Upload
fernando-sousa
View
95
Download
26
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
INCIDÊNCIA DA INDICAÇÃO DE FISIOTERAPIA NA MAMOPLASTIA DE
AUMENTO
DANUSA PAULO
BLUMENAU
2006
DANUSA PAULO
INCIDÊNCIA DA INDICAÇÃO DE FISIOTERAPIA NA MAMOPLASTIA DE
AUMENTO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Regional de Blumenau, como requisito parcial para a obtenção do grau de Fisioterapeuta.
Prof. Cyntia Leila Stiz Gessner – Orientadora
BLUMENAU
2006
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter iluminado meu caminho, dando a sabedoria e inteligência necessárias
para seguir em frente com força e garra;
Aos médicos participantes da pesquisa, pela colaboração, paciência e atenção;
À professora Cyntia, que mais que uma orientadora, foi paciente e amiga nas horas em
que necessitei... Meus sinceros agradecimentos e admiração;
Aos meus pais João e Ivonildes, que estiveram sempre ao meu lado, dando força, amor
e carinho para que eu nunca desistisse e alcançasse meus objetivos;
Ao meu namorado João Caetano, que por tantas vezes me apoiou e compreendeu a
minha ausência ao seu lado.
A todos que de uma forma ou de outra, me apoiaram, incentivaram e deram força para ir
em frente e acreditar que isso se torna-se realidade.
A única maneira de descobrir os limites do possível está em aventurar-se um pouquinho pelos cenários do impossível.
Arthur Clarke
RESUMO
As mamas representam o símbolo de feminilidade e sexualidade. Com a evolução dos conceitos de beleza e feminilidade, criou-se a necessidade de elas estarem esteticamente aceitáveis, tanto quanto a forma quanto ao tamanho. Em função das mudanças de costume e do tipo de vestuário, esses aspectos devem ser observados, seja com a mulher vestida ou nua. As mamas pequenas, principalmente quando em desarmonia com a silhueta corporal, provocam um grande desconforto psicológico que pode afetar o grau de feminilidade, restringindo o tipo de vestimenta e, eventualmente, algumas atividades sociais. Um dos maiores inconvenientes do silicone era o seu endurecimento, ou seja, a contratura capsular. Quando o implante é colocado, uma cápsula é produzida ao seu redor, no intuito de mantê-lo isolado do restante do organismo. Caso ocorra uma reação do organismo contra a presença do implante de silicone, essa cápsula começa a espessar-se e contrair, transformando-o em uma esfera, e a mama adquire um formato arredondado e endurecido, trazendo, evidentemente, um prejuízo para a forma e a consistência das mamas. Os objetivos deste trabalho são verificar a incidência da indicação de fisioterapia no pré e pós-operatório de cirurgia de mamoplastia de aumento por médicos da cidade de Blumenau – SC, analisar a forma desta indicação, bem como verificar quais são os tipos de recursos fisioterápicos aplicados e o seu período de tratamento. A metodologia foi baseada qualiquantitativamente por meio de um questionário aplicado à amostra da pesquisa constituída por 5 médicos, onde obteve-se assim, os dados apresentados em forma de tabelas. Concluiu-se que a incidência da indicação de fisioterapia no pós-operatório é de 80%, sendo que nenhum dos médicos participantes indicam a fisioterapia pré-operatória. A respeito do conhecimento dos mesmos em relação à fisioterapia aplicada a cirurgia plástica de mamoplastia de aumento, estes revelaram conhecer apenas a drenagem linfática manual como tratamento.
Palavras-chaves: cirurgia plástica. mamoplastia de aumento. pré e pós-operatório. fisioterapia dermato-funcional.
L ISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tabela 1 – Caracterização da amostra............................................................................................31
Tabela 2 – Número de cirurgias realizadas.....................................................................................32
Tabela 3 – Especificações cirúrgicas..............................................................................................33
Tabela 4 – Indicações e tratamento fisioterapêutico.......................................................................34
Tabela 5 – Encaminhamento e conhecimento do tratamento fisioterapêutico...............................36
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 8
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA .......................................................................................... 9
1.2 QUESTÕES DE PESQUISA ........................................................................................... 9
1.3 OBJETIVOS..................................................................................................................... 9
1.3.1 Geral ................................................................................................................................. 9
1.3.2 Específicos...................................................................................................................... 10
1.5 JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA ........................................................... 10
2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................... 12
2.1 AS MAMAS E A CIRURGIA PLÁSTICA ................................................................... 12
2.1.1 Localização do implante e incisões.................................................................................15 2.1.2 Tipos de prótese e suas reações no organismo................................................................17 2.1.3 Cuidados pós operatórios................................................................................................20 2.2 FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL. ............................................................... 22
3 MÉTODO DE PESQUISA .......................................................................................... 29
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA............. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ....................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS.......................................................... 30
4 RESULTADOS DA PESQUISA ................................................................................. 31
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES................................................................................ 38
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................... 40
APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO................ 41
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO DE PESQUISA ............................................................... 42
8
1 INTRODUÇÃO
A cirurgia plástica moderna tornou-se uma verdadeira arte, que tem como
principal objetivo melhorar a auto-estima e, assim, aumentar a auto-aceitação e o prazer
de viver de quem a realiza. Na maioria dos casos, não é apenas a vaidade que leva
alguém a procurar uma cirurgia plástica; trata-se também de uma questão de
necessidade psicológica.
Os limites entre o que é cirurgia reparadora e o que é cirurgia estética são
muito tênues. A cirurgia reparadora busca estabelecer a normalidade enquanto a cirurgia
estética, além da normalidade, busca a harmonia. A cirurgia estética é fruto do
progresso da cirurgia em todos os seus aspectos, incluindo a anestesia, o controle da
infecção e a reposição das perdas hidroletrolíticas e sangüíneas. Trata-se de uma
cirurgia eminentemente eletiva que só deve ser empreendida em pacientes com estado
clínico equilibrado.
As mamas representam o símbolo de feminilidade e sexualidade. Com a
evolução dos conceitos de beleza e feminilidade, criou-se a necessidade de elas estarem
esteticamente aceitáveis, tanto quanto à forma quanto ao tamanho. Em função das
mudanças de costume e do tipo de vestuário, esses aspectos devem ser observados, seja
com a mulher vestida ou nua.
As mamas pequenas, principalmente quando em desarmonia com a silhueta
corporal podem provocar um grande desconforto psicológico que pode afetar o grau de
feminilidade, restringindo o tipo de vestimenta e, eventualmente, algumas atividades
sociais.
Nos últimos anos, as operações plásticas tornaram-se mais rápidas e seguras
graças ao avanço da medicina em todos os campos. Isso as tornou também mais comuns
9
e tem suscitado crescente interesse de profissionais e estudantes por uma especialidade
que requer a ação competente voltada para o tratamento no pré e pós-operatório.
A cirurgia de aumento das mamas com o emprego dos implantes mamários de
silicone tornou-se muito freqüente em nosso meio.
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA
Qual é a incidência de indicação de fisioterapia no pré e pós operatório de
cirurgia de mamoplastia de aumento por médicos da cidade de Blumenau – SC.
1.2 QUESTÕES DE PESQUISA
As questões de pesquisa que norteiam este estudo são as seguintes:
a) qual é o tipo de indicação fisioterapêutica, pré-operatória, pós-operatória
ou as duas?
b) o médico faz algum tipo de indicação fisioterapêutica, qual o tipo e qual o
conhecimento dele nessa área?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Geral
Verificar a incidência da indicação de fisioterapia no pré e pós-operatório de
cirurgia de mamoplastia de aumento por médicos da cidade de Blumenau - SC.
10
1.3.2 Específicos
a) analisar a forma da indicação de fisioterapia no pré e pós-operatório de
cirurgia de mamoplastia de aumento;
b) verificar quais são os tipos de recursos fisioterápicos aplicados bem como o
seu período de tratamento;
1.4 JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA
A parceria de um fisioterapeuta é fundamental na complementação da
atividade médica, pois visa endossar as indicações feitas pelo cirurgião, oferece apoio
ao cliente/paciente e orienta quanto à utilização de técnicas e cosméticos mais
indicados.
Um dos maiores inconvenientes do silicone é o seu endurecimento, ou seja, a
contratura capsular. Quando o implante é colocado, uma cápsula é produzida ao seu
redor, no intuito de mantê-lo isolado do restante do organismo. Caso ocorra uma reação
do organismo contra a presença do implante de silicone, essa cápsula começa a
espessar-se e contrair, transformando-o em uma esfera, e a mama adquire um formato
arredondado e endurecido, trazendo prejuízo para a forma e a conscistência das mamas.
As mamas hipodesenvolvidas ou que tenham sofrido reduções devido à gravidez
ou perda de peso, podem ser aumentadas com a colocação de próteses. Estas podem ser
posicionadas ântero ou retromusculares através de incisões que são feitas conforme a
escolha do cirurgião juntamente com a paciente. As incisões são realizadas ao nível
infra-areolar ou sulco infra-mamário e tendo ainda a opção da região axilar.
11
Principalmente nesta última técnica descrita, deve-se evitar movimentos bruscos,
garantindo assim, o sucesso da cirurgia. A angulação de movimento dos braços é
definida pela própria paciente através do limiar de dor. É neste movimento dos braços
que o fisioterapeuta irá interferir para garantir um retorno precoce e sobretudo, seguro,
para a paciente, para as suas atividades normais de vida diária e à sociedade.
Na maioria dos casos, não é apenas a vaidade que leva alguém a procurar uma
cirurgia plástica; trata-se de uma questão de necessidade psicológica. Hoje, ser saudável
não significa apenas estar livre de doenças; é também, viver satisfeito e feliz com sua
aparência. Visto isso, é fundamental um diálogo com o cirurgião, para que o paciente se
conscientize do que a cirurgia pode lhe oferecer.
A presente pesquisa justifica-se pelo fato de que, com a crescente integração do
profissional fisioterapeuta, voltado à área estética em consultórios e clínicas de cirurgia
plástica, sua participação nos cuidados pré e, principalmente pós-cirúrgicos tornou-se
naturalmente maior.
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 AS MAMAS E A CIRURGIA PLÁSTICA
Explicar a beleza é muito difícil. Ela não reside apenas na perfeição da forma
mas, antes, no equilíbrio entre vários elementos. Este equilíbrio faz com que haja certa
uniformidade na avaliação, independentemente de fatores circunstanciais, tais como
raça, geografia, sexo ou época. Um corpo harmônico será assim considerado em
qualquer região do planeta ou qualquer época da história. Há variações nessa avaliação,
condicionadas a aspectos sociais ou regionais, que caracterizam mais um modismo do
que um conceito. A cirurgia estética deve fugir desse modismo e prender-se às
características pessoais que podem ser melhoradas. Caso contrário, quando a moda
mudar, nova cirurgia será necessária.
As glândulas mamárias são próprias dos mamíferos, destinando-se a produção
de leite para a alimentação do recém-nascido. Nos seres humanos existem em número
de duas, situadas em posição simétrica na face anterior do tórax. Sua conformação
anatômica varia de acordo com o sexo, pois só na mulher atingem o desenvolvimento
completo, sendo, juntamente com seu revestimento cutâneo, denominadas mamas ou
seios. Ocupam o espaço compreendido entre a 3ª e a 7ª costela, ao lado do esterno, em
posição anterior aos músculos peitorais. Apresentam na sua porção mais proeminente a
aréola mamária, de forma circular, a qual possui no centro uma saliência, o mamilo
(GOFFI, 1997).
Para Dângelo e Fattini (2000), a papila mamária é uma projeção onde
desembocam os 15 a 20 ductos lactíferos dos respectivos lobos da glândula mamária. A
papila é composta principalmente de fibras musculares lisas, podendo tornar-se rija. A
13
papila da mama é abundantemente inervada. Ao redor da papila há uma área de maior
pigmentação – a aréola mamária onde existem glândulas sudoríparas e sebáceas, estas
formando pequenos tubérculos.
Conforme Goffi (1997), a influência hormonal exercida sobre as mamas na
puberdade, gravidez, lactação e menopausa, bem como o tecido adiposo que envolve o
parênquima glandular podem alterar sua forma e volume, determinando aumento ou
atrofia, com as formas cônica, achatada ou pêndula. A ação hormonal pode predominar
sobre uma das glândulas mamárias, ocasionando a assimetria de forma e volume. O
limite da face anterior da mama é evidenciado na parte inferior da glândula, pelo sulco
submamário, o qual tem importância cirúrgica para o acesso à face posterior da mama.
A aréola mamária, de coloração rósea ou escura de acordo com o tipo racial, apresenta
diâmetro de 2,5 a 5cm. A linha correspondente à circunferência da aréola é adequada
para incisões de acesso à mama, pelo aspecto estético da cicatriz resultante, a qual
permanece dissimulada pela mudança de coloração da pele neste nível.
Para Goffi (1997), os coletores linfáticos da mama dirigem-se principalmente
para a axila. Pela sua origem, da ectoderme, a mama apresenta drenagem linfática
superficial, situada na derme. Os linfáticos cutâneos iniciam-se no plexo situado ao
nível do mamilo e da aréola (plexo areolar), continuando para a periferia de maneira
semelhante à da pele das demais regiões do corpo. No plano profundo da aréola e do
mamilo existe outro plexo, o subareolar, o qual não só estabelece comunicação com os
linfáticos superficiais, como é o ponto da confluência dos linfáticos glandulares. Estes
últimos iniciam-se nos espaços interlobulares e terminam por meio de canais coletores,
no plexo subareolar. Existe ainda outra rede linfática representada pelo plexo fascial,
situado na face posterior da glândula, na fáscia superficial, junto à aponeurose muscular.
Há ampla comunicação entre os sistemas de drenagem linfática da mama; os linfáticos
14
superficiais ligam-se ao plexo fascial, com este último no ponto de transição entre a face
anterior e posterior da glândula. Os linfáticos glandulares também se comunicam com
os linfáticos profundos pelas anastomoses existentes entre o plexo subareolar e o plexo
fascial.
Conforme Vieira et al (2002), para o cirurgião plástico, a patologia das mamas
reside nas alterações de sua forma. Estas alterações podem ser decorrentes de excesso
de tecido, deficiência de tecido, distorções em volume de tecido normal ou ectopias
teciduais. As mais freqüentes são as que se seguem: hipertrofias (que podem ser de 1º,
2º e 3º grau); hipomastias (que são as agenesias e hipoplasias); ptoses; assimetrias;
ginecomastias.
Na realidade, tanto nas mamas volumetricamente normais quanto nas
hipertrofias e hipomastias, pode haver ptose ou assimetria. Patologias glandulares
benignas estão freqüentemente associadas às dismorfias e, às vezes, servem de pretexto
ou justificativa para uma cirurgia estética associada (VIEIRA et al, 2002).
O cirurgião plástico – por mais competente que ele seja – nem sempre pode
satisfazer a todas as aspirações estéticas de todos os pacientes. A cirurgia plástica tem
mais limitações do que indicações. Nunca a busca da cirurgia plástica foi tão prestigiada
como agora. É visto também, que a medicina estética e a cirurgia plástica oferecem
muitos recursos para quem deseja mudar seu visual. Mas é preciso estar ciente dos
benefícios e das limitações que são inerentes a toda cirurgia.
A principal motivação consciente (aparentemente) para a cirurgia plástica da
mama é a insatisfação da paciente com o aspecto de suas mamas. Isto nem sempre
coincide com a forma como os outros vêm seu aspecto físico. Muitas mulheres relatam
sentimentos de vergonha, timidez ou insegurança nas relações afetivas por “defeitos”
nem sempre observáveis por seus parceiros quanto por outras pessoas. Mas, as mamas
15
são consideradas um importante símbolo da feminilidade em algumas culturas, e a
mulher pode muitas vezes ver o excesso ou falta delas, como reflexo de uma
inadequação de seu “eu” real com seu “eu” feminino ideal. É importante notar o papel
da cultura na questão da atratibilidade.
Segundo Ferreira (1995), é necessário avaliar a motivação e as expectativas da
paciente; pesquisar antecedentes familiares de neoplasia mamária e antecedentes
pessoais de patologias mamárias; relação peso-altura; variações de peso; uso de
medicações; doenças sistêmicas; alterações de parede torácica ou assimetrias; alterações
de cicatrização (como quelóide) e estimar o volume mais adequado ao caso.
Já para Heller (2004), convém ainda destacar que os implantes mamários
tornam mais difíceis fazer e interpretar mamografias, pois o silicone é opaco aos raios
X. Em pacientes com implantes, pode ser indicado o uso de outros exames, como a
ressonância magnética. Também pode ser mais difícil identificar lesões mamárias muito
pequenas, dependendo da sua localização. Para mulheres que têm um importante
histórico familiar de câncer de mama (três familiares diretos), torna-se desaconselhável
a colocação de implantes de silicone.
Mauad (2001), afirma ainda que, uma das maiores preocupações é saber se o
silicone aumenta a chance de aparecimento do câncer de mama ou provoca outros tipos
de doença, como as auto-imunes. Até o momento, nenhuma pesquisa demonstrou
evidencias quanto à relação entre as doenças e o implante mamário de silicone.
2.1.1 LOCALIZAÇÃO DO IMPLANTE E INCISÕES
Para Mélega (2002), o local da colocação dos implantes sofre variações de
acordo com as necessidades apresentada por cada caso.
16
Mauad (2001), descreve as localizações dos implantes como sendo: ântero-
muscular: entre a glândula mamária e o músculo peitoral; retromuscular: entre o
músculo peitoral e as costelas. Com a colocação do implante atrás do músculo peitoral,
pensava-se que contração promoveria uma massagem que poderia diminuir a ocorrência
de contratura capsular; no entanto, observou-se que essa reação não podia ser evitada
completamente, além de ocorrer o deslocamento do implante em alguns casos. Quando
o tecido mamário é muito escasso e a pele muito delgada, pode-se indicar a colocação
do implante atrás do músculo, para evitar que ele fique próximo da superfície da pele.
Com o advento dos implantes de superfície texturizada ou recoberta de
poliuretano, com menores índices de contratura capsular, reduziu-se significativamente
a indicação de colocação retromuscular. Do ponto de vista fisiológico, a melhor
localização é a ântero-muscular (MAUAD, 2001).
De acordo com Mélega (2002), as incisões empregadas para a mamoplastia de
aumento podem ser locais, regionais ou a distância. As incisões regionais são as que
adotam a via axilar como acesso. Por sua vez, incisões localizadas a distância utilizam a
cicatriz umbilical como via de acesso para a colocação do implante. Incisões locais,
como as periareolar e inframamária, são pouco usadas para o aumento das mamas,
sendo direcionadas para o tratamento das contraturas da cápsula fibrosa, formada ao
redor do implante.
Para Mauad (2001), as vias de acesso para a colocação do implante podem ser:
sulco inframamário; região areolar e região axilar. A escolha da via depende da
preferência do cirurgião, em comum acordo com o paciente, e diversos são os
argumentos a favor e contra cada uma delas. As vias de acesso mais utilizadas são o
sulco inframamário e a infra-areolar, ficando em último a região axilar.
17
Mélega (2002), afirma que, toda cicatriz paralela ou sobre as linhas de tensão
mínimas apresentam melhor qualidade, sendo essas linhas resultantes da ação de
músculos e articulações sobre a pele. O tecido conjuntivo, as fibras elásticas e colágenas
formam feixes perpendiculares no sentido dos músculos, sendo, a linha de tensão
mínima da pele sempre perpendicular ao sentido da contração dos músculos
subjacentes. Assim, deve-se sempre pesquisar qual o melhor sentido para realização de
uma incisão, procurando-se sempre realizá-las nas pregas cutâneas ou paralelas às linhas
de menor tensão da pele.
2.1.2 TIPOS DE PRÓTESE E SUAS REAÇÕES NO ORGANISMO
A procura, pelo sexo feminino, das cirurgias para aumento do volume mamário
ou para reconstrução após mastectomia trouxe, também, incremento significativo do uso
de próteses nos seres humanos, além de processo tecnológico mais acelerado na
confecção destas no tocante da forma, consistência e aplicabilidade.
Implantes aloplásticos são materiais inorgânicos utilizados para aumentar ou
substituir um tecido, órgão ou segmento corporal, mimetizando sua forma, seu tamanho
e sua consistência. Devem ser tolerados de modo permanente pelo organismo, não
promovendo reações tóxicas, imunológicas, carcinogênicas ou infecciosas, nem sendo
sujeitos a alterações cicatriciais que modifiquem sua estrutura (VIEIRA et al. 2002).
VIEIRA et al. (2002), afirma que, o silicone ou dimetilpolisiloxana, é
industrializado com finalidades medicinais, sob várias formas: líquidos, espumas, gel e
sólidos com consistência de borracha. O silicone líquido, utilizado para preencher
pequenas depressões, melhorar contornos ou aumentar o volume das mamas, caiu em
18
desuso face à ocorrência de reações inflamatórias a curto e a longos prazos, trazendo
seqüelas graves e de difícil solução.
A resposta orgânica às outras formas – sólidos, gel, espuma – consiste em uma
reação inflamatória discreta ao redor do implante, que evolui para a formação de uma
cápsula fibrosa. Esta cápsula é geralmente fina e delicada, causando poucas alterações
no organismo receptor, exceto quando exposta a muita mobilidade ou a qualquer grau
de infecção, o que conduzirá a seu espessamento e conseqüente contratura (VIEIRA et
al., 2002).
Conforme Ferreira (1995), são oferecidas comercialmente próteses com
variações de forma, tamanho, altura, revestimento e preenchimento. Podemos encontrar
revestimento de silicone liso ou rugoso; poliuretano; silicone com solução salina;
prótese com válvula (expansor).
Heller (2004), têm como primeira opção o implante de silicone revestido por
espuma de poliuretano por apresentar vantagens como: menor índice de retração
capsular (endurecimento) e menor possibilidade de deslocamento. As próteses
texturizadas também oferecem bons resultados e são as preferidas quando a abordagem
é feita pela axila.
Uma questão muito importante se relaciona com a durabilidade do implante e o
período em que ele deverá ser trocado. Estudos recentes constataram que os implantes
de superfície lisa apresentavam alguns tipos de problema, como ruptura do invólucro,
extravasamento do gel de silicone e deformação, em um período médio de dez anos.
Assim, foi recomendado que, quando se completasse esse período, se procedesse à
troca. Por uma questão de segurança, aconselha-se um exame periódico anual, se
necessário com mamografia, ultra-sonografia e mesmo ressonância magnética, para
avaliar as condições do tecido mamário e do implante. Caso seja constatada alguma
19
anomalia, o implante deverá ser substituído. Desse modo, seria prudente não estabelecer
o período de dez anos como tempo determinante para substituição (MAUAD, 2001).
Para Mélega (2002), a retração capsular fibrosa que envolve as próteses de
silicone gel é a mais freqüente complicação após mamoplastia de aumento. Os métodos
para analisar as contraturas capsulares baseados na avaliação clínica e em exames com
diagnóstico por imagem, como a ressonância magnética, mamografia e ultra-sonografia,
apesar da excelência tecnológica, não definem com exatidão a condição do implante.
Segundo Ferreira (1995), a contratura capsular é mais comum entre o 6º e o 12º
mês de pós-operatório, mas pode aparecer em qualquer época.
MAUAD (2001), explica que, quando o implante é colocado, uma membrana ou
cápsula é produzida ao seu redor, no intuito de mantê-lo isolado do restante do
organismo. Caso ocorra uma reação do organismo contra a presença do implante de
silicone, essa cápsula começa a espessar-se e contrair, transformando-o em uma esfera,
e a mama adquire um formato arredondado e endurecido, trazendo, evidentemente, um
prejuízo para a forma e a consistência das mamas.
Antigamente, utilizavam-se implantes com a superfície externa lisa e a
possibilidade de uma reação adversa girava em torno de 30%. Diversas tentativas foram
feitas no intuito de diminuir a alta incidência de contratura capsular. Uma das primeiras
medidas teve como finalidade evitar o extravasamento do gel através da cápsula,
aumentando a espessura do invólucro do implante, a capacidade de coesão das
moléculas do gel de silicone e, até mesmo, trocando esse gel por soro fisiológico.
Assim, foi introduzido no mercado um implante cuja superfície lisa era recoberta por
uma esponja de poliuretano. Estudos posteriores demonstraram que a incidência de
contratura capsular tinha diminuído para aproximadamente 3% (MAUAD, 2001).
20
Heller (2004), demonstra que, num grau severo (grau IV), pode haver alterações
da forma e posição das mamas ou mesmo dor. Atualmente são contra-indicadas as
manobras de ruptura fechada de membrana retraída, pela possibilidade de ruptura
concomitante do implante. Caso haja uma intensa retração capsular, está indicada uma
cirurgia que faça a secção da cápsula retraída, ou mesmo a sua retirada. Pode-se também
trocar o implante de posição, colocando-o atrás do músculo peitoral maior e, em
algumas vezes, opta-se também por trocar os implantes usados por implantes de outro
tipo.
2.1.3 CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS
Sendo eletivas por natureza, as cirurgias estéticas só devem ser feitas em
pacientes hígidos, submetidos a todos os exames pré-operatórios necessários e usando
técnicas reconhecidas eficazes. O pós-operatório das cirurgias estéticas, quaisquer que
sejam, não costumam ser dolorosos. Como são feitos deslocamentos superficiais, podem
ocorrer parestesias nas áreas operadas, que cedem após alguns meses (MAUAD, 2001).
Ferreira (1995), indica que os procedimentos pós-operatórios são:
antibioticoterapia profilática; exercícios após três semanas; iniciar massagem
(mobilização do implante) após três a quatro dias de pós-operatório.
Heller (2004) relata que, em casos isolados, após a cirurgia, podem ocorrer
sangramentos, infecções, formação de uma cicatriz com aparência desagradável e
retração capsular. Para evitar essas complicações toma-se uma série de medidas que
procuram trazer ao mínimo as chances de que ocorram.
Normalmente, a colocação da prótese de silicone não provoca dor intensa. As
pacientes mais sensíveis podem sentir mais desconforto ou dor nas primeiras horas ou
21
primeiros dias depois da cirurgia, recebendo medicamentos adequados para o alívio
necessário (HELLER, 2004).
Para Heller (2004), a retomada das atividades deve ser progressiva. É
importante que a paciente use o bom senso e evite movimentação brusca ou forte,
principalmente na primeira semana após a cirurgia. É necessário que a paciente leve
cinco dias para recomeçar suas atividades usuais, ainda de modo leve. Para voltar a
dirigir, o ideal é esperar de sete a dez dias. Caminhadas de até dois quilômetros só
devem ser feitas vinte dias após a cirurgia e, exercícios mais fortes, apenas um mês
depois. Para banhos de sol, jogar tênis ou praticar atividades de maior impacto, a
recomendação é aguardar 45 dias. Quando o implante for retromuscular, o ideal é
reduzir ou até mesmo abolir os exercícios musculares fortes com os músculos peitorais
maiores (musculação).
Nos casos de infecção, esta deve ser tratada prontamente, levando o trajeto da
drenagem de secreção por um pequeno pertuito que poderá ser na própria incisão, desta
forma podemos evitar que haja uma deiscência completa da ferida ou disseminação da
infecção (KRUEL e ARAÚJO, 1997).
Mauad (2001), descreve as seguintes recomendações: manipulações suaves
para minimizar o quanto antes o edema; usar sutiã que promova uma compressão
adequada, mantendo o formato arredondado das mamas; evitar o decúbito lateral e
ventral ao dormir, por um período de aproximadamente dois meses, para se prevenir
contra o deslocamento do implante; exercícios físicos que solicitem movimentos de
extensão dos membros superiores, contração do músculo peitoral ou balanço das mamas
devem ser evitadas por, aproximadamente, três meses. Após esse período, pode-se levar
uma vida praticamente normal.
22
O resultado definitivo só pode ser adequadamente apreciado após a regressão
do edema e a maturação das cicatrizes. É preciso que os pacientes estejam conscientes
disso para que não esperem resultados imediatos ou milagrosos. Na realidade, a melhora
estética que se pode obter depende tanto de características locais e pessoais do paciente
quanto da habilidade do cirurgião e da adequação da técnica (MAUAD, 2001).
2.2 FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL
A cirurgia estética das mamas é sempre uma combinação de arte e ciência; está
sujeita às questões fisiológicas individuais, e a paciente tem de ter plena consciência do
“porquê” do desejo de realizá-la.
Mauad (2001) afirma que, o acompanhamento estético pré-cirúrgico deve ser
realizado de maneira regular, uma a duas vezes por semana, durante o período de pelo
menos um mês, tempo este que antecede o ato cirúrgico. Seu objetivo é estimular a
elasticidade cutânea dos planos superficiais e profundos, utilizando produtos com maior
concentração de princípios ativos e observando os procedimentos: preparação da pele
para realização da cirurgia, hidratações locais, afinamentos com esfoliações suaves,
massagens, exercícios isométricos, estimulações eletrônicas e microcorrentes e a
drenagem linfática.
Mauad (2001) afirma que:
Para otimizar e obter melhores resultados, é necessário preparar a pele de modo adequado, seguindo recursos estéticos consagrados como: higienizar e hidratar a pele; afinar; tonificar; aplicar correntes elétricas: alta freqüência, de ação tonificante e hiperemiante, que agem sobre terminações nervosas, melhorando a circulação sangüínea local e assegurando melhor nutrição tissular; utilizar microcorrentes: técnica que consiste em estimular fibroblastos. É um tipo de corrente que se assemelha aos fluxos nervosos do corpo humano. Freqüentemente nesse procedimento faz-se necessária a utilização de iontos com ação hidratante e de reagentes.
23
Segundo Guirro e Guirro (2002), comumente são encontrados desequilíbrios
musculares nas pacientes que virão a realizar a cirurgia, que podem ser causados por
vários fatores como: atitude assumida (confortável em posição relaxada); fadiga
(permanência por longos períodos na postura em pé); fraqueza muscular (causa ou
efeito da postura); programas de exercícios mal elaborados, que visam o fortalecimento
da cadeia anterior em detrimento da cadeia posterior.
Guirro e Guirro (2002), afirma ainda que, baseando-se no fato de que a postura
influencia diretamente as mais diversas alterações estéticas, todos os métodos que visam
a correção da postura vão proporcionar resultados fundamentais no que diz respeito aos
diversos tipos dessas alterações, bem como no pré e pós operatório de cirurgia de
mamoplastia de aumento. Métodos clássicos utilizados na fisioterapia para a correção de
desequilíbrios posturais, tais como: RPG (Reabilitação Postural Global) e Iso-Stretching
poderão ser utilizados no pré-operatório de cirurgia de mamoplastia de aumento. A
atividade física pode ainda incrementar a circulação sangüínea e linfática, vitais para o
reparo tecidual.
Não se pode negar o efeito benéfico de toque entre terapeuta e a paciente no
período que antecede o ato cirúrgico. A massoterapia pré-operatória tem por objetivo:
incrementar a circulação sangüínea e linfática, melhorar a penetração de produtos e
hidratantes que irão preparar a pele para a cirurgia, conscientizar a respiração e a
postura por meio de estímulos táteis, e produzir relaxamento físico, aliviando assim,
ansiedade e tensão (GUIRRO e GUIRRO, 2002).
De acordo com Wood (1995), a massagem produz estimulação mecânica dos
tecidos, por aplicação rítmica de pressão e estiramento. A pressão comprime os tecidos
moles e estimula as redes de receptores nervosos; o estiramento aplica tensão sobre os
tecidos moles e também estimula as terminações nervosas receptoras. O uso destas duas
24
forças pode, através da mudança do lúmem dos vasos sangüíneos e vasos linfáticos,
afetarem a circulação capilar, venosa e arterial e a circulação linfática.
Segundo Guirro e Guirro (2002), obviamente, com o ato cirúrgico e com a
anestesia, deve haver um período de repouso para o reparo adequado dos tecidos
lesados. A massagem no período pré-operatório pode atuar como coadjuvante na
conscientização de posturas adequadas, facilitação de movimentos, melhora a tolerância
aos exercícios, auxilia a restauração de um padrão respiratório eficiente e necessário
após a cirurgia (acúmulo de secreções nos pulmões).
No pós-operatório imediato, as mamas ficam edemaciadas, necessitando de
tratamentos complementares que possam acelerar sua redução. Com o advento dos
implantes com superfície texturizada ou de poliuretano, não se tem indicado massagens
vigorosas no pós-operatório, com o intuito de evitar a contratura capsular; no entanto,
manipulações suaves podem ser realizadas para minimizar quanto antes o edema
(MAUAD, 2001).
Mauad (2001), aconselha o uso de um sutiã que promova uma compressão
adequada, mantendo o formato arredondado da mamas, e recomenda ainda que a
paciente evite os decúbitos lateral e ventral ao dormir, por um período de
aproximadamente dois meses, para se prevenir contra o deslocamento do implante.
No intuito de diminuir a tensão sobre a cicatriz, evitando seu alargamento,
MAUAD (2001), sugere que se mantenha, por um período mínimo de dois meses, um
curativo trancado por fita adesiva (micropore), trocado semanalmente. Quanto mais fina
a cicatriz, menos aparente ela será. Deve-se ainda, evitar a exposição da cicatriz ao sol
por um período de três meses. Depois praticamente não existe nenhum tipo de restrição.
Partindo de incisões que respeitam as linhas de tensão naturais da pele e
também suturando essas incisões de maneira especial, há uma particular atenção com o
25
acabamento estético da cicatriz. Há dois importantes facilitadores que colaboram para o
sucesso da laserterapia no pós-operatório de cirurgias plásticas, sendo elas, cirurgias não
infectadas e incisões que visam um melhor acabamento estético da cicatrização. Cabe a
laserterapia, nesses casos colaborar para uma cicatrização mais rápida e mais estética
(VEÇOSO, 1993).
Segundo Veçoso (1993), a maior rapidez para a cicatrização decorre do
estímulo à mitose celular, principal efeito da radiação laser de baixa potência, e também
dos efeitos ao nível circulatório. O melhor acabamento estético da cicatriz decorre da
neoformação de vasos, estimulada pela radiação laser, e que proporciona cicatrizes bem
vascularizadas. A ação sobre os fibroblastos, estimulando sua reprodução e,
aparentemente, regulando e estimulando a produção de fibras elásticas e colágenas,
impede ou minimiza a ocorrência de distúrbios como quelóide e o alargamento da
cicatriz.
Ainda para Veçoso (1993), o esquema terapêutico sugerido para estes casos
constitui-se na aplicação por pontos ao redor da incisão, utilizando-se doses 3 J/cm2. A
terapia pós-operatória pode ser iniciada, se possível, logo após o encerramento da
cirurgia e deve estender-se até o fim da fase inicial da cicatrização, quando já não há
solução de continuidade da pele.
Conforme Rodrigues e Guimarães (1998), na antiguidade, Hipócrates já
revelava indicações de frio em pacientes com quadro inflamatório, utilizando-se
mecanismos antagônicos também com finalidade de analgesia pós-cirúrgica. Com o
decorrer dos anos, o gelo também passou a ser utilizado na analgesia pré-operatória.
Starkey (2004), cita como efeitos locais da aplicação de frio a vasoconstrição,
redução da inflamação, diminuição da dor e diminuição do espasmo muscular, dando
este tratamento como indicação geral em edemas e dor pos-cirúrgica.
26
Starkey (2004) afirma ainda que, as alterações na função celular e na dinâmica
sangüínea servem para controlar os efeitos da inflamação aguda. A aplicação do frio
suprime a resposta inflamatória ao reduzir a liberação dos mediadores inflamatórios,
reduzir a síntese de prostaglandinas e diminuir a permeabilidade capilar. Ao reduzir o
limiar das terminações nervosas aferentes, o frio reduz o espasmo muscular diminuindo
a dor e a sensibilidade dos fusos musculares.
A aplicação do frio afeta a percepção e a transmissão da dor por meio da
interrupção da transmissão da dor, redução da velocidade de condução nervosa, redução
do espasmo muscular e redução ou limitação do edema. Ao estimular os neurônios de
grande diâmetro, o frio inibe a transmissão da dor, atuando como um contra-irritante.
Os eventos sensoriais associados com a aplicação de uma modalidade de frio estimulam
os nervos de grande diâmetro a reduzir a transmissão e percepção da dor (STARKEY,
2004).
A estimulação elétrica transcutânea (TENS) é um valioso recurso fisioterápico
para o alivio sintomático da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo
decorrente de processos crônicos. A dor pós-operatória acarreta, além de sofrimento,
efeitos adversos em aparelhos e sistemas, comprometendo a recuperação do paciente
(GUIRRO e GUIRRO, 2002).
De acordo com Guirro e Guirro (2002), vários estudos que utilizaram TENS
como recurso pós-operatório tem sido publicados. Os resultados revelam uma
diminuição na administração de analgésicos e do tempo de internação hospitalar, que no
caso da cirurgia de mamoplastia de aumento, geralmente, ocorre internação quando a
paciente recebe anestesia geral tendo que permanecer em observação por 48 horas; caso
contrário (apenas anestesia local) a paciente é liberada no mesmo dia, caso a operação
ocorra pela manhã.
27
Guirro e Guirro (2002), cita os parâmetros da corrente como sendo, na dor
aguda, inclusive da incisão cirúrgica, melhor controlada pela TENS de alta freqüência
(75 – 200 Hz). O seu principal inconveniente é a acomodação neural, uma diminuição
da percepção do estímulo que ocorre na medida em que o nervo se torna menos
excitável com a estimulação repetida. Essa acomodação pode ser controlada
adicionando-se modulações ao pulso original os quais podem se em amplitude,
freqüência ou ambos simultaneamente. Nos casos de dores crônicas, sugere-se a TENS
de baixa freqüência (< 25 Hz); a sua vantagem está no grande efeito analgésico residual
que pode durar horas.
Segundo Mauad (2001), não há restrições quanto à elevação dos braços para as
atividades diárias, como comer, lavar e pentear os cabelos, escovar os dentes, etc. Após
duas semanas, pode-se retornar progressivamente as atividades habituais e não há
restrições quanto a fazer caminhadas, desde que a paciente não sinta fadiga. Após um
mês, praticamente não há restrições para se levar uma vida normal, com exceção de
exercícios físicos que solicitem movimentos repetitivos de elevação dos braços e
provoquem o balanço das mamas.
Conforme Leduc e Leduc (2000), a drenagem linfática manual faz parte das
técnicas utilizadas para favorecer a circulação dita “de retorno” . Se somos levados, por
dados laboratoriais e resultados clínicos, a mostrar a legitimidade de nossas técnicas, é
lógico acreditar que a drenagem linfática manual poderá encontrar um campo de
aplicação nas muitas áreas onde a circulação “de retorno” encontra-se impedida ou
alentecida.
A aplicação da drenagem linfática manual no pré e pós-operatório de cirurgia
estética, é uma das formas terapêuticas auxiliar mais eficaz, para que o organismo como
28
um todo, reaja às agressões da intervenção e obtenha melhores resultados. Pode ser
utilizada tanto no pré quanto no pós cirurgia estética (LOPES, 2002).
LOPES (2002), afirma que:
no período pré cirúrgico o objetivo é preparar à região a qual vai ser operada em aspectos como: estimular a circulação artério-venosa (evitando o risco de necrose); ativar a circulação linfática (favorecendo o metabolismo celular); otimizar melhor cicatrização e recuperação cutânea; manter a camada córnea íntegra e hidratada; estimular a circulação venosa (evitando edemas). No período pós-cirúrgico também são diversos os benefícios a serem considerados quando da aplicação da DLM: contribui para uma recuperação mais rápida; alivia a pressão provocada pelo edema; facilita o escoamento da linfa; melhora a cicatrização e reparação tecidual; estimula os fibroblastos na mitose das células colágenas e elásticas; aumenta o fluxo sangüíneo; remove os resíduos metabólicos; promove o equilíbrio hidrolipídico da pele; torna a vascularização mais abundante e funcional; libera os linfocentros inguinais e axilares; fortalece o sistema defensivo-imunitário; favorece a reconstrução e a nova formação dos capilares linfáticos.
29
3 MÉTODO DE PESQUISA
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Como o estudo é exploratório e teórico-prático, busca-se os elementos que
viabilizem o mesmo, dentro das expectativas criadas. A parte teórica foi desenvolvida
através de revisão literária e a parte prática através da coleta de dados. A pesquisa é de
caráter qualiquantitativo, abrangendo a área de Fisioterapia Dermato-Funcional.
Com base nos objetivos, a pesquisa é do tipo descritiva, pois descreve
características de uma determinada população, utilizando, para coleta de dados, um
questionário individual, com a concordância do respondente. Quanto ao delineamento
da pesquisa, ela é do tipo levantamento, pois, solicita informações de um grupo de
pessoas acerca do problema estudado, para, através de análise, obterem-se as
conclusões.
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
No presente estudo, foram selecionados todos os médicos da cidade de
Blumenau – SC, conveniados da UNIMED – SC, atuantes na área de cirurgia plástica,
encontrados através do Guia Médico UNIMED presente na Lista Telefônica Guia Fácil
2005, Vale do itajaí, 8ª edição, de ambos os sexos.
A população encontrada foi de 8 médicos, sendo que, 5 aceitaram responder o
questionário, constituindo assim a amostra desta pesquisa.
30
3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
Antes de aplicar-se o questionário, os mesmos foram entregues a dois
professores fisioterapeutas da FURB, para a análise destes. Após, foram então aplicados
aos médicos participantes da pesquisa. A coleta dos dados deu-se entre o período de
09/01/06 e 09/02/06, onde os médicos foram contactados, primeiramente, por telefone
sendo então entregues pessoalmente aos mesmos os questionários (APÊNDICE B),
obtendo assim, os dados para esta pesquisa.
31
4 RESULTADOS DA PESQUISA
Visando um melhor entendimento sobre às respostas obtidas pelo questionário
aplicado, estas foram analisadas e discutidas em forma de tabelas.
TABELA 1 – Caracter ização da amostra
Profissionais Tempo de atuação
M1
M2
M3
M4
M5
6 anos
35 anos
8 anos
5 anos
15 anos
Legenda: M1 = médico 1; M2 = médico 2 ; M3 = médico 3; M4 = médico 4; M5 = médico 5
Todos os participantes desta pesquisa são do sexo masculino, assim como, têm
formação em cirurgia plástica e são membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica.
Segundo a tabela 1, o profissional descrito como M1 (médico 1) atua na área de
cirurgia plástica a 6 anos, após o término de sua residência, sendo que é formado há
11anos; M2 (médico 2) a 35; M3 (médico 3) têm formação a 8 anos; M4 (médico 4)
atua como cirurgião plástico há 5 anos e M5 (médico 5) atua na área há 15 anos.
32
TABELA 2 – Número de cirurgias realizadas
Profissionais Mamoplastias por mês Mamoplastias realizadas
M1
M2
M3
M4
M5
6 a 10
3
2 a 4
6
5
500 a 600
150
--
150
300
Legenda: M1 = médico 1; M2 = médico 2; M3 = médico 3; M4 = médico 4; M5 = médico 5.
Conforme apresentado na tabela acima, todos os médicos que se dispuseram a
responder a pesquisa, realizam a cirurgia de mamoplastia de aumento, sendo que, M1
realiza de 6 a 10 cirurgias por mês e ao longo de sua carreira profissional realizou de
500 a 600 cirurgias de mamoplastia de aumento. Conforme M2, já foram realizadas por
ele cerca de 150 cirurgias de mamoplastia de aumento, sendo que 3 é o número
aproximado de cirurgias realizadas por mês. O M3 não soube especificar quantas
cirurgias de mamoplastia de aumento já realizou ao longo de sua profissionalização,
citando apenas o número aproximado de 2 a 4 cirurgias por mês. M4 realiza cerca de 6
cirurgias por mês sendo 150 o número de cirugias realizadas até hoje. M5 realizou
aproximadamente 300 cirurgias desde a sua profissionalização tendo cerca de 5
cirurgias por mês.
33
TABELA 3 – Especificações cirúrgicas
Profissionais Local do implante Vias de acesso Dreno
M1 Ântero e
retromuscular
Sulco Não
M2 Retromuscular Sulco Não
M3 Ântero e
retromuscular
Sulco e aréola Sim
M4 Ântero e
retromuscular
Região axilar Sim
M5 Ântero e
retromuscular
Sulco Não
Legenda: M1 = médico 1; M2 = médico 2; M3 = médico 3; M4 = médico 4; M5 = médico 5.
Na tabela acima, M1 têm como a utilização de local do implante de silicone, as
porções ântero e retromusculares, tendo como via de acesso sulco inframamário onde
não faz a utilização de drenos pós-cirúrgico. Para M2, a via de acesso utilizada é o sulco
inframamário, também não faz a utilização de drenos, porém sua preferência cirúrgica
de localização do implante é a retromuscular. Já M3 têm como opções de via de acesso,
o sulco inframamário e a região areolar, com o implante de silicone sendo colocados
tanto ântero como retromuscular e faz a utilização de drenos. A região axilar é a
utilizada pelo M4, sendo que, os locais de implante são tanto ântero como retromuscular
34
e também faz uso de drenos pós cirúrgico. Tanto a regiâo ântero-muscular como a
retromuscular são utilizadas pelo M5, que têm como via de acesso o sulco
inframamário, não fazendo a utilização de drenos.
De acordo com Dângelo e Fattini (2000), a prótese pode ser colocada na frente
ou atrás do músculo peitoral maior. O pós-operatório é mais doloroso quando a prótese
é colocada em baixo do músculo. Porém, isso permite uma maior proteção do implante.
Já para MAUAD (2001), do ponto de vista fisiológico, a localização ântero-muscular é
a melhor. Tendo em vista que, com o surgimento dos implantes de poliuretano e
texturizados, reduziu-se o número de contraturas capsulares, sendo então a porção
retromuscular mais desfavorável.
TABELA 4 – Indicações de tratamento fisioterapêutico
Profissionais Faz indicação
da fisioterapia
Quantos dias de
pós operatório
Período de
tratamento
Desde quando
indica
M1
M2
M3
M4
M5
Sim
Não
Às vezes
Sim
Sim
3 dias
00
15 dias
5 a 7 dias
14 dias
1 mês
00
A critério
10 sessões
1 a 3 meses
6 anos
00
8 anos
5 anos
15 anos
Legenda: M1 = médico 1; M2 = médico 2; M3 = médico 3; M4 = médico 4; M5 = médico 5.
35
De acordo com a tabela 4, o médico 2 (M2) não faz indicação em nenhum
período da cirurgia, pois refere não achar necessário. Para o médico (M1), a fisioterapia
deve iniciar-se logo no terceiro dia de pós operatório e deve durar aproximadamente um
mês, sendo varíavel conforme cada paciente. Este médico (M1) faz indicação de
fisioterapia pós operatória há seis anos. O médico 3 (M3), faz indicação de fisioterapia
pós operatória há 8 anos, porém somente 15 dias após a cirurgia e quando vê
necessidade, ficando o período de tratamento à critério do fisioterapeuta. Conforme o
médico 4 (M4), este sempre fez indicação da fisioterapia pós-operatória onde faz-se
necessária após 5 a 7 dias de cirurgia, com o tratamento durando 10 sessões; sendo que,
ao término destas, a paciente é reavaliada. O tempo de indicação de fisioterapia do
médico 5 (M5) é de 15 anos, onde seu período de tratamento leva de 1 a 3 meses com
14 dias de pós-operatório. Nenhum dos cirurgiões plásticos participantes indica a
fisioterapia no período pré-operatório.
Visto que Ferreira (1995), recomenda iniciar mobilizações da prótese em 3 a 4
dias, julgo importante a iniciação da fisioterapia o mais precoce possível.
36
TABELA 5 – Encaminhamento e conhecimento do tratamento de fisioterapia
Profissionais Indica tratamento Conhece algum tratamento
M1
M2
M3
M4
M5
D.L.M.
Não
Sim
D.L.M.
Não
D.L.M.
D.L.M.
Não
D.L.M.
D.L.M.
Legenda: M1 = médico 1; M2 = médico 2; M3 = médico 3; M4 = médico 4; M5 = médico 5.
Na tabela 5 observa-se que, nenhum dos médicos que responderam ao
questionário encaminham suas pacientes a outros profissionais, porém o médico 1 (M1),
citou que algumas pacientes procuram clínicas de estética. Este mesmo médico conhece
e faz indicação de drenagem linfática manual. O médico 2 (M2), não faz indicação de
tratamento fisioterapêutico para suas pacientes; porém, refere conhecer o técnica de
drenagem linfática manual. Já o médico 3 (M3), diz fazer indicação de tratamento,
porém, quando questionado sobre seus conhecimentos a respeito de técnicas utilizadas
pela fisioterapia, não soube responder à pergunta. Para o médico 4 (M4), o tratamento
fisioterapêutico no pós-operatório é a drenagem linfática manual, indicando esta como
forma de tratamento. O médico 5 (M5), têm conhecimento a respeito da drenagem
linfática manual; porém, não faz qualquer tipo de indicação, deixando o protocolo de
atendimento a critério do profissional.
37
Mauad (2001), cita como necessário, um acompanhamento fisioterapêutico de
pelo menos um mês antes da cirurgia, com a freqüência de uma a duas vezes por
semana para uma máxima eficácia. Guirro (2002), nos faz lembrar ainda, que é de suma
importância a avaliação da paciente no pré-operatório para identificar qualquer
desequilíbrio muscular, tratando este prontamente para um melhor resultado final. A
massoterapia se torna eficaz no período pré-operatório, tendo em vista que, melhora a
penetração de produtos que irão preparar a pele para a cirurgia, auxilia na circulação
sangüínea e linfática, conscientiza a respiração e alivia tensões e ansiedade.
A crioterapia no período de pós-operatório imediato é de suma importância para
evitar o excesso de edema e hematomas, diminuir a dor e reduzir inflamações.
Outras técnicas eficazes como o TENS, a drenagem linfática manual, a
laserterapia e a manipulação da prótese, fazem parte de um protocolo completo de
atendimento fisioterapêutico no período pós operatório, oferecendo confiança para a
paciente, bem estar, retorno precoce para as suas atividades diárias e de convívio social
e principalmente, para uma satisfação plena do resultado alcançado.
38
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Relacionando os objetivos pré-determinados, a análise dos resultados obtidos
por mim e um vasto referencial teórico pude, com a realização desta pesquisa, obter as
seguintes conclusões:
A incidência da indicação de fisioterapia por médicos da cidade de Blumenau,
no período pós-operatório é significante, sendo que, dos médicos entrevistados, somente
um não faz esta indicação. O período médio para que se iníciem os tratamentos pós-
operatórios ficaram em cerca de 10 dias, visto que, apenas um médico recomenda o
tratamento 3 dias após o ato cirúrgico, o que seria o mais indicado.
A fisioterapia pode atuar no pós operatório imediato, assim que a paciente sai do
centro cirúrgico, porém, isso não é observado em nenhum dos questionários
respondidos. Observou-se ainda, que nenhum médico faz a indicação da fisioterapia no
período pré-operatório, sendo esta de extrema importância para o bom andamento da
recuperação e para um melhor resultado em sua observação final.
Quando questionados a respeito de seus conhecimentos perante a fisioterapia pré
e pós-operatória, apenas um dos médicos não conhecia nenhum tratamento
fisioterapêutico, porém os demais, relataram conhecer apenas a drenagem linfática
manual para o período pós-operatório, não sendo relatado nenhum conhecimento na fase
pré-operatória.
Analisando o período de tratamento, neste vê-se uma boa aplicação, sendo que,
os médicos participantes fazem uma indicação que varia de 10 sessões até 3 meses de
fisioterapia pós operatória.
39
Portanto, este trabalho visa aumentar o conhecimento por parte dos médicos e
também dos fisioterapeutas, visto que foram encontradas grandes dificuldades em
relação a bibliografia referente a este assunto. Deixo como sugestões, o aumento do
número da amostra, podendo expandir-se para outras cidades e a aplicação das técnicas
descritas, em pacientes no pré e pós-operatório, confirmando assim a grande valia de
todas as técnicas e recursos que o fisioterapeuta pode lançar mão frente a este trabalho
tão pouco aplicado.
40
REFERÊNCIAS
FATTINI, C. A.; DÂNGELO, J. G. Anatomia básica dos sistemas orgânicos. São Paulo: Atheneu, 2000. FERREIRA, L. M. Manual de cirurgia plástica. São Paulo: Atheneu, 1995. GOFFI, F. S. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. São Paulo: Atheneu: 1997. GUIRRO, R.; GUIRRO, E. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e patologias. São Paulo: Manole, 2002. HELLER, N. Cirurgia plástica: informações científicas para o leigo. Porto Alegre: Conceito, 2004. KRUEL, N. F.; ARAÚJO, P. A. Manual de terapêutica cirúrgica. Florianópolis: Associação Brasileira de Medicina, 1997. LEDUC, A.; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. São Paulo: Manole, 2000. LOPES, M. L. M. Drenagem linfática manual e a estética. Blumenau: Odorizzi, 2002. MAUAD, R. J. Estética e cirurgia plástica: tratamento no pré e pós operatório. São Paulo: SENAC, 2001. MÉLEGA, J. M. Cirurgia plástica: fundamentos e arte. Rio de Janeiro: Medsi, 2002. RODRIGUES, E. M.; GUIMARÃES, C. S. Manual de recursos fisioterapêuticos. Rio de Janeiro: Revinter, 1998. STARKEY, C. Recursos fisioterapêuticos em fisioterapia. São Paulo: Manole, 2004. VEÇOSO, M. C.; Laser em fisioterapia. São Paulo: Lovise,1993. VIEIRA, O. M. Clínica cirúrgica: fundamentos teóricos e práticos. São Paulo: Atheneu, 2002. WOOD, E. C. Massagem de Beard. São Paulo: Manole, 1995.
41
APÊNCICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O (a) senhor (a), _________________________________________________, declaro (a)que foi informado (a)de forma detalhada sobre a pesquisa intitulada “Análise da Incidência de Indicação da Fisioterapia no Pré e Pós Operatório de Cirurgia de mamoplastia de Aumento” , que tem como objetivo verificar a incidência de indicação de fisioterapia na cirurgia de mamoplastia de aumento por médicos da cidade de Blumenau, através do preenchimento de um questionário à fim de obter maiores conhecimentos sobre a forma de indicação da fisioterapia, bem como o período em que a mesma é indicada e o tipo de cirurgias e incisões mais utilizados. Os dados serão sigilosos e privados. A divulgação dos resultados visará apenas mostrar os possíveis benefícios obtidos pela pesquisa em questão. Por ser voluntário e sem interesse financeiro, o (a) senhor (a) não terá direito a nenhuma remuneração. No entanto, o (a) senhor (a) poderá desistir a qualquer momento da mesma, inclusive sem nenhum motivo, bastando para isso informar, da maneira que achar mais conveniente, à desistência.
Blumenau,______ de__________________de 2006.
_____________________________________________________________________
Assinatura
42
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS CIRURGIÕES PLÁSTICOS
• Iniciais:__________________________________________________________
• Sexo ( ) masculino ( ) feminino
• Tem formação em cirurgia plástica? ( ) não ( ) sim
• É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica? ( ) não ( )sim
• Tempo de atuação profissional (meses/anos)_____________________________
• Realiza a mamoplastia de aumento? ( ) não ( ) sim
• Quanto a utilização do implante, qual você utiliza? ( ) retromuscular
( ) ântero-muscular
( ) as duas
• Qual a via de acesso é mais utilizada? ( ) sulco inframamário
( ) região areolar
( ) região axilar
• Faz uso de algum tipo de dreno pós cirúrgico? ( ) não ( ) sim
• Faz indicação de fisioterapia? ( ) não ( ) sim
( ) pré operatória. Quanto tempo antes:____________________________________
( ) pós operatória. Quanto tempo depois:___________________________________
• Qual o período de tratamento indicado?
Pré operatório:_______________________________________________________
Pós operatório:_______________________________________________________
• A quanto tempo indica a fisioterapia?__________________________________
• Encaminha a outro profissional? ( ) não ( ) sim
Quem:______________________________________________________________
43
• Você faz alguma forma de indicação de tratamento? ( ) não ( ) sim
Qual?__________________________________________________________________________________________________________________________________
• Qual a importância da fisioterapia no pré e pós operatório da cirurgia plástica (seus benefícios)? Você observa diferença quando a paciente realiza ou não o tratamento?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
• Você sabe informar quantas mamoplastias de aumento já realizou?
Cerca de:____________________________________________________________
• Aproximadamente, quantas mamoplastias de aumento realiza por mês?____________________________________________________________
• Você conhece algum tratamento fisioterapêutico para a mamoplastia de aumento?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________