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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO TECNOLOGIA EM GESTÃO DE MARKETING MARGARETH SANTOS BORGES VILELA PLANO DE MARKETING: Comércio Varejista de Implementos e Máquinas Agrícolas Mineiros 2007

monografia Kely

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Page 1: monografia Kely

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO TECNOLOGIA EM GESTÃO DE MARKETING

MARGARETH SANTOS BORGES VILELA

PLANO DE MARKETING: Comércio Varejista de Implementos e Máquinas Agrícolas

Mineiros 2007

Page 2: monografia Kely

MARGARETH SANTOS BORGES VILELA

PLANO DE MARKETING: Comércio Varejista de Implementos e Máquinas Agrícolas

Trabalho apresentado à UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Marketing. Tutora Orientadora: Patrícia Célia de Santana Professor Supervisor: Fabio Coltro

Mineiros 2007

Page 3: monografia Kely

MARGARETH SANTOS BORGES VILELA

PLANO DE MARKETING: Comércio Varejista de Implementos e Máquinas Agrícolas

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, apresentado à UNOPAR - Universidade

Norte do Paraná, no Sistema de Ensino Presencial Conectado, como requisito

parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Marketing, com nota final igual a

_______, conferida pela Banca Examinadora formada pelo tutor (a) orientador (a) e

pelo professor supervisor.

_________________________________________________ Tutora Orientadora: Patrícia Célia de Santana

Universidade Norte do Paraná

__________________________________________________ Professor Supervisor: Fabio Coltro

Universidade Norte do Paraná

Londrina, _____de ___________de 20___.

Page 4: monografia Kely

Dedico este trabalho aos meus pais, ao meu

esposo e as minhas filhas pela dedicação e

incentivo.

Page 5: monografia Kely

AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus por eu ter tido forças,

coragem e estar conquistando mais um objetivo em minha vida.

Ao meu orientador, tutor e professores que contribuíram e auxiliaram

de forma complacente para a minha formação acadêmica.

A todos os amigos que direta ou indiretamente contribuíram para a

conclusão deste trabalho.

As pessoas que estiveram presentes em momentos distintos e me

fizeram avançar pela ajuda que me dispensaram em especial a minha amiga

Renata.

A meus pais, que de forma particular incentivaram e deram força.

As minhas filhas que me incentivaram e fizeram com que me

sentisse capaz para esta grande conquista.

Ao meu esposo que me apoiou, incentivou e soube compreender os

momentos em que precisei me ausentar.

Ao meu neto João Gabriel que me fez ver o futuro de uma forma

diferente.

Page 6: monografia Kely

O destino não é uma questão de chance, é uma questão de escolha; não é uma coisa para ser esperada, e sim para ser realizada.

William Jennings Bryan

Page 7: monografia Kely

VILELA, Margareth Santos Borges. PLANO DE MARKETING: Comércio Varejista de Implementos e Máquinas Agrícolas. 2007. 48 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Tecnologia em Gestão de Marketing) – no Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, Mineiros, 2007.

RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Curso tem por objetivo geral elaborar dentro do Plano de Marketing estratégias eficientes para que a M. Fries & Cia Ltda possa aumentar suas vendas, tornando-se mais competitiva. E nos objetivos específicos realizar uma análise ambiental, considerando o ambiente externo, o mercado-alvo e o ambiente interno, realizar também a análise SWOT, identificando as forças e fraquezas, as novas oportunidades de mercado e suas ameaças, analisando também as influências das variáveis do composto de marketing sobre o comportamento do consumidor, elaborando a partir da análise dessas informações o Plano de Marketing. À parte conceitual, faz considerações sobre a bibliografia específica relacionando os tópicos principais da teoria geral sobre o assunto. Seguiu-se à parte conceitual específica, a disposição sobre os métodos de pesquisa utilizados, sendo realizado um estudo exploratório constituído de pesquisas de natureza qualitativas com os funcionários e com o sócio majoritário da empresa, realizando também uma pesquisa de caráter descritiva junto aos clientes, visando identificar o perfil destes e suas expectativas em relação à empresa, utilizando de pesquisas de natureza quantitativas. Este conclui-se com a formulação de estratégias e ações para cumprimento das metas e objetivos do Plano de Marketing, aumentando através destas o relacionamento com seus clientes e solucionando os problemas internos da M. Fries. Palavras-chave: Plano de Marketing. Composto de Marketing. Estratégias. Metas.

Page 8: monografia Kely

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Motivos que levam os clientes a comprarem...........................................37

Tabela 2 – Região de maior atuação ........................................................................37

Tabela 3 – Sexo ........................................................................................................38

Tabela 4 – Idade.........................................................................................................38

Tabela 5 – Estado Civil...............................................................................................38

Tabela 6 – Escolaridade.............................................................................................39

Tabela 7 – Renda.......................................................................................................39

Page 9: monografia Kely

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................10

1. JUSTIFICATIVA................................... ..................................................................11

2. OBJETIVOS....................................... ....................................................................12

2.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................................12

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................12

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................... .......................................................13

3.1 MARKETING: CONCEITO E EVOLUÇÃO...........................................................13

3.2 COMPOSTO DE MARKETING............................................................................14

3.2.1 Produto..............................................................................................................15

3.2.2 Preço.................................................................................................................16

3.2.3 Promoção..........................................................................................................16

3.2.4 Praça (Distribuição)...........................................................................................17

3.3 MARKETING DE VAREJO...................................................................................17

3.4 COMPORTAMENTO DO CLIENTE/CONSUMIDOR...........................................19

3.5 PLANO DE MARKETING.....................................................................................20

3.5.1 Ambiente de Marketing......................................................................................21

3.5.1.1 Ambiente externo...........................................................................................22

3.5.1.1.1 Ambiente externo econômico......................................................................22

3.5.1.1.2 Ambiente externo competitivo.....................................................................22

3.5.1.1.3 Ambiente externo social..............................................................................23

3.5.1.1.4 Ambiente externo político/legal...................................................................24

3.5.1.1.5 Ambiente externo tecnológico.....................................................................24

3.5.1.2 Ambiente do consumidor................................................................................25

3.5.1.3 Ambiente interno............................................................................................25

3.5.2 Análise SWOT...................................................................................................25

3.5.2.1 Forças e fraquezas.........................................................................................26

3.5.2.2 Oportunidades e ameaças.............................................................................26

3.5.2.3 Metas e objetivos de marketing......................................................................27

3.5.3 Estratégia de Marketing.....................................................................................27

Page 10: monografia Kely

3.5.4 Implementação..................................................................................................28

3.5.5 Avaliação e Controle.........................................................................................28

4. METODOLOGIA..................................... ...............................................................29

5. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO......... ............................31

6. APRESENTÇÃO DO PLANO DE MARKETING PROPOSTO...... ........................32

6.1 SUMÁRIO EXECUTIVO.......................................................................................32

6.2 ANÁLISE AMBIENTAL.........................................................................................32

6.3 AMBIENTE INTERNO..........................................................................................33

6.3.1 Análise e Discussão da Pesquisa Qualitativa com os Funcionários.................34

6.3.1.1Resumo da análise do ambiente interno.........................................................36

6.4 AMBIENTE DO CONSUMIDOR...........................................................................36

6.4.1 Análise da Pesquisa Quantitativa com Clientes................................................37

6.4.1.1 Resumo da análise do ambiente do consumidor...........................................39

6.5 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO..................................................................40

6.6 ANÁLISE SWOT...................................................................................................41

6.6.1 Forças................................................................................................................41

6.6.2 Fraquezas..........................................................................................................41

6.6.3 Oportunidades...................................................................................................41

6.6.4 Ameaças............................................................................................................42

6.7 OBJETIVOS.........................................................................................................42

6.8 ESTRATÉGIAS E AÇÕES...................................................................................42

6.9 IMPLEMENTAÇÃO E CONTROLE......................................................................44

CONCLUSÃO.......................................... ..................................................................45

REFERÊNCIAS..........................................................................................................46

Page 11: monografia Kely

10

INTRODUÇÃO

As empresas que atuam no ramo agrícola, comercializam tratores,

plantadeiras, colheitadeiras, pulverizadores, implementos e peças, sendo que

algumas delas oferecem também serviços de manutenção, revisão, prevenção e

reparos de equipamentos em geral, visando agregar valor ao produto, promovendo

valores e satisfação aos clientes.

Conforme apresentado no site BNDS a nova tecnologia de

mecanização agrícola aponta três princípios básicos. O primeiro deles é o combate à

erosão com a utilização de máquinas mais leves, menos compactadoras do solo, o

segundo é a redução da poluição e economia de combustível e o terceiro é a

utilização de máquinas informatizadas, visando uma maior produtividade.

Ainda conforme o site em questão o salto tecnológico brasileiro foi

muito grande nos últimos quinze anos, havendo hoje equivalência das máquinas

agrícolas brasileiras com as européias e as americanas. Essa evolução foi devida

não apenas à incorporação da hidráulica, pneumática e eletrônica, mas também à

preocupação com a conservação ambiental e do solo e com o conforto e segurança

do operador.

A Assessoria de Imprensa Agrishow Comigo 2007 afirma que com a

expectativa de uma safra de grãos maior e mais rentável, o cenário para o mercado

interno de máquinas agrícolas deverá melhorar em 2007, segundo a Associação

Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Os empresários do

setor estão animados diante do custo mais baixo, clima favorável, melhora dos

preços internacionais e a demanda de plantio por novos setores, como cana-de-

açúcar.

A partir desta demanda de plantio por novos setores, será

implantada no município de Mineiros uma usina de açúcar e álcool, com previsão

para funcionamento em 2008, sendo necessário o plantio de 30.000 hectares de

cana-de-açúcar, aumentando assim a demanda de máquinas e implementos

agrícolas.

Através deste contexto podemos prover o aumento das vendas,

elaborando estratégias e diferenciais capazes de fornecer vantagens competitivas e,

consequentemente satisfazer as necessidades dos clientes.

Page 12: monografia Kely

11

1. JUSTIFICATIVA

As indústrias de máquinas agrícolas são caracterizadas por uma

estrutura de mercado muito heterogênea com empresas de diferentes tamanhos. Há

diferentes segmentos de mercado nos quais as estruturas de mercado e as

condições de produção diferem bastante.

Os fabricantes de máquinas, sejam agrícolas ou industriais, são

otimistas por natureza e desta forma, apesar dos prognósticos, encaram o futuro. O

primeiro semestre de 2007 está marcado por um ciclo de feiras, que incluem a

Fiepag, a Brasilplast, a Feimafe e os quatro Agrishows, os quais, certamente,

alavancarão os negócios dos diversos segmentos de máquinas e equipamentos.

Além disso, os empresários do setor buscam compensar a pequena lucratividade

com o aumento da produtividade, que se obtém com a renovação e introdução de

novas máquinas.

A expectativa para a melhoria do setor de vendas de equipamentos

agrícolas está prevista para o último trimestre de 2007, pois neste período foi

plantada à safra 2006/07 de soja, milho e algodão. Sendo que a produção de milho é

um fato que favorece o Brasil num momento de forte demanda internacional - e

cotações elevadas - para o milho por conta da "febre do etanol" nos Estados Unidos.

A indústria de máquinas e implementos agrícolas prevê aumento de

20% da produção neste ano, crescimento impulsionado pela retomada da agricultura

no Brasil, que deve crescer, em média, 3,2%. Fabricantes apostam no

desenvolvimento de novos produtos para conseguir atender principalmente um

maior número de pedidos do segmento de grãos e de cana-de-açúcar. A

recuperação do setor de bens de capital teve início em dezembro, quando registrou

alta de 7,4% em relação ao mesmo mês em 2005, segundo a Abimaq.

Entretanto, as empresas que comercializam máquinas e

equipamentos agrícolas devem buscar as melhores estratégias para atenderem as

necessidades de seus clientes, pois para que um varejista possa estar em uma

posição extraordinária, precisa atender o que os clientes querem, e saber, o que os

concorrentes estão oferecendo. Sendo necessário desenvolver dentro do plano de

marketing possíveis estratégias e diferenciais capazes de fornecer vantagens

competitivas as empresas.

Page 13: monografia Kely

12

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Elaborar dentro do plano de marketing estratégias eficientes para

que a M. Fries possa aumentar suas vendas, tornando-se mais competitiva.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Analisar o Ambiente Interno da empresa, identificando suas forças e fraquezas;

- Examinar o Ambiente externo da empresa, visando identificar novas oportunidades

e ameaças do mercado;

- Identificas o perfil dos clientes e suas expectativas em relação à empresa;

- Elaborar o Plano de Marketing para a empresa.

Page 14: monografia Kely

13

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 MARKETING: CONCEITO E EVOLUÇÃO

Apesar de encontrarmos suas raízes ao longo da história da

humanidade, na própria gênese do comércio o marketing é um campo de estudo

novo se comparado com os demais campos do saber.

Com o crescimento da concorrência, mercadólogos começaram a

teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores.

No entanto, Las Casas (2001, p. 26) afirma que marketing é a área

do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de

troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores,

visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando

sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que suas relações causam no

bem-estar da sociedade.

Como caracteriza Kotler (1996, p. 42) marketing é uma orientação

da administração baseada no entendimento de que a tarefa primordial da

organização é determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado

visado e adaptar a organização para promover as satisfações desejadas de forma

mais efetiva e eficiente que seus concorrentes.

Cobra (1997, p. 27) apresenta um quadro sintético que ora

reproduzimos (quadro 1), por julgarmos relevante para o entendimento do continuum

evolutivo da definição do termo – marketing.

Quadro 1: Sinopse da evolução das definições de Marketing:

Autor Ano Definição de Marketing

1. American Marketing Association

1960 “O desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador”

2. Ohio State University

1965

“O processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços è antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços.“

3. Kotler e Sidney Levy

1969

“O conceito de marketing deveria abranger também as instituições não lucrativas.“

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14

4. William Lazer

1969 “O marketing deveria reconhecer as dimensões societais, isto é, levar em conta as mudanças verificadas nas relações sociais.“

5. David Luck

1969

“O marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transações de mercado.“

6. Kotler e Gerald Zaltman

1969

“A criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing.“

7. Robert Bartls

1974

“Se o marketing é para ser olhado como abrangendo as atividades econômicas e não econômicas, talvez o marketing como foi originalmente concebido reapareça em breve com outro nome.”

8. Robert Haas

1978

“È o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço, criar a demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir essa demanda.“

9. Robert Haas

1978

Marketing Industrial – “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades, desejos e expectativas do consumidor industrial e das exigências para as especificações do produto e serviço e continuar através de efetiva promoção, distribuição, assistência pós-venda a convencer mais e mais clientes a usarem e a continuarem usando esses produtos e serviços.”

10. Philip Kotler 1997

“É o processo de planejamento e execução desde a concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de pessoas e de organizações.”

Fonte: COBRA, 1997, p. 27.

Através deste quadro, podemos observar que o marketing

estabelece uma relação com a própria evolução da sociedade, ou seja, à medida

que esta evolui há necessidade de melhor compreensão e aplicabilidade do

marketing para satisfazer as novas demandas.

3.2 COMPOSTO DE MARKETING

O Composto de marketing ou Marketing mix é formado por um

conjunto de variáveis controláveis que infuenciam a maneira com que os

consumidores respondem ao mercado.

Page 16: monografia Kely

15

Segundo Kotler (2000, p. 37) “Mix de marketing (ou composto de

marketing) é o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para

perseguir seus objetivos de marketing no mercado-alvo”.

De acordo com Ferrel et al (2000, p. 94) “as decisões estratégicas

para o composto de marketing envolvem a criação de uma combinação de produto,

preço, promoção e distribuição que, na maior extensão possível, atende às

necessidades dos consumidores do segmento-alvo escolhido”.

Este composto mercadológico foi formulado primeiramente por

Jerome McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960) e trata do conjunto de pontos

de interesse para os quais as organizações devem estar atentas se desejam

perseguir seus objetivos de marketing. O composto é dividido em 4 seções

frequentemente chamadas dos "quatro pês". Elas são: produto, preço, promoção,

praça (distribuição).

3.2.1 Produto

Copeland (apud Las Casas 2001, p. 170) classifica os produtos em

quatro níveis:

1. Produtos de conveniência: são aqueles que o consumidor não

pretende despender muito tempo no esforço de compra.

2. Produtos de escolha: são produtos em que os consumidores

comparam antes de efetuar ou de optar pela compra

propriamente dita.

3. Produtos de especialidade: goza de maior flexibilidade para

comercialização e muitas vezes são distribuídos em

estabelecimentos exclusivos.

4. Produtos Industriais: são classificados como matérias primas,

máquinas, equipamentos, entre outros.

Conforme afirmam Ferrel et al (2000, p. 94) o produto compõe o

núcleo da estratégia de marketing. Os produtos não são apenas bens tangíveis,

podem ser oferecido nas empresas através de serviços, pessoas, locais e idéias.

Segundo Las Casas (2001, p. 167) “produtos podem ser definidos

Page 17: monografia Kely

16

como o objetivo principal das relações de troca que podem ser oferecidos num

mercado para pessoas físicas ou jurídicas, visando proporcionar satisfação a quem

os adquire ou consome”.

Na visão de Kotler (1996, p. 39) produto é uma orientação da

administração que implica que os consumidores responderam favoravelmente aos

bons produtos, cujos preços sejam aceitáveis e que basta um pouco de esforço de

marketing da empresa para se conseguir vendas e lucros satisfatórios.

3.2.2 Preço

Dentro do composto de marketing, o elemento preço segundo Kotler

(2000, p. 503) “preço é o único dos 4Ps que produz receita; os outros 3Ps produzem

custos”.

De acordo com Ferrel et al (2000, p. 96) o preço pode ser o

elemento mais crítico, mais visível e mais manipulado do composto de marketing. No

entanto, o preço é também o elemento mais flexível do composto de marketing, uma

vez que pode ser ajustado para atender às condições mutantes do mercado.

Segundo Churchill Jr. e Peter (2003, p. 20) preço é a quantidade de

dinheiro ou outros recursos que deve ser dada em troca de produtos e serviços.

Antes de escolher um determinado produto ou até mesmo depois de

optar pela aquisição dele, muitas compras são avaliadas com base no preço.

3.2.3 Promoção

Conforme afirma McCarthy (1997, p. 230) ”Promoção é a

comunicação da informação entre vendedor e comprador potencial ou outros do

canal para influenciar atitudes e comportamento”.

Como caracteriza Las Casas (2001, p. 244) o elemento do mix de

marketing, promoção, têm significado de comunicação. Entretanto, devendo o

administrador de marketing se atentar as várias formas, que sejam eficientes, para

Page 18: monografia Kely

17

informar aos consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da

própria imagem da empresa.

McCarthy explicita em seus pressupostos (1997, p. 230) que a

promoção divide-se em três níveis: venda pessoal (comunicação direta entre

vendedores e compradores), venda em massa (envolve comunicação com grande

número de consumidores potenciais ao mesmo tempo, a massa) e propaganda

(qualquer forma paga de apresentação impessoal de idéias, bens ou serviços por

patrocinador identificado).

Afirmam Ferrel et al (2000, p. 97) “As atividades de promoção são

necessárias para comunicar as características e os benefícios de um produto a seu

mercado alvo pretendido”.

3.2.4 Praça (Distribuição)

Conforme afirma Cobra (1992, p. 44) “a distribuição precisa levar o

produto certo ao lugar certo através dos canais de distribuição adequados, com uma

cobertura que não deixe faltar produto em nenhum mercado importante.”

De acordo com Las Casas (2001, p. 215) a distribuição tem como

objetivo principal conduzir de forma eficiente os produtos até os consumidores finais.

Ferrel et al afirmam (2000, p. 98) que a distribuição é a atividade de

marketing que representa o maior custo para muitos produtos, sendo que esta tende

a ser atividade de marketing mais difícil de ser modificada.

Segundo Churchill Jr. e Peter (2003, p.368) distribuir bens e serviços

envolve levar os produtos até os clientes de forma eficiente e eficaz. Sendo que os

profissionais de marketing devem tornar os produtos disponíveis para os clientes,

quando e onde eles querem comprá-los, a fim de criar trocas que ofereçam valor.

3.3 MARKETING DE VAREJO

Para Las Casas (2000, p. 24) a evolução histórica tanto do varejo

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18

brasileiro como o de outros paises, eles estão diretamente relacionados ao cenário

em que se assentam à infra-estrutura das cidades. Além disso, necessitam

principalmente de uma concentração mercadológica que pressupõe a existência de

pessoas, dinheiro, autoridade para compra e, evidentemente, disposição para

comprar.

Churchill e Peter (2003, p. 416) afirmam que “os bens de consumo

são distribuídos pelos varejistas, intermediários que servem de elo entre os produtos

e os consumidores e tornam mais eficientes as trocas em ambos”.

Como caracteriza Webster Jr., Frederick E. Marketing (apud Las

Casas 1994, p.17) as principais funções de um intermediário (varejo) são:

• Vendas: promover o produto junto a clientes potenciais.

• Compra: comprar uma variedade de produtos de vários

vendedores, usualmente para revenda.

• Seleção: fazer um sortimento de produtos, geralmente inter-

relacionados para clientes potenciais.

• Financiamento: oferecer crédito a clientes potenciais para facilitar

a transação; providenciar também recursos para os vendedores

para ajudá-los a funcionar seus negócios.

• Armazenamento: proteger o produto e manter estoques para

oferecer melhores serviços ao consumidor.

• Distribuição: comprar em grande quantidade e dividi-la em

quantidades desejadas pelos clientes.

• Controle de qualidade: avaliar a qualidade dos produtos e ajudar

no seu melhoramento.

• Transportes: movimentação física do produto ao consumidor.

• Informações do Marketing: prestar informações aos fabricantes,

sobre condições de mercados, incluindo volume de vendas,

tendências de moda e condições de preços.

• Riscos: absorver os riscos dos negócios especialmente riscos de

manutenção de estoques, obsolência de produtos, etc.

Na opinião de Kotler (2000, p. 564) o varejo inclui todas as

atividades envolvidas na venda de bens e serviços diretamente aos consumidores

finais para o uso pessoal e não comercial. Os varejistas podem ser de varejo de

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19

lojas, varejo sem loja e organizações de varejo.

3.4 COMPORTAMENTO DO CLIENTE/CONSUMIDOR

Segundo Kotler (2000, p. 183) o comportamento de compra do

consumidor é influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Os

fatores culturais exercem a maior e mais profunda influência.

• Fatores Culturais: são classificados como cultura, subcultura e

classe social, fatores particularmente importantes no comportamento de compra.

Sendo a cultura o principal determinante do comportamento e dos desejos da

pessoa, subculturas fornecem identificação e socialização mais específicas para

seus membros e classe social são divisões relativamente homogêneas e duradouras

de uma sociedade. É a estratificação social ou divisão social de castas.

• Fatores Sociais: estão influenciados por fatores sociais como:

grupos de referência, família, papeis sociais e status. Os grupos de referência que

exercem influências diretas ou indiretas sobres as pessoas, chamados grupos de

afinidade primário ou secundários. Os primários são formados por famílias, amigos,

vizinho e colegas de trabalho. Já os secundários são formados por grupos religiosos

e profissionais e associações de classe, que normalmente são formais e exigem

menor interação contínua.

• Fatores Pessoais: as decisões do comprador também são

influenciadas por características pessoais, como idade e estágio do ciclo de vida,

ocupação, circunstâncias econômicas, estilo de vida, personalidade e auto imagem.

• Fatores Psicológicos: as escolhas de compra de uma pessoa

são influenciadas por quatro fatores psicológicos predominantes: motivação,

percepção, aprendizagem e crenças e atitudes. Na motivação as pessoas possuem

muitas necessidades e um motivo é uma necessidade que é suficientemente

importante para levar as pessoas a agirem. Na percepção uma pessoa motivada

esta disposta a agir, sendo o processo por meio do qual uma pessoa seleciona,

organiza e interpreta as informações recebidas para criar uma imagem significativa

do mundo. A aprendizagem envolve mudanças no comportamento de uma pessoa

surgidas de experiências. Por sua vez as pessoas adquirem crenças e atitudes que

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20

influenciam seu comportamento de compra. A crença é o pensamento descritivo que

uma pessoa mantém a respeito de alguma coisa e suas atitudes correspondem a

avaliações, sentimentos e tendências de ação duradouras, favoráveis ou não, a

algum objeto ou idéia.

De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 172) o propósito de

marketing é satisfazer as necessidades dos clientes-alvo. Além do campo do

comportamento do consumidor estudar como pessoas, grupos e organizações

selecionam, compram, usam e descartam artigos, serviços, idéias ou experiências

para satisfazer suas necessidades e desejos.

3.5 PLANO DE MARKETING

Segundo Ferrel et al (2000, p. 25) o plano de marketing é um

relatório ou documento que expõe as informações detectadas no processo de

planejamento, é o documento de ação, é o manual para implementação, avaliação e

o controle de marketing.

Las Casas (1999, p. 18) afirma que o plano de marketing estabelece

objetivos, metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano

estratégico geral da empresa. É toda a relação produto/mercado, que em conjunto

com os outros planos táticos, forma o plano estratégico.

Para Kotler (2000, pg. 111) o conteúdo do plano de marketing deve

seguir a seguinte estrutura:

I. Resumo executivo e sumário: Apresenta uma rápida visão geral do

plano proposto.

II. Situação atual de marketing: Apresenta antecedentes relevantes

sobre vendas, custos, lucro, mercado, concorrentes, distribuição e macroambiente.

III. Análise de oportunidade e questões: Identifica as principais

oportunidades/ameaças, forças/fraquezas e questões relacionadas à linha de

produtos.

IV. Objetivos: Define as metas financeiras e de marketing do plano

em relação ao volume de vendas, participação de mercados e lucros.

V. Estratégia de marketing: Apresenta a abordagem geral de

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21

marketing que será utilizada para alcançar os objetivos do plano.

VI. Programas de ação: Apresenta os programas especiais de

marketing projetados para atingir os objetivos do negócio.

VII. Demonstrativos de resultados projetados: Projeta os resultados

financeiros esperados do plano.

VIII. Controles: Indica como o plano será monitorado.

O plano de marketing identifica as oportunidades mais promissoras

no negócio para as empresas. Mostra como penetrar com sucesso, obter e manter

posições desejadas nos mercados identificados. Efetivamente, o plano de marketing

é a base na qual os outros planos da empresa devem estar montados; define as

metas, princípios, procedimentos e métodos que define o futuro; é efetivo, desde

que envolva o compromisso de todos que contribuem para o sucesso, do presidente

ao funcionário de expedição e embalagem, e a medida que ele esteja atualizado

com o sempre mutável meio ambiente mercadológico, conforme afirma Cobra (1992,

p. 88).

3.5.1 Ambiente de Marketing

Segundo Churchill Jr. e Peter (2000, p. 26) a análise ambiental é a

prática de rastrear as mudanças no ambiente que possam afetar uma organização e

seus mercados. Essas mudanças ocorrem em todas as dimensões do ambiente

externo – econômica, política e legal, social, natural, tecnológica e competitiva.

Para Ferrel et al (2000, p. 33) análise ambiental resume todas as

informações pertinentes obtidas sobre três condições da empresa: o ambiente

externo, o ambiente do consumidor (isto é, mercado-alvo) e o ambiente

(organizacional) interno da empresa.

As empresas bem sucedidas têm visões do ambiente interno e

externo de seus negócios. Elas reconhecem que o ambiente de marketing está

constantemente apresentando novas oportunidades e ameaças e correspondem à

importância de continuamente monitorar e se adaptar ao ambiente, assim afirma

Kotler (2000, p. 158).

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22

3.5.1.1 Ambiente externo

Segundo Churchill Jr. e Peter (2000, p. 26) os profissionais de

marketing devem examinar todas as dimensões do ambiente externo. As

informações resultantes podem ajudá-los a identificar as oportunidades para servir

melhor seus mercados, criando valor superior. A análise também pode ajudar a

identificar ameaças à capacidade de uma organização em manter sua vantagem

competitiva, sobreviver e prosperar.

Ferrel et al (2000, p. 33) afirma que análise do ambiente externo

deve incluir todos os fatores relevantes econômicos, competitivos, sociais,

políticos/legais e tecnológicos que podem exercer pressões consideráveis diretas e

indiretas sobre as atividades de marketing da empresa.

3.5.1.1.1 Ambiente externo econômico

Para Kotler (2000, p. 169) os profissionais de marketing devem estar

atentos em importantes mudanças em rendas, custo de vida, taxa de juros,

poupanças e padrões de empréstimos, pois esses fatores podem ter um alto impacto

nos negócios, especialmente em empresas cujos produtos em ala sensibilidade a

renda e ao preço.

Segundo Churchill Jr. e Peter (2000, p. 28) o ambiente econômico

para o ambiente de marketing envolve a economia como um todo, incluindo ciclos de

negócios e padrões de gastos, além de questões referentes à renda do consumidor.

Como o mercado é constituído de pessoas, com renda e disposição para gastar, é

preciso avaliar com clareza a influência da economia nas estratégias de uma

organização, pois, sem renda não há consumo, assim afirma Cobra (1992, pg. 132).

3.5.1.1.2 Ambiente externo competitivo

Page 24: monografia Kely

23

Kotler (2000, p. 245) afirma que a empresa ao identificar seus

principais concorrentes, ela deve descobrir suas características, especificamente

suas estratégias, seus objetivos, suas forças e fraquezas e seus padrões de reação.

Para Churchill Jr. e Peter (2000, p.48) os profissionais de precisam

descobrir o que os seus concorrentes estão fazendo e prever o que eles podem

fazer no futuro.

Podemos verificar que, no ambiente competitivo a concorrência

segundo Ferrel et al (2000, p. 45) pode ser: concorrentes de marca, concorrentes de

produto, concorrentes genéricos e concorrentes no orçamento total.

• Concorrentes de marca: São aqueles que vendem produtos

similares em características e benefícios aos mesmos

consumidores e a preços similares;

• Concorrentes de produto: São aqueles que competem na mesma

classe de produto, mas com produtos diferentes em

características, benefícios e preço;

• Concorrentes genéricos: São aqueles que vendem produtos

muito diferentes, mas que resolvem o mesmo problema ou

satisfazem à mesma necessidade básica do consumidor;

• Concorrentes no orçamento total, que competem pelos recursos

financeiros limitados dos mesmos consumidores.

3.5.1.1.3 Ambiente externo social

Segundo Kotler (2000, p. 177) no ambiente sociocultural, os

profissionais de marketing devem compreender as visões que as pessoas têm de si

próprias, das ouras pessoas, das organizações, da sociedade, da natureza e do

universo. Eles precisam comercializar produtos que correspondam aos valores

centrais e secundários da sociedade e abordar as necessidades das diferentes

subculturas que existem dentro de uma sociedade.

Para Ferrel et al (2000, p. 49) fatores socioculturais são as

influências sociais e culturais que causam mudanças nas atitudes, crenças, normas,

costumes e estilos de vida. Essas forças afetam profundamente a vida das pessoas

Page 25: monografia Kely

24

e ajudam a determinar o que, onde, como e quando os consumidores compram os

produtos de uma empresa.

3.5.1.1.4 Ambiente externo político/legal

Segundo Kotler (2000, p. 177) no ambiente sociocultural, os

profissionais de marketing devem compreender as visões que as pessoas têm de si

próprias, das ouras pessoas, das organizações, da sociedade, da natureza e do

universo. Eles precisam comercializar produtos que correspondam aos valores

centrais e secundários da sociedade e abordar as necessidades das diferentes

subculturas que existem dentro de uma sociedade.

Para Ferrel et al (2000, p. 49) fatores socioculturais são as

influências sociais e culturais que causam mudanças nas atitudes, crenças, normas,

costumes e estilos de vida. Essas forças afetam profundamente a vida das pessoas

e ajudam a determinar o que, onde, como e quando os consumidores compram os

produtos de uma empresa.

3.5.1.1.5 Ambiente externo tecnológico

Churchill Jr. e Peter (2000, p. 45) afirmam que o conhecimento

científico, a pesquisa, as invenções e as inovações que resultem bens e serviços

novos ou aperfeiçoados constituem o ambiente tecnológico do marketing. Os

desenvolvimentos tecnológicos proporcionam oportunidades importantes para

melhorar o valor oferecido aos clientes.

Para Cobra (1992, p. 136) as mudanças tecnológicas decorrentes de

inovações freqüentes podem tornar produtos e/ou seus processos de fabricação

obsoletos. Mais do que isso, o recurso tecnológico pode constituir-se numa

poderosa vantagem competitiva para se enfrentar a guerra de mercado, pois a

tecnologia afeta as relações entre os consumidores e empresas em pelo menos dois

sentidos. O primeiro pode conduzir ao desenvolvimento de novos produtos ou

Page 26: monografia Kely

25

aprimoramento de produtos já existentes para aumentar a qualidade de vida das

pessoas. Já o segundo, pelo aprimoramento do desempenho das tarefas gerenciais

de marketing, possibilita melhor distribuição de produtos.

Segundo Kotler (2000, p. 177) os profissionais devem levar em

consideração a aceleração do ritmo das mudanças tecnológicas, as oportunidades

ilimitadas para a inovação, as variações dos orçamentos e a regulamentação mais

rigorosas das mudanças tecnológicas.

3.5.1.2 Ambiente do consumidor

Conforme afirma Ferrel et al (2000, p. 50) é necessário a

examinação do ambiente do consumidor para avaliar a situação atual e futura a

respeito dos mercados-alvos da empresa. Durante essa análise, deve-se coletar

informações que identifiquem: os consumidores atuais e potenciais da empresa, as

necessidades prevalecentes desses consumidores, as características básicas dos

produtos da empresa e dos concorrentes que atendem as necessidades dos

consumidores e as mudanças previstas nessas necessidades.

3.5.1.3 Ambiente interno

O aspecto final da análise ambiental é uma avaliação crítica do

ambiente interno atual e futuro da empresa em relação a seus objetivos e

desempenho, à alocação de recursos, às características estruturais e às lutas

políticas e de poder, assim afirmam Ferrel et al (2000, p. 53).

Através disto podemos citar que análise do ambiente interno tem

como objetivo avaliar a atual situação da empresa, seus objetivos futuros, levantar

dados e diagnosticá-los com o intuito de melhorar o seus desempenho.

3.5.2 Análise SWOT

Page 27: monografia Kely

26

Para Ferrel et al (2000, p. 33-34) a análise SWOT foca os fatores

internos (forças e fraquezas) e externos (oportunidades e ameaças) – derivados da

análise ambiental da seção anterior – que dão à empresa certas vantagens e

desvantagens e satisfazer as necessidades de seu(s) mercado(s) – alvo(s). Essas

forças, fraquezas, oportunidades e ameaças devem ser analisadas em relação às

necessidades e à concorrência de mercado. Essa análise ajuda e empresa a

identificar o que faz bem e onde precisa fazer melhorias.

Segundo Kotler (2000, p. 98) a análise SWOT (dos termos em inglês

strengths, weaknesses, opportunities, threats) é a avaliação global das forces,

fraquezas, oportunidades e ameaças.

3.5.2.1 Forças e fraquezas

Segundo Ferrel et al (2000, p. 34) as forças e as fraquezas são

problemas internos e exclusivos para a empresa conduzir a análise. As forças

referem-se aos fatores que permitem à empresa alguma vantagem em atender às

necessidades de seus mercados-alvos, isto é, uma vantagem competitiva. As

fraquezas referem-se a quaisquer deficiências que uma empresa possa ter no

desenvolvimento ou na implementação de sua estratégia de marketing.

3.5.2.2 Oportunidades e ameaças

Ferrel et al (2000, p. 34) afirmam também que as oportunidades e

ameaças são problemas externos que podem afetar todas as organizações, mesmo

aquelas que não concorrem com o planejamento da empresa. As oportunidades

referem-se às condições favoráveis no ambiente que podem produzir recompensas

para a organização, se ela for adequadamente afetada, isto é, oportunidade são

situações que existem, mas que devem ser aceitas em beneficio da empresa. As

ameaças referem-se às condições ou às barreiras que podem impedir a empresa de

atingir seus objetivos.

Page 28: monografia Kely

27

3.5.2.3 Metas e objetivos de marketing

Las Casas (2001, p. 275) afirma que o estabelecimento de objetivos

e um passo muito importante, pois eles determinam à linha de atuação dos vários

setores de uma empresa. Podendo, existir tantos objetivos quantos forem

necessários; entretanto, devem ser colocados em ordem de prioridade

(hierarquizados), ser atingíveis (objetivos que não são alcançados) podem gerar

frustração nos responsáveis e coerentes (cada um deles deve estar em sintonia com

os outros).

De acordo com Ferrel et al (2000, p. 35) as metas e objetivos de

marketing são declarações formais dos resultados desejados e esperados,

decorrentes do plano de marketing.

Ferrel et al (2000, p. 36) afirmam também que metas são

declarações amplas e simples do que deve ser realizado pela estratégia de

marketing. A principal função de suas metas é orientar o desenvolvimento de

objetivos e fornecer direção para as decisões de alocação de recursos. Os objetivos

de marketing são mais específicos e essenciais para o planejamento. Eles devem

ser declarados quantitativamente para permitir mensuração razoavelmente precisa.

Para Kotler (2000, p. 101) a transformação de objetivos e metas

mensuráveis facilita o planejamento, a implementação e o controle.

3.5.3 Estratégia de Marketing

Segundo Ferrel et al (2000, p. 24) a estratégia de marketing de uma

organização é preparada para dar uma integração total dos esforços que focam o

cumprimento dos objetivos de marketing.

Ainda conforme afirmam Ferrel et al (2000, p. 91) que a estratégia

de marketing envolve a seleção de um mercado-alvo específico e a tomada de

decisões em relação aos elementos cruciais de produtos, preço, promoção e

distribuição para satisfazer às necessidades dos consumidores desse mercado.

Page 29: monografia Kely

28

3.5.4 Implementação

Para Kotler (2000, p. 104) uma estratégia clara e programas de

apoio bem arquitetados podem ser inúteis se a empresa não conseguir implementá-

los com cuidado.

A implementação de marketing é um processo de execução da

estratégia de marketing pela criação de ações específicas que asseguram que os

objetivos de marketing sejam atingidos, conforme afirmam Ferrel et al (2000, p. 120).

3.5.5 Avaliação e Controle

Para Kotler (2000, p. 105) à medida que a empresa implementa sua

estratégia, faz-se necessário o acompanhamento dos resultados e monitoramento

dos novos acontecimentos nos ambientes interno e externo. Alguns ambientes

permanecem estáveis de ano para ano. Outros evoluem lentamente, de maneira

bastante previsível. Outros, ainda, mudam rapidamente, de maneira imprevisível e

por vezes violenta. No entanto, as empresas podem ter certeza de que o mercado

irá mudar. E quando isso acontecer, será necessário analisar e revisar a

implementação, os programas, as estratégias ou até mesmo os objetivos.

Page 30: monografia Kely

29

4. METODOLOGIA

Primeiramente será realizado um estudo exploratório e uma análise

os dados secundários fornecidos pela própria empresa. Para Mattar (2001, p. 18) a

pesquisa exploratória visa prover o pesquisador de maior conhecimento sobre o

tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Mattar (2001, p. 48) descreve

também que, os dados secundários são aqueles que já foram coletados, tabulados,

ordenados e, às vezes, até analisados e que estão catalogados à disposição dos

interessados. Sendo que neste estudo as fontes básicas de dados secundários

serão coletadas por meio de relatórios e informações na própria empresa.

O estudo exploratório será constituído de pesquisas de natureza

qualitativas, que ainda segundo Malhotra (2001, p. 155) é baseada em pequenas

amostras que proporciona melhor visão e compreensão do contexto do problema.

Deste modo, a amostra será composta pelo quadro de funcionários e pelos sócios

proprietários da empresa.

As entrevistas serão realizadas no mês de abril de 2007 sendo em

profundidade. Para Malhotra (2001, p. 156) o objetivo desta entrevista é revelado

aos respondentes, ou então pelas próprias questões formuladas. A seleção que irá

compor a amostra dependerá dos critérios subjetivos do pesquisador, ou seja, será

uma amostra não probabilística por julgamento.

Samara e Barros (2002, p. 94) descrevem que as amostras não

probabilísticas são selecionadas por critérios subjetivos do pesquisador, de acordo

com sua experiência e com objetivos do estudo, não sendo obtidas através de

conceitos estatísticos, sendo que os elementos da amostra são selecionados

segundo um critério de julgamento do pesquisador, tendo como base o que se

acredita que o elemento selecionado possa fornecer ao estudo.

Em seguida será realizada uma outra pesquisa de caráter descritiva

junto aos clientes, visando identificar o perfil dos clientes e suas expectativas em

relação à empresa. As pesquisas de caráter descritivo procuram descrever situações

de mercado a partir de dados primários, obtidos originalmente por meio de

entrevistas pessoais ou discussões em grupo, conforme afirmam Samara e Barros

(2002, p. 30). A pesquisa descritiva será de natureza quantitativa, sendo aplicado

questionário estruturado, direcionado as pessoas que moram, trabalham ou mesmo

Page 31: monografia Kely

30

transitam com maior freqüência na região onde está localizada a empresa.

Segundo Samara e Barros (2002, p. 30) as pesquisas quantitativas

buscam uma análise quantitativa das relações de consumo, ou seja, procura

quantificar os dados a partir da elaboração de amostras da população.

Levando em consideração o público que será entrevistado e também

as respostas que pretendemos obter serão utilizados como instrumento de coleta de

dados perguntas fechadas, abertas, de múltiplas escolhas e escala de pesos,

utilizando como estratégia de levantamento de dados o método de survey, que

segundo Malhotra (2001, p. 179) a obtenção de informações se baseia no

interrogatório dos participantes, aos quais se fazem várias perguntas sobre seu

comportamento, intenções, atitudes, percepção, motivações, características

demográficas e de estilo de vida. Dessa forma, sendo possível conhecer os fatores

que influenciam na escolha pela empresa, a região de maior atuação, além de

identificar o perfil dos consumidores, em detrimento de tantas outras possibilidades,

defronte a variáveis como sexo, idade, estado civil, escolaridade e renda.

O levantamento de dados foi realizado através de entrevistas por

abordagem pessoais com 100 clientes de maneira probabilística.

Resumo dos procedimentos metodológicos:

1ª Fase: Estudo exploratório aprofundados em dados secundários, de natureza

qualitativa não probabilística através de entrevistas em profundidade com o sócio da

empresa.

2ª Fase: Estudo exploratório, de natureza qualitativa não probabilística através de

entrevistas em profundidade com os funcionários da empresa.

3ª Fase: Estudo descritivo, de natureza quantitativa com levantamento de dados por

método de survey contendo amostras probabilísticas.

Page 32: monografia Kely

31

5. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO

Razão Social: M. Fries e Cia Ltda.

Endereço: Avenida Antônio Carlos Paniago, nº. 47, Centro. Mineiros-Go.

Telefone/ Fax: (64) 3661-1098 / (64) 3661-2001

Website/ E-mail: www.mfries.com.br, [email protected]

Atividade: Comércio Varejista de Peças, Implementos e Máquinas Agrícolas,

Serviços e Insumos.

Tempo de Fundação: 23 anos.

Horário de Funcionamento: 07:30 às 17:30 de segunda a sexta e 07:30 às 11:30 aos

sábados.

Produtos: tratores, plantadeiras, colheitadeiras, pulverizadores, implementos e peças

originais.

Serviços: Manutenção, revisão, prevenção e reparos de equipamentos em geral.

Participação de Mercado: 33,73 %

Número de Funcionários: 29 colaboradores.

Organograma Funcional: Dê dois clique sobre o organograma.

Figura 1 - Organograma Funciona

Fonte: Departamento Administrativo

Diretor - Presidente

Gerente Geral NegóciosAdministradora

Supervisor de PeçasSupervisor VendasSupervisor Serviços Sup. Financeira

Analista de Sistemas

Zeladora

Recepcionista

Vigia Noturno

Auxiliar Contábil / RH

Assistente Vendas

Consultor Negócios

Consultor Negócios

Consultor de Peças

Consultor de Peças

Consultor de Peças

Consultor de Peças

CaixaResp. Garantia

Secretário Serviços

Consultor Técnico

Consultor Técnico

Consultor Técnico

Consultor Técnico

M. Fries & Cia Ltda

Consultor Técnico

Consultor Técnico

Auxiliar de Técnico

ORGANOGRAMA

CONTABILIDADEEMAC

Page 33: monografia Kely

32

6. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE MARKETING PROPOSTO

6.1 SUMÁRIO EXECUTIVO

A M. Fries & Cia Ltda. existe a 22 anos no varejo de máquinas e

implementos agrícolas. A empresa tem como objetivo atender as necessidades dos

clientes nesse segmento destacando-se junto aos mesmos. Os produtos

comercializados são tratores, colheitadeiras, plantadeiras, implementos, peças e

serviços.

Este Plano tem como características o crescimento de vendas e

aumento do nível de satisfação dos clientes.

Pode-se constatar nas pesquisas realizadas que a empresa tem boa

aceitação e participação de mercado, porém deve buscar a resolução de alguns

problemas para tornar-se mais competitiva e diferenciar-se de seus concorrentes.

O Plano de marketing para a M. Fries & Cia Ltda. enfocará em ações

visando solucionar os problemas, estabelecer planos de incentivos aos funcionários

e criar estratégias visando melhorar o relacionamento com os clientes.

6.2 ANÁLISE AMBIENTAL

Sabemos que para a execução de um plano de marketing, é

indispensável que seja feito uma análise ambiental na qual a empresa está inserida.

Para Ferrel et al (2000, p. 33) análise ambiental resume todas as

informações pertinentes obtidas sobre três condições da empresa: o ambiente

externo, o ambiente do consumidor (isto é, mercado-alvo) e o ambiente

(organizacional) interno da empresa.

A análise ambiental resume todas as informações pertinentes

obtidas sobre três condições da empresa: o ambiente externo, mercado-alvo e o

ambiente interno da empresa.

A análise do ambiente externo deve incluir todos os fatores

Page 34: monografia Kely

33

relevantes – econômicos, competitivo, social, político/legal e tecnológico – que

podem exercer pressões consideráveis diretas e indiretas sobre as atividades de

marketing da empresa.

A análise do mercado-alvo deve examinar a situação atual a respeito

das necessidades desse mercado, as mudanças antecipadas dessas necessidades

e como os produtos da empresa estão atualmente atendendo a essas necessidades.

A análise do ambiente interno deve considerar assuntos como à

disponibilidade e a alocação de recursos, a idade e a capacidade dos equipamentos

e da tecnologia, a disponibilidade de recursos financeiros, dentre outros.

Esta etapa do plano de marketing irá registrar os dados coletados na

empresa M. Fries & Cia Ltda.

Sendo que para realização desta 1ª etapa serviu-se de entrevistas

com os funcionários e sócios proprietários da empresa, realizando também a

aplicação de questionários com clientes.

6.3 AMBIENTE INTERNO

Através da entrevista realizada com o sócio majoritário da empresa

M. Fries & Cia Ltda, foi possível levantar informações peculiares da loja, tais como:

suas potencialidades de mercado, os concorrentes diretos e indiretos levando em

consideração o ambiente externo competitivo, além de levantar o perfil atual da

empresa quanto às práticas e ações no segmento de máquinas, implementos

agrícolas, peças e serviços em Mineiros.

A M. Fries & Cia Ltda é constituída por dois sócios proprietários,

fundada em 1984 como intuito de atender a população mineirense, tendo como a

principal característica a sua tradição na cidade, com 22 anos de mercado e

participação de 33,73% na opinião pública. Veja gráfico abaixo:

Page 35: monografia Kely

34

Gráfico 1 – Participação de Mercado

Participação de Mercado

34%

13%30%

23% M.FRIES

PARAÍSO

VOLMAQ

GRADUAL

Fonte: Pesquisa de Campo

A estrutura física da empresa compreende 3.860 m², sendo 360 m²

de logística interna, 480 m² de oficina e 3.020 m² de pátio, está localizada em uma

das principais avenidas da cidade.

Possui uma logística atualizada e inovadora, com espaço para show

room, com gôndolas e expositores distintos, balcão de auto-atendimento e variedade

diversificada de produtos, possuindo equipamentos de qualidade, ao mesmo tempo,

oferece serviços de prevenção, manutenção, revisão e reparo de máquinas e

equipamentos.

Procura fidelizar seus clientes através de um atendimento

diferenciado, pós venda, cartões de aniversários ou em datas especiais, causando

assim um impacto positivo aos clientes.

A M. Fries & Cia Ltda busca realizar treinamentos, cursos e

palestras junto aos seus colaboradores, para que os mesmos possam estar sempre

atualizados, atendendo as necessidades dos clientes, que cada vez mais se tornam

mais exigentes. No entanto nota-se no quesito motivacional de pessoas, a empresa

não emprega muitas ações, não oferecendo nada de diferente para os funcionários

com o intuito de incentivá-los a produzirem mais e melhor.

6.3.1 Análise e Discussão da Pesquisa Qualitativa com os Funcionários

Após a realização e análise dos dados coletados com o sócio

majoritário da M. Fries & Cia Ltda, a segunda etapa da pesquisa constitui-se

também em uma entrevista em profundidade direcionadas aos funcionários desta,

com o intuito de levantar os pontos fortes e fracos da empresa e consequentemente

Page 36: monografia Kely

35

analisa-los, juntamente com as informações obtidas na primeira etapa da pesquisa.

Dos cinco funcionários entrevistados, todos possuem mais de dois

anos de serviços prestados na empresa. Ao observar as informações coletadas,

assim como qualquer empresa, logo, percebem-se alguns problemas internos que

de alguma maneira podem influenciar a produtividade particular de cada membro e a

coletiva da organização, refletindo algumas vezes no atendimento e no

relacionamento com os clientes bem como na qualidade e a estrutura organizacional

da empresa.

Os pontos fracos verificados nesta etapa de coleta das informações

consistem nas variáveis, motivação e as remunerações e benefícios. Para os

funcionários entrevistados a empresa possui falha nessas variáveis.

Com relação à motivação, os funcionários da empresa afirmam que

faltam investimentos diferenciados do que seus próprios salários. Sendo que a

remuneração fixa não consegue motiva-los para a superação de metas e objetivos

ou para melhoria contínua das atividades.

Contudo, nota-se que no quesito motivacional de pessoas, a

empresa não emprega muitas ações, não oferecendo nada de diferente para os

funcionários com o intuito de incentivá-los a produzirem mais e melhor.

Outro fator importante que discorre na coleta de dados em relação à

remuneração e aos benefícios, os funcionários afirmam que poderiam ser melhor,

sendo que os benefícios são vistos como formas indiretas de recompensação total

aos funcionários.

Os entrevistados ressaltam que a empresa propícia à capacitação,

treinamentos, cursos e palestras, com o intuito de mantê-los sempre atualizados

para atender melhor as necessidades dos clientes que cada vez tornam-se mais

exigentes.

Outro ponto forte além de treinamentos constantes que visam a

melhor capacitação é o trabalho em equipe realizado na empresa. Todos os

entrevistados avaliam seus colegas como bons, não se queixam de desavenças tão

quanto de desentendimentos, ocorre um trabalho múltiplo entre eles.

Três dos entrevistados citaram que possíveis reclamações dos

clientes ou a não efetivação de vendas quando o cliente vai até a loja comprar e não

tem o produto.

De modo geral, podemos perceber que a empresa possui alguns

Page 37: monografia Kely

36

problemas internos que são considerados como pontos fracos, mas que podem ser

revisados e melhorados. No entanto a empresa apresenta também fatores

importantes considerados como pontos fortes da mesma.

6.3.1.1 Resumo da análise do ambiente interno:

A empresa M. Fries & Cia Ltda como vimos anteriormente possui

alguns problemas, os quais podemos destacar após análise da pesquisa qualitativa

realizada com o proprietário e os funcionários, tais como: os empregados não

recebem ajudas motivacionais, benefícios e incentivos. A falta de mercadoria devido

ao giro rápido também é um outro aspecto que acarreta a perda de vendas. Em

contrapartida, a empresa oferece treinamentos, cursos e palestras para a

capacitação de seu quadro de funcionários, usufruindo de uma equipe de vendas

capaz de gerar bons atendimentos com os clientes e um trabalho em equipe sem

conflitos e com cooperação múltipla.

6.4 AMBIENTE DO CONSUMIDOR

A compreensão do cliente é uma das partes mais importantes para

que as empresas de varejo tenham sucesso, pois consiste na etapa que define,

identifica e caracteriza o cliente.

O mercado alvo da M. Fries & Cia Ltda é um pouco abrangente,

atendendo as classes sociais media alta, porém o seu público-alvo permanente é a

classe média. São na sua maioria pessoas entre 30 e 65 anos, casados, designados

em uma margem de 95% por homens, normalmente com 2º grau completo e com

renda entre R$ 10.000,00 (Dez Reais) a R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais).

A M. Fries & Cia Ltda atende a um público direcionado a

agropecuária, atendendo a todas as classes sociais, independente de idade, renda,

escolaridade, cultura e outros aspectos relacionados aos clientes.

No entanto, o publico alvo descrito anteriormente são a maioria, mas

Page 38: monografia Kely

37

não que a empresa esteja totalmente direcionada a este publico, isto devido à

abrangência e amplitude do mercado agropecuarista indo de um hortigranjeiro aos

mais destacados na produção de grãos, carne, leite, algodão, cana de açúcar, etc.

Os consumidores na sua maioria consideram a empresa “ótima”,

possuindo apenas algumas reclamações no setor de serviços. Sendo que os

aspectos que determinam a escolha pela loja são: em primeiro lugar o atendimento,

a alta tecnologia e a diversificação de produtos.

6.4.1 Análise da Pesquisa Quantitativa com Clientes

Esta etapa da pesquisa teve como característica maior levantar

informações geográficas e demográficas dos clientes da empresa. Considerando

uma amostra de 100 pessoas.

Tabela 1 – Motivos que levam os clientes a comprarem:

Respostas F % Atendimento 15 15% Preço 11 11% Mix de Produtos 12 12% Agilidade na Entrega 17 17% Localização 10 10% Tecnologia dos Produtos John Deere 35 35% Total 100 100%

Esta pergunta tem por finalidade avaliar as variáveis mais

importantes que determina nas pessoas à sua escolha e a optar pela a empresa M.

Fries & Cia Ltda.

Percebe-se que os aspectos mais importantes foram à tecnologia

dos produtos John Deere, a agilidade na entrega e atendimento.

Tabela 2 – Região de maior atuação:

Respostas f % Goiás 74 74% Mato Grosso 26 26% Total 100 100%

Dos entrevistados, 74% moram na região do Estado de Goiás e 26%

Page 39: monografia Kely

38

moram no Estado de Mato Grosso. A empresa atua principalmente no estado de

Goiás, abrangendo os municípios de Mineiros, Portelândia, Perolândia, Santa Rita

do Araguaia e Doverlândia. Já no Estado de Mato Grosso a empresa atende aos

municípios de Alto Araguaia, Alto Taquari, Costa Rica, Baús e Riberãozinho.

Tabela 3 – Sexo:

Respostas f % Masculino 95 95% Feminino 5 5% Total 100 100%

A maioria dos entrevistados é do sexo masculino conforme indica a

tabela 3. Geralmente neste setor de máquinas e implementos agrícolas, peças e

serviços o mercado consumidor abrange em grande escala o gênero masculino, pois

estes são os que geralmente gerenciam as lavouras.

Tabela 4 – Idade:

Respostas f % 19|--25 10 10% 25|--30 27 27% 30|--65 53 53% 65|--75 10 10% Total 100 100%

A maior parte dos entrevistados foi aqueles com idades entre 30 e

65 anos, logo seguidos daqueles com idades entre 25 e 30 anos. A segmentação

por idade busca-se avaliar as diferenças de necessidades e desejos entre as faixas

etárias.

Tabela 5 – Estado Civil:

Respostas f % Solteiro (a) 10 10% Casado (a) 72 72% Divorciado (a) 3 3% Outros 15 15% Total 100 100%

Esta tabela nos mostra que dos entrevistados a maioria são casados

seguido daqueles que são solteiros. Podendo a empresa direcionar estratégias de

Page 40: monografia Kely

39

marketing para cada grupo de pessoas em suas diferentes fases de vida, pois

possuem hábitos de consumo diferentes.

Tabela 6 – Escolaridade:

Respostas f % 1º Grau Completo 15 15% 1º Grau Incompleto 25 25% 2° Grau Completo 30 30% 2° Grau Incompleto 20 20% Superior Completo 5 5% Superior Incompleto 15 15% Total 100 100%

Ao analisar a segmentação demográfica por escolaridade, busca-se

mensurar o nível sociocultural das pessoas. Contudo, percebe-se que a maioria das

pessoas possui o segundo grau completo. Logo, em seguida estão às pessoas que

possuem primeiro grau incompleto. No entanto, podemos constatar que o nível dos

entrevistados é médio.

Tabela 7 – Renda:

Respostas f % Até 10.000,00 reais 12 12% De 10.000,01 a 50.000,00 reais 25 25% De 50.000,01 a 100.000,00 reais 40 40% De 100.000,01 a 150.000,00 reais 17 17% Acima de 150.000,01 6 6% Total 100 100%

De acordo com esta tabela podemos constatar que a maioria dos

entrevistados possui renda familiar entre R$ 10.000,00 a R$ 100.000,00 reais.

6.4.2 Resumo da análise do ambiente do consumidor

Essa análise baseia-se nas informações geográficas e demográficas

das pessoas que compõem a amostra, além de revelarem os fatores determinantes

pela escolha da loja, levantando dados relevantes como: região, sexo, idade, estado

civil, escolaridade e renda. Como avaliação, os consumidores dizem estar contentes

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em relação ao atendimento oferecido, considerando a empresa em um modo geral

com satisfatória. Analisando o perfil dos pesquisados, observa-se que a M. Fries &

Cia Ltda atende geralmente pessoas de classe média alta, residentes no estado de

Goiás, particularmente na cidade de Mineiros, onde está situada, sendo freqüentada

na sua maioria por homens, casados, e que possuem segundo grau completo.

Através desta análise podemos direcionar melhor as estratégias de marketing, haja

vista que estas são características da maioria dos entrevistados. Ao discorrer tais

informações, buscam-se promover estratégias com o intuito de manter os clientes

existentes e prospectar novos clientes, aumentando consequentemente as vendas,

melhorando o atendimento e minimizando os problemas.

6.5 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO

Ao analisar o ambiente externo político/legal da M. Fries & Cia Ltda,

constata-se que alguns fatores podem influenciar esse segmento, tais como: as

intervenções políticas governamentais e federais, o reajuste de preços, os baixos

preços das comodites (soja, milho, algodão, etc.) e as leis que coíbem algumas

práticas e ações; podendo assim exercer pressões consideráveis diretas e indiretas

sobre as atividades de marketing da empresa.

Com a instalação de indústrias na região, a empresa pode

previsionar um aumento significante no setor da cana de açúcar, grãos, até mesmo

na parte de pecuária, aumentando conseqüentemente as vendas de equipamentos

para a implementação das lavouras, aviários, propriedades pecuárias, etc.

A M. Fries & Cia Ltda comercializa tratores, colheitadeiras,

plantadeiras, bem como implementos e peças originais; ao mesmo tempo, oferece

serviços de prevenção, manutenção, revisão e reparo de máquinas e equipamentos.

Quanto à concorrência analisando mercadologicamente o varejo de

máquinas e implementos agrícolas em Mineiros, foram identificados três

concorrentes diretos que competem sobre as variáveis de preço e promoção dentro

do composto de marketing, tais como: Volmaq Ltda, Gradual Ltda e Paraíso

Maquinas. Já os concorrentes indiretos foram identificados, competindo sobre as

variáveis de produtos e praça, tais como: Tractor Parts, Central Máquinas, Evolução,

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Lavroeste.

Os concorrentes maiores e diretos como vimos anteriormente não

são muitos, porém estes são rápidos e fortes, possuindo uma politica de preço mais

agressiva e investindo constantemente em propaganda e promoções.

Porém os concorrentes indiretos não se restrigem a uma politica

agressiva de preço, sendo mais maleáveis e não influenciando de forma direta a

empresa.

6.6 ANÁLISE SWOT

6.6.1 Forças

- Tecnologia (Informática/Programa);

- Opção de configuração dos produtos John Deere;

- Localização Estratégica da Loja;

-Treinamento específico de operação e manutenção de equipamentos para clientes

Jhon Deere;

- Ações relacionadas ao pós vendas.

6.6.2 Fraquezas

- Falta de incentivos e benefícios motivacionais;

- Base de dados mal gerenciada;

- Imagem do Concessionário;

- Estrutura física (Show Room).

6.6.3 Oportunidades

- Relacionamento da empresa com as instituições financeiras;

- Troca de produtos/serviços prestados aos clientes;

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- Venda de Implementos Agrícolas;

- Disponibilidade de linhas de crédito;

6.6.4 Ameaças

- Baixos preços das comodites (soja, milho, algodão, etc.);

- Fatores Climáticos;

- Desvalorização do dólar;

- Intervenções governamentais e federais;

6.7 OBJETIVOS

- Obter um crescimento positivo em vendas;

- Aumentar o grau de satisfação dos clientes;

6.8 ESTRATÉGIAS E AÇÕES

ESTRATÉGIA 1 – Relacionamento com clientes;

Ação 1

Descrição: Organizar e Gerenciar o Banco de Dados dos clientes.

Responsável: Departamento de Vendas

Custo: Nenhum.

Prazo: Imediato

Ação 2

Descrição: Pós Venda continuo.

Responsável: Consultores Estratégicos de Negócios (Vendedores).

Custo: R$ 450,00 para visitas aos clientes.

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Prazo: Imediato.

Ação 3

Descrição: Curso de Manutenção e Operação de Equipamentos.

Responsável: Gerente.

Custo: R$ 500,00 para material didático e confraternização dos participantes.

Prazo: 30 dias

ESTRATÉGIA 2 – Solucionar os problemas Internos.

Ação 1

Descrição: Elaborar campanhas de incentivos e benefícios visando à satisfação

profissional e motivando os empregados para superação das metas e objetivos e

para a melhoria contínua das atividades.

Responsável: Proprietário e Gerente.

Custo: Aproximadamente R$ 1.500,00 que será rateado entre a equipe que melhor

se destacar no ano.

Prazo: Anual

Ação 2

Descrição: Fazer pesquisas por observação e com perguntas aos clientes com o

intuito de avaliar as melhorias gradativas.

Responsável: Funcionários da empresa.

Custo: Nenhum.

Prazo: Imediato.

Ação 3

Descrição: Reunião Festiva de Confraternização entre os Funcionários.

Responsável: Gerente Administrativo, Gerente Vendas, Gerente de Peças, Gerente

de Serviço. (Cada festiva é de responsabilidade de um destes gerentes).

Custo: R$ 200,00

Prazo: Trimestral

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6.9 IMPLEMENTAÇÃO E CONTROLE

O Plano de Marketing será monitorado através de reuniões mensais

no primeiro ano de sua implementação no qual serão realizadas na primeira semana

de cada mês.

Fica responsável pela implementação o sócio majoritário da

empresa. O gerente geral é responsável pelo acompanhamento e por verificar com

os vendedores se os clientes estão percebendo as mudanças. Ele também será

responsável pelo controle do plano.

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CONCLUSÃO

Através do Plano de Marketing foi possível destacar os pontos fortes

e fracos da empresa, bem como as ameaças e oportunidades, podendo melhorar os

problemas ora identificados através das estratégias de marketing.

Por meio da análise dos ambientes e coleta de dados, foi possível

conhecer melhor a empresa M. Fries & Cia Ltda e criar ações de marketing

direcionadas, de acordo com suas reais necessidades e voltadas para um mercado

altamente competitivo, com o intuito de torná-la mais eficiente, obtendo crescimento

positivo nas vendas e aumentando a satisfação dos clientes.

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REFERÊNCIAS

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KOTLER, Philip: Administração de Marketing . São Paulo: Prentice Hall, 2000.

KOTLER, Philip Kotler: Marketing: Edição Compacta. São Paulo: Atlas, 1996.

KOTLER, Philip, KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing . 12ª ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2006.

LAS CASAS, Alexandre Luzzi: Marketing: conceitos, exercícios e casos. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

LAS CASAS, Alexandre Luzzi: Marketing de Varejo. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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MCCARTHY, E. Jerome, PERREAULT JR. William D. Marketing essencial : uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997.

MALHOTRA, Naresh K: Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2001.

MATTAR, Fauze Najib: Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas, 2001.

SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, José Carlos: Pesquisa de marketing:

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