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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO CAMPUS ENGENHEIRO COELHO GUILHERME CARAMEL MARQUES O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA ATRAVÉS DA BÍBLIA SAGRADA ENGENHEIRO COELHO 2012

Monografia - Guilherme - VC - 04-12-12

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULOCAMPUS ENGENHEIRO COELHO

GUILHERME CARAMEL MARQUES

O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA ATRAVÉS DA BÍBLIA SAGRADA

ENGENHEIRO COELHO2012

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GUILHERME CARAMEL MARQUES

O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA ATRAVÉS DA BÍBLIA SAGRADA

Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Língua Inglesa: Linguagem, Texto e Ensino, do Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho, sob orientação da Prof. Ms. Neumar de Lima.

ENGENHEIRO COELHO2012

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Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em

Língua Inglesa: Linguagem, Texto e Ensino, do Centro Universitário Adventista de

São Paulo, campus Engenheiro Coelho, apresentado e aprovado em 15 de

dezembro de 1012

_________________________________________________

Orientador: Prof. Ms. Neumar de Lima.

________________________________________________

Segunda leitora: Prof.ª Ms. Tania Siqueira

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Àqueles que, pela Bíblia, orientam o crescimento mental, físico e intelectual de seus alunos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, fonte de esperança, alívio e salvação, em

quem encontro forças a qualquer momento, em todas as situações.

Ao UNASP-EC, por fornecer esta oportunidade de, em meio às férias, poder

cursar esta pós-graduação.

Aos meus orientadores, Prof. Neumar de Lima e Profa. Ms. Tânia Soares de

Siqueira, pela atenção, orientação e correções, e principalmente pela

paciência comigo, mesmo tendo inúmeras outras atividades às quais me

dedicar.

Aos professores desta casa, que contribuíram de diferentes formas, através de

suas aulas, para a minha formação e conclusão deste trabalho.

À minha amada esposa, Cristiane Caramel, por entender os meus objetivos ao

escrever este projeto e por me apoiar constante e incondicionalmente em tudo

o que precisei.

Aos meus pais, Josias e Marlene Marques, originadores, mesmo sem saber,

deste projeto. Através da experiência deles como educadores (tanto em minha

educação como na de minha irmã, Déborah) mostraram que é possível educar

e ensinar através da Bíblia Sagrada. Seja nos preceitos morais ou nas

primeiras palavras no processo de alfabetização, a Bíblia sempre foi para eles

o melhor instrumento de ensino.

Aos amigos e colegas de trabalho e estudo que, com palavras de ânimo e

conselhos, muito colaboraram para este trabalho. Em especial à amiga

Luciana Gruber, por disponibilizar seu tempo e visão em momentos

dificultosos na composição deste trabalho.

Obrigado a todos que de uma forma ou outra contribuíram, fazendo a

diferença para o desenvolvimento e conclusão deste projeto.

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“Que livro pode se comparar com a

Bíblia? O conhecimento de seus

ensinos é essencial a toda criança e

jovem, e aos que são de idade madura,

pois ela é a Palavra de Deus dada a fim

de guiar a família humana ao Céu. Há

no mundo hoje muitos deuses e

doutrinas. Sem uma compreensão das

Escrituras é impossível à juventude

compreender o que é a verdade ou

distinguir entre as coisas sagradas e

as comuns Ellen G. White

[

RESUMO

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O presente trabalho propõe-se, por meio da pesquisa de fontes bibliográficas e análise da prática pedagógica, a incentivar o ensino de língua inglesa associado à utilização da Bíblia Sagrada como material de apoio. Buscaram-se suportes teóricos para a sustentação dos temas apresentados em autores como: CELANI (1994), CESTARO (2009), SIQUEIRA (1999) e WHITE (2008), entre outros. A pesquisa inclui três propostas de atividades que utilizam textos bíblicos como fonte principal e garantem ao estudante um aprendizado completo. Conclui-se que, a partir da utilização do texto bíblico, o estudante é capaz de interpretar, interagir com o texto bíblico e ampliar seu conhecimento em Língua Inglesa.

Palavras-chave: Bíblia Sagrada; Língua Inglesa; Leitura; Interpretação Textual.

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ABSTRACT

This paper intends, by research of bibliographical sources and analysis of the pedagogical practice, to stimulate the learning of the English language associated to the use of the Holy Bible as support material. The theoretical foundation for the themes discussed was found in CELANI (1994), CESTARO (2009), SIQUEIRA (1999) and WHITE (2008), among others. The research includes three proposals of activities that use biblical texts as main source and guarantee to the student a complete learning. It is concluded that through the use of biblical texts students are capable of interpreting, interacting with the biblical text and extending their knowledge in the English language.

Key-words: Holy Bible; English Language; Reading; Textual Interpretation.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 10

2 METODOLOGIA ................................................................................. 13

3 DESENVOLVIMENTO ........................................... 14

3.1 A importância e necessidade do ensino de Língua Inglesa ....... 14

3.1.1 Internet e Língua Inglesa ............................................................ 15

3.1.2 Comunicação e Língua Inglesa .................................................. 17

3.1.3 Ensino e Língua Inglesa ao longo do tempo ............................ 20

3.2 Bíblia Sagrada e Educação Cristã: uma aliança .......................... 21

3.2.1 Bíblia Sagrada: componentes e traduções ............................... 22

3.2.2 Educação Cristã: aliança com a Bíblia ...................................... 28

3.3 O ensino de Língua Inglesa através da Bíblia Sagrada .............. 33

3.3.1 Gênesis 3: A queda do homem .................................................. 35

3.3.2 Gênesis 1: A Criação ................................................................... 37

3.3.3 Êxodo 20: Os 10 Mandamentos ................................................. 38

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 40

5 REFERÊNCIAS ................................................................................... 42

ANEXOS ............................................................................................. 45

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1 INTRODUÇÃO

Como professor de Língua Inglesa (LI) para os ensinos fundamental e

médio, quase que diariamente preciso ensinar conteúdos diferentes utilizando

exemplos que podem sair instantaneamente em um pensamento ou que foram

previamente preparados através de pesquisas. Na preparação, existe uma busca

por exemplos que contemplem o conteúdo a ser ensinado. Assim, a pesquisa gira

em torno de jornais, revistas, cartoons e outras fontes. Pode-se obter com essas

pesquisas diferentes sentenças, parágrafos ou até mesmo textos completos.

Muitas vezes, os exemplos surgem em notícias ou fatos que nem sempre seriam

os melhores a serem ensinados em sala de aula.

Baseado nisso, iniciei uma busca por fontes que me auxiliassem

verdadeiramente, provocando uma educação completa, baseada por princípios

cristãos em sua totalidade. As palavras de Ellen G. White, em sua obra intitulada

“Fundamentos da Educação Cristã”, na página 427, surgiram como inspiração

para o resultado que originou este trabalho. Ellen G. White afirma que

A Bíblia é o grande educador, pois não é possível estudar com devoção as suas sagradas páginas sem que o intelecto seja disciplinado, enobrecido, purificado e refinado. “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor. (...).” Jeremias 9:23-25.

Baseado nestas palavras, tomei a Bíblia Sagrada como base para esta

pesquisa. As principais questões que busquei responder através de pesquisas

estão ligadas ao ensino da Língua Inglesa: Como possibilitar a aprendizagem da

Língua Inglesa através do uso da Bíblia Sagrada para os alunos? Como utilizar

seus textos relacionados aos diversos conteúdos gramaticais existentes? Que

tipos de atividades poderiam utilizar na íntegra a Bíblia Sagrada?

A Bíblia Sagrada, que até os dias atuais é base da fé cristã, ainda hoje é o

livro mais procurado e mais vendido. Os escritos contidos neste livro são fonte de

crença desde os tempos antigos. Além disso, a Bíblia apresenta uma grande

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diversidade de períodos históricos, fazendo relatos culturais, geográficos e

religiosos de cada um desses períodos. Além disso, apresenta em todo o seu

conteúdo conselhos para o crescimento intelectual, moral, físico e espiritual

daquele que lê suas palavras. Por ser um livro tão completo e ao mesmo tempo,

tão rico, a Bíblia não deveria ser descartada no processo de ensino de crianças

ou mesmo de adultos.

Após analisar e pesquisar sobre o ensino de Língua Inglesa, as

necessidades do aluno ao aprender e, buscando otimizar o aprendizado nas

aulas, decidi priorizar a utilização da Bíblia em atividades que trabalhem novos

conteúdos ou a leitura e compreensão textual da língua. Geralmente, as

atividades primam pela fixação do conteúdo em evidência e quase não deixam

espaço para que se trabalhem outros conteúdos vinculados ao que está em

evidência. Sendo assim, o estudante passa apenas a fazer atividades que lhe

garantem o aprendizado do assunto estudado.

Através deste estudo, procurei apresentar atividades que proporcionam

não apenas a fixação de um novo conteúdo, mas que garantam também a prática

da compreensão textual, ou seja, uma atividade que forneça múltiplos

conhecimentos ao estudante.

Procurei apresentar, neste trabalho, pesquisas e resultados que mostram

que, é possível e se faz necessária a utilização da Bíblia Sagrada como fonte de

textos para o ensino da Língua Inglesa. Cabe apenas ao professor pensar as

atividades e nelas utilizar as palavras bíblicas. Por conter 66 diferentes livros em

si, a Bíblia é rica fonte dos diversos formatos linguísticos. A compreensão textual

alia-se ao ensino de novos conteúdos gramaticais e garantem ao estudante um

melhor ensino.

Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar de maneira pontual a

Bíblia Sagrada como base para o ensino de Língua Inglesa bem como apresentar

os textos bíblicos como fontes de exemplo para o ensino de vocabulário e

gramática da LI nos seus diferentes níveis. Os autores que fundamentarão este

estudo são Alter e Kermode (1997), Konnings (1998) e Zimmer (sem data), que

tratam da formação da Bíblia ao longo dos séculos, sua literatura original, além de

fatos históricos imprescindíveis ao estudo da história da Bíblia. Celani (2009),

Cestaro (2009), Lima (2009) e Siqueira (1999), que abordam o ensino da Língua

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Inglesa e suas metodologias, assim como estratégias utilizadas para o melhor

desenvolvimento tanto da aprendizagem quanto do ensino. Por fim, White (2008),

que aborda a necessidade da Bíblia Sagrada como base primordial para o ensino

de crianças e adultos.

Dentro deste trabalho, objetiva-se responder às seguintes perguntas de

pesquisa: É possível ensinar Língua Inglesa para crianças em idade escolar

utilizando preferencialmente os textos contidos na Bíblia? É possível aliar a Bíblia

às metodologias de ensino da Língua Inglesa? Que tipos de atividades podem ser

desenvolvidas aliando Bíblia e gramática da Língua Inglesa?

Espero que este trabalho seja útil aos pesquisadores, educadores e

estudiosos que porventura o leiam. Que o mesmo seja útil tanto à comunidade

acadêmica, quanto ao público em geral.

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2 METODOLOGIA

Esta pesquisa foi de caráter exploratório-documental e bibliográfico. A

técnica utilizada foi a descrição histórica. Primeiramente, foram colhidos dados

bibliográficos através de um período de leituras e buscas por fontes fidedignas

sobre o ensino de Língua Inglesa e sobre a história da Bíblia Sagrada e suas

traduções. Logo após, foram produzidas atividades em que se fez uso de

conteúdos gramaticais diversos da Língua Inglesa, contendo, em seus exemplos,

textos bíblicos. Por fim, foi feita uma verificação se a atividade apresentava

corretamente em conjunto o conteúdo gramatical que se pretendia pretende

mediante uso exclusivo de textos bíblicos em seus exemplos ou citações.

O trabalho foi estruturado em três partes ou capítulos, além da introdução.

No primeiro capítulo, analisou-se a importância e a necessidade do ensino da

Língua Inglesa no mundo atual. No segundo capítulo abordou-se a questão da

Bíblia Sagrada como base para um ensino verdadeiramente cristão,

considerando-a como fonte para o ensino nas escolas e universidades. E

finalmente, no último capítulo, foram apresentadas três atividades sugestivas que

utilizaram diferentes textos bíblicos. As atividades apresentaram diversas técnicas

do ensino da Língua Inglesa e foram totalmente baseadas em textos bíblicos.

Esperamos que este trabalho seja útil aos pesquisadores, educadores e

estudiosos que porventura o leiam, bem como à comunidade acadêmica e ao

público em geral.

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3 DESENVOLVIMENTO

3.1 A importância e necessidade do ensino da Língua Inglesa

Inúmeras são as discussões nos mais diferentes meios sociais sobre o

ensino de uma Língua Estrangeira (LE) e o que isso influencia no

desenvolvimento educacional da criança. Cada vez mais os pais procuram

escolas que ofereçam a LE como parte obrigatória do currículo. Soma-se a isso a

imensa procura por escolas de idiomas. Instrumentos tecnológicos garantem o

interesse das crianças pelo idioma e o mercado de trabalho relembra aos pais a

necessidade de um desenvolvimento completo dos filhos na questão educacional.

Um dos motivos que incitam a procura pelo conhecimento da Língua

Inglesa (LI) como língua primeira quando se pensa em LE é a internacionalização

dos meios de comunicação. As músicas, que antes se limitavam ao rádio e

televisão, hoje são ouvidas em qualquer lugar do mundo em que se tenha acesso

a internet. A respeito disso Menegueço (2008) diz que

Os jovens – sejam japoneses, franceses, angolanos, brasileiros ou mexicanos – vêem os mesmos filmes, curtem as músicas de sucesso internacional, lêem os best-sellers e acessam ao mesmo tempo as páginas da internet. E fazem tudo isso usando, além da língua materna, o inglês e o espanhol, que amplia cada vez mais seu alcance. Por isso, o ensino de Língua Estrangeira vem se modificando e hoje busca, como principal objetivo, fazer com que os estudantes participem ativa e criticamente de um mundo com fronteiras diluídas no que diz respeito ao acesso à informação.

A globalização trazida pelos meios de comunicação e mais

especificamente pela internet promoveu uma busca muito intensa pela LI. A

comunicação sem barreiras com o mundo exterior ficou muito mais fácil através

da internet, mas, ao mesmo tempo, trouxe a necessidade e a exigência da LI

como uma obrigatoriedade para que esse acesso seja realmente irrestrito.

Lima (2009), na apresentação de sua obra, fala sobre a globalização e a

necessidade da aprendizagem de LI, dizendo que

O rápido processo de globalização tem exigido que as pessoas se qualifiquem e se preparem para acompanhar a evolução deste

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mundo, que vem se desenvolvendo a passos largos e que tem alcançado um patamar de sofisticação nunca visto na história da humanidade. A aprendizagem de uma língua estrangeira, principalmente da língua inglesa, passa a ser uma exigência para que as pessoas possam lidar com essa rápida evolução e com esse crescente desenvolvimento.

Celani (1977, p. 159) contribui afirmando que

Os objetivos realistas devem decorrer, necessariamente, da função social da língua estrangeira em relação aos alunos em questão, do papel da língua estrangeira na construção da cidadania, do papel da língua estrangeira como parte integrante da formação global do indivíduo.

Alternativamente a isso, muito se comenta sobre a possibilidade da

tradução instantânea das páginas da internet através dos programas de tradução.

A conexão a qualquer página em língua estrangeira possibilita ao usuário utilizar

seus conhecimentos da LE ou usar o subterfúgio da tradução eletrônica

simultânea, sendo que a segunda opção acaba quase sempre gerando textos

com erros de gramática e coerência muito explícitos.

Não se pode afirmar que a LI seja a língua oficial da internet porque nunca

houve uma pesquisa sobre isso, mas pode-se afirmar que é a língua utilizada

para contatos entre nacionalidades diferentes, principalmente quando se usa a

internet como parâmetro. É necessário citar neste trabalho o papel da internet no

aumento do interesse das pessoas em relação ao conhecimento da Língua

Inglesa.

3.1.1 Internet e Língua Inglesa

A Internet cresce rapidamente em todos os setores da vida humana. Não

são apenas a pesquisa e a educação que levam a busca pela internet, mas

também o mercado de trabalho e o comércio. Ainda mais do que estes o

entretenimento e os passatempos. Isso expõe então a obrigatoriedade do

conhecimento não apenas das formas de acesso aos conteúdos da Internet e

seus serviços, mas também da leitura e escrita em LI.

Embora seja mais simples aprender a usar a Internet, existe um isolamento

do usuário se não há uma familiarização com a LI. Isso implica que a falta do

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conhecimento da língua pode causar uma polarização. Toma-se como base um

trecho do texto de Korpela (2003) que diz

Learning to use a new Internet service or user interface may take a few hours, a few days, or even weeks, but it takes years to learn a language so that you can use it in a fluent and self-confident manner. Of course, when you know some English, you can learn more just by using it on the Internet, but at least currently the general tendency among Internet users is to discourage people in their problems with the English language. Incorrect English causes a few flames much more probably than encouragement and friendly advice.

Aprender a usar um novo serviço da Internet ou uma interface de usuário pode levar algumas horas, alguns dias, ou mesmo semanas, mas leva anos para aprender uma língua de modo que você possa usá-la de maneira fluente e autoconfiante. Naturalmente, quando você sabe um pouco de Inglês, você pode aprender mais apenas usando-o na Internet, mas, atualmente a tendência geral entre usuários de Internet é desanimar pessoas em seus problemas com a Língua Inglesa. O inglês incorreto causa algumas faíscas muito mais provavelmente do que o incentivo e o conselho amigável. (Tradução particular)

Mesmo não sendo a língua materna de muitos países, a LI transforma-se

em uma necessidade comum para a sobrevivência na Internet. Se a

sobrevivência se faz obrigatória, o aprendizado da língua principal se faz

exigência pertinente e recorrente ao usuário. Aprendizado esse que necessita ser

rápido e direcionado às suas necessidades básicas ou ser completo,

preenchendo todos os aspectos da língua.

A presença da Internet se faz necessária dentro da sala de aula, e, para

tanto, não só aos alunos, mas também aos docentes, apresenta-se a necessidade

do conhecimento da LI. Sejam para pesquisar material, para utilizar vídeos, textos

ou outros, os grandes sites e as fontes mais abrangentes sempre se apresentam

em LI e, para tanto, mostram-se polarizadoras dos conhecedores da língua.

Uma prova disso está na fala da formadora de professores de Língua

Estrangeira na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Deise Prina Dutra:

“os alunos têm, sim, interesse em aprender outro idioma a fim de entender as

letras das canções e poder cantá-las e se comunicar via internet” (MENEGUEÇO,

2008). Os docentes, em especial os de LI, precisam cada vez mais buscar

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recursos que auxiliem as suas aulas e, para tanto, a ferramenta Internet aliada ao

conhecimento da LI torna-se um instrumento poderoso.

3.1.2 Comunicação e Língua Inglesa

Mesmo que a Internet ocupe uma posição de destaque quando se pensa

no ensino da LI, a comunicação (da qual a Internet é um meio) se faz objeto

sempre presente na memória daqueles que questionam o porquê do ensino da

língua. A comunicação entre pessoas de diferentes línguas torna-se facilitada

quando se utiliza a LI como língua mediadora. Toma-se como exemplo, nas

viagens internacionais, a utilização do inglês entre passageiros e comissários de

bordo. A língua materna (LM) de cada um é deixada de lado e adota-se uma

língua comum para facilitar a comunicação, sendo, quase sempre, a língua

escolhida é a LI.

A LI pode ser utilizada em viagens de turismo, em acerto de negócios,

quando se assiste a um filme ou se escuta uma música, para receber um turista

em sua casa ou simplesmente para saber o que está escrito na camiseta que

você veste. O conhecimento da língua facilita a comunicação e dá independência

a quem o possui. Aquele que tem esse conhecimento passa a depender de si

mesmo e não mais de outros para se comunicar com o mundo exterior.

A LI domina, hoje, o mundo comercial, turístico e financeiro. Tanto o

comércio quanto o turismo obrigam o conhecimento de um idioma que possa ligar

pessoas de diferentes lugares e nacionalidades a interesses comuns. O mundo

das finanças faz com que seus usuários busquem um conhecimento específico

para que não sejam enganados ou simplesmente “esquecidos”.

É importante destacar que o mercado de trabalho cada vez mais exige que

o trabalhador que busca boa remuneração e bons cargos tenha um conhecimento

básico do inglês. No conceituado site UOL (http://www.uol.com.br), mais

especificamente na parte de Economia, encontra-se uma citação pertinente sobre

a necessidade da LI e sua relação com o mercado de trabalho:

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Não é nenhum segredo que o inglês é fundamental para alavancar a carreira. Para se ter uma idéia, das vagas de emprego abertas em fevereiro, o idioma foi o mais solicitado pelas empresas, (...) Muito mais do que saber falar a língua, porém, as empresas solicitam aos profissionais que façam exames de certificação de conhecimento de inglês, como o Toefl, Toeic, Ielts, Cambridge, que são exigidos para comprovar a habilidade no segundo idioma.

A comunicação permite aos profissionais um melhor desenvolvimento em

suas carreiras profissionais, gerando melhores salários aos que estão mais bem

preparados linguisticamente. E essa preparação é o que leva a busca cada vez

maior por escolas de idiomas. Busca-se a melhor abordagem, a mais rápida, a

que ajuda a garantir um emprego melhor, que dá ao estudante o conhecimento

“total” do idioma. A busca por uma abordagem eficiente, rápida e atrativa nem

sempre acaba tendo resultados positivos, pois as “abordagens milagreiras” nem

sempre são o que aparentam.

Existe sim, e não pode e nem deve ser negada, uma formação deficiente

de professores de LI em faculdades que não apresentam o mínimo requerido de

qualidade e que, cada vez mais, se proliferam pelo país. E isso se reflete no

ensino proporcionado por escolas de idiomas que se preocupam apenas com os

ganhos financeiros e esquecem o ensino de qualidade. Trata-se a língua como

objeto de ganho financeiro.

Existem escolas e professores realmente capacitados, que não tratam o

aluno como objeto, que não utilizam como metodologia o famoso bordão

“Aprender dormindo ou brincando”. Esses profissionais e instituições tratam o

estudante com respeito, garantindo-lhe uma preparação real, baseada em

princípios e estudos, facilitando a assimilação do conteúdo e um real domínio do

idioma.

Existe a necessidade da priorização das aulas de LI para que a

comunicação seja facilitada. Uma priorização por parte de professor, instituição de

ensino e aluno traz resultados fantásticos no desenvolvimento do conhecimento

da língua. Maria Antonieta Celani, em entrevista à Revista Nova Escola, em maio

de 2009, ao falar sobre os resultados de um ensino de LI priorizado, diz que

Eles passariam a entender as diferenças e a conviver melhor com elas. Aprende-se isso por meio do contato com outras culturas. No aspecto social, temos as questões do acesso ao mercado de

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trabalho e da inclusão e da participação do sujeito no mundo. Hoje, quem não tem um nível de inglês que permita entrar nessa grande roda está excluído. Bom ou ruim, esse é um fato.

A comunicação entre os povos se torna facilitada se o nível de

conhecimento da língua é semelhante. Quanto maior o vocabulário, melhor e mais

objetivas são as conversas. A existência de um desnível de conhecimento da

língua impossibilita uma comunicação rápida, pois demanda maior esforço da

parte que não tem tanto conhecimento.

Siqueira (1999), ao tratar sobre a necessidade da língua inglesa para a

sociedade em termos de comunicação e desenvolvimento, utiliza-se de Celani e

afirma que

Celani (1994:38) resume de forma clara e decisiva a importância do inglês para a sociedade mundial, com sendo um pré-requisito para o desenvolvimento nacional de todos os países, e vital para um país em desenvolvimento, salienta ainda que o inglês é como água para nos manter vivo, é o instrumento que vai garantir a eficiência do desenvolvimento e vai manter-nos como membros desta sociedade invisível chamada de faculdade internacional, “English must be seen in the context of world communication, and that means communication in English IF we do not slip below the rest of the world in the international competition. The loss Will be for both sides, though as the expectation is for Brazilian scientists and businessmen not to be mere receivers but to be able to make their contribution to the development of science and technology available to the the international community as well.”

As comunicações visual, escrita e oral proporcionam um melhor

conhecimento e relacionamento entre culturas e pessoas. O conhecimento da LI

proporciona ganhos preciosos e necessários, cultural e linguisticamente falando.

Soma-se a isso, também, o ganho financeiro. De acordo com a professora (Ms)

Marluce Portugaels, em conversa particular com o autor deste trabalho,

(...) conhecer a língua inglesa, assim como outras línguas estrangeiras, proporciona ao indivíduo uma visão de mundo mais rica, assim como enriquece seu vocabulário e seu conhecimento cultural de diferentes povos, tornando os diferentes lugares do mundo bem mais acessíveis, mais próximos, para o falante.

3.1.3 O Ensino de Língua Inglesa ao longo do tempo

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Não importa se é de caráter militar, social, comercial ou econômico, é fato

a existência da necessidade de entrar em contato com falantes de outro idioma. O

contato com o estrangeiro força o desenvolvimento de uma linguagem comum de

comunicação. Logo, se a linguagem usada hoje é o inglês, o desenvolvimento da

escrita, da fala, da leitura e da audição treinada na LI se torna essencial.

O ensino de LE no Brasil, segundo Polato e Menegueço (2012), data de

1500, com a chegada dos colonizadores, onde a Língua Portuguesa é ensinada

aos índios. Posteriormente, em 1759, foi determinado que fossem ministradas

aulas de Gramática Latina e Grega nas escolas. Somente em 1808, com a

chegada da família, as línguas francesa e inglesa foram introduzidas oficialmente

no currículo escolar. Diversas línguas foram integradas ao currículo escolar ao

longo dos anos. Grego, Latim, Inglês, Francês, Alemão e Espanhol figuraram nos

currículos. Atualmente, apenas o Inglês e o Espanhol figuram obrigatoriamente.

O ensino da LE precisa seguir uma abordagem. Sem uma abordagem, o

ensino deixa de ser orientado por uma base e passa a ser disperso. A abordagem

tradicional, também conhecida como Metodologia Tradicional, que tinha como

orientação um ensino gramática-tradução, foi usada para o ensino de línguas

clássicas como o latim e o grego. A ênfase dada era totalmente à palavra escrita

e à leitura, enquanto as habilidades de audição e fala eram descartadas.

Polato e Menegueço (2012) afirmam que, na década de 40, começou a ser

aplicada a Metodologia Direta, que excluía a língua materna da sala de aula e

fazia a transmissão de significados através de figuras, gestos e simulações. As

atividades de compreensão utilizavam texto e gramática.

Entra em cena, com a entrada dos americanos na II Guerra Mundial, a

necessidade de produzir rapidamente falantes de diversas línguas. Lançou-se em

1943 a Metodologia Áudio-Oral. Tinha como base a seguinte frase: “A língua é

fala e não escrita, e a língua é um conjunto de hábitos”.(CESTARO, 2009). Existia

uma enorme preocupação para que os alunos não cometessem erros. Por isso,

os exercícios eram todos estruturais.

A Metodologia Audiovisual, de abordagem direta e com o conceito da fala

em situação de comunicação, é classificada por Puren (1988) em três fases:

Primeira Geração (anos 60), Segunda Geração (anos 70) e Terceira Geração

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(anos 80). Na primeira geração, destacaram-se os processos de memorização e

dramatização de diálogos. Na segunda, o esforço de correção e adaptação aos

contextos escolares. Na terceira, a tentativa de integrar novas tendências

didáticas.

Por fim, segundo Cestaro (2009), a Metodologia Comunicativa entra em

cena, centralizando o ensino da língua estrangeira na comunicação. Baseado em

Chomsky, essa metodologia ensina o aluno a se comunicar e adquirir

competência de comunicação na língua estrangeira. O aluno deve saber produzir

sozinho enunciados linguísticos conforme a exigência da situação de

comunicação. A produção do aluno assume papel de importância vital.

Nas escolas de idiomas e nos colégios percebe-se o uso dessas

metodologias. De acordo com o material escolhido e utilizado por cada uma delas,

ainda pode-se perceber a presença da Metodologia Tradicional e também da

Metodologia Comunicativa.

Além das metodologias, o material didático é outro aliado que influencia no

aprendizado da LI. É na junção de material didático e metodologia que existe um

aprendizado conciso e verdadeiro. Um material cheio de conteúdo e que

apresenta uma metodologia concisa transforma o aprendizado do aluno num

processo rápido e eficiente.

Um dos livros mais antigos do mundo, cheio de conteúdos variados e que,

quase sempre é esquecido, pelos autores de livros didáticos, é a Bíblia Sagrada.

Dotada de discursos de diferentes estilos, conteúdo gramatical completo, a Bíblia

proporciona ao seu leitor um conhecimento da LI por completo. Com 66 livros de

diferentes autores, o conteúdo de vocabulário é riquíssimo e auxilia o seu

estudante a aumentar ainda mais seu conhecimento.

Na seção a seguir, veremos a relação entre o ensino de LI e a Bíblia

Sagrada e como essa relação se torna possível.

3.2 Bíblia Sagrada e Educação Cristã: uma aliança

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A utilização correta de um produto depende do conhecimento que o usuário

tem desse produto. A leitura do manual de instruções se faz obrigatória antes do

uso propriamente dito. Conhecer os objetivos do produto e cada um de seus

componentes torna a interação produto-usuário algo prático e simples. Na

questão educacional, o conhecimento prévio do material didático torna o seu uso

muito mais prático e dá ao professor uma enorme gama de resultados eficientes

que irão valorizar a experiência de aprendizagem do aluno ao entrar em contato

com o material didático.

Com a Bíblia Sagrada não se faz diferente. Sua utilização como objeto de

estudo teológico e, neste caso, como material didático, traz à tona a necessidade

de conhecê-la de uma forma mais aprofundada. Conhecer sua história, suas

traduções. Esse conhecimento prévio torna sua utilização mais prazerosa e

permite uma experiência mais dinâmica.

Além disso, o conhecimento da história e conceitos da Educação Cristã

ajuda e influencia no ensino através da Bíblia Sagrada. Conhecer como era a

educação cristã nos tempos antigos e compará-la à educação atual, relembrar os

seus conceitos e aplicá-los no ensino cotidiano permitem um crescimento tanto

dos professores como dos alunos.

Os autores que fundamentarão este capítulo serão Ellen G. White (2008),

que tratará sobre a história e os conceitos fundamentais da educação cristã;

Kermode e Alter (1997), que tratarão sobre a literatura original da Bíblia e sobre

os fatos históricos essenciais ao seu entendimento; Konings (1998) tratará sobre

a formação da Bíblia ao longo dos séculos e sobre as questões contextuais e

linguísticas. Delisle e Woodsworth (1998) tratarão sobre as traduções da Bíblia e

fatos importantes na história, além de Zimmer (sem data), que trarão dados e

fatos históricos sobre o estudo da história da tradução bíblica.

3.2.1 Bíblia Sagrada: componentes e traduções

A Bíblia Sagrada até hoje cativa atenção de adultos e crianças. Por

apresentar histórias diversas, conteúdos teológicos profundos, poesias e

profecias, até hoje este livro transmite sentimentos diversos ao ser utilizado. Não

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23

é à toa que filmes, reportagens, pesquisas e estudos são feitos pelas diversas

partes do mundo.

Composta de 73 livros em algumas versões e de 66 livros em outras, a

Bíblia integra em si a história do povo judeu do passado e do futuro. Dividida em

duas partes distintas, mas que são ligadas internamente (em seus textos), tem

como ponto de divisão o nascimento de Jesus Cristo.

As duas partes em que a Bíblia se divide, o Antigo e Novo Testamentos,

não têm uma divisão igual de livros. O Antigo Testamento apresenta 39 livros e o

Novo, 27 livros. No Antigo Testamento, desde Gênesis até Malaquias, o assunto

principal gira em torno do povo escolhido por Deus (que segundo a tradição

judaica, tem como nome próprio YHWH, baseando-se em Êxodo 3, versículo 14)

e suas batalhas, conquistas, desastres e promessas. O Novo Testamento, por

sua vez, apresenta a história da vida de Jesus Cristo, iniciando-se no livro de

Mateus, a divulgação de seu evangelho através dos anos e encerra-se com

Apocalipse, com as mensagens proféticas relacionadas ao povo escolhido por

Deus.

A utilização das expressões Antigo e Novo Testamentos pode muitas vezes

trazer uma compreensão precipitada e modificar a compreensão do conteúdo

bíblico. Segundo Johan Konings (1998, p. 12), a expressão testamento não deve

indicar “um legado deixando por alguém, mas a ‘aliança atestada’ entre Deus e o

povo (berît)”. Todavia, essa aliança permite o entendimento de que o Novo

Testamento complementa o Antigo e, com isso, surgiram alguns problemas.

Robert Alter (1997, p. 23-24) afirma que

Os judeus coletivamente rejeitaram o termo por tudo o que ele implica e, em termos de história literária, por certo nada autoriza imaginar que os antigos escritores hebreus compuseram suas histórias, poemas, leis e listas genealógicas com a idéia de que estavam fornecendo o prelúdio a um outro conjunto de textos a ser escrito em outra língua, séculos mais tarde.

Os dois Testamentos são ponto de divergência nas bíblias católica e

protestante. A Bíblia Católica apresenta sete livros a mais que a protestante.

Esses livros são chamados de deuterocanônicos, por serem recusados pelos

judeus.

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24

O Antigo Testamento subdivide-se em quatro partes distintas: o

Pentateuco, os Livros Históricos, os Livros Poéticos e os Livros Proféticos. O

Pentateuco compreende os cinco primeiros livros da Bíblia, com a autoria dada a

Moisés. A história começa com a criação do mundo e encerra-se com a morte do

autor. Os Livros Históricos apresentam a entrada do povo judeu na Terra

Prometida após a morte de Moisés e encerra-se praticamente na época do exílio

babilônico. Tem um total de doze livros.

Os Livros Poéticos (ou Sapienciais) mostram ao leitor a sabedoria e

espiritualidade do povo judeu. Os livros apresentam coleções de frases e

sentenças que trazem saída para as diversas situações enfrentadas pelas

pessoas, além de dar foco aos problemas da vida. Um dos livros dá atenção

especial ao amor humano e relaciona o amor de Deus com o seu povo. Os Livros

Poéticos compreendem cinco livros.

Os Livros Proféticos apresentam a retomada da história do povo judeu,

destacando a atuação dos profetas ao longo da história, trazendo mensagens

diretas de Deus ao povo. Mensagens estas que mostravam a exigência de uma

conversão verdadeira e anunciavam esperança ao povo. A necessidade de um

relacionamento íntimo com Deus marca toda a trajetória dos profetas. Os Livros

Proféticos encerram-se no livro de Malaquias e também o Antigo Testamento.

Fica claro que a presença de Deus é constante em toda a história do povo judeu.

O Novo Testamento, à semelhança do Antigo, também se subdivide em

quatro partes distintas: os Evangelhos, o Livro Histórico, as Epístolas e o Livro

Profético. De acordo com Marques (2007, p. 30), os livros do Novo Testamento

apresentam primeiramente a história da vida de Jesus Cristo (Evangelhos),

relatando sobre Sua igreja (Atos), apresenta 21 cartas (Epístolas) e termina com

um livro profético (Apocalipse). Como não poderia deixar de ser, o Novo

Testamento recorre ao Antigo em vários momentos, onde os personagens

utilizam-se de citações ou ensinamentos, muitas vezes até citando os nomes

daqueles que originaram tais citações.

Os Evangelhos apresentam o ministério e a vida de Jesus Cristo. Mesmo

tendo um único tema, as informações são diferentes, pois cada autor evidencia

fatos diferentes. O estilo de escrita também é diferente. Muitas histórias são

repetidas nos quatro evangelhos, mas cada uma apresenta informações

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25

diferentes que tornam as histórias mais ricas de significados.

O Livro Histórico (Atos dos Apóstolos) narra o início da igreja cristã após a

subida de Cristo aos céus. O livro de Atos apresenta a atuação direta do Espírito

Santo na formação e organização da igreja. Além disso, mostra as dificuldades da

divulgação do evangelho em outras nações.

As Epístolas apresentam mensagens diretas a igrejas ou pessoas

específicas, cujos nomes são citados. As cartas mostram-se como mensagens de

ânimo, de alegria, mas também de reprovação e aconselhamento. Algumas cartas

apresentam mensagens duras, outras, apenas conselhos suaves para uma vida

melhor e mais tranquila.

O Livro Profético (Apocalipse) traz em seu conteúdo profecias relacionadas

ao futuro da igreja, desde a igreja primitiva (dos tempos do livro de Atos) até a

igreja atual. A mensagem do livro tem um tom de advertência aos perigos do

mundo, mas também de fortalecimento da fé e esperança no retorno de Jesus

Cristo. Em especial, destaca-se o último capítulo, que é uma mensagem clara de

esperança e alegria.

Assim como se faz importante o conhecimento da Bíblia Sagrada e seus

componentes (livros e conteúdos), a história de suas traduções assume papel de

igualdade em relação a essa importância. Isso porque a Bíblia não é a mesma

utilizada desde os tempos antigos. Para chegar até nós, ela passou por um

processo de traduções para diversas línguas. Não queremos aqui dissecar as

traduções bíblicas extensivamente, mas apresentar um breve panorama que

apresente informações úteis para a compreensão e o objetivo das traduções ao

longo das eras.

As traduções bíblicas apresentam dois momentos bastante distintos:

tradução de judeus para judeus e tradução para outros povos e línguas. No

primeiro momento, com o crescimento do povo judeu, fez-se necessária a

tradução para que todos pudessem utilizar a Bíblia onde estivessem. O

crescimento fez com que o povo buscasse novos locais para morar e

consequentemente adotassem a língua do local onde habitavam. Assim, como a

língua vigente era o grego, fez-se necessária a tradução (do Antigo Testamento,

até então a Bíblia Sagrada) para o grego. Essa tradução recebeu o nome de

Septuaginta (c. 280 a.C.)

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26

Sobre a Septuaginta, Zimmer (sem data) afirma que

Os judeus que viviam fora da Palestina, principalmente, em grande número no Egito, não entendiam mais o hebraico, que era a língua dos judeus, e falavam o grego, que era a língua universal naquele momento, e então começou a surgir aquela que é conhecida como a tradução da Septuaginta (c. 280 a.C.). Uma tradução feita por judeus para judeus. (ZIMMER, [s.d.])

Essa tradução do hebraico para o grego recebe o nome de Septuaginta

devido a uma lenda que atribui essa tradução a setenta sábios que traduziram a

Bíblia separadamente e, ao serem comparadas as suas traduções, todas estavam

exatamente iguais. Outra lenda afirma que os sábios não traduziram todos os

livros de uma só vez, mas apenas alguns livros. Essa lenda é apresentada por

Cazetta Jhúnior (2006, p. 18), que cita que

Primeiramente, traduziu-se a Torá de Moisés (ou Pentateuco) que são os livros do Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; anos depois foram se acrescentando os livros sapienciais, poéticos e históricos. Com isso, o povo judeu, fora da Terra Santa poderia, então, praticar sua fé, mas em língua grega.

Se num primeiro momento a tradução de judeus para judeus (Septuaginta)

assume um papel importante na continuidade dos ensinamentos de Jesus Cristo,

é após a vinda de Jesus Cristo à terra que a tradução toma proporções maiores.

Deixa de ser feita para um só povo e vai alcançar línguas e povos distantes.

Essas traduções terão influência no crescimento de alguns povos, no surgimento

da língua de outros. Destacamos aqui seis traduções: Vulgata Latina, Tradução

de John Wycliff, Tradução de Lutero, Tradução de William Tyndale, Versão do Rei

Tiago (King James Version) e Versão de João Ferreira de Almeida.

Se a Septuaginta foi usada como referência nos tempos antigos, a

tradução que assume esse papel é a Vulgata Latina. Esta surge com o desejo de

se ter a Bíblia em todas as igrejas com uma mesma língua. Para tanto, Jerônimo

é convocado e passa um período de quinze anos traduzindo. Essa tradução

confere posteriormente um status ao seu tradutor. Delisle e Woodsworth (1995, p.

177) afirmam que “São Jerônimo (c. 331-c. 420), o santo patrono dos tradutores,

é sem dúvida um dos mais conhecidos de todos os tempos, pelo menos no

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27

Ocidente, tendo se notabilizado pela Vulgata, ou a Bíblia latina padrão”.

A Tradução de John Wycliff (c. 1330-1384) é a primeira tradução bíblica

para o inglês. Essa tradução objetivava a popularização da leitura bíblica, pois

apenas o clero tinha esse acesso. Zimmer (sem data) afirma que Wycliff “se

levantou contra indulgências, contra o domínio do clero sobre o povo, de que só o

clero podia ler a Bíblia e interpretá-la para o povo, ele chegou à conclusão de que

a única maneira pela qual o povo podia se libertar desse domínio era através da

Palavra de Deus”.

A Tradução de Lutero (Novo Testamento: 1522; Bíblia Completa: 1534) é

sem sombra de dúvidas um dos trabalhos de tradução que rendeu frutos em

diversas áreas. Uma delas, uma grande parte da formação da língua alemã. O

esforço de Lutero em tornar acessível às mensagens bíblicas a todos faz com que

Lutero busque uma língua alemã compreensível a todas as classes sociais. Com

isso, Lutero influencia diretamente o surgimento de uma língua alemã falada por

todos. É após ser excomungado da Igreja como monge agostiniano que Lutero

inicia seu trabalho de tradução (dos originais grego e hebraico) para o alemão.

Sobre esse trabalho de tradução, Delisle e Woodsworth (1995, p. 182) afirmam

que

Lutero trabalhou na tradução da Bíblia de 1521 a 1534, em colaboração com um grupo de estudiosos. Sua tradução para o alemão do Novo Testamento grego de Erasmo foi publicada em 21 de setembro de 1522, e a Bíblia completa apareceu em Wittenberg em 1534. A Bíblia de Lutero foi a primeira Bíblia completa em língua moderna traduzida diretamente das línguas originais, grego e hebraico.

A Tradução de William Tyndale (Novo Testamento: 1526) foi uma afronta

direta ao clero inglês. Tyndale foi procurado, e após denúncia, foi morto por

estrangulamento e seu corpo foi queimado em uma fogueira. Seus escritos foram

então caçados insistentemente. Por ser um linguista e pesquisador, seu trabalho

linguístico na tradução da Bíblia transformou a Bíblia numa fonte de linguagem

rebuscada, influenciada por sons, vocabulário e sintaxe de sua cidade natal

Gloucestershire, dando ao seu país uma linguagem própria.

A Versão do Rei Tiago (King James Version) (1611) nada mais é que uma

tentativa de unificar as traduções já existentes na língua inglesa em uma só

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Bíblia, comum a todos, descartando as diferenças religiosas. A Versão é uma

revisão das traduções de Wycliff e Tyndale para o inglês. Essa Versão é

classificada como uma grande obra da literatura inglesa, pois tem a mesma

influência para a língua inglesa que a tradução de Lutero teve para a língua

alemã.

Por fim, a versão de João Ferreira de Almeida (Novo Testamento: 1681;

Bíblia completa: 1753) é a mais conhecida da língua portuguesa. Mesmo tendo

começado seus trabalhos aos 17 anos, João Ferreira perde seus manuscritos e

recomeça todo o processo até a tradução do Novo Testamento em 1676. Sua

impressão só é feita em 1681. Após iniciar a tradução do Antigo Testamento,

João Ferreira falece e sua tradução é terminada por Jacobus op den Akker. Em

1753, a tradução da Bíblia completa é publicada em dois volumes. No Brasil, a

primeira versão de João Ferreira de Almeida é publicada em 1959, sob revisão da

Sociedade Bíblica do Brasil.

Essas traduções ao longo da história influenciaram os povos que as

utilizaram. De um modo especial, a educação cristã recebeu influência direta a

partir dessas traduções. E é sobre a educação cristã que trataremos no próximo

tópico. Como a educação cristã sofre e necessita da influência direta da Bíblia

Sagrada.

3.2.2. Educação Cristã: aliança com a Bíblia

Ao se pensar na educação cristã, o pensamento gira em torno dos

ensinamentos que a Bíblia apresenta. Educação mental, física e também

espiritual. Uma educação completa gira em torno destes três aspectos. Ao ler a

Bíblia, o leitor encontra essas três características distintas e muitos conselhos

(dados por Deus pessoalmente ou transmitidos por servos dEle) relacionados à

educação.

Ellen G. White, autora expoente da educação cristã, em sua obra

Fundamentos da Educação Cristã (2008), trata sobre a educação que era

dispensada às crianças e jovens na época dos judeus. Sobre a educação anterior

ao período escolar, a autora afirma que

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29

Mediante o uso de figuras e símbolos, as lições eram assim ilustradas e gravadas mais firmemente na memória. Por meio desse conjunto de imagens animadas, a criança era iniciada, quase desde a infância, nos mistérios, na sabedoria e nas esperanças dos pais e guiadas num modo de pensar, sentir e prever que alcançava muito mais além do visível e transitório; até o invisível e eterno (WHITE, p. 62).

Mesmo que as histórias e ensinamentos fossem passados de forma oral, o

uso de imagens era uma ferramenta de auxílio no ensino, afinal, ao aprender

sobre os mistérios da vida e sobre os mistérios da religião, as crianças

precisavam de exemplos práticos e de fácil compreensão. A mente das crianças

era então preenchida com conteúdos diversos, mas cheios de exemplos que a

ajudavam a desenvolver melhor o raciocínio.

As crianças eram educadas desde pequenas recebendo ensinamentos

sobre a atuação de Deus (YHWH) em favor do povo judeu. Narrativas eram o

meio necessário para que as crianças fossem conhecendo e recebendo a

influência dos grandes líderes do povo no passado. Esperava-se que essa

influência desde a infância trouxesse o desejo espontâneo da criança para ser um

líder do povo, ligado diretamente a Deus.

Quando entravam em idade escolar, as crianças aprendiam não só os

conteúdos pertinentes, mas recebiam formação para o trabalho no campo. Não

apenas aprendiam o conteúdo didático, mas também o trabalho manual. White

(op. cit., p. 63) afirma que

Os alunos dessas escolas mantinham-se com o próprio trabalho de cultivar o solo, ou com alguma ocupação mecânica. Em Israel não se considerava isso estranho ou degradante; na verdade, considerava-se pecado permitir que as crianças crescessem na ignorância do trabalho útil.

A necessidade do aprendizado do trabalho manual era uma lei para o povo

judeu. A criança que deixava de aprender este tipo de trabalho era considerada

pecadora, não porque isso significava um pecado contra Deus, mas sim por

significar um pecado contra sua formação enquanto ser humano. A necessidade

do trabalho era vigente e, aprender o trabalho manual era uma necessidade e

dever de cada criança.

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30

Mas não era apenas trabalho manual o conteúdo a ser aprendido na

escola. Estudavam-se também as leis de Deus, as instruções dadas por Moisés,

história sagrada, música sacra e poesia. Ao estudarem essas questões, uma

questão que estava inclusa e era estudada com muita dedicação era a língua

hebraica, considerada pelos judeus o idioma mais sagrado do mundo. Sobre isso,

White (op. cit., p. 64) afirma que

A língua hebraica era cultivada como o mais sagrado idioma do mundo. Acariciava-se um espírito de devoção. Não somente se ensinava aos estudantes o dever de orar, mas também como orar, como aproximar-se do Criador, como exercer a fé nEle, e como compreender os ensinos de Seu Espírito e obedecer-lhes. Intelectos santificados tiravam do tesouro de Deus coisas novas e velhas.

Ao estudarem a poesia, os alunos dedicavam-se a língua hebraica e dela

retiravam suas melhores características para ser utilizada em favor do louvor

direto a Deus. A música também era ponto importante na educação. Louvores

consagrados a Deus, apresentando melodias e letras inspiradas eram ensinadas

e incentivadas. Ouviam-se os salmos de louvor e adoração para que o espírito

dos estudantes fosse elevado diretamente a Deus e então estes pudessem

produzir canções com conteúdo de adoração.

Em suma, a educação dispensada no passado buscava em todas as suas

divisões uma ligação direta dos estudos com Deus. Fosse no estudo da língua,

das leis, ou mesmo no trabalho, a mente das crianças e jovens deveriam estar

ligadas ao Criador do mundo. Era essa educação que visava à formação de

líderes do povo, cheios de sabedoria e capazes de enfrentar quaisquer que

fossem os problemas. Líderes que estivessem conectados a Deus e não

tomassem suas decisões por seu próprio pensamento, mas buscassem a direção

divina.

A educação cristã também deveria buscar transmitir Deus em todos os

conteúdos ensinados. Seja na matemática, na língua portuguesa, na geografia e

história, ou mesmo na língua inglesa, as lições sobre Deus deveriam ser

ensinadas. A própria Bíblia Sagrada afirma que as crianças devem ser ensinadas

ainda pequenas no caminho certo para que na velhice, não se desviem desse

caminho. A educação baseada em Deus apresentada às crianças e jovens torna-

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31

lhes adultos segundo a vontade dEle. As vontades humanas (cheias de pecado)

dão lugar às vontades divinas (sem pecado).

Na obra Conselhos sobre Educação (2008), Ellen G. White afirma que “a

educação recebida na infância e na juventude afeta toda a sua carreira na vida

adulta, e sua experiência religiosa sofre um estigma correspondente” (p. 22). Não

é errado então afirmar que a educação da criança segundos os métodos cristãos

tem uma enorme influência na vida adulta. Não só a educação dos conteúdos

seculares, mas em especial a educação religiosa, faz com que a criança seja um

adulto com grandes experiências e bons resultados ou poucas experiências e

péssimos resultados.

A educação cristã é defendida por White como uma necessidade a todos

os seres humanos. Sobre essa educação, ela é enfática ao afirmar que

As crianças devem ser de tal modo exercitadas e educadas que possam esperar tentações, e contar com dificuldades e perigos. Deve-lhes ser ensinado o domínio próprio, e a vencerem nobremente as dificuldades; e uma vez que não se precipitem voluntariamente para o perigo, e se coloquem sem necessidade no caminho da tentação, se fugirem às más influências e às companhias viciosas, sendo então, de maneira inevitável, compelidas a estar em perigoso convívio, terão suficiente força de caráter para ficar ao lado do direito e manter o princípio, saindo, no poder de Deus, com sua moral pura. Se os jovens que foram devidamente educados puserem em Deus a confiança, sua força moral resistirá à mais severa prova. (op. cit., p. 19)

Fica claro, através desta citação, que a educação deve ser baseada em

princípios religiosos que garantam um futuro sem desvios do caminho em direção

a Deus. Caminho esse que todos trilhamos, permeado de dificuldades, que

necessita ser percorrido com uma boa base religiosa e uma ligação direta com

Deus. Essa ligação direta se faz através do contato com o Criador, aprendido na

infância e desenvolvido intimamente até a fase adulta.

Dessa forma, fica claro que a educação com base cristã tem um papel

primordial no desenvolvimento humano. De acordo com White (op. cit., p. 10), “as

crianças podem ser preparadas para o serviço do pecado ou para o serviço da

justiça. A educação em tenra idade molda-lhes o caráter tanto na vida secular

como na religiosa”.

Essa educação não deve acontecer a qualquer momento da vida, mas

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desde a tenra infância, prosseguindo pela adolescência e juventude. White afirma

que

A primeira educação dos pequenos molda-lhes, em geral, o caráter para a vida. Os que lidam com os jovens devem ser muito cuidadosos em despertar as qualidades do espírito, a fim de melhor saberem como lhes dirigir as faculdades para serem exercitadas da maneira mais proveitosa. (op. cit., p. 13)

A educação cristã deve utilizar como livro base a Bíblia Sagrada. É através

dela que se podem encontrar os ensinamentos do Grande Mestre: Jesus Cristo. O

uso da Bíblia na infância torna-se um hábito que perdura até o fim da vida. O

contato diário torna-se com o tempo uma necessidade, transformando a simples

leitura no desejo do estudo aprofundado dos conteúdos apresentados em cada

capítulo.

O uso da Bíblia no âmbito escolar deve ser encarado não como uma

obrigatoriedade, mas como uma fonte ilimitada de conhecimento. A Bíblia não

deve ser apresentada ao estudante como um livro obrigatório, mas como uma

fonte de conhecimento nas mais diversas áreas, em especial, na religiosa. White

declara que

Ensinem e escrevam os homens as coisas preciosas das Santas Escrituras. Dediquem eles os pensamentos, as aptidões, o vigoroso exercício do poder cerebral, ao estudo dos pensamentos de Deus. Não estudeis a filosofia dAquele que é a verdade. Literatura diferente é de pouco valor comparada com essa. (WHITE, p. 188)

Se for vista dessa forma, a Bíblia assume então o papel de fonte didática

principal e, pode ser utilizada nos mais diferentes ensinos. Deve adaptá-la para

que nenhuma ciência fique sem a sua utilização. Não deve ser exaltada a ciência

e esquecida a Bíblia. Ao contrário, antes a Bíblia do que a ciência. Unam-se as

duas no ensino da criança.

Não se deve cometer o grave erro de privilegiar o conhecimento humano e

esquecer-se do conhecimento divino. O divino é certo, o humano incerto. White

categoricamente alerta sobre isso ao dizer que

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33

A natureza é exaltada acima do Deus da natureza, e é destruída a simplicidade da fé, pois dá-se a impressão de que o fundamento da fé é inseguro. Envolta na névoa do ceticismo, a mente dos que duvidam é arremessada contra os recifes da incredulidade (The Youth’s Instructor, 31 jan. 1895). (WHITE, p. 233)

Deve-se ensinar então através da Bíblia, e não sem a presença dela.

Assim sendo, a educação torna-se realmente cristã, pois será marcada pela

presença de Cristo em todos os aspectos. Serão ensinados os conteúdos

utilizando as palavras dEle. Não se colocarão as palavras dos humanos como

fonte única do conhecimento, mas sim, as palavras de Deus. As mentes serão

moldadas segundo o caráter de Cristo, para servi-lo em todos os aspectos. A

comunicação com o divino não será restrito apenas à oração, mas estudar-se-á a

palavra dEle cotidianamente.

Com base nesses princípios, o capítulo a seguir apresenta uma proposta

de educação da língua inglesa através do uso da Bíblia Sagrada como material

didático. Através da utilização de seus textos, o estudante pode aprender todos os

conteúdos necessários a sua formação acadêmica e mostra-se preparado para os

desafios impostos a ele. E essa preparação pode, sim, ocorrer através da Bíblia

Sagrada.

3.3 O ensino da Língua Inglesa através da Bíblia Sagrada

A utilização de textos no ensino da LI é algo comum e necessário. Os mais

variados tipos de textos são utilizados para que aquele que aprende se familiarize

com os diversos estilos de textos existentes. Poesias e prosas, cartoons ou leis, o

texto se faz presente a todo instante. No intuito de ensinar a LI, o ensino da

gramática e suas regras mostra-se obrigatório. Quanto ao ensino da mesma,

diversas são as abordagens adotadas.

Desde o Simple Present até o Present Perfect Continuous, desde os

adjectives até os nouns, o ensino dos elementos gramaticais em inglês são

necessários para que a leitura de um texto possa ser feita sem problemas. Soma-

se a isso a procura dos cognatos nos textos em LI. Os cognatos são as palavras

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34

que tem etimologicamente uma origem comum (por exemplo, a palavra capital em

português é escrita da mesma forma em inglês e tem o mesmo sentido).

Quando se efetua a leitura de um texto, a procura dos cognatos auxilia na

compreensão da mensagem expressa. O reconhecimento dos elementos

gramaticais também é importante para que a mensagem possa ser

completamente compreendida.

Os três textos utilizados neste capítulo foram retirados na íntegra da Bíblia

Sagrada. A versão utilizada foi a New International Version. Os textos foram

copiados na íntegra, utilizando-se as marcações originais de versículos e notas de

rodapé. As notas de rodapé aqui foram suprimidas pois não acarretavam nenhum

aumento de conhecimento, isso porque, apenas indicavam outros textos sobre o

mesmo tema.

As seguintes palavras de Ellen G. White, em sua obra intitulada Conselhos

aos Pais, Professores e Estudantes, serviram de base para as três atividades aqui

propostas:

Como educador, não têm rival as Escrituras Sagradas. A Bíblia é a história mais antiga e mais compreensiva que os homens possuem. Procede diretamente da Fonte da verdade eterna; e através dos séculos a mão divina lhe preservou a pureza. Ela ilumina o remoto passado, onde a pesquisa humana em vão procura penetrar. Apenas na Palavra de Deus contemplamos o poder que lançou os fundamentos da Terra, e que estendeu os céus. Apenas ali encontramos um relato autêntico da origem das nações. Ali, unicamente, se apresenta, incontaminada pelo orgulho ou preconceito humano, a história de nossa espécie. (p. 52)

Os textos escolhidos foram retirados dos livros de Gênesis e Êxodo.

Servem como exemplo de atividades que utilizam os textos bíblicos. Por conter 66

livros, a Bíblia é rica fonte dos mais diversos tipos de textos. Todos os tempos

verbais, pronomes, adjetivos e demais elementos gramaticais podem ser

encontrados na Bíblia.

Os textos utilizados foram escolhidos por conterem todos os elementos

necessários para que a atividade fosse realizada com 100% de aproveitamento.

Através da atividade proposta, pode-se ensinar o conteúdo que originou a

atividade.

Na primeira, propõe-se o aprendizado dos Pronomes Pessoais (Personal

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35

Pronouns). Através do texto selecionado de Gênesis 3, a atividade integra o

ensino deste conteúdo além de oferecer a oportunidade de colocar em prática a

leitura e interpretação textual. Na segunda atividade, utiliza-se o texto selecionado

de Gênesis 1, com o intuito de verificar a capacidade de compreensão textual,

além de auxiliar no aumento de vocabulário. Na terceira atividade, utiliza-se o

texto de Êxodo 20, o qual trabalha associação de vocabulário de um texto que

contém leis.

As três atividades obrigatoriamente apresentam a necessidade de

compreensão textual por parte do aprendiz. Com isso, existe uma abertura natural

para que o educador ensine a compreensão textual ao aprendiz de maneira

simples e direta. Somada à compreensão textual, está o aprendizado gramatical.

3.3.1. Gênesis 3: A queda do homem

A primeira atividade aborda um tema muito conhecido no meio cristão: a

queda do homem. Em nove versículos, pode-se ler toda a história da entrada do

pecado na humanidade através do engano promovido pela serpente. Do engano

da serpente até a fuga do casal da presença de Deus, o texto bíblico apresenta

um vocabulário de entendimento relativamente fácil.

Cabe aqui citar que o prévio conhecimento da história tem grande

influência do entendimento do vocabulário em língua inglesa. Se por acaso o

estudante houver lido o texto em português ou obtiver conhecimento dos fatos

relatados na Bíblia, seu reconhecimento das palavras se tornará ainda mais fácil.

Assim sendo, a retenção do conhecimento de novo vocabulário em LI se tornará

ainda mais fácil e prático para o estudante. A associação das palavras novas com

as já conhecidas o ajudará muito.

A atividade (que está disponível no Anexo 1) apresenta três exercícios. No

primeiro, o estudante precisa encontrar no texto as palavras que são fonte de

referência dos pronomes pessoais. Na própria atividade, encontra-se disponível

um quadro explicativo sobre os pronomes pessoais. Cabe ao professor (ou

dirigente da atividade) explicar previamente quais são os pronomes pessoais,

como funcionam no contexto de uma frase.

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36

Durante a explicação deste conteúdo gramatical, os exemplos utilizados

pelo professor podem ser frases do texto bíblico em questão (Gênesis 3). O

professor pode selecionar algumas frases que contenham os pronomes pessoais

e explicar a sua utilização. Assim sendo, os alunos já estarão em contato com o

texto bíblico mesmo sem abrirem a Bíblia ou receberem o texto bíblico completo.

O contato com o texto bíblico através de frases simples é uma forma de colocar a

Bíblia em evidência no ensino da LI. Na atividade propriamente dita, todos os

exercícios giram em torno do texto bíblico.

O segundo exercício apresenta uma busca por conhecimento prévio da

língua. O estudante é desafiado a descobrir o significado de cinco

palavras/expressões retiradas do texto através de conhecimento prévio ou através

do contexto de cada uma delas. As palavras destacadas no exercício são

importantes para o entendimento do texto; assim sendo, o exercício torna-se

importante também para o auxílio à compreensão textual.

O terceiro exercício é um exercício de vocabulário. O exercício apresenta

descrições (em LI) de quatro palavras do texto. Uma dica apresentada pelo

exercício é o local onde se encontram as palavras no texto. Com as descrições

em inglês e o local onde se encontra cada uma das palavras, cabe ao estudante

utilizar seus conhecimentos prévios e entendimento para encontrar cada uma

delas.

Esta atividade tem como intuito principal o ensino dos pronomes pessoais

(Personal Pronouns). Mas apresenta um diferencial ao trabalhar também

vocabulário novo e interpretação textual. Assim sendo, o aluno que a utiliza tem

como objetivo aprender não só os pronomes pessoais, mas também aumenta seu

conhecimento com vocabulário novo e melhora suas técnicas de interpretação

textual.

Cabe lembrar que esta atividade aqui apresentada serve como modelo e

exemplo. Não restringe o ensino, por exemplo, dos pronomes pessoais a este

texto bíblico, mas serve como modelo para que possam ser utilizados inúmeros

outros textos bíblicos na composição da atividade.

3.3.2 Gênesis 1: A criação

Page 37: Monografia - Guilherme - VC - 04-12-12

37

A segunda atividade aqui proposta abrange um dos temas mais conhecidos

e discutidos atualmente: a criação do mundo. Criacionistas defendem a origem da

vida como resultado de um ato criador de Deus, como relata o texto bíblico.

Evolucionistas defendem a origem da vida como fruto de processos evolutivos até

chegarmos aos dias atuais.

Esta atividade é totalmente pautada dentro do criacionismo. Todo o seu

conteúdo gira em torno do relato da criação do mundo através do poder e atuação

de Deus. Em nenhum momento a atividade visa comparar criacionismo e

evolucionismo. Procura-se simplesmente utilizar o texto da criação do mundo

como base para atividades que visam desenvolver o vocabulário e conhecimento

da LI.

A atividade conta apenas com dois exercícios. Todavia, os exercícios

exigem do estudante um conhecimento maior da língua, pois não oferecem a ele

muitos recursos básicos. O trabalho de compreensão textual fica sob o encargo

do estudante, que vai precisar recorrer a seus próprios conhecimentos e a outros

recursos, como dicionários, para encontrar o significado de palavras

desconhecidas.

O primeiro exercício apresenta dez palavras em português que deverão ser

encontradas no texto em LI. Algumas são cognatos e serão facilmente

encontradas. Um auxílio presente é a indicação dos versículos onde as mesmas

se encontram. Àquelas que não são cognatos, uma procura mais detalhada e o

uso de auxílios (como o dicionário) se faz pertinente. Fica claro que, as respostas

obrigatoriamente devem ser palavras contidas no texto. Sinônimos das palavras

do texto apresentadas por dicionários não podem ser respostas válidas.

O segundo exercício desafia o estudante a encontrar informações no texto

para utilizá-las como respostas. Diferente do primeiro exercício, este propicia ao

estudante a utilização de frases inteiras como respostas. Para isso, será

necessária uma compreensão da mensagem do texto para que as respostas

sejam específicas.

Semelhante à primeira atividade, esta propicia ao estudante um

conhecimento detalhado de todo o relato da criação. Para responder aos dois

exercícios da atividade, é necessária uma compreensão de todo o texto que

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38

permite ao estudante a retenção de vocabulário novo, além de colaborar para o

ensino de regras gramaticais que ainda não estejam devidamente retidas

3.3.3. Êxodo 20: Os 10 Mandamentos

A última atividade aqui apresentada utiliza um dos textos mais importantes

de todo o relato bíblico. O texto escrito pelo próprio dedo de Deus e dado ao

homem. Não seria nenhuma pretensão dizer que, obrigatoriamente, os

mandamentos devem fazer parte em algum momento das atividades. Excluir este

texto das atividades no ensino da LI é excluir o texto escrito pessoalmente por

Deus do ensino da LI.

Este texto traz inúmeras formas de estudo da gramática. Em especial, o

estudo do imperativo. Por serem leis para os israelitas, a linguagem utilizada é

especial. Além disso, como na atividade aqui proposta, o trabalho de

interpretação textual e de ensino das leis de Deus se fazem presentes na mesma

atividade.

A atividade apresenta os 17 primeiros versículos do texto de Êxodo 20.

Cabe aqui citar que o texto da Nova Versão Internacional apresentam os

mandamentos na íntegra sem qualquer alteração religiosa.

O primeiro exercício retira do texto algumas palavras que são utilizadas

para que o estudante as associe com palavras em português. Essa associação é

feita com as suas respectivas traduções e sinônimos a essa traduções. Cada uma

das dez palavras foi retirada do texto de cada mandamento. Como na Atividade 2,

a procura por cognatos ajuda na compreensão das palavras. Mais uma vez, a

utilização de dicionário é pertinente e permitida. Essa busca pela definição das

palavras do texto em LI faz com que o aluno retenha esse novo conhecimento

adquirido.

O segundo exercício envolve um conhecimento específico de cada um dos

dez mandamentos que só pode ser feito mediante a leitura e compreensão de

cada um deles. Após a leitura de cada um deles, o estudante associará o

conteúdo do mandamento a sua respectiva classificação numérica. Com isso, o

estudante irá reter a informação de cada um dos mandamentos.

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39

As atividades aqui propostas mostram que o ensino da LI pode, sim, ser

feito através dos textos bíblicos. Basta apenas decidir o conteúdo a ser estudado

e montar as atividades. A Bíblia oferece uma enorme gama de exemplos e fonte

de estudos linguísticos. Basta apenas a procura por parte do aluno ou do

professor.

Seja no estudo da gramática ou nos exercícios de compreensão textual,

seja na retenção de vocabulário ou na pesquisa linguística, a Bíblia Sagrada

continua sendo fonte de ricas informações. Basta apenas o desejo de utilizá-la

como tal. Se existe o desejo de utilizá-la por parte do professor, haverá um maior

conhecimento por parte dos alunos em relação às mensagens bíblicas que são

tão necessárias a todos os seres humanos. Sem dúvida nenhuma, a utilização da

Bíblia como fonte de exercícios e ensinamentos é uma realidade.

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40

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ensino deve ser pautado por princípios. Se os princípios forem cristãos, o

ensino se torna superior, pois os preceitos do cristianismo garantem ao homem

um crescimento intelectual e espiritual. O ensino que agrega os valores cristãos

garante ao estudante um crescimento múltiplo. O ensino das matérias seculares

obrigatórias aliado aos conhecimentos cristãos permite ao estudante uma gama

muito maior de conhecimento.

O ensino da LI nas escolas tem permitido aos estudantes um acesso a

muitos universos. Seja na internet, nas músicas ou mesmo no emprego, o

conhecimento da língua amplia o horizonte de atuação. E esse conhecimento

deve ser adquirido o quanto antes para que permita ao estudante uma melhor

exploração destes universos. Assim sendo, esse ensino deve ser de qualidade e,

acima de tudo, funcional. Se não for assim, o ensino é desapropriado e inútil.

Os estudantes, seja em escolas regulares ou escolas de idiomas, buscam

aprender a língua por diversos objetivos. Todavia, esperam que esse ensino seja

eficiente e que lhes garanta um completo domínio da língua. Nem sempre lhes

importa como se dá o ensino, e sim, qual o resultado que eles terão. Mas pensar

na qualidade deste ensino e como praticá-lo é necessário. Uma educação

completa precisa ser baseada em instrumentos e princípios que tornem o

estudante em uma pessoa capaz de utilizar tudo aquilo que aprendeu.

Ao utilizar a Bíblia Sagrada como instrumento de apoio ao ensino, toma-se

como base o pensamento de que a mesma é capaz de garantir ao estudante uma

educação realmente eficaz. Não existe dúvida de que sua utilização garantirá ao

ensino uma filosofia cristã totalmente explícita. Se o ensino desejado é um ensino

cristão, então a Bíblia Sagrada é a melhor fonte de conhecimento. Por apresentar

uma enorme quantidade de livros e diferentes estilos textuais, a Bíblia torna-se

ainda melhor fonte de inspiração e pesquisa.

A montagem de conteúdos teóricos e exercícios de Língua Inglesa podem

utilizar textos bíblicos. A pesquisa por conteúdos gramaticais, por textos de

diferentes áreas pode ser feita e o resultado final sempre é válido. A aplicação

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41

dos conteúdos teóricos em sala de aula é válida e se faz pertinente. Os exercícios

que utilizam textos bíblicos também são válidos e funcionam.

O contato com os textos bíblicos motiva os alunos a pesquisarem os textos

bíblicos, a aprender vocabulário novo e, principalmente, a ler a Bíblia na língua

materna, o português. Esse contato propicia ao aluno um aprendizado dos temas

bíblicos através das atividades linguísticas. Cabe ao educador saber como utilizar

corretamente o texto bíblico dentro dos conteúdos que ele pretende que seus

alunos fixem e utilizem.

Enfim, este trabalho é apenas o início de uma busca que irá continuar.

Afinal, utilizar a Bíblia no ensino da Língua Inglesa é apenas um passo para tornar

a educação verdadeiramente cristã. Promover o ensino baseado na Bíblia é

apenas mais um passo rumo a uma educação 100% cristã.

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42

5 REFERÊNCIAS

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ANEXOS

Task 1 - Genesis 3: The Fall of Man

1 Now the serpent was more crafty than any of the wild animals the LORD God had made.

He said to the woman, "Did God really say, 'You must not eat from any tree in the

garden'?" 2 The woman said to the serpent, "We may eat fruit from the trees in the garden, 3 but God

did say, 'You must not eat fruit from the tree that is in the middle of the garden, and you

must not touch it, or you will die.' " 4 "You will not surely die," the serpent said to the woman. 5 "For God knows that when you

eat of it your eyes will be opened, and you will be like God, knowing good and evil." 6 When the woman saw that the fruit of the tree was good for food and pleasing to the eye,

and also desirable for gaining wisdom, she took some and ate it. She also gave some to

her husband, who was with her, and he ate it. 7 Then the eyes of both of them were

opened, and they realized they were naked; so they sewed fig leaves together and made

coverings for themselves. 8 Then the man and his wife heard the sound of the LORD God as he was walking in the

garden in the cool of the day, and they hid from the LORD God among the trees of the

garden. 9 But the LORD God called to the man, "Where are you?"

1. Encontre no texto a quais palavras os pronomes abaixo se referem. Os pronomes

abaixo se referem a um substantivo apresentado no texto.

a. He (linha 2):

______________________

b. it (linha 12 ):

______________________

c. they (linha 13):

______________________

d. you (linha 17):

______________________

2. Você se lembra o significado destas palavras?

a. wild animals:

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Pronomes PessoaisComo o próprio nome indica, servem para representar um nome (em inglês noun = substantivo). Em inglês os pronomes pessoais subdividem-se (entre outros) em:

Subject Pronouns Object PronounsI meYou youShe herIt itWe usYou youThey them

Possessive Adjectives Reflexive PronounsMy myselfYour yourselfHis himselfHer herselfIt itselfOur ourselvesYour yourselvesTheir themselves

46

______________________

b. garden:

______________________

c. good and evil:

______________________

d. naked:

______________________

e. LORD God:

______________________

3. Vocabulary: Encontre a palavra no texto que tenham o significado descrito abaixo:

a. a kind of snake that talked with the woman (verse 1): ___________________

b. place where the woman was (verse 2): _______________________________

c. thing needed to be eaten to know everything (verse 3): __________________

d. person that was with the woman (verse 6): ____________________________

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Task 2 - Genesis 1: The Beginning

1 In the beginning God created the heavens and the earth. 2 Now the earth was formless and empty, darkness was over the surface of the deep, and

the Spirit of God was hovering over the waters. 3 And God said, "Let there be light," and there was light. 4 God saw that the light was

good, and He separated the light from the darkness. 5 God called the light "day," and the

darkness he called "night." And there was evening, and there was morning—the first day. 6 And God said, "Let there be an expanse between the waters to separate water from

water." 7 So God made the expanse and separated the water under the expanse from the

water above it. And it was so. 8 God called the expanse "sky." And there was evening, and

there was morning—the second day. 9 And God said, "Let the water under the sky be gathered to one place, and let dry ground

appear." And it was so. 10 God called the dry ground "land," and the gathered waters he

called "seas." And God saw that it was good. 11 Then God said, "Let the land produce vegetation: seed-bearing plants and trees on the

land that bear fruit with seed in it, according to their various kinds." And it was so. 12 The

land produced vegetation: plants bearing seed according to their kinds and trees bearing

fruit with seed in it according to their kinds. And God saw that it was good. 13 And there

was evening, and there was morning—the third day.

1. Vocabulary – Encontre nos versos indicados, o equivalente em inglês para as

palavras ou expressões abaixo:

a. criou (1) – e. firmamento (6) – h. mares (10) –

___________________ ___________________ _________________

b. céus (1) – f. debaixo (9) – i. vegetação (12) -

___________________ ___________________ _________________

c. trevas (2) – g. terra seca (9) – j. semente (12) –

___________________ ___________________ _________________

d. primeiro dia (5) –

___________________ ___________________ _________________

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2. A partir da leitura do texto acima, liste (em português) 3 coisas que foram criadas

por Deus em cada um dos dias da criação do mundo abaixo:

O que foi criado

1° Dia __________________________________

__________________________________

__________________________________

2° Dia __________________________________

__________________________________

__________________________________

3° Dia __________________________________

__________________________________

__________________________________

3. Quais são as pessoas que participam da criação do mundo segundo o texto acima?

a. Deus ( ) b. Deus e Espírito de Deus ( ) c. Espírito de Deus ( )

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Task 3 - Exodus 20: The 10 Commandments

1 And God spoke all these words: 2 "I am the LORD your God, who brought you out of Egypt, out of the land of slavery. 3 "You shall have no other gods before me. 4 "You shall not make for yourself an idol in the form of anything in heaven above or on the earth

beneath or in the waters below. 5 You shall not bow down to them or worship them; for I, the

LORD your God, am a jealous God, punishing the children for the sin of the fathers to the third

and fourth generation of those who hate me, 6 but showing love to a thousand {generations} of

those who love me and keep my commandments. 7 "You shall not misuse the name of the LORD your God, for the LORD will not hold anyone

guiltless who misuses his name. 8 "Remember the Sabbath day by keeping it holy. 9 Six days you shall labor and do all your

work, 10 but the seventh day is a Sabbath to the LORD your God. On it you shall not do any

work, neither you, nor your son or daughter, nor your manservant or maidservant, nor your

animals, nor the alien within your gates. 11 For in six days the LORD made the heavens and the

earth, the sea, and all that is in them, but he rested on the seventh day. Therefore the LORD

blessed the Sabbath day and made it holy. 12 "Honor your father and your mother, so that you may live long in the land the LORD your God

is giving you. 13 "You shall not murder. 14 "You shall not commit adultery. 15 "You shall not steal. 16 "You shall not give false testimony against your neighbor. 17 "You shall not covet your neighbor's house. You shall not covet your neighbor's wife, or his

manservant or maidservant, his ox or donkey, or anything that belongs to your neighbor."

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1

1. Associe as palavras da coluna da esquerda às suas definições:

a. slavery ( ) ídolo; estátua, imagem.

b. gods ( ) honra; respeito.

c. idol ( ) desejar; invejar.

d. guiltless ( ) sábado.

e. Sabbath ( ) falso testemunho.

f. honor ( ) adultério.

g. murder ( ) escravidão; trabalho forçado.

h. adultery ( ) assassinato.

i. false testimony ( ) inocente; sem consciência pesada.

j. covet ( ) deuses

2. Relacione os mandamentos com os itens que estão inclusos neles.

a. 1st commandment ( ) honrar pai e mãe.

b. 2nd commandment ( ) não furtar.

c. 3rd commandment ( ) não dar falso testemunho.

d. 4th commandment ( ) não tomar o nome de Deus em vão.

e. 5th commandment ( ) não fazer ídolos.

f. 6th commandment ( ) não adulterar.

g. 7th commandment ( ) não ter outros deuses.

h. 8th commandment ( ) santificar o sábado.

i. 9th commandment ( ) não cobiçar.

j. 10th commandment ( ) não matar.