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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Igor Guasso Michael Loureiro Carneiro Thiago Peron OS SERVIÇOS E A EMPRESA HOTELEIRA: um estudo de caso do Cristal Palace Inn LINS – SP 2009

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Igor Guasso

Michael Loureiro Carneiro

Thiago Peron

OS SERVIÇOS E A EMPRESA HOTELEIRA:

um estudo de caso do Cristal Palace Inn

LINS – SP

2009

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IGOR GUASSO

MICHAEL LOUREIRO CARNEIRO

THIAGO PERON

OS SERVIÇOS E A EMPRESA HOTELEIRA:

um estudo de caso do Cristal Palace Inn

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Especialista Francisco César Vendrame e orientação técnica da Profª Especialista Ana Beatriz Lima.

LINS – SP

2009

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Guasso, Igor; Carneiro, Michael Loureiro; Peron, Thiago Os serviços e a empresa hoteleira: um estudo de caso do Cristal

Palace Inn / Igor Guasso; Michael Loureiro Carneiro; Thiago Peron. – – Lins, 2009.

92p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2009

Orientadores: Francisco César Vendrame; Ana Beatriz Lima

1. Serviços. 2. Hotelaria. 3. Satisfação do cliente. 4. Cristal Palace Inn. I Título.

CDU 658

G951s

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IGOR GUASSO

MICHAEL LOUREIRO CARNEIRO

THIAGO PERON

OS SERVIÇOS E A EMPRESA HOTELEIRA:

um estudo de caso do Cristal Palace Inn

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Orientador Prof. Especialista Francisco César Vendrame

Especialista em Gestão Empresarial: marketing e RH pelo Centro Universitário

Unisalesiano

Assinatura:_________________________________.

1° Prof.(a) ______________________________________________________

Titulação _______________________________________________________

Assinatura:_________________________________.

2° Prof.(a) ______________________________________________________

Titulação _______________________________________________________

Assinatura:_________________________________.

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A Deus que está acima de todas as coisa e

tem nos dado forças e motivação para

prosseguir nas conquistas da vida.

Aos nossos pais

Agradecemos de forma muito carinhosa a

vocês que por muitos momentos trocaram

suas vidas, pelas nossas. Pelas vezes que

anularam seus ideais para que os nossos

pudessem se concretizar.

Por acreditar na nossa capacidade e nos

nossos sonhos, proporcionando-nos suporte

e incentivo aos estudos e ao trabalho.

Aos nossos familiares

Por vivenciar e compartilhar momentos de

tristeza e alegrias, e por ter nos estimulado

nos momentos necessários.

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AGRADECIMENTOS

Aos nossos orientadores Prof. Francisco César

Vendrame e Ana Beatriz Lima

Pelo desafio de assumir a orientação deste

trabalho, transmitindo serenidade, compromisso e

confiança. Pelo carinho com que nos transmitiram

os ensinamentos e, principalmente, pela

paciência. Sem a ajuda de vocês a conclusão

deste sonho não seria possível.

Aos professores do Curso pela maneira

competente que transmitiram seus

conhecimentos.

Ao Unisalesiano que possibilitou o nosso

crescimento profissional.

Ao Cristal Palace Inn que gentilmente nos abriu

as portas para que pudéssemos realização este

trabalho.

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RESUMO

Numa era globalizada, prestadores de serviços, especialmente as organizações hoteleiras, convivem em um ambiente de alta competitividade. A qualidade e excelência nos serviços, e tem sempre como foco a sua satisfação, e diante disso tem-se constatado que as empresas estão cada vez mais buscando recursos para encantar e conquistar cada um de seus clientes. A indústria hoteleira, do setor de serviços, tem se mostrado um importante segmento da economia em termos de movimentação de recursos, geração de empregos e principalmente atração de capital. Portanto, há a necessidade de estar sempre se inovando, buscando o melhor para seus clientes, preparar seus funcionários para atender bem e acima de tudo está atento à necessidade de cada cliente em especial. O consumidor está crítico e informado a respeito dos serviços e produtos que consome ou deseja consumir, por isso tem se tornado mais exigente. Diante do exposto surgiu o interesse pela elaboração de um trabalho voltado ao serviço e a empresa hoteleira. Para isso realizou-se uma pesquisa de campo no Cristal Palace Inn juntamente com uma pesquisa bibliográfica, visando definir, caracterizar, ilustrar e analisar as atividades do setor de hoteleiro para obtenção da formação de uma base conceitual necessária ao trabalho em estudo. A pesquisa contemplou que no compito geral o hóspede classifica como bons os serviços ofertados, porém apontam várias melhorias a serem feitas. Não se notou nenhum serviço que desagrade total ou quase totalmente os hóspedes. Os hóspedes acham o serviço e o atendimento do Hotel ótimo, porém 35% classificaram como bom apontando algumas falhas nos serviços e atendimento. Desta forma, para que se consiga a excelência em serviços faz-se importante sanar as falhas e pesquisar periodicamente com os clientes sobre sua satisfação quanto aos serviços e atendimento do Hotel.

Palavras-chave: Serviços. Empresa hoteleira. Satisfação. Cristal Palace Inn em Lins (SP).

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ABSTRACT

Tourist services, hotel organizations live in an environment of high competitiveness. Quality and service excellence is the main focus of this business that aims at customer satisfaction and constant search of conquest and customer delight. Important sector for national and global economy, tourism and in this context, the hotel industry, moving resources, creating jobs and attracting capital mainly. Thus, there is the need to be constantly innovating, seeking the best for their customers, enabling their employees in order to serve well and above all be attentive to the needs of each client in particular. Currently, the consumer, the more informed is undeniably critical, especially with regard to services and products that consume or want to consume, so it has become more demanding. Given the above, it appeared that the interest in developing a work devoted to the service and hospitality company. The work it is a field in Crystal Palace Inn with a literature search, to define, describe, illustrate and analyze the activities of the hotel industry to obtain the formation of a conceptual basis for the study. After analyzing the data from field research, it was found that in general compete, the guest of the Crystal Palace Inn Lins (SP) ranks as good health services available, but suggest various improvements to be made. It is noted that displease any service wholly or mostly guests. Guests will find the service and care of fine hotel, but 35% rated as good pointing out some gaps in services and care. Thus, to strive for excellence in services, it's important to correct the mistakes and constantly check with customers their opinion and satisfaction about the services and care offered. Keywords: Services. Hospitality. Satisfaction. Crystal Palace Inn in Lins (SP).

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização do Cristal Palace Inn......................................................17

Figura 2: Fachada do Hotel...............................................................................18

Figura 3: Recepção...........................................................................................18

Figura 4: Acomodações ....................................................................................19

Figura 5: Sala de café da manhã......................................................................19

Figura 6: Computadores para acesso à internet ...............................................20

Figura 7: Estacionamento .................................................................................20

Figura 8: Capa do informativo de serviços e preços do Cristal Palace Inn

colocado nos quartos........................................................................................21

Figura 9: Informativo de serviços e preços do Cristal Palace Inn colocado

nos quartos .......................................................................................................22

Figura 10: Sistema hoteleiro .............................................................................26

Figura 11: Detalhamento dos processos nas empresas hoteleiras...................32

Figura 12: Gênero................................................................................... Anexo 1

Figura 13: Faixa etária ............................................................................ Anexo 1

Figura 14: Escolaridade .......................................................................... Anexo 1

Figura 15: Atividade ................................................................................ Anexo 1

Figura 16: Cidade de origem................................................................... Anexo 1

Figura 17: Motivo da viagem................................................................... Anexo 1

Figura 18: Freqüência que se hospeda em Lins..................................... Anexo 1

Figura 19: Motivo(s) que o levaram a se hospedar no Cristal Palace

Inn de Lins (SP) ...................................................................................... Anexo 1

Figura 20: Classificação quanto ao serviço e acomodação do hotel ...... Anexo 1

Figura 21: Atendimento na recepção ...................................................... Anexo 1

Figura 22: O chek in é realizado com rapidez......................................... Anexo 1

Figura 23: As ligações são atendidas rapidamente assim que ligo

para a recepção...................................................................................... Anexo 1

Figura 24: O hotel oferece estacionamento amplo ................................. Anexo 1

Figura 25: Os quartos e banheiros estão sempre limpos........................ Anexo 1

Figura 26: Os apartamentos são arejados e confortáveis....................... Anexo 1

Figura 27: Os equipamentos (TV, frigobar, ar-condicionado) dos

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quartos estão em perfeitas condições .................................................... Anexo 1

Figura 28: O hotel controla o ruído (barulho) nas áreas internas............ Anexo 1

Figura 29: O hotel oferece porta de segurança (cartão magnético)

nos quartos ............................................................................................. Anexo 1

Figura 30: Os corredores são bem iluminados ....................................... Anexo 1

Figura 31: O hotel oferece acesso à internet .......................................... Anexo 1

Figura 32: Sugestões dos hóspedes do Cristal Palace Inn de Lins

(SP)......................................................................................................... Anexo 1

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Categorias dos meios de hospedagem.............................................35

Tabela 2: Gênero ..............................................................................................53

Tabela 3: Faixa etária .......................................................................................53

Tabela 4: Escolaridade .....................................................................................54

Tabela 5: Atividade ...........................................................................................54

Tabela 6: Cidade de origem..............................................................................55

Tabela 7: Motivo da viagem..............................................................................55

Tabela 8: Freqüência que se hospeda em Lins ................................................56

Tabela 9: Motivo(s) que o levaram a se hospedar no Cristal Palace Inn de

Lins (SP) ...........................................................................................................56

Tabela 10: Classificação quanto ao serviço e acomodação do hotel................57

Tabela 11: Atendimento na recepção ...............................................................57

Tabela 12: O chek in é realizado com rapidez..................................................57

Tabela 13: As ligações são atendidas rapidamente assim que ligo para a

recepção ...........................................................................................................58

Tabela 14: O hotel oferece estacionamento amplo...........................................58

Tabela 15: Os quartos e banheiros estão sempre limpos.................................58

Tabela 16: Os apartamentos são arejados e confortáveis................................59

Tabela 17: Os equipamentos (TV, frigobar, ar-condicionado) dos quartos

estão em perfeitas condições ...........................................................................59

Tabela 18: O hotel controla o ruído (barulho) nas áreas internas.....................59

Tabela 19: O hotel oferece porta de segurança (cartão magnético) nos

quartos..............................................................................................................60

Tabela 20: Os corredores são bem iluminados.................................................60

Tabela 21: O hotel oferece acesso à internet ...................................................61

Tabela 22: Sugestões dos hóspedes do Cristal Palace Inn de Lins (SP) .........61

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LISTA DE SIGLAS

ABIH - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis

CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

Embratur - Empresa Brasileira de Turismo

Fungetur - Fundo Gestor do Turismo

SP - São Paulo

TV - Televisão

UH - Unidade Habitacional

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................13

CAPITULO I – O HOTEL CRISTAL PALACE INN ..........................................16

1 HISTÓRICO ...........................................................................................16

1.1 Missão....................................................................................................16

1.2 Visão ......................................................................................................17

1.3 Estrutura e localização ...........................................................................17

1.4 Os serviços do Cristal Palace Inn...........................................................20

CAPITULO II – CONSIDERAÇÕES SOBRE HOTELARIA..............................23

2 CONCEITOS DE HOTELARIA ..............................................................23

2.1 Histórico da hotelaria no mundo.............................................................26

2.2 Histórico da hotelaria no Brasil...............................................................30

2.3 Os processos nas empresas hoteleiras .................................................32

2.3.1 Processo administrativo .........................................................................33

2.3.2 Processo reservas..................................................................................33

2.3.3 Processo alimentos e bebidas................................................................33

2.3.4 Processo compras..................................................................................34

2.3.5 Processo limpeza e manutenção ...........................................................34

2.4 Classificação das empresas hoteleiras ..................................................35

2.5 Os números do setor hoteleiro ...............................................................35

2.6 Impactos e perspectivas causados pela atividade hoteleira...................36

2.7 Os rumos da hotelaria no Brasil .............................................................38

2.8 Principais conceitos sobre qualidade .....................................................42

2.8.1 Os serviços e a qualidade ......................................................................43

2.8.2 A qualidade percebida nos serviços hoteleiros ......................................44

2.9 Satisfação do cliente ..............................................................................47

2.9.1 A satisfação do cliente quanto à qualidade do serviço prestado na

hotelaria ............................................................................................................49

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CAPITULO III – A PESQUISA..........................................................................52

3 INTRODUÇÃO .......................................................................................52

3.1 Apresentação dos dados da pesquisa com os clientes..........................52

3.1.1 Apresentação dos dados de identificação..............................................53

3.1.2 Apresentação dos dados referentes às perguntas específicas ..............55

3.2 Apresentação dos dados da pesquisa com o Gerente do Hotel.............61

3.3 Apresentação dos dados da pesquisa com o Proprietário do Hotel .......62

3.4 Conclusão da pesquisa ..........................................................................63

3.5 Parecer final do caso..............................................................................64

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.....................................................................65

CONCLUSÃO...................................................................................................66

REFERÊNCIAS ................................................................................................68

APÊNDICES .....................................................................................................72

ANEXOS...........................................................................................................84

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INTRODUÇÃO

Numa era globalizada, prestadores de serviços, especialmente as

organizações hoteleiras, convivem em um ambiente de alta competitividade. A

necessidade de conquista do cliente não consiste só em atender, mais inclui

inovar, encantar e surpreender e isso pressupõe conhecer as expectativas dos

clientes para executar ações que permitam não apenas atendê-las, mas acima

de tudo, superá-las. (MINCIOTTI; SANTOLIA; KASPAR, 2008).

Segundo Silva (2004), a qualidade e excelência nos serviços, e tem

sempre como foco a sua satisfação, e diante disso tem-se constatado que as

empresas estão cada vez mais buscando recursos para encantar e conquistar

cada um de seus clientes.

“A qualidade no atendimento constitui um dos pilares para alcançar

vantagens competitivas, portanto, deve-se não só satisfazer o cliente, mas

surpreendê-lo”. (SOUZA, 2006, p. 2).

A indústria hoteleira, do setor de serviços, tem se mostrado um

importante segmento da economia em termos de movimentação de recursos,

geração de empregos e principalmente atração de capital. Portanto, há a

necessidade de estar sempre se inovando, buscando o melhor para seus

clientes, preparar seus funcionários para atender bem e acima de tudo está

atento à necessidade de cada cliente em especial. (SOUZA, 2006).

A qualidade nos serviços prestados é um elemento a ser considerados em qualquer estabelecimento hoteleiro que valoriza seus clientes e busca mantê-los. É uma estratégia também para as empresas que procuram se destacar diante da concorrência existente. (LINHARES, OLIVEIRA, 2007, p. 3).

O turismo é uma atividade em expansão que movimenta gera renda e

contribui para a economia do Brasil e do mundo. Os serviços hoteleiros se

desenvolvem a cada ano e é parte essencial para que as atividades turísticas

sejam concretizadas. Assim, torna-se importante dedicar e aplicar a qualidade

nos serviços para que o turista se sinta satisfeito com tudo o que lhe é

oferecido quando visita uma localidade. (RUSCHMANN; SOLHA, 2004).

A hotelaria é parte da infra-estrutura da atividade turística e possui lugar

de destaque no cenário turístico. Castelli (2003) considera essa como uma

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indústria de serviços com características próprias e que tem por finalidade

oferecer hospedagem, alimentação e segurança aos clientes. A hospedagem é

um somatório de bens e serviços que atendem às necessidades e preferências

dos hóspedes. Este setor busca satisfazer as expectativas de acomodação das

pessoas que por algum motivo estão fora de seus domicílios e por isso,

necessitam de um local para se abrigar, algo que proporcione conforto e bem

estar, independente do tipo de turismo que as pessoas pratiquem.

Para Castelli (2003) o hotel deve voltar-se para os desejos do cliente, ou

seja, para as suas necessidades e não para as necessidades do seu

proprietário.

Atualmente, os consumidores esperam receber serviços personalizados,

além de qualidade e baixo custo. O consumidor está crítico e informado a

respeito dos serviços e produtos que consome ou deseja consumir, por isso

tem se tornado mais exigente. (SWARBROOKE; HORNER, 2002).

“As empresas que forem capazes de manter o foco no usuário e atenção

às necessidades atuais e futuras dos clientes são aqueles que experimentarão

prosperidade em longo prazo”. (SOUZA, 2006, p. 4).

Diante do exposto é que surgiu o interesse pela elaboração de um

trabalho voltado ao serviço e a empresa hoteleira, realizando uma pesquisa de

campo no Cristal Palace Inn juntamente com uma pesquisa bibliográfica,

visando definir, caracterizar, ilustrar e analisar as atividades do setor de

hoteleiro para obtenção da formação de uma base conceitual necessária ao

trabalho em estudo.

O principal objetivo do estudo é verificar se os serviços prestados pelo

Cristal Palace Inn atendem às expectativas do cliente. Os objetivos específicos

são analisar a qualidade do atendimento no Cristal Palace Inn; pesquisar junto

aos clientes do Cristal Palace Inn o índice de satisfação dos hóspedes; buscar

na literatura uma contextualização da empresa hoteleira, e os conceitos sobre

satisfação do cliente e qualidade em serviços.

Desta forma, surgiu o seguinte questionamento: O ciclo de serviços do

Cristal Palace Inn atende às expectativas dos clientes no tocante a qualidade?

A priori a hotelaria deve buscar a satisfação dos clientes. E para isto

oferece produtos e serviços que busquem a excelência na qualidade. Esta

qualidade é resultado da somatória das aptidões inatas de cada individuo de

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15

características agregadas pela educação, treinamento e do conhecimento e

das informações do empreendimento que permitem desempenhar, com

satisfação o seu cargo e ser útil ao hóspede.

Para que os objetivos sejam atingidos dividiu-se o trabalho em três

capítulos.

O primeiro capítulo descreve a empresa, o Cristal Palace Inn, sua

história, missão, visão, estrutura e localização e os serviços prestados.

O segundo capítulo relaciona os conceitos e pensamentos acerca dos

serviços, qualidade e satisfação do cliente da empresa hoteleira.

O terceiro capítulo apresenta o resultado e análise dos dados da

pesquisa de campo.

Logo após segue a Proposta de Intervenção, Conclusão e Referências.

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16

CAPÍTULO I

O HOTEL CRISTAL PALACE INN

1 HISTÓRICO

O Cristal Palace Inn foi inaugurado no dia 18 de julho de 2008. De

propriedade de Fábio Antônio Trevisi e Luiz Carlos Bragato, o Hotel veio da

experiência dos proprietários no seguimento de hotelaria.

O nome Cristal Palace Hotel, surgiu de um antigo empreendimento, a

Padaria Cristal e nasceu da necessidade de um hotel mais confortável, luxuoso

e com melhor qualidade no atendimento. A constatação dessa necessidade

deu-se através de reclamações de frequentadores do restaurante Chopão

Cristal.

Os clientes do Hotel Cristal Palace, segundo Silva et al. (2005) são de

negócios (40%), laboratório (20% a 30%), familiar (5%) e descanso e lazer

(10% a 15%).

Os proprietários do Cristal Palace Hotel resolveram pela abertura do

Cristal Palace Inn depois da constatação de que Lins era carente de

hospedagem para turismo de negócios, devido a sua própria estatística,

pessoas que passam poucos dias, ou apenas uma pernoite a fim de fazer

reuniões de negócios, fechar acordos, comprar produtos ou serviços ou acertar

outras questões pontuais relacionadas a atividade de mercado, e muitos

professores que aqui se hospedam para ministrarem aulas nas escolas da

cidade de Lins.

Do seu capital social Fábio Antônio Trevisi detém 80% das ações e Luiz

Carlos Bragato 20%, com CNPJ 08.178.836/0001-92.

1.1 Missão

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17

O Cristal Palce Inn tem por missão satisfazer todas as expectativas dos

hóspedes, oferecendo bom atendimento, conforto, bem-estar e qualidade.

1.2 Visão

A visão do Hotel é finalizar os projetos voltados à modernização para

adequar a mesma aos padrões da rede hoteleira, com intuito de proporcionar

aos clientes o que há de mais novo no mercado.

1.3 Estrutura e localização

O Cristal Palace Inn localiza-se na cidade de Lins à Rua Apiacás 85,

Xingu, Lins (SP) e telefone/fax: (14) 3533-5700 e e-mail:

[email protected].

Fonte: Google Maps (2009)

Figura 1: Localização do Cristal Palace Inn

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18

O Hotel está estrategicamente posicionado ao lado do restaurante

Chopão Cristal, um dos pontos mais elegantes e populares da cidade, de fácil

acesso e próximo à Rodovia Marechal Rondon.

A sua localização alinha-se aos benefícios da localização da cidade de

Lins que está no entroncamento de duas grandes rodovias, a SP 300 (Rodovia

Marechal Rondon) e a BR 153 (Rodovia Transbrasiliana). A cidade tem se

consolidado como pólo industrial do estado de São Paulo, por concentrar em

seu município e arredores grandes empresas do setor agropecuário e

sucroalcooleiro.

A fachada do hotel retrata limpeza e bom gosto e seguridade, como se

observa da Figura 2.

Fonte: Cristal Palace Inn (2009)

Figura 2: Fachada do Hotel

A recepção é arejada, limpa e aconchegante como se observa na Figura

3.

Fonte: Cristal Palace Inn (2009)

Figura 3: Recepção

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19

O Cristal Palace Inn possui 48 apartamentos bem arejados e iluminados,

equipados com TV LCD 26”, telefone, frigobar, ar condicionado Split e bancada

de trabalho com conexão grátis para internet (Figura 4).

Fonte: Cristal Palace Inn (2009)

Figura 4: Acomodações

Fonte: Cristal Palace Inn (2009)

Figura 5: Sala de café da manhã

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20

O Cristal Palace Inn tem o reconhecimento de seus clientes como um

dos melhores e mais completos cafés da manhã que é servido em um

ambiente acolhedor (Figura 5)

O aceso à internet é gratuito em computadores com todos os opcionais

necessários (Figura 6).

O Hotel ainda possui amplo estacionamento para maior tranquilidade

aos hospedes (Figura 7).

Fonte: Cristal Palace Inn (2009)

Figura 6: Computadores para acesso à internet

Fonte: Cristal Palace Inn (2009)

Figura 7: Estacionamento

1.4 Os serviços do Cristal Palace Inn

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21

O Cristal Palace Inn procura satisfazer todas as necessidades de seus

clientes, com qualidade, eficiência e gentileza.

A reserva é feita rapidamente através do site http://www.cristalpalaceinn.

com.br/index.php, pelo e-mail [email protected], pelo telefone

(14) 3533 5700 ou pessoalmente.

Quando uma única empresa reserva a maioria dos apartamentos

disponibilizados pelo hotel, pede-se que seja efetuado um pagamento

antecipado de 50% do valor da estadia.

A recepcionista é orientada a atender com prestreza, gentileza, agilidade

e eficiência.

O serviço de quarto inclui lavanderia, frigobar, café da manhã, ligações

externas, restaurante e serviço despertador descrito no informativo colocado

nos quartos (Figuras 8 e 9).

Fonte: Cristal Palace Inn (2009)

Figura 8: Capa do informativo de serviços e preços do Cristal

Palace Inn colocado nos quartos

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22

Fonte: Cristal Palace Inn (2009)

Figura 9: Informativo de serviços e preços do Cristal Palace Inn colocado nos

quartos

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CAPÍTULO II

CONSIDERAÇÕES SOBRE HOTELARIA

2 CONCEITOS DE HOTELARIA

Os hotéis, segundo Castelli (2007) são empresas de hospedagem

inseridas no sistema turístico como produto. A empresa hoteleira dá o suporte

para a estadia do turista, ou seja, para a hospedagem.

Ainda de acordo com Castelli (2007, p. 46), o hotel é definido como:

“uma edificação que, mediante o pagamento de diárias, oferece alojamento à

clientela indiscriminada”.

A Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR, 2008, p. 8), considera

empresa hoteleira como “empresa jurídica que explore ou administre meio de

hospedagem e que tenha em seus objetivos sociais o exercício da atividade

hoteleira”.

Segundo Sancho (2001, p. 79) a hotelaria, pode ser definida como “o

sistema comercial de bens materiais e inatingíveis dispostos para satisfazer às

necessidades básicas de descanso e alimentação dos usuários fora de seu

domicílio”.

A Embratur define hotel como:

Edificação com localização preferencialmente urbana; normalmente com vários pavimentos (partido arquitetônico vertical). Oferece hospedagem e alguma estrutura para lazer e negócios. UHs com banheiro privativo (ou em no mínimo 60% das UH, para os que já operavam). (EMBRATUR, 2008, p. 32).

Para Vieira (2003), o hotel é considerado uma organização, pois está

associado a um grupo de pessoas que exerce diferentes funções para atingir

um objetivo comum. Esse objetivo é oferecer ao hóspede o melhor serviço, o

melhor atendimento, o melhor preço e a melhor satisfação. Ou seja: o hotel,

através da comunicação e do trabalho de pessoas em diferentes áreas, deve

proporcionar ao hóspede/cliente o melhor: serviço, atendimento, preço para

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satisfazer plenamente todas as suas necessidades e garantir seu retorno. O

autor define hotel como:

Meio de hospedagem mais convencional e comumente encontrado em centros urbanos. É o estabelecimento onde os turistas encontram hospedagem e alimentação em troca de pagamento por estes serviços. Hotel é uma empresa pública que visa a obter lucro oferecendo ao hóspede alojamento, alimentação e entretenimento. (VIEIRA, 2003, p. 39).

A definição de Vieira (2003) para hóspede é a seguinte:

O hóspede é o cliente que utiliza a infraestrutura de hospedagem do hotel, bem como os demais serviços oferecidos: alimentação, eventos e outros. É o viajante em férias, o homem a trabalho, o turista de negócios ou o convencional de eventos, o peregrino entre outros. A partir do momento em que o indivíduo se hospeda, passa a ser considerado hóspede e deve ser tratado com todas as regalias que este título lhe confere. (VIEIRA, 2003, p. 42).

Castelli (2003) considera a hotelaria como uma indústria de serviços

com características próprias e que tem por finalidade oferecer hospedagem,

alimentação e segurança aos clientes. A hospedagem é um somatório de bens

e serviços que atendem às necessidades e preferências dos hóspedes. Este

setor busca satisfazer as expectativas de acomodação das pessoas que por

algum motivo estão fora de seus domicílios e por isso, necessitam de um local

para se abrigar, algo que proporcione conforto e bem estar, independente do

tipo de turismo que as pessoas pratiquem.

De acordo do Keung (apud GOHR, 2000), os serviços oferecidos pelos

hotéis podem ser agrupados em hospedagem, alimentação e lazer. Além disso,

os hotéis apresentam características únicas, tais como: produto estático, oferta

de aspectos tangíveis e intangíveis de forma simultânea, flutuações em sua

demanda, custos operacionais fixos, pouca propensão à automação,

estocabilidade e a produção, distribuição e consumo ocorrem de maneira

simultânea com a presença obrigatória do consumidor, que passa a fazer parte

do processo produtivo.

Segundo Castelli (1994) os hotéis também são empresas de serviços

que promovem a interação entre funcionários e hóspedes durante o ato de

produção e consumo do produto hoteleiro.

Dias (2005) observa que a empresa hoteleira tem uma administração

bastante semelhante à das demais empresas; nos hotéis podem-se diferenciar

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claramente os diversos setores, tais como: o comercial, o financeiro, o

administrativo, de abastecimento. No entanto, as organizações hoteleiras

apresentam particularidades que as diferenciam das demais, e que

condicionam sua estrutura de funcionamento e organização que são

intangibilidade, localização e sazonalidade.

Na intangibilidade a organização hoteleira tem sua atividade baseada na

prestação de serviços, e como tal apresenta as mesmas particularidades

destes, principalmente a intangibilidades dos bens produzidos e a

impossibilidade de armazenamento deles, já que o serviço é produzido e

recebido ao mesmo tempo. A alimentação oferecida pela maior parte dos

hotéis apresenta um produto – o alimento – que não é intangível, e sim

perecível; assim pode-se continuar, classificando o produto hoteleiro de modo

geral e no seu conjunto intangível, conforme Dias (2005).

Quanto à localização, Dias (2005) salienta que o serviço é prestado

somente no próprio lugar de localização do hotel. O cliente deve estar presente

no estabelecimento para poder receber a prestação de serviços. Um hotel,

diferentemente de outras organizações, não pode mudar de localização com

facilidade, pois está diretamente relacionado com o meio circulante,

contribuindo para agregar valor ao produto turístico todo. Outro aspecto a ser

considerado é que os atrativos agregam também valor ao produto do hotel, ou

seja, ambos se complementam e passam a integrar um único produto, que é

comercializado dessa forma.

Na sazonalidade há uma concentração de demanda em determinados

períodos previsíveis, motivada, segunda Dias (2005), por alguns fatores, como

férias, feriados prolongados, finais de semana, período de realização de

eventos e outros. A concentração da demanda em períodos previsíveis,

embora apresente aspectos negativos, pois há épocas também previsíveis de

baixa demanda, permite, por outro lado, um planejamento de meio prazo e o

incentivo a iniciativas que possibilitem um incremento da demanda nos

períodos de baixa.

No sistema hoteleiro cada uma das suas partes desempenha funções

específicas, ou seja, cada um de seus departamentos se interrelacionam. Além

disso, os hotéis também se interrelacionam com outras empresas afins, como

agências de viagem, transportadoras entre outras. O suporte básico desse todo

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denominado hotel é formado por pessoas, equipamentos e instalações, porém

“o elemento humano com total predominância sobre os demais”. (CASTELLI,

2003, p. 157).

A Figura 10 mostra a representação dos processos típicos dos serviços

nos hotéis, destacando também as atividades de cada processo. Cabe

ressaltar que nem todos os hotéis apresentam essas atividades, no entanto, a

diferenciação residirá apenas em algumas atividades dos processos.

Fonte: Castelli (2003, p.158)

Figura 10: Sistema hoteleiro

2.1 Histórico da hotelaria no mundo

De acordo com Gonçalves; Kritz (1998), não se sabe precisamente

Agências de viagem

Transportadoras

Órgão oficial de turismo

Empresas organizadoras de congressos

Outras

Hospedagem Alimentos e bebidas

Administração Lazer

HOTEL

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quando e como surgiu a atividade hoteleira no mundo. Há indícios de que a

atividade se iniciou em função da necessidade natural que os viajantes têm em

procurar abrigo, apoio e alimentação durante suas viagens.

Gonçalves; Kritz (1998) salientam que foi alguns séculos antes da era

cristã que começaram a ser criados espaços destinados especificamente à

hospedagem, especificamente na Grécia Antiga, no santuário de Olímpia, onde

eram realizados os jogos olímpicos. Para esses eventos, foram construídos o

estádio e o pódio, onde se homenageavam os vencedores e ficava a chama

olímpica. Mais tarde, foram acrescentados os balneários e uma hospedaria,

com cerca de 10 mil metros quadrados, com o objetivo de abrigar os visitantes.

Essa hospedaria teria sido o primeiro hotel que se tem notícia.

Segundo Ismail (2004, p. 2), “a necessidade de dispor de um local para

repousar-se quando longe de casa é tão antigo quanto o primeiro viajante

nômade”.

As termas romanas, segundo Gonçalves; Kritz (1998), dispunham de

água quente, instalações de até 100 mil metros quadrados e cômodos para os

usuários descansarem, embora não se destinassem propriamente à

hospedagem e sim ao lazer. Dependendo do status do cliente, esses

aposentos podiam ser luxuosos e de grandes dimensões, ou mais simples,

menores, até mesmo de uso coletivo, para as pessoas comuns.

Com a construção de estradas por gregos e romanos, a hotelaria

começa a evoluir já que esses povos saiam de seus domínios e necessitavam

de abrigos. (DIAS, 2005).

Influenciado pelos romanos, a Bretanha incorporou à sua cultura a arte

de hospedar, colocando ao longo de suas estradas pousadas, fato notado

também em quase todos os países europeus, igualmente influenciados pelos

romanos.

Em Roma, as hospedarias obedeciam a regras muito rígidas, por exemplo, um hoteleiro não poderia receber um hóspede que não tivesse uma carta assinada por uma autoridade, estivesse ele viajando a negócios ou a serviço do imperador. Nas grandes e refinadas mansiones, amplos hotéis situados ao longo das principais vias, tais normas eram seguidas à risca, o que não acontecia nas pequenas pousadas que proliferavam nas redondezas das mansiones. Essas hospedarias eram muito numerosas e chegavam a dar nome a certas regiões e a alguns locais de entretenimento, como os circus. (GONÇALVES; KRITZ, 1998, p. 32).

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De acordo com Andrade, Brito; Jorge (1999, p. 18), “na época da Idade

Média a hospedagem era feita em mosteiros e abadias, e era uma obrigação

moral e espiritual atender os viajantes”.

Andrade, Brito; Jorge (1999) comentam que as antigas hospedarias

passaram por diversas transformações até chegar ao modelo de hotel existente

na atualidade.

No século XII, segundo Gonçalves; Kritz (1998), as viagens na Europa

voltavam a se tornar mais seguras, e rapidamente as hospedarias se

estabeleceram ao longo das estradas. Aos poucos, diversos países

implantavam leis e normas para regulamentar a atividade hoteleira,

especialmente a França e a Inglaterra.

A França, por exemplo, já dispunha de leis reguladoras dos

estabelecimentos e dos serviços hoteleiros no ano de 1254 (século XIII),

enquanto na Inglaterra isso aconteceu em 1446 (século XV). No ano de 1514

(século XVI), os hoteleiros de Londres foram reconhecidos legalmente,

passando de hostelers (hospedeiros) para innnholders (hoteleiros).

De acordo com Gonçalves; Kritz (1998), em 1650 (século XVII),

consolidou-se na Europa um meio de transporte que teve grande influência na

expansão da hotelaria: as diligências, carruagens puxadas por cavalos.

Durante quase 200 anos, esses veículos circularam pelas estradas

européias, garantindo um fluxo constante de hóspedes para as pousadas e

hotéis. Convém notar que muitos serviços de diligências foram estabelecidos

pelos próprios hoteleiros, que assim conseguiam assegurar clientela para seus

estabelecimentos.

Até o fim da era das diligências, segundo Dias (2005), em torno do ano

de 1840 - quando surgiram as ferrovias -, os terminais de trota e os estábulos

ficavam instalados nas pousadas. Velhos estabelecimentos foram reformados

ou reconstruídos, outros novos surgiram em estradas que levavam às capitais,

devido ao intenso tráfego das diligências. Algumas das maiores pousadas

daquele período foram projetadas especificamente para se integrar com esse

meio de transporte, fazendo o papel de estação de chegadas e partidas.

Dispunham de escritório de reservas e salas de espera; além disso, muitas

dessas estações possibilitavam ao viajante fazer reservas e comprar

passagens de diligências, de várias rotas, a partir da pousada --o Hotel Royal,

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na Inglaterra, por exemplo, tinha um total de 23 linhas.

Com a chegada das ferrovias, as diligências praticamente

desapareceram, e a rede hoteleira que delas dependia sofreu um golpe rude, já

que as ferrovias eram um meio de transporte muito mais rápido, o que

resultava em viagens de menor duração. Muitos hoteleiros não conseguiram se

adaptar aos novos tempos, já que estavam habituados com determinadas

regras de hospedagem. (DIAS, 2005).

Dessa maneira, Gonçalves; Kritz (1998) comentam que muitos hotéis

fecharam suas portas ou reduziram seu tamanho, enquanto outros

estabelecimentos conseguiram acompanhar as novas regras e se ambientar

com o novo meio de transporte. Novos hotéis foram construídos, próximos às

estações ferroviárias, a exemplo de Euston, em Londres.

No final do século XIX, os hóspedes tinham se tornado mais exigentes e

surgiram então hotéis de grande luxo, como os famosos Savoy, Ritz, Claridge,

Carlton e outros, acompanhando a tendência dos fabulosos trens e navios de

passageiros da época. (GONÇALVES; KRITZ, 1998).

O ano de 1872 trouxe uma novidade: a primeira viagem turística em

grupo, organizada por Thomas Cook. (GONÇALVES; KRITZ, 1998).

Segundo Serafin (2005), o turismo tem origem no século XIX, quando o

inglês Thomas Cook, em 1841, organizou uma viagem de um dia partindo de

Lancaster para Loughborug, reunindo 570 pessoas que iam participar de um

congresso antiálcool e cobrou pelos seus serviços.

Este simples fato criou o Turismo e o primeiro profissional de serviços de

viagem. Cook ficou tão entusiasmado que se transformou em empresário,

montando uma empresa para desenvolver um sistema de funções e serviços

para viajantes que existe até hoje - as agências de viagem. Surgiu logo depois

a figura ou a função do guia de turismo.

Segundo Gonçalves; Kritz (1998), a conseqüência desta iniciativa é o

crescimento da indústria de alojamento e alimentação. O desenvolvimento da

aviação comercial deu nova dimensão ao Turismo. Surgem os vôos charters

(fretados) e as transportadoras aéreas passaram a exercer um papel

fundamental no desenvolvimento turístico.

Com o desenvolvimento dos serviços de transportes, alojamento,

alimentação e recreação passou-se a reivindicar a profissionalização de quem

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presta estes serviços. Assim, surgiram escolas de hotelaria e as de serviço.

A partir da Segunda Guerra Mundial, o turismo passou a ter grande

repercussão, sendo assim uma atividade econômica bastante significativa,

passando a ser o grande contribuinte para o crescimento das redes hoteleiras.

(DIAS, 2005).

2.2 Histórico da hotelaria no Brasil

O século XVIII e a cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo surgem

como marcos iniciais da hotelaria no Brasil. Nesse período, como descreve

Andrade (2004, p. 20) as casas de hospedagem começaram a surgir na cidade

do Rio de Janeiro. “No século XVIII começaram a surgir na cidade do Rio de

Janeiro estalagens, ou casas de pasto, que ofereciam alojamento aos

interessados, embriões de futuros hotéis”. Foi também no século XVIII Charles

Burton fez a primeira classificação das hospedarias paulistanas. Segue a

classificação de Andrade (2004):

1ª Categoria Simples pouso de tropeiro; 2ª Categoria Telheiro coberto ou rancho ao lado das pastagens; 3ª Categoria Venda, correspondente a pulperia dos hispano-americanos, mistura de venda e hospedaria; 4ª Categoria Estalagens ou hospedarias; 5ª Categoria hotéis. (ANDRADE, 2004, p. 16).

De acordo com Andrade, Brito; Jorge (2004), nos anos de 1808,

aconteceu à chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro e com isso houve

o aumento da demanda por alojamentos. Nos anos seguintes os proprietários

das estalagens passaram a utilizar a denominação de hotel. Um dos

estabelecimentos de maior prestígio no Rio de Janeiro na época, devido à sua

localização junto aos cais do porto, no Largo do Paço, era o Hotel Pharoux.

Segundo Andrade, Brito; Jorge (2004, p. 186) “as cadeias de hotéis

surgiram de modo significativo por volta de 1950, nos Estados Unidos, e logo

se expandiram por todo continente Europeu e com o passar dos anos,

expandiram-se por todo o mundo”.

À medida que a história da hospedagem se desenvolvia as inovações

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começavam a surgir. Conta Amazonas (2002), que o conceito de apartamentos

double e single, e a disponibilização de utensílios para higiene pessoal, foram

no ano de 1829, numa iniciativa do Tremont House, de Boston, considerado o

maior e mais caro hotel da época. Conta Andrade (2004, p. 18), que “o primeiro

quarto com banheiro privativo, hoje denominado de apartamento, foi

introduzido pelo suíço César Ritz, em 1870, no primeiro estabelecimento

hoteleiro em Paris”.

De acordo com Andrade, Brito; Jorge (1999, p. 21), em meados do

século XIX prosseguindo até o século XX, houve um problema de escassez de

hotéis no Rio de Janeiro, “levando o governo a criar o Decreto nº. 1160, de 23

de dezembro de 1907, que isentava por sete anos, de todos os emolumentos e

impostos municipais, os cinco primeiros grandes hotéis que se instalassem no

Rio de Janeiro”. Surgiu então o Hotel Avenida, o maior do Brasil, inaugurado

em 1908.

De acordo com Serafin (2005), somente em 1966 é criado a Embratur e

junto com ela o Fundo Gestor do Turismo (Fungetur) que atua através de

incentivos fiscais na implantação de hotéis, promovendo uma nova fase na

hotelaria brasileira, principalmente no segmento de hotéis de luxo, cinco

estrelas.

Serafin (2005) salienta que com a tutela da Embratur nos anos 60 e 70

as grandes redes internacionais chegam ao país, mas os hotéis construídos

são, em sua maioria, de categoria Cinco estrelas e em quantidade limitadas,

assim não acessíveis a grande parte da população.

Somente nos anos 90 é que as grandes redes passam a construir no

país hotéis mais econômicos e de padrão internacional, isso pelo alto grau de

procura dos consumidores por esse produto. Foi também nessa época que

ocorreu a abertura do país para a globalização, assim abrindo também o

mercado do turismo de negócios. (GONÇALVES; KRITZ, 1998).

De acordo com Amazonas (2002), nos anos 80, o maior exemplo de

desenvolvimento de apart-hotéis ocorreu na cidade de São Paulo, que além de

ter sido a pioneira, foi a cidade onde este conceito mais se proliferou,

considerando a sua forte vocação para o turismo de negócios.

Segundo Dias (2005, p. 123), metade dos gastos do turismo refere-se à

hotelaria. Atualmente, nota-se uma movimentação no setor hoteleiro,

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relacionada basicamente com os efeitos da globalização, o aumento da

competitividade, a internacionalização das empresas, os custos mais

acessíveis das passagens, aumento da longevidade e outros fatores

relacionados.

2.3 Os processos nas empresas hoteleiras

De acordo com Gohr (2000), as atividades hoteleiras são constituídas

por processos de serviços. A Figura 11 relaciona as atividades básicas dos

processos hoteleiros

Fonte: Gohr (2000, p. 54)

Figura 11: Detalhamento dos processos nas empresas hoteleiras

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2.3.1 Processo administrativo

De acordo com Gohr (2000) este processo é muito importante para o

andamento da atividade hoteleira, pois envolve atividades que são executadas

em vários setores como, por exemplo, o setor de recursos humanos. Este setor

representa o primeiro passo para a obtenção de serviços com qualidade,

através da contratação de pessoas qualificadas. Este processo se faz presente

em todos os momentos, desde a hospedagem até a alimentação.

2.3.2 Processo reservas

O processo de reservas, de acordo com Gohr (2000), ocorre quando o

cliente entra em contato pela primeira vez com o hotel. A reserva de uma

unidade habitacional (UH) pode ser feita diretamente e indiretamente.

Diretamente, com a presença do cliente na empresa, por meio de

telefone, correio, fax e internet. Indiretamente, quando é efetuada pelas

operadoras turísticas, agências de viagens ou empresas. Quando solicitada a

reserva, segundo Gohr (2000), o funcionário responsável precisa examinar o

desejo do solicitante, verificando no mapa de ocupação (ou no sistema, em

hotéis informatizados), a disponibilidade de atender a solicitação. Não havendo

possibilidades de atender o pedido que o cliente deseja, pode-se oferecer

outras opções. Caso a resposta seja positiva, o funcionário preenche os dados

na Ficha de Reservas, fornecida pela Embratur e em seguida, preenchendo o

mapa de ocupação e lançar a reserva no sistema, para que os outros

processos possam preparar a UH que receberá o hóspede.

2.3.3 Processo alimentos e bebidas

De acordo com Gohr (2000), é neste processo que ocorre o

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processamento dos alimentos, no qual os produtos serão recebidos pelo

processo de compras e armazenados. Algumas vezes, esse processo causa

preocupação, devido a responsabilidade de se preparar um alimento de acordo

com a exigência do hóspede, motivo pelo qual vários hoteleiros terceirizam

esse serviço, uma vez que não é uma atividade fim (em alguns casos).

As atividades necessárias ao processo são: solicitação de produtos,

recebimento e armazenagem, processamento dos produtos em alimentos e

distribuição dos pedidos. (SILVA, 1999).

2.3.4 Processo compras

Neste processo, conforme Gohr (2000), identifica-se a necessidade de

compra de produtos, procede-se a cotação de preços e negocia-se preços e

prazos com fornecedores. Efetivada a compra, a nota fiscal é enviada ao setor

comercial e financeiro para fazer a programação de pagamentos. Quando a

mercadoria chega, é conferida e armazenada no almoxarifado para posterior

distribuição aos setores requisitantes.

Esse processo não entra em contato com os hóspedes (clientes

externos), por ser um processo interno. (GOHR, 2000).

2.3.5 Processo limpeza e manutenção

É responsável pela limpeza de todo o hotel, áreas externas (jardins,

calçadas, piscinas, áreas de lazer e outros), pela manutenção dos

equipamentos e instalações. Do efetivo funcionamento desse processo,

depende o funcionamento de outros processos, como o de reservas. (GOHR,

2000).

Para Gohr (2000), quando observado a necessidade de manutenção das

UH, é contatado o setor responsável para a realização das atividades. Se

houver a necessidade de um tempo maior para efetuar a manutenção das UH,

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é interditada para a venda.

2.4 Classificação das empresas hoteleiras

Segundo Dias (2005), na classificação hoteleira pode-se distinguir

alguns tipos como: classificação não oficial, organizada por entidades privadas;

e a classificação oficial, feita em conformidade com as regras e instituições de

um organismo oficial de turismo.

A Deliberação Normativa nº 429 de 23 de abril de 2002 altera o

Regulamento Geral de Meios de Hospedagem de abril de 1996 e cria um novo

Sistema Oficial de Classificação dos Meios de Hospedagem. (MINISTÉRIO DO

ESPORTE E TURISMO, 2009). Os meios de hospedagem agora são

classificados em categorias, conforme representado na tabela 1.

Tabela 1: Categorias dos meios de hospedagem

Categoria Símbolo Tipos de meios de hospedagem (a que se aplicam as

categorias

Luxo superior iiiii Hotel Hotel lazer Hotel histórico

Luxo iiii Hotel Hotel lazer Hotel histórico

Standard superior iii Hotel Hotel lazer Hotel histórico Pousada

Standard ii Hotel Hotel lazer Hotel histórico Pousada

Simples i Hotel Hotel lazer Hotel histórico Pousada

Fonte: Embratur (2009).

2.5 Os números do setor hoteleiro

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH,

2009), o Parque Hoteleiro nacional possui hoje aproximadamente 25 mil meios

de hospedagem, e deste universo 18 mil são hotéis e pousadas. No geral, 70%

são empreendimentos de pequeno porte. Isto representa mais de um milhão de

empregos e a oferta de aproximadamente um milhão de apartamentos em todo

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o país.

Muitas matérias trazem inovações, o que é certo e que de cada 10

empregos da população ativa 1 é de turismo, o que já é um número expressivo

e razoável, levando em conta que os outros segmentos tem força e

representatividade. (ABIH, 2009).

Estima-se que a hotelaria nacional tenha um faturamento, da ordem de

U$ 2 bilhões de dólares ano. (ABIH, 2009).

A hotelaria do Brasil vem experimentando uma forma diferente de aferir

este crescimento. Há regiões onde ele vem sendo expressivo, o Rio de Janeiro,

por exemplo, que é da região sudeste, mas São Paulo que é da mesma região

vem no máximo empatando. Eu diria que vem existindo um crescimento da

ordem de 8 a 10% que oscila de região para região, para mais ou para menos.

O turismo de negócios é forte e expressivo para todo o Brasil, este tanto a nível

nacional como internacional tem crescido a níveis superiores a 10%, a taxas

que se situam em torno de 15% ao ano. (ABIH, 2009).

O Brasil é continental e também nisto há muita variação, media por

media, o turismo forma geral tem uma media de 3 a 4 dias, no turismo de

negócios 1,5 a 2,5. No turismo de negócios as pessoas ficam menos tempo, do

que no de lazer. (ABIH, 2009).

2.6 Impactos e perspectivas causados pela atividade hoteleira

A atividade turística também causa impactos na sociedade. Esses

impactos podem ser classificados em econômicos, sociais/culturais e

ambientais, podendo também ser positivos ou negativos.

Segundo Beni (2006), dentre os impactos econômicos do turismo pode-

se citar como positivos: a geração de divisas, de empregos, de impostos, de

renda entre outros; e os negativos: a dependência econômica, aumento da

inflação, especulação imobiliária, sazonalidade dentre outros.

Em relação aos impactos ambientais/culturais, segundo os autores

anteriormente citados, os positivos: melhoria das infraestruturas disponíveis,

diminuição do índice de desemprego, recuperação e conservação dos valores

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culturais, capacitação da mão-de-obra, melhoria da qualidade de vida e outros.

E os negativos: diferenças sociais entre moradores e visitantes,

desaparecimento da cultura local, degradação dos recursos naturais, aumento

da prostituição, problemas de infraestrutura básica dentre outros. (BENI, 2006).

Ainda de acordo com Beni (2006), os impactos ambientais positivos do

turismo são: revalorização do entorno natural, adoção de medidas para

preservar a fauna e a flora, utilização mais racional dos espaços etc. E os

negativos: ocupação e destruição das áreas naturais, descaracterização da

paisagem, poluição da água, do ar e sonora, entre outros.

Dias (2005) observa que a atividade turística pode causar impactos nas

comunidades receptoras por isso, além dos impactos positivos gerados pelo

turismo, é importante levar em consideração que os impactos negativos podem

causar problemas para as localidades, caso não exista um planejamento

voltado para esta atividade.

Nos anos 80, segundo Dias (2005), a demanda turística caracterizava-se

pela busca de sol e praia a preços baixos e os turistas eram considerados

inexperientes. O paradigma da produção em massa do setor industrial,

baseado na economia de escala, também foi transferido para o turismo, ou

seja, produção de pacotes turísticos com preços baixos que eram oferecidos a

turistas que não buscavam por qualidade e sim, baixo custo.

Essa realidade, de acordo com Beni (2006), mudou um pouco,

principalmente devido à globalização da economia, à evolução da tecnologia, à

sofisticação dos consumidores e outros. No entanto, essa situação permitiu que

diversos serviços fossem padronizados em todo o mundo, tendo como, por

exemplo, as cadeias hoteleiras (que através da marca e um serviço

padronizado asseguram a mesma qualidade em qualquer parte do globo).

As mudanças que ocorreram no turismo nos últimos anos estão fazendo

com que as empresas turísticas busquem por uma melhor posição no mercado,

ou seja, busquem por vantagens competitivas que podem ser conseguidas

através da formulação de estratégias. (BENI, 2006).

Essas estratégias podem estar ligadas a novas formas de organização e

gestão, qualidade, flexibilidade, atenção personalizada ao cliente e outros.

(CASTELLI, 2007)

As características que configuram uma nova era para o turismo são,

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segundo Castelli (2007): serviços turísticos que são produzidos de acordo com

as exigências individuais dos consumidores, o marketing é dirigido para nichos

específicos, os consumidores com maior experiência e motivação buscam por

localidades que valorizam a cultura local, fazendo com que essa se torne parte

da experiência turística e as novas tecnologias de informação e comunicação

permitem uma maior flexibilidade para as empresas.

2.7 Os rumos da hotelaria no Brasil

Ao final dos anos 90 a indústria hoteleira brasileira começou a receber

investimento de capital estrangeiro, primeiramente através das próprias

cadeias hoteleiras. Exemplos destes investimentos incluem: a compra da rede

Caesar Park pelo grupo mexicano Posadas; a construção do Grand Hyatt em

São Paulo, com investimento da própria Hyatt e do grupo argentino Libermann;

o Marriott Copacabana com investimento total da Marriott International; o novo

Hilton em São Paulo, construído pela Hilton International; e o Grupo Pestana

de Portugal que adquiriu quatro hotéis em Salvador, Rio de Janeiro, Angra dos

Reis e Natal. (ABIH, 2009).

Segundo Bojar (2009), na virada do novo século acontece no Brasil o

fechamento de vários hotéis tradicionais. Por outro lado, marca a inauguração

de diversos hotéis: em São Paulo (Meliá, Inter-Continental, Renaissance e

Sofitel), em Belo Horizonte (Ouro Minas), em Porto Alegre (Sheraton), em

Pernambuco (Blue Tree Cabo de Santo Agostinho e Summerville) e em um

novo destino turístico na Bahia, o Costa do Sauípe Resort com cinco hotéis de

luxo. Na cidade do Rio de Janeiro, que já contava com uma grande oferta de

hotéis, foram feitas as reformas de importantes propriedades como o

Copacabana Palace, Le Meridien e o Sofitel Rio Palace. Ainda, em abril de

2001 foi inaugurado o Marriott Copacabana, o primeiro hotel de luxo a ser

construído no Rio de Janeiro desde a década de 70.

De acordo com Bojar (2009), os apart-hotéis também continuaram em

franca expansão. Porém, um problema com apart-hotéis é que a decisão do

desenvolvimento de uma nova unidade não é derivada do real crescimento da

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demanda hoteleira, mas sim da conjuntura do mercado imobiliário.

O incorporador do apart-hotel, na maioria das vezes, investiga

principalmente se existe a demanda para compra de imóveis, mas não busca

se certificar de que haja a necessidade de uma nova unidade hoteleira dentro

daquele determinado mercado. Este procedimento fez com que alguns

mercados (como é o caso de São Paulo e Belo Horizonte) caminhassem para

uma super oferta de apart-hotéis, prejudicando a performance geral do

segmento hoteleiro.

A chegada do novo século assinalou mudanças para a hotelaria de primeiro nível, que aos poucos foi saindo da região da Avenida Paulista na cidade de São Paulo (SP), em direção a região da Marginal de Pinheiros e imediações da Avenida. Berrini, que se tornou um dos espaços mais cobiçados pelos grandes investidores, que apostam na tradição e nome das redes hoteleiras internacionais. Por outro lado, a hotelaria executiva espalha-se também a outros pontos da capital paulista: como Vila Olímpia, no Itaim, Avenida Faria Lima, Moema, Higienópolis, Tatuapé, Alphaville, Jardins, Jardim Europa, Brooklin Novo, Ibirapuera e até na Vila Guilherme e Tatuapé. Tudo indica ainda que regiões de Alphaville, Campinas e Guarulhos se tornarão pólos hoteleiros tão importantes quanto alguns bairros tradicionais da capital. (ABIH, 2009).

Segundo Bojar (2009), os nichos explorados são bem distintos. De um

lado, o luxo continua ganhando espaços e adeptos. Grupos portugueses, como

Vila Galé e Espírito Santo, o espanhol Iberostar, o italiano Orissio, o jamaicano

Superclubs, a francesa Accor, e norte-americano como Marriott, prometem

investir forte no nordeste. Na Bahia, a grande concentração está nas praias

entre Salvador e Sauípe, com destaque para os empreendimentos na Praia do

Forte, em Interlagos e Arembepe, em Guarajuba, em Imbassaí e em Sauípe.

Em Pernambuco, as atenções devem se concentrar na região a sul de

Recife, nas praias de Cabo de Santo Agostinho, Muro Alto e Porto de Galinhas

com empreendimentos consagrados como o Blue Tree, o Nannai e o

Summerville e os novos Marulhos Parthenon Resort da Queiroz Galvão, o

SuperClubs Breezes da Moura Dubeux, o Resort Ipojuca de grupo português, o

Ancorar Resort da Acon Construções e os projetos em andamento na Casa do

Governador, provavelmente com o grupo português Espírito Santo, e os hotéis

mais antigos de Porto de Galinhas. (BOJAR, 2009).

No Ceará, especialmente na capital e no litoral leste, muitas novidades

devem surgir. Há seis protocolos de intenção assinados com o governo

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estadual, envolvendo capital português, que deverão lançar novos

empreendimentos até 2007, representando um aporte inicial de US$ 500

milhões, entre eles o Projeto Turístico Praia Bela Resort Village em Aquiraz, o

Projeto Fortim, o Complexo Parque das Falésias, do Grupo Oásis, o projeto do

Complexo Turístico Praia do Farol, em Camocim e o projeto do Complexo

Hoteleiro Vale das Nascentes, na Praia das Fontes, em Beberibe. (BOJAR,

2009).

No Rio Grande do Norte, o destaque é para o Projeto Pitanguy a 60 km

a oeste de Natal. No litoral leste de Natal, além dos empreendimentos da Via

Costeira, destacando-se resorts do grupo português Pestana, do grupo

espanhol Serhs e do Senac, há também empreendimentos menores Ponta

Negra sendo realizados por portugueses, espanhóis e italianos. (BOJAR,

2009).

Em Alagoas, no litoral norte, concentram-se os investidores italianos e

outros europeus. O maior destaque é o Projeto Onda Azul, localizado em Barra

de Camaragibe, a 90 km a norte de Maceió, que terá um Grand Hyatt Beach

Resort, e investimento da ordem de US$ 170 milhões. (BOJAR, 2009).

Sergipe e Paraíba também começam a despertar o interesse dos

investidores, devido à alta dos preços dos imóveis nos estados vizinhos do

Nordeste; Maranhão, Piauí e Pará também começam a despontar para os

investidores, enquanto no Amazonas há diversos projetos de hotéis de selva

em andamento, navios, como o do Iberostar, que são verdadeiros resorts.

(BOJAR, 2009).

Segundo a ABIH (2009), em termos de distribuição geográfica, os

investimentos portugueses no Turismo, como se pode observar, privilegiam a

Região do Nordeste Brasileiro, com destaque para os Estados do Ceará, Bahia

e Rio Grande do Norte, merecendo ainda referência os Estados de

Pernambuco e da Paraíba. Têm ainda interesse estratégico alguns

investimentos turísticos efetuados na Região do Sudeste, nos Estados do Rio

de Janeiro e de São Paulo, e na Região do Sul, no Estado do Paraná –

Curitiba.

A rede Blue Tree está apostando na Região Norte do país anunciando

seu primeiro empreendimento hoteleiro nesta região. O projeto, que será

construído em Manaus, é resultado de uma parceria firmada entre a rede

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hoteleira e a Incorporadora Senso Engenharia, de Manaus (AM). Inaugurado

em 2008 com investimento de US$ 7 milhões para sua construção, a

expectativa é que o empreendimento receba muitos turistas dos Estados

Unidos e da América do Sul. (ABIH, 2009).

Por outro lado, segundo Bojar (2009), a hotelaria econômica e

supereconômica, também mostram a que vieram. Com diárias 50% mais em

conta, os hotéis econômicos e supereconômicos surgem como alternativa aos

luxuosos, sem abrir mão de conforto e qualidade. Opção para visitantes em

busca de lazer ou negócios, o empreendimento é também uma saída segura

para investidores atrás de rentabilidade no mercado imobiliário. As taxas

médias de ocupação oscilam de 70% a 98% em mercados como o paulista,

gerando ganhos mensais de 1% a 1,4%, contra 0,5% proporcionado pelo

aluguel de salas comerciais.

Várias redes que apostam nos hotéis econômicos, tais como:Redes

Accor (marcas Ibis e Formule 1); Astron Hotéis (Howard Johnson Faria Lima

Inn); Atlantica Hotels International (com as marcas Sleep Inn, Comfort, Park inn

e Go Inn); Chambertin-Golden Tulip (com a marca Tulip Inn) Intercontinental

Hotels Group (com a marca Holiday Inn Express) e Sol Meliá (com a marca

Tryp).

Com relação as redes nacionais destacamos a Bourbon com a marca

Bourbon Express; Hotelaria Brasil com Sol Inn e Superhotel; Intercity, com

Intercity Express; Le Canard com a marca Le Canard; Othon, com Othon

Travel; Plaza Inn com Plaza Inn e Economic Inn; Slaviero com Slaviero Slim.

(ABIH, 2009).

As mais novas redes a aderirem ao econômico são a Rede Windsor –

RJ (Martinique Copa Hotel – projetado para atender ao segmento econômico

do mercado corporativo o hotel localizado em Copacabana foi inaugurado em

setembro de 2004.), a Blue Tree Hotels & Resorts com a marca econômica

Blue Tree Basic (Blue Tree Basic Curitiba – St. Michel.) e a Portuguesa

Pestana, que centrada no turismo de "topo", agora também aposta segmento

de "hotel econômico" no Brasil. Com o empreendimento Smart Residence by

Pestana, localizado em Curitiba. Hoje o país possui mais de 90 unidades de

hotéis econômicos e supereconômicos, sendo a maioria da marca Ibis. (ABIH,

2009).

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2.8 Principais conceitos sobre qualidade

Martins; Laugeni (2005), observam que o conceito de que a qualidade é

importante surgiu em 1970, com o renascimento da indústria japonesa que,

seguindo os preceitos do consultor americano W. E. Deming, faz da qualidade

uma arma para a vantagem competitiva. Esse aspecto se toma tão importante

que já em 1980 os fabricantes de veículos japoneses, antes vistos com pouco

caso pelos fabricantes americanos, se tomam extremamente competitivos no

mercado, criando dificuldades de venda para os veículos dos demais

fabricantes mundiais.

Para Martins; Laugeni (2005), um excelente projeto e um alto e

consistente nível de qualidade, aliados os preços competitivos e a condições

de bons serviços pós-venda fizeram com que os japoneses conquistassem

fatias expressivas de diferentes mercados de produtos. Nos dias atuais, a

qualidade está no conceito de gerenciamento das empresas, pois não há como

sobreviver no mercado sem qualidade.

A implantação de um processo de gestão da qualidade começa com o

entendimento do que significa qualidade. A qualidade deve ser definida de

acordo com Cierco, Rocha; Mota, (2003 p. 32), “as exigências e as

necessidades do consumidor”.

Segundo Campos (1992, p. 2), “um produto ou serviço de qualidade é

aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, acessível, segura e no

tempo certo às necessidades do cliente.

De acordo com Martins; Laugeni (2005), a definição de qualidade focada

no produto é constituída de variáveis e atributos que podem ser medidos e

controlados, se focada no usuário, a qualidade caracteriza-se pela adequação

ao uso, mas existe grande dificuldade na conceituação de termos como uso,

satisfação, durabilidade e até na identificação clara de usuário ou cliente do

produto. O conceito corrente de que produto é o que o cliente compra faz

entender que essa definição de qualidade é muito importante para a

manutenção da competitividade da empresa.

Para Paladini (2004, p. 52) o conceito de qualidade “é a necessidade de

buscá-la a partir de aspectos elementares que compõe o produto. Desta forma,

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a análise da qualidade do produto envolve o estudo detalhado do produto

explodido, isto é, reduzido as suas menores partes”.

Paladini (2004) ainda afirma que:

Qualidade traduz-se á idéia de que se trabalha com um conjunto de elementos. Parte-se, assim, de certa organização do processo; a seguir, agregam-se a ele as atividades indiretas que oferecem suporte a seu desenvolvimento, e as complementares, que são relevantes para que se atinja a atividade-fim do sistema, qual seja a plena satisfação do consumidor. (PALADINI, 2004, p. 45).

Paladini (2004, p. 26) resume a qualidade em “o grau com o qual um

produto específico atende ás necessidades de consumidores específicos”.

Conclui-se que a qualidade está completamente relacionada com a

satisfação dos consumidores de produtos ou serviços, e considerando o

consumidor como o maior bem de qualquer empresa, conclui-se que a razão

de ser da empresa é a busca incessante da satisfação dos desejos e

necessidades dos seus clientes.

2.8.1 Os serviços e a qualidade

Atualmente, os serviços desempenham um importante papel na

economia, podendo a sociedade ser chamada de pós-industrial. A riqueza

nessa nova era, é produto do conhecimento, da informação, dos serviços e das

pessoas. (SOUZA, 2006).

Como ocorre em produtos, de acordo com Miyashita (2008), é

necessário também criar um bom programa de qualidade em prestação de

serviços, que meça a sua eficiência operacional e a satisfação do cliente.

Para isso, segundo Miyashita (2008), é preciso compreender as

diferenças entre produtos e serviços. Produtos são físicos, tangíveis e

produzidos, portanto, sua medição de qualidade pode ser realizada por meio de

testes internos e com uso de equipamentos. Já serviços são atos intangíveis e

prestados por pessoas a todo momento. O controle dos serviços pode ser feito

em testes internos, via avaliações no treinamento das pessoas, mas esses

resultados não são garantia de qualidade na hora da verdade. E nem garantem

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que os serviços serão sempre prestados no mesmo nível planejado. Serviços,

mais do que produtos, sofrem muitas influências que afetam o padrão de

qualidade: as pessoas, a cultura da empresa em relação aos clientes e o trato

com funcionários, a liderança praticada por cada gestor da linha de frente e,

lógico, os diversos perfis de clientes com suas opiniões e necessidades

diferentes.

Fundamental no caminho rumo à qualidade total em serviços é

compreender a satisfação do cliente. E medi-la constantemente via controles

gerenciais, enquetes, questionários e, principalmente, pesquisas estruturadas -

justamente o que menos se faz.

Os serviços, de acordo com Souza (2006),

Também apresentam características - intangibilidade (a prestação de um serviço resulta em uma experiência, portanto não pode ser tocado, testado e outros, tendo como exemplo uma viagem que o resultado é a experiência); inseparabilidade/simultaneidade (não há como separar o prestador do serviço do consumidor de serviço. A presença do prestador de serviço é inevitável. Por exemplo: ao recepcionar o cliente no hotel, cliente e prestador de serviço precisam estar presentes); variabilidade (os serviços variam em virtude da ligação à pessoa do fornecedor de serviço, bem como à pessoa do cliente, ao local e ao tempo. Depende de quem, quando, onde e como são providos os serviços); perecibilidade (não podem ser armazenados) e não transfere propriedade - que os diferenciam dos bens manufaturados. (SOUZA, 2006, p. 5)

Nos serviços, geralmente a qualidade é percebida subjetivamente, ou

seja, através de componentes intangíveis (amabilidade, cortesia, atenção,

honestidade credibilidade entre outro) e objetivamente, ou seja, através de

componentes tangíveis (acesso, instalações, pessoal entre outros)

(FITZSIMMONS; FITZSIMMONS, 2000).

Conclui-se, portanto, que os serviços são importantes para a

diferenciação eficaz entre empresas, e por isso, é uma fonte potencial de

incorporação e aproveitamento, inclusive no âmbito da atividade turística.

2.8.2 A qualidade percebida nos serviços hoteleiros

De acordo com Souza (2006), tão importante quanto o preço e o

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produto, a qualidade do atendimento é um ponto-chave em qualquer

organização.

A qualidade prestada no atendimento está atrelada à construção da

imagem de uma empresa. O cliente não está apenas à procura de bons

produtos, mas também de um bom atendimento, que proporcione a ele

experiências agradáveis e positivas. (SOUZA, 2006).

Segundo Castelli (2007),

Os funcionários da chamada linha de frente dos hotéis, ou seja, os funcionários que lidam e tem contato direto com os hóspedes, devem ter uma postura ética e apresentar qualidade nos seus serviços. O bom atendimento cativa qualquer cliente e os motiva a voltar. A avaliação do cliente não está apenas na infra-estrutura de um local, mas sim na soma de tudo que ele pode ver e receber de melhor. (CASTELLI, 2007, p. 69).

Desta forma, conforme Souza (2006), atender bem o cliente significa

preocupar-se com suas necessidades e desejos, ouvindo-os, e valorizando-os

em qualquer situação.

Além de detalhes básicos que são essenciais para encantar o cliente e

proporcionar-lhe uma boa estada, como por exemplo, o recepcionar com um

sorriso desejando-lhe um bom dia, boa tarde ou boa noite, fornecer-lhe

informações precisas, passar uma imagem positiva do local, mostrando que as

pessoas com quem ele irá ter contato são agradáveis e gentis, deve haver

outros detalhes que podem tornar-se o diferencial da empresa, como por

exemplo, deixar um cartão no apartamento dos hóspedes desejando-lhe boas

vindas e uma boa estada, mandar cartões ou e-mails no dia do aniversário dos

hóspedes, mostrando que o mesmo é importante para a empresa, procurar

atender separadamente a necessidade de cada um, de acordo com o perfil de

hóspedes que o hotel recebe, tentar adequar a estrutura do hotel para que

atenda perfeitamente a necessidade dos hóspedes. São detalhes que, a

princípio, podem parecer apenas custos, mas que repercutem uma imagem

positiva do hotel, e, geralmente, trazem um bom retorno, seja na forma de

fidelização dos hóspedes, como também na divulgação de informações

positivas feitas pelos mesmos, objetivando assim, uma maximização de lucros.

“O profissional hoteleiro trata diretamente com gente e busca, através da

prestação de seus serviços, a satisfação das necessidades e dos desejos de

outros seres humanos”. (CASTELLI, 2003, p. 26).

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Souza (2006) salienta que o hotel é um sistema complexo formado por

diversos setores, onde cada setor é responsável por completar os serviços que

são oferecidos. Estes profissionais devem agir eticamente e devem receber por

parte dos administradores do hotel treinamentos e técnicas de aprimoramento

do serviço, para causar impacto positivo e satisfação aos clientes, pois o bom

atendimento significa também, inovar-se, atualizar os produtos e serviços. A

forma melhor e mais adequada para isso é o treinamento, pois se promove

através dele a inovação, os aperfeiçoamentos, as novas técnicas ou as mais

recentes tecnologias. A necessidade de treinamento é uma decorrência natural

da exigência de aperfeiçoar-se, pois é necessário “formar” as pessoas para

conduzir o processo de atendimento.

Para isso, Araujo (2003) observa que o sistema de qualidade de

atendimento deve se destacar pelo envolvimento de toda a equipe do setor,

isso criará condições de trabalho e satisfação com um eventual aumento da

qualidade e da produtividade.

[...] comprometimento da alta gerência, reveste-se de extrema relevância, especialmente no setor de serviços turísticos, dado que, nesse segmento, a própria performance dos funcionários é percebida como parte integrante do produto. Em outras palavras, a atitude engajada da alta gerência tem o condão de influenciar o comportamento do restante dos funcionários, estimulando-os a aderir aos objetivos e metas traçados pela organização, o que no final pode contribuir de maneira determinante para a melhoria da qualidade do produto ou serviço. (ARAUJO, 2003, p. 48).

Segundo Araujo (2003), a comunicação entre o empregado e o

empregador é de extrema importância, pois o grau de relacionamento da

empresa com seus funcionários é a razão do sucesso da mesma.

Os colaboradores da empresa precisam gostar daquilo que fazem e acima de tudo sentirem-se motivados. Precisam também ser reconhecido pelo seu trabalho, serem ouvidos com atenção, terem o direito de expor suas idéias, propor melhorias, enfim participar ativamente do crescimento da empresa. Os funcionários devem estar envolvidos em todo processo da empresa, e conhecê-la num todo. Comprometimento e dedicação por parte dos funcionários apenas acontece quando existe o mesmo comprometimento e dedicação da parte de suas chefias. A alta gerência deve conhecer as realidades do mercado. Eu não me sento no topo da montanha e digo ao departamento de atendimento aos passageiros da American Airlines como eles devem lidar com os problemas. Eu vou lá, e fico observando eles trabalharem [...] eu quero ver pessoalmente como nós estamos trabalhando. (ARAUJO, 2003, p. 49).

Para Anjos et al. (2005), o setor de recepção do hotel, bem como os

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demais setores, deve ter profissionais que saibam ouvir, comunicarem-se bem,

serem dinâmicos, saber lidar com situações de conflito para nunca causarem

má impressão ao hóspede, lembrando sempre que o mesmo é seu maior bem

e as suas necessidades, reclamações e reivindicações devem ser bem

compreendidas e atendidas.

Os atendimentos envolvem pessoas e pessoas têm conflitos; logo, os atendimentos são passíveis de sofrerem influências dos mecanismos de defesa por parte do atendente e do cliente. Cabe ao atendente precaver-se dessas influências internas para que não prejudiquem a relação com o cliente. Um cliente descontente não volta ao estabelecimento, não o indica a outras pessoas e ainda faz uma péssima propaganda boca a boca. (SILVA, 2004, p. 41).

Segundo Souza (2006), os profissionais de qualidade devem ter;

objetividade, criatividade, decisão, senso crítico, segurança, persistência,

perspicácia, lógica, comunicação, persuasão, iniciativa, sociabilidade,

equilíbrio, empatia, síntese e dinamismo.

Para Anjos et al. (2005), manter a constante interação com os clientes,

funcionários preparados, processos ágeis e flexíveis, bem como qualidade nos

serviços, possibilitarão á indústria hoteleira agir com maior produtividade para

alcance da vantagem competitiva.

2.9 Satisfação do cliente

A satisfação do cliente, na visão de Kotler (2000), consiste na sensação

de prazer percebida sobre um produto em relação às expectativas do

comprador. Se o desempenho alcançar as expectativas, o cliente ficará

satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará

altamente satisfeito.

González; Ramos; Amorin (2005), salientam que a satisfação é definida

mediante dois enfoques:

Como resultado de uma transação específica e como resultado de uma percepção acumulada. No primeiro enfoque, a satisfação do cliente é considerada como resultado da avaliação feita depois de uma compra específica, em outras palavras, indica quão satisfeito o cliente está com o produto ou serviço depois de concretizada a transação. Por outro lado, no enfoque da satisfação acumulada, o conceito é construído como resultado da experiência global de

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consumo de um produto ou serviço. De acordo com esta definição, a satisfação do cliente deveria consistir parcialmente da experiência e da percepção do produto ou serviço, incluindo dentre outros fatores: a experiência do cliente na qualidade, as atividades de marketing, o mix da empresa, a imagem da empresa e as expectativas relativas aos produtos e serviços. (GONZÁLEZ; RAMOS; AMORIN, 2005, p. 1687)

Segundo Henz (2003) satisfação de clientes é um processo de avaliação

que é influenciado pelos desejos e expectativas do consumidor quanto à

qualidade e desempenho do produto ou serviço que está sendo comprado ou

utilizado.

Altos índices de satisfação, de acordo com Klein (2003), geram, entre

outros benefícios, incremento da lealdade dos clientes, pois a lealdade cresce

à medida que aumenta a satisfação e clientes satisfeitos tendem a aceitar

melhor o aumento de preços e pagar mais caro.

A satisfação do cliente fornece muitos benefícios para uma empresa e

níveis mais altos de satisfação resultam em maior fidelidade. No longo prazo é

mais lucrativo manter bons clientes do que constantemente atrair e desenvolver

novos clientes para substituir os que saem.

Lovelock; Wright (2003) ressaltam que clientes altamente satisfeitos

disseminam informações positivas e, na verdade, tornam-se um anúncio

ambulante e falante para uma empresa, o que reduz o custo para atrair novos

clientes.

Serviços desejados, de acordo com Lovelock; Wright (2003), constituem

o que o cliente entende que possa e deva ser entregue para satisfação de suas

necessidades, porém os clientes em sua maioria entendem as limitações das

organizações e possuem um nível mínimo de serviços que podem aceitar sem

ficarem insatisfeitos, o que constitui o serviço adequado.

Um serviço abaixo do nível adequado gera frustração e descontentamento enquanto um serviço em nível acima do desejado, agradará e surpreenderá o cliente, tornando mais viável a conquista de sua lealdade. O problema é obter esse equilíbrio em níveis compatíveis de investimentos e custos. Clientes marginalmente satisfeitos ou indiferentes podem ser atraídos por concorrentes. Um cliente encantado é mais propenso a permanecer fiel a despeito de ofertas competitivas atraentes. A satisfação do cliente desempenha um papel particularmente crítico em ramos altamente competitivos onde há uma enorme diferença entre a fidelidade de clientes meramente satisfeitos e a de clientes completamente satisfeitos ou encantados (LOVELOCK; WRIGHT, 2003, p. 113).

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Minciotti; Santolia; Kaspar (2008) salientam que a expectativa do cliente

e sua satisfação ou insatisfação, conforme os autores, serão os determinantes

de sua percepção quanto à qualidade do serviço recebido. As características

de qualidade do serviço, a seguir, identificadas por esses autores, podem ser

vistas como sendo os atributos em relação aos quais os hóspedes de

empreendimentos hoteleiros avaliam o desempenho geral dos serviços:

a) Tangíveis - inclui instalações físicas, equipamentos e aparência dos

funcionários;

b) Confiabilidade - capacidade de o funcionário atuar de maneira segura

e precisa;

c) Tempo de resposta - atender o hóspede com prontidão;

d) Segurança – o conhecimento e a cortesia dos funcionários, bem

como sua capacidade de inspirar confiança e convicção;

e) Empatia - capacidade dos funcionários em preocupar-se com as

pessoas e oferecer-lhes atenção especial.

De acordo González; Ramos; Amorin (2005) para entender as

expectativas dos clientes em relação a um serviço, é importante perceber que,

como mencionado pelos autores, quando os clientes avaliam a qualidade de

um serviço, eles o estão julgando em função de algum padrão interno que

existia antes da experiência de serviço. Esse padrão interno para julgar a

qualidade é a base para as expectativas do cliente.

2.9.1 A satisfação do cliente quanto à qualidade do serviço prestado na

hotelaria

De acordo com Minciotti; Santolia; Kaspar (2008), a satisfação do turista

é importante para o sucesso do mercado de destino, porque influencia na

escolha do mesmo, o consumo de produtos e serviços e na decisão de

retornar.

O conceito de Kotler (2000, p. 448) adéqua-se bem ao setor de hotelaria.

Segundo ele “serviço é qualquer ato ou desempenho, essencialmente

intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na

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propriedade de nada. A execução de um serviço pode estar ou não ligada a um

produto concreto”.

A essa situação, aplica-se a afirmação de Lovelock; Wright (2003), em

que

A satisfação do cliente desempenha um papel particularmente crítico em ramos altamente competitivos, onde há uma enorme diferença entre a fidelidade de clientes meramente satisfeitos e a de clientes completamente satisfeitos – ou encantados. Para melhorar os níveis de satisfação do cliente, uma empresa deve inicialmente descobrir o quanto seus clientes atuais estão realmente satisfeitos ou insatisfeitos. (LOVELOCK; WRIGHT, 2003, p. 131).

Porém, é de fundamental importância, a medida da satisfação dos

clientes no ramo de serviços. Nesse item em especial, levam vantagens às

empresas que oferecem alguns tipos de produtos passíveis de reparo,

substituição e garantias, os quais podem ser apresentados ao cliente, antes

que este faça sua opção definitiva.

Segundo Lovelock; Wright (2003), os passos envolvidos na identificação

de uma estratégia eficaz de serviço são:

Determinar os atributos mais importantes do serviço para atender e superar as expectativas dos clientes; Determinar os atributos importantes do serviço, nos quais os concorrentes são mais vulneráveis; Determinar as capacidades e potenciais de serviços da empresa; Avaliar competências e incompetências do serviço, pontos fracos e fortes dos recursos, reputação do serviço, sistema de crenças e razão de ser; Desenvolver uma estratégia de serviço que se dirija às necessidades importantes e permanentes do cliente, que explore pontos vulneráveis da concorrência e se ajuste às capacidades e potencial da empresa. (LOVELOCK; WRIGHT, 2003, p. 132).

Desta forma, o primeiro passo para definir uma estratégia, segundo

Minciotti; Santolia; Kaspar (2008), é identificar as necessidades dos clientes e

as que não estão sendo atendidas adequadamente pela empresa. A partir da

identificação e da análise das ações necessárias para não apenas atender,

como principalmente, atender melhor do que os concorrentes, as empresas

poderão desenvolver uma vantagem competitiva.

Conquistar o cliente através da oferta de qualidade superior é um caminho ao desenvolvimento de vantagens competitivas. Para que isso se torne viável, no entanto, faz-se necessário entender o que significa qualidade e como é percebida pelos clientes. A manutenção de um alto nível de qualidade não é uma tarefa simples para as empresas prestadoras de serviços, apesar da dificuldade em avaliar o verdadeiro nível de qualidade de um serviço,

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uma vez que as idéias de diversos profissionais e clientes, do que é qualidade, podem variar muito. As empresas, comenta o autor, deverão monitorar continuamente seus níveis de qualidade, para mantê-los elevados e resistir à pressão para baixá-los devido à necessidade, muitas vezes, de enfrentar preços menores da concorrência. (MINCIOTTI; SANTOLIA; KASPAR, 2008, p. 158).

Kotler, Hayes; Bloom (2000) ressaltam, ainda, que no desenvolvimento

de uma vantagem competitiva, para distinguir seus serviços dos concorrentes,

as empresas utilizam estratégias de posicionamento, que contemplam fatores

como: atributos, preço, qualidade ou outros com relação direta com o tipo de

serviço, o público-alvo e a concorrência.

É por meio do posicionamento do produto, segundo Mowen; Minor

(2003), que uma empresa influencia o modo como os consumidores percebem

as características de uma marca em relação aos concorrentes. O objetivo do

posicionamento é influenciar a demanda, criando um produto com

características específicas e uma imagem definida que o diferencie dos

demais.

Para Minciotti; Santolia; Kaspar (2008), é importante desenvolver uma

vantagem competitiva sustentável, que possibilite uma posição que não possa

ser perdida para os concorrentes no curto prazo. É, pois, de fundamental

importância para as empresas prestadoras de serviços, especialmente as

organizações hoteleiras, que desejem melhorar sua competitividade,

entenderem os aspectos relacionados à satisfação do cliente.

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CAPÍTULO III

A PESQUISA NO CRISTAL PALACE INN

3 INTRODUÇÃO

A fim de verificar se os serviços prestados pelo Cristal Palace Inn

atendem às expectativas do cliente foi realizada pesquisa no período de

fevereiro a outubro de 2009.

Os métodos utilizados foram: estudo de caso, observação sistemática,

método estatístico.

O estudo de caso foi realizado no Cristal Palace Inn em Lins (SP)

analisando o ciclo e qualidade de serviços. Foram entrevistados: os hóspedes,

o Gerente do hotel e o Proprietário.

Na observação sistemática foram analisados a qualidade dos serviços

prestados e a satisfação dos clientes do hotel como suporte para o

desenvolvimento de estudo de caso.

Os clientes foram entrevistados através de questionário com o objetivo

de identificar a influência da qualidade na satisfação do cliente do hotel.

A amostra aleatória e simples foi de 100 clientes com margem de erro de

10% (GIL, 1996).

As técnicas utilizadas foram:

a) Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A);

b) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B);

c) Roteiro de entrevista com o hóspede (Apêndice C);

d) Roteiro de entrevista para o Gerente (Apêndice D);

e) Roteiro de entrevista com o Proprietário (Apêndice E);

f) Outros registros foram utilizados dados ilustrativos.

3.1 Apresentação dos dados da pesquisa com os clientes

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A pesquisa foi realizada com o intuito de avaliar a satisfação dos clientes

do Cristal Palace Inn quanto à qualidade dos serviços ofertados. Foram

recolhidos 100 questionários respondidos, os dados foram tabulados e são

apresentados a seguir.

Os questionários foram entregues ao hóspede pela recepcionista do

hotel no check in e cobrados no check out. Convêm salientar que nem todos os

hóspedes se disponibilizaram a respondê-lo.

3.1.1 Apresentação dos dados de identificação

Os dados de identificação relacionam o gênero, faixa etária,

escolaridade, atividade e cidade de origem para analisar o perfil do hóspede do

Cristal Palace Inn de Lins (SP) e são apresentados nas Tabelas de 2 a 6.

Tabela 2: Gênero

Especificação F Fr%

Masculino 53 55%

Feminino 43 45%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Embora a maioria dos entrevistados seja do sexo masculino, esta

diferença não é significativa, equiparando-se com hóspedes do sexo feminino.

Tabela 3: Faixa etária

Especificação F Fr%

20 30 anos 53 55%

31 40 anos 9 9%

41 50 anos 34 36%

51 55 anos - -

Acima de 55 anos - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

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Quanto à idade, nota-se que os hóspedes do Cristal Palace Inn são

pessoas jovens que encontram-se na faixa etária de 20 a 30 anos (55%),

embora exista uma considerável quantidade de hóspedes entre os 41 a 50

anos (36%).

Tabela 4: Escolaridade

Especificação F Fr%

Fundamental incompleto - -

Fundamental completo 34 36%

Médio incompleto - -

Médio completo - -

Superior incompleto 9 9%

Superior completo ou mais 53 55%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

O hóspede do Cristal Palace Inn em sua maioria possui ensino superior

completo ou mais, conforme demonstra a Tabela 4.

Tabela 5: Atividade

Especificação F Fr%

Vendedor 17 18%

Representante comercial 43 45%

Profissional liberal 27 28%

Estudante 9 9%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

A Tabela 5 mostra que 45% dos hóspedes são representantes

comerciais, 28% profissionais liberais tais como: professores, auditores,

advogados e outros e 18% são vendedores.

Os hóspedes do Hotel vêm em sua maioria do Estado de São Paulo

(72%), e dos estados do sul do Brasil. Dos 72% de hóspedes do Estado de São

Paulo, 62% vêm da cidade de São Paulo, 25% da região de Lins, como

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Araçatuba, Birigui e outros e 13% de outras cidades do Estado, conforme a

Tabela 6.

Tabela 6: Cidade de Origem

Especificação F Fr%

Rio Grande do Sul 9 9%

Paraná 9 9%

Mato Grosso do Sul 10 10%

São Paulo 68 72%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Hóspedes oriundos do Estado de São Paulo

Cidade de São Paulo 42 62%

Cidades da região de Lins 17 25%

Outras cidades 9 13%

ΣF = 68 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

3.1.2 Apresentação dos dados referentes às perguntas específicas

As perguntas específicas avaliam os motivos que levaram o cliente a se

hospedar no Cristal Palace Inn de Lins (SP) e o grau de satisfação quanto aos

serviços apresentados nas Tabelas 7 a 22.

Tabela 7: Motivo da viagem

Especificação F Fr%

Negócios 43 45%

Turismo 34 36%

Outros 19 19%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

A Tabela 7 demonstra que 45% dos hóspedes do Hotel estão a negócios

e 36% hospedaram-se por motivo de turismo

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Tabela 8: Freqüência que se hospeda em Lins

Especificação F Fr%

Primeira vez 43 45%

1 a 2 vezes por mês 34 36%

3 vezes ou mais por mês 19 19%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

A maioria dos hóspedes estão no Hotel pela primeira vez (45%) e 36%

deles hospedam-se entre 1 a 2 vezes por mês, como se observa na Tabela 8.

Tabela 9: Motivo(s) que o levaram a se hospedar no Cristal Palace Inn de Lins

(SP)

Especificação F Fr%

Localização 27 28%

Preço 8 8%

Outro tipo de referência 60 64%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Os outros tipos de preferências são:

Qualidade no atendimento 12 20%

Acomodações 12 20%

Limpeza 12 20%

Falta de vaga em outro hotel 6 10%

Indicação 12 20%

Qualidade do hotel 6 10%

ΣF = 60 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Na Tabela 9 observa-se que os motivos que levaram 64% das pessoas a

se hospedarem no Cristal Palace Inn foram outros além de localização (28%) e

preço (8%). Dentre os outros motivos relaciona-se indicação (20%), qualidade

do hotel (10%), qualidade no atendimento (20%), acomodações (20%), limpeza

(20%) e falta de vaga em outro hotel (10%).

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Tabela 10: Classificação quanto ao serviço e acomodação do hotel

Especificação F Fr%

Ótimo 51 54%

Bom 35 36%

Regular 10 10%

Ruim - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Os hóspedes classificaram o serviço do Hotel de ótimo (54%) e bom

(35%), como demonstrado na Tabela 10.

Tabela 11: Atendimento na recepção

Especificação F Fr%

Ótimo 51 54%

Bom 35 36%

Regular 9 10%

Ruim - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Em relação ao atendimento, os hóspedes classificaram como ótimo

(54%) e bom (36%), conforme a Tabela 11.

Tabela 12: O chek in é realizado com rapidez

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 69 72%

Concordo parcialmente 17 18%

Discordo totalmente - -

Discordo parcialmente 10 10%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Para 72% dos hóspedes o chek in é realizado com rapidez, embora 18%

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deles discordam parcialmente dessa afirmação.

Tabela 13: As ligações são atendidas rapidamente assim que ligo para a

recepção

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 61 64%

Concordo parcialmente 26 27%

Discordo totalmente - -

Discordo parcialmente 9 9%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Dos hóspedes entrevistados 64% deles concordam que as ligações para

a recepção são atendidas rapidamente, mais 27% deles concordam

parcialmente com esta afirmativa.

Tabela 14: O hotel oferece estacionamento amplo

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 43 45%

Concordo parcialmente 53 54%

Discordo totalmente - -

Discordo parcialmente - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Para 55% dos hóspedes o estacionamento do Hotel é relativamente

amplo, 45% deles acham o estacionamento amplo, conforme a Tabela 14.

Tabela 15: Os quartos e banheiros estão sempre limpos

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 86 90%

Concordo parcialmente 10 10%

Discordo totalmente - -

Discordo parcialmente - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

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A Tabela 15 mostra que 90% dos hóspedes concordam que os quartos e

banheiros estão sempre limpos.

Tabela 16: Os apartamentos são arejados e confortáveis

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 69 72%

Concordo parcialmente 17 18%

Discordo totalmente 9 10%

Discordo parcialmente - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Os hóspedes também acham os apartamentos arejados e confortáveis

(72%) como se observa na Tabela 16.

Tabela 17: Os equipamentos (TV, frigobar, ar-condicionado) dos quartos estão

em perfeitas condições

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 69 72%

Concordo parcialmente 17 18%

Discordo totalmente 9 10%

Discordo parcialmente - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Dos entrevistados, 72% acham que os equipamentos (TV, frigobar, ar-

condicionado) dos quartos estão em perfeitas condições, embora 18% deles

discordam parcialmente disso, conforme se observa na Tabela 17.

Tabela 18: O hotel controla o ruído (barulho) nas áreas internas

continua

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 79 82%

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conclusão

Concordo parcialmente 17 18%

Discordo totalmente - -

Discordo parcialmente - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

A maioria dos hóspedes (82%) acham que o Hotel controla o ruído

(barulho) nas áreas internas, como demonstra a Tabela 18.

Tabela 19: O hotel oferece porta de segurança (cartão magnético) nos quartos

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 96 100%

Concordo parcialmente - -

Discordo totalmente - -

Discordo parcialmente - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Os hóspedes (100%) relatam que o hotel oferece porta de segurança

(cartão magnético) nos quartos.

Tabela 20: Os corredores são bem iluminados

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 87 91%

Concordo parcialmente 9 9%

Discordo totalmente - -

Discordo parcialmente - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

A Tabela 20 mostra que os hóspedes acham os corredores bem

iluminados (91%).

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Tabela 21: O hotel oferece acesso à internet

Especificação F Fr%

Concordo totalmente 96 100%

Concordo parcialmente - -

Discordo totalmente - -

Discordo parcialmente - -

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Todos os hóspedes confirmaram que o Hotel oferece acesso à internet.

Tabela 22: Sugestões dos hóspedes do Cristal Palace Inn de Lins (SP

Especificação F Fr%

Garagem coberta 11 12%

Maior espaço para guarda-roupa 10 10%

Preços não condizentes com as acomodações 27 28%

Espaço de lazer para adultos e crianças 27 28%

Melhorar a conexão da internet 10 10%

Carrinho para bagagem 11 12%

ΣF = 96 ΣF% = 100%

Fonte: Elaborado pelos autores

Convidados a sugerir melhorias para o Hotel, entre as sugestões mais

expressivas encontram-se preços menores, pois 28% dos hóspedes dizem que

o preço cobrado não condiz com os serviços oferecidos. Outra sugestão refere-

se a espaço de lazer para jovens e crianças (28%), além de carrinho de

bagagem (12%), cobertura na garagem (12%), maior espaço no guarda-roupa

(10%) e melhorar a conexão da internet (10%).

3.2 Apresentação dos dados da pesquisa com o Gerente do Hotel

O Gerente do Cristal Palace Inn de Lins (SP) tem 35 anos, é do sexo

masculino e atua a 10 anos no setor e na empresa. Eis seu depoimento:

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Ao ingressar na empresa eu recebi treinamento por 30 dias e

continuo recebendo treinamento periodicamente. Eu considero o

trabalho no Hotel ótimo. Me relaciono muito bem com funcionários e

com os proprietários do Hotel. Em relação ao hóspede, a maior

dificuldade que encontro refere-se as solicitações feitas de serviços

que não oferecemos e que tenho que providenciar terceirizando. Em

relação aos funcionários, a maior dificuldade que encontro é na

solução de conflitos, onde tenho que manter imparcial. Em minha

opinião, a qualidade do serviço do hotel é ótima e acredito que o

hóspede do hotel está satisfeito com os serviços prestados. As

principais queixas dos hóspedes refere-se à falhas no speedy e

consequentemente conexão com a internet, porém muitas vezes o

problema advém da Telefonica. (Gerente, 35 anos)

3.3 Apresentação dos dados da pesquisa com o Proprietário do Hotel

O Proprietário do Cristal Palace Inn de Lins (SP) tem 51 anos, é do sexo

masculino e está há 20 anos no ramo de hotelaria. Eis seu depoimento:

A minha empresa oferece serviços de hospedagem e é uma empresa

de pequeno porte, categoria simples. Na minha opinião os fatores que

fazem sucesso de uma empresa, principalmente a hoteleira são

treinamento, qualidade na prestação dos serviços, preço e

localização.

O Cristal Palace Inn mantém uma linha limitada e estável de

produtos/serviços e procura sempre a inovação e o aperfeiçoamento,

procurando sempre oferecer produtos/serviços com qualidade

superior. Procuro diferenciar meus produtos em relação aos

concorrentes oferecendo ao meu hóspede produtos diferenciados

como internet e um excelente café da manhã, além de promoção,

preço. Normalmente, faço publicidade.

Na minha opinião, o grau de lealdade ou de freqüência dos clientes é

mais de 50%. Eu não procuro oferecer produtos/serviços com preços

inferiores aos de mercado, pois não concordo que essa seja uma

estratégia viável de competitividade.

Apesar de minha empresa ser nova, sempre estudo uma forma de

ampliação da linha de produtos/serviços para que possa ser oferecida

a uma área de mercado mais ampla.

Além do ramo de hotelaria, atuo também no ramo alimentício.

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Eu não costumo trabalhar com um único grupo de clientes, procuro

diversificar a clientela. E os trato de igual forma, todos da melhor

forma possível. O Cristal Palace Inn oferece um número limitado de

serviços.

3.4 Conclusão da pesquisa

A pesquisa contemplou que o perfil do hóspede do Cristal Palace Inn de

Lins (SP) equiparam-se em relação ao gênero, estão na faixa etária dos 20 a

30 anos, possui ensino superior completo ou mais, são representantes

comerciais e profissionais liberais e vêm de várias cidades do Estado de São

Paulo.

Os hóspedes do Hotel estão a negócios (45%) pela primeira vez (54%) e

procuraram o Hotel principalmente por indicação (20%), qualidade no

atendimento (20%), acomodações (20%) e limpeza (20%).

Os hóspedes acham o serviço e o atendimento do Hotel ótimo (54%),

porém 35% classificaram como bom, pois 18% acham que o chek in não é

rápido, 27% concordam parcialmente que o atendimento do telefone da

recepção é rápido, o estacionamento poderia ser mais amplo (55%), 18%

discordam parcialmente que os apartamentos são arejados e confortáveis e os

equipamentos (TV, frigobar, ar-condicionado) dos quartos estão em perfeitas

condições, além do Hotel não oferecer porta de segurança (cartão magnético)

nos quartos.

Os fatores positivos mais relevantes apontados pelos entrevistados

referem-se à limpeza de quartos e banheiros (90%), o controle do ruído

(barulho) nas áreas internas (82%), a boa iluminação dos corredores (91%) e o

acesso à internet.

As sugestões de melhorias relacionam menores preços, espaço de lazer

para jovens e crianças, carrinho de bagagem, cobertura na garagem, maior

espaço no guarda-roupa e melhoria na conexão da internet.

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3.5 Parecer final do caso

O propósito da pesquisa foi de verificar a satisfação do hóspede do

Cristal Palace Inn de Lins (SP) quanto aos serviços e atendimento.

A qualidade no atendimento constitui um dos pilares para alcançar

vantagens competitivas, portanto, deve-se não só satisfazer o cliente, mas

surpreendê-lo.

Constatou-se que no compito geral o hóspede classifica como bons os

serviços ofertados, porém apontam várias melhorias a serem feitas. Não se

notou nenhum serviço que desagrade total ou quase totalmente os hóspedes.

Outro fato observado é que o hóspede pede redução de preço e promoções,

contrastando com o depoimento do proprietário que afirma realizar promoções,

e este entende que oferece serviços a preços condizentes. Desta forma, a

pesquisa evidenciou que o proprietário possui a visão de que seu hóspede está

satisfeito com estes fatores, o que não é verdade.

A empresa deve preocupar-se em manter cordialidade nos

relacionamentos e ser eficiente nos serviços. Atender o hóspede de maneira

eficiente e com agilidade deve ser a automotivação dos funcionários.

É importante que todo o processo seja bem-sucedido, desde a hora do

check-in até o check out do hóspede do hotel. Se o cliente for mal atendido por

uma camareira, por exemplo, a impressão que terá do hotel será ruim, por mais

que o serviço no café da manhã e nas demais dependências tenha sido

impecável. A principal preocupação é garantir a satisfação do hóspede.

Diante do exposto a pergunta-problema foi respondida e a hipótese

confirmada.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Considerando os resultados da pesquisa e registrando o bom índice de

satisfação dos hóspedes pesquisados, percebe-se algumas oportunidades de

melhorias, para as quais propõe-se:

a) detectar os fatores que levam a demora do atendimento do telefone

no serviço de quarto e no check in do Hotel, submetendo funcionários

a treinamentos periódicos, principalmente aqueles de ligação;

b) realizar periodicamente pesquisas de satisfação;

c) resolver os problemas com a internet e colocar mais pontos de

utilização;

d) melhorar a manutenção dos equipamentos

e) colocar porta com cartão magnético a fim de melhorar a segurança;

f) colocar cobertura no estacionamento;

g) melhorar o serviço de recepção, disponibilizando carregadores;

h) pensando no relacionamento com o cliente, enviar e-mails aos

hóspedes agradecendo a preferência e questionando se gostaram da

estadia;

i) deixar nos apartamentos um cartão de boas vindas aos hóspedes e

oferecer bombons;

j) fazer promoções.

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CONCLUSÃO

A preocupação com a qualidade do serviço prestado existe desde o

surgimento da hotelaria, porém, com o passar do tempo, ficou evidenciada

devido à globalização e a concorrência acirrada. O grande diferencial na

qualidade, diante do contexto econômico-financeiro atual, está calcado

realmente nas questões relativas ao cliente e ao atendimento de qualidade

para com o mesmo.

A grande fonte de satisfação dos hóspedes está nos serviços oferecidos

e obrigatórios dentro de um hotel. Os serviços possuem quatro características

importantes: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade.

A padronização no atendimento dos hóspedes também é outro fator

importante em se tratando de prestação de serviços. A atitude de padronizar o

atendimento equilibra, restringe a relação hóspede-funcionário e ajuda o hotel

no fortalecimento e reconhecimento de seu nome.

À medida que os hóspedes vêem a prestação de serviços hoteleiros

como relativamente homogênea, ou seja, sem muitas diferenças entre um hotel

e outro de mesma categoria, o fator principal levado em consideração é o preço

praticado pela empresa. A alternativa competitiva é desenvolver uma oferta,

entrega e/ou imagem diferenciada, e monitorar, constantemente, a satisfação

dos hóspedes através de sistemas de sugestões, reclamações e comparações

que possibilitam a identificação e correção de serviços fracos ou deficitários.

Em resposta à pergunta-problema pode-se concluir que a grande

maioria dos hóspedes do Hotel Cristal Palace Inn está satisfeita com os

serviços oferecidos pelo mesmo e com o atendimento recebido por parte dos

funcionários do hotel. Entretanto, existe uma pequena parcela dos hóspedes

que está parcialmente insatisfeita, um índice que pode e deve ser analisado

para detectar onde existem falhas.

É importante salientar que agradar ao cliente não é tão complicado, é

necessário apenas usar a criatividade e inovar-se. São requisitos simples que

encantam o cliente e o faz sentir-se satisfeito.

Manter a constante interação com os clientes, funcionários preparados,

processos ágeis e flexíveis, bem como qualidade nos serviços, possibilitarão à

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indústria hoteleira agir com maior produtividade para alcance da vantagem

competitiva.

Como o público do hotel, a empresa deve oferecer a estes, maior

agilidade no serviço de recepção, melhorar o serviço de internet, checar com

frequencia equipamentos, melhorar a segurança nos quartos, colocar cobertura

no estacionamento e providenciar carregadores ou carrinhos de mala, além

disso, é importante que o hotel verifique através de pesquisa, constantemente

o parecer dos hóspedes sobre o Hotel e principalmente inovar. Os detalhes

com que um hotel se preocupa, são as receitas para deixar um hóspede

satisfeito.

Pensando nisso, o hotel deve investir mais em atitudes que venham a

encantar ainda mais o cliente e atender às necessidades de cada um. A

qualidade está completamente relacionada com a satisfação dos consumidores

de serviços, e considerando o consumidor como o maior bem de qualquer

empresa, conclui-se que a razão de ser da empresa deve ser a busca

incessante da satisfação dos desejos e necessidades dos seus hóspedes.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - ROTEIRO PARA ESTUDO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

Apresentação e caracterização da empresa: histórico, missão, objetivos,

estrutura organizacional.

2 RELATO DO TRABALHO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO

a) descrição dos conceitos sobre turismo, hotelaria, serviços, qualidade

e satisfação do cliente;

b) entrevistas com os responsáveis pela empresa e pelo gerenciamento

do Cristal Palace Inn em Lins (SP).

2 DISCUSSÃO

Confronto entre a teoria analisada através de revisão bibliográfica e a

prática obtida através dos dados da pesquisa no Cristal Palace Inn em Lins

(SP) com a finalidade de descrever o seu ciclo de serviços e a qualidade do

atendimento ao cliente.

3 RESULTADOS E SUGESTÕES

Parecer final sobre o caso e sugestões sobre as ações de qualidade em

serviços para satisfação dos clientes.

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APÊNDICE B - ROTEIRO PARA OBSERVÇÃO SISTEMÁTICA

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Atividade Econômica:

Porte:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:

1 Ações de qualidade em serviços hoteleiros

2 Mediadas adotadas

3 Eficácia do processo

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APÊNDICE C - ROTEIRO DE ENTREVISTA COM O HÓSPEDE

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo: Idade:

Escolaridade:

Atividade comercial:

Cidade de origem: Cidade de destino:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual o motivo de sua viagem?

( ) Negócios ( ) Turismo ( ) Outros

2 Com que freqüência se hospeda em Lins?

( ) primeira vez

( ) 1 a 2 vezes por mês

( ) 3 ou mais vezes ao mês

3 Qual(is) o(s) motivo(s) que o levaram escolher este hotel com

hospedagem?

( ) preço

( ) localização

( ) outro tipo de preferência. Explique:______________________________

4 Como V. classifica o serviço e acomodação de seu hotel?

( ) Ótimo

( ) Bom

( ) Regular

( ) Ruim

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5 O atendimento que recebo na recepção é sempre solícito

( ) Ótimo

( ) Bom

( ) Regular

( ) Ruim

6 O Chek in é realizado com rapidez

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

7 As ligações são atendidas rapidamente assim que ligo para a recepção

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

8 O hotel oferece estacionamento amplo

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

9 Os quartos e banheiros estão sempre limpos

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

10 Os apartamentos são arejados e confortáveis

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

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( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

11 Os equipamentos (TV, frigobar, ar-condicionado) dos quartos estão em

perfeitas condições

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

12 O hotel controla o ruído (barulho) nas áreas internas

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

13 O hotel oferece porta de segurança (cartão magnético) nos quartos

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

14 Os corredores são bem iluminados

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

15 O hotel oferece acesso à internet

( ) Discordo totalmente

( ) Discordo parcialmente

( ) Concordo Parcialmente

( ) Concordo Totalmente

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16 Qual a sua sugestão para melhorar o serviço no Cristal Palace Inn?

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APÊNDICE D - ROTEIRO DE ENTREVISTA COM O GERENTE

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo: Idade:

Escolaridade:

Tempo de atuação no setor:

Tempo de atuação dentro da empresa:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Recebeu treinamento quando Contratado(a)

( ) sim

( ) não

Se sim, por quanto tempo?__________________________________________

2 Recebe treinamento periodicamente?

( ) sim

( ) não

3 Como classifica seu trabalho no Hotel?

( ) ótimo

( ) bom

( ) regular

( ) ruim

4 Como classifica a sua relação com os hóspedes do Hotel?

( ) ótimo

( ) bom

( ) regular

( ) ruim

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5 Como classifica a sua relação com os demais funcionários do Hotel,

incluindo o seu superior?

( ) ótimo

( ) bom

( ) regular

( ) ruim

6 Qual a maior dificuldade que você encontra em sua função em relação

aos hóspedes?

7 Qual a maior dificuldade que você encontra em sua função em relação

aos funcionários?

8 Como você classificaria a qualidade do serviço do hotel?

( ) ótimo

( ) bom

( ) regular

( ) ruim

9 Você acha que o hóspede está satisfeito com os serviços prestados pelo

hotel?

( ) sim

( ) não

Por quê?______________________________________________________

10 Qual(is) a(s) principal(is) queixas dos hóspedes?

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APÊNDICE E - ROTEIRO DE ENTREVISTA COM O PROPRIETÁRIO

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo: Idade:

Tempo de experiência no ramo:

Cidade: Estado:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Quais são os produtos/serviços oferecidos pela sua empresa?

2 Qual é a categoria de seu estabelecimento?

3 Quanto ao tamanho, a sua empresa se classifica em pequena, média ou

grande?

4 Quais são os fatores que fazem sucesso em sua empresa?

( ) Treinamento ( )Personalização

( ) Seleção dos funcionários ( )nenhum

( ) Qualidade na prestação dos serviços ( )Localização

( ) Preços ( )Outros

Qual:_________________________________________________________

5 Sua empresa mantém uma linha limitada e estável de

produtos/serviços?

( ) sim ( ) não

6 A sua empresa se limita somente aos serviços que sabe fazer ou

procura sempre a inovação e o aperfeiçoamento?

7 A sua empresa procura oferecer produtos/serviços com qualidade

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superior?

( ) sim ( ) não

8 Quais as formas que sua empresa diferencia seus produtos em relação

aos concorrentes?

( ) Propaganda na TV, rádio e jornais ( ) Promoção

( ) Qualidade na prestação dos serviços ( ) Preços

( ) Outros

Qual(is)_________________________________________________________

9 Você costuma fazer publicidade?

( ) sim ( ) não

10 Em sua opinião, o grau de lealdade ou de freqüência dos clientes é de:

( ) menos de 10%

( ) de 11 a 30%

( ) de 31 a 50

( ) mais de 50%

11 Quais as inovações feitas em sua empresa?

12 A sua empresa procura oferecer produtos/serviços com preços

inferiores?

( ) sim ( ) não

Por quê?________________________________________________________

13 Sua empresa amplia continuamente a linha de produtos/serviços,

oferecendo-os a uma área de mercado mais ampla?

( ) sim ( ) não

Por quê?________________________________________________________

14 Além deste ramo de atividade, vocês trabalham com outros ramos?

( ) sim ( ) não

Se sim, qual?___________________________________________________

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15 Sua empresa trabalha com um único grupo de clientes?

( ) sim ( ) não

Por quê?________________________________________________________

16 Sua empresa procura tratar cada cliente de formas diferentes, como se

fosse um mercado específico?

( ) sim ( ) não

Por quê?________________________________________________________

17 Sua empresa oferece um número limitado de serviços?

( ) sim ( ) não

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ANEXOS

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ANEXO 1 – FIGURAS REFERENTES AOS DADOS DA PESQUISA COM OS

HÓSPEDES DO HOTEL

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 12: Gênero

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 13: Faixa etária

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 14: Escolaridade

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Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 15: Atividade

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 16: Cidade de Origem

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 17: Motivo da viagem

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Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 18: Freqüência que se hospeda em Lins

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 19: Motivo(s) que o levaram a se hospedar no Cristal Palace Inn de Lins

(SP)

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 20: Classificação quanto ao serviço e acomodação do hotel

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Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 21: Atendimento na recepção

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 22: O chek in é realizado com rapidez

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 23: As ligações são atendidas rapidamente assim que ligo para a

recepção

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Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 24: O hotel oferece estacionamento amplo

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 25: Os quartos e banheiros estão sempre limpos

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 26: Os apartamentos são arejados e confortáveis

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Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 27: Os equipamentos (TV, frigobar, ar-condicionado) dos quartos estão

em perfeitas condições

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 28: O hotel controla o ruído (barulho) nas áreas internas

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 29: O hotel oferece porta de segurança (cartão magnético) nos quartos

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Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 30: Os corredores são bem iluminados

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 31: O hotel oferece acesso à internet

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 32: Sugestões dos hóspedes do Cristal Palace Inn de Lins (SP)

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ANEXO 2 – CARTA DE AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA