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LIDIANE ORETE DOS SANTOS CONTRATO DE TRABALHO: ELEMENTOS ESSENCIAIS E NULIDADES TRABALHO ILÍCITO E PROIBIDO FLORIANÓPOLIS-SC 2014 FACULDADE BORGES DE MENDONÇA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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LIDIANE ORETE DOS SANTOS

CONTRATO DE TRABALHO: ELEMENTOS ESSENCIAIS E NULIDADES –

TRABALHO ILÍCITO E PROIBIDO

FLORIANÓPOLIS-SC

2014

FACULDADE BORGES DE MENDONÇA

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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CONTRATO DE TRABALHO: ELEMENTOS ESSENCIAIS E NULIDADES -

TRABALHO ILÍCITO E PROIBIDO1

SANTOS, Lidiane Orete dos2

BAINHA, Adriana3

RESUMO

Mesmo existindo muitas normas e princípios que protegem o empregado, há ainda muitas

ilegalidades nos contratos de trabalho que os tornam irregulares, ilícitos, proibidos e em

condições análogas a de escravo. A exploração, o trabalho forçado que acontece atualmente,

para muitas pessoas é desconhecido, porém, ambas situações, afrontam a dignidade da pessoa

humana, sendo contrário ao princípio de valorização social do trabalho. O presente artigo

objetiva esclarecer, sobre os direitos trabalhistas, os elementos essenciais e as nulidades sobre

trabalho ilícito e proibido, as condições análogas a de escravo, trazendo à tona a realidade de

trabalhadores que se sujeitam às condições degradantes de trabalho e passar a importância da

percepção e avaliação dos procedimentos adotados pelas empresas e suas práticas trabalhistas.

Demonstra as ações atualmente realizadas pelos órgãos públicos para reverter este quadro, e o

avanço social com a Emenda Constitucional n° 81/14 que estabelece a expropriação das terras

onde há este tipo de trabalho, regularizando as condições destes obreiros, fazendo com que as

conheçam e façam valer seus direitos. A metodologia aplicada divide-se em natureza do

trabalho aplicada, com método de abordagem indutivo, abordagem qualitativa, objetivos com

pesquisa exploratória e procedimentos técnicos com origem de fontes bibliográficas, que

visam esclarecer as características do referido tema, elaborada a partir de literaturas que

conceituam e diferenciam o objeto deste artigo. O que se observa, é que ainda há muitas

falhas em pleno séc. XXI, pois os contratos de trabalhos se desvirtuam as normas.

Palavra chave: Trabalho. Ilícito. Análogo. Proibido. Direitos trabalhistas.

1 INTRODUÇÃO

O Direito Trabalhista nasceu a partir da Revolução Industrial, devido à imensa

exploração de mão de obra humana existente na época, pois antes deste período, existia o

trabalho escravo, em que os direitos não eram reconhecidos. Contudo, caracterizavam como

1 Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de graduação em Ciências Contábeis pela

Faculdade Borges de Mendonça. 2º semestre de 2014. 2 Lidiane Orete dos Santos, acadêmica da 7ª fase do curso de graduação de Ciências Contábeis, ministrado pela

Faculdade Borges de Mendonça – E-mail: [email protected] 3 Adriana Bainha, Formada em Ciências Contábeis, pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC;

Formada em Direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL; Especialista em Economia de

Empresas; MBA em Gestão Tributária – UDESC; Mestre em Administração – Área de concentração: Gestão

Estratégica das Organizações pela UDESC; Pós-graduada em Prática jurídica e Direito Público pela Escola

Superior da Magistratura em convênio com a FURB. Orientadora do trabalho –

Email:[email protected]

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trabalho livre, em que havia somente a obrigação de servir o seu empregador, ou dono, como,

denominava-se esta figura na época.

Constata-se que o trabalho forçado, análogos à condição de escravo, em condições

sub-humanas são casos considerados sérios e antigos. Porém, constata-se que esta exploração

continua de forma implícita de modo a colocar como prioridade a essência do capitalismo e

infringindo normas e a legislação pátria. Visando portanto, enriquecer as custas de trabalho

degradantes.

Desta forma, questiona-se que com tantas normas e princípios que protegem o

empregado, quais as ilegalidades que ocorrem nos contratos de trabalho nos dias atuais, que

levam o trabalho ser considerado análogo: ilícito ou proibido?

O objetivo geral é analisar os contratos de trabalho e seus elementos essenciais e o que

leva a nulidade e trabalhos ilícitos e proibidos, demonstrando a importância do seguimento

das normas trabalhistas e o grande problema que acontece na atualidade, quando muitos

trabalhadores passam por situações degradantes e escravidão semelhantes às da antiguidade.

Pontua-se as tratativas legislativas quanto ao problema tratado, demonstrando a ação

dos órgãos públicos para que as mesmas sejam seguidas.Justifica-se a escolha deste tema em

razão da importância do esclarecimento da população, estudantes e empresários que as

nulidades podem trazer reparações, inclusive expropriação. Desta forma, verifica-se o não

cumprimento das leis trabalhistas e os danos que os trabalhadores sofrem. Foi pesquisado a

teoria contratual, tipos de contratos de trabalhos, suas modalidades, características e seus

elementos essenciais, os princípios do trabalho e uma análise sobre os tipos de trabalho

proibido ilícito e como são presentes na realidade brasileira.

Foram levantados noticiários e fatos que ocorrem atualmente, sobre a condição

análoga a de escravo que se torna trabalho proibido e ilícito, e o que desvaloriza o

trabalhador, causando danos e perda dos seus direitos. O trabalho foi dividido em

fundamentação teórica onde, demonstrar-se-á os tipos de contrato de trabalho, os elementos

essenciais, seus princípios, os tipos de trabalho ilícito e proibido e os fatos que acontecem

atualmente sobre escravidão e a Legislação no Brasil, a metodologia com os tipos de

pesquisas utilizadas, e as considerações finais concluindo sobre o tema abordado.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta seção será abordada o referencial teórico que fornecerá informações que

subsidiará a fundamentação e desenvolvimento deste trabalho acadêmico. Para tanto, será

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necessário para a compreensão do tema, apresentar o surgimento dos contratos de trabalho e

conceitua-los, sua importância e elementos essenciais, assim como demonstrar no trabalho

ilícito e proibido,a irregularidade do cumprimento das regras.

2.1 SURGIMENTO DOS CONTRATOS DE TRABALHO

“Na antiguidade, o trabalho, era executado por escravos cuja condição não era de

pessoa, mas a de coisa. Diante desta situação, as relações trabalhistas não se prestavam a um

tratamento contratual, nem permitiam um relacionamento de mútuos deveres e direitos”.

(NASCIMENTO, 2008, p. 555).

Em 1935, com a Lei n° 62, surge contrato de trabalho que nesta época tratou da

rescisão do pacto laboral. Porém, desde 1905, essa denominação já era usada por Evaristo de

Moraes, em apontamentos de Direito Operário. (MARTINS, 2009).

Saraiva (2010), realça que contrato de trabalho é o acordo de vontades tácito ou

expresso, no qual uma pessoa física (empregado), compromete-se mediante o pagamento

salarial, a prestar trabalho não eventual e subordinado, em provento de outra pessoa física ou

jurídica (empregador).

A designação é conhecida também como relação de emprego, ou podia ser

denominado como contrato de emprego, pois se trata do pacto do empregador com o

empregado; do trabalho subordinado e não da relação de qualquer trabalhador. Fornecendo a

noção exata da relação do emprego e do que estaria sendo estudado. Ao contrário da primeira

denominação, relação de emprego, que pode compreender qualquer tipo de trabalho como

autônomo, eventual, avulso, empresário. (MARTINS, 2009).

Martins (2009, p. 79), comenta que,“Tanto o contrato como a relação de emprego,

pode dar origem ao vínculo entre empregado e empregador: quando a origem é o contrato, o

vínculo nasceu em decorrência do acordo de vontades, ma s quando é a relação, o vínculo

nasceu por obra de um fato”.

Existem diversos tipos de conceitos para se explicar o surgimento, porém todos com

mesmo significado e objetivo. Em experiências internacionais, destaca-se a Lei n° 20.744 de

1974, onde estabelece que haverá contrato de trabalho, sempre quando uma pessoa física se

obrigue a efetuar prestação de serviços, realizar atividades ou executar obras mediante

remuneração em favor de outra e sob responsabilidade desta, por um período determinado ou

indeterminado. (MARTINS, 2009).

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Carrion (2009) menciona que “o contrato, ou seja, o pacto, o elemento subjetivo, com

o elemento subjetivo, que é a relação ou poder jurídico constituído, regulado ou extinto pelo

consentimento.”

O art. 442 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT cita que o contrato individual

de trabalho, que é criticado por também ser denominado desse jeito, pois poderiam existir

múltiplos, plurilaterais, com vários empregados como o de equipe, é um acordo tácito ou

expresso, correspondente à relação de emprego. (BRASIL, 1943).

Martins (2009) cita que existe diferenciação de contratos de trabalho para outros tipos

de contratos civis e entendia como um contrato de compra e venda, onde o trabalho era a

energia ou mercadoria vendida e o salário era o preço. Porém, não se trata de uma mercadoria,

considera-se a dignidade humana da pessoa que trabalha, sendo um pacto de trato sucessivo,

ao contrário do primeiro o qual é de natureza instantânea. No contrato de trabalho a

subordinação é o elemento principal, onde o subordinado deve ser uma pessoa física, pois não

compreende entre duas pessoas jurídicas, e não se arrenda a força do mesmo.

“O contrato de trabalho é gênero e compreende o contrato de emprego. O mesmo pode

envolver qualquer trabalho, como do avulso, do autônomo, do eventual, do empresário.

Contrato de emprego, diz respeito a relação entre empregado e empregador e não a outro tipo

de trabalhador.” (SARAIVA,2010,p. 56).

O mesmo autor elucida que o contrato se difere também de sociedade empresarial

onde há o elemento de affectio societatis, o interesse dos sócios na realização de um mesmo

fim e buscam assim, a obtenção de lucros, arcam com prejuízos que podem ocorrer e têm uma

relação de igualdade, não havendo a subordinação por nenhum dos dois envolvidos e a

remuneração é variável, pois dependem do lucro, ficando sem receber nada se a empresa

obtiver prejuízo. O objeto é a prestação de serviços subordinados. A relação entre empregado

e empregador é como credor e devedor, pois é a obrigação do empregado prestar o serviço, o

credor do salário a receber e o empregador deve o remunerar para receber a prestação. Esse

salário a ser pago deve ser fixo e periódico e, de nenhuma forma ser deixado de pagar o

referido valor, pois assim, será descumprido as normas da Lei. (MARTINS, 2009, p.80).

Nascimento (2008, p. 560) acrescenta que, “o Contrato de trabalho impõe-se tanto

como uma necessidade de afirmação da liberdade de trabalho, como também de uma

afirmação de justiça social. É isso que modifica o relacionamento do trabalhador com o

destinatário do trabalho, e é inegável a sua importância, uma vez que põe fim ao regime de

escravidão, de servidão e outras formas de trabalho forçado”. Para melhor entender sobre o

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contrato de trabalho, torna-se necessário entender suas características e seus elementos

essenciais.

2.2 CONTRATO DE TRABALHO: CARACTERÍSTICAS E ELEMENTOS ESSENCIAIS

A relação entre empregador e empregado, torna-se válida a partir do contrato de

trabalho, sendo assim, o art 3° da CLT pontua que “Considera-se empregado toda pessoa

física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e

mediante salário”. (BRASIL, 1943).

Há ajustes de vontades de ambas as partes, não dependendo somente da prestação de

serviços, mas também do acordo feito ajustado entre empregado e empregador. (MARTINS,

2009).

Como esclarece Nascimento (2007, p. 150), “Ninguém terá outrem como seu

empregado senão também não for por sua vontade. Assim, mesmo se uma pessoa começar a

trabalhar para outra sem que expressamente nada tenha sido combinado entre ambas, isso só

será possível pela vontade ou pelo interesse das duas”. Para a constituição do contrato de

trabalho é necessário conhecer seus elemento essenciais.

2.3 ELEMENTOS ESSENCIAIS DE QUALQUER CONTRATO E CONTRATO DE

TRABALHO

O site Jus Brasil (2014), esclarece que para todo contrato de trabalho, assim como para

todo negócio jurídico, são necessários conter neles os elementos essenciais para ter sua

validade. Trata-se do conjunto dos elementos intrínsecos e extrínsecos, respectivamente

divididos em: pressupostos (a idoneidade e a capacidade das partes) e requisitos (o consenso e

a causa). Os elementos essenciais são definidos pelo art. 104 do código civil, onde cita que a

validade do negócio jurídico requer: Agente capaz (ou capacidade das partes); Objeto lícito,

determinado ou determinável; Forma prescrita ou não defesa em lei. (RESENDE, 2012, p.

252).

Dispõe o art. 4º da Lei 10406/02 que “são relativamente incapazes: os maiores de

dezesseis e menores de dezoito anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por

deficiência mental tenham o discernimento reduzido, os excepcionais, sem desenvolvimento

mental completo e os pródigos”. (ASSAD, 2003).

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No direito do trabalho, o inciso XXXIII do art.7° da Constituição Federal- CF, proíbe

o trabalho de menores de 16 anos, salvo para a função de aprendiz, a partir dos 14 anos, e para

menores de 18 o trabalho noturno (ilícito, que é contrária à moral e bons costumes), perigoso

ou insalubre (que lhe prejudicam a saúde), tem capacidade civil, o individuo que tenha

economia própria, porém para fins trabalhistas, não o torna maior, pois a lei geral civil, não

revoga a lei especial trabalhista. (RESENDE, 2012, p. 252).

O menor pode assinar contrato de trabalho e recibos, porém no momento da quitação,

o responsável deverá prestar assistência. (SARAIVA, 2010).

O direito somente aceita como válido o contrato se seu objeto for lícito, isto é, que não

constitui a prática ilícita conforme a lei vigente. Quando conter o objeto ilícito, será

considerado inválido. Nesta mesma linha, a jurisprudência também considera como objeto

ilícito o trabalho contrário à moral e bons costumes, cita-se, como exemplo a contratação de

uma prostituta como empregada doméstica. (RESENDE, 2012).

Resende (2012) elucida como trabalho ilícito, aquele que compõe um tipo penal ou

concorre para a realização da conduta definida como crime. Cita como exemplo a contratação

para matador profissional.

Corroborando Saraiva (2010), pontua que não seria possível, por exemplo, em face da

ilicitude do objeto do contrato, o reconhecimento da função do traficante que trabalha

transportando, acondicionando ou mesmo vendendo drogas; ou mesmo o reconhecimento do

vínculo da prostituta com a pessoa que explora esse tipo de atividade.

Por sua vez, o trabalho proibido, é o trabalho irregular, vedado pela lei, contudo não se

considera crime. O trabalho em si é lícito, porém, mas na circunstância que se realiza é

vedado pela lei a fim de proteger o trabalhador ou o interesse público. Como exemplo, há o

trabalho de menor de 14 anos ou trabalho de menor de 18 anos em atividade noturna com

envolvimento com bebidas alcoólicas. (RESENDE, 2012).

Saraiva (2010), acrescenta que neste último, o trabalho é lícito, apenas a lei proíbe o

trabalho, para salvaguardar o trabalhador e ou interesse público. Demonstra como exemplo o

trabalho de menor de 14 anos, em que o trabalho é lícito, porém a condição de menor impede

o exercício.

O trabalho ilícito anula o empregado e qualquer direito trabalhista. O sujeito que

comete um crime, é natural que não poderá ser recompensado por isso, impondo-se a punição.

Ao contrário, tem a proteção integral ao trabalhador, desde que a atividade não caracterize,

também, tipo penal. (RESENDE, 2012, p. 253).

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Por sua vez, o chamado trabalho degradante e trabalho escravo são modalidades do

trabalho escravo ou análogo à condição de escravo. Caracterizam-se por péssimas condições

de labor, inclusive sem observância das normas de segurança e medicina do trabalho, além da

ausência de condições mínimas de trabalho, moradia higiene, respeito e alimentação.

(GARCIA, 2012).

No artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o Brasil adotou o conceito de trabalho

análogo ao de escravo, pois tem um caráter mais amplo que o conceito de trabalho forçado e é

encontrado predominantemente no meio rural onde está correlacionado com a pobreza e

concentração de terras. (OIT, 2010, p. 15).

2.3.1 Forma prescrita ou não defesa em lei

Há uma grande importância na forma de pacto empregatício, que é a questão

probatória. A forma, quando prescrita no Direito do Trabalho, visa a proteção do trabalhador

ou ainda à segurança pública. A verdade é que o contrato de trabalho pode ser aprovado por

qualquer meio licito, mas, sem dúvida, a prova documental é a mais confiável e robusta. É

importante também a comprovação para o empregador, que terá a segurança jurídica quando

se tratar de direitos do empregado, quando trabalho temporário, contrato de aprendizagem ou

com prazo determinado. Sem sua aprovação que é o requisito formal, o contrato de trabalho

será nulo. (RESENDE, 2012, p. 255).

Contudo, além dos elementos essenciais abordados, respeita-se os aspectos do contrato

de trabalho.

Martins (2009), pontua que o contrato de trabalho envolve em suas características três

aspectos: a) pessoal, b) patrimonial e, c) misto. Em que, a) tem-se que relação é pessoal, pois,

o trabalho não é tratado como mercadoria, sendo destinado para todos e não apenas para

escravos, havendo um dever de fidelidade e reciprocidade de ambas partes. b) o objetivo fim é

econômico, patrimonial, aguardando o empregado ao fim da prestação de serviço receber o

valor pecuniário pela prestação do seu serviço. c) existe uma troca, sendo tanto patrimonial

como pessoal, pois compreendem, as duas pessoas envolvidas que é o empregado e

empregador, e ambos esperam de volta o resultado do trabalho, o empregado trabalha para

receber o valor pecuniário e o empregador tem o direito de receber a prestação de serviços

para efetuar o pagamento do salário, por isso considera-se patrimonial. (MARTINS, 2009).

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Entende-se por causa “o fim, desejado pelas partes por meio do contrato, portanto o

bem econômico- social que têm em vista a causa da relação de emprego para o empregado, o

salário e outras garantias trabalhistas, e para o empregador, o trabalho e os resultados da

atividade do empregado”. (CARRION, 2009, p. 567).

Tendo este fim, para melhor entender as normas trabalhistas, todo contrato deve seguir

os princípios que são a base e diretriz a ser seguida.

2.4 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

A Consolidação das leis do Trabalho, os consideram como a fonte em que a Justiça do

Trabalho- JT, deve recorrer para resolver as omissões no campo das relações de trabalho,

logo, são gerados através do ordenamento jurídico, contendo as funções informativas,

normativa e interpretativa servindo tanto para o legislador ter um caminho a seguir ao

elaborar as leis, quanto para o interprete ao lançar as mesmas leis. (RESENDE, 2012, p. 21).

Existem os princípios que são comuns ao Direito em geral: o respeito à dignidade da

pessoa humana; a proibição do abuso do direito. Todo e qualquer contrato deve ser regido

pela boa-fé. Trata-se da lealdade recíproca, onde o trabalhador desempenha seu trabalho,

cumprindo sua parte no acordo e o empregador recompensando-o com a remuneração.

(MARTINS, 2009).

O princípio da proteção equilibra a relação empregatícia, conferindo alguma primazia

jurídica ao empregado, da irrenunciabilidade anula qualquer renúncia aos direitos trabalhistas,

da primazia da realidade, tem maior valor os fatos reais do que consta em documentos formais

e da continuidade que realça que o contrato de trabalho é tido como ajustado por tempo

indeterminado. (FUHRER,2011).

De acordo com Martins (2009, p. 61), consiste em aplicar igualdade ao Direito do

Trabalho, tratando de forma igual os iguais, e o desigual como tal. Costuma-se dizer que esse

princípio, decorre dos demais aplicáveis ao ramo juslaboral. Integram-se neste, três

subprincípios: a norma mais favorável; a condição mais benéfica; in dúbio pro operário.

Nascimento (2009, p. 126) elucida que, a prevalência da norma mais favorável ao

trabalhador, prevalece a hierarquia para solucionar o problema da aplicação das normas

jurídicas trabalhistas, quando duas ou mais normas operantes no caso concreto dispuserem

sobre a mesma matéria, caso em que será precedente a que favorecer o trabalhador.

Acrescenta-se o princípio do In dúbio pro operário, em que não se aplica

exclusivamente ao direito do trabalho, pois havendo dúvida, à primeira vista não pode se

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decidir a favor do empregado, tem-se que averiguar provas de acordo com as especificações

dos art.333, do CPC e 818 da CLT. (MARTINS, 2009, p. 90).

Imperativo mencionar que a regra, é que são irrenunciáveis, inderrogáveis e

indisponíveis os direitos trabalhistas pelo empregador, consagrando o princípio da

irrenunciabilidade dos direitos. Muitas vezes coagido pelo empregador, que não faz uso da

boa-fé sempre pensando na redução dos custos, o empregado tem também esta proteção. Um

exemplo, é a jornada de trabalho e suas regras bem como o descanso que o trabalhador tem

direito e muitas vezes não é seguido corretamente. (RESENDE, 2012, p. 34).

Corroborando Carrion (2009, p. 127) discorre que, o princípio da irrenunciabilidade

dos direitos trabalhistas “tem por finalidade fortalecer as conquistas diante da fragilidade do

trabalhador, que poderia abrir mão destas, realçando a indisponibilidade dos direitos

trabalhistas, sem, contudo, recusar a possibilidade de transações”.

Para a validação do contrato e dos direitos do empregado são em regra vedadas

quaisquer alterações que tragam prejuízo, porém as favoráveis são permitidas. Neste sentido

pontua o art 468 da CLT em que: “Nos contratos individuais de trabalho, só é licita a

alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não

resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula

infringente desta garantia”. (CARRION, 2009, p.338).

O princípio da primazia foi consagrado pelo art. 9°, da CLT, segundo qual “serão

nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a

aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.”

São privilegiados, portanto, os fatos, a realidade sobre a forma de acordo ou contrato,

primando pelo o que realmente aconteceu no mundo dos fatos em detrimento daquilo que foi

formalizado no Direito. É o triunfo da verdade real sobre a verdade formal. (RESENDE,

2012, p. 24).

Todos têm a necessidade do trabalho para sobrevivência. Na medida em que precisa

deste, é natural que se ponha à disposição do empregador com suas energias para garantir a

continuidade no emprego, sem que haja qualquer previsão de prazo em seu contrato, para isso,

o princípio da Continuidade da relação de emprego. (RESENDE, 2012, p.24).

Diante dessa realidade, o mesmo autor acrescenta que como o empregado depende de

remuneração para sua subsistência, ou seja, o salário proverá suas necessidades básicas

(alimentação, educação, moradia), há o princípio da intangibilidade, pelo qual não se admite a

restrição ou impedimento do salário ao empregado. Por esse motivo a Lei assegura ao

trabalhador o direito da disponibilidade do salário e usa de mecanismos específicos, tais como

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Irredutibilidade salarial (salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo, conforme

previsto no art. 7°,VI, da CRFB); Prazo determinado para pagamento (art. 459 e 466 da CLT);

Modo e local para pagamento dos salários (art. 465, da CLT); Vedação a descontos indevidos

(art. 462 da CLT); Impenhorabilidade dos salários como regra (art. 649,IV, do CPC);

Preferência dos créditos trabalhistas no caso de falência do empregador (Lei 11.101/2005).

(RESENDE, 2012, p. 33).

O contrato para ser válido deve seguir alguns requisitos essenciais.

a) Continuidade: O trabalho deverá ser continuo, sem que seja de qualquer jeito

eventual. É a relação jurídica da prestação de serviço, sendo um contrato de trato

sucessivo, com duração.

b) Subordinação: O empregado exerce sua atividade com dependência ao

empregado e dirigido por ele, não podendo então se encaixar este item ao autônomo,

que não é subordinado a qualquer empregador, pois exerce sua atividade com

autonomia.

c) Onerosidade: O contrato de trabalho não poderá ser gratuito, mas sim

remunerado ou oneroso. O trabalhador presta serviço e em contrapartida, o

empregador ao receber seu trabalho concluído ou serviços prestados, presta conta

remunerando-o.

d) Pessoalidade: O contrato de trabalho é insubstituível, ou seja, o empregado não

pode ser substituído por nenhuma outra pessoa, obrigando também, ser o empregado,

pessoa física, haja vista que não existe nenhum tipo de contrato de trabalho feito com

pessoa jurídica.

e) Alteridade: É a prestação de serviços por conta alheia, sendo o empregador

responsável. O empregado participa somente do lucro e não do prejuízo. Somente é

por conta própria quando denominado como autônomo. (MARTINS, 2009, p. 91).

Há alguns requisitos não essenciais onde o empregado pode ter um ou mais empregos,

não tendo a obrigação de exclusividade com seu empregador e sua escolaridade não é

obrigatoriedade, como já se conhece muito no país, o empregado pode não ter

profissionalização ou instrução. Poderá ser solicitado escolaridade, somente para determinado

tipo de profissão, como médico, advogado por exemplo. (MARTINS, 2009, p. 92).

Um contrato de trabalho feito dentro das normais respeita tanto aos requisitos, quanto

às características e modalidades.

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2.5 CARACTERÍSTICAS E MODALIDADES DO CONTRATO DE TRABALHO

“O contrato de trabalho é de direito privado, consensual, sinalagmático (bilateral),

comutativo (equivalência de prestações), de trato sucessivo, oneroso e subordinativo.”

(CARRION, 2009, p. 283).

Resende (2012), cita que são características: a) Contrato de direito privado (é de

direito privado, pois sua essência é de natureza privada); b) sinalagmático ou então bilateral e

comutativo, pois cria obrigações para ambas as partes; c) consensual é o acordo feito entre as

partes interessadas, com consentimento entre elas; celebrado intuitu personae (é necessária a

pessoalidade em relação ao empregado); de trato sucessivo (significa que haverá continuidade

após a prestação de serviço e do pagamento de salário); de atividade(ao contrário de resultado,

não visa a finalização do serviço); oneroso (pois o serviço prestado deve ser remunerado.);

dotado de alteridade (em que o empregado trabalha por conta do empregador).(RESENDE,

2012, p.249-250).

Suas modalidades são: Contrato tácito e contrato expresso; Contrato individual ou

contrato por equipe; Contrato por prazo indeterminado; Contrato por prazo determinado;

Contrato de experiência; Contrato por safra.

Pontua-se ainda para que um contrato de trabalho não infrinja a legislação é pertinente

analisar a jornada de trabalho.

“A jornada normal é o lapso durante o qual o empregado deve prestar serviço ou

permanecer à disposição, com habitualidade, excluídas as horas extraordinárias; nesse sentido

amplo, é diária e semanal.” (CARRION, 2009). Ou seja, é o tempo em que o empregado se

põe a disposição ao empregador para lhe prestar serviço. (RESENDE, 2012).

“A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,

não excederá de oito horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite”.

(CARRION, 2009, p. 106).

Segundo Nascimento (2009, p. 279) há três conceitos de jornada diária de trabalho: a)

Teoria da jornada de trabalho como tempo efetivamente trabalhado: onde não é contado a

paralisação entre os turnos diários do empregado, mas sim, o tempo de trabalho efetivamente

cumprido; b) do tempo à disposição do empregador: é o tempo em que o empregado fica a

disposição do empregador. Um exemplo é o trabalhador ser dispensado por falta de produção,

suas horas de dispensa serão também computadas na jornada pois estava à sua disposição.

(RESENDE, 2012); c) do tempo in itinere: art.58 da CLT impõe “o tempo despendido pelo

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empregado até o local do trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não

será computado na jornada de trabalho”.

Carrion (2009), esclarece que horas itinere: “É considerado como trabalho efetivo o

tempo gasto pelo empregado, utilizando meios propiciados pelo empregador, no

deslocamento até o lugar de sua atividade, e retorno, quando inexistente transporte público

regular e o transporte é fornecido pelo empregador”.

Exemplificando, têm-se “Roberto tem uma jornada contratual de 8 horas diárias mas

gasta 1 hora no trajeto de casa – trabalho, sendo que o empregador fornece a condução e o

local não é servido de transporte público regular. Logo, o empregado gasta duas horas diárias

de deslocamento (ida e volta), horas estas que são somadas à sua jornada de trabalho efetivo.

Sendo assim, o mesmo tem jornada de 10 horas, pelo que as duas horas excedentes da jornada

normal devem ser remuneradas como extraordinárias. Além disso, as horas in itinere, no caso,

inibem a prestação de horas suplementares de trabalho, pois o empregado citado já cumpre

diariamente o máximo de prorrogação (2 horas)”. (RESENDE, 2012, p. 321).

O tempo à disposição deve ser observado sobre dois aspectos ainda, como sobreaviso

e a prontidão.

“Sobreaviso é a jornada de trabalho, na qual o empregado mesmo sem a execução de

serviços, permanece à disposição do empregador, para a substituição de empregado, ou para

execução de serviços imprevistos”. (NASCIMENTO, 2009, p. 286).

Resende (2012, p. 327), detalha ainda que, “a duração máxima do tempo de sobreaviso

é de 24 horas e deve ser remunerado à razão 1/3 da hora normal de trabalho”.

Como afirma Carrion (2009), “é o caso do zelador com telefone em sua própria casa,

que se limita a atender ao chamado e alertar os demais empregados para prestarem o serviço.

Entre os dois extremos absurdos, de considerá-los à disposição da empresa durante as 24

horas do dia, ou somente minutos em que realmente é convocado, o juiz deve estabelecer a

solução justa no caso concreto.

A prontidão, como informa Nascimento (2009, p. 286), “é a jornada de trabalho na

qual o empregado fica nas dependências da empresa sem trabalhar, aguardando ordens de

serviço”.

3 TRABALHO ILÍCITO E PROIBIDO

Aborda-se nestes próximos tópicos sobre os trabalhos ilícitos e proibidos e seus

conceitos, exemplificando como acontecem atualmente e suas conseqüências jurídicas.

Page 14: MONOGRAFIA

13

3.1 TRABALHO ILÍCITO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

O contrato de trabalho em que pese acalentado pelo Direito do Trabalho, utiliza-se dos

parâmetros estabelecidos no Direito Civil para fixação da sua legalidade e validade. Assim,

para que um contrato de trabalho seja lícito deverá, em princípio, atender ao requisito do

artigo 104 do Código Civil, qual seja, objeto lícito. (CARVALHO, 2013).

Caso o contrato não atenda aos requisitos do art. 104, CC/02, por possuir objeto de

atividade ilícita e por sua vez o não reconhecimento do vínculo empregatício. É vedado

qualquer tipo de trabalho em atividade cujo objeto é ilícito, entendendo-se como, tudo que é

contrário à moral e bons costumes. Considera-se nulo de plenos direitos, ou seja, não gera

nenhum efeito, invalidando o ato desde seu nascimento, por esse motivo, sendo nulo, o

contrato de trabalho não gera direitos, nem obrigações entre as partes. Porém a nulidade de

tais contratos, não acarreta a negação plena dos efeitos jurídicos do ato,que por sua vez obriga

o empregador a cumprir as leis trabalhistas, tais como a indenização ao trabalhador por seu

trabalho exercido.(FERREIRA, 2010).

No art.166, CC/02, cita:

É nulo o negócio jurídico quando:

I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II – for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III –o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;

IV – não revestir a forma prescrita em lei;

V –for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade;

VI –tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VIII–a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar

sanção.

Martins (2005, p.137) comenta, (...) “o fato de ser ilícita a atividade do empregador,

não contamina o empregado, que está de boa-fé, cumprindo com suas obrigações contratuais.

(...) se há desconhecimento de uma pessoa de ilicitude do ato, para ela o negócio jurídico é

válido.” Sendo assim, se em um serviço terceirizado ou não, a pessoa desconhece a ilicitude

da atividade, reconhece-se o vínculo pela boa fé do empregado.

Carvalho (2013), cita que a doutrina majoritária entende que se ilícito o objeto, os

agentes estarão sujeitos ao desfazimento do negócio. Pontua-se como atividades ilícitas no

entender de Barros (2007, p. 242) que exemplifica sobre a Prostituição (por ser contrária aos

bons costumes, não gera vinculo empregatício. “A ilicitude do trabalho faz nulo o contrato

quando ele consiste em atração de freguesia ou em ocultação ou cumplicidade”);

Page 15: MONOGRAFIA

14

Tem-se ainda o jogo do bicho (o TRT- 6° Região, que reconhecem o vínculo

empregatício e defendem a não nulidade, por haver trabalhadores que extraem seu sustento

deste trabalho, porém há muitos doutrinadores que entendem que o melhor posicionamento do

tribunal é o não reconhecimento do vínculo empregatício, não contrariando a legislação civil.)

(FERREIRA, 2010).

Carvalho (2013) discorre que contrabando é a comercialização de produtos nacionais e

importados sem o pagamento dos tributos correspondentes.

É muito utilizado atualmente, devido ao crescimento da comercialização de produtos

nacionais e importados sem o pagamento de devidos tributos, aumentando a lucratividade

para quem o comercializa mesmo que ilegalmente. (FERREIRA, 2010).

Por fim menciona-se a pirataria e falsificação (falsificação e comercialização de CDs,

produções de objetos, caracterizando-se por fraude, mais uma vez, um ato ilícito, em que não

se gera nenhum tipo de relação de emprego.); tráfico de drogas (o objeto de contrato é nulo,

uma vez que a venda de drogas e entorpecentes é um ato ilícito, porém há uma exceção para a

pessoa que não trafica, mas somente é usuário de droga, neste caso o reconhecimento do

contrato é anulável por tratar de um incapaz, apesar de incidir pena mesmo que seja de menor

idade.(FERREIRA, 2010, p. 68-70).

Há exceção quanto ao trabalho ilícito, em que o trabalhador não tenha o conhecimento

de que a atividade exercida pelo empregador é ilícita, agindo de boa–fé. Neste caso, o vínculo

será reconhecido e o empregado receberá todas as verbas a que tiver direito. (FERREIRA,

2010).

A doutrina majoritária entende que como consequência lógica da ilicitude do contrato

não ensejará no reconhecimento do vínculo empregatício e, portanto, ausentes as garantias e

verbas dele decorrentes. (CARVALHO, 2013).

Assim, não é possível o reconhecimento da relação de emprego quando o objeto do

contrato for uma atividade ilícita, sendo o mesmo nulo, porém o salário pago ao empregado

não poderá ser devolvido, e ser ainda não estiver sido pago, não terá direito de reclamá-lo,

assim como as verbas rescisórias. (FERREIRA, 2010).

3.2 TRABALHO E ATIVIDADES PROIBIDAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS

É o trabalho irregular, que contém seu objeto lícito, porém o agente não é capaz. A

maior diferença entre o trabalho ilícito e proibido, é que no primeiro, considera-se o interesse

público, em regra geral o trabalhador não terá direito a reclamação de suas verbas rescisórias,

Page 16: MONOGRAFIA

15

visto que a nulidade decorre do seu objeto ser ilícito, já no proibido, predomina o interesse

privado, sendo que o trabalhador poderá reclamar o recebimento de tais verbas pelo serviço

prestado. (FERREIRA, 2010).

Martins (2005, p.136) discorre no caso do trabalho proibido, não há como justificar a

nulidade total do pacto laboral. Ao contrário, trata-se de um ato jurídico anulável, em que

prepondera o interesse privado individual (...). Nas atividades proibidas, embora seja anulável,

são produzidos efeitos jurídicos.

Ocorrendo a situação de trabalho proibido o vínculo deve ser reconhecido pela lógica

binomial que: a proibição existe para proteger o trabalhador e portanto, a ausência de

reconhecimento do vínculo e das garantias econômicas decorrentes implicaria em enorme

prejuízo ao empregado; outro ponto é que a ausência deste reconhecimento implicaria em

necessário enriquecimento ilícito. (CARVALHO,2013).

A lei protege de forma especial a incapacidade do agente, e certas peculiaridades de

ordem fisiológicas, segurança, salubridade, moralidade e cultura. É tratado como um vício

quanto à capacidade do agente que é incapaz para celebrar qualquer tipo de trabalho ou

contrato jurídico, salvo nas condições permitidas pela lei. A mesma impede que seja exercido

o trabalho em certas circunstâncias ou condições e, desde que esta proibição não decorre da

moral ou dos bons costumes. (FERREIRA, 2010, p. 74).

Como atividades proibidas encontra-se o trabalho do menor, onde a Lei Federal

8069/90, define que até 12 anos incompletos considera-se criança e a partir dessa idade até 18

anos adolescente. Com essa definição a Emenda constitucional n° 20/98, modificou a idade

mínima para ingresso ao mercado de trabalho é de 16 anos. Com isso, a Constituição Federal

em art. 7°, firmou a capacidade: “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a

menores de dezoito anos e qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição

de aprendiz a partir dos quatorze”.(FERREIRA, 2010)

Sendo assim, neste trabalho citado acima, requer a necessidade de maior proteção ao

menor que encontra-se guarida no fato dele encontrar-se em desenvolvimento não podendo

ser exposto a atividades que causarão danos a sua saúde e seu desenvolvimento mental, físico

e social. (CARVALHO, 2013)

O policial militar que nas horas vagas presta serviços como segurança em casas

noturnas, ou em outros estabelecimentos comerciais, está sujeito às penalidades previstas no

estatuto militar, ou seja, o serviço que o policial presta a uma empresa privada, não é ilícito,

contudo se o mesmo trabalhar nas horas de folgas e se houver alguma proibição ou restrição

por parta da corporação, cabe a esta estabelecer a punição. (FERREIRA, 2010).

Page 17: MONOGRAFIA

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Diferentemente do trabalho ilícito, no trabalho proibido o objeto do contrato é licito, o

que provavelmente tornou de fácil reconhecimento do vinculo gerando todos os direitos ao

empregado, sejam nos reconhecimentos do trabalho insalubre do menor, no reconhecimento

do vinculo do policial militar e até mesmo do reconhecimento do vinculo de servidor público

independente da aprovação em concursos públicos. (CARVALHO, 2013).

Entende-se que como o objeto do trabalho proibido é lícito, se reconhece o vínculo

entre o empregado e empregador. Mesmo a obrigação sendo nula, o contrato não o é, logo o

trabalhador tem direitos de reclamar o salário e direitos referentes ao serviço prestado, como

antes citado, a atividade é lícita, portanto gera todos os direitos ao trabalhador. Assim

acontece com o contrato com menor incapaz, o contrato é válido, portanto a lei deve ser

interpretada em favor do menor, que tem direito a receber suas verbas rescisórias e aos que

exerçam atividades insalubres ou noturnas, receber também os adicionais de insalubridade e

periculosidade. (FERREIRA, 2010, p.72).

Para melhor exemplificar os tipos de trabalhos e atividades ligadas segue tabela

abaixo:

TIPOS DE TRABALHOS ATIVIDADES

ILÍCITO

- Prostituição

- Contrabando

- Tráfico de drogas

- Jogo do Bicho

- pirataria

- falsificação

- Condição análoga a de escravo

PROIBIDO

- Trabalho de menores de idade / insalubre

- Policial militar (reconhecimento do vínculo

empregatício com empresa privada)

4 TRABALHO ILÍCITO, PROIBIDO, CONDIÇÕES ANÁLOGAS A DE ESCRAVO E

A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

“A escravidão no Brasil foi extinta oficialmente em 13 de maio de 1888. Todavia, em

1995 o governo brasileiro admitiu a existência de condições de trabalho análogas à

escravidão”. (CAMARGO, 2014).

Page 18: MONOGRAFIA

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De acordo com o artigo 149 do Código Penal- CP, preconiza as condições degradantes

de trabalho, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais que coloquem em risco a

saúde e a vida de trabalhador, também configuram como trabalho análogo à escravidão.

(GUERRA, 2014).

O art 2° da Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho- OIT menciona a

expressão “trabalho forçado ou obrigatório”, conforme a seguinte disposição: Para fins da

presente Convenção, a expressão “trabalho forçado ou obrigatório” designará todo trabalho ou

serviço exigido de um indivíduo sob ameaça de qualquer penalidade e para o qual ele não se

ofereceu de espontânea vontade. (GARCIA, 2011).

O trabalho escravo foi definido no seu art.149 da seguinte forma: “Reduzir alguém a

condição análoga a de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada

exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por

qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”.

(MIRABETE, 2007, p. 170).

O elemento principal para a existência do trabalho escravo é a restrição à liberdade.

Isto porque , quando existe este elemento,em situação de labor, este fato impossibilita o

trabalhador de se libertar de tal condição, agravando ainda mais sua condição de escravo.

(PASTORE, 2014).

“Trata-se de um crime doloso em que se exige a consciência do agente de estar

reduzindo alguém a um estado de submissão por uma das formas previstas no artigo 149”.

(MIRABETE, 2007, p. 173).

Outro elemento que configura o trabalho escravo é a jornada qual o trabalhador é

submetido a um esforço excessivo, que acarreta danos à saúde ou a risco à sua vida. Não é a

quantidade de horas, mas a exigência de seu corpo além dos limites. Em geral a situações

degradantes que em conjunto são incompatíveis com a dignidade humana, o que caracteriza o

trabalho análogo à escravidão. (GUERRA, 2014).

Um importante passo ao combate à exploração do trabalho escravo, aconteceu em

2003 por meio da Lei n° 10.803, o qual passou a explicitar as situações em que se configura à

condição análoga a de escravo. Com isso, a submissão de trabalhos forçados, jornada

exaustiva, condições degradantes, à restrição da locomoção, configuram o crime de redução a

condição análoga a de escravo. (CARNEIRO, 2014).

A pena para este tipo de crime é reclusão de 2 anos a 8 anos, multa, além da pena

correspondente à violência. Nas mesmas penas incorrem: I) cerceia o uso de qualquer meio

de transporte com o fim de reter o trabalhador no local de trabalho; II) Mantêm vigilância

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18

ostensiva ou se apodera de documentos e objetos pessoais do trabalhador. A pena é

aumentada de metade, se o crime é cometido se contra criança ou adolescente, por motivo de

preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. (FILHO, 2014).

Ao lado do trabalho forçado, o trabalho em condições degradantes configura uma das

formas mais graves de violação da dignidade humana. É grande o contingente de

trabalhadores brasileiros que vivem e trabalham em condições subumanas, amontoados em

alojamentos pequenos, sem ventilação, sujos e sem mínimos de higiene, alimentação decente,

entre outras necessidades humanas. (MELO, 2014, p. 30).

Camargo (2014) comenta que o trabalho escravo não existe somente no meio rural,

ocorre também nas áreas urbanas, nas cidades, porém em menor intensidade e sua erradicação

passa pelo cumprimento das leis existentes, porém isso não tem sido suficiente para acabar

com esse flagelo.

O Projeto de Lei do Senado – PLS, ao excluir o trabalho degradante como uma das

modalidades de trabalho escravo da atualidade, incide em manifesto retrocesso social, não

admitido pela Constituição Federal de 1988, contrariando a previsão legal, já mencionado no

art. 149. Este Projeto de Lei acaba ignorando a previsão do art. 5° da Constituição da

República, no sentido de que “ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento desumano

ou degradante”. (GARCIA, 2014, p. 34).

O Brasil vem sendo festejado em todo mundo pelas boas práticas no enfrentamento ao

trabalho escravo contemporâneo. Em 5 de junho de 2014 foi aprovada a Emenda

Constitucional n°81, que modificou o art. 243 da Constituição da República de 1988, dando

dispositivo nova redação que estabelece a expropriação de propriedades urbanas e rurais em

que se verifique a prática de trabalho escravo. (MELO, 2014).

Marés (2003), afirma que a razão pela qual se justifica expropriar e não desapropriar

os imóveis onde não esteja sendo cumprida sua função social, decorre do fato de que a

desapropriação estaria remunerando a mal usada propriedade, isto é, premiando o

descumprimento da lei.

“Limita-se o reconhecimento da existência de trabalho escravo a dois únicos

pressupostos: trabalho forçado e cerceamento de locomoção. Uma das emendas propostas ao

Projeto de Lei do Senado – PLS, é o reconhecimento da existência de trabalho escravo a partir

da sujeição mediante violência, ameaça ou fraude, a jornada exaustiva ou condições

degradantes de trabalho”. (CARNEIRO, 2014, p. 33).

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A fim de implementar o combate a essa atividade perniciosa, o Ministério do Trabalho

e emprego – TEM, adotou a Instrução Normativa n°91/2011, dispondo sobre a fiscalização

para a erradicação do trabalho em condição análoga a de escravo. (FILHO, 2014).

“É preciso, relevante e urgente que se acabe com essa exploração do homem pelo

homem que ainda se verifica no século XXI no Brasil. Não basta a lei penal já existente, pois

já não ameaça mais os empregadores, uma vez que utilizam desta forma desumana de trabalho

para ampliar sua produção e na verdade, quase ninguém é condenado à prisão”. (MACIEL,

2014, p.36).

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a elaboração do presente artigo, realizou-se uma pesquisa de natureza básica,

quanto ao método de abordagem é indutiva e a abordagem qualitativa. Quanto aos objetivos

classifica-se como uma pesquisa exploratória, descritiva. Com procedimentos técnicos

classificados como bibliográfica e documental.

A pesquisa é básica, pois não foram citados casos determinados, mas sim, o tema geral

envolvendo fatos reais e de interesse social, demonstrado na fundamentação com os tipos de

contratos e regras. Para Cervo (2002, p. 65), “Na pesquisa pura ou básica, o pesquisador tem

como meta o saber, buscando satisfazer a uma necessidade intelectual pelo conhecimento”.

A abordagem utilizada foi indutiva, pois as informações apresentadas partiram de

dados teóricos e fatos. Segundo Pereira, (2007) “A indução tem sido utilizada para justificar a

maioria das leis e teorias científicas. O método indutivo parte da experiência de casos

particulares para a generalização ou universalização; ou seja, as conclusões são mais

abrangentes que as premissas”. Foi também utilizada a pesquisa qualitativa, como citado no

quarto tópico, considerando o tema de interesse à sociedade, buscou-se o conhecimento do

problema sem necessitar de aplicações práticas e informações estatísticas. Gil (1999, p. 78)

afirma que no método qualitativo, “os pesquisadores que adotaram essa orientação se

subtraíram à verificação das regularidades para se dedicarem à análise dos significados que os

indivíduos dão às suas ações”.

Quanto aos objetivos do trabalho, utilizou-se pesquisa exploratória e descritiva, de

modo a tornar o tema explícito aos cidadãos através dos levantamentos citados sobre os

trabalhos ilícitos e proibidos. Segundo Cervo (2002), a pesquisa exploratória não requer a

Page 21: MONOGRAFIA

20

elaboração de hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e

buscar mais informações sobre determinado assunto.

Os procedimentos técnicos utilizados foram feitos por meio de pesquisa bibliográfica,

elaborada a partir de materiais publicados, constituindo-se principalmente de livros, citados

com referências no decorrer da fundamentação teórica; artigos, atualmente disponibilizados

na internet e revistas jurídicas atuais, citados no discorrer do tema. Gil (2010, p.29), comenta

que “a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. Praticamente

toda pesquisa acadêmica requer em algum momento a realização de trabalho que pode ser

caracterizado como pesquisa bibliográfica”.

Cervo (2002), procura explicar um problema a partir de referências teóricas e analisar

as contribuições culturais ou científicas do passado sobre determinado assunto.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer deste artigo foi possível analisar a teoria e a prática de como é aplicado a

legislação no Brasil quanto aos tipos de contratos de trabalhos e suas normas. Foi abordado

um tema importante e atual para o conhecimento de estudantes, empresários e da população

em geral, que é condição análoga a de escravo, ou entendido também como, trabalho escravo

e forçado.

O trabalho escravo é praticado na maioria dos casos, por proprietários de terras para

fins de lucro fácil e valor baixo em mão de obra, que caracteriza os dois termos abordados

nesta pesquisa: trabalho ilícito e proibido. Constatou-se que essa prática, mesmo depois de

extinta em 1888, ainda acontece, principalmente no Brasil. Aqui no país, o trabalho escravo

resulta da soma do trabalho degradante e a privação de liberdade, podendo ser caracterizado

pelo trabalho forçado com o recrutamento para trabalhar em regiões distantes apoderando de

documentos e objetos pessoais, bem como pelo cerceamento do uso de qualquer meio de

transporte ou muitas vezes cárcere, mantendo os trabalhadores em péssimas condições de

habitação, alimentação e higiene, violando a dignidade humana desses trabalhadores.

Os mecanismos hoje existentes para a fiscalização e atuação do Ministério Público

nessas áreas, não conseguiram excluir esse verdadeiro crime. Contudo, houve um avanço

social, com a nova redação dada ao art. 243 da Constituição Federal, que foi a Emenda

Constitucional n° 81, de 5 de junho de 2014, que prevê a expropriação das terras rurais e

urbanas onde for localizada a exploração de trabalho escravo, e a destinação destas terras à

reforma agrária, diferentemente da redação anterior do citado art. 243, que penalizava com

Page 22: MONOGRAFIA

21

expropriação de propriedades rurais e urbanas, onde somente fossem encontradas culturas

ilegais de plantas psicotrópicas e tráfico ilícito de entorpecentes.

Entretanto, há a espera da aprovação do Projeto de Lei do Senado n° 432 que trata da

definição de trabalho escravo e entre as emendas, a solicitação da definição de jornada

exaustiva de trabalho ou a condições degradantes de trabalho, sendo esta uma regulamentação

pendente e urgente, mas não a causa justificadora para a perpetuação deste vergonhoso ato de

exploração da mão de obra.

Por fim, espera-se que esta pesquisa seja apenas uma de muitas acerca deste tema de

tamanha importância e sirva para o conhecimento desta ferida. Que os parlamentares

brasileiros, únicos e exclusivos responsáveis, cuidem de tornar a esperança de erradicar o

trabalho forçado e a punição em realidade e que façam leis necessárias para tanto.

JOB DESCRIPTION: ESSENTIAL ELEMENTS AND NULLITIES ILLICIT

AND FORBIDDEN WORK

ABSTRACT

Even with many rules and principles that protect the employee, there are still many illegalities

in employment contracts that make them irregular, illicit, banned and in conditions analogous

to those of a slave. The exploitation, forced labor that happens currently, for many people is

unknown and there are differences regarding slavery from antiquity. However, both

situations, affront the dignity of the human person, being contrary to the principle of

valorization of social work. This article aims to clarify, on labor rights, the essential elements

and the nullities on illicit work and banned, similar to those of a slave conditions, bringing out

the reality of workers subject to degrading conditions of work and pass the importance of

perception and evaluation of procedures adopted by companies and their labor practices.

Clarifies the importance of the actions currently carried out by public bodies to revert this

picture, and social progress with the constitutional amendment n° 81/14 establishing the

expropriation of lands where there is this kind of work, regularizing the conditions of these

workers, causing the know and enforce your rights. The methodology applied is divided into

nature of work applied with method of inductive approach, qualitative approach, objectives

with exploratory research and technical procedures with origin of bibliographical sources,

which aim to clarify the characteristics of that theme, crafted from literature that

conceptualize and are the object of this article. What noted, is that there are still many

shortcomings in the 21st century. XXI, because work contracts distort the standards.

Keyword: Work. Tort Or Delict. Analogous. Forbidden. Labour rights.

Page 23: MONOGRAFIA

22

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