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Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina APPA Monitoramento dos Impactos da Atividade de Dragagem Emergencial dos Berços de Atracação do Porto de Paranaguá. Abril de 2011.

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Administração dos Portos de

Paranaguá e Antonina – APPA

Monitoramento dos Impactos da

Atividade de Dragagem Emergencial

dos Berços de Atracação do Porto de

Paranaguá.

Abril de 2011.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - i - SUMÁRIO

SUMÁRIO

1. DADOS DO EMPREENDEDOR ................................................................. 1-9

2. DADOS DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RCA ............ 2-11

2.1. Equipe Técnica ............................................................................... 2-12

3. APRESENTAÇÃO ................................................................................ 3-15

4. METODOLOGIAS DO MONITORAMENTO AMBIENTAL DA ATIVIDADE DE DRAGAGEM DOS BERÇOS DE ATRACAÇÃO DO PORTO DE PARANAGUÁ .... 4-19

4.1. Área de Estudo – Malha Amostral ..................................................... 4-19

4.2. Coleta de Amostras e Mensuração de Parâmetros ............................... 4-25

4.2.1. Monitoramento das Concentrações de Turbidez – Pluma de

Turbidez ........................................................................................... 4-25

4.2.2. Qualidade das Águas e dos Sedimentos ........................................... 4-26

4.2.3. Biota Aquática .............................................................................. 4-32

4.3. Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem ............ 4-41

4.4. Programa de Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos Sedimentos na Área de Descarte ................................................... 4-42

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DO MONITORAMENTO AMBIENTAL .............. 5-44

5.1. Monitoramento das Concentrações de Turbidez .................................. 5-44

5.2. Monitoramento das Águas e Sedimentos ........................................... 5-57

5.2.1. Sedimentologia ............................................................................ 5-57

5.2.2. Qualidade dos Sedimentos ............................................................. 5-60

5.2.3. Qualidade das Águas .................................................................... 5-68

5.3. Monitoramento da Biota Aquática ..................................................... 5-87

5.3.1. Comunidade Fitoplanctônica .......................................................... 5-87

5.3.2. Comunidade Zooplanctônica .......................................................... 5-95

5.3.3. Espécies dominantes.................................................................... 5-100

5.3.4. Comunidade da Macrofauna Bentônica ........................................... 5-101

5.4. Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem .......... 5-108

5.4.1. Quantitativo de Resíduos Gerados e Destinação Empregada.............. 5-111

5.5. Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos Sedimentos na Área de Descarte ....................................................... 5-116

5.5.1. Descarte dos Sedimentos Dragados ............................................... 5-117

6. ANÁLISE INTEGRADA DO MONITORAMENTO AMBIENTAL ....................... 6-123

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 7-132

8. ANEXOS .......................................................................................... 8-141

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - ii - SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização das estações de amostragem para o monitoramento

da qualidade das águas e sedimentos. ..................................................... 4-22

Figura 2. Localização das estações de amostragem para o monitoramento da biota aquática................................................................................... 4-23

Figura 3. Localização das estações de amostragem para o monitoramento das concentrações de turbidez. ............................................................... 4-24

Figura 4. Sonda multiparâmetro Horiba U 50, com detalhe para a sua utilização em campo na região do Porto de Paranaguá. .............................. 4-25

Figura 5. Garrafas amostradoras do tipo van Dorn, (A) garrafa em acrílico,

(B) garrafa em aço inoxidável e (C) momento de coleta de amostra em superfície. ............................................................................................ 4-27

Figura 6. (A) recolhimento da amostra de água com a utilização de garrafa amostradora do tipo van Dorn e (B) armazenamento da amostra em frasco

de coleta. ............................................................................................. 4-28

Figura 7. Acondicionamento das amostras em campo em caixa térmica refrigeradas com gelo. ........................................................................... 4-29

Figura 8. Utilização de disco de Secchi para mensuração da transparência na coluna d’água. .................................................................................. 4-30

Figura 9. Coleta de amostras de sedimento da superfície do leito com a utilização de busca fundo do tipo van Veen e armazenamento da amostras para análise química. ............................................................................. 4-31

Figura 10. (A) arrasto da rede de plâncton e (B) rede de plâncton cônica com malha de 20 μm, utilizada para amostragem qualitativa de

fitoplâncton. ......................................................................................... 4-32

Figura 11. Rede de plâncton com malha de 220 m de abertura. ................. 4-36

Figura 12. Fluxômetro mecânico que é instalado no centro da boca da rede

de plâncton. ......................................................................................... 4-36

Figura 13. Ilustração da coleta de amostras de sedimento para macrofauna bêntica de fundo inconsolidado. .............................................................. 4-39

Figura 14. Amostrador do tipo van Veen, com área amostras de 0,022 m2. .. 4-39

Figura 15. Triagem do material com auxílio de microscópio estereoscópico. .. 4-40

Figura 16. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, em momento de pré-dragagem. ............................................. 5-47

Figura 17. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, durante a dragagem. ............................................................ 5-48

Figura 18. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de

Paranaguá, em momento pós-dragagem. ................................................. 5-49

Figura 19. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, em

momento de pré-dragagem. ................................................................... 5-50

Figura 20. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, durante a dragagem. ......................................................................................... 5-51

Figura 21. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, em momento pós-dragagem. ....................................................................... 5-52

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - iii - SUMÁRIO

Figura 22. Média da turbidez junto ao fundo, nos três momentos amostrais, na região monitorada em frente ao Porto de Paranaguá. ............................ 5-53

Figura 23. Média da turbidez junto ao fundo, nos três momentos amostrais, na área de despejo dos sedimentos dragados nos berços de atracação do Porto de Paranaguá. .............................................................................. 5-54

Figura 24. Representação gráfica das alturas significativas de ondas, onde as colunas representam as alturas projetadas pelo modelo e a linha

vermelha o registro das alturas ocorridas. Fonte: CPTEC/INPE, 2011. .......... 5-55

Figura 25. Distribuição da direção e velocidade dos ventos entre os dias 17 e 22 de fevereiro de 2011 ...................................................................... 5-55

Figura 26. Percentual de sedimentos arenosos em sedimentos superficiais, obtidos durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-57

Figura 27. Percentual de sedimentos sílticos em sedimentos superficiais, obtidos durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e

fevereiro de 2011 .................................................................................. 5-58

Figura 28. Percentual de sedimentos sílticos em sedimentos superficiais,

obtidos durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-59

Figura 29. Concentrações de Arsênio (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-62

Figura 30. Concentrações de Cádmio (mg/kg), nas amostras de sedimentos,

obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e

fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-62

Figura 31. Concentrações de Chumbo (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem

emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-63

Figura 32. Concentrações de Cobre (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e

fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-63

Figura 33. Concentrações de Mercúrio (mg/kg), nas amostras de

sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-64

Figura 34. Concentrações de Níquel (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-64

Figura 35. Concentrações de Níquel (mg/kg), nas amostras de sedimentos,

obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - iv - SUMÁRIO

berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ................................................................................. 5-65

Figura 36. Percentuais de Carbono Orgânico Total (%) nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado

entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-66

Figura 37. Concentrações de Nitrogênio Total (mg/kg) nas amostras de

sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-67

Figura 38. Concentrações de Fósforo Total (mg/kg) nas amostras de sedimentos, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem

emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011. ........................................................... 5-67

Figura 39. Concentrações de Chumbo (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-77

Figura 40. Concentrações de Cádmio (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da

dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-78

Figura 41. Concentrações de Níquel (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da

dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-78

Figura 42. Concentrações de Arsênio (mg/L) nas amostras de água em

superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-79

Figura 43. Concentrações de Mercúrio (mg/L) nas amostras de água em

superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-80

Figura 44. Concentrações de Boro (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-81

Figura 45. Concentrações de Zinco (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da

dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 5-83

Figura 46. Concentrações de Oxigênio Dissolvido (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento

ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ........................................................................................... 5-86

Figura 47. Densidade total e riqueza específica das microalgas, na área dragada, nos três momentos amostrais. ................................................... 5-93

Figura 48. Densidade total e riqueza específica das microalgas, na área de

despejo dos sedimentos dragados, nos três momentos amostrais. ............... 5-93

Figura 49. Abundância relativa das classes de microalgas observadas, na

área de dragagem e área de despejo dos sedimentos dragagdos nos berços de atracação do Porto de Pranaguá, nos três momentos amostrais. ............. 5-94

Figura 50. Abundância relativa das classes de microalgas, observadas na

área de despejo, nos três momentos amostrais. ........................................ 5-94

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - v - SUMÁRIO

Figura 51. Abundância relativa das classes de microalgas, observadas na área de dragagem, nos três momentos amostrais. .................................... 5-95

Figura 52. Valores de densidade média (org.m-3) do zooplâncton, nas áreas de despejo e dragagem, nos três momentos amostrais (pré, durante e pós-dragagem). .......................................................................................... 5-98

Figura 53. Abundância relativa (%) dos grupos zooplanctônicos, nas áreas de dragagem e de despejo, nos três momentos amostrais. ......................... 5-99

Figura 54. Abundância relativa (%) de Decapoda durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. .... 5-100

Figura 55. Organismos dominantes na área de estudo, sendo (A) Polychaeta

da família Spionidae e (B) Custráceo da ordem Amphipoda. ...................... 5-102

Figura 56. Número médio de taxa (± erro padrão), nas áreas de dragagem

e despejo, para os três momentos amostrais. .......................................... 5-103

Figura 57. Densidade média (± erro padrão), nas áreas de dragagem e

despejo, para os três momentos amostrais. ............................................. 5-104

Figura 58. Análise de ordenação da macrofauna bêntica entre as áreas de estudos (área de dragagem e área de despejo) para os três momentos

amostrais (pré, durante e pós-dragagem). .............................................. 5-105

Figura 59. Gráfico de ordenação por similaridade e densidade da família

Spionidae. ........................................................................................... 5-105

Figura 60. Distribuição da taxa total ao longo da obra de dragagem na área de despejo, com detalhe para o aumento significativo de Spionidae no pós-

dragagem............................................................................................ 5-107

Figura 61. Vista de contentores para armazenamento de resíduos sólidos

dispostos na ponte de comando da draga. ............................................... 5-108

Figura 62. Caçambas dispostas sobre o convés da draga onde os resíduos sólidos gerados pela tripulação da embarcação eram armazenados. ........... 5-109

Figura 63. Registro de tripulante da draga executando a limpeza da boca de dragagem, onde é possível observar os resíduos retidos no sistema. .......... 5-110

Figura 64. Armazenamento dos resíduos, oriundos da dragagem, retidos pelo sistema de contenção. ................................................................... 5-110

Figura 65. Vista dos resíduos recolhidos durante a dragagem. ................... 5-111

Figura 66. Operação de transbordo de resíduos da draga para o cais do Porto de Paranaguá. ............................................................................. 5-112

Figura 67. Transbordo dos resíduos gerados pela tripulação da draga, entre as caçambas da Van Oord e as caçambas da empresa contratada para o transporte ao destino final. .................................................................... 5-112

Figura 68. Caçambas de propriedade da APPA, onde foram armazenados os resíduos gerados pela dragagem. ........................................................... 5-113

Figura 69. Ponte de comando da draga (A), onde se observa o draguista operando os braços de dragagem sob o controle do posicionamento (B). .... 5-116

Figura 70. (A) Painel de controle do posicionamento do braço de dragagem

de bombordo; (B) painel de controle do posicionamento do braço de dragagem de boreste e (C) painel de controle do posicionamento em

relação à cota (profundidade) da dragagem. ............................................ 5-117

Figura 71. Localização dos pontos de despejo dos sedimentos dragados na área de descarte. ................................................................................. 5-119

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - vi - SUMÁRIO

Figura 72. Localização dos pontos de despejo dos sedimentos dragados, em detalhe com, a delimitação da área de descarte. ...................................... 5-120

Figura 73. Comportamento da transparência na área de dragagem, antes, durante e após a execução das obras...................................................... 6-124

Figura 74. Comportamento da transparência na área de despejo, antes,

durante e após o lançamento do material dragado.................................... 6-125

Figura 75. Canal que desemboca na região do Rocio, próximo do ponto

#060. ................................................................................................. 6-127

Figura 76. Variação da concentração de zinco (mg/L) na coluna d’água dos pontos amostrais localizados no setor mediano do eixo leste-oeste do

Complexo Estuarino de Paranaguá. Fonte: EIA TCP, 2010. ........................ 6-129

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Localização geográfica das estações de amostragem de águas e sedimentos no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ........................................................... 4-19

Tabela 2. Localização geográfica das estações de amostragem da biota aquática no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá. ........................................................... 4-19

Tabela 3. Localização geográfica dos pontos onde foram mensuradas as concentrações de turbidez ao longo dos transects no monitoramento da

dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ...... 4-20

Tabela 4. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de

plâncton, no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ........................................................... 4-35

Tabela 5. Valores de turbidez (NTU) obtidos nos pontos dos transects, na

área do entorno do Porto de Paranaguá, nos três momentos amostrais. ....... 5-45

Tabela 6. Valores de turbidez (NTU) obtidos nos pontos dos transects, na

área de despejo dos sedimentos, nos três momentos amostrais. ................. 5-46

Tabela 7. Resultados das concentrações de metais e Arsênio em amostras de sedimentos coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem

dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ....................................... 5-61

Tabela 8. Concentrações de Carbono Orgânico Total, Nitrogênio e Fósforo

totais, em amostras de sedimentos coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ..... 5-65

Tabela 9. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de

água na área do Porto, no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ............................................. 5-69

Tabela 10. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de água na área de despejo, no monitoramento da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ............................................. 5-70

Tabela 11. Resultados das concentrações de metais e Arsênio em amostras de água coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá. ............................................. 5-72

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - vii - SUMÁRIO

Tabela 12. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, no momento pré-dragagem. ................................................................... 5-74

Tabela 13. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, durante a dragagem.. ............................................................................ 5-75

Tabela 14. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água,

no momento pós-dragagem. ................................................................... 5-76

Tabela 15. Dados brutos das análises quali-quantitativas das amostras

fitoplanctônicas coletadas no monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ..................... 5-91

Tabela 16. Valores de densidade (org.m-3) do zooplâncton por área amostral

(área de despejo e área de dragagem), nos três momentos amostrais (pré, durante e pós-dragagem). ...................................................................... 5-95

Tabela 17. Composição da macrofauna bentônica, nas áreas de dragagem e despejo, durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá. .......................................................... 5-102

Tabela 18. Resumo dos resíduos sólidos gerados na atividade de dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá e seu gerenciamento. ........ 5-114

Tabela 19. Localização geográfica dos pontos de descarte dos sedimentos dragados nos berços de atracação do Porto de Paranaguá. ........................ 5-121

DADOS DO

EMPREENDEDOR

Capítulo I

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 1-9 - Capítulo I – Dados do Empreendedor

1. DADOS DO EMPREENDEDOR

Razão Social: Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA

CNPJ: 79.621.439/0001-91

Cadastro Técnico Federal – IBAMA: 1003344

Endereço: Av. Ayrton Senna da Silva, 161, Dom Pedro II, Paranaguá/PR

CEP: 82303-800

Telefone: (41) 3420-1100

Home page: www.appa.pr.gov.br

Representante legal: Airton Vidal Maron

Cargo/função: Superintendente

Correspondência eletrônica: [email protected]

Pessoa de Contato: Ricardo T. R. de Castilho Pereira

Cargo/função: Coordenador do Núcleo Ambiental

Telefone: (41) 3420-1367

Correspondência eletrônica: [email protected]

DADOS DA EMPRESA

RESPONSÁVEL

PELO RELATÓRIO

Capítulo II

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 2-11 - Capítulo II – Dados da Empresa Responsável pelo Relatório

2. DADOS DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RCA

Razão Social: ACQUAPLAN Tecnologia e Consultoria Ambiental Ltda.

CNPJ: 06.326.419/0001-14

Cadastro Técnico Federal – IBAMA: 658878

Registro CREA-SC: 074560-2

Registro CRBio: 00473-01-03

Registro Marinha do Brasil – CHM: 217

Endereço: Av. Rui Barbosa, 372, apto. 03, Praia dos Amores, Balneário

Camboriú/SC – CEP: 88331-510

Telefone: (47) 3366-1400

e-mail: [email protected]

Home page: www.acquaplan.net

Responsável: Fernando Luiz Diehl

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 2-12 - Capítulo II – Dados da Empresa Responsável pelo Relatório

2.1. Equipe Técnica

Nome Formação Área de atuação Registro

IBAMA

Registro

Profissional

Vinicius Dalla Rosa

Coelho, BSc. Eng°. Ambiental Coordenação Geral 610896

CREA-SC

078574-9

Fernando Luiz Diehl, MSc. Oceanógrafo Revisão Geral 198583 AOCEANO

104

Sergio Antonio Netto, Dr. Oceanógrafo Monitoramento da

Macrofauna Bêntica 903127

AOCEANO

0234

Isabel Cristina Pellens,

MSc. Oceanógrafa

Monitoramento da

Qualidade das Águas

e dos Sedimentos /

Sedimentologia

352318 AOCEANO

1375

Ludmilla ad’Vinculla

Veado, MSc. Oceanógrafa

Monitoramento das

Comunidades

Zooplanctônicas

469312 AOCEANO

1417

Márcio da Silva

Tamanaha, MSc. Oceanógrafo

Monitoramento das

Comunidades

Fitoplanctônicas

221402 AOCEANO

0528

Evandro Oscar Mafra,

BSc. Biólogo

Atividades de Campo

e Revisão do Meio

Biótico

1719488 CRBio

41672-07/D

Wiliam Gardelin, BSc. Oceanógrafo Observador de Bordo 5161773 AOCEANO

1027

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 2-13 - Capítulo II – Dados da Empresa Responsável pelo Relatório

Nome Formação Área de atuação Registro

IBAMA

Registro

Profissional

Glaucio Vintem, MSc. Oceanógrafo Coordenação do

Observador de Bordo 898644

AOCEANO

1919

Gil Anderson Reiser, BSc. Oceanógrafo Atividades de Campo 778261 AOCEANO

1228

Martin Homechin Junior,

BSc. Eng°. Ambiental Atividades de Campo 1509626

CREA-SC

079803-6

Morjana Signorin, BSc. Oceanógrafa Sistematização da

Informação - SIG 5121640

AOCEANO

1928

APRESENTAÇÃO

Capítulo III

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 3-15 - Capítulo III – Apresentação

3. APRESENTAÇÃO

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA enfrentava, até o

final de 2010, um situação crítica quanto às atividades operacionais nos berços

de atracação do Porto de Paranaguá, em decorrência dos intensos processos de

assoreamento nesta região. Tal situação estava sendo observada pela Autoridade

Marítima local, representada pela Capitania dos Portos do Paraná, que

oficialmente alertou a APPA da avançada redução de calados.

Assim, a APPA, em diversas audiências com o IBAMA, solicitou deste Instituto a

emissão de Termo de Referência para a elaboração de um estudo específico das

atividades de dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá. Em 29

de setembro de 2010 foi encaminhado à APPA o documento intitulado: “Roteiro

para Elaboração do Plano de Dragagem”. A partir deste roteiro foi elaborado o

referido Plano de Dragagem, sendo este encaminhado ao IBAMA no dia 05 de

outubro de 2010, através do ofício número 659/2010-APPA (protocolo

n° 02001.031248/2010-18).

Tal documento foi então analisado pela equipe técnica da Coordenação de

Transportes – COTRA (COTRA/CGTMO/DILIC/IBAMA) a qual, em 17 de dezembro

do mesmo ano, emitiu o Parecer N° 212/2010 – COTRA/CGTMO/DILIC/IBAMA,

embasando a emissão da Licença de Operação N° 985/2010, datada de

21/12/2010, através da qual autorizava a dragagem emergencial de 110.000 m3

de sedimentos para manutenção da profundidade dos berços de atracação do

Porto de Paranaguá.

Tal licença possui as seguintes condicionantes específicas:

As datas de início e fim das obras, incluindo paralisações, devem ser

comunicadas à DILIC/IBAMA.

Implementar o Programa de Monitoramento dos Impactos da Atividade de

Dragagem, como proposto no Plano de Dragagem, composto pelos

seguintes subprogramas:

o Monitoramento da Qualidade das Águas e dos Sedimentos, incluindo o

acompanhamento da pluma de material em suspensão;

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 3-16 - Capítulo III – Apresentação

o Monitoramento da Biota Aquática.

Implementar o Plano de Controle Ambiental da Atividade de Dragagem,

como proposto no Plano de Dragagem, composto pelos seguintes

subprogramas:

o Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem;

o Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos Sedimentos na

Área de Descarte.

A draga contratada deve possuir tecnologias ambientalmente corretas, que

visem minimizar a geração de pluma de turbidez.

Apresentar, 30 dias após o término da dragagem, relatório final da

atividade, com totalização do volume dragado e mapa batimétrico detalhado

das áreas de dragagem e descarte.

De posse da LAO N° 985/2010, a APPA buscou no mercado prestadores de

serviço capacitados para a execução da referida obra, assim como prestadores

de serviços para a execução do monitoramento ambiental condicionante. Neste

sentido, contratou a empresa Van Oord, que deslocou draga HAM 309 para a

execução da dragagem, e a empresa Acquaplan Tecnologia e Consultoria

Ambiental Ltda. para a execução do monitoramento ambiental.

Após as contratações, a Acquaplan, em face da execução do monitoramento da

biota aquática, encaminhou à Coordenação Geral de Autorização de Uso e Gestão

de Fauna e Recursos Pesqueiros – CGFAP do IBAMA, no dia 03 de janeiro de

2011, o Plano de Amostragem e demais documentos, requerendo a devida

Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico. O

documento foi emitido sob nº 006/2011 – CGFAP/IBAMA, em 10 de janeiro de

2011.

Diante destas informações, no dia 12 e janeiro de 2011, foi encaminhado à

Coordenação de Transportes – COTRA (COTRA/CGTMO/DILIC/IBAMA), ofício sob

protocolo número 02001.003232/2011-04, informando da emissão da

autorização de coleta por parte da CGFAP/IBAMA e do início dos monitoramentos

ambientais, iniciado no dia 16 de janeiro de 2011.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 3-17 - Capítulo III – Apresentação

O monitoramento ambiental contratado pela APPA para ser executado pela

Acquaplan, contemplou a coleta de amostras (águas, sedimentos e biota

aquática) e mensuração de parâmetros in situ em três etapas, que foram:

i. Pré-dragagem: Coleta de amostras e mensuração de parâmetros entre os

dias 16 e 19 de janeiro de 2011;

ii. Durante a dragagem: Coleta de amostras e mensuração de parâmetros

entre os dias 02 e 05 de fevereiro de 2011; e,

iii. Pós-dragagem: Coleta de amostras e mensuração de parâmetros entre os

dias 17 e 22 de fevereiro de 2011.

Além destas atividades, houve o acompanhamento da dragagem, com a

presença de um profissional (Oceanógrafo) observador de bordo, durante toda a

obra, que iniciou no dia 31 de janeiro e terminou no dia 10 de fevereiro de 2011.

Este profissional desempenhou a função de acompanhamento e verificação das

áreas de dragagem e despejo, verificação dos sistemas de controle ambiental da

draga e registro do gerenciamento dos resíduos da atividade.

METODOLOGIA DO

MONITORAMENTO AMBIENTAL

Capítulo IV

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-19 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

4. METODOLOGIAS DO MONITORAMENTO AMBIENTAL DA ATIVIDADE DE

DRAGAGEM DOS BERÇOS DE ATRACAÇÃO DO PORTO DE PARANAGUÁ

4.1. Área de Estudo – Malha Amostral

As malhas amostrais para os monitoramentos ambientais da qualidade das

águas, sedimentos e biota aquática da atividade de dragagem emergencial dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá, estão apresentadas na Figura 1,

Figura 2 e Figura 3.

A localização das estações de amostragem é apresentada na Tabela 1, Tabela 2 e

Tabela 3 abaixo.

Tabela 1. Localização geográfica das estações de

amostragem de águas e sedimentos no monitoramento

da dragagem emergencial dos berços de atracação do

Porto de Paranaguá.

Estação

Amostral

Localização (UTM)1

N E

# 001 786647 7158148

# 002 787797 7157128

# 003 788788 7158148

# 004 787835 7159213

# 005 787769 7158110

# 042 751542 7177285

# 053 749993 7177579

# 060 748696 7177203

Tabela 2. Localização geográfica das estações de

amostragem da biota aquática no monitoramento da

dragagem emergencial dos berços de atracação do

Porto de Paranaguá.

Estação

Amostral

Localização (UTM)

N E

# 052 750195 7177130

# 002 787769 7158110

1 Datum horizontal: WGS 84 – Zona 22J

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-20 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Tabela 3. Localização geográfica dos pontos onde foram mensuradas as

concentrações de turbidez ao longo dos transects no monitoramento da

dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.

Estação

Amostral

Local de

Referência

Localização (UTM)

N E

#1 Porto 748533 7177933

#2 Porto 748915 7177486

#3 Porto 748926 7177711

#4 Porto 749339 7177899

#5 Porto 749335 7177681

#6 Porto 749328 7177459

#7 Porto 749328 7177237

#8 Porto 749710 7177192

#9 Porto 749721 7177872

#10 Porto 750123 7177872

#11 Porto 750130 7177654

#12 Porto 750543 7177260

#13 Porto 751365 7177360

#14 Porto 752523 7178143

#15 Porto 752557 7177925

#16 Porto 752580 7177734

#17 Porto 748126 7177755

#18 Porto 748118 7177544

#19 Porto 748131 7177944

#20 Porto 748527 7177746

#21 Porto 748519 7177532

#22 Porto 748115 7177354

#23 Porto 748511 7177324

#24 Porto 748934 7177925

#25 Porto 748905 7177278

#26 Porto 749716 7177424

#27 Porto 749718 7177639

#28 Porto 750134 7177431

#29 Porto 750135 7177203

#30 Porto 750541 7177480

#31 Porto 750535 7177694

#32 Porto 750528 7177917

#33 Porto 750914 7177960

#34 Porto 750935 7177734

#35 Porto 750950 7177524

#36 Porto 750968 7177311

#37 Porto 751355 7177577

#38 Porto 751343 7177789

#39 Porto 751330 7178020

#40 Porto 751728 7178059

#41 Porto 751756 7177836

#42 Porto 751771 7177635

#43 Porto 751792 7177423

#44 Porto 752188 7177460

#45 Porto 752170 7177678

#46 Porto 752152 7177885

#47 Porto 752135 7178096

#48 Porto 752610 7177505

#49 Área de Descarte 785087 7160819

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-21 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Estação

Amostral

Local de

Referência

Localização (UTM)

N E

#50 Área de Descarte 786769 7160808

#51 Área de Descarte 788441 7160808

#52 Área de Descarte 790070 7160808

#53 Área de Descarte 790070 7158881

#54 Área de Descarte 788452 7158902

#55 Área de Descarte 786780 7158934

#56 Área de Descarte 785098 7158955

#57 Área de Descarte 785087 7157028

#58 Área de Descarte 786759 7157028

#59 Área de Descarte 788441 7157007

#60 Área de Descarte 790113 7157007

#64 Área de Descarte 790081 7155176

#63 Área de Descarte 788441 7155186

#62 Área de Descarte 786769 7155208

#61 Área de Descarte 785087 7155218

#68 Área de Descarte 785066 7153419

#67 Área de Descarte 786759 7153398

#66 Área de Descarte 788441 7153376

#65 Área de Descarte 790091 7153376

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-22 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Figura 1. Localização das estações de amostragem para o monitoramento da qualidade das águas e sedimentos.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-23 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Figura 2. Localização das estações de amostragem para o monitoramento da biota aquática.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-24 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Figura 3. Localização das estações de amostragem para o monitoramento das concentrações de turbidez.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-25 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

4.2. Coleta de Amostras e Mensuração de Parâmetros

4.2.1. Monitoramento das Concentrações de Turbidez – Pluma de

Turbidez

Para a mensuração das concentrações de turbidez foi utilizada uma sonda

multiparâmetro marca Horiba, modelo U 50 (Figura 4). Em campo, a embarcação

era posicionada sobre o ponto com a utilização de um GPS (Global Positioning

System), sendo então lançada a sonda à água com a utilização de um cabo guia

e lastro, aguardando a sua estabilização junto ao fundo, sendo então coletadas

as informações em três níveis da coluna d’água (fundo, meio e superfície).

Os dados de turbidez mensurados foram registrados em campo no data logger

da controladora da sonda, cabendo destacar que, em função do equipamento,

foram ainda registrados os seguintes parâmetros: pH, salinidade, temperatura da

água, condutividade, oxigênio dissolvido, sólidos totais dissolvidos, potencial de

oxirredução e profundidade.

Figura 4. Sonda multiparâmetro Horiba U 50, com detalhe para a sua utilização em

campo na região do Porto de Paranaguá.

A mensuração do parâmetro turbidez na área definida pelos transects (Figura 3),

foi executada em três etapas, em duas situações de maré (enchente e vazante),

sendo:

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-26 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

i. Pré-Dragagem: Executada entre os dias 16 e 19 de janeiro de 2011, sendo

esta condição o cenário com ausência total de atividades de dragagem;

ii. Durante a Dragagem: Executada entre os dias 02 e 05 de fevereiro de

2011, sendo este o cenário em plena atividade de dragagem e com

despejo de sedimentos na área de descarte; e,

iii. Pós-Dragagem: Executada entre os dias 17 e 22 de fevereiro de 2011,

sendo este o cenário uma semana após o término das atividades de

dragagem.

4.2.2. Qualidade das Águas e dos Sedimentos

Para o monitoramento da qualidade das águas e dos sedimentos foram adotados

os parâmetros indicados no Plano de Dragagem, que são:

a) Qualidade das águas:

oxigênio dissolvido;

turbidez;

pH;

temperatura;

Condutividade;

salinidade;

transparência da água;

metais pesados e Arsênio: arsênio (As), Boro (B) chumbo (Pb), cádmio

(Cd), zinco (Zn), mercúrio (Hg) e níquel (Ni);e,

Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos - HPA’s.

b) Qualidade dos sedimentos:

Granulometria – Sedimentologia;

Arsênio (As);

Mercúrio (Hg);

Níquel (Ni);

Zinco (Zn);

Cádmio (Cd);

Chumbo (Pb);

Cobre (Cu);

Fósforo Total;

Carbono Orgânico Total – COT;

Nitrogênio Kjeldahl Total.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-27 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

A coleta das amostras de águas e sedimentos foram realizadas em três

momentos:

i. Pré-Dragagem: Executada entre os dias 16 e 18 de janeiro de 2011;

ii. Durante a Dragagem: Executada entre os dias 03 e 04 de fevereiro de

2011; e,

iii. Pós-Dragagem: Executada entre os dias 17 e 22 de fevereiro de 2011.

4.2.2.1. Procedimentos de Amostragem - Água

As amostras de água foram coletadas nas estações amostrais, em três níveis da

coluna d’água (superfície, meio e fundo) com a utilização de duas garrafas

amostradoras do tipo van Dorn (Figura 5 e Figura 6).

Figura 5. Garrafas amostradoras do tipo van Dorn, (A) garrafa em acrílico, (B) garrafa

em aço inoxidável e (C) momento de coleta de amostra em superfície.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-28 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Figura 6. (A) recolhimento da amostra de água com a utilização de garrafa amostradora

do tipo van Dorn e (B) armazenamento da amostra em frasco de coleta.

Os frascos utilizados na coleta das amostras de água foram fornecidos pelo

laboratório contratado, sendo previamente preparados na sede da ACQUAPLAN.

Este preparo consistiu na identificação por meio de etiquetas padronizadas com o

nome da estação amostral, parâmetro a ser analisado, método de conservação e

profundidade da amostra. Para tanto, foram rigorosamente observadas as

recomendações técnicas quanto aos volumes, material do frasco e procedimentos

de conservação, preconizadas nas normas técnicas NBR 9897/1987 e NBR

9898/1987, assim como recomendações repassadas pelo laboratório contratado

para a realização das análises.

Após armazenamento no frasco de coleta, todas as amostras foram mantidas em

caixa térmica, refrigerada com gelo (Figura 7).

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-29 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Figura 7. Acondicionamento das amostras em campo em caixa

térmica refrigeradas com gelo.

4.2.2.1.1. Mensuração de Parâmetros in situ

Em todas as estações amostrais houve a mensuração do potencial hidrogeniônico

– pH, condutividade, turbidez, oxigênio dissolvido, temperatura, salinidade,

Sólidos totais dissolvidos e potencial de óxido-redução, in situ, sendo utilizado

para tal uma sonda multiparâmetro marca Horiba, modelo U 50 (Figura 4).

Os dados mensurados foram registrados em campo no data logger da

controladora da sonda.

A transparência da coluna da água foi medida com a utilização de um disco de

Secchi (Figura 8).

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-30 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Figura 8. Utilização de disco de Secchi para

mensuração da transparência na coluna

d’água.

4.2.2.2. Procedimentos de Amostragem - Sedimentos

As amostras de sedimentos foram coletas em superfície do leito marinho, com a

utilização de um busca fundo do tipo van Veen em aço inoxidável, com

capacidade de amostragem de 0,007 m3. Cada amostra foi acondicionada em

embalagem devidamente identificada com etiqueta constando a identificação da

estação amostral, parâmetro a ser analisado, método de conservação e data

(Figura 9).

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-31 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Figura 9. Coleta de amostras de sedimento da superfície do leito com a utilização de

busca fundo do tipo van Veen e armazenamento da amostras para análise química.

4.2.2.3. Encaminhamento das Amostras e Laboratório

Atento aos prazos de conservação das amostras determinados pela norma

técnica NBR 9898/1987, assim como procedimentos repassados pelo laboratório

contratado, todas as amostras foram fixadas com conservantes (as necessárias)

e conservadas refrigeradas, sendo as amostras de sedimentos congeladas.

Assim, após o término das coletas em campo, as amostras foram enviadas ao

laboratório por transportadora, em caixas térmicas refrigeradas com gelo.

As análises nas amostras de água e sedimentos foram realizadas nos laboratórios

da empresa Bioensaios Análises e Consultoria Ambiental S/C Ltda., que possui os

seguintes registros e acreditações:

Cadastro Técnico Federal - IBAMA N 457836

Certificado Registro do Conselho Regional de Química da 5ª Região n

000003172

Certificado ISO/IEC 17025:2005, INMETRO n CRL 0227

Certificado de Cadastro - FEPAM N 7/2006-DL

Certificado de Reconhecimento-Rede Metrológica/RS N6202

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-32 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Acreditação Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN – CORAD

Matrícula 13955;

Acreditação Ministério da Saúde – ANVISA – REBLAS – Habilitação ANALI-

017 para análises de agrotóxicos, saneantes, fitoterápicos, águas e

resíduos de agrotóxicos;

Acreditação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA;

Acreditação Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – Certificado de

Qualidade em Biossegurança – CQB Nº 209/2004; e,

Acreditação Swiss Federal Office of Public Health - SFOPH – Certificação

para TOX, MUT, PCT, ACC, ECT e ENF.

4.2.3. Biota Aquática

4.2.3.1. Subprograma de Monitoramento das Comunidades Fitoplanctônicas

Para o monitoramento das comunidades fitoplanctônicas foram obtidas amostras

para possibilitar a análise quali-quantitativas. As amostras qualitativas foram

coletas através de arrastos horizontais sub-superficiais mantendo a rede dentro

da zona fótica, em cada estação amostral, sendo utilizada uma rede de plâncton

cônica com malha de 20 m e 0,30m de diâmetro de boca (Figura 10).

Figura 10. (A) arrasto da rede de plâncton e (B) rede de plâncton cônica com malha de

20 μm, utilizada para amostragem qualitativa de fitoplâncton.

O conteúdo retido na rede foi então armazenado em frascos de polietileno e

fixado com solução formol 4%.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-33 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Os arrastos tiveram seu tempo de duração padronizados em 2 (dois) minutos,

assim como a velocidade da embarcação em 2 (dois) nós. Desta forma os

arrastos tiveram uma distância percorrida de aproximadamente 123,5 metros.

Além da padronização do esforço amostral, também foi padronizada a condição

de maré para os três momentos amostrais, sendo coletadas as amostras na área

de despejo sempre em condição de vazante de maré e no Porto de Paranaguá

em condição de maré enchente.

Durante as amostragens parâmetros físico-químicos foram mensurados na

coluna da água com a utilização de sonda multiparâmetros, sendo também

registra a data, hora da coleta e condição da maré. Tais informações são

apresentadas na Tabela 4.

As amostras para a análise quantitativa do fitoplâncton foram coletadas com o

auxílio da garrafa amostradora do tipo van Dorn, sendo as amostras obtidas em

sub-superfície (aproximadamente 0,30m), e acondicionadas em frascos de vidro

âmbar com capacidade de 1000ml devidamente identificados e fixadas com

solução Lugol.

4.2.3.1.1. Metodologia Analítica

As amostras qualitativas foram utilizadas para a identificação dos táxons.

Para a identificação taxonômica foram utilizadas as seguintes bibliografias: Cupp

(1943); Komarek & Fott (1983); Balech et al., (1984); Ricard (1987); Balech

(1988); Tomas (1997); Cardoso (1998); Hallegraeff et al., (2003).

A análise quantitativa foi realizada em câmara de Sedgewick-Rafter

(WOELKERLING et al., 1976), em 300 aumentos em microscópio Olympus, com

contraste de fase.

A análise da estrutura da comunidade fitoplanctônica foi analisada através de:

i. Densidade (cél./L);

ii. Riqueza específica (somatório do número de espécies por

amostra);

iii. Freqüência de ocorrência (%)

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-34 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Calculada de acordo com Lobo & Leighton (1986) utilizando-se a seguinte

fórmula:

Onde:

Pa – número de amostras em que a espécie X está presente

P – número total de amostras analisadas

iv. Abundância relativa (%), onde,

Onde:

a – número de organismos da espécie

P – número total de organismos na amostra

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-35 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Tabela 4. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de plâncton, no monitoramento da dragagem emergencial dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá.

Campanha Estação Nível Data Horário Maré Temp. (°C)

pH Potencial

Óxido-Redução

Condut. (mS/cm)

Turbid. (NTU)

OD (mg/L)

TDS (g/L)

Sal. (‰)

Transp. (m)

Pré

-dra

gagem

#052

Superfície 18/01/2011 09:01:07 Enchente 28,55 8,85 134 30,5 6,19 4,97 18,6 18,9

1,37 Meio 18/01/2011 08:59:52 Enchente 28,54 8,76 129 34,5 13,7 4,61 21 21,7

Fundo 18/01/2011 08:58:32 Enchente 28,38 8,77 122 36,6 12,2 4,53 22,3 23,1

#002

Superfície 16/01/2011 15:54:16 Vazante 29,0 8,76 205 44,1 0 5,41 26,9 28,4

3,83 Meio 16/01/2011 15:51:32 Vazante 26,5 8,80 208 48,9 0 5,87 29,8 31,9

Fundo 16/01/2011 15:48:25 Vazante 23,3 8,82 212 49,9 0 6,64 30,4 32,6

Dura

nte

Dra

gagem

#052

Superfície 03/02/2011 11:34:57 Enchente 27,7 7,76 235 32,2 14,7 3,82 19,6 2,01

1,05 Meio 03/02/2011 11:33:54 Enchente 28,02 7,91 227 35 52,9 4,11 21,4 2,2

Fundo 03/02/2011 11:32:04 Enchente 28,11 7,90 225 35,5 628 3,84 21,7 2,24

#002

Superfície 04/02/2011 16:35:36 Vazante 27,46 8,04 259 46,8 0 5,3 28,5 3,04

4,70 Meio 04/02/2011 16:34:21 Vazante 26,38 8,04 257 48,2 0 5,56 29,4 3,15

Fundo 04/02/2011 16:33:05 Vazante 24,27 8,00 257 49,8 0,46 6,01 30,4 3,26

Pós-d

ragagem

#052

Superfície 17/02/2011 14:33:14 Enchente 26,97 8,39 198 36,9 4,56 3,85 22,5 23,4

0,80 Meio 17/02/2011 14:32:11 Enchente 26,89 8,40 190 37,2 12,7 3,82 22,7 23,5

Fundo 17/02/2011 14:31:07 Enchente 26,87 8,38 178 37,2 110 3,97 22,7 23,5

#002

Superfície 22/02/2011 09:36:30 Vazante 28,3 8,19 157 48, 0 32,1 5,9 29 31,0

14,76 Meio 22/02/2011 09:35:16 Vazante 26,3 8,20 152 52,0 50,1 5,9 31 34,0

Fundo 22/02/2011 09:34:30 Vazante 24,6 8,21 165 48,0 77,1 6,3 31 34,0

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-36 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

4.2.3.2. Subprograma de Monitoramento das Comunidades Zooplanctônicas

As amostras de zooplâncton foram obtidas mediante a realização de arrastos

oblíquos na coluna da água, utilizando-se uma rede tipo WP-2 cilindro-cônica de

220 µm de tamanho de malha, 30 cm de diâmetro de boca e equipada com

fluxômetro (marca General Oceanics, modelo 2030 – Series Mechanical

Flowmeters) (Figura 11 e Figura 12).

Os arrastos, que foram executados concomitantemente aos para coleta de

amostras de fitoplâncton, tiveram seu tempo de duração padronizados em 2

(dois) minutos, assim como a velocidade da embarcação em 2 (dois) nós. Desta

forma os arrastos tiveram uma distância percorrida de aproximadamente 123,5

metros. Além da padronização do esforço amostral, também foi padronizada a

condição de maré para os três momentos amostrais, sendo coletadas as

amostras na área de despejo sempre em condição de vazante de maré e no

Porto de Paranaguá em condição de maré enchente.

As amostras assim obtidas foram imediatamente fixadas em solução de

formaldeído a 4% neutralizado, para posterior análise em laboratório.

Figura 11. Rede de plâncton com malha

de 220 m de abertura.

Figura 12. Fluxômetro mecânico que é

instalado no centro da boca da rede de

plâncton.

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4.2.3.2.1. Metodologia Analítica

Em laboratório, as amostras do zooplâncton foram analisadas em câmaras do

tipo Bogorov sob microscópio estereoscópico, após o fracionamento da amostra

total em alíquotas que variaram de 5 a 10% do total (BOLTOVSKOY, 1981). A

classificação ao menor nível taxonômico foi auxiliada pelo uso das referências de

El Moor-Loureiro (1997); Infante (1988); Montú & Gloeden (1986), Boltovskoy

(1981) e Reid (1985).

i. Freqüência de Ocorrência

Calculada pela fórmula:

Onde:

Fo = Freqüência de ocorrência (%);

Ta = Número de amostras contendo a espécie;

TA = Número total de amostras.

Os resultados, em percentagem, foram agrupados no seguinte critério de

classificação segundo Omori & Ikeda (1984):

> 80% - Muito frequente

40%+ 80% - Frequente

20%+ 40% - Pouco frequente

< 20% - Esporádico

ii. Densidade

O cálculo do número total de organismos (N) de cada táxon na amostra foi

estimado utilizando-se a seguinte fórmula:

Onde:

N = Densidade (org./m3);

Vt = volume total da amostra;

Vc = volume da subamostra;

X = número de organismos de cada táxon.

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O número total de organismos por unidade de volume (Nº.org./m3) foi obtido

segundo a fórmula:

Onde:

N = número total de cada táxon na amostra (org./ m3);

Vf = volume de água filtrado.

iii. Abundância Relativa

Calculada pela fórmula:

Onde:

Ar = abundância relativa (%);

N = número total de organismos de cada táxon na amostra;

Na = número de organismos na amostra.

Os resultados foram apresentados em percentagem, sendo classificados nos

seguintes grupos segundo Omori & Ikeda (1984):

> 70% - dominante

70% + 40% - abundante

40% + 10% - pouco abundante

< 10% - raro

iv. Riqueza

Este índice de informação da comunidade foi aplicado para o grande grupo

Copepoda, identificado a nível específico conforme recomendado por Hughes

(1978), que destaca a importância de se comparar diversidades usando o mesmo

táxon. Nesta análise foi utilizado o índice de Riqueza de Margalef que descreve o

número de unidades ponderado pela densidade dos organismos, sendo

representada pela equação:

Onde:

R = Riqueza de Margalef

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-39 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

S = Número total de espécies na amostra

N = Número total de organismos na amostra

4.2.3.3. Subprograma de Monitoramento da Macrofauna Bêntica de Fundo

Inconsolidado

Com o objetivo de se estabelecer um padrão confiável no monitoramento, foram

obtidas triplicatas de cada amostra, utilizando para a coleta uma draga busca

fundo do tipo van Veen com área amostral 0,022 m2 (Figura 13 e Figura 14). As

amostras obtidas em cada estação de coleta foram acondicionadas em sacos

plásticos identificados como o nome da estação amostral mais a seqüência de

três letras “A”, “B” e “C”, formando assim a amostra em triplicata.

Figura 13. Ilustração da coleta de amostras de

sedimento para macrofauna bêntica de fundo

inconsolidado.

Figura 14. Amostrador do tipo van Veen,

com área amostras de 0,022 m2.

As amostras foram fixadas com solução formalina 10% e, posteriormente,

lavadas em jogo de peneiras com malha de 1 mm e 0,5 mm. O material retido

nas peneiras foi acondicionado em frascos plásticos, etiquetados e conservados

em álcool 70%. Sob microscópio estereoscópico (Figura 15), a fauna foi então

separada dos detritos, identificada no menor nível taxonômico possível, e

quantificada.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-40 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

Figura 15. Triagem do material com auxílio de

microscópio estereoscópico.

4.2.3.3.1. Metodologia Analítica

A significância da diferença no número taxa e a densidade da macrofauna

bentônica (convertidos para m2) foi avaliada através de uma análise de variância

(ANOVA). Métodos estatísticos multivariados seguiram a análise univariada. Os

métodos multivariados são caracterizados pelo fato de permitirem comparações

entre amostras com base na composição de espécies, e uma grandeza de

abundância comparável. Inicialmente serão construídas matrizes de similaridade

utilizando-se o índice de Bray-Curtis e as amostras ordenadas através de análise

de proximidade (“Multidimensional Scaling Ordination”, CLARKE & WARWICK,

1994).

A representação das associações bênticas pela análise será seguida pela

discriminação dos pontos através da análise não-paramétrica ANOSIM (Análise

de Similaridade; CLARKE & WARWICK, 1994). Tanto para as análises de

ordenação como para a análise de similaridade será objetivado analisar e testar

as diferenças na estrutura bêntica entre as estações avaliadas.

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4.3. Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem

O Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem teve como

metodologia o acompanhamento dos procedimentos internos de gestão dos

resíduos pela contratada para a execução da obra (Van Oord) e o

acompanhamento da gestão dos resíduos pela Autoridade Portuária (APPA).

O observador de bordo identificou na draga as fontes geradoras, o manuseio e

armazenamento temporário dentro da embarcação até o seu desembarque.

No momento do desembarque foi observada a gestão dos resíduos na área de

competência da Autoridade Portuária (APPA), com o acompanhamento do

procedimento de transbordo dos resíduos entre a draga e o pátio,

acompanhamento das empresas responsáveis pelo transporte e solicitação da

APPA dos manifestos de movimentação de resíduos e certificados de destinos.

Neste monitoramento foi estabelecido sobre competência da Acquaplan a

identificação de eventuais não conformidades na gestão dos resíduos na draga, e

a solicitação da APPA da identificação das empresas responsáveis pelo transporte

e destinação/tratamento dos resíduos, buscando a verificação das licenças e/ou

autorizações dos prestadores de serviços para o gerenciamento dos resíduos.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 4-42 - Capítulo IV – Metodologias do Monitoramento

4.4. Programa de Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento

dos Sedimentos na Área de Descarte

O Programa de Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos

Sedimentos na Área de Descarte foi executado em parte, diretamente pela

Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA, e pela Acquaplan

Tecnologia e Consultoria Ambiental Ltda., sendo:

i. Monitoramento do lançamento dos sedimentos na área de descarte:

a. Sob responsabilidade da Acquaplan Tecnologia e Consultoria

Ambiental, que fiscalizou, durante toda a obra de dragagem, com a

presença de um profissional oceanógrafo (observador de bordo), o

posicionamento da embarcação na área de dragagem e no local de

despejo dos sedimentos.

Durante o desenvolvimento das atividades da draga o observador

de bordo, portando um GPS (Global Positioning System),

configurado no mesmo datum horizontal do projeto de dragagem

(WGS 84), registrava a localização durante a dragagem e no local

de descarte, plotando a sua localização sobre o projeto de

dragagem no software HYPACK MAX. Deste modo, tornava-se

possível verificar imediatamente o atendimento quanto às

delimitações da área a ser dragada e o local para descarte.

Simultaneamente, registrava o local, data e horário da atividade, e

acompanhava a execução junto à ponte de comando da draga, onde

também há um sistema de posicionamento da embarcação sobre o

projeto de dragagem.

ii. Monitoramento do Volume Dragado:

a. Sob responsabilidade da APPA, que contratou um serviço

especializado para fiscalizar os volumes dragados através da

execução de levantamentos hidrográficos (batimetria) na área de

dragagem e área de descarte dos sedimentos.

RESULTADOS DO

MONITORAMENTO AMBIENTAL

Capítulo V

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-44 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DO MONITORAMENTO AMBIENTAL

5.1. Monitoramento das Concentrações de Turbidez

Os valores de turbidez obtidos durante o monitoramento, nos três momentos

amostrais, tanto na área dragada quanto na área de despejo dos sedimentos,

são apresentados de forma consolidada na Tabela 5 e Tabela 6: a primeira

apresenta os resultados para a área do Porto de Paranaguá e a seguinte, os

resultados para a área de despejo.

Considerando que tal monitoramento decorreu na geração de um grande número

de valores de turbidez, distribuídos por local, condição maregráfica (enchente e

vazante), nível (superfície, meio e fundo) e momento amostral (pré, durante e

pós-dragagem), foram elaboradas cartas sobre imagem de satélite

georreferenciadas. As cartas foram geradas através de interpolação pelo método

Spline no software ArcMap®, com distância entre nós de cada célula de 20

metros para a área de despejo e 3,8 metros para a área do Porto de Paranaguá.

A escala foi padronizada, com intervalo colorimétrico representando 10 NTU.

As cartas são apresentadas por área (Porto de Paranaguá e Área de Despejo) e

por momento amostral (Pré-dragagem, durante dragagem e Pós-dragagem),

constando em cada conjunto as distintas condições maregráficas (enchente e

vazante) e nível mensurado (superfície, meio e fundo) (Figura 16, Figura 17,

Figura 18, Figura 19, Figura 20 e Figura 21)

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__________________________________________________________

Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-45 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 5. Valores de turbidez (NTU) obtidos nos pontos dos transects, na área do entorno do Porto de Paranaguá, nos três momentos amostrais.

Campanha Local Data Maré Profundidade Turbidez (NTU) / Estações Amostrais

#48 #16 #15 #14 #47 #46 #45 #44 #43 #42 #41 #40 #39 #38 #37 #13 #36 #35 #34 #33 #32 #31 #30 #12 #29 #28 #11 #10 #9 #27 #26 #8 #7 #6 #5 #4 #24 #3 #2 #25 #23 #21 #20 #1 #19 #17 #18 #22

Pré

Dra

gage

m

Po

rto

de

Par

anag

17

/01

/20

11

Ench

ente

Superfície 1,6 1,5 2,2 1,9 2,2 1,8 2,0 2,5 2,5 1,4 2,1 3,6 2,4 2,4 2,9 2,4 4,2 4,7 3,8 3,3 7,3 3,9 3,2 4,8 12,3 4,2 3,8 4,1 3,7 4,5 7,0 6,7 7,4 8,6 4,9 4,3 4,2 4,3 8,3 11,4 14,1 6,9 10,1 3,7 3,1 4,6 12,8 11,2

Meio 3,8 2,1 1,6 1,1 1,3 1,3 3,0 6,5 4,7 6,7 4,6 2,4 4,2 3,5 4,1 7,0 4,9 8,8 2,4 3,0 3,5 3,7 5,8 14,3 15,7 15,5 9,3 3,9 4,8 4,7 5,6 6,9 7,2 6,2 4,5 3,2 2,4 3,9 6,4 8,0 7,4 6,2 6,6 4,8 3,8 5,0 9,1 11,8

Fundo 13,1 6,1 6,8 7,4 16,1 4,3 53,3 9,3 10,8 15,8 41,0 14,1 9,1 9,7 34,2 13,5 13,1 13,2 29,5 19,8 12,9 19,0 20,4 23,0 33,3 74,6 55,1 25,1 26,9 18,3 25,5 8,8 46,3 8,1 10,5 6,9 6,4 9,2 9,1 8,3 9,3 9,7 20,4 14,6 15,0 12,1 9,5 14,1 V

azan

te Superfície 1,6 1,2 1,8 1,6 1,7 3,8 2,7 1,9 9,1 1,9 3,7 2,1 1,5 1,6 1,9 1,6 7,8 2,2 1,4 2,0 2,4 3,0 4,0 5,1 7,9 4,4 1,8 2,5 3,3 2,9 4,5 7,2 6,8 5,4 4,8 4,8 4,1 5,4 6,1 8,0 7,4 5,4 4,9 4,1 3,4 3,7 6,0 6,6

Meio 4,3 9,1 1,0 1,9 1,4 2,1 7,8 3,3 8,6 2,9 7,0 0,9 7,9 2,5 4,1 4,9 4,2 3,4 2,6 2,1 5,1 4,4 3,1 5,8 6,4 3,6 4,3 1,8 2,4 4,3 5,2 8,4 12,9 4,2 3,4 2,6 6,0 3,4 3,7 9,9 5,4 3,2 3,8 4,7 5,4 5,1 3,5 6,0

Fundo 15,3 6,9 2,2 20,9 14,8 4,9 26,3 13,6 21,0 37,8 15,8 22,1 15,6 48,9 43,6 22,8 28,4 73,9 16,5 21,4 35,2 52,1 28,7 33,2 16,9 22,2 29,0 20,7 35,9 27,1 26,0 14,2 17,3 26,0 28,4 20,3 12,5 14,5 20,8 14,7 14,2 13,0 9,7 15,9 12,6 8,5 9,3 16,0

Du

ran

te

Dra

gage

m

Po

rto

de

Par

anag

02

/02

/20

11

Ench

ente

Superfície 3,4 3,7 3,7 4,2 5,7 4,1 4,6 5,6 4,6 12,7 4,9 5,3 5,5 4,8 4,4 7,4 9,3 5,8 5,9 6,6 5,6 6,4 7,4 7,7 6,5 6,7 6,3 6,7 6,3 7,9 6,5 7,0 8,2 6,5 7,4 8,0 7,2 6,9 6,5 9,0 8,0 127,0 5,4 5,5 5,7 7,1 8,1 5,6

Meio 8,3 2,3 2,7 3,7 3,4 2,9 2,8 4,8 5,2 13,4 3,4 5,2 5,0 5,4 5,3 7,6 10,1 7,2 6,0 5,3 6,9 5,4 6,4 8,9 7,5 8,1 7,6 7,0 6,6 7,7 7,8 10,0 8,6 9,6 9,4 9,8 11,5 7,3 19,4 18,6 7,3 5,9 7,9 8,4 6,5 6,0 6,2 5,5

Fundo 27,4 20,2 55,6 58,6 17,0 42,8 17,5 10,2 10,7 16,6 7,8 15,9 6,4 13,9 9,6 12,3 22,9 7,8 10,3 7,8 8,6 12,1 10,6 11,2 13,1 12,2 14,3 9,7 12,6 22,2 18,9 18,4 25,4 34,3 23,0 35,0 35,6 45,0 66,7 110,0 72,1 127,0 84,2 64,5 139,0 47,1 123,0 19,6

03

/02

/20

11

Vaz

ante

Superfície 7,1 2,7 2,2 4,5 2,5 4,4 4,4 3,6 4,4 4,0 3,0 2,7 2,7 3,5 8,3 5,4 6,1 4,2 2,9 3,4 5,0 6,6 5,9 10,5 13,8 14,5 15,0 8,3 2,7 7,7 3,6 17,8 21,6 11,0 7,1 3,9 3,8 7,8 11,7 17,2 14,0 8,8 5,8 6,9 8,3 11,8 15,0 15,3

Meio 4,6 2,2 4,0 3,6 2,9 3,4 2,1 3,7 4,8 3,0 2,3 2,7 3,7 3,6 8,7 8,1 5,2 5,0 2,4 2,7 3,1 2,3 2,7 13,1 15,3 5,0 14,2 11,7 20,9 12,4 10,1 45,4 37,2 21,1 15,2 13,2 5,9 18,9 36,0 45,5 41,8 30,9 14,0 14,0 13,8 16,0 13,7 27,4

Fundo 19,4 4,7 23,9 31,2 17,8 24,5 4,8 5,5 8,4 18,8 7,6 6,5 3,0 6,6 9,3 7,7 18,2 9,1 19,1 9,2 12,3 16,7 19,7 29,1 109,0 40,8 23,4 39,6 51,4 58,5 58,2 87,5 194,0 118,0 94,6 155,0 165,0 57,1 147,0 81,1 155,0 183,0 60,7 76,3 104,0 44,0 40,3 40,6

s

Dra

gage

m

Po

rto

de

Par

anag

17

/02

/20

11

Ench

ente

Superfície 2,2 3,3 2,6 2,2 3,4 4,1 3,9 4,8 2,7 3,4 2,6 2,3 3,2 5,6 6,8 5,2 3,9 3,1 4,2 4,0 4,4 9,1 8,4 4,7 4,8 4,9 12,0 5,8 6,7 8,7 8,0 6,0 9,4 10,6 6,9 5,2 6,3 6,5 5,8 6,6 6,0 6,1 5,5 6,7 6,7 7,2 7,7 -

Meio 1,8 1,3 1,3 1,9 2,0 1,2 1,9 1,7 2,9 1,7 8,9 2,0 2,1 4,2 2,8 9,4 9,3 6,8 4,7 4,5 4,3 2,9 9,0 10,6 4,6 4,0 4,4 4,3 4,3 4,1 5,6 8,0 6,0 9,4 10,6 6,9 5,2 6,3 6,5 5,8 6,6 6,0 6,1 5,5 6,7 6,7 7,2 7,7

Fundo 5,9 0,9 3,0 4,0 3,6 3,6 1,6 5,2 4,8 7,1 7,5 8,0 3,8 5,7 5,2 28,6 36,5 23,3 7,4 5,0 8,6 22,9 111,0 12,2 16,8 42,7 44,0 15,2 26,0 54,0 30,3 14,1 53,7 56,7 61,9 34,1 86,9 42,5 32,4 31,6 41,9 38,3 21,5 34,1 74,2 23,0 25,7 8,5

Vaz

ante

Superfície 8,3 2,8 2,1 2,9 2,2 3,6 3,2 3,2 3,3 2,9 2,7 1,6 1,7 4,2 4,8 5,0 6,9 6,2 7,7 4,1 1,9 1,7 6,8 7,8 6,3 3,8 2,9 3,2 3,2 4,6 8,0 8,2 7,8 6,0 4,5 4,8 4,7 5,8 15,2 66,7 13,1 16,0 13,8 18,0 12,6 33,7 16,4 -

Meio 1,9 0,9 5,6 2,2 1,2 - 1,3 3,5 2,6 1,9 3,0 1,4 2,5 0,9 1,1 4,9 6,2 3,7 5,8 8,2 13,3 6,4 6,8 8,1 17,9 11,5 12,8 14,1 10,5 12,8 9,3 13,9 13,2 13,5 9,0 7,6 11,6 12,0 9,4 8,9 9,2 8,9 8,5 5,5 5,9 6,8 8,7 9,4

Fundo 2,3 2,1 5,3 10,5 4,7 2,5 2,5 7,8 25,1 6,9 9,1 11,3 7,1 8,2 11,1 111,0 108,0 36,7 19,7 15,8 32,3 27,8 36,1 32,4 49,8 59,3 57,5 28,6 39,5 61,1 58,4 38,8 58,1 34,3 24,3 29,9 35,6 21,1 18,4 12,5 10,0 9,5 9,3 8,7 8,0 6,7 8,3 8,1

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-46 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 6. Valores de turbidez (NTU) obtidos nos pontos dos transects, na área de despejo dos sedimentos, nos três momentos amostrais.

Campanha Local Data Maré Profundidade Turbidez (NTU) / Estações Amostrais

#49 #50 #51 #52 #53 #54 #55 #56 #57 #58 #59 #60 #64 #63 #62 #61 #68 #67 #66 #65

Pré

Dra

gage

m

Des

pej

o

16

/01

/20

11

Ench

ente

Superfície 0,00 0,00 0,00 0,00 1,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Meio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fundo 0,00 0,00 0,00 0,00 1,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Vaz

ante

Superfície 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,00

Meio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fundo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,76 0,00 0,00 0,00

Du

ran

te

Dra

gage

m

Des

pej

o

04

/02

/20

11

Ench

ente

Superfície 0,22 0,10 0,00 0,00 0,00 2,45 0,03 0,63 0,06 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Meio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fundo 0,37 0,16 2,89 0,25 1,27 2,95 1,14 0,00 3,38 2,60 2,18 1,38 0,66 0,00 0,10 1,31 0,00 0,00 0,00 0,07

05

/02

/20

11

Vaz

ante

Superfície 2,69 2,98 1,09 4,79 0,81 2,84 2,01 2,59 1,91 1,39 1,78 2,38 1,38 1,56 1,58 1,49 1,51 1,56 4,05 1,15

Meio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,86 0,00

Fundo 1,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,20 0,31 0,10 0,00 0,00 0,00 0,89 1,81 0,25 0,00 3,42 0,00

s

Dra

gage

m

Des

pej

o

22

/02

/20

11

Ench

ente

Superfície 11,90 14,10 15,10 6,90 8,20 9,90 14,80 16,60 15,10 11,40 18,60 14,60 15,50 15,80 15,00 13,20 9,70 6,60 15,30 23,30

Meio 10,70 12,60 17,80 4,20 6,40 9,10 15,20 13,00 10,90 10,30 17,90 14,90 13,70 9,40 13,30 11,40 6,20 8,60 12,00 34,40

Fundo 29,70 19,20 26,10 50,20 5,20 19,10 38,00 37,30 47,50 47,80 54,90 60,80 53,00 41,70 14,10 46,70 32,90 13,20 15,60 30,00

Vaz

ante

Superfície 8,00 9,30 9,60 10,60 13,40 18,20 13,20 16,70 16,80 15,20 18,50 11,60 17,00 14,20 16,00 12,20 14,60 17,50 9,50 10,80

Meio 6,40 9,30 7,90 8,10 11,20 18,30 13,50 19,00 17,10 16,20 21,80 14,00 18,10 15,90 19,60 14,30 16,70 21,40 10,00 12,40

Fundo 27,10 35,10 8,20 7,90 35,10 14,10 32,20 29,60 21,50 15,20 15,70 17,00 42,30 37,30 17,40 47,00 62,80 17,80 21,30 57,40

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-47 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 16. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, em momento de pré-dragagem.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-48 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 17. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, durante a dragagem.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-49 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 18. Distribuição dos valores de turbidez na região do Porto de Paranaguá, em momento pós-dragagem.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-50 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 19. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, em momento de pré-dragagem.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-51 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 20. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, durante a dragagem.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-52 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 21. Distribuição dos valores de turbidez na área de despejo, em momento pós-dragagem.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-53 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Os resultados obtidos com o monitoramento da turbidez demonstraram que na

área dragada, e região do entorno Porto de Paranaguá, a pluma de dragagem

apresentou-se junto ao fundo e em maior concentração na porção mais oeste

do Porto de Paranaguá. Esta situação é provavelmente decorrente da

velocidade do fluxo ser maior junto ao fundo quando da penetração da onda de

maré através da chamada cunha salina, e é momento de vazante o

escoamento apresenta maior velocidade junto à superfície, característico da

estratificação das águas estuarinas.

Desta forma há um “aprisionamento” da água de fundo, onde a sua troca é

menor se comparada às águas superficiais desta região estuarina.

Quando avaliados os três momentos amostrais (pré-dragagem, durante a

dragagem e pós-dragagem), na área monitorada em frente ao Porto de

Paranaguá, adotando a média da turbidez junto ao fundo, se observa uma

condição inicial (pré-dragagem), um aumento significativo durante a dragagem

e uma redução na semana seguinte ao término da obra (Figura 22).

Figura 22. Média da turbidez junto ao fundo, nos três momentos

amostrais, na região monitorada em frente ao Porto de Paranaguá.

Já os resultados deste monitoramento na área de despejo, adotando também a

condição da média da turbidez junto ao fundo, demonstram que houve um

incremento nos valores da turbidez durante a dragagem, porém com valores

considerados muito baixos. Foi observado, porém, que após o término da

0

10

20

30

40

50

60

Pré Durante Pós

Dragagem

Turb

ide

z (N

TU)

Área de DragagemEnchente

Vazante

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-54 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

dragagem, os valores de turbidez aumentaram de forma significativa na área

de despejo, conforme demonstrado na Figura 23.

Figura 23. Média da turbidez junto ao fundo, nos três momentos

amostrais, na área de despejo dos sedimentos dragados nos berços

de atracação do Porto de Paranaguá.

O aumento dos valores de turbidez na área de despejo após o término da

dragagem se deu de forma uniforme em toda a região monitorada, conforme

demonstra a Figura 21, não ocorrendo pontos concentrados que denotem a

formação de pluma.

Tal ocorrência provavelmente é decorrente da passagem de uma frente fria

entre os dias 14 e 18 de fevereiro, que gerou o fenômeno localmente

denominado Lestada. Este fenômeno é caracterizado por ventos intensos do

quadrante Leste que age sobre uma grande região do sul brasileiro, gerando

um Swell, com ondas grandes. Observando a Figura 24, que apresenta as

alturas significativas das ondas na região do litoral paranaense, destaca-se

neste período, entre os dias 14 e 18 de fevereiro de 2011, um pico com ondas

que superaram 1,5 metros significativos.

0

10

20

30

40

50

60

Pré Durante Pós

Dragagem

Turb

ide

z (N

TU)

Área de Despejo Enchente

Vazante

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-55 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 24. Representação gráfica das alturas significativas de ondas, onde as

colunas representam as alturas projetadas pelo modelo e a linha vermelha o

registro das alturas ocorridas. Fonte: CPTEC/INPE, 2011.

Este evento foi também registrado pela estação meteorológica existente no

município de Paranaguá, na localidade da Ilha do Mel (Estação Ilha do Mel –

A847, Instituto Nacional de Meteorologia – INMET – Rede de Estações

Automatizadas), onde os registros entre os dias 17 e 22 de fevereiro, período

em que foi executada a campanha de monitoramento pós-dragagem,

demonstram a predominância do sentido dos ventos Leste, apresentado

através da Figura 25.

Figura 25. Distribuição da direção e velocidade dos

ventos entre os dias 17 e 22 de fevereiro de 2011

0%

10%

20%

30%

W E

S

N

0 - 1

1 - 2

2 - 3

3 - 4

4 - 5

5 - 6

6 - 7

7 - 8

8 - 9

Vel.(m/s)

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-56 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Desta forma, a condição observada de maiores valores de turbidez na área de

despejo após o término da dragagem, pode ser explicada pela ação das ondas

de maior energia ocorrentes neste período, que provavelmente causou a

ressuspensão, de forma uniforme por toda a região, dos sedimentos

depositados nesta área.

Esta ressuspensão dos sedimentos era um evento com grande probabilidade de

ocorrência, visto que a característica sedimentológica da área de despejo é

dominância de grânulos de areia fina e os sedimentos dragados da área dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá são caracterizados por areia muito

fina e silte.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-57 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

5.2. Monitoramento das Águas e Sedimentos

5.2.1. Sedimentologia

O tamanho de grão é uma propriedade física dos sedimentos. Normalmente os

dados granulométricos são utilizados para estudar tendências de processos

superficiais relacionados às condições hidrodinâmicas de transporte e deposição

(DIAS, 2004). A permeabilidade e a estabilidade das partículas sedimentares

pode ser um importante complemento nos estudos das reações cinéticas e

afinidade de partículas finas e contaminantes. A análise granulométrica tem por

objetivo medir com precisão o tamanho das partículas, para determinar sua

distribuição de frequência e calcular estatisticamente as características de cada

amostra (POPPE et al, 2003).

Os resultados obtidos através das análises granulométricas no monitoramento

ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá são

apresentados nas Figura 26, Figura 27 e Figura 28).

Figura 26. Percentual de sedimentos arenosos em sedimentos superficiais, obtidos

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60

pré dragagem dragagem pós dragagem

(%

)

Estações amostrais

Percentual da Fração Areia Durante o Processo de

Dragagem

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-58 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

As estações amostrais 1, 2, 3, 4 e 5, que representam a área de despejo dos

sedimentos dragados, não apresentaram grandes diferenças quanto às

características granulométricas durante o monitoramento (Figura 26, Figura 27

e Figura 28). Seria de se esperar que no momento pós-dragagem, houvesse

maior quantidade de sedimentos finos nesta região. Isso provavelmente não

ocorreu porque os sedimentos finos, recém depositados, foram

redisponibilizados para a coluna d’água, aumentando a turbidez (Figura 23)

devido a fatores como aumento de altura de ondas (Figura 24), provocado por

entrada de frente fria e maior intensidade de vento (Figura 25). Desta forma os

sedimentos finos foram deslocados para outras áreas, onde as condições

hidrodinâmicas permitam sua deposição.

Figura 27. Percentual de sedimentos sílticos em sedimentos superficiais, obtidos

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60

pré dragagem dragagem pós dragagem

(%

)

Estações amostrais

Percentual da Fração Silte Durante o Processo de

Dragagem

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-59 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 28. Percentual de sedimentos sílticos em sedimentos superficiais, obtidos

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

Durante a obra de dragagem, nas estações amostrais localizadas na área dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá (estações amostras #42, #52 e

#60), foram observadas algumas alterações nas características dos sedimentos

no que se refere à classe textural dos mesmos. No entanto, após a dragagem

observou-se que, na maioria dos locais amostrados, o ambiente volta a

apresentar características granulométricas semelhantes às encontradas antes

da dragagem. Provavelmente, após o restabelecimento das condições

ambientais anteriores, a área dragada tende a se recompor, voltando a

apresentar as mesmas características granulométricas anteriores ao processo

de dragagem.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60 1 2 3 4 5 42 52 53 60

pré dragagem dragagem pós dragagem

(%

)

Estações amostrais

Percentual da Fração Argila Durante o Processo de

Dragagem

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-60 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

5.2.2. Qualidade dos Sedimentos

5.2.2.1. Metais Pesados e Arsênio

Os sedimentos fazem parte do ciclo hidrológico, que dependendo da sua

composição química e características de adsorção, podem ter uma elevada

capacidade de acumulação de contaminantes orgânicos e inorgânicos (COELHO

et al., 2009).

Os sedimentos não somente constituem-se numa das maiores fontes de

poluentes da água, mas também servem como catalisadores, como

carreadores, e como agentes fixadores para outros poluidores. Sob esse

aspecto de importância, torna-se importante o monitoramento constante dos

sedimentos em suspensão e daqueles depositados ao longo dos rios.

De acordo com Deletic et al. (2000), em termos de massa, os sedimentos são

os poluentes potenciais mais importantes conduzidos pelo escoamento pluvial.

A acumulação de sedimentos acarreta danos pela obstrução das canalizações,

prejudicando o desempenho da rede de drenagem projetada. Os sedimentos

carreados até o corpo receptor formam depósitos modificando seu leito,

originando muitos problemas. Em resumo, as principais consequências

ambientais da produção de sedimentos em áreas urbanas são a obstrução das

canalizações da rede de drenagem; o assoreamento da drenagem, com

redução da capacidade de escoamento de condutos, rios e lagos urbano e o

transporte de poluentes agregados ao sedimento que contaminam as águas

pluviais (DOTTO, 2006).

Na Tabela 7 são apresentados os resultados das concentrações obtidas para

metais e Arsênio, em amostras de sedimentos, no monitoramento ambiental da

dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá, entre

janeiro e fevereiro de 2011 (mg/kg).

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-61 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 7. Resultados das concentrações de metais e Arsênio em amostras de

sedimentos coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá.

Estação Campanha Metais Pesados e Arsênio (mg/kg)

As Cd Pb Cu Hg Ni Zn

#01

Pré

-dra

gagem

<2,5 <0,5 <2,5 <2,5 ND <2,5 3,0

#02 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 <2,8

#03 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 3,1

#04 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 <2,5

#05 <2,5 <0,5 <2,5 <2,5 <0,15 <2,5 2,6

#42 <2,5 <0,5 3,1 <2,5 <0,15 4,0 15,0

#53 <2,5 <0,5 4,0 <2,5 <0,15 5,8 27,8

#60 3,3 <0,5 10,1 12,7 <0,15 14,7 53,4

#01

Dura

nte

Dra

gagem

<2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 3,7

#02 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 <2,5

#03 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 3,3

#04 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 2,9

#05 <2,5 <0,5 <2,5 ND <0,15 <2,5 <2,5

#42 <2,5 <0,5 3,1 <2,5 <0,15 3,9 14,2

#53 <0,5 <0,5 4,7 <2,5 <0,15 6,8 34,4

#60 3,0 <0,5 10,4 11,5 <0,15 14,8 57,7

#01

Pós-d

ragagem

<2,5 <0,5 <2,5 <2,5 ND <2,5 5,7

#02 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 4,2

#03 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 2,7

#04 <2,5 <0,5 <2,5 ND ND <2,5 <2,5

#05 <2,5 <0,5 <2,5 <2,5 ND <2,5 3,9

#42 <2,5 <0,5 4,1 3,0 <0,15 4,2 18,3

#53 <2,5 <0,5 4,0 <2,5 <0,15 6,1 31,0

#60 <2,5 <0,5 5,3 4,6 <0,15 4,3 22,7

CONAMA

344/04

Nível 1 8,2 1,2 46,7 34 0,15 20,9 150

Nível 2 70 9,6 218 270 0,71 51,6 410

As amostras coletadas apresentaram concentrações abaixo do Nível 1

estabelecido na Resolução CONAMA N° 344/2004, para Águas salobras. As suas

distribuições podem ser visualizadas através das representações gráficas

apresentadas nas figuras subsequentes (Figura 29, Figura 30, Figura 31, Figura

32, Figura 33, Figura 34 e Figura 35).

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-62 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 29. Concentrações de Arsênio (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação

do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

Figura 30. Concentrações de Cádmio (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação

do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

0

10

20

30

40

50

60

70

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ars

ênio

(mg/

Kg)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2

0

2

4

6

8

10

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Cád

mio

(mg/

Kg)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-63 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 31. Concentrações de Chumbo (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação

do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

Figura 32. Concentrações de Cobre (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação

do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ch

um

bo

(mg/

Kg)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2

0

30

60

90

120

150

180

210

240

270

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Co

bre

(mg/

Kg)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-64 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 33. Concentrações de Mercúrio (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação

do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

Figura 34. Concentrações de Níquel (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação

do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Mer

cúri

o (m

g/K

g)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2

0

10

20

30

40

50

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Níq

uel

(mg/

Kg)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-65 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 35. Concentrações de Níquel (mg/kg), nas amostras de sedimentos, obtidas

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação

do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

5.2.2.2. Carbono Orgânico Total, Nitrogênio e Fósforo

Os resultados das concentrações de carbono orgânico total, nitrogênio e fósforo

totais são apresentados de forma consolidada na Tabela 8. Os resultados são

apresentados também em forma gráfica, demonstrando os limites

estabelecidos na Resolução CONAMA N° 344/2004 (Figura 36, Figura 37 e

Figura 38).

Tabela 8. Concentrações de Carbono Orgânico Total, Nitrogênio e Fósforo totais,

em amostras de sedimentos coletadas durante o monitoramento ambiental da

dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.

Estação Campanha Carbono Orgânico Total e Nutrientes

COT (%) NT (mg/kg) PT (mg/kg)

#01

Pré

-dra

gagem

0,0834 60 40,8

#02 0,0999 59 35,5

#03 0,1496 <50 42,11

#04 0,1170 59 44,1

#05 0,1162 <50 30,7

#42 0,8677 178 131,3

#53 0,8410 448 277,6

#60 3,9170 2254 631,4

#01

Dura

nte

Dra

gage

m

0,1455 60 109

#02 0,0584 <50 41

#03 0,3789 59 49

#04 0,0876 83 105

0

50

100

150

200

250

300

350

400

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Zin

co (

mg

/Kg

)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós CONAMA 344/04 Nível 1 CONAMA 344/04 Nível 2

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-66 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Estação Campanha Carbono Orgânico Total e Nutrientes

COT (%) NT (mg/kg) PT (mg/kg)

#05 0,0871 71 134

#42 1,2495 166 534

#53 1,5796 275 1757

#60 8,2361 1343 6870

#01

Pós-d

ragagem

0,2840 148 295

#02 0,2054 59 60

#03 0,1735 <50 47,8

#04 0,2533 59 40,5

#05 2,9165 118 73,9

#42 1,7319 801 215,3

#53 7,1045 293,8 418

#60 1,2060 595 4448,6

CONAMA 344/04 Valor Alerta 10 4.800 2.000

Figura 36. Percentuais de Carbono Orgânico Total (%) nas amostras de sedimentos,

obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

A concentração de carbono orgânico total (Figura 36), para todas as amostras

analisadas, tanto da área dragada quanto da área de despejo, apresentaram

resultados inferiores ao Valor de Alerta estabelecido na Resolução CONAMA N°

344/2004, sendo observados valores maiores na área dragada, característico

desta região estuarina, onde há uma grande aporte de matéria orgânica.

0

2

4

6

8

10

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Car

bo

no

Org

ânic

o T

ota

l (%

)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós Valor de Alerta CONAMA 344/04

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-67 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 37. Concentrações de Nitrogênio Total (mg/kg) nas amostras de sedimentos,

obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

As concentrações de nitrogênio total (Figura 37), para todas as amostras,

também se mantiveram inferiores ao Valor de Alerta estabelecido na Resolução

CONAMA N° 344/2004.

Figura 38. Concentrações de Fósforo Total (mg/kg) nas amostras de sedimentos, obtidas

durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de atracação

do Porto de Paranaguá, realizado entre janeiro e fevereiro de 2011.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Nit

rogê

nio

To

tal

(mg/

kg)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós Valor de Alerta CONAMA 344/04

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Fósf

oro

To

tal (

mg/

kg)

Estações Amostrais

Pré Durante Pós Valor de Alerta CONAMA 344/04

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-68 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Analisando os resultados das concentrações de fósforo total nas amostras de

sedimentos (Figura 38), verificou-se a ocorrência de um aumento significativo

na estação amostral #60 durante a dragagem com subsequente redução logo

após o término da obra. Esta estação amostral esta disposta na região oeste do

Porto de Paranaguá, havendo nas proximidades várias fontes de fósforo, como

um fragmento de manguezal e alguns canais de drenagem que recebem

esgotos sanitários sem tratamento e deságuam nesta região, denominada

Rocio, além da própria operação portuária com o descarregamento de

fertilizantes e carregamento de grãos. Todas estas fontes são responsáveis pelo

aporte de fósforo no ambiente, que foi acumulando ao longo do tempo nos

sedimentos, e por conta da obra de dragagem foi disponibilizado.

5.2.3. Qualidade das Águas

Os dados físico-químicos obtidos in situ durante a coleta das amostras de

águas, são apresentados na Tabela 9, para a área de dragagem, e na Tabela

10 para a área de despejo.

Os resultados das concentrações de metais pesados e arsênio são apresentados

na Tabela 11.

Os resultados das concentrações de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos –

HPA’s são apresentados na Tabela 12, Tabela 13 e Tabela 14.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-69 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 9. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de água na área do Porto, no monitoramento da dragagem

emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.

Campanha Estação Nível Data Temperatura

(°C) pH

Potencial Óxido-

Redução

Condutividade (mS/cm)

Turbidez (NTU)

OD (mg/L)

TDS (g/L)

Salinidade. (‰)

Transparência (m)

Pré

-dra

gagem

#042

Superfície

17/0

1/2

011

28,68 8,84 205 32,6 13,1 4,37 19,9 20,3

0,71 Meio 28,66 8,80 214 33,9 12,1 4,51 20,7 21,3

Fundo 28,57 8,79 228 35,2 32,7 4,82 21,5 22,1

#053

Superfície 28,78 8,91 153 28,5 4,21 5,22 17,7 17,5

1,20 Meio 28,8 8,80 154 32,9 3,78 4,50 20,1 20,6

Fundo 28,63 8,80 152 35,1 5,34 4,25 21,4 22,1

#060

Superfície 28,66 8,86 133 29,8 7,41 4,84 18,5 18,4

0,84 Meio 28,58 8,78 133 34,5 9,41 4,19 21,0 21,6

Fundo 28,47 8,76 130 36,7 10,9 4,08 22,4 23,2

Dura

nte

Dra

gagem

#042

Superfície

03/0

2/2

011

27,40 7,50 244 28,1 15,4 3,50 17,4 17,3

1,07 Meio 27,94 7,89 231 35,1 78,1 3,67 21,4 22,1

Fundo 28,02 7,97 226 36,7 124,0 3,95 22,4 23,2

#053

Superfície 28,46 7,86 242 32,9 9,34 4,24 20,0 20,5

1,30 Meio 28,49 7,89 237 33,7 10,8 4,21 20,6 21,1

Fundo 28,52 7,94 227 35,5 50,7 4,26 21,7 22,4

#060

Superfície 27,94 7,77 239 32,0 12,6 3,7 19,5 20,0

1,09 Meio 28,24 7,79 247 34,2 117,0 3,24 20,9 21,4

Fundo 28,35 7,81 277 34,9 930,0 3,04 21,3 22,0

Pós-d

ragagem

#042

Superfície

17/0

2/2

011

27,17 8,41 198 36,9 3,49 4,33 22,5 22,6

0,68 Meio 26,74 8,46 190 37,2 1,88 4,73 22,7 23,8

Fundo 26,70 8,48 178 37,2 1,62 4,99 22,7 24,3

#053

Superfície 27,32 8,39 214 35,3 2,98 5,68 21,5 22,2

0,72 Meio 26,96 8,42 210 37,2 10,20 4,26 22,7 23,6

Fundo 26,90 8,43 202 37,5 33,30 4,03 22,9 23,8

#060

Superfície 27,03 8,37 196 36,5 8,70 3,87 22,3 23,1

0,78 Meio 26,93 8,38 193 36,8 9,19 3,84 22,4 23,2

Fundo 26,89 8,41 179 37,1 8,24 3,99 22,6 23,5

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-70 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 10. Planilha com os registros de campo durante as amostragens de água na área de despejo, no monitoramento da dragagem

emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.

Campanha Estação Nível Data Temperatura

(°C) pH

Potencial Óxido-

Redução

Condutividade (mS/cm)

Turbidez (NTU)

OD (mg/L)

TDS (g/L)

Salinidade (‰)

Transparência (m)

Pré

-dra

gagem

#001

Superfície

16/0

1/2

011

28,75 8,76 193 44,2 0 5,26 27,0 28,6

3,65 Meio 26,52 8,78 195 49,2 0 5,03 30,0 32,2

Fundo 23,47 8,78 199 49,9 0 5,25 30,5 32,7

#002

Superfície 29,00 8,76 205 44,1 0 5,41 26,9 28,4

3,83 Meio 26,51 8,80 208 48,9 0 5,87 29,8 31,9

Fundo 23,28 8,82 212 49,9 0 6,64 30,4 32,6

#003

Superfície 28,87 8,77 198 43,8 0 5,22 26,7 28,3

4,37 Meio 26,00 8,80 201 49,2 0 5,06 30,0 32,1

Fundo 23,34 8,82 202 49,9 0 5,27 30,5 32,7

#004

Superfície 28,81 8,74 200 44,0 0 5,26 26,8 28,4

4,71 Meio 26,58 8,78 199 49,1 0 5,12 29,9 32,1

Fundo 23,32 8,79 200 50,0 0 5,2 30,4 32,7

#005

Superfície 29,05 8,75 199 44,4 0 5,01 27,1 28,7

3,99 Meio 26,45 8,78 202 49,2 0 5,78 30,0 32,2

Fundo 23,24 8,79 205 50,1 0 5,76 30,1 32,8

Dura

nte

Dra

gagem

#001

Superfície

04/0

2/2

011

27,50 8,04 268 46,7 0,15 4,93 28,5 30,4

6,90 Meio 26,88 8,05 267 48,0 0 5,38 29,3 31,3

Fundo 24,63 8,00 270 49,7 0,33 5,46 30,3 32,5

#002

Superfície 27,46 8,04 259 46,8 0 5,3 28,5 30,4

4,70 Meio 26,38 8,04 257 48,2 0 5,56 29,4 31,5

Fundo 24,27 8,00 257 49,8 0,46 6,01 30,4 32,6

#003

Superfície 27,40 8,05 260 47,0 0 5,09 28,7 30,6

5,73 Meio 26,44 8,06 259 48,6 0 5,39 29,6 31,7

Fundo 24,43 8,01 259 49,9 0,47 6,46 30,4 32,6

#004

Superfície 27,54 8,03 261 47,0 0 5,18 28,7 30,6

8,87 Meio 26,49 8,06 260 48,4 0 5,45 29,5 31,6

Fundo 23,92 8,00 259 50,1 0,16 5,98 30,1 32,8

#005 Superfície 27,47 8,03 261 47,0 0,05 5,1 28,6 30,5 6,95

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-71 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Campanha Estação Nível Data Temperatura

(°C) pH

Potencial Óxido-

Redução

Condutividade (mS/cm)

Turbidez (NTU)

OD (mg/L)

TDS (g/L)

Salinidade (‰)

Transparência (m)

Meio 26,82 8,04 258 48,1 0 5,46 29,3 31,4

Fundo 24,42 8,01 253 50,4 0 6,15 30,2 33,1

Pós-d

ragagem

#001

Superfície

22/0

2/2

011

29,6 8,20 184 48,0 15,7 5,7 29 31

2,87 Meio 26,4 8,22 184 52,0 16,0 6 31 34

Fundo 26,3 8,22 196 53,0 24,1 5,9 32 35

#002

Superfície 28,2 8,22 165 48,0 40,0 5,9 29 31

3,13 Meio 26,3 8,24 161 52,0 55,1 6 31 34

Fundo 26,1 8,22 153 55,0 43,6 5,9 33 34

#003

Superfície 27,9 8,22 167 48,0 23,1 5,9 29 31

12,96 Meio 26,2 8,23 163 52,0 54,2 6,2 31 34

Fundo 22,8 8,27 172 52,0 82,7 7 31 37

#004

Superfície 28,3 8,19 146 48,0 21,4 5,9 29 31

8,10 Meio 26,3 8,21 134 52,0 39,6 6 31 34

Fundo 26,8 8,19 165 48,0 24,6 5,9 29 34

#005

Superfície 28,3 8,19 184 48,0 32,1 5,9 29 31

8,10 Meio 26,3 8,20 184 52,0 50,1 5,9 31 34

Fundo 24,6 8,21 196 53,0 77,1 6,3 32 34

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-72 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

5.2.3.1. Metais Pesados e Arsênio

Tabela 11. Resultados das concentrações de metais e Arsênio em amostras de água coletadas

durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de

Paranaguá.

Campanha Estação Prof. Metais Pesados e Arsênio (mg/L)

As B Cd Pb Hg Ni Zn

Pré

-dra

gagem

#01

Superfície <0,0001 3,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0050

Meio <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0579

Fundo <0,0001 4,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

#02

Superfície <0,0001 3,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0899

Fundo <0,0001 4,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0229

#03

Superfície <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,2857

Meio <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

Fundo <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

#04

Superfície <0,0001 4,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

Meio <0,0001 3,3 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,0569

Fundo <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

#05

Superfície <0,0001 3,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0693

Meio <0,0001 4,7 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

Fundo <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,1779

#42

Superfície <0,0001 3,1 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 <0,0001

Meio <0,0001 2,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

Fundo <0,0001 2,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

#53

Superfície <0,0001 2,3 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

Meio <0,0001 3,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0889

Fundo <0,0001 3,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

#60

Superfície <0,0001 2,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,0381

Meio <0,0001 3,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

Fundo <0,0001 3,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 <0,0001

Dura

nte

Dra

gagem

#01

Superfície <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,5685

Meio <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5399

Fundo <0,0001 4,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5606

#02

Superfície <0,0001 4,23 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,6147

Meio <0,0001 3,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6210

Fundo <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5013

#03

Superfície <0,0001 4,3 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,7500

Meio <0,0001 5,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,4407

Fundo <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5231

#04

Superfície <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5793

Meio <0,0001 5,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5304

Fundo <0,0001 5,9 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5449

#05

Superfície <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,5981

Meio <0,0001 4,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6411

Fundo <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6786

#42

Superfície <0,0001 2,5 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,6181

Meio <0,0001 3,4 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6557

Fundo <0,0001 3,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,7162

#53

Superfície <0,0001 2,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6123

Meio <0,0001 3,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6058

Fundo <0,0001 3,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,5819

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-73 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Campanha Estação Prof. Metais Pesados e Arsênio (mg/L)

As B Cd Pb Hg Ni Zn

#60

Superfície <0,0001 2,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,6361

Meio <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,7742

Fundo <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,7499

Pós-d

ragagem

#01

Superfície <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,8100

Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9500

Fundo <0,0001 4,7 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,8540

#02

Superfície <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,8800

Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9900

Fundo <0,0001 4,6 <0,0001 <0,0005 0,0004 <0,0001 1,31

#03

Superfície <0,0001 4,5 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,8800

Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 0,0002 <0,0001 0,8300

Fundo <0,0001 5,1 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9666

#04

Superfície <0,0001 4,2 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9870

Meio <0,0001 4,1 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9988

Fundo <0,0001 5,1 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,8955

#05

Superfície <0,0001 4,1 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 1,11

Meio <0,0001 4,4 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 1,13

Fundo <0,0001 5,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,13

#42

Superfície <0,0001 3,5 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 1,10

Meio <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 <0,0002 <0,0001 0,9800

Fundo <0,0001 4,0 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 0,1040

#53

Superfície <0,0001 2,5 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,07

Meio <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,51

Fundo <0,0001 3,8 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,21

#60

Superfície <0,0001 3,2 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,12

Meio <0,0001 3,6 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,28

Fundo <0,0001 3,7 <0,0001 <0,0005 ND <0,0001 1,14

CONAMA 357/20052 140 5,0 0,005 0,01 0,0002 0,025 0,09

2 Limites máximos definidos na Resolução CONAMA N° 357/2005, Art. 18 – Águas Salinas – Classe 1,

considerando a pesca ou cultivo de organismos para fins de consumo intensivo.

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-74 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

5.2.3.2. Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos – HPA’s

Tabela 12. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, no momento pré-dragagem.

Campanha

Estação Prof.

HPA’s (mg/L)

Acenaftaleno

Acenafteno

Antraceno

Benzo (a)

antraceno

Benzo (a)

pireno

Benzo (b)

fluoranteno

Benzo (g,h,i)

perileno

Benzo (k)

fluoranteno

Criseno

Dibenzo (a,h)

antraceno

Fenantreno

Fluoranteno

Fluoreno

Indeno (1,2,3-

cd) pireno

Naftaleno

Pireno

Pré

-dra

gagem

#01

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#02

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#03

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#04

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#05

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#42

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#53

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#60

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

CONAMA 357/2005 - - - 0,000018 0,000018 0,000018 - 0,000018 0,000018 0,000018 - - - 0,000018 - -

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-75 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 13. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, durante a dragagem..

Campanha

Estação Prof.

HPA’s (mg/L)

Acenaftaleno

Acenafteno

Antraceno

Benzo (a)

antraceno

Benzo (a)

pireno

Benzo (b)

fluoranteno

Benzo (g,h,i)

perileno

Benzo (k)

fluoranteno

Criseno

Dibenzo (a,h)

antraceno

Fenantreno

Fluoranteno

Fluoreno

Indeno(1,2,3-

cd)pireno

Naftaleno

Pireno

Dura

nte

Dra

gagem

#01

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#02

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND <0,010

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#03

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 0,26 ND ND ND <0,010

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#04

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#05

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#42

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#53

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#60

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

CONAMA 357/2005 - - - 0,000018 0,000018 0,000018 - 0,000018 0,000018 0,000018 - - - 0,000018 - -

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-76 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 14. Resultados das concentrações de HPA’s em amostras de água, no momento pós-dragagem.

Campanha

Estação Prof.

HPA’s (mg/L)

Acenaftaleno

Acenafteno

Antraceno

Benzo (a)

antraceno

Benzo (a)

pireno

Benzo (b)

fluoranteno

Benzo (g,h,i)

perileno

Benzo (k)

fluoranteno

Criseno

Dibenzo (a,h)

antraceno

Fenantreno

Fluoranteno

Fluoreno

Indeno(1,2,3-

cd)pireno

Naftaleno

Pireno

Pós-d

ragagem

#01

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#02

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#03

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#04

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#05

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#42

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#53

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

#60

Superfície ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Meio ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

Fundo ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND

CONAMA 357/2005 - - - 0,000018 0,000018 0,000018 - 0,000018 0,000018 0,000018 - - - 0,000018 - -

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-77 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Os resultados das análises das amostras de água para os parâmetros

Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos – HPA’s apresentaram concentrações não

detectáveis ou inferiores ao limite de quantificação, para todas as amostras nos

três momentos amostrais.

Os resultados das concentrações dos metais chumbo (Figura 39), cádmio (Figura

40), níquel (Figura 41) e do semi-metal arsênio (Figura 42), durante o

monitoramento ambiental, demonstram que estes se mantiveram estáveis ao

longo da obra de dragagem, e com valores inferiores aos limites estabelecidos na

Resolução CONAMA N° 357/2005.

Figura 39. Concentrações de Chumbo (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio

e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá.

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ch

um

bo

(mg/

L)

Estações Amostrais

Pré Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ch

um

bo

(mg/

L)

Estações Amostrais

Durante Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ch

um

bo

(m

g/L

)

Estações Amostrais

Pós Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-78 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 40. Concentrações de Cádmio (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e

fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços

de atracação do Porto de Paranaguá.

Figura 41. Concentrações de Níquel (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e

fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços

de atracação do Porto de Paranaguá.

0

0.001

0.002

0.003

0.004

0.005

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Cád

mio

(mg/

L)

Estações Amostrais

Pré Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.001

0.002

0.003

0.004

0.005

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Cád

mio

(mg/

L)

Estações Amostrais

Durante Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.001

0.002

0.003

0.004

0.005

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Cád

mio

(mg/

L)

Estações Amostrais

Pós Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.005

0.01

0.015

0.02

0.025

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ch

um

bo

(mg/

L)

Estações Amostrais

Pré Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.005

0.01

0.015

0.02

0.025

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ch

um

bo

(mg/

L)

Estações Amostrais

Durante Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.005

0.01

0.015

0.02

0.025

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ch

um

bo

(mg

/L)

Estações Amostrais

Pós Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

APPA ACQUAPLAN

__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-79 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 42. Concentrações de Arsênio (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e

fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços

de atracação do Porto de Paranaguá.

As concentrações de Mercúrio nas amostras de água (Figura 43), se mantiveram

dentro do limite estabelecido na Resolução CONAMA N° 357/2005, exceto em

uma amostra de meio da coluna da água, na área de despejo, após o término da

dragagem. O monitoramento deste parâmetro indicou a sua disponibilização para

a água ao longo do desenvolvimento da dragagem, porém com concentrações

dentro do limite estabelecido, mas é evidente que tal metal estava

fixado/trapeado nos sedimentos, ainda que com concentrações não detectáveis

ou abaixo dos limites de quantificação pelos métodos analíticos empregados.

A exceção, de uma amostra com concentração superior ao limite estabelecido na

Resolução CONAMA N° 357/2005, pode ser decorrente de uma amostra com

maior concentração de sólidos em suspensão ou até mesmo erro analítico, visto

que se trata de uma única amostras dentre as 24 (vinte e quatro) amostras

coletadas neste momento amostral (pós-dragagem) na área de despejo.

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ars

ênio

(mg/

L)

Estações Amostrais

Pré Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ars

ên

io (

mg

/L)

Estações Amostrais

Durante Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Ars

ên

io (m

g/L)

Estações Amostrais

Pós Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-80 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 43. Concentrações de Mercúrio (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio

e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá.

A Figura 44 demonstra as concentrações de Boro nas amostras de águas

coletadas durante o monitoramento ambiental da dragagem dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá. Observa-se pelos resultados que as

concentrações de boro, em todas as amostras dos três momentos amostrais,

apresentaram-se superiores ao limite estabelecido na Resolução CONAMA N°

357/2005.

Aparentemente este elemento não teve sua ocorrência associada à atividade de

dragagem, visto que ele já estava presente nas amostras de água coletadas no

momento pré-dragagem. O pequeno aumento nas concentrações, ocorrido

durante o processo de dragagem, não parece ter exercido influência sobre a

qualidade da água, já que após o processo de dragagem as concentrações deste

parâmetro estão bastante próximas da situação de pré-dragagem.

0

0.0001

0.0002

0.0003

0.0004

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Mer

cúri

o (m

g/L)

Estações Amostrais

Pré Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.0001

0.0002

0.0003

0.0004

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Me

rcú

rio

(mg

/L)

Estações Amostrais

Durante Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.0001

0.0002

0.0003

0.0004

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Me

rcú

rio

(mg

/L)

Estações Amostrais

Pós Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-81 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 44. Concentrações de Boro (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e

fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços

de atracação do Porto de Paranaguá.

Segundo Stevenson & Cole (1999), in Lima (2007) o boro e o molibdênio são

mais concentrados em rochas graníticas. Rochas sedimentares também podem

conter metais pesados, uma vez que são compostas por sedimentos

provenientes de várias fontes e, portanto, podem conter todos os elementos

metálicos encontrados em rochas ígneas, embora não necessariamente nas

mesmas proporções. De modo geral, rochas compostas por sedimentos finos

apresentam-se enriquecidas com zinco, cobre, cobalto, boro e molibdênio.

O boro é um elemento de ocorrência natural, encontrado no solo e em depósitos

geológicos. Embora a geologia possa ser responsável pelo boro nos oceanos,

também é possível que os compostos de borato, muito comum em agentes de

limpeza doméstica, estejam fazendo o seu caminho para dentro de escoamentos

das redes de esgotos. Na última década, os níveis de boro na água potável

atraíram grande atenção do público e dos grupos de saúde ambiental, devido a

certos produtos de colheita serem reduzidos se houver presença de boro na água

de irrigação. (STREAMLINE, 2003).

0

1

2

3

4

5

6

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Bo

ro (

mg

/L)

Estações Amostrais

Pré Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

1

2

3

4

5

6

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Bo

ro (

mg/

L)

Estações Amostrais

Durante Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

1

2

3

4

5

6

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Bo

ro (

mg

/L)

Estações Amostrais

Pós Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-82 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Segundo Farias e colaboradores (2007), a concentração de Boro na água

superficial depende de fatores como a natureza geoquímica da superfície de

drenagem, a proximidade de regiões costeiras e a incorporação de efluentes

industriais e urbanos. Estas concentrações podem variar amplamente, desde

0,001 até chegar a 360 mg.L-1 (OMS, 1999).

Estudos realizados por Farias et al (2007), em estações amostrais localizadas

entre a nascente e a foz da Bacia hidrográfica do Rio Cabelo em João Pessoa/PB,

no período compreendido entre março de 2005 e março de 2006, encontraram

valores de Boro superiores ao estabelecido pela Resolução CONAMA N° 357/2005

em 100% das amostras coletadas.

Em estudo realizado por Acquaplan (2010) amostras de água coletadas ao longo

do Complexo Estuarino de Paranaguá e área costeira adjacente, apresentaram

valores de Boro acima dos valores sugeridos pela legislação em todas as

amostras analisadas. Naquela ocasião os valores registrados para este parâmetro

apresentaram valores de até 4 mg/L. Assim sendo, pode-se supor, que o

processo de dragagem parece não ter influenciado nas concentrações de boro

verificadas neste atual monitoramento.

As concentrações de Zinco (Figura 45), estiveram presentes em todas as

amostras das águas coletadas durante a dragagem, em concentrações superiores

ao limite máximo estabelecido pela Resolução CONAMA N° 357/2005. O mesmo

foi observado para as amostras obtidas no momento pós-dragagem, porém,

nesta ocasião, foram registradas as maiores concentrações para este elemento.

Provavelmente este aumento nas concentrações está relacionado à ressuspensão

de sedimentos e subsequente disponibilização deste metal para a coluna d’água.

Esta hipótese é suportada pelos dados de turbidez (Figura 23), que também

apresentaram maiores valores durante o momento pós-dragagem.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-83 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 45. Concentrações de Zinco (mg/L) nas amostras de água em superfície, meio e

fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços

de atracação do Porto de Paranaguá.

Em quase todos os tipos de rochas, o zinco é um elemento que ocorre

naturalmente associado (REIMANN & DE CARITAT, 1998, in WASSERMAN, 2005).

Os minerais típicos portadores destes elemento são os piroxênios, os anfibólitos,

as micas, granadas e magnetitas (WEDEPOHL, 1978, in WASSERMAN, 2005). O

zinco é explorado das rochas e durante o processo metalúrgico de purificação do

mineral, resíduos ricos em deste metal são gerados, que podem ser lançados no

meio ambiente. O zinco é utilizado na indústria para galvanização, sendo

utilizado na constituição de ligas metálicas, na indústria de borracha, em

pigmentos e pinturas, vidro, plásticos, lubrificantes, baterias, pesticidas

(preservativos de madeira), fungicidas, e na indústria da construção civil

(FÖRSTNER & WITTMANN, 1983, in WASSERMAN, 2005).

O zinco podem ser lançado no meio ambiente através de fontes geológicas e

antrópicas, tais como resíduos de indústrias metalúrgicas, da queima de

combustíveis fósseis, particularmente carvão, do desgaste de pneus, de resíduos

de esgotos domésticos estando ainda presentes no chorume de depósitos de lixo

0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Zin

co (

mg/

L)

Estações Amostrais

Pré Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Zin

co (m

g/L)

Estações Amostrais

Durante Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Zin

co (

mg/

L)

Estações Amostrais

Pós Dragagem

Superfície Meio Fundo Res. CONAMA 357/2005

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-84 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

doméstico (REIMANN & DE CARITAT, 1998, in WASSERMAN, 2005). É um

elemento que parece ter elevada mobilidade em ambientes oxidantes e muito

baixa mobilidade em ambientes redutores, o que está intimamente associado à

relação química que este elemento tem com os sulfetos (LEVINSON, 1980, in

WASSERMAN, 2005).

O maior problema das operações de dragagem de sedimentos estuarinos

redutores e contaminados por metais pesados é que vários processos físico-

químicos podem ocorrer, causando a liberação dos contaminantes para a coluna

d’água ou tornando-os disponíveis para absorção pelos organismos. Em

ambientes de forte hidrodinâmica, esta contaminação é rapidamente dispersa e

causa um impacto muito pequeno (WASSERMAN, 2009).

A dinâmica de um metal pode ser definida como a sua propriedade de se

transferir de um sistema químico para o outro. O termo sistema químico aqui

pode ser definido (teoricamente) como o infinitesimal de compartimento

(sedimento por exemplo) de características homogêneas. Assim, quando um

elemento passa de sistema redutor para um sistema oxidante ocorre

transferência e a sua forma química é modificada, fazendo também modificar sua

dinâmica. Na nova condição oxidante o metal pode deixar de ficar indisponível e

passar para uma forma disponível podendo se tornar risco de exposição para o

ecossistema e eventualmente para o homem (WASSERMAN, 2005).

O problema da mobilidade é particularmente importante quando é necessário

prever os efeitos de modificações físico-químicas causadas por intervenções

antropogênicas. Segundo alguns autores, a redução na carga de matéria

orgânica resultante de programas de saneamento pode fazer aumentar a

mobilidade dos metais (BARROCAS, 1995; BARROCAS e WASSERMAN,

1998;WASSERMAN, FREITAS-PINTO et al., 2000, in WASSERMAN, 2005 ). Outro

exemplo clássico é o caso das dragagens em áreas de portos (OTTMANN, 1985;

CAPLAT, TEXIER et al., 2005, in WASSERMAN, 2005) onde, em condições

físicoquímicas muito redutoras, os metais vão ficar imobilizados na forma de

sulfetos e metasulfetos (BERTOLIN, MAZZOCCHIN et al., 1997; PAQUETTE &

HELZ, 1997; KIM, BROWN Jr. et al., 2000, in WASSERMAN, 2005). Contudo, os

procedimentos de aeração intensa causados pelos procedimentos de dragagem

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-85 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

podem remobilizar os metais, mesmo aqueles que contaminaram o local há

muitos anos (SCHULTS, KORHONEN et al., 1995; VALE, FERREIRA et al., 1998,

in WASSERMAN, 2005).

Os contaminantes não se fixam permanentemente aos sedimentos. Estes podem

sofrer processos de remobilização, entre os quais a difusão dos poluentes para

dentro dos corpos d’água, devido ao gradiente de concentração, oxidação dos

sedimentos anóxidos pela bioturbação ou ressuspensão causada pelas

enchentes.

Outro processo de remobilização de metais é a degradação dos contaminantes

orgânicos, o qual transfere os metais para formas mais móveis. A mudança do

potencial redox nos sedimentos é um dos fatores mais importantes no controle

da mobilidade dos poluentes (ZOUMIS et al, 2001, in WASSERMAN, 2009).

As duas principais reações que ocorrem na superfície do sólido são a de troca

iônica e de complexação. Os íons trocáveis que estão presentes na superfície do

solo são principalmente de natureza eletrostática e os complexos que se formam

na superfície são de natureza química. Os metais adsorvidos por natureza

eletrostática estão mais disponíveis para os corpos de água; já os adsorvidos por

natureza química para serem disponibilizados é necessário uma mudança nas

condições fisicoquímicas da água (BRADL, 2004, in NOALE, 2007).

Durante o monitoramento da dragagem dos berços de atracação do porto de

Paranaguá o comportamento do zinco pareceu estar associado à alteração das

condições químicas já que foi dragado de um ambiente de sedimentos finos com

alta taxa de sedimentação. Estes sedimentos depositados ao longo do tempo,

possivelmente acumularam zinco que se manteve indisponível devido às

condições redutoras da área dragada. Ao ser depositado na área de despejo,

onde as concentrações de oxigênio (Figura 46) e de partículas suspensas

(turbidez) eram maiores, a disponibilidade deste elemento tornou-se maior. É

provável que em condições hidrodinâmicas menos intensas as concentrações de

zinco diminuam. Essa suposição está baseada nos resultados da pré-dragagem,

onde a turbidez (Figura 23) teve seus níveis mais baixos, assim como o zinco

(Figura 45).

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-86 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 46. Concentrações de Oxigênio Dissolvido (mg/L) nas amostras de água em

superfície, meio e fundo, obtidas durante o monitoramento ambiental da dragagem

emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.

0

1

2

3

4

5

6

7

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Oxig

ênio

D

issolv

ido (m

g/L)

Estações amostrais

Concentração de Oxigênio Dissolvido (mg/L) durante a pré

dragagem emergencial no Porto de Paranaguá

Superfície Meio Fundo CONAMA 357/2005

0

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6

7

#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Oxig

ênio

D

issolv

ido (m

g/L)

Estações amostrais

Concentração de Oxigênio Dissolvido (mg/L) durante a

dragagem emergencial no Porto de Paranaguá

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#01 #02 #03 #04 #05 #42 #53 #60

Oxig

ênio

D

issolv

ido (m

g/L)

Estações amostrais

Concentração de Oxigênio Dissolvido (mg/L) durante a

pós dragagem emergencial no Porto de Paranaguá

Superfície Meio Fundo CONAMA 357/2005

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-87 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

5.3. Monitoramento da Biota Aquática

5.3.1. Comunidade Fitoplanctônica

5.3.1.1. Resultados e Discussão

Neste monitoramento ambiental da atividade de dragagem emergencial dos

berços de atracação do Porto de Paranaguá, considerando as seis amostras

obtidas, sendo 03 (três) amostras na área de dragagem e 03 (três) amostras na

área de despejo, em três distintos momentos (Pré-dragagem, durante a

dragagem e Pós-dragagem), foi registrado um total de 57 táxons de microalgas,

dos quais 40 espécies são da classe Bacillariophyceae, 15 espécies da classe

Dinophyceae, 01 da classe Euglenophyceae, 01 Ebridae (Tabela 15).

O maior valor de densidade total foi registrado na área de dragagem nos berços

de atracação do Porto de Paranaguá, durante a execução da obra (Estação

amostral #52), com 17.270.835 cél/L; o menor valor foi registrado na área de

despejo (Estação amostral #002), depois de finalizada as atividades, com 3.200

cél/L. A maior riqueza específica registrada neste monitoramento foi observada

na área de dragagem nos berços de atracação do Porto de Paranaguá, isso

durante a execução da obra. Já o menor valor de riqueza foi registrado na área

de despejo, na amostragem pretérita a obra (Figura 47 e Figura 48).

A abundância relativa entre todas as amostras e todas as classes encontradas,

demonstram que a família Bacillariophyceae foi dominante, representada pela

diatomácea Skeletonema sp. com mais de 98% do total. Os demais grupos

tiveram valores menores que 10%, ou seja, foram consideradas raras (Figura

49). Foi observado diferentes valores da abundância relativa entre a área de

despejo e a área da dragagem, sendo mais bem distribuída na área de despejo

(Figura 50) entre Bacillariphyceae (61,56%) e Dinophyceae (34,29%). Na área

de dragagem, a abundância relativa apresentou distribuição total semelhante

entre os três momentos amostrais, sendo a classe Bacillariophyceae dominante,

com 99,59% (Figura 51).

Os táxons considerado muito frequente foi a espécie Protoperidinium sp.1 da

classe Dinophyceae com ocorrência de 83,33% de todos as amostras. As

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-88 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

espécies que foram consideradas frequentes são Cylindrotheca closterium,

Rhizosolenia pungens, Skeletonema sp., Coscinodiscus sp.1, Guinardia flaccida,

Meuniera membranaceae, Paralia sulcata, Gyrodinium sp., Prorocentrum micans,

Scrippsiella sp., Eutreptia / Eutreptiella, Campylosira cymbelliformis, Chaetoceros

decipiens, Chaetoceros subtilis, Diploneis sp., Guinardia striata, Hemiaulus

sinensis, Leptocylindrus minimus,Nitzschia sp.2, Odontella sinensis, Pleurosigma

acuminatum, Pleurosigma / Gyrosigma, Pseudo-nitzschia sp., Thalassionema

frauenfeldii, Thalassionema nitzschioides, aff. Cyclotella, Fragilariineae,

Thalassionemataceae, Ceratium fusus, Prorocentrum sigmóides, Protoperidinium

sp.2, Hermesinum adriaticum. As demais espécies foram consideradas pouco

frequentes.

Na área de despejo, foi observado que entre os momentos de pré, durante e

pós-dragagem, ocorreu alteração tanto na densidade, quanto na riqueza

específica, onde foram encontradas em baixas densidades e riqueza de espécies

na fase pré e pós-dragagem, com valores semelhantes. Ocorreu também

mudança na composição dos grupos, onde na fase pré-dragagem, as

diatomáceas estavam presentes em maior riqueza de espécies, durante o evento

de dragagem, foi observado um maior numero de espécies inclusive, o grupo dos

dinoflagelados que predominaram na fase pós-dragagem.

A área de dragagem também se comportou como a área de despejo em relação

às duas propriedades estruturais (densidade e riqueza específica), que tiveram

valores mais baixos nas fases pré e pós-dragagem, que no momento da

operação de dragagem. Neste caso, a composição do grupo das diatomáceas, na

fase pré-dragagem, foi diferente em relação à fase de operação da draga e pós-

dragagem, que tiveram pouca alteração na estrutura da comunidade. Os

dinoflagelados estiveram presentes na fase pré-dragagem, não ocorreram na

fase de operação da draga, tão pouco na fase pós-dragagem, onde ocorreram

novas espécies deste grupo.

Importante destacar que tanto para a área de despejo quanto para a área de

dragagem houve comportamentos semelhantes nos momentos pré, durante e

pós-dragagem, como observados na Figura 47 e na Figura 48, onde são

demonstrados o aumento das propriedades estruturais durante a dragagem,

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-89 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

podendo ser reflexo da disponibilidade de nutrientes e elementos essenciais os

quais estavam no sedimento e foram ressuspendidos pela atividade.

Dentre as maioria das espécies presentes com maior frequência e abundância,

destaca-se Skeletonema sp. considerada comum no Complexo Estuarino de

Paranaguá mesmo antes da década de 1980, (MOREIRA-FILHO & VALENTE-

MOREIRA, 1984). De acordo com os autores, esta espécie é considerada como

marinha, planctônica, nerítica, oceânica, polihalóbia e eurihalina.

Brandini e Fernandes (1996) realizaram um estudo taxonômico com as

microalgas na baia de Paranaguá, observando que o comportamento ecológico

dos grupos de diatomáceas e dinoflagelados não foram diferentes do presente

relatório, sendo semelhante no mês de fevereiro maior abundância e riqueza de

espécies das diatomáceas que dinoflagelados. Os autores também relataram a

ocorrência de outras diatomáceas, com as bentônicas, devido à ressuspensão

frequente na baía. Neste monitoramento também foram observadas diatomáceas

bentônicas, bem como, algumas espécies de Chaetoceros spp. que podem formar

esporos de resistência que por sua vez aparecem na coluna d’água.

Recentemente, foi realizada uma revisão sobre as diatomáceas da baía de

Paranaguá, sendo que praticamente todas as espécies ocorridas neste

monitoramento ambiental, já haviam sido descritas para o local (PROCOPIAK, et.

al., 2006).

Brandini (1985) realizou um trabalho que concentrou analises diárias da variação

do fitoplâncton e correlacionou com parâmetros ambientais. Em seu resultado, a

presença das microalgas estava relacionada à variação de maré e pluviosidade,

principalmente. Sabe-se que a variação de maré traz uma enorme

disponibilidade de matéria orgânica, alteração no pH, condutividade, salinidade e

transparência da água. No monitoramento ambiental da dragagem dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá, foi observada maior variação para os

parâmetros salinidade, turbidez e transparência da água. Neste caso, a relação

com a presença e densidade do fitoplâncton foi direta para turbidez e inversa

para salinidade e transparência. Este fato está relacionado à presença de

espécies com tolerância à salinidade, podendo controlar melhor a pressão

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-90 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

osmótica celular. Além disso, a turbidez é indicativo de ressuspensão do

sedimento, disponibilizando nutrientes necessários para o crescimento do

fitoplâncton.

A grande maioria das espécies também forma observadas em outros estuários e

sua adjacência, como o estuário do rio Itajaí-Açu (ACQUAPLAN, 2010a), Baía da

Babitonga (ACQUAPLAN, 2010b). Assim, o padrão de distribuição do fitoplâncton

residente se torna semelhante na zona costeira sub-tropical.

Foram observadas espécies potencialmente nocivas, como Dinophysis acuminata,

Gymnodinium cf. catenatum, o gênero Prorocentrum spp. que já foram descritos

em águas costeiras paranaenses e catarinenses. (PROCOPIAK et al., 2006). Além

disso, uma espécies considerada invasora (Coscinodiscus waillesii) foi observada

somente durante a dragagem na área de despejo, e ausente na área de

dragagem.

A estrutura da comunidade fitoplanctônica do Complexo Estuarino de Paranaguá

já é conhecida desde a década de 1980 e apesar disso, até o presente momento

não foi observada alteração na sua estrutura como um todo, somente na

densidade e riqueza, que se alterna de acordo com os regimes de marés,

pluviosidade ou eventos climáticos que perturbam o ecossistema em questão. A

atividade de dragagem proporcionou uma alteração semelhante a estas, contudo

ocorreu um re-estabelecimento da comunidade de microalgas rapidamente, com

a sucessão de determinadas espécies, as quais são comuns na comunidade

aquática. Desta forma, pode-se dizer que a atividade de dragagem não

contribuiu de forma expressiva na mudança da estrutura da comunidade

fitoplanctônica local, que se estabeleceu rapidamente pela sua capacidade de

renovação/desenvolvimento acelerado.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-91 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 15. Dados brutos das análises quali-quantitativas das amostras fitoplanctônicas

coletadas no monitoramento ambiental da dragagem emergencial dos berços de

atracação do Porto de Paranaguá.

Espécie

Estações Amostrais

Área Despejo (Estação #002)

Área de Dragagem/Porto (Estação #52)

Pré Durante Pós Pré Durante Pós

cél./L cél./L cél./L cél./L cél./L cél./L

Classe Bacillariophyceae

Biddulphia dubia 200

Campylosira cymbelliformis 59576 7068

Chaetoceros decipiens 138 19859

Chaetoceros cf. peruvianus 206

Chaetoceros subtilis 59576 3806

Chaetoceros sp.1 619

Chaetoceros sp.2 550

Chaetoceros sp.3 544

Coscinodiscus wailesii 138

Coscinodiscus sp.1 762 69 155

Coscinodiscus sp.2 100

Cylindrotheca closterium 762 13239 388 200

Diploneis sp. 69 100

Guinardia flaccida 69 26478 100

Guinardia striata 311 1100

Helicotheca tamesis 155

Hemiaulus sinensis 254 2408

Leptocylindrus blavyanus 400

Leptocylindrus danicus 311

Leptocylindrus minimus 2874 200

Lioloma pacificum 138

Meuniera membranaceae 700 19859 2500

Nitzschia sp.1 413

Nitzschia sp.2 155 400

Odontella sinensis 2796 1400

Paralia sulcata 138 311 6200

Plagiogramma vanheurckii 4700

Pleurosigma acuminatum 932 1300

Pleurosigma / Gyrosigma 6620 388

Podosira stelligera 155

Pseudo-nitzschia sp. 2175 22900

Rhizosolenia pungens 826 6620 311 0

Skeletonema sp. 482 562665 17242718 4620000

Thalassionema frauenfeldii 233 400

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-92 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Espécie

Estações Amostrais

Área Despejo (Estação #002)

Área de Dragagem/Porto (Estação #52)

Pré Durante Pós Pré Durante Pós

cél./L cél./L cél./L cél./L cél./L cél./L

Thalassionema nitzschioides 1942 500

Tropidoneis sp. 155

aff. Cyclotella 19859 4700

Fragilariineae 544 800

Naviculaceae 69

Thalassionemataceae 69 200

Classe Dinophyceae

Ceratium fusus 300 400

Ceratium hircus 466

Ceratium trichoceros 78

Dinophysis acuminata 155

Gyrodinium sp. 1016 700 2700

Gymnodinium cf. catenatum 13239

Prorocentrum micans 69 200 78

Prorocentrum obtusum 466

Prorocentrum sigmoides 69 200

Protoperidinium steinii 138

Protoperidinium sp.1 1016 100 13239 777 100

Protoperidinium sp.2 33098 78

Protoperidinium sp.3 78

Scrippsiella sp. 138 100 78

Dinoflagelado tecado não identificado 900

Classe Euglenophyceae

Eutreptia / Eutreptiella 254 26478 800

Ebriidae

Hermesinum adriaticum 344 155

DENSIDADE TOTAL 4.063 7.156 3.200 880.406 17.270.835 4.672.400

Riqueza específica 6 21 8 14 32 25

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-93 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 47. Densidade total e riqueza específica das microalgas, na área

dragada, nos três momentos amostrais.

Figura 48. Densidade total e riqueza específica das microalgas, na área de

despejo dos sedimentos dragados, nos três momentos amostrais.

0

5

10

15

20

25

30

35

0,00E+00

2,00E+06

4,00E+06

6,00E+06

8,00E+06

1,00E+07

1,20E+07

1,40E+07

1,60E+07

1,80E+07

2,00E+07

Pré Durante Pós

Área de Dragagem

Densidade total (células/L) Riqueza específica (n° espécies)

0

5

10

15

20

25

30

35

0,00E+00

1,00E+03

2,00E+03

3,00E+03

4,00E+03

5,00E+03

6,00E+03

7,00E+03

8,00E+03

Pré Durante Pós

Área de Despejo

Densidade total (células/L) Riqueza específica (n° espécies)

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-94 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 49. Abundância relativa das classes de microalgas observadas, na área

de dragagem e área de despejo dos sedimentos dragagdos nos berços de

atracação do Porto de Pranaguá, nos três momentos amostrais.

Figura 50. Abundância relativa das classes de microalgas, observadas na área

de despejo, nos três momentos amostrais.

Bacillariophyceae 99,57%

Euglenophyceae 0,12%

Dinophyceae 0,31%

Ebriidae 0,002%

Abundância Relativa

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-95 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 51. Abundância relativa das classes de microalgas, observadas na área

de dragagem, nos três momentos amostrais.

5.3.2. Comunidade Zooplanctônica

5.3.2.1. Resultados e Discussão

A fauna zooplanctônica foi constituída por 15 grandes grupos e 59 categorias

taxonômicas distribuídas entre filo, gênero, espécie e estágios de

desenvolvimento (Tabela 16).

Tabela 16. Valores de densidade (org.m-3) do zooplâncton por área amostral (área de

despejo e área de dragagem), nos três momentos amostrais (pré, durante e pós-

dragagem).

Organismos Área de Despejo (#002) Área de Dragagem (#52)

Pré Durante Pós Pré Durante Pós

Cnidaria 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Hydromedusae 0,0 0,7 0,0 0,0 0,7 1,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Siphonoforo 0,4 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Salpidae 0,4 3,5 15,2 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Doliolidae 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-96 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Organismos Área de Despejo (#002) Área de Dragagem (#52)

Pré Durante Pós Pré Durante Pós

Mollusca 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Veliger bivalve 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Veliger gastropoda 48,8 5,6 0,0 0,2 0,0 0,0

Cresseis sp 3,9 3,5 8,7 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Cladocera 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Penilia avirostris 26,0 66,4 4,3 0,0 0,0 0,0

Pseudoevadne tergestina 0,0 0,0 202,5 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Copepoda 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Nauplio 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Copepodito 10,6 1,4 0,0 6,1 5,5 7,8

Acartia sp 0,0 0,0 0,0 1,7 2,9 1,0

Acartia lilljeborgi 0,0 0,0 0,0 11,1 21,9 2,1

Acartia tonsa 0,0 0,0 0,0 1,5 9,9 2,6

Calanopia americana 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Calocalanus sp 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0

Calocalanus pavoninus 5,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Centropages sp 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5

Centropages velificatus 5,5 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0

Clausocalanus furcatus 205,6 8,7 0,0 0,2 0,0 8,3

Copilia mirabilis 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Corycaeus giesbrechti 12,2 7,0 2,2 0,0 0,4 0,5

Corycaeus speciosus 1,2 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0

Euchaeta marina 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Farranula gracilis 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Labidocera fluviatilis 0,0 0,0 8,7 0,0 0,4 1,0

Harparcticoida 0,0 0,0 0,0 1,5 1,1 0,0

Miracia efferata 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Nannocalanus minor 0,4 0,7 0,0 0,0 0,0 1,6

Neocalanus gracilis 0,0 0,7 6,5 0,0 0,0 0,5

Oithona sp 0,0 0,0 0,0 0,0 2,6 3,1

Oithona oswaldocruzi 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0 1,0

Oithona plumifera 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Oncaea sp 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0

Onacea clevei 20,1 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0

Oncaea media 77,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Oncaea venusta 0,0 0,0 0,0 0,7 0,7 0,5

Paracalanus sp 3,5 0,0 0,0 0,4 0,0 14,6

Pleuromamma piseki 0,4 0,0 0,0 0,4 1,5 1,0

Pseudodiaptomus sp 8,3 0,0 0,0 1,7 5,1 1,6

Pseudodiaptomus acutus 0,0 0,0 0,0 9,8 20,8 0,0

Saphirina sp 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Scolecithrix sp 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0

Subeucalanus pileatus 1,2 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0

Subeucalanus crassus 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Temora stylifera 5,9 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0

Temora turbinata 40,2 11,9 36,8 0,4 0,0 1,0

Undinula vulgaris 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Cirripedia 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Naupliu 0,0 0,0 3,2 9,0 25,5 0,0

Cipry 0,0 0,0 0,0 1,1 0,4 1,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Amphipoda 1,2 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-97 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Organismos Área de Despejo (#002) Área de Dragagem (#52)

Pré Durante Pós Pré Durante Pós

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Decapoda 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Megalopa 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0

Protozoea 12,2 2,1 0,0 0,4 0,4 1,0

Zoea 0,8 0,7 1018,9 15,7 10,6 3,1

Lucifer sp 7,1 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Euphausiacea 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Calyptopis 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Appendicularia 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Oikopleura dioica 0,0 0,0 4,3 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Chaetognatha 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Sagitta sp 2,0 0,7 10,8 0,2 0,0 7,8

Sagitta enflata 13,8 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0

Sagitta tenuis 0,4 2,1 6,5 0,4 3,6 1,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Ascidia 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Larva 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Ictioplâncton 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

larva 0,4 0,0 0,0 0,7 0,0 0,5

ovo 0,8 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Densidade (org.m-3) 530,1 131,7 1328,5 64,3 118,6 64,5

A densidade média total de organismos alcançou 746 org.m-3 neste

monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de

Paranaguá, resultando em um valor de densidade média bem abaixo da

registrada para janeiro de 2010 (8.330 org.m-3) e setembro de 2010 (3.719

org.m-3), que foram amostragens para os diagnósticos ambientais do Relatório

de Controle Ambiental – RCA da regularização ambeintal do Porto de Pranaguá e

o Estudo de Impacto Ambiental – EIA da dragagem de aprofundamento dos

canais de acesso ao Porto de Pranaguá.

A área de despejo apresentou as maiores densidades médias (663 org.m-3)

enquanto que a área da dragagem apontou as menores densidades médias (82

org.m-3) ao longo dos três momentos de amostragem (pré, durante e pós-

dragagem) (Figura 52). Portanto, constatou-se menor densidade no interior do

sistema estuarino, o que aponta padrão inverso ao observado para a comunidade

zooplanctônica do local nas amostragens anteriores supra citadas.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-98 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 52. Valores de densidade média (org.m-3) do zooplâncton, nas áreas de

despejo e dragagem, nos três momentos amostrais (pré, durante e pós-

dragagem).

Os organismos com maiores densidades foram as espécies Acartia lilljeborgi,

Clausocalanus furcatus e Temora turbinata (Copepoda), a espécie Penilia

avirostris (Cladocera) e as espécies Sagitta tenuis e S. enflata (Chaetognatha)

(Tabela 16).

No zooplâncton identificado em locais com influência marinha, há a dominância

de Copepoda, o que já foi registrado no Complexo Estuarino de Paranaguá nas

campanhas de janeiro e setembro de 2010 (diagnóstico para o Relatório de

Controle Ambiental – RCA da regularização do Porto de Paranaguá e do Estudo

de Impacto Ambiental – EIA da dragagem de aprofundamento dos canais de

acesso ao Porto de Paranaguá), e em outros estudos (BERSANO, 1994;

SANT’ANNA & BJORNBERG, 2006; STERZA & FERNANDEZ, 2006; CORNILS et al.,

2007; VEADO, 2008; ACQUAPLAN, 2009). No entanto, para a presente

campanha, o grupo mais abundante foi Decapoda com 48%, seguido por

Copepoda com 30%, Cladocera com 13%, Mollusca com 3%, Chaetognatha com

2,3%, Cirripedia com 1,7%, Appendicularia com 0,2% e Ictioplâncton com

0,12%. Outros organismos como Cnidaria, Siphonophorae, Salpidae, Doliolidae,

Amphipoda, Euphausiacea e Asciídia contribuíram com 1,4% para a comunidade

zooplanctônica para os momentos de pré, durante e pós-dragagem (Figura 53).

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Pré Durante Pós Pré Durante Pós

Área de Despejo Área de Dragagem

De

nsi

dad

e t

ota

l (o

rg/m

3)

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-99 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 53. Abundância relativa (%) dos grupos

zooplanctônicos, nas áreas de dragagem e de despejo, nos

três momentos amostrais.

Neste monitoramento ambiental, da dragagem dos berços de atracação do Porto

de Paranaguá, o meroplâncton apresentou grande contribuição a comunidade

zooplanctônica, representando 52%, enquanto que o holoplâncton contribuiu

com 48%. É comum em ambientes estuarinos, a ocorrência de organismos

meroplanctônicos, como representantes de Mollusca, Cirripedia, Asciídia,

Decapoda e Ictioplâncton já que utilizam o sistema como berçário. Isto pode ser

confirmado pela presença de inúmeros estágios de desenvolvimento, como ovos,

larvas e juvenis compondo o meroplâncton no Complexo Estuarino de Paranaguá

durante o período monitorado entre janeiro e fevereiro de 2011, assim como em

outros períodos de estudos neste mesmo local e em outros locais (LOPES,et al,

1998; GARCIA et al., 2007; VEADO, 2008; ACQUAPLAN, 2009).

Mollusca3%

Cladocera13%

Copepoda30%

Cirripedia1,7%

Decapoda48%

Appendicularia 0,2%

Chaetognatha2,3%

Ictioplancton0,12%

Outros1,4%

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-100 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

5.3.3. Espécies dominantes

As espécies de Copepoda (exceção para Clausocalanus furcatus), Cladocera e

Chaetognatha são típicas e numerosas em águas costeiras quentes e salobras

como sistemas estuarinos e áreas de manguezais (BOLTOVSKOY, 1981). O

copepoda Clausocalanus furcatus é uma espécie típica de águas costeiras e

oceânicas do nordeste brasileiro (GARCIA et al., 2007) e abundante em águas

oligotróficas do Atlântico tropical (WEBBER & ROFF, 1995). Aponta águas

marinhas oligotróficas da corrente do Brasil (SCHWAMBORN, 1997,

SCHWAMBORN et al., 1999) o que pode justificar sua distribuição na região

marinha costeira adjacente ao Complexo Estuarino de Paranaguá para o período

em que foi executado este monitoramento ambiental.

Dentre os grupos do meroplâncton, o mais representativo costuma ser

Decapoda, o que foi constatado neste estuário (Figura 54) bem como em outros

estuários da costa brasileira, alcançando pico na sua densidade de 1018 org.m-3

em jan/fev 2011(CAVALCANTI et al., 2008; NEUMANN-LEITÃO et al. 2008;

VEADO & RESGALLA JR., 2005; VEADO, 2008; ACQUAPLAN, 2010a).

Figura 54. Abundância relativa (%) de Decapoda durante o

monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do

Porto de Paranaguá.

20 org/m3

3 org/m3

1019 org/m3

16 org/m3

11 org/m3

4 org/m3

Pré Durante Pós Pré Durante Pós

Área de Despejo Área de Dragagem

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-101 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

A presença destes constituintes deve ser observada com atenção, já que este é

um táxon importante na cadeia trófica do sistema estuarino, atuando em

diferentes nichos ecológicos como herbívoros, predadores, necrófagos e presas

de outros grupos (MAGALHÃES, 2000). A ocorrência destas larvas em ambientes

costeiros está relacionada com os picos reprodutivos de populações bentônicas

(BOUGIS, 1976; RAYMOND, 1983) que ocorrem nos meses mais quentes do ano

e podem indicar a produção primária do ambiente. Esse padrão foi observado na

enseada do Saco dos Limões (Florianópolis, SC) e no baixo estuário do rio Itajaí-

Açu (Itajaí, SC) por Veado (2002; 2008), na enseada da Armação do Itapocoroy

(Penha, SC) por Nunes (2007), na região da baía da Babitonga (São Francisco do

Sul, SC) por Almeida et al (2008), por Acquaplan (2010b) e por Neves et al

(2010) e no sistema estuarino do porto de Suape (Recife, PE) por Neumann-

Leitão et al (2008), corroborando o padrão observado no Complexo Estuarino de

Paranaguá onde Decápoda apresentou relação positiva com a temperatura para

janeiro de 2010 e janeiro e fevereiro de 2011.

Neste monitoramento em específico, este fator ainda pode ter sido potencializado

com o aporte de nutrientes oriundos dos sedimentos dragados, que na sua

origem estavam fixados/trapeados no sedimento, e quando da sua remobilização

e deposição na área de despejo tenham sido liberados para o meio, contribuindo

para a produtividade local.

5.3.4. Comunidade da Macrofauna Bentônica

5.3.4.1. Resultados e Discussão

Foram coletados 104 organismos distribuídos em 24 taxa, sendo a classe

Polychaeta a dominante com 50% do total dos indivíduos coletados. Este grupo

foi seguido pelo subfilo Crustácea com 31,73% da fauna total. Dentro da classe

dominante dos Polychaeta, a família mais representativa foi Spionidae com

30,92% de dominância, já o subfilo Crustácea a ordem mais representativa foi

dos Amphipoda com 54,83% dos crustáceos coletados (Tabela 17 e Figura 3).

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-102 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 17. Composição da macrofauna bentônica, nas áreas de dragagem e despejo, durante o

monitoramento ambiental da dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.

Organismo

Pré-Dragagem Durante a Dragagem Pós-Dragagem

Despejo Dragagem Despejo Dragagem Despejo Dragagem

2A 2B 2C 52A 52b 52C 2A 2B 2C 52A 52B 52C 2A 2B 2C 52A 52B 52C

Amphipoda 2 1 0 0 0 0 0 4 2 0 0 0 2 4 2 0 0 0

Caridea 2 1 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cephalocordata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Cossuridae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

Cumaceo 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0

Excirolana 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0

Glyceridae 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Isopoda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Lucinidae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0

Mactridae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0

Magelonidae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

Misidaceo 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Naticidae 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Nephtydae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0

Nereididae 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

Olividae 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0

Onuphidae 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Ophellidae 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0

Ophiuro 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Paraonidae 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0

Petricolidae 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Sigalionidae 0 0 3 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Spionidae 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 3 10 11 0 0 0

Tellinidae 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Figura 55. Organismos dominantes na área de estudo, sendo (A) Polychaeta da família

Spionidae e (B) Custráceo da ordem Amphipoda.

A análise dos descritores da macrofauna bentica demonstrou que o número de

taxa foi menor na área de dragagem, em todos os três momentos amostrais

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-103 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

(pré, durante e pós-dragagem), tendo a área de despejo apresentado valores

mais elevados. Com relação à distribuição do número de taxa ao longo dos

diferentes momentos amostrais, após a dragagem foi observado valores mais

elevados para o número de taxa, principalmente na área de despejo. Já a área

de dragagem teve valores observados para número de taxa apenas no momento

pré-dragagem (Figura 56).

Figura 56. Número médio de taxa (± erro padrão), nas áreas de dragagem

e despejo, para os três momentos amostrais.

Os valores médios de densidade da macrofauna oscilaram entre 0 e 864,6

indivíduos/m². Observou-se que na área de despejo a densidade apresentou os

valores mais elevado. Valores mais baixos de densidade foram registrados na

área de dragagem. Assim como o número de taxa, os valores de densidade da

macrofauna, na área de despejo, se mostraram mais elevados no momento pós-

dragagem. Já na área dragada, somente no momento pré-dragagem, foi

observado pequenos valores de densidade.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

2 52 2 52 2 52

Pré-Dragagem Dragagem Pós-dragagem

me

ro d

e T

axa

Pontos/Eventos

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-104 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 57. Densidade média (± erro padrão), nas áreas de dragagem e

despejo, para os três momentos amostrais.

A análise multivariada de ordenação derivada dos dados univariados da

macrofauna bêntica (Figura 58), demonstrou uma relativa distinção da fauna

entre as duas áreas monitoradas. Já entre os momentos amostrais pode ser

observado que a área de despejo não sofreu muita variação durante os

momentos (pré-dragagem, durante a dragagem e pós-dragagem). A área

dragada teve os componetes da fauna mais variados entre os momentos

amostrais, sendo que no momento pré-dragagem os valores foram mais

semelhantes ao observado na área de despejo. A Figura 59 demonstra o gráfico

de ordenação baseado na densidade da família spionidae, família mais

representativa da classe Polychaeta. Pode-se observar que parte da similaridade

entre as áreas (área de dragagem e área de despejo) e momentos amostrais

(pré, durante e pós-dragagem) se deu decorrente da densidade desta família.

0

200

400

600

800

1000

1200

2 52 2 52 2 52

Pré-Dragagem Dragagem Pós-dragagem

De

nsi

dad

e (

dia

/m²)

Pontos/Eventos

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-105 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 58. Análise de ordenação da macrofauna bêntica entre as áreas de estudos (área

de dragagem e área de despejo) para os três momentos amostrais (pré, durante e pós-

dragagem).

Figura 59. Gráfico de ordenação por similaridade e densidade da família Spionidae.

As atividades de dragagem e descarte de material dragado são distintas quanto

às formas de impacto na estrutura das comunidades bênticas e quanto aos

Transform: Log(X+1)

Resemblance: S17 Bray Curtis similarity

EventoPré-dragagem

Dragagem

Pós-dragagem

252

2

52

2

52 2D Stress: 0

Transform: Log(X+1)

Resemblance: S17 Bray Curtis similarity

Spionidae

0,8

3,2

5,6

8

252

2

52

2

52

2D Stress: 0

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-106 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

períodos necessários a sua recuperação. De maneira geral, a retirada de

sedimentos do fundo provoca uma diminuição no número de espécies e

indivíduos, frequentemente envolvendo alterações nos padrões de dominância e

distribuição destes organismos (SOARES et al., 1996).

No processo de recolonização de um ambiente alterado, as espécies oportunistas

são as primeiras a colonizarem o local, ocupando rapidamente as áreas

perturbadas (SOARES et al., 1996). Em uma revisão da literatura clássica,

observou-se que as comunidades macrofaunais, tipicamente de habitats

estressados, são mais resilientes se comparadas a ambientes mais estáveis.

Naqueles, recuperando-se em média após nove meses e, nestes, demorando de

um a quatro anos para recobrar as comunidades originais (BOLAM, 2003).

Estudos anteriores realizados ao longo do Complexo Estuarino de Paranaguá

mostraram a presença de uma clara setorização natural da área. Estes setores

correspondem a distintos ambientes de sedimentação, energia e salinidade e que

suportam associações bênticas características, tanto na porção sublitoral como

em áreas entremarés (por exemplo, LANA 1986; NETTO & LANA 1996; NETTO &

LANA 1999; ROSA 2009).

Como observado neste monitoramento ambiental, as porções mais internas do

Complexo Estuarino de Paranaguá foram caracterizados por baixos valores de

riqueza e densidade da macrofauna. A área do cais de atracação do Porto de

Paranaguá está sujeita a uma maior influência da drenagem continental, com

sedimentos síltico-argilosos e elevados teores de matéria orgânica. Além disso,

até mesmo pela condição de assoreamento, as interferências da atividade

portuária, como o contato dos cascos dos navios com o leito marinho desta área,

relatado pela Autoridade Portuária, causam a supressão local da fauna bêntica.

De forma geral foi observada uma baixa densidade faunística na área onde

ocorreu a dragagem, havendo uma dominância de Spionidae. Esta dominância

refletiu no aumento da densidade na área de despejo ao longo da obra de

dragagem, onde se observa o crescimento da taxa total, principalmente refletida

nos resultados da campanha pós-dragagem, com o aumento significativo

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-107 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

representado pelo transporte ativo de organismos entre a área dragada e a área

de despejo (Figura 60).

Figura 60. Distribuição da taxa total ao longo da obra de dragagem na área de

despejo, com detalhe para o aumento significativo de Spionidae no pós-dragagem.

0

10

20

30

40

50

60

Pré Durante Pós

Área de Despejo

me

ro d

e T

axa

Taxa total Spionidae

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5.4. Gerenciamento dos Resíduos Gerados pela Obra de Dragagem

O Programa de Gerenciamento dos Resíduos da draga foi executado pelo

observador de bordo, que acompanhou a gestão dos resíduos na embarcação,

assessorando o empreendedor e, especialmente, a contratada, no que se refere

às ações ambientais necessárias para o eficiente atendimento às exigências do

licenciamento ambiental, normas e dispositivos legais.

Os resíduos sólidos gerados na draga, oriundos das distintas instalações (ponte

de comando, camarotes, sanitários, cozinha e refeitório) eram armazenados em

contentores de forma segregada nos distintos pontos de geração (Figura 61).

Figura 61. Vista de contentores para armazenamento de resíduos

sólidos dispostos na ponte de comando da draga.

Estes resíduos eram produzidos pela atividade operacional da draga, através de

seus 29 colaboradores (tripulantes) trabalhando em turno de 8 (oito) horas.

Diariamente um tripulante da draga, realizava a coleta dos resíduos dos

contentores e depositava-os em duas caçambas, com capacidade volumétrica de

3,0 m3 cada, estando estas dispostas sobre o convés da draga (Figura 62).

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Figura 62. Caçambas dispostas sobre o convés da draga onde os

resíduos sólidos gerados pela tripulação da embarcação eram

armazenados.

Os resíduos gerados, propriamente ditos, pela operação de dragagem, se

constituem de materiais depositados junto ao leito marinho. Tais resíduos se

caracterizavam por:

Pneus utilizados com denfesas de atracação de embarcações no cais do

Porto de Paranaguá;

Lonas de contenção de granéis utilizadas, principalmente, no desembarque

de cargas dos navios para o pátio do Porto de Paranaguá;

Cabos de amarração em aço e cabos sintéticos;

Retalhos de redes de pesca; e,

Estruturas metálicas;

Tais resíduos ficavam retidos na boca de dragagem, que possui um sistema de

contenção para que resíduos ou fragmentos rochosos não sejam succionados e

atinjam as bombas de sucção decorrendo em danos ao sistema operacional da

draga.

Assim, após o término de cada ciclo de dragagem, os braços de sucção, tanto de

bombordo quanto boreste, são recolhidos ao interior da draga e posicionados

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sobre o convés de maneira permitir a limpeza das bocas de dragagem e

verificação da integridade do sistema (Figura 63).

Figura 63. Registro de tripulante da draga executando a limpeza da boca de dragagem,

onde é possível observar os resíduos retidos no sistema.

Todos os resíduos retidos na boca de dragagem eram recolhidos e depositados

em caçambas dispostas sobre o convés da draga, disponibilizadas pela

Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA (Figura 64 e Figura

65).

Figura 64. Armazenamento dos resíduos, oriundos da dragagem,

retidos pelo sistema de contenção.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-111 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 65. Vista dos resíduos recolhidos durante a dragagem.

5.4.1. Quantitativo de Resíduos Gerados e Destinação Empregada

Durante a atividade de dragagem dos berços de atracação do Porto de

Paranaguá, que foi executada entre os dias 31 e 10 de fevereiro de 2011 foram

gerada 07 (sete) caçambas com resíduos retidos na boca de dragagem e 02

(duas) caçambas com resíduos gerados pela tripulação durante a operação da

draga.

No dia 04 de fevereiro de 2011 foi realizada a primeira manobra de desembarque

de resíduos sólidos da draga. Neste dia foram desembarcadas 02 (duas)

caçambas com os resíduos da tripulação e 03 (três) caçambas com resíduos da

dragagem retidos na boca. A operação de transbordo dos resíduos foi realizada

com a utilização dos guindastes existentes na draga (Figura 66).

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Figura 66. Operação de transbordo de resíduos da draga para o cais do Porto de Paranaguá.

As duas caçambas com os resíduos gerados pela tripulação da draga foram

posicionadas no cais do Porto de Paranaguá, sendo os resíduos transbordados

para duas outras caçambas da empresa contratada para a realização do

transporte (JJ Comércio e Transporte de Resíduos Oleosos Ltda.), conforme

demonstrado na Figura 67.

Figura 67. Transbordo dos resíduos gerados pela tripulação da

draga, entre as caçambas da Van Oord e as caçambas da empresa

contratada para o transporte ao destino final.

Os resíduos gerados pela tripulação da draga fora destinados a empresa Essencis

Soluções Ambientais.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-113 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

As três caçambas com os resíduos gerados pela dragagem, manobradas no dia

04/02/2011, foram dispostas no cais do Porto de Paranaguá, sendo estas de

propriedade da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA

(Figura 68). Estas caçambas foram coletadas/transportadas pela empresa

Paranaguá Ambiental (Eloir Martins & Cia Ltda).

Figura 68. Caçambas de propriedade da APPA, onde foram

armazenados os resíduos gerados pela dragagem.

Ao final da obra de dragagem, no dia 10/02/2011, foram desembarcadas mais

04 (quatro) caçambas com resíduos da dragagem retidos no sistema de

contenção. Estas caçambas, de propriedade da APPA, foram coletadas pela

empresa Eloir Martins & Cia Ltda., que encaminhou os resíduos para a empresa

JM Tratamento de Resíduos Ltda.

A planilha abaixo (Tabela 18) apresenta a data do desembarque dos resíduos

sólidos, empresas responsáveis pela coleta/transporte, quantidade gerada, e

destino dado aos resíduos.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-114 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 18. Resumo dos resíduos sólidos gerados na atividade de dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá e seu

gerenciamento. Data do

desembarque

dos resíduos

Quantidade de

Resíduos Gerada

(kg)

Fonte Geradora Tipo de resíduo Data da Coleta Coletor

Transportador Destino Final

04/02/2011 4.120 Tripulação da draga

Resíduos Classe IIA e IIB,

Orgânicos de cozinha, refeitório e

sanitários, resíduos plásticos,

metálicos e papéis das áreas

operacionais.

15/02/2011

JJ Comércio e

Transporte de

Resíduos

Oleosos Ltda.

Essencis Soluções

Ambientais – Aterro

Resíduos Classe I, IIA

e IIB.

04/02/2011 4.070

Resíduos da dragagem

retidos no sistema da

boca de sucção

Resíduos Classe IIA – Pneus, cabos

de aço e sintéticos, lonas,

estruturas metálicas

07/02/2011 Eloir Martins &

Cia Ltda.

JM tratamento de

Resíduos Ltda –

Unidade de tratamento

de resíduos, com

triagem, compostagem

e aterro

04/02/2011 1.120

Resíduos da dragagem

retidos no sistema da

boca de sucção

Resíduos Classe IIA – Pneus, cabos

de aço e sintéticos, lonas,

estruturas metálicas

08/02/2011 Eloir Martins &

Cia Ltda.

JM tratamento de

Resíduos Ltda –

Unidade de tratamento

de resíduos, com

triagem, compostagem

e aterro

10/02/2011 10.200

Resíduos da dragagem

retidos no sistema da

boca de sucção

Resíduos Classe IIA – Pneus, cabos

de aço e sintéticos, lonas,

estruturas metálicas

15/02/2011 Eloir Martins &

Cia Ltda.

JM tratamento de

Resíduos Ltda –

Unidade de tratamento

de resíduos, com

triagem, compostagem

e aterro

10/02/2011 930

Resíduos da dragagem

retidos no sistema da

boca de sucção

Resíduos Classe IIA – Pneus, cabos

de aço e sintéticos, lonas,

estruturas metálicas

16/02/2011 Eloir Martins &

Cia Ltda.

JM tratamento de

Resíduos Ltda –

Unidade de tratamento

de resíduos, com

triagem, compostagem

e aterro

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-115 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

5.4.1.1. Identificação dos Prestadores de Serviço no Transporte e Tratamento

dos Resíduos Sólidos

5.4.1.1.1. Coleta e Transporte dos Resíduos

i. JJ Comércio e Transporte de Resíduos Oleosos Ltda.

Nome Fantasia: Petroil Company

Endereço: Rua Manoel Bonifácio, 337, bairro Costeira – Paranaguá, PR.

CNPJ: 07.316.725/0001-32

Licença Ambiental: Licença de Operação – LO N°12385, com validade até

18/12/2010, emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

o Foi apresentado um ofício expedido pelo IAP informando que a JJ

Comércio e Transporte de Resíduos Oleosos Ltda. requereu, em

03/09/2010, a renovação da licença ambiental, declarando que a LO

N° 12385 fica prorrogada até manifestação do IAP.

ii. Eloir Martins & Cia Ltda

Nome Fantasia: Paranaguá Ambiental

Endereço: Rua Ludovica Borio, 04, bairro Bockmann – Paranaguá, PR.

CNPJ: 03.177.666/0001-08

Licença Ambiental: Licença de Operação – LO N°6717, com validade até

12/03/2011, emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

5.4.1.1.2. Destino dos Resíduos Sólidos

i. JM Tratamento de Resíduos Ltda.

Endereço: Rua Rio das Pedras, S/N, Distrito de Alexandra – Paranaguá, PR

CNPJ: 03.300.244/0001-88

Licença Ambiental: Licença de Operação – LO N°16324, com validade até

10/07/2012, emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

ii. Essencis Soluções Ambientais

Endereço: Rua dos Palmenses, 4005, Cidade Industrial – Curitiba, PR

CNPJ: 40.263.170/0009-30

Licença Ambiental: Licença de Operação – LO N° 8479, com validade até

17/05/2013, emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

No ANEXO 3 são apresentados os documentos de movimentação dos resíduos,

assim como licenças ambientais dos prestadores de serviço.

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5.5. Monitoramento do Volume Dragado e do Lançamento dos

Sedimentos na Área de Descarte

O monitoramento do volume dragado foi executado pela Administração dos

Portos de Paranaguá e Antonina – APPA, através da análise dos levantamentos

hidrográficos (batimetrias) executados pela empresa Coral Sub Ltda. O relatório

deste monitoramento é apresentado no ANEXO 4.

O acompanhamento do lançamento dos sedimentos na área de descarte foi

monitorado com a presença de um profissional oceanógrafo (observador de

bordo), verificando em cada ciclo de dragagem o posicionamento da embarcação

na área delimitada para a dragagem, e posteriormente o posicionamento dentro

dos limites da área de descarte para o despejo dos sedimentos.

Na área de dragagem, o observador, monitorava na ponte de comando da

embarcação, juntamente com o comandante da draga e o draguista, o seu

posicionamento na área delimitada para a dragagem. A draga possui um sistema

de posicionamento, com software computacional, onde o projeto de dragagem,

devidamente georreferenciado, é plotado, sendo a operação da draga

condicionada na área delimitada (Figura 69).

Figura 69. Ponte de comando da draga (A), onde se observa o draguista operando os

braços de dragagem sob o controle do posicionamento (B).

O sistema de controle é visualizado através de três principais painéis

(monitores), onde são apresentados os limites horizontais e verticais da área a

ser dragada. Dois painéis apresentam a posição dos braços de dragagem, de

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-117 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

bombordo e boreste, em relação aos limites da área a ser dragada. Um outro

painel apresenta o posicionamento dos braços de dragagem em relação à cota

(profundidade) e delimita a cota de projeto estabelecida (Figura 70).

Figura 70. (A) Painel de controle do posicionamento do braço de dragagem de

bombordo; (B) painel de controle do posicionamento do braço de dragagem de boreste e

(C) painel de controle do posicionamento em relação à cota (profundidade) da

dragagem.

Para a execução da obra de dragagem dos berços de atracação do Porto de

Paranaguá, foram realizados 30 (trinta) ciclos de dragagem. Em todos os ciclos o

observador de bordo acompanhou o posicionamento, sendo verificado que

durante toda a obra não houve qualquer dragagem fora dos limites estabelecidos

em projeto.

5.5.1. Descarte dos Sedimentos Dragados

Após a execução da dragagem, com o carregamento da cisterna (a cisterna da

draga HAM 309 da Van Oord possui capacidade de armazenamento de 4.600

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m3), que durou em média 1:57h, a draga navegava em direção a área de

despejo, distante aproximadamente 15 km.

Na área de despejo as comportas da cisterna, que formam o fundo do casco da

embarcação, eram então abertas e todo o sedimento descartado. Em todos os

ciclos de dragagem o observador de bordo monitorou o posicionamento da draga

no momento de descarte em relação à área delimitada para tal, sendo observado

o posicionamento em relação ao sistema operacional da draga e registrada a

posição geográfica do local com um GPS (Global Positioning System),

configurado no mesmo datum horizontal do projeto de dragagem (WGS 84). De

imediato a localização era verificada sobre o projeto de dragagem plotado no

software HYPACK MAX. A localização de todos os pontos de descarte é

apresentada na Figura 71, sendo possível a sua análise em detalhe através da

Figura 72. A localização geográfica dos pontos de despejo, assim como data e

horário do ocorrido, é apresentada na Tabela 19.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-119 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Figura 71. Localização dos pontos de despejo dos sedimentos dragados na área de descarte.

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Figura 72. Localização dos pontos de despejo dos sedimentos dragados, em detalhe com, a delimitação da área de descarte.

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__________________________________________________________ Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 5-121 - Capítulo V – Resultados do Monitoramento

Tabela 19. Localização geográfica dos pontos de descarte dos sedimentos dragados nos

berços de atracação do Porto de Paranaguá.

Ciclo Data

Dragagem

Hora Data

Despejo

Hora

Localização Geográfica (UTM)

Datum horizontal WGS 84

Despejo - Inicial

Inicio Final Inicio Final X Y

1° 31/01/2011 11:00 11:41 31/01/2011 14:50 14:55 786952.2 7158077.13

2° 31/01/2011 17:15 17:55 31/01/2011 19:55 20:00 787005.18 7157611.19

3° 31/01/2011 22:21 23:15 01/02/2011 01:45 01:55 786952.2 7158077.13

4° 01/02/2011 03:53 04:57 01/02/2011 07:00 07:05 786573.96 7158666.13

5° 01/02/2011 09:16 10:15 01/02/2011 12:40 12:50 786573.96 7158666.13

6° 01/02/2011 14:40 15:25 01/02/2011 17:50 18:05 786709.95 7158173.28

7° 01/02/2011 21:08 21:55 02/02/2011 00:15 00:22 786269.56 7157545.96

8° 02/02/2011 02:18 03:06 02/02/2011 05:13 05:21 786385.01 7157528.95

9° 02/02/2011 07:35 08:40 02/02/2011 10:45 10:55 787732.40 7157652.86

10° 02/02/2011 12:25 13:40 02/02/2011 15:57 16:10 786438.95 7157459.44

11° 02/02/2011 18:15 19:50 02/02/2011 21:50 22:00 786809.24 7157444.51

12° 03/02/2011 00:15 01:50 03/02/2011 04:25 04:35 786472.50 7157552.98

13° 03/02/2011 06:50 10:00 03/02/2011 12:10 12:37 787206.89 7157584.97

14° 03/02/2011 14:45 17:05 03/02/2011 19:20 19:26 787059.54 7157760.37

15° 3 e 4/02/11 22:05 00:20 04/02/2011 02:30 02:40 786608.70 7157166.66

16° 04/02/2011 04:35 05:50 04/02/2011 07:45 07:55 786671.17 7157861.83

17° 04/02/2011 10:35 12:10 04/02/2011 14:25 14:35 786719.27 7158867.97

18° 04/02/2011 17:30 21:15 4 e 5/02/11 23:50 00:00 786731.03 7158565.40

19° 05/02/2011 02:10 06:55 05/02/2011 09:10 09:15 787015.09 7159477.52

20° 05/02/2011 14:05 19:50 05/02/2011 22:15 22:25 787793.27 7158294.33

21° 06/02/2011 00:55 07:35 06/02/2011 09:50 09:55 787119.53 7157717.72

22° 06/02/2011 12:35 14:55 06/02/2011 17:15 17:20 786465.16 7157901.52

23° 07/02/2011 07:45 08:40 07/02/2011 10:40 10:45 786390.60 7158116.26

24° 07/02/2011 13:10 15:45 07/02/2011 18:00 18:05 786292.49 7158399.37

25° 07/02/2011 20:22 22:50 08/02/2011 01:00 01:10 786657.73 7158006.41

26° 08/02/2011 03:20 08:25 08/02/2011 10:45 10:53 787061.33 7158624.60

27° 08/02/2011 13:10 16:15 08/02/2011 18:40 18:45 786683.34 7158889.57

28° 8 e 9/2/11 21:25 02:00 9/02/2011 04:30 04:35 786370.77 7157808.00

29° 9/02/2011 06:50 10:05 9/02/2011 12:25 12:30 786429.04 7158363.20

30° 9/02/2011 14:50 16:25 10/02/2011 02:00 02:10 786841.07 7158516.04

ANÁLISE INTEGRADA DO

MONITORAMENTO AMBIENTAL

Capítulo VI

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__________________________________________________

Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-123 - Capítulo VI – Análise Integrada

6. ANÁLISE INTEGRADA DO MONITORAMENTO AMBIENTAL

O comportamento dos sedimentos na área do porto de Paranaguá mostrou uma

alteração mais significativa apenas durante as obras e nas camadas próximas ao

fundo. Os resultados demonstram uma característica que provavelmente é

condicionada pelas correntes de maré, que deslocam a cunha salina, a qual

acaba servindo como uma barreira física ao deslocamento da massa fluidizada.

Assim, a circulação deste material acaba contida a poucas centenas de metros

em relação à área dragada. Esta conclusão é ainda reforçada pela característica

do estuário, que demonstra significativa estratificação vertical. Desta forma,

apesar da identificação de alguma concentração nas camadas de fundo, esta

condição não foi detectada nas camadas superficiais. Outra observação

importante durante o programa de monitoramento foi o fenômeno de associação

direta entre a dragagem e a ressupensão: encerrada a obra, o levantamento

executado na semana seguinte demonstrou uma redução significativa dos índices

registrados durante o andamento da obra.

Já com relação à transparência, há que se considerar que o ambiente em

questão se trata de um estuário, e que a concentração de materiais dissolvidos

na água é um fator naturalmente presente. A Figura 73 apresenta o

comportamento deste parâmetro nos três momentos da execução da obra em

pontos localizados na área de dragagem. Daquela representação, conclui-se que

o comportamento da transparência não sofreu qualquer interferência da

execução das obras, ratificando aquilo que foi descrito anteriormente.

Considerando que a transparência é um parâmetro indireto avaliado à partir da

superfície da água, observa-se que, durante o andamento das obras, a

transparência chegou a apresentar um resultado ainda melhor do que no período

pré-dragagem; após o término das obras, observa-se um retorno às condições

originais.

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__________________________________________________

Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-124 - Capítulo VI – Análise Integrada

Figura 73. Comportamento da transparência na área de dragagem, antes,

durante e após a execução das obras.

Na área de despejo, os resultados de turbidez alcançados retratam o que parece

ser uma relação direta entre a hidrodinâmica – e a consequente mobilização dos

sedimentos – e a influência de fenômenos atmosféricos de forte influência

regional. A entrada da “Lestada”, demonstrada pelos dados meteorológicos no

período do monitoramento, coincidem com índices mais elevados de turbidez no

período pós-dragagem, quando comparados com os resultados durante o

andamento da dragagem. Desta forma, sugerem remobilizações de sedimentos

já depositados, provavelmente em decorrência da ação da frente fria que gera

alturas de onda mais significativas.

Entretanto, é importante destacar que, apesar da identificação de índices de

turbidez terem alcançado um pico de 194 ntu nas camadas de fundo na área de

despejo, a transparência observada na região não sofreu alterações

significativas. Os resultados apresentados na Tabela 10 demonstram uma

estabilidade. A Figura 74 a seguir, apresenta graficamente os resultados

apresentados naquela Tabela. Nela se observa que a menor transparência foi

observada no período pré-dragagem; durante a dragagem, ao contrário do que

se poderia esperar, mesmo com o lançamento de material, a transparência

apresentou sensível melhora em relação ao período pré-dragagem. Já no período

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__________________________________________________

Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-125 - Capítulo VI – Análise Integrada

pós-dragagem, provavelmente em função dos mesmos fenômenos descritos

antes (frente fria), assim como a turbidez apresentou alguma elevação, a

transparência sofreu decréscimo especialmente nos pontos a Oeste da área de

despejo. Infere-se que o material remobilizado do fundo, que fora recentemente

despejado, deva ter sido transportado pelas correntes influenciadas por ventos

de forma mais significativa nesta direção. O mesmo gráfico demonstra tal

comportamento, onde os pontos sul e leste apresentaram resultados de

transparência até melhores que nos períodos anteriores.

Figura 74. Comportamento da transparência na área de despejo, antes,

durante e após o lançamento do material dragado.

Quanto à nova composição do leito marinho em termos de granulometria dos

grãos, os resultados alcançados demonstram uma alteração sinificativa porém

temporária na #052 já que apresentou um tendência a retornar às condições

originais já no monitoramento pós-dragagem, com aumento da fração arenosa

em relação ao período pré-dragagem. Tendência semelhante foi observada no

#053. Contudo, neste ponto não houve uma demonstração de que as condições

originais tenham sido imediatamente reestabelecidas, uma vez que o lenvamento

pós-dragagem demonstra uma fração areia ainda superior, em porcentagem, do

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Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-126 - Capítulo VI – Análise Integrada

que aquela registrada no período durante a execução das obras. Por fim, a

estação #060, situada no limite oeste da área de trabalho, apresentou um

comportamento oposto aos demais: inicialmente apresentava uma fração areia

marcante, que durante a execução das obras sofreu uma considerável redução,

mas que retornou posteriormente ao encerramento das intervenções, chegando

a superar a condição original. Em função da posição, infere-se que este

comportamento se deva ao deslocamento de sedimentos pelo fundo durante as

obras, o que reforça a idéia da contenção física provocada pela cunha salina

descrita anteriormente. Assim, com o passar dos dias e a continuidade dos

processos hidrodinâmicos, este material pôde ser novamente redistribuído,

voltando o leito a apresentar sua granulometria predominante original.

Sobre a concentração de contaminantes nestes sedimentos, todos os resultados

apresentaram respeito ao limite de Nível 1 da Resolução CONAMA 344/04.

Quanto aos nutrientes monitorados, apenas o Fósforo Total apresentou alteração

significativa, registrado quase 7 g/kg no período de dragagem, mas

apresentando um decaimento já na semana subsequente ao encerramento das

obras. Este comportamento sugere a exposição de uma camada subsuperficial

em que este parâmetro apresentava uma concentração elevada, e que foi

exposta durante a obra de dragagem. É importante destacar que este ponto está

situado próximo à desembocadura de canais e cursos d’água que percorrem

regiões densamente habitadas (Figura 75). Notoriamente, sabe-se que os

esgotos domésticos representam importante contribuição no aporte de fósforo

para ambientes marinhos e estuarinos. Esta condição foi comprovada pelos

inúmeros trabalhos que já foram encaminhados ao IBAMA, como o EIA de

prolongamento do cais do TCP (2010), o RCA para regularização do porto de

Paranaguá (2010), o EIA de aprofundamento do complexo aquaviário de

Paranaguá (2011), dentre outros. Por outro lado, também pode ser um fator

contribuinte as operações de descarga de fertilizantes realizada no porto. O fato

de que a concentração elevada se deve exclusivamente neste ponto da área de

trabalho talvez possa ser explicada pela mesma razão da retenção da pluma de

sedimentos, que foi descrita anteriormente: a dinâmica de correntes de fundo

poderia condicionar o transporte até os limites da área, onde a redução das

velocidades possa permitir uma precipitação do material, que então acaba

adsorvido ao sedimento. Contudo, os resultados alcançados com o

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Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-127 - Capítulo VI – Análise Integrada

monitoramento não podem ser considerados conclusivos na identificação precisa

da efetiva fonte da contaminação. Os apontamentos aqui propostos tomam por

base aquilo que a bibliografia técnica vem sugerindo em avaliações sobre a

contaminação de ambientes semelhantes.

Figura 75. Canal que desemboca na região

do Rocio, próximo do ponto #060.

Sobre o comportamento dos contaminantes na água, apenas uma amostra –

dentro de um grupo de 24 coletas – apresentou alteração de mercúrio.

Considerando o limite estabelecido pela Resolução CONAMA N° 357/2005

(0,0002 mg/L), não se pode descartar um erro analítico da amostra, em face da

sensibilidade exigida do procedimento. Esta conjectura é reforçada pela

inobservância de elevação semelhante em quaisquer dos demais pontos

amostrais.

Sobre a ocorrência de Boro, importante afirmar que mesmo em estudos

anteriores, a ocorrência deste elemento já demonstrava superar os limites da

legislação. Entretanto, as fontes para o meio ambiente não são necessariamente

vinculadas a atividades antrópicas, conforme ficou demonstrado na discussão,

onde pesquisadores como Stevenson & Cole (1999, in Lima, 2007), afirmam a

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Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-128 - Capítulo VI – Análise Integrada

ocorrência deste elemento na composição de rochas ígneas, as quais, por

intemperismo, liberam tais compostos no ambiente. Outra importante

constatação que se chega com os resultados do monitoramento dão conta do

comportamento do elemento durante as obras de dragagem: não foram

observadas alterações significativas nas três fases da obra, mantendo um

equilíbrio que sugere não haver contribuição dos sedimentos para a concentração

de Boro na água.

Contudo, o zinco foi o parâmetro com o maior impacto observado durante o

monitoramento. O comportamento deste metal registrou elevações significativas

entre a pré-dragagem e a condução dos trabalhos, quando todos os pontos

amostrais, em todos os níveis (superfície, meio e fundo), apresentaram

resultados significativamente superiores ao limite definido pela Resolução

CONAMA N° 357/05 (0,9 mg/L). E, ao contrário de outros resultados do

acompanhamento realizados até aqui, a perspectiva de decaimento dos

resultados com o encerramento das obras não se confirmou na fase de pós-

dragagem: a tendência observada em todos os pontos foi de um crescimento em

relação à etapa de execução, que superou com significativa facilidade um

incremento de 100% em relação aos resultados da campanha anterior (durante a

dragagem). A compreensão deste comportamento ainda não pôde ser totalmente

elucidada, uma vez que resultados anteriores não detectaram tamanha

alteração. A exemplo disso, o resultado apresentado no EIA do TCP (2010),

apresentado na Figura 76. Levantamentos realizados por Acquaplan (2010),

discutidos no RCA do Porto de Paranaguá e no EIA do aprofundamento do

sistema aquaviário do Complexo Estuarino de Paranaguá – CEP, também não

evidenciaram qualquer alteração desta magnitude.

Por fim, com relação ao oxigênio, os resultados apontam um crescimento nas

concentrações, sem contudo apresentar um resultado expressivo.

Potencialmente, esta pode ter sido uma resposta localizada da disponibilização

de nutrientes durante a obra – como o fósforo discorrido acima, o que é

reforçado pelo aumento dos índices de abundância e diversidade do fitoplâncton

entre os períodos de pré-dragagem e durante a dragagem.

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Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-129 - Capítulo VI – Análise Integrada

Figura 76. Variação da concentração de zinco (mg/L) na coluna

d’água dos pontos amostrais localizados no setor mediano do eixo

leste-oeste do Complexo Estuarino de Paranaguá. Fonte: EIA TCP,

2010.

Sobre a biota, como dito acima, ocorreu um nítido crescimento da densidade dos

organismos fitoplanctônicos entre as fases prévia e durante a dragagem e tanto

na região da dragagem quanto na área de despejo. Este comportamento sofreu

um inversão após o encerramento das obras, provavelmente pela queda dos

nutrientes que eram supridos pela dragagem.

Em relação ao zooplâncton, é importante destacar o retardamento que existe

entre o crescimento dos organismos de base da cadeia trófica (fitoplâncton) e os

organismos do segundo nível (zooplâncton). Considerando que a dragagem

ocorreu durante uma semana, o ápice da população zooplanctônica, estimulada

pelo ganho da biomassa do fitoplâncton, deve ter coincidido com o período de

execução do monitoramento pós-dragagem. Por esta razão, observou-se um

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8

Zinco

Pontos

Zn

(m

g/L

Zn

)

0.0

00

.02

0.0

40

.06

0.0

80

.10

0.1

20

.14 Superfície

Meia Água

Fundo

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Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 6-130 - Capítulo VI – Análise Integrada

crescimento mais marcante da densidade na área de despejo neste período.

Também pode-se notar uma redução da população durante o processo de

despejo. Entretanto, como o resultado de densidade do fitoplâncton apresenta

um crescimento neste período, outro fenômeno parece ter influenciado no

comportamento deste grupo. Entretanto, os resultados demonstram que o

equilíbrio foi rapidamente alcançado após o final das obras, com resultados de

monitoramento que superaram as densidades do período pré-dragagem.

Já na área interna (de dragagem), o aumento da densidade foi observado ainda

no período das obras; na fase de monitoramento pós-dragagem, este índice

ecológico já teria retornado aos patamares do período pré-dragagem. Neste

caso, infere-se que a estratégia ecológica dos organismos possa ser diferente

daqueles localizados no mar aberto e que sua capacidade de acompanhar o

crecimento da biomassa dos produtores primários lhes permita um aumento

populacional de maneira mais acelerada.

Quanto ao gerenciamento dos resíduos sólidos constatou-se a adoção de boas

práticas tanto pela executora da dragagem (Van Ord) quanto pela Autoridade

Portuária (APPA), realizando a coleta de todos os resíduos provenientes da

dragagem, armazenamento apropriado e o adequado destino final. Porém,

verificou-se a necessidade da adoção de um sistema para triagem e segregação

do resíduos oriundos da dragagem.

Assim, recomenda-se que em futuras obras de dragagem, seja adotado

procedimento de segregação dos resíduos succionados na dragagem. Tal

atividade poderá ser desenvolvida em área definida na área do Porto Organizado,

segregando os resíduos passíveis de reciclagem, como pneus, estruturas

metálicas e matérias plásticos.

Quanto ao monitoramento do despejo dos sedimentos dragados na área definida

para descarte, constatou-se que a executora da obra (Van Oord), atendendo ao

determinado pela contratante (APPA), definido no projeto de dragagem, manteve

durante toda a execução da dragagem atenção quanto ao posicionamento da

embarcação, executando toda a dragagem dentro dos limites estabelecidos e

com os despejos sempre na área determinada para o descarte.

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

Capítulo VII

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Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 7-132 - Capítulo VII – Referências Bibliográficas

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ANEXOS

Capítulo VIII

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Monitoramento Dragagem dos Berços do Porto de Paranaguá - 8-141 - Capítulo VIII – Anexos

8. ANEXOS

ANEXO 1. Laudos Analíticos das Amostras de Águas e Sedimentos.

ANEXO 2. Cópia da Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico N° 006/2011 CGFAP/IBAMA.

ANEXO 3. Documentos do gerenciamento dos resíduos sólidos.

ANEXO 4. Relatório dos levantamento batimétricos com o acompanhamento do

volume dragado.