pré Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ars
ên
io (
mg
/L)
Estações Amostrais
Durante Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Ars
ên
io (m
g/L)
Estações Amostrais
Pós Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-80 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 43. Concentrações de Mercúrio (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio
e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá.
A Figura 44 demonstra as concentrações de Boro nas amostras de águas
coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá. Observa-se pelos resultados que as
concentrações de boro, em todas as amostras dos três momentos amostrais,
apresentaram-se superiores ao limite estabelecido na Resolução CONAMA N°
357/2005.
Aparentemente este elemento não teve sua ocorrência associada à atividade de
dragagem, visto que ele já estava presente nas amostras de água coletadas no
momento pré-dragagem. O pequeno aumento nas concentrações, ocorrido
durante o processo de dragagem, não parece ter exercido influência sobre a
qualidade da água, já que após o processo de dragagem as concentrações deste
parâmetro estão bastante próximas da situação de pré-dragagem.
0
0.0001
0.0002
0.0003
0.0004
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Mer
cúri
o (m
g/L)
Estações Amostrais
Pré Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.0001
0.0002
0.0003
0.0004
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Me
rcú
rio
(mg
/L)
Estações Amostrais
Durante Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.0001
0.0002
0.0003
0.0004
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Me
rcú
rio
(mg
/L)
Estações Amostrais
Pós Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-81 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 44. Concentrações de Boro (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e
fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços
de atracação do Porto de Paranaguá.
Segundo Stevenson & Cole (1999), in Lima (2007) o boro e o molibdênio são
mais concentrados em rochas graníticas. Rochas sedimentares também podem
conter metais pesados, uma vez que são compostas por sedimentos
provenientes de várias fontes e, portanto, podem conter todos os elementos
metálicos encontrados em rochas ígneas, embora não necessariamente nas
mesmas proporções. De modo geral, rochas compostas por sedimentos finos
apresentam-se enriquecidas com zinco, cobre, cobalto, boro e molibdênio.
O boro é um elemento de ocorrência natural, encontrado no solo e em depósitos
geológicos. Embora a geologia possa ser responsável pelo boro nos oceanos,
também é possível que os compostos de borato, muito comum em agentes de
limpeza doméstica, estejam fazendo o seu caminho para dentro de escoamentos
das redes de esgotos. Na última década, os níveis de boro na água potável
atraíram grande atenção do público e dos grupos de saúde ambiental, devido a
certos produtos de colheita serem reduzidos se houver presença de boro na água
de irrigação. (STREAMLINE, 2003).
0
1
2
3
4
5
6
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Bo
ro (
mg
/L)
Estações Amostrais
Pré Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
1
2
3
4
5
6
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Bo
ro (
mg/
L)
Estações Amostrais
Durante Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
1
2
3
4
5
6
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Bo
ro (
mg
/L)
Estações Amostrais
Pós Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-82 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Segundo Farias e colaboradores (2007), a concentração de Boro na água
superficial depende de fatores como a natureza geoquímica da superfície de
drenagem, a proximidade de regiões costeiras e a incorporação de efluentes
industriais e urbanos. Estas concentrações podem variar amplamente, desde
0,001 até chegar a 360 mg.L-1 (OMS, 1999).
Estudos realizados por Farias et al (2007), em estações amostrais localizadas
entre a nascente e a foz da Bacia hidrográfica do Rio Cabelo em João Pessoa/PB,
no período compreendido entre março de 2005 e março de 2006, encontraram
valores de Boro superiores ao estabelecido pela Resolução CONAMA N° 357/2005
em 100% das amostras coletadas.
Em estudo realizado por Acquaplan (2010) amostras de água coletadas ao longo
do Complexo Estuarino de Paranaguá e área costeira adjacente, apresentaram
valores de Boro acima dos valores sugeridos pela legislação em todas as
amostras analisadas. Naquela ocasião os valores registrados para este parâmetro
apresentaram valores de até 4 mg/L. Assim sendo, pode-se supor, que o
processo de dragagem parece não ter influenciado nas concentrações de boro
verificadas neste atual monitoramento.
As concentrações de Zinco (Figura 45), estiveram presentes em todas as
amostras das águas coletadas durante a dragagem, em concentrações superiores
ao limite máximo estabelecido pela Resolução CONAMA N° 357/2005. O mesmo
foi observado para as amostras obtidas no momento pós-dragagem, porém,
nesta ocasião, foram registradas as maiores concentrações para este elemento.
Provavelmente este aumento nas concentrações está relacionado à ressuspensão
de sedimentos e subsequente disponibilização deste metal para a coluna d’água.
Esta hipótese é suportada pelos dados de turbidez (Figura 23), que também
apresentaram maiores valores durante o momento pós-dragagem.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-83 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 45. Concentrações de Zinco (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e
fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços
de atracação do Porto de Paranaguá.
Em quase todos os tipos de rochas, o zinco é um elemento que ocorre
naturalmente associado (REIMANN & DE CARITAT, 1998, in WASSERMAN, 2005).
Os minerais típicos portadores destes elemento são os piroxênios, os anfibólitos,
as micas, granadas e magnetitas (WEDEPOHL, 1978, in WASSERMAN, 2005). O
zinco é explorado das rochas e durante o processo metalúrgico de purificação do
mineral, resíduos ricos em deste metal são gerados, que podem ser lançados no
meio ambiente. O zinco é utilizado na indústria para galvanização, sendo
utilizado na constituição de ligas metálicas, na indústria de borracha, em
pigmentos e pinturas, vidro, plásticos, lubrificantes, baterias, pesticidas
(preservativos de madeira), fungicidas, e na indústria da construção civil
(FÖRSTNER & WITTMANN, 1983, in WASSERMAN, 2005).
O zinco podem ser lançado no meio ambiente através de fontes geológicas e
antrópicas, tais como resíduos de indústrias metalúrgicas, da queima de
combustíveis fósseis, particularmente carvão, do desgaste de pneus, de resíduos
de esgotos domésticos estando ainda presentes no chorume de depósitos de lixo
0
0.3
0.6
0.9
1.2
1.5
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Zin
co (
mg/
L)
Estações Amostrais
Pré Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.3
0.6
0.9
1.2
1.5
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Zin
co (m
g/L)
Estações Amostrais
Durante Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
0
0.3
0.6
0.9
1.2
1.5
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Zin
co (
mg/
L)
Estações Amostrais
Pós Dragagem
Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-84 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
doméstico (REIMANN & DE CARITAT, 1998, in WASSERMAN, 2005). É um
elemento que parece ter elevada mobilidade em ambientes oxidantes e muito
baixa mobilidade em ambientes redutores, o que está intimamente associado à
relação química que este elemento tem com os sulfetos (LEVINSON, 1980, in
WASSERMAN, 2005).
O maior problema das operações de dragagem de sedimentos estuarinos
redutores e contaminados por metais pesados é que vários processos físico-
químicos podem ocorrer, causando a liberação dos contaminantes para a coluna
d’água ou tornando-os disponíveis para absorção pelos organismos. Em
ambientes de forte hidrodinâmica, esta contaminação é rapidamente dispersa e
causa um impacto muito pequeno (WASSERMAN, 2009).
A dinâmica de um metal pode ser definida como a sua propriedade de se
transferir de um sistema químico para o outro. O termo sistema químico aqui
pode ser definido (teoricamente) como o infinitesimal de compartimento
(sedimento por exemplo) de características homogêneas. Assim, quando um
elemento passa de sistema redutor para um sistema oxidante ocorre
transferência e a sua forma química é modificada, fazendo também modificar sua
dinâmica. Na nova condição oxidante o metal pode deixar de ficar indisponível e
passar para uma forma disponível podendo se tornar risco de exposição para o
ecossistema e eventualmente para o homem (WASSERMAN, 2005).
O problema da mobilidade é particularmente importante quando é necessário
prever os efeitos de modificações físico-químicas causadas por intervenções
antropogênicas. Segundo alguns autores, a redução na carga de matéria
orgânica resultante de programas de saneamento pode fazer aumentar a
mobilidade dos metais (BARROCAS, 1995; BARROCAS e WASSERMAN,
1998;WASSERMAN, FREITAS-PINTO et al., 2000, in WASSERMAN, 2005 ). Outro
exemplo clássico é o caso das dragagens em áreas de portos (OTTMANN, 1985;
CAPLAT, TEXIER et al., 2005, in WASSERMAN, 2005) onde, em condições
físicoquímicas muito redutoras, os metais vão ficar imobilizados na forma de
sulfetos e metasulfetos (BERTOLIN, MAZZOCCHIN et al., 1997; PAQUETTE &
HELZ, 1997; KIM, BROWN Jr. et al., 2000, in WASSERMAN, 2005). Contudo, os
procedimentos de aeração intensa causados pelos procedimentos de dragagem
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-85 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
podem remobilizar os metais, mesmo aqueles que contaminaram o local há
muitos anos (SCHULTS, KORHONEN et al., 1995; VALE, FERREIRA et al., 1998,
in WASSERMAN, 2005).
Os contaminantes não se fixam permanentemente aos sedimentos. Estes podem
sofrer processos de remobilização, entre os quais a difusão dos poluentes para
dentro dos corpos d’água, devido ao gradiente de concentração, oxidação dos
sedimentos anóxidos pela bioturbação ou ressuspensão causada pelas
enchentes.
Outro processo de remobilização de metais é a degradação dos contaminantes
orgânicos, o qual transfere os metais para formas mais móveis. A mudança do
potencial redox nos sedimentos é um dos fatores mais importantes no controle
da mobilidade dos poluentes (ZOUMIS et al, 2001, in WASSERMAN, 2009).
As duas principais reações que ocorrem na superfície do sólido são a de troca
iônica e de complexação. Os íons trocáveis que estão presentes na superfície do
solo são principalmente de natureza eletrostática e os complexos que se formam
na superfície são de natureza química. Os metais adsorvidos por natureza
eletrostática estão mais disponíveis para os corpos de água; já os adsorvidos por
natureza química para serem disponibilizados é necessário uma mudança nas
condições fisicoquímicas da água (BRADL, 2004, in NOALE, 2007).
Durante o monitoramento da dragagem dos berços de atracação do porto de
Paranaguá o comportamento do zinco pareceu estar associado à alteração das
condições químicas já que foi dragado de um ambiente de sedimentos finos com
alta taxa de sedimentação. Estes sedimentos depositados ao longo do tempo,
possivelmente acumularam zinco que se manteve indisponível devido às
condições redutoras da área dragada. Ao ser depositado na área de despejo,
onde as concentrações de oxigênio (Figura 46) e de partículas suspensas
(turbidez) eram maiores, a disponibilidade deste elemento tornou-se maior. É
provável que em condições hidrodinâmicas menos intensas as concentrações de
zinco diminuam. Essa suposição está baseada nos resultados da pré-dragagem,
onde a turbidez (Figura 23) teve seus níveis mais baixos, assim como o zinco
(Figura 45).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-86 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 46. Concentrações de Oxigênio Dissolvido (mg/L) nas amostras de água em
superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem
emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.
0
1
2
3
4
5
6
7
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Oxig
ênio
D
issolv
ido (m
g/L)
Estações amostrais
Concentração de Oxigênio Dissolvido (mg/L) durante a pré
dragagem emergencial no Porto de Paranaguá
Superfície Meio Fundo CONAMA 357/2005
0
1
2
3
4
5
6
7
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Oxig
ênio
D
issolv
ido (m
g/L)
Estações amostrais
Concentração de Oxigênio Dissolvido (mg/L) durante a
dragagem emergencial no Porto de Paranaguá
Superfície Meio Fundo CONAMA 357/2005
0
1
2
3
4
5
6
7
8
#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60
Oxig
ênio
D
issolv
ido (m
g/L)
Estações amostrais
Concentração de Oxigênio Dissolvido (mg/L) durante a
pós dragagem emergencial no Porto de Paranaguá
Superfície Meio Fundo CONAMA 357/2005
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-87 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.3. Monitoramento da Biota Aquática
5.3.1. Comunidade Fitoplanctônica
5.3.1.1. Resultados e Discussão
Neste monitoramento ambiental da atividade de dragagem emergencial dos
berços de atracação do Porto de Paranaguá, considerando as seis amostras
obtidas, sendo 03 (três) amostras na área de dragagem e 03 (três) amostras na
área de despejo, em três distintos momentos (Pré-dragagem, durante a
dragagem e Pós-dragagem), foi registrado um total de 57 táxons de microalgas,
dos quais 40 espécies são da classe Bacillariophyceae, 15 espécies da classe
Dinophyceae, 01 da classe Euglenophyceae, 01 Ebridae (Tabela 15).
O maior valor de densidade total foi registrado na área de dragagem nos berços
de atracação do Porto de Paranaguá, durante a execução da obra (Estação
amostral #52), com 17.270.835 cél/L; o menor valor foi registrado na área de
despejo (Estação amostral #002), depois de finalizada as atividades, com 3.200
cél/L. A maior riqueza específica registrada neste monitoramento foi observada
na área de dragagem nos berços de atracação do Porto de Paranaguá, isso
durante a execução da obra. Já o menor valor de riqueza foi registrado na área
de despejo, na amostragem pretérita a obra (Figura 47 e Figura 48).
A abundância relativa entre todas as amostras e todas as classes encontradas,
demonstram que a família Bacillariophyceae foi dominante, representada pela
diatomácea Skeletonema sp. com mais de 98% do total. Os demais grupos
tiveram valores menores que 10%, ou seja, foram consideradas raras (Figura
49). Foi observado diferentes valores da abundância relativa entre a área de
despejo e a área da dragagem, sendo mais bem distribuída na área de despejo
(Figura 50) entre Bacillariphyceae (61,56%) e Dinophyceae (34,29%). Na área
de dragagem, a abundância relativa apresentou distribuição total semelhante
entre os três momentos amostrais, sendo a classe Bacillariophyceae dominante,
com 99,59% (Figura 51).
Os táxons considerado muito frequente foi a espécie Protoperidinium sp.1 da
classe Dinophyceae com ocorrência de 83,33% de todos as amostras. As
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-88 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
espécies que foram consideradas frequentes são Cylindrotheca closterium,
Rhizosolenia pungens, Skeletonema sp., Coscinodiscus sp.1, Guinardia flaccida,
Meuniera membranaceae, Paralia sulcata, Gyrodinium sp., Prorocentrum micans,
Scrippsiella sp., Eutreptia / Eutreptiella, Campylosira cymbelliformis, Chaetoceros
decipiens, Chaetoceros subtilis, Diploneis sp., Guinardia striata, Hemiaulus
sinensis, Leptocylindrus minimus,Nitzschia sp.2, Odontella sinensis, Pleurosigma
acuminatum, Pleurosigma / Gyrosigma, Pseudo-nitzschia sp., Thalassionema
frauenfeldii, Thalassionema nitzschioides, aff. Cyclotella, Fragilariineae,
Thalassionemataceae, Ceratium fusus, Prorocentrum sigmóides, Protoperidinium
sp.2, Hermesinum adriaticum. As demais espécies foram consideradas pouco
frequentes.
Na área de despejo, foi observado que entre os momentos de pré, durante e
pós-dragagem, ocorreu alteração tanto na densidade, quanto na riqueza
específica, onde foram encontradas em baixas densidades e riqueza de espécies
na fase pré e pós-dragagem, com valores semelhantes. Ocorreu também
mudança na composição dos grupos, onde na fase pré-dragagem, as
diatomáceas estavam presentes em maior riqueza de espécies, durante o evento
de dragagem, foi observado um maior numero de espécies inclusive, o grupo dos
dinoflagelados que predominaram na fase pós-dragagem.
A área de dragagem também se comportou como a área de despejo em relação
às duas propriedades estruturais (densidade e riqueza específica), que tiveram
valores mais baixos nas fases pré e pós-dragagem, que no momento da
operação de dragagem. Neste caso, a composição do grupo das diatomáceas, na
fase pré-dragagem, foi diferente em relação à fase de operação da draga e pós-
dragagem, que tiveram pouca alteração na estrutura da comunidade. Os
dinoflagelados estiveram presentes na fase pré-dragagem, não ocorreram na
fase de operação da draga, tão pouco na fase pós-dragagem, onde ocorreram
novas espécies deste grupo.
Importante destacar que tanto para a área de despejo quanto para a área de
dragagem houve comportamentos semelhantes nos momentos pré, durante e
pós-dragagem, como observados na Figura 47 e na Figura 48, onde são
demonstrados o aumento das propriedades estruturais durante a dragagem,
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-89 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
podendo ser reflexo da disponibilidade de nutrientes e elementos essenciais os
quais estavam no sedimento e foram ressuspendidos pela atividade.
Dentre as maioria das espécies presentes com maior frequência e abundância,
destaca-se Skeletonema sp. considerada comum no Complexo Estuarino de
Paranaguá mesmo antes da década de 1980, (MOREIRA-FILHO & VALENTE-
MOREIRA, 1984). De acordo com os autores, esta espécie é considerada como
marinha, planctônica, nerítica, oceânica, polihalóbia e eurihalina.
Brandini e Fernandes (1996) realizaram um estudo taxonômico com as
microalgas na baia de Paranaguá, observando que o comportamento ecológico
dos grupos de diatomáceas e dinoflagelados não foram diferentes do presente
relatório, sendo semelhante no mês de fevereiro maior abundância e riqueza de
espécies das diatomáceas que dinoflagelados. Os autores também relataram a
ocorrência de outras diatomáceas, com as bentônicas, devido à ressuspensão
frequente na baía. Neste monitoramento também foram observadas diatomáceas
bentônicas, bem como, algumas espécies de Chaetoceros spp. que podem formar
esporos de resistência que por sua vez aparecem na coluna d’água.
Recentemente, foi realizada uma revisão sobre as diatomáceas da baía de
Paranaguá, sendo que praticamente todas as espécies ocorridas neste
monitoramento ambiental, já haviam sido descritas para o local (PROCOPIAK, et.
al., 2006).
Brandini (1985) realizou um trabalho que concentrou analises diárias da variação
do fitoplâncton e correlacionou com parâmetros ambientais. Em seu resultado, a
presença das microalgas estava relacionada à variação de maré e pluviosidade,
principalmente. Sabe-se que a variação de maré traz uma enorme
disponibilidade de matéria orgânica, alteração no pH, condutividade, salinidade e
transparência da água. No monitoramento ambiental da dragagem dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá, foi observada maior variação para os
parâmetros salinidade, turbidez e transparência da água. Neste caso, a relação
com a presença e densidade do fitoplâncton foi direta para turbidez e inversa
para salinidade e transparência. Este fato está relacionado à presença de
espécies com tolerância à salinidade, podendo controlar melhor a pressão
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-90 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
osmótica celular. Além disso, a turbidez é indicativo de ressuspensão do
sedimento, disponibilizando nutrientes necessários para o crescimento do
fitoplâncton.
A grande maioria das espécies também forma observadas em outros estuários e
sua adjacência, como o estuário do rio Itajaí-Açu (ACQUAPLAN, 2010a), Baía da
Babitonga (ACQUAPLAN, 2010b). Assim, o padrão de distribuição do fitoplâncton
residente se torna semelhante na zona costeira sub-tropical.
Foram observadas espécies potencialmente nocivas, como Dinophysis acuminata,
Gymnodinium cf. catenatum, o gênero Prorocentrum spp. que já foram descritos
em águas costeiras paranaenses e catarinenses. (PROCOPIAK et al., 2006). Além
disso, uma espécies considerada invasora (Coscinodiscus waillesii) foi observada
somente durante a dragagem na área de despejo, e ausente na área de
dragagem.
A estrutura da comunidade fitoplanctônica do Complexo Estuarino de Paranaguá
já é conhecida desde a década de 1980 e apesar disso, até o presente momento
não foi observada alteração na sua estrutura como um todo, somente na
densidade e riqueza, que se alterna de acordo com os regimes de marés,
pluviosidade ou eventos climáticos que perturbam o ecossistema em questão. A
atividade de dragagem proporcionou uma alteração semelhante a estas, contudo
ocorreu um re-estabelecimento da comunidade de microalgas rapidamente, com
a sucessão de determinadas espécies, as quais são comuns na comunidade
aquática. Desta forma, pode-se dizer que a atividade de dragagem não
contribuiu de forma expressiva na mudança da estrutura da comunidade
fitoplanctônica local, que se estabeleceu rapidamente pela sua capacidade de
renovação/desenvolvimento acelerado.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-91 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 15. Dados brutos das análises quali-quantitativas das amostras fitoplanctônicas
coletadas no monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de
atracação do Porto de Paranaguá.
Espécie
Estações Amostrais
Área Despejo (Estação #002)
Área de Dragagem/Porto (Estação #52)
Pré Durante Pós Pré Durante Pós
cél./L cél./L cél./L cél./L cél./L cél./L
Classe Bacillariophyceae
Biddulphia dubia 200
Campylosira cymbelliformis 59576 7068
Chaetoceros decipiens 138 19859
Chaetoceros cf. peruvianus 206
Chaetoceros subtilis 59576 3806
Chaetoceros sp.1 619
Chaetoceros sp.2 550
Chaetoceros sp.3 544
Coscinodiscus wailesii 138
Coscinodiscus sp.1 762 69 155
Coscinodiscus sp.2 100
Cylindrotheca closterium 762 13239 388 200
Diploneis sp. 69 100
Guinardia flaccida 69 26478 100
Guinardia striata 311 1100
Helicotheca tamesis 155
Hemiaulus sinensis 254 2408
Leptocylindrus blavyanus 400
Leptocylindrus danicus 311
Leptocylindrus minimus 2874 200
Lioloma pacificum 138
Meuniera membranaceae 700 19859 2500
Nitzschia sp.1 413
Nitzschia sp.2 155 400
Odontella sinensis 2796 1400
Paralia sulcata 138 311 6200
Plagiogramma vanheurckii 4700
Pleurosigma acuminatum 932 1300
Pleurosigma / Gyrosigma 6620 388
Podosira stelligera 155
Pseudo-nitzschia sp. 2175 22900
Rhizosolenia pungens 826 6620 311 0
Skeletonema sp. 482 562665 17242718 4620000
Thalassionema frauenfeldii 233 400
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-92 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Espécie
Estações Amostrais
Área Despejo (Estação #002)
Área de Dragagem/Porto (Estação #52)
Pré Durante Pós Pré Durante Pós
cél./L cél./L cél./L cél./L cél./L cél./L
Thalassionema nitzschioides 1942 500
Tropidoneis sp. 155
aff. Cyclotella 19859 4700
Fragilariineae 544 800
Naviculaceae 69
Thalassionemataceae 69 200
Classe Dinophyceae
Ceratium fusus 300 400
Ceratium hircus 466
Ceratium trichoceros 78
Dinophysis acuminata 155
Gyrodinium sp. 1016 700 2700
Gymnodinium cf. catenatum 13239
Prorocentrum micans 69 200 78
Prorocentrum obtusum 466
Prorocentrum sigmoides 69 200
Protoperidinium steinii 138
Protoperidinium sp.1 1016 100 13239 777 100
Protoperidinium sp.2 33098 78
Protoperidinium sp.3 78
Scrippsiella sp. 138 100 78
Dinoflagelado tecado não identificado 900
Classe Euglenophyceae
Eutreptia / Eutreptiella 254 26478 800
Ebriidae
Hermesinum adriaticum 344 155
DENSIDADE TOTAL 4.063 7.156 3.200 880.406 17.270.835 4.672.400
Riqueza específica 6 21 8 14 32 25
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-93 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 47. Densidade total e riqueza específica das microalgas, na área
dragada, nos três momentos amostrais.
Figura 48. Densidade total e riqueza específica das microalgas, na área de
despejo dos sedimentos dragados, nos três momentos amostrais.
0
5
10
15
20
25
30
35
0,00E+00
2,00E+06
4,00E+06
6,00E+06
8,00E+06
1,00E+07
1,20E+07
1,40E+07
1,60E+07
1,80E+07
2,00E+07
Pré Durante Pós
Área de Dragagem
Densidade total (células/L) Riqueza específica (n° espécies)
0
5
10
15
20
25
30
35
0,00E+00
1,00E+03
2,00E+03
3,00E+03
4,00E+03
5,00E+03
6,00E+03
7,00E+03
8,00E+03
Pré Durante Pós
Área de Despejo
Densidade total (células/L) Riqueza específica (n° espécies)
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-94 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 49. Abundância relativa das classes de microalgas observadas, na área
de dragagem e área de despejo dos sedimentos dragagdos nos berços de
atracação do Porto de Pranaguá, nos três momentos amostrais.
Figura 50. Abundância relativa das classes de microalgas, observadas na área
de despejo, nos três momentos amostrais.
Bacillariophyceae 99,57%
Euglenophyceae 0,12%
Dinophyceae 0,31%
Ebriidae 0,002%
Abundância Relativa
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-95 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 51. Abundância relativa das classes de microalgas, observadas na área
de dragagem, nos três momentos amostrais.
5.3.2. Comunidade Zooplanctônica
5.3.2.1. Resultados e Discussão
A fauna zooplanctônica foi constituída por 15 grandes grupos e 59 categorias
taxonômicas distribuídas entre filo, gênero, espécie e estágios de
desenvolvimento (Tabela 16).
Tabela 16. Valores de densidade (org.m-3) do zooplâncton por área amostral (área de
despejo e área de dragagem), nos três momentos amostrais (pré, durante e pós-
dragagem).
Organismos Área de Despejo (#002) Área de Dragagem (#52)
Pré Durante Pós Pré Durante Pós
Cnidaria 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Hydromedusae 0,0 0,7 0,0 0,0 0,7 1,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Siphonoforo 0,4 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Salpidae 0,4 3,5 15,2 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Doliolidae 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-96 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Organismos Área de Despejo (#002) Área de Dragagem (#52)
Pré Durante Pós Pré Durante Pós
Mollusca 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Veliger bivalve 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Veliger gastropoda 48,8 5,6 0,0 0,2 0,0 0,0
Cresseis sp 3,9 3,5 8,7 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Cladocera 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Penilia avirostris 26,0 66,4 4,3 0,0 0,0 0,0
Pseudoevadne tergestina 0,0 0,0 202,5 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Copepoda 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Nauplio 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Copepodito 10,6 1,4 0,0 6,1 5,5 7,8
Acartia sp 0,0 0,0 0,0 1,7 2,9 1,0
Acartia lilljeborgi 0,0 0,0 0,0 11,1 21,9 2,1
Acartia tonsa 0,0 0,0 0,0 1,5 9,9 2,6
Calanopia americana 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Calocalanus sp 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0
Calocalanus pavoninus 5,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Centropages sp 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5
Centropages velificatus 5,5 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0
Clausocalanus furcatus 205,6 8,7 0,0 0,2 0,0 8,3
Copilia mirabilis 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Corycaeus giesbrechti 12,2 7,0 2,2 0,0 0,4 0,5
Corycaeus speciosus 1,2 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0
Euchaeta marina 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Farranula gracilis 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Labidocera fluviatilis 0,0 0,0 8,7 0,0 0,4 1,0
Harparcticoida 0,0 0,0 0,0 1,5 1,1 0,0
Miracia efferata 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Nannocalanus minor 0,4 0,7 0,0 0,0 0,0 1,6
Neocalanus gracilis 0,0 0,7 6,5 0,0 0,0 0,5
Oithona sp 0,0 0,0 0,0 0,0 2,6 3,1
Oithona oswaldocruzi 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0 1,0
Oithona plumifera 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Oncaea sp 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0
Onacea clevei 20,1 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0
Oncaea media 77,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Oncaea venusta 0,0 0,0 0,0 0,7 0,7 0,5
Paracalanus sp 3,5 0,0 0,0 0,4 0,0 14,6
Pleuromamma piseki 0,4 0,0 0,0 0,4 1,5 1,0
Pseudodiaptomus sp 8,3 0,0 0,0 1,7 5,1 1,6
Pseudodiaptomus acutus 0,0 0,0 0,0 9,8 20,8 0,0
Saphirina sp 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Scolecithrix sp 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0
Subeucalanus pileatus 1,2 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0
Subeucalanus crassus 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Temora stylifera 5,9 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0
Temora turbinata 40,2 11,9 36,8 0,4 0,0 1,0
Undinula vulgaris 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Cirripedia 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Naupliu 0,0 0,0 3,2 9,0 25,5 0,0
Cipry 0,0 0,0 0,0 1,1 0,4 1,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Amphipoda 1,2 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-97 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Organismos Área de Despejo (#002) Área de Dragagem (#52)
Pré Durante Pós Pré Durante Pós
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Decapoda 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Megalopa 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0
Protozoea 12,2 2,1 0,0 0,4 0,4 1,0
Zoea 0,8 0,7 1018,9 15,7 10,6 3,1
Lucifer sp 7,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Euphausiacea 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Calyptopis 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Appendicularia 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Oikopleura dioica 0,0 0,0 4,3 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Chaetognatha 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Sagitta sp 2,0 0,7 10,8 0,2 0,0 7,8
Sagitta enflata 13,8 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0
Sagitta tenuis 0,4 2,1 6,5 0,4 3,6 1,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Ascidia 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Larva 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Ictioplâncton 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
larva 0,4 0,0 0,0 0,7 0,0 0,5
ovo 0,8 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Densidade (org.m-3) 530,1 131,7 1328,5 64,3 118,6 64,5
A densidade média total de organismos alcançou 746 org.m-3 neste
monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de
Paranaguá, resultando em um valor de densidade média bem abaixo da
registrada para janeiro de 2010 (8.330 org.m-3) e setembro de 2010 (3.719
org.m-3), que foram amostragens para os diagnósticos ambientais do Relatório
de Controle Ambiental – RCA da regularização ambeintal do Porto de Pranaguá e
o Estudo de Impacto Ambiental – EIA da dragagem de aprofundamento dos
canais de acesso ao Porto de Pranaguá.
A área de despejo apresentou as maiores densidades médias (663 org.m-3)
enquanto que a área da dragagem apontou as menores densidades médias (82
org.m-3) ao longo dos três momentos de amostragem (pré, durante e pós-
dragagem) (Figura 52). Portanto, constatou-se menor densidade no interior do
sistema estuarino, o que aponta padrão inverso ao observado para a comunidade
zooplanctônica do local nas amostragens anteriores supra citadas.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-98 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 52. Valores de densidade média (org.m-3) do zooplâncton, nas áreas de
despejo e dragagem, nos três momentos amostrais (pré, durante e pós-
dragagem).
Os organismos com maiores densidades foram as espécies Acartia lilljeborgi,
Clausocalanus furcatus e Temora turbinata (Copepoda), a espécie Penilia
avirostris (Cladocera) e as espécies Sagitta tenuis e S. enflata (Chaetognatha)
(Tabela 16).
No zooplâncton identificado em locais com influência marinha, há a dominância
de Copepoda, o que já foi registrado no Complexo Estuarino de Paranaguá nas
campanhas de janeiro e setembro de 2010 (diagnóstico para o Relatório de
Controle Ambiental – RCA da regularização do Porto de Paranaguá e do Estudo
de Impacto Ambiental – EIA da dragagem de aprofundamento dos canais de
acesso ao Porto de Paranaguá), e em outros estudos (BERSANO, 1994;
SANT’ANNA & BJORNBERG, 2006; STERZA & FERNANDEZ, 2006; CORNILS et al.,
2007; VEADO, 2008; ACQUAPLAN, 2009). No entanto, para a presente
campanha, o grupo mais abundante foi Decapoda com 48%, seguido por
Copepoda com 30%, Cladocera com 13%, Mollusca com 3%, Chaetognatha com
2,3%, Cirripedia com 1,7%, Appendicularia com 0,2% e Ictioplâncton com
0,12%. Outros organismos como Cnidaria, Siphonophorae, Salpidae, Doliolidae,
Amphipoda, Euphausiacea e Asciídia contribuíram com 1,4% para a comunidade
zooplanctônica para os momentos de pré, durante e pós-dragagem (Figura 53).
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Pré Durante Pós Pré Durante Pós
Área de Despejo Área de Dragagem
De
nsi
dad
e t
ota
l (o
rg/m
3)
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-99 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 53. Abundância relativa (%) dos grupos
zooplanctônicos, nas áreas de dragagem e de despejo, nos
três momentos amostrais.
Neste monitoramento ambiental, da dragagem dos berços de atracação do Porto
de Paranaguá, o meroplâncton apresentou grande contribuição a comunidade
zooplanctônica, representando 52%, enquanto que o holoplâncton contribuiu
com 48%. É comum em ambientes estuarinos, a ocorrência de organismos
meroplanctônicos, como representantes de Mollusca, Cirripedia, Asciídia,
Decapoda e Ictioplâncton já que utilizam o sistema como berçário. Isto pode ser
confirmado pela presença de inúmeros estágios de desenvolvimento, como ovos,
larvas e juvenis compondo o meroplâncton no Complexo Estuarino de Paranaguá
durante o período monitorado entre janeiro e fevereiro de 2011, assim como em
outros períodos de estudos neste mesmo local e em outros locais (LOPES,et al,
1998; GARCIA et al., 2007; VEADO, 2008; ACQUAPLAN, 2009).
Mollusca3%
Cladocera13%
Copepoda30%
Cirripedia1,7%
Decapoda48%
Appendicularia 0,2%
Chaetognatha2,3%
Ictioplancton0,12%
Outros1,4%
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-100 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.3.3. Espécies dominantes
As espécies de Copepoda (exceção para Clausocalanus furcatus), Cladocera e
Chaetognatha são típicas e numerosas em águas costeiras quentes e salobras
como sistemas estuarinos e áreas de manguezais (BOLTOVSKOY, 1981). O
copepoda Clausocalanus furcatus é uma espécie típica de águas costeiras e
oceânicas do nordeste brasileiro (GARCIA et al., 2007) e abundante em águas
oligotróficas do Atlântico tropical (WEBBER & ROFF, 1995). Aponta águas
marinhas oligotróficas da corrente do Brasil (SCHWAMBORN, 1997,
SCHWAMBORN et al., 1999) o que pode justificar sua distribuição na região
marinha costeira adjacente ao Complexo Estuarino de Paranaguá para o período
em que foi executado este monitoramento ambiental.
Dentre os grupos do meroplâncton, o mais representativo costuma ser
Decapoda, o que foi constatado neste estuário (Figura 54) bem como em outros
estuários da costa brasileira, alcançando pico na sua densidade de 1018 org.m-3
em jan/fev 2011(CAVALCANTI et al., 2008; NEUMANN-LEITÃO et al. 2008;
VEADO & RESGALLA JR., 2005; VEADO, 2008; ACQUAPLAN, 2010a).
Figura 54. Abundância relativa (%) de Decapoda durante o
monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do
Porto de Paranaguá.
20 org/m3
3 org/m3
1019 org/m3
16 org/m3
11 org/m3
4 org/m3
Pré Durante Pós Pré Durante Pós
Área de Despejo Área de Dragagem
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-101 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
A presença destes constituintes deve ser observada com atenção, já que este é
um táxon importante na cadeia trófica do sistema estuarino, atuando em
diferentes nichos ecológicos como herbívoros, predadores, necrófagos e presas
de outros grupos (MAGALHÃES, 2000). A ocorrência destas larvas em ambientes
costeiros está relacionada com os picos reprodutivos de populações bentônicas
(BOUGIS, 1976; RAYMOND, 1983) que ocorrem nos meses mais quentes do ano
e podem indicar a produção primária do ambiente. Esse padrão foi observado na
enseada do Saco dos Limões (Florianópolis, SC) e no baixo estuário do rio Itajaí-
Açu (Itajaí, SC) por Veado (2002; 2008), na enseada da Armação do Itapocoroy
(Penha, SC) por Nunes (2007), na região da baía da Babitonga (São Francisco do
Sul, SC) por Almeida et al (2008), por Acquaplan (2010b) e por Neves et al
(2010) e no sistema estuarino do porto de Suape (Recife, PE) por Neumann-
Leitão et al (2008), corroborando o padrão observado no Complexo Estuarino de
Paranaguá onde Decápoda apresentou relação positiva com a temperatura para
janeiro de 2010 e janeiro e fevereiro de 2011.
Neste monitoramento em específico, este fator ainda pode ter sido potencializado
com o aporte de nutrientes oriundos dos sedimentos dragados, que na sua
origem estavam fixados/trapeados no sedimento, e quando da sua remobilização
e deposição na área de despejo tenham sido liberados para o meio, contribuindo
para a produtividade local.
5.3.4. Comunidade da Macrofauna Bentônica
5.3.4.1. Resultados e Discussão
Foram coletados 104 organismos distribuídos em 24 taxa, sendo a classe
Polychaeta a dominante com 50% do total dos indivíduos coletados. Este grupo
foi seguido pelo subfilo Crustácea com 31,73% da fauna total. Dentro da classe
dominante dos Polychaeta, a família mais representativa foi Spionidae com
30,92% de dominância, já o subfilo Crustácea a ordem mais representativa foi
dos Amphipoda com 54,83% dos crustáceos coletados (Tabela 17 e Figura 3).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-102 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 17. Composição da macrofauna bentônica, nas áreas de dragagem e despejo, durante o
monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.
Organismo
Pré-Dragagem Durante a Dragagem Pós-Dragagem
Despejo Dragagem Despejo Dragagem Despejo Dragagem
2A 2B 2C 52A 52b 52C 2A 2B 2C 52A 52B 52C 2A 2B 2C 52A 52B 52C
Amphipoda 2 1 0 0 0 0 0 4 2 0 0 0 2 4 2 0 0 0
Caridea 2 1 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Cephalocordata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Cossuridae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Cumaceo 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0
Excirolana 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Glyceridae 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Isopoda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Lucinidae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0
Mactridae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0
Magelonidae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Misidaceo 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Naticidae 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nephtydae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0
Nereididae 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Olividae 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0
Onuphidae 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Ophellidae 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0
Ophiuro 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Paraonidae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0
Petricolidae 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Sigalionidae 0 0 3 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Spionidae 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 3 10 11 0 0 0
Tellinidae 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Figura 55. Organismos dominantes na área de estudo, sendo (A) Polychaeta da família
Spionidae e (B) Custráceo da ordem Amphipoda.
A análise dos descritores da macrofauna bentica demonstrou que o número de
taxa foi menor na área de dragagem, em todos os três momentos amostrais
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-103 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
(pré, durante e pós-dragagem), tendo a área de despejo apresentado valores
mais elevados. Com relação à distribuição do número de taxa ao longo dos
diferentes momentos amostrais, após a dragagem foi observado valores mais
elevados para o número de taxa, principalmente na área de despejo. Já a área
de dragagem teve valores observados para número de taxa apenas no momento
pré-dragagem (Figura 56).
Figura 56. Número médio de taxa (± erro padrão), nas áreas de dragagem
e despejo, para os três momentos amostrais.
Os valores médios de densidade da macrofauna oscilaram entre 0 e 864,6
indivíduos/m². Observou-se que na área de despejo a densidade apresentou os
valores mais elevado. Valores mais baixos de densidade foram registrados na
área de dragagem. Assim como o número de taxa, os valores de densidade da
macrofauna, na área de despejo, se mostraram mais elevados no momento pós-
dragagem. Já na área dragada, somente no momento pré-dragagem, foi
observado pequenos valores de densidade.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
2 52 2 52 2 52
Pré-Dragagem Dragagem Pós-dragagem
Nú
me
ro d
e T
axa
Pontos/Eventos
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-104 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 57. Densidade média (± erro padrão), nas áreas de dragagem e
despejo, para os três momentos amostrais.
A análise multivariada de ordenação derivada dos dados univariados da
macrofauna bêntica (Figura 58), demonstrou uma relativa distinção da fauna
entre as duas áreas monitoradas. Já entre os momentos amostrais pode ser
observado que a área de despejo não sofreu muita variação durante os
momentos (pré-dragagem, durante a dragagem e pós-dragagem). A área
dragada teve os componetes da fauna mais variados entre os momentos
amostrais, sendo que no momento pré-dragagem os valores foram mais
semelhantes ao observado na área de despejo. A Figura 59 demonstra o gráfico
de ordenação baseado na densidade da família spionidae, família mais
representativa da classe Polychaeta. Pode-se observar que parte da similaridade
entre as áreas (área de dragagem e área de despejo) e momentos amostrais
(pré, durante e pós-dragagem) se deu decorrente da densidade desta família.
0
200
400
600
800
1000
1200
2 52 2 52 2 52
Pré-Dragagem Dragagem Pós-dragagem
De
nsi
dad
e (
mé
dia
/m²)
Pontos/Eventos
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-105 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 58. Análise de ordenação da macrofauna bêntica entre as áreas de estudos (área
de dragagem e área de despejo) para os três momentos amostrais (pré, durante e pós-
dragagem).
Figura 59. Gráfico de ordenação por similaridade e densidade da família Spionidae.
As atividades de dragagem e descarte de material dragado são distintas quanto
às formas de impacto na estrutura das comunidades bênticas e quanto aos
Transform: Log(X+1)
Resemblance: S17 Bray Curtis similarity
EventoPré-dragagem
Dragagem
Pós-dragagem
252
2
52
2
52 2D Stress: 0
Transform: Log(X+1)
Resemblance: S17 Bray Curtis similarity
Spionidae
0,8
3,2
5,6
8
252
2
52
2
52
2D Stress: 0
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-106 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
períodos necessários a sua recuperação. De maneira geral, a retirada de
sedimentos do fundo provoca uma diminuição no número de espécies e
indivíduos, frequentemente envolvendo alterações nos padrões de dominância e
distribuição destes organismos (SOARES et al., 1996).
No processo de recolonização de um ambiente alterado, as espécies oportunistas
são as primeiras a colonizarem o local, ocupando rapidamente as áreas
perturbadas (SOARES et al., 1996). Em uma revisão da literatura clássica,
observou-se que as comunidades macrofaunais, tipicamente de habitats
estressados, são mais resilientes se comparadas a ambientes mais estáveis.
Naqueles, recuperando-se em média após nove meses e, nestes, demorando de
um a quatro anos para recobrar as comunidades originais (BOLAM, 2003).
Estudos anteriores realizados ao longo do Complexo Estuarino de Paranaguá
mostraram a presença de uma clara setorização natural da área. Estes setores
correspondem a distintos ambientes de sedimentação, energia e salinidade e que
suportam associações bênticas características, tanto na porção sublitoral como
em áreas entremarés (por exemplo, LANA 1986; NETTO & LANA 1996; NETTO &
LANA 1999; ROSA 2009).
Como observado neste monitoramento ambiental, as porções mais internas do
Complexo Estuarino de Paranaguá foram caracterizados por baixos valores de
riqueza e densidade da macrofauna. A área do cais de atracação do Porto de
Paranaguá está sujeita a uma maior influência da drenagem continental, com
sedimentos síltico-argilosos e elevados teores de matéria orgânica. Além disso,
até mesmo pela condição de assoreamento, as interferências da atividade
portuária, como o contato dos cascos dos navios com o leito marinho desta área,
relatado pela Autoridade Portuária, causam a supressão local da fauna bêntica.
De forma geral foi observada uma baixa densidade faunística na área onde
ocorreu a dragagem, havendo uma dominância de Spionidae. Esta dominância
refletiu no aumento da densidade na área de despejo ao longo da obra de
dragagem, onde se observa o crescimento da taxa total, principalmente refletida
nos resultados da campanha pós-dragagem, com o aumento significativo
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-107 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
representado pelo transporte ativo de organismos entre a área dragada e a área
de despejo (Figura 60).
Figura 60. Distribuição da taxa total ao longo da obra de dragagem na área de
despejo, com detalhe para o aumento significativo de Spionidae no pós-dragagem.
0
10
20
30
40
50
60
Pré Durante Pós
Área de Despejo
Nú
me
ro d
e T
axa
Taxa total Spionidae
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-108 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.4. Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem
O Programa de Gerenciamento dos Resíduos da draga foi executado pelo
observador de bordo, que acompanhou a gestão dos resíduos na embarcação,
assessorando o empreendedor e, especialmente, a contratada, no que se refere
às ações ambientais necessárias para o eficiente atendimento às exigências do
licenciamento ambiental, normas e dispositivos legais.
Os resíduos sólidos gerados na draga, oriundos das distintas instalações (ponte
de comando, camarotes, sanitários, cozinha e refeitório) eram armazenados em
contentores de forma segregada nos distintos pontos de geração (Figura 61).
Figura 61. Vista de contentores para armazenamento de resíduos
sólidos dispostos na ponte de comando da draga.
Estes resíduos eram produzidos pela atividade operacional da draga, através de
seus 29 colaboradores (tripulantes) trabalhando em turno de 8 (oito) horas.
Diariamente um tripulante da draga, realizava a coleta dos resíduos dos
contentores e depositava-os em duas caçambas, com capacidade volumétrica de
3,0 m3 cada, estando estas dispostas sobre o convés da draga (Figura 62).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-109 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 62. Caçambas dispostas sobre o convés da draga onde os
resíduos sólidos gerados pela tripulação da embarcação eram
armazenados.
Os resíduos gerados, propriamente ditos, pela operação de dragagem, se
constituem de materiais depositados junto ao leito marinho. Tais resíduos se
caracterizavam por:
Pneus utilizados com denfesas de atracação de embarcações no cais do
Porto de Paranaguá;
Lonas de contenção de granéis utilizadas, principalmente, no desembarque
de cargas dos navios para o pátio do Porto de Paranaguá;
Cabos de amarração em aço e cabos sintéticos;
Retalhos de redes de pesca; e,
Estruturas metálicas;
Tais resíduos ficavam retidos na boca de dragagem, que possui um sistema de
contenção para que resíduos ou fragmentos rochosos não sejam succionados e
atinjam as bombas de sucção decorrendo em danos ao sistema operacional da
draga.
Assim, após o término de cada ciclo de dragagem, os braços de sucção, tanto de
bombordo quanto boreste, são recolhidos ao interior da draga e posicionados
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-110 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
sobre o convés de maneira permitir a limpeza das bocas de dragagem e
verificação da integridade do sistema (Figura 63).
Figura 63. Registro de tripulante da draga executando a limpeza da boca de dragagem,
onde é possível observar os resíduos retidos no sistema.
Todos os resíduos retidos na boca de dragagem eram recolhidos e depositados
em caçambas dispostas sobre o convés da draga, disponibilizadas pela
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA (Figura 64 e Figura
65).
Figura 64. Armazenamento dos resíduos, oriundos da dragagem,
retidos pelo sistema de contenção.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-111 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 65. Vista dos resíduos recolhidos durante a dragagem.
5.4.1. Quantitativo de Resíduos Gerados e Destinação Empregada
Durante a atividade de dragagem dos berços de atracação do Porto de
Paranaguá, que foi executada entre os dias 31 e 10 de fevereiro de 2011 foram
gerada 07 (sete) caçambas com resíduos retidos na boca de dragagem e 02
(duas) caçambas com resíduos gerados pela tripulação durante a operação da
draga.
No dia 04 de fevereiro de 2011 foi realizada a primeira manobra de desembarque
de resíduos sólidos da draga. Neste dia foram desembarcadas 02 (duas)
caçambas com os resíduos da tripulação e 03 (três) caçambas com resíduos da
dragagem retidos na boca. A operação de transbordo dos resíduos foi realizada
com a utilização dos guindastes existentes na draga (Figura 66).
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-112 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 66. Operação de transbordo de resíduos da draga para o cais do Porto de Paranaguá.
As duas caçambas com os resíduos gerados pela tripulação da draga foram
posicionadas no cais do Porto de Paranaguá, sendo os resíduos transbordados
para duas outras caçambas da empresa contratada para a realização do
transporte (JJ Comércio e Transporte de Resíduos Oleosos Ltda.), conforme
demonstrado na Figura 67.
Figura 67. Transbordo dos resíduos gerados pela tripulação da
draga, entre as caçambas da Van Oord e as caçambas da empresa
contratada para o transporte ao destino final.
Os resíduos gerados pela tripulação da draga fora destinados a empresa Essencis
Soluções Ambientais.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-113 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
As três caçambas com os resíduos gerados pela dragagem, manobradas no dia
04/02/2011, foram dispostas no cais do Porto de Paranaguá, sendo estas de
propriedade da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA
(Figura 68). Estas caçambas foram coletadas/transportadas pela empresa
Paranaguá Ambiental (Eloir Martins & Cia Ltda).
Figura 68. Caçambas de propriedade da APPA, onde foram
armazenados os resíduos gerados pela dragagem.
Ao final da obra de dragagem, no dia 10/02/2011, foram desembarcadas mais
04 (quatro) caçambas com resíduos da dragagem retidos no sistema de
contenção. Estas caçambas, de propriedade da APPA, foram coletadas pela
empresa Eloir Martins & Cia Ltda., que encaminhou os resíduos para a empresa
JM Tratamento de Resíduos Ltda.
A planilha abaixo (Tabela 18) apresenta a data do desembarque dos resíduos
sólidos, empresas responsáveis pela coleta/transporte, quantidade gerada, e
destino dado aos resíduos.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-114 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 18. Resumo dos resíduos sólidos gerados na atividade de dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá e seu
gerenciamento. Data do
desembarque
dos resíduos
Quantidade de
Resíduos Gerada
(kg)
Fonte Geradora Tipo de resíduo Data da Coleta Coletor
Transportador Destino Final
04/02/2011 4.120 Tripulação da draga
Resíduos Classe IIA e IIB,
Orgânicos de cozinha, refeitório e
sanitários, resíduos plásticos,
metálicos e papéis das áreas
operacionais.
15/02/2011
JJ Comércio e
Transporte de
Resíduos
Oleosos Ltda.
Essencis Soluções
Ambientais – Aterro
Resíduos Classe I, IIA
e IIB.
04/02/2011 4.070
Resíduos da dragagem
retidos no sistema da
boca de sucção
Resíduos Classe IIA – Pneus, cabos
de aço e sintéticos, lonas,
estruturas metálicas
07/02/2011 Eloir Martins &
Cia Ltda.
JM tratamento de
Resíduos Ltda –
Unidade de tratamento
de resíduos, com
triagem, compostagem
e aterro
04/02/2011 1.120
Resíduos da dragagem
retidos no sistema da
boca de sucção
Resíduos Classe IIA – Pneus, cabos
de aço e sintéticos, lonas,
estruturas metálicas
08/02/2011 Eloir Martins &
Cia Ltda.
JM tratamento de
Resíduos Ltda –
Unidade de tratamento
de resíduos, com
triagem, compostagem
e aterro
10/02/2011 10.200
Resíduos da dragagem
retidos no sistema da
boca de sucção
Resíduos Classe IIA – Pneus, cabos
de aço e sintéticos, lonas,
estruturas metálicas
15/02/2011 Eloir Martins &
Cia Ltda.
JM tratamento de
Resíduos Ltda –
Unidade de tratamento
de resíduos, com
triagem, compostagem
e aterro
10/02/2011 930
Resíduos da dragagem
retidos no sistema da
boca de sucção
Resíduos Classe IIA – Pneus, cabos
de aço e sintéticos, lonas,
estruturas metálicas
16/02/2011 Eloir Martins &
Cia Ltda.
JM tratamento de
Resíduos Ltda –
Unidade de tratamento
de resíduos, com
triagem, compostagem
e aterro
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-115 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.4.1.1. Identificação dos Prestadores de Serviço no Transporte e Tratamento
dos Resíduos Sólidos
5.4.1.1.1. Coleta e Transporte dos Resíduos
i. JJ Comércio e Transporte de Resíduos Oleosos Ltda.
Nome Fantasia: Petroil Company
Endereço: Rua Manoel Bonifácio, 337, bairro Costeira – Paranaguá, PR.
CNPJ: 07.316.725/0001-32
Licença Ambiental: Licença de Operação – LO N°12385, com validade até
18/12/2010, emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.
o Foi apresentado um ofício expedido pelo IAP informando que a JJ
Comércio e Transporte de Resíduos Oleosos Ltda. requereu, em
03/09/2010, a renovação da licença ambiental, declarando que a LO
N° 12385 fica prorrogada até manifestação do IAP.
ii. Eloir Martins & Cia Ltda
Nome Fantasia: Paranaguá Ambiental
Endereço: Rua Ludovica Borio, 04, bairro Bockmann – Paranaguá, PR.
CNPJ: 03.177.666/0001-08
Licença Ambiental: Licença de Operação – LO N°6717, com validade até
12/03/2011, emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.
5.4.1.1.2. Destino dos Resíduos Sólidos
i. JM Tratamento de Resíduos Ltda.
Endereço: Rua Rio das Pedras, S/N, Distrito de Alexandra – Paranaguá, PR
CNPJ: 03.300.244/0001-88
Licença Ambiental: Licença de Operação – LO N°16324, com validade até
10/07/2012, emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.
ii. Essencis Soluções Ambientais
Endereço: Rua dos Palmenses, 4005, Cidade Industrial – Curitiba, PR
CNPJ: 40.263.170/0009-30
Licença Ambiental: Licença de Operação – LO N° 8479, com validade até
17/05/2013, emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.
No ANEXO 3 são apresentados os documentos de movimentação dos resíduos,
assim como licenças ambientais dos prestadores de serviço.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-116 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
5.5. Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos
Sedimentos na Área de Descarte
O monitoramento do volume dragado foi executado pela Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina – APPA, através da análise dos levantamentos
hidrográficos (batimetrias) executados pela empresa Coral Sub Ltda. O relatório
deste monitoramento é apresentado no ANEXO 4.
O acompanhamento do lançamento dos sedimentos na área de descarte foi
monitorado com a presença de um profissional oceanógrafo (observador de
bordo), verificando em cada ciclo de dragagem o posicionamento da embarcação
na área delimitada para a dragagem, e posteriormente o posicionamento dentro
dos limites da área de descarte para o despejo dos sedimentos.
Na área de dragagem, o observador, monitorava na ponte de comando da
embarcação, juntamente com o comandante da draga e o draguista, o seu
posicionamento na área delimitada para a dragagem. A draga possui um sistema
de posicionamento, com software computacional, onde o projeto de dragagem,
devidamente georreferenciado, é plotado, sendo a operação da draga
condicionada na área delimitada (Figura 69).
Figura 69. Ponte de comando da draga (A), onde se observa o draguista operando os
braços de dragagem sob o controle do posicionamento (B).
O sistema de controle é visualizado através de três principais painéis
(monitores), onde são apresentados os limites horizontais e verticais da área a
ser dragada. Dois painéis apresentam a posição dos braços de dragagem, de
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-117 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
bombordo e boreste, em relação aos limites da área a ser dragada. Um outro
painel apresenta o posicionamento dos braços de dragagem em relação à cota
(profundidade) e delimita a cota de projeto estabelecida (Figura 70).
Figura 70. (A) Painel de controle do posicionamento do braço de dragagem de
bombordo; (B) painel de controle do posicionamento do braço de dragagem de boreste e
(C) painel de controle do posicionamento em relação à cota (profundidade) da
dragagem.
Para a execução da obra de dragagem dos berços de atracação do Porto de
Paranaguá, foram realizados 30 (trinta) ciclos de dragagem. Em todos os ciclos o
observador de bordo acompanhou o posicionamento, sendo verificado que
durante toda a obra não houve qualquer dragagem fora dos limites estabelecidos
em projeto.
5.5.1. Descarte dos Sedimentos Dragados
Após a execução da dragagem, com o carregamento da cisterna (a cisterna da
draga HAM 309 da Van Oord possui capacidade de armazenamento de 4.600
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-118 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
m3), que durou em média 1:57h, a draga navegava em direção a área de
despejo, distante aproximadamente 15 km.
Na área de despejo as comportas da cisterna, que formam o fundo do casco da
embarcação, eram então abertas e todo o sedimento descartado. Em todos os
ciclos de dragagem o observador de bordo monitorou o posicionamento da draga
no momento de descarte em relação à área delimitada para tal, sendo observado
o posicionamento em relação ao sistema operacional da draga e registrada a
posição geográfica do local com um GPS (Global Positioning System),
configurado no mesmo datum horizontal do projeto de dragagem (WGS 84). De
imediato a localização era verificada sobre o projeto de dragagem plotado no
software HYPACK MAX. A localização de todos os pontos de descarte é
apresentada na Figura 71, sendo possível a sua análise em detalhe através da
Figura 72. A localização geográfica dos pontos de despejo, assim como data e
horário do ocorrido, é apresentada na Tabela 19.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-119 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 71. Localização dos pontos de despejo dos sedimentos dragados na área de descarte.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-120 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Figura 72. Localização dos pontos de despejo dos sedimentos dragados, em detalhe com, a delimitação da área de descarte.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-121 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento
Tabela 19. Localização geográfica dos pontos de descarte dos sedimentos dragados nos
berços de atracação do Porto de Paranaguá.
Ciclo Data
Dragagem
Hora Data
Despejo
Hora
Localização Geográfica (UTM)
Datum horizontal WGS 84
Despejo - Inicial
Inicio Final Inicio Final X Y
1° 31/01/2011 11:00 11:41 31/01/2011 14:50 14:55 786952.2 7158077.13
2° 31/01/2011 17:15 17:55 31/01/2011 19:55 20:00 787005.18 7157611.19
3° 31/01/2011 22:21 23:15 01/02/2011 01:45 01:55 786952.2 7158077.13
4° 01/02/2011 03:53 04:57 01/02/2011 07:00 07:05 786573.96 7158666.13
5° 01/02/2011 09:16 10:15 01/02/2011 12:40 12:50 786573.96 7158666.13
6° 01/02/2011 14:40 15:25 01/02/2011 17:50 18:05 786709.95 7158173.28
7° 01/02/2011 21:08 21:55 02/02/2011 00:15 00:22 786269.56 7157545.96
8° 02/02/2011 02:18 03:06 02/02/2011 05:13 05:21 786385.01 7157528.95
9° 02/02/2011 07:35 08:40 02/02/2011 10:45 10:55 787732.40 7157652.86
10° 02/02/2011 12:25 13:40 02/02/2011 15:57 16:10 786438.95 7157459.44
11° 02/02/2011 18:15 19:50 02/02/2011 21:50 22:00 786809.24 7157444.51
12° 03/02/2011 00:15 01:50 03/02/2011 04:25 04:35 786472.50 7157552.98
13° 03/02/2011 06:50 10:00 03/02/2011 12:10 12:37 787206.89 7157584.97
14° 03/02/2011 14:45 17:05 03/02/2011 19:20 19:26 787059.54 7157760.37
15° 3 e 4/02/11 22:05 00:20 04/02/2011 02:30 02:40 786608.70 7157166.66
16° 04/02/2011 04:35 05:50 04/02/2011 07:45 07:55 786671.17 7157861.83
17° 04/02/2011 10:35 12:10 04/02/2011 14:25 14:35 786719.27 7158867.97
18° 04/02/2011 17:30 21:15 4 e 5/02/11 23:50 00:00 786731.03 7158565.40
19° 05/02/2011 02:10 06:55 05/02/2011 09:10 09:15 787015.09 7159477.52
20° 05/02/2011 14:05 19:50 05/02/2011 22:15 22:25 787793.27 7158294.33
21° 06/02/2011 00:55 07:35 06/02/2011 09:50 09:55 787119.53 7157717.72
22° 06/02/2011 12:35 14:55 06/02/2011 17:15 17:20 786465.16 7157901.52
23° 07/02/2011 07:45 08:40 07/02/2011 10:40 10:45 786390.60 7158116.26
24° 07/02/2011 13:10 15:45 07/02/2011 18:00 18:05 786292.49 7158399.37
25° 07/02/2011 20:22 22:50 08/02/2011 01:00 01:10 786657.73 7158006.41
26° 08/02/2011 03:20 08:25 08/02/2011 10:45 10:53 787061.33 7158624.60
27° 08/02/2011 13:10 16:15 08/02/2011 18:40 18:45 786683.34 7158889.57
28° 8 e 9/2/11 21:25 02:00 9/02/2011 04:30 04:35 786370.77 7157808.00
29° 9/02/2011 06:50 10:05 9/02/2011 12:25 12:30 786429.04 7158363.20
30° 9/02/2011 14:50 16:25 10/02/2011 02:00 02:10 786841.07 7158516.04
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-123 - Capítulo VI – Análise Integrada
6. ANÁLISE INTEGRADA DO MONITORAMENTO AMBIENTAL
O comportamento dos sedimentos na área do porto de Paranaguá mostrou uma
alteração mais significativa apenas durante as obras e nas camadas próximas ao
fundo. Os resultados demonstram uma característica que provavelmente é
condicionada pelas correntes de maré, que deslocam a cunha salina, a qual
acaba servindo como uma barreira física ao deslocamento da massa fluidizada.
Assim, a circulação deste material acaba contida a poucas centenas de metros
em relação à área dragada. Esta conclusão é ainda reforçada pela característica
do estuário, que demonstra significativa estratificação vertical. Desta forma,
apesar da identificação de alguma concentração nas camadas de fundo, esta
condição não foi detectada nas camadas superficiais. Outra observação
importante durante o programa de monitoramento foi o fenômeno de associação
direta entre a dragagem e a ressupensão: encerrada a obra, o levantamento
executado na semana seguinte demonstrou uma redução significativa dos índices
registrados durante o andamento da obra.
Já com relação à transparência, há que se considerar que o ambiente em
questão se trata de um estuário, e que a concentração de materiais dissolvidos
na água é um fator naturalmente presente. A Figura 73 apresenta o
comportamento deste parâmetro nos três momentos da execução da obra em
pontos localizados na área de dragagem. Daquela representação, conclui-se que
o comportamento da transparência não sofreu qualquer interferência da
execução das obras, ratificando aquilo que foi descrito anteriormente.
Considerando que a transparência é um parâmetro indireto avaliado à partir da
superfície da água, observa-se que, durante o andamento das obras, a
transparência chegou a apresentar um resultado ainda melhor do que no período
pré-dragagem; após o término das obras, observa-se um retorno às condições
originais.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-124 - Capítulo VI – Análise Integrada
Figura 73. Comportamento da transparência na área de dragagem, antes,
durante e após a execução das obras.
Na área de despejo, os resultados de turbidez alcançados retratam o que parece
ser uma relação direta entre a hidrodinâmica – e a consequente mobilização dos
sedimentos – e a influência de fenômenos atmosféricos de forte influência
regional. A entrada da “Lestada”, demonstrada pelos dados meteorológicos no
período do monitoramento, coincidem com índices mais elevados de turbidez no
período pós-dragagem, quando comparados com os resultados durante o
andamento da dragagem. Desta forma, sugerem remobilizações de sedimentos
já depositados, provavelmente em decorrência da ação da frente fria que gera
alturas de onda mais significativas.
Entretanto, é importante destacar que, apesar da identificação de índices de
turbidez terem alcançado um pico de 194 ntu nas camadas de fundo na área de
despejo, a transparência observada na região não sofreu alterações
significativas. Os resultados apresentados na Tabela 10 demonstram uma
estabilidade. A Figura 74 a seguir, apresenta graficamente os resultados
apresentados naquela Tabela. Nela se observa que a menor transparência foi
observada no período pré-dragagem; durante a dragagem, ao contrário do que
se poderia esperar, mesmo com o lançamento de material, a transparência
apresentou sensível melhora em relação ao período pré-dragagem. Já no período
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-125 - Capítulo VI – Análise Integrada
pós-dragagem, provavelmente em função dos mesmos fenômenos descritos
antes (frente fria), assim como a turbidez apresentou alguma elevação, a
transparência sofreu decréscimo especialmente nos pontos a Oeste da área de
despejo. Infere-se que o material remobilizado do fundo, que fora recentemente
despejado, deva ter sido transportado pelas correntes influenciadas por ventos
de forma mais significativa nesta direção. O mesmo gráfico demonstra tal
comportamento, onde os pontos sul e leste apresentaram resultados de
transparência até melhores que nos períodos anteriores.
Figura 74. Comportamento da transparência na área de despejo, antes,
durante e após o lançamento do material dragado.
Quanto à nova composição do leito marinho em termos de granulometria dos
grãos, os resultados alcançados demonstram uma alteração sinificativa porém
temporária na #052 já que apresentou um tendência a retornar às condições
originais já no monitoramento pós-dragagem, com aumento da fração arenosa
em relação ao período pré-dragagem. Tendência semelhante foi observada no
#053. Contudo, neste ponto não houve uma demonstração de que as condições
originais tenham sido imediatamente reestabelecidas, uma vez que o lenvamento
pós-dragagem demonstra uma fração areia ainda superior, em porcentagem, do
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-126 - Capítulo VI – Análise Integrada
que aquela registrada no período durante a execução das obras. Por fim, a
estação #060, situada no limite oeste da área de trabalho, apresentou um
comportamento oposto aos demais: inicialmente apresentava uma fração areia
marcante, que durante a execução das obras sofreu uma considerável redução,
mas que retornou posteriormente ao encerramento das intervenções, chegando
a superar a condição original. Em função da posição, infere-se que este
comportamento se deva ao deslocamento de sedimentos pelo fundo durante as
obras, o que reforça a idéia da contenção física provocada pela cunha salina
descrita anteriormente. Assim, com o passar dos dias e a continuidade dos
processos hidrodinâmicos, este material pôde ser novamente redistribuído,
voltando o leito a apresentar sua granulometria predominante original.
Sobre a concentração de contaminantes nestes sedimentos, todos os resultados
apresentaram respeito ao limite de Nível 1 da Resolução CONAMA 344/04.
Quanto aos nutrientes monitorados, apenas o Fósforo Total apresentou alteração
significativa, registrado quase 7 g/kg no período de dragagem, mas
apresentando um decaimento já na semana subsequente ao encerramento das
obras. Este comportamento sugere a exposição de uma camada subsuperficial
em que este parâmetro apresentava uma concentração elevada, e que foi
exposta durante a obra de dragagem. É importante destacar que este ponto está
situado próximo à desembocadura de canais e cursos d’água que percorrem
regiões densamente habitadas (Figura 75). Notoriamente, sabe-se que os
esgotos domésticos representam importante contribuição no aporte de fósforo
para ambientes marinhos e estuarinos. Esta condição foi comprovada pelos
inúmeros trabalhos que já foram encaminhados ao IBAMA, como o EIA de
prolongamento do cais do TCP (2010), o RCA para regularização do porto de
Paranaguá (2010), o EIA de aprofundamento do complexo aquaviário de
Paranaguá (2011), dentre outros. Por outro lado, também pode ser um fator
contribuinte as operações de descarga de fertilizantes realizada no porto. O fato
de que a concentração elevada se deve exclusivamente neste ponto da área de
trabalho talvez possa ser explicada pela mesma razão da retenção da pluma de
sedimentos, que foi descrita anteriormente: a dinâmica de correntes de fundo
poderia condicionar o transporte até os limites da área, onde a redução das
velocidades possa permitir uma precipitação do material, que então acaba
adsorvido ao sedimento. Contudo, os resultados alcançados com o
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-127 - Capítulo VI – Análise Integrada
monitoramento não podem ser considerados conclusivos na identificação precisa
da efetiva fonte da contaminação. Os apontamentos aqui propostos tomam por
base aquilo que a bibliografia técnica vem sugerindo em avaliações sobre a
contaminação de ambientes semelhantes.
Figura 75. Canal que desemboca na região
do Rocio, próximo do ponto #060.
Sobre o comportamento dos contaminantes na água, apenas uma amostra –
dentro de um grupo de 24 coletas – apresentou alteração de mercúrio.
Considerando o limite estabelecido pela Resolução CONAMA N° 357/2005
(0,0002 mg/L), não se pode descartar um erro analítico da amostra, em face da
sensibilidade exigida do procedimento. Esta conjectura é reforçada pela
inobservância de elevação semelhante em quaisquer dos demais pontos
amostrais.
Sobre a ocorrência de Boro, importante afirmar que mesmo em estudos
anteriores, a ocorrência deste elemento já demonstrava superar os limites da
legislação. Entretanto, as fontes para o meio ambiente não são necessariamente
vinculadas a atividades antrópicas, conforme ficou demonstrado na discussão,
onde pesquisadores como Stevenson & Cole (1999, in Lima, 2007), afirmam a
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-128 - Capítulo VI – Análise Integrada
ocorrência deste elemento na composição de rochas ígneas, as quais, por
intemperismo, liberam tais compostos no ambiente. Outra importante
constatação que se chega com os resultados do monitoramento dão conta do
comportamento do elemento durante as obras de dragagem: não foram
observadas alterações significativas nas três fases da obra, mantendo um
equilíbrio que sugere não haver contribuição dos sedimentos para a concentração
de Boro na água.
Contudo, o zinco foi o parâmetro com o maior impacto observado durante o
monitoramento. O comportamento deste metal registrou elevações significativas
entre a pré-dragagem e a condução dos trabalhos, quando todos os pontos
amostrais, em todos os níveis (superfície, meio e fundo), apresentaram
resultados significativamente superiores ao limite definido pela Resolução
CONAMA N° 357/05 (0,9 mg/L). E, ao contrário de outros resultados do
acompanhamento realizados até aqui, a perspectiva de decaimento dos
resultados com o encerramento das obras não se confirmou na fase de pós-
dragagem: a tendência observada em todos os pontos foi de um crescimento em
relação à etapa de execução, que superou com significativa facilidade um
incremento de 100% em relação aos resultados da campanha anterior (durante a
dragagem). A compreensão deste comportamento ainda não pôde ser totalmente
elucidada, uma vez que resultados anteriores não detectaram tamanha
alteração. A exemplo disso, o resultado apresentado no EIA do TCP (2010),
apresentado na Figura 76. Levantamentos realizados por Acquaplan (2010),
discutidos no RCA do Porto de Paranaguá e no EIA do aprofundamento do
sistema aquaviário do Complexo Estuarino de Paranaguá – CEP, também não
evidenciaram qualquer alteração desta magnitude.
Por fim, com relação ao oxigênio, os resultados apontam um crescimento nas
concentrações, sem contudo apresentar um resultado expressivo.
Potencialmente, esta pode ter sido uma resposta localizada da disponibilização
de nutrientes durante a obra – como o fósforo discorrido acima, o que é
reforçado pelo aumento dos índices de abundância e diversidade do fitoplâncton
entre os períodos de pré-dragagem e durante a dragagem.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-129 - Capítulo VI – Análise Integrada
Figura 76. Variação da concentração de zinco (mg/L) na coluna
d’água dos pontos amostrais localizados no setor mediano do eixo
leste-oeste do Complexo Estuarino de Paranaguá. Fonte: EIA TCP,
2010.
Sobre a biota, como dito acima, ocorreu um nítido crescimento da densidade dos
organismos fitoplanctônicos entre as fases prévia e durante a dragagem e tanto
na região da dragagem quanto na área de despejo. Este comportamento sofreu
um inversão após o encerramento das obras, provavelmente pela queda dos
nutrientes que eram supridos pela dragagem.
Em relação ao zooplâncton, é importante destacar o retardamento que existe
entre o crescimento dos organismos de base da cadeia trófica (fitoplâncton) e os
organismos do segundo nível (zooplâncton). Considerando que a dragagem
ocorreu durante uma semana, o ápice da população zooplanctônica, estimulada
pelo ganho da biomassa do fitoplâncton, deve ter coincidido com o período de
execução do monitoramento pós-dragagem. Por esta razão, observou-se um
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
Zinco
Pontos
Zn
(m
g/L
Zn
)
0.0
00
.02
0.0
40
.06
0.0
80
.10
0.1
20
.14 Superfície
Meia Água
Fundo
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-130 - Capítulo VI – Análise Integrada
crescimento mais marcante da densidade na área de despejo neste período.
Também pode-se notar uma redução da população durante o processo de
despejo. Entretanto, como o resultado de densidade do fitoplâncton apresenta
um crescimento neste período, outro fenômeno parece ter influenciado no
comportamento deste grupo. Entretanto, os resultados demonstram que o
equilíbrio foi rapidamente alcançado após o final das obras, com resultados de
monitoramento que superaram as densidades do período pré-dragagem.
Já na área interna (de dragagem), o aumento da densidade foi observado ainda
no período das obras; na fase de monitoramento pós-dragagem, este índice
ecológico já teria retornado aos patamares do período pré-dragagem. Neste
caso, infere-se que a estratégia ecológica dos organismos possa ser diferente
daqueles localizados no mar aberto e que sua capacidade de acompanhar o
crecimento da biomassa dos produtores primários lhes permita um aumento
populacional de maneira mais acelerada.
Quanto ao gerenciamento dos resíduos sólidos constatou-se a adoção de boas
práticas tanto pela executora da dragagem (Van Ord) quanto pela Autoridade
Portuária (APPA), realizando a coleta de todos os resíduos provenientes da
dragagem, armazenamento apropriado e o adequado destino final. Porém,
verificou-se a necessidade da adoção de um sistema para triagem e segregação
do resíduos oriundos da dragagem.
Assim, recomenda-se que em futuras obras de dragagem, seja adotado
procedimento de segregação dos resíduos succionados na dragagem. Tal
atividade poderá ser desenvolvida em área definida na área do Porto Organizado,
segregando os resíduos passíveis de reciclagem, como pneus, estruturas
metálicas e matérias plásticos.
Quanto ao monitoramento do despejo dos sedimentos dragados na área definida
para descarte, constatou-se que a executora da obra (Van Oord), atendendo ao
determinado pela contratante (APPA), definido no projeto de dragagem, manteve
durante toda a execução da dragagem atenção quanto ao posicionamento da
embarcação, executando toda a dragagem dentro dos limites estabelecidos e
com os despejos sempre na área determinada para o descarte.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-132 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACQUAPLAN. 2010a. Monitoramento Ambiental do Complexo Portuário do Rio
Itajaí-Açu - Programa de Monitoramento da Biótica Aquática. Relatório
consolidado.
ACQUAPLAN. 2010b. Monitoramento Ambiental da Instalação do Terminal de
Contêineres de Santa Catarina – TECON SC. Itapoá Terminais Portuários S/A, -
Programa de Monitoramento da Biótica Aquática. Relatório consolidado.
ALMEIDA et al., Distribuição e abundância de larvas de três espécies de
Penaeídeos (Decapoda) na plataforma continental interna adjacente à Baía da
Babitonga, Sul do Brasil Pan-American Journal of Aquatic Sciences (2008) 3(3):
340-350
BALECH, E. Los Dinoflagelados del Atlantico Sudoccidental. Madrid: Publ. Espec.
Oceanografia n° 1. 1988.
BALECH, E.; AKSELMAN, R.; BENAVIDES, H.R.; NEGRI, R.M. Suplemento a Los
Dinoflagelados del Atlantico Sudoccidental. Mar del Plata: INIDEP, 1984.
BERSANO, J. G. F. 1994. Zooplâncton da zona de arrebentação de praias
arenosas, situadas ao sul de Rio Grande, RS. Primavera de 1990,Verão de 1991.
163p. Dissertação (Mestrado). Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Rio
Grande. (Não publicada).
BOLAM, S. G. & REES, H. L. 2003. Minimizing impacts of maintenance dredged
material disposal in the coastal environment: a habitat approach. Environmental
Management, v.32. 171-188p.
BOLTOVSKOY, D. 1999. Atlas del zooplancton del Atlântico Sudoccidental y
métodos de trabajo con el zooplancton marino. Publ. Esp. INIDEPE, Mar del
Plata. 936 pp.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-133 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas
BOLTOVSKOY, D. Atlas del zooplancton del Atlantico Sudoccidental y métodos de
trabajo con el zooplancton marino. Publ. Esp. INIDEPE, Mar del Plata. 936pp.
1981.
BOUGIS, P. Marine Plankton Ecology, 1976.
BRANDINI F. P. & L. F. FERNANDES. 1996. Microalgae 01 the continental shelf off
Paraná State, southeastern Brazil: a review of studies. Rev. Bras. Oceanogr.,
44(1): 69-80.
Brandini, F. P. 1985. Seasonal succession of the phytoplanktonin the Bay of
Paranaguá (Paraná State - Brazil). Rev. bras. Biol.'45(4):687-694.
BRANDINI, F.P.; LOPES, R.M.; GUTSEIT, K.S.; SPACH, H.L. & SASSI, R. 1997.
Planctonologia na Plataforma Continental do Brasil – Diagnose e Revisão
Bibliográfica. 196p.
CARDOSO, L.S. Dinoflagelados da Ilha do Arvoredo e da Praia de Ponta das
Canas, Santa Catarina, Brasil. Porto Alegre: Biociências, v. 6, p. 3-54, 1998.
CAVALCANTI, E. A. H., et al. Mesozooplâncton do sistema estuarino de Barra
dasJangadas – Pernambuco – Brasil. In: Congresso Brasileiro de Oceanografia,
3° eCongresso Ibero-Americano de Oceanografia, 1°, 2008, Fortaleza. CD-ROM.
BalneárioCamboriú: Aoceano, 2008.
CID, A.; HERRERO, C.; ENRIQUE, T.; Abalde, J.; Aquat. Toxicol. 1995, 31, 165.
CLARKE, K. R. & WARWICK, R. M. 1994. Change in Marine Communities: An
Approach to Statistical Analysis and Interpretation. Plymouth: Plymouth Marine
Laboratory, 144p.
COELHO, G.G.; MATOS, F.S.; OLIVEIRA, B.; ALCÂNTARA, A.V.; SCHER, R.;
PANTALEÃO, S.M. Avaliação do impacto genotóxico de poluentes químicos
presentes nos sedimentos do Rio do Sal por meio de análises de aberrações
cromossômicas (AC) na espécie Allium cepa. Resumos do 55º Congresso
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-134 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas
Brasileiro de Genética. 30 de agosto a 02 de setembro de 2009. Centro de
Convenções do Hotel Monte Real Resort. Águas de Lindóia. SP. Brasil.
CONAMA. 2004. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução N° 344 -
25 de março de 2004. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília, DF. 2004.
CORNILS, A. et al., 2007. The seasonal cycle of the epipelagic mesozooplankton
in the northern Gulf of Aqaba (Red Sea). Journal of Marine Systems 68:278-292.
CUPP, E.E. Marine plankton diatoms of the west coast of North America.
University of california press Berkeley and los Angeles. 1943. 235p.
DELETIC, A.; ASHLEY, R.; REST, D. (2000). “Modeling input of fine granular
sediment into drainage systems via gully-pots”. Water Research. v. 34, n. 34, p.
3836 - 3844.
DIAS, J. ALVEIRINHO - EBOOK.ANÁLISE SEDIMENTAR. A ANÁLISE SEDIMENTAR
E O CONHECIMENTO DOS SISTEMAS MARINHOS (Uma Introdução à
Oceanografia Geológica). 2004.
DOTTO, C. V. S. Acumulação e Balanço de Sedimentos em Superfícies Asfálticas
em Área Urbana de Santa Maria – RS. Dissertação de Mestrado. Universidade
Federal de Santa Maria. Centro de Tecnologia Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Civil. Santa Maria, RS, Brasil. 2006.
DUSSART, B.H. & DEFAYE, D. Copepoda: introduction to the Copepoda – Guides
to the identification of the microinvertebrates of the continental waters of the
world. Amsterdam: SPB Academic Publishing, 277p. 1995.
ELEFTHERIOU, A. & McINTYRE, A. 2005. Methods for the study of marine
benthos. 3a edição, Blackwell Science, 418 p.
FARIAS, Maria S. S, de; LIMA, Vera Lúcia Antunes; DANTAS NETO, J.LEITE,
Eugenio P.F.; LIRA, Vanda M. de; Franco, Euler S. Avaliação dos Níveis de Boro e
Chumbo na Água do Rio Cabelo – João Pessoa/PB. Engenharia Ambiental.
Espirito Santo do Pinhal. v. 4; n 1; p 024-031.jan/jun 2007.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-135 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas
GARCIA, T.M.; LIMA, J.P. & CASTRO FILHO, R.S. 2007. Mesozooplâncton da
região costeira próximo ao terminal portuário do Pecém – Estado do Ceará. Arq.
Ciên. Mar, 40(2):19-25.
HALLEGRAEFF, G.M.. Harmful algal blooms: a global overview. In:
HALLEGRAEFF, G.M.; ANDERSON, D.M. CEMBELLA, A.D. (Eds) Manual on
Harmful Marine Microalgae: IOC Manuals and Guides n° 33. Paris: UNESCO,
2003. 797p.
LACERDA, S. R. 2004. Série temporal do fitoplâncton no estuário de Barras das
Jangadas (Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco – Brasil). Escola de
Engenharia de Pernambuco. Depto. De Oceanografia. Tese. 247 p.
LANA P. C. 1986. Macrofauna bêntica de fundos não consolidados da Baía de
Paranaguá (Paraná). Nerítica 1:79-89.
LANA P. C., MARONE E., LOPES R. M., MACHADO E. C. 2001. The subtropical
estuarine complex of Paranaguá Bay, Brazil. Ecological Studies 144:131-145.
LIMA, Carlos Eduardo Pacheco. Produção de Mapas de Vulnerabilidade de Soloae
Aquíferos à Contaminação por Metais Pesados para o Estado de Minas Gerais.
Dissertação em Solos e Nutrição de Plantas. Viçosa/MG. 2007.
LOBO, E. & LEIGHTON, G. Estruturas de las fitocenosis planctônicas de los
sistemas de desembocaduras de rios y esteros de la zona central do Chile.
Revista Biologia Marinha, v. 22, p.143-170, 1986.
LOPES, R., et al. Composição, abundância e distribuição espacial do zooplâncton
no complexo estuarino de Paranaguá Rev. bras. oceanogr., 46(2), 1998.
MAGALHÃES, C. Caracterização da comunidade de crustáceos Decapoda do
Pantanal. Mato Grosso do Sul: RAP, p175-182 (Boletim de Avaliação Biológica)
2000.
MAGURRAN, A. E. Ecological diversity and its measurement. New Jersey:
Princeton University Press, 1988.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-136 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas
MIRANDA, L. B.; CASTRO, B. M. & KJERFVE, B. 2002. Princípios de oceanografia
física de estuários. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 424 p.
MOREIRA-FILHO, H. & I. M. VALENTE-MOREIRA. 1984. Catálogo das diatomáceas
(Chrysophyta – Bacillariphyceae) Marinhas e estuarinas do Estado do Paraná,
Brasil. Acta Biol. Par. Curitiba, 13 (1, 2, 3, 4) : 3-49.
NBR 9798 – Planejamento de Amostragem de Efluentes Líquidos e Corpos
Receptores. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Rio de Janeiro,
Junho de 1987.
NBR 9898 – Preservação e Técnicas de Amostragem de Efluentes Líquidos e
Corpos Receptores. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Rio de
Janeiro, Junho de 1987.
NETTO, S. A. & LANA, P. C. 1999. Influence of Spartina alterniflora on superficial
sediment characteristics of tidal flats in Paranaguá Bay (South-eastern Brazil).
Estuarine, Coastal and Shelf Science 44: 641-648.
NETTO, S.A. & LANA, P.C. 1996. Benthic macrofauna of Spartina alterniflora
marshes and nearby unvegetated tidal flats of Paranaguá Bay (SE Brazil).
Nerítica 10: 41-55.
NEUMMAN-LEITÃO, S. Zooplâncton como indicador da qualidade ambiental do
porto interno de Suape, Pernambuco, Brasil. In: Congresso Brasileiro de
Oceanografia, 3° e Congresso Ibero Americano de Oceanografia, 1°, 2008,
Fortaleza. CD-ROM. Balneário Camboriú: Aoceano, 2008.
NEVES et al., Similaridade do micro-zooplâncton e relações com variáveis
ambientais em um estuário subtropical R. bras. Bioci., Porto Alegre, v. 8, n. 1, p.
3-8, jan./mar. 2010
NOALE, RENATA ZACARIAS. AVALIAÇÃO DO RISCO AMBIENTAL EM SEDIMENTO
DOS LAGOS DO RIACHO CAMBÉ EM LONDRINA PELA DISTRIBUIÇÃO DE
METAIS. Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Química dos
Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina. Londrina. 2007.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-137 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas
NUNES, R. D. Variação espaço-temporal da comunidade zooplanctônica na
enseada da Armação do Itapocoroy, litoral norte de Santa Catarina (Brasil).
Itajaí. 2007. 30 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Oceanografia)
– Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do
Itajaí, Itajaí, 2007.
OMORI, M. & IKEDA, T. 1984– Methods in marine zooplancton ecology. John
Wiley & Sons. 332pp.
POPPE, L.J. ; ELIASON, A.H; FREDERICKS, J.J., RENDIGS, R.R.,BLACKWOOD D.;
POLLONI, C.F. CHAPTER 1: GRAIN-SIZE ANALYSIS OF MARINE
SEDIMENTS:METHODOLOGY AND DATA PROCESSING E.U. GEOLOGICAL SURVEY
OPEN-FILE REPORT 00-358. 2003. http://pubs.usgs.gov/of/2000/of00-
358/text/chapter1.htm. Acesso:25/08/2010.13:50h.
PROCOPIAK, L.K.; FERNANDES, L. F. & H. MOREIRA-FILHO. 2006. Diatomáceas
(Bacillariophyta) marinhas e estuarinas do Paraná, Sul do Brasil: lista de
espécies com ênfase em espécies nocivas. Biota Neotropica 6:3.
RAYMOND, J. E. G. Plankton and productivity in the oceans. 2. Zooplankton.
Oxford: Pergamont Press, 824p. 1983.
RESGALLA Jr., C. 2001. Estudo de impacto ambiental sobre a comunidade do
zooplâncton na enseada do Saco do Limôes, baía sul da ilha de Santa Catarina,
Brasil. Revista Atlântica, Rio Grande, 23:5-16.
RICARD. M. Diatomophycées. Museum National d’Histoire Naturelle. Éditions du
Centre National de La Recherche Scientifique, France. Vol. II. 284p.
ROSA, L. C. 2009. As praias estuarinas da baía de Paranaguá (região sul do
Brasil): aspectos morfodinâmicos e ecológicos. Universidade Federal do Rio
Grande – Furg. Instituto de Oceanografia.
SANT’ANNA, E. M. E. & BJORNBERG, T. K. S. 2006. Seasonal dynamics of
mesozooplankton in Brazilian coastal waters. Hydrobiologia 563:253-268.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-138 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas
SCHWAMBORN, R. Influence of mangroves on community structure and nutrition
of macrozooplankton in Northeast Brazil. Bremen: Zentrum für Marine
Tropenökologie, 1997. 77 p.
SCHWAMBORN, R.; EKAU, W.; SILVA, A. P.; SILVA, T. A.; SAINT-PAUL, U. 1999.
The contribution of estuarine decapod larvae to marine zooplankton communities
in North-East Brazil. Arch. Fish. Mar. Res., Jena, v.47(2/3): 167-182.
SOARES, C. R.; MARONE, E.; MACHADO, E. C.; CORRÊA, M. F. M. & LANA, P. C.
1996. Diagnóstico ambiental e estudo dos impactos da construção de um porto
sobre os meios físico, químicos e biológicos nas proximidades da Ponta do Félix,
Município de Antonina. Relatório Técnico. 23 p.
STERZA, J. M. & FERNANDEZ , L. F. Zooplankton community of the Vitória bay
estuarine system (Southeastern Brazil). Characterization during a three-year
study. Brazilian Journal of oceanography, v. 2/3, n. 54, p. 95-105, 2006.
STREAM LINE. Issue 4, March, 2003.
http://www.dow.com/PublishedLiterature/dh_003b/0901b8038003bd8a.pdf?filep
ath=liquidseps/pdfs/noreg/016-00064.pdf&fromPage=GetDoc. Acesso
18/09/2010: 14:15h.
THRUSH, S. H. & DAYTON, P. K. 2002. Disturbance to Marine Benthic Habitats by
Trawling and Dredging: Implications for Marine Biodiversity. Annu. Rev. Ecol.
Syst. 33:449–73.
TOMAS, C.R. (Ed.) Identifying Marine Phytoplancton. California: Academic Press.
1997. 857p.
VEADO , L. & RESGALLA Jr. 2005. Alteração da comunidade zooplanctônica no
Saco dos Limões após impacto das obras da Via Expressa Sul – Baía Sul da Ilha
de Santa Catarina. Itajaí. Braz. J. Aquat. Sci. Technol. v.2, n.9 p.65-73.
VEADO, L. 2008. Variação espaço-temporal do zooplâncton do baixo estuário do
rio Itajaí-açu, SC. 2008. 71f. Dissertação (Mestrado) – Pós-graduação em
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-139 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas
Ciência e Tecnologia Ambiental, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do
Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí.
WASSERMAN, Julio Cesar. Avaliação Ambiental do Projeto de Dragagem do
Porto do Sudeste: Avaliação dos Aporte de Metais para a Coluna d’Água Durante
a Dragagem Rede UFF de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Niterói, 7 dezembro de 2009.
WASSERMAN, Julio Cesar. O IMPACTO DA MOBILIZAÇÃO QUÍMICA DE METAIS
DURANTE UM SERVIÇO DE DRAGAGEM NA BAÍA DE SEPETIBA PARA O TERMINAL
MARÍTIMO DA CSA Setembro de 2005.
WEBBER, M.K. & ROFF, J.C. 1995. Annual structure of the copepod community
and its associated pelagic environment off Discovery Bay, Jamaica. Mar. Biol.
123:467-479.
YONEDA, N.T. 1999. Área temática: Plâncton. Centro de Estudos do Mar,
Universidade Federal do Paraná. 53p.
APPA ACQUAPLAN
__________________________________________________
Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 8-141 - Capítulo VIII – Anexos
8. ANEXOS
ANEXO 1. Laudos Analíticos das Amostras de Águas e Sedimentos.
ANEXO 2. Cópia da Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico N° 006/2011 CGFAP/IBAMA.
ANEXO 3. Documentos do gerenciamento dos resíduos sólidos.
ANEXO 4. Relatório dos levantamento batimétricos com o acompanhamento do
volume dragado.