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monit o re SÃO PAULO - JULHO DE 2017 - ANO 5 - N O 17 A revista do seu Sindicato A portaria virtual como diminuição de custos no controle de acesso PáGINA 4 EDIçÃO ESPECIAL PORTARIA REMOTA é amparada por Lei e pode ser contratada por condomínios Página 3 PORTARIA REMOTA Foto: Intelbras

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monitoreSÃO PAULO - jULhO DE 2017 - ANO 5 - NO 17A revista do seu Sindicato

A portaria virtual como diminuição de custos no controle de acesso PágiNA 4

EDiçÃO ESPEciAL POrtAriA rEmOtA

é amparada por Lei e pode ser contratada

por condomíniosPágina 3

Portaria remotaFoto: intelbras

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2 julho de 2017

EXPEDIENTE

Monitore é um informativo do Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Estado de São Paulo (SIESE-SP).Rua Melo Palheta, 43, Água Branca, São Paulo/SPCEP 05002 030Telefone 11 2366 2250

www.siesesp.org.br

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente - Francisco de Assis CondiniVice-Presidente - Marcelo Henrique CabbaoDiretor Administrativo e Financeiro - Milton Antônio Castilho

Diretor Técnico – Josinaldo Eustáquio da SilvaDiretor de Normas – Alessander Gentine Violin Diretor Suplente – Carlos Alberto Progianti

CONSELHO FISCALDiretor do Conselho Fiscal – Jefferson Thadeu BarrosoDiretor do Conselho Fiscal – Vitor CarilloSuplente do Conselho Fiscal – Daniel Souza Barreto

CONSELHO EDITORIALFrancisco de Assis CondiniMarcelo CabbaoJefferson Thadeu Barroso

Jornalista responsável: Vanessa de Paula – Mtb 36.315

EDIçãO: VIVA ComunicaçãoAssessoria de Imprensa e Comunicação Institucional

E-mail: [email protected] 11 2366 2250

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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da Revista Monitore.

editoriAL

Prezados leitores,

Em junho, recebemos empresários de segurança ele-trônica da capital e do interior do Estado, na sede do Sindicato, que nos procuraram com o objetivo

de ajudá-los na discussão da implementação do serviço de portaria remota em condomínios, onde diversos sin-dicatos de porteiros e condomínios estão brigando com empresas para impedir que o serviço seja implementado. Discutimos bastante até que chegamos a conclusão, de-pois da explanação do nosso Jurídico, de que esse serviço não pode ser impedido de ser comercializado em prédios tanto residenciais quanto comerciais. Não existe lei que proíba. A tecnologia está a favor das pessoas, para melho-rar e facilitar a vida. E se ela traz economia, melhor ainda nesse momento de crise que estamos passando.

O SIESE-SP é o único representante oficial da categoria e só ele tem representação política e legal para defender

os interesses do setor. Por essa razão, após a manifestação de todos os presentes na reunião, ficou definido que o Departamento Jurídico do SIESE-SP fizesse uma interpe-lação aos sindicatos que consignaram em suas conven-ções a proibição da portaria remota e, posteriormente, caso não surta efeito, fossem tomadas as medidas judi-ciais cabíveis. Esta interpelação já foi feita pelo Jurídico e encaminhada aos sindicatos que estão notificando esses condomínios que contratam o serviço de portaria remo-ta. Estamos aguardando o retorno dessa ação.

Sindicato é isso, união de forças! Fiquei muito feliz com a vinda desses empresários e quero, cada vez mais, que estejam presentes para discutir outros assuntos para a melhoria do dia a dia do setor.

Uma boa leitura e ótimos negócios!

Francisco CondiniPresidente do SIESE-SP

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julho de 2017 3

Portaria remota é amparada por Lei e pode ser contratada por condomíniosSindicatos de condomínios e Porteiros

estão notificando prédios que contra-tam o serviço de portaria remota. O

presidente, diretores e o jurídico do SiESE-SP, receberam empresários de segurança eletrô-nica de diversas regiões do Estado e da capi-tal paulista, na sede do Sindicato, no último dia 20 de junho, para discutir o assunto.

O advogado Alexandre de calais, respon-sável pelo Departamento jurídico do SiESE-SP, explicou aos presentes que é inconsti-tucional as cláusulas que essas instituições estão informando quanto a proibição da substituição de funcionários de condomínios por portaria remota realizada por empresas de monitoramento.

calais explica que foi apresentada na reu-nião de decisões do tSt (tribunal Superior do trabalho), instância máxima da justiça do trabalho, que já declarou em sessão dos dis-sídios coletivos nulas as cláusulas que proí-bem este tipo de substituição, pois a portaria remota fere o princípio constitucional e não caracteriza terceirização, mas sim eventual automação.

A seguir, o Departamento jurídico do SiE-SE-SP elaborou algumas perguntas e respos-tas para esclarecer o assunto:

1) Qualquer condomínio pode instalar o serviço de portaria remota?

R. Sim.

2) A portaria remota é amparada pela legislação?

R. Sim. Porque a constituição Federal estabelece a liberdade de trabalho e está sustentada por dois pilares: o primeiro é da necessidade do serviço e o segundo é a evo-lução natural da atividade, da tecnologia. Por exemplo, assim como, anos passados, um

soldador trabalhava com um maçarico, hoje, ele realiza o mesmo trabalho utilizando um robô, comandado por um computador. Des-ta forma, resta claro que a implementação de portaria remota é legalmente amparada pela legislação.

3) Quais as consequências um condo-mínio pode sofrer se trocar um porteiro presencial por um serviço de portaria re-mota?

R. Nenhuma, desde que a eficiência do serviço de portaria remota seja a mesma do porteiro presencial.

4) É verdade que o condomínio que contratar o serviço de portaria remota é notificado a pagar uma multa ao profissio-nal equivalente a sete salários com base no piso da categoria?

R. Não é verdade. Essa alegação é menti-rosa porque qualquer disposição existente na convenção da categoria de porteiros e afins ou de condomínios são nulas pois são contra a norma constitucional.

5) Como deve se posicionar um síndi-co quando receber uma notificação dos sindicatos dos porteiros e afins quanto a

oposição a contratação do serviço de por-taria remota?

R. O condomínio, através do síndico, deve apresentar uma resposta a notificação infor-mando que este assunto já foi decidido pelo tSt e que o condomínio, pode sim, ter o ser-viço de portaria remota em substituição ou em conjunto com o porteiro, ou seja, utilizar um porteiro presencial, por exemplo, no perí-odo diurno, e o remoto no noturno.

6) A contratação do serviço de portaria remota precisa ser aprovada em assem-bleia do condomínio?

R. Sim e as limitações e responsabilidades deverão constar na ata da assembleia.

7) É verdade que a portaria remota cria desemprego substituindo a mão de obra humana pela tecnologia?

R. Não porque o funcionário que estaria em uma portaria no condomínio estará em uma central monitorando o local. Além dis-so, o serviço de portaria remota cria novos postos de serviços voltados a essa atividade, como instalador de equipamentos, manu-tenção, fabricação de produtos (fios, cabos, câmeras, monitores, alarmes, etc).

Fotos: reprodução

Portaria remota

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4 julho de 2017

A portaria virtual como diminuição de custos no controle de acesso

José elias de Godoy

Com o avanço da tecnologia, uma nova modalidade de serviço está sendo ofere-

cida aos condomínios. Trata-se da portaria vir-tual. A portaria, virtual ou à distância, é a subs-tituição da portaria presencial por um sistema de portaria remota através da automatização do condomínio com a instalação de câme-ras IP, leitores biométricos, central de geren-ciamento de controle de acesso, interface de PABX, geradores entre outros sistemas, tudo amarrado por meio de um software integra-do onde é efetuado todo o atendimento ao morador, visitantes e prestadores de serviço como se estivesse presencialmente no prédio. A solução é indicada para condomínios de até 40 apartamentos. É um modelo interessante, o custo é bem menor, se comparado a uma portaria com posto 24 (vinte e quatro) horas. Custo médio: R$ 6.500,00/mês mais a implan-tação que fica em torno de R$ 45.000,00. Todo acompanhamento seja de moradores, visitan-tes e entregas é realizado à distância. A central de monitoramento fica localizada na empre-sa de segurança contratada, fora das depen-dências do condomínio. Porém como tudo na vida, devemos avaliar seus pró e contras a saber:

Vantagens:• Isolamento do agente impossibilitando

rendição em caso de as-salto e arrastões;

• Cadastro biométrico de funcionários domésticos com perfil individual de acesso;

• Drástica redução do custo com os serviços de por-taria e segurança (econo-mia entre 40% e 60%);

• Redução de custos com infraestrutura de apoio aos porteiros – re-feitórios, rádios, armários, produtos higi-ênicos (o custo da portaria de uma torre varia em torno de R$ 15 mil por mês);

• Ausência de custos e preocupação com reclamações trabalhistas

Desvantagens:• Os moradores devem ter ciência da res-

ponsabilidade, pois todos são responsá-veis pelo condomínio e muitas das ativi-dades dependerão exclusivamente dos condôminos;

• Um elo geralmente frágil nesse tipo de portaria é o sistema de comunicação uma vez que é pela internet que a central re-mota se comunica com o condomínio;

• Existência de empresas amadoras no mercado que estão se aproveitando da oportunidade da falsa sensação de “distân-cia”, para enganar contratantes

A direção do condomínio deverá ter muita cautela, na escolha da em-presa. Para tanto deve se atentar, no mínimo, para o seguinte:• Exija no mínimo 02 centrais de opera-ção e monitoramento, não acredite nos sites, visite a central da empresa contra-tada com frequência, sem qualquer aviso prévio;• Exija no mínimo 08 agentes de ope-ração registrados em CLT e na carteira

profissional;• Não contrate empresas que terceirizam o sis-

tema de monitoramento e operação;• Exija no mínimo Gerador a combustível e No-

breaks industriais;• Exija base com local para treinamento de fun-

cionários;• Essa é estrutura mínima para que o condomí-

nio possa estar mais seguros e em mãos de profissionais capacitados e motivados.

E, por fim, em razão da complexidade do tema, o assunto deve ser discutido em assembleia, porém, sua aprovação depende de quorum da maioria simples dos presentes.

José elias de GodoyEspecialista de Segurança em Condomínios e autor

dos livros “Manual de Segurança em Condomínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”.Mais informações: [email protected] n

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