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Preço 1$00 Quinte-feira, 5 de Junho de 1958 Ano IV - N.° 168 Proprietário, Administrador e Editor v. s. MOTTA PINTO CAMILO-. REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA, 18 - Telef. 026467 -------- ------ ---------------------- MONTIJO ----------------------------------------- COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO-TIPOGRAFIA SIMÕES, Lda. - T e l e f , 22371 - SETÚBAL DIRECTOR ÁLVARO VALENTES 0 m a io r Je iv e n lu ra a o ! Fez no dia 1 do corrente 68 anos que o grande escri- tor português desapareceu da cena da Vida. Cumpre-me recordá-lo, Camilianista desde os de- zoito anos, sinto-me no de- ver de recordar a data e comentá-la com algumas palavras tiradas, da profun- da admiração que sempre nutri pelo genial romancista. Talvez que grande parte dessa admiração se funda- mente na desventura que o perseguiu desde o nasci- mento até ao túmulo, con- tinuando ainda depois da morte nas arremetidas que por vezes surgem nas letras pátrias, contra quem já não pode desatrontar-se. Essa desventura atroz, persisten- te, filha do Destino e tam- bém da Inveja, encontrou no meu sentimento piedoso, — naquele sentimento que sempre me inclinou para os perseguidos, para os fracos, para os humildes — uma simpatia estranha, um de- sejo veemente de me julgar ao preito que a sua existên- cia e a sua memória me impuseram. Tenho lido os maiores escritores da terra portu- guesa e muitos dos classifi- cados de «inferiores». Com- pulsei-os, estudei-os, pers - crutei-os, percorri as res - pectivas biografias pausa- damente, como quem pre- tende penetrar nos bastido- res que encobrem os vultos e as suas vidas íntimas. Nunca descobri nas tor- mentas de prosadores e poe- tas um desventurado maior! Tal como a Flora Tosca, vítima da Arte, vítima do Amor, sofreu a cainçada que lhe atravessou as estradas do talento, sofreu as desdi- tas da sua volubilidade amo- rosa por aventuras de tra- gédia e dor. Por cima das odisseias, a doença escrevendo páginas dramáticas que tiveram por epílogo o acto tresloucado de 1 de Junho de 1890. foi, pois, uma vida tem- pestuosa, infernal, que nem 0 «Inferno» de Dante poude Prever. Daqui resultou, possivel- mente, essa obra desigual, anfractuosa, cheia de repe- lões e de voos superiores, entre gargalhadas e ironias e lágrimas, que ficou na história da literatura portu- guesa como um monumento de incomparável beleza. A obra d o escritor é tanto mais sentida e perfei- ta quanto mais ele vive e retlecte as próprias trans- mutações dolorosas. E assim foi que, sendo a vida de Camilo um prodi- gioso livro de angústias e de decepçõesmaquiavélicas, misto de esperanças e de desilusões, quer nos livros de fancaria, escritos sobre o joelho para matar a fome, quer nas produções mara- vilhosas do seu génio ímpar, tudo se transplantou para a p r o s a mágica, sibilante, fantástica, para a poesia lírica e ultra romântica, filha da época, que formam a obra desconexa e formi- dável da sua autoria. A sentimentalidade irmã dos que andam na «traves- sia» por caminhos doloro- sos impôs-lhes estas vibrá- teis homenagens de identi- dade e de justiça. A data que comemoramos por simples recordação é um símbolo da sensibilida- de de c a d a um desses, transfundida em palavras escritas e em expressões de simpatia e de compaixão profunda. Cada um de nós, fiel ao culto, fez das efemérides um calendário que nos obriga a recordar o seu nascimento, a sua morte, as provações contínuas de toda uma existência de fatalismo. Eis porque, neste domin- go in v e r n o so em que escre- vemos, recordamos o outro domingo trágico em que o seu revólver pôs termo aos horrores da cegueira e da tortura individual. B R E V E E S B O Ç O d u m a v i s i t a a o Porlo E S T A M P A S Veióoó papuitueó e CalSeá Ê f-> CO 0 0 4 JO Cb ( Cd ' 02 c ateá itaô maicâaá daà Sob o signo da boémia Nesta secção onde tudo tenho feito menos o elogio pessoal, a moldura destina- da a embonecar o retrato de já extintos jornalistas do & a < so P o r C o n s ig lie r i S á P e re ira Assim como um dia, na capital, subi ao zimbório da Estrela é abarquei, com a Por Amaral Frazão vista, quási Lisboa inteira ; assim como, depois disso, do alto do elevador de San- ta Justa, apalpei mais de perto a parte pombalina do grande burgo lisboeta ; tam- bém pensei que havia de subir à Torre dos Clérigos, quando há dias voltei à ve- lha cidade onde repousa o coração do homem que en- seiou, neste cantinho da Europa beijado pelo mar eternamente misterioso, os primeiros passos duma li- berdade que ele, realmente, conquistou à ponta da espa- da e dela nos lez generosa o u to r g a . O Porto não possui com efeito, nem lhe lazem falta um alto zimbório como o Estrela ou um elevador de Santa Justa, mas tem uma Torre dos Clérigos e acho que lhe chega. Mas não subi à Torre dos Clérigos. Desisti. Não me senti com forças, nesta al- tura da vida, de ir até lá acima. Noutros tempos se- ria capaz de galgar aqueles Continua na 5.a página passado, abro hoje uma ex- cepção para o nome folcló- rico de Norberto de Araújo, devido ao acerto e graça de uma crónica de Américo Leite Rosa, locutor privile- giado, dotado de qualidades expecionais de «diseur» e possuidor de uma autêntica colectânea de cultura olissi- ponense. Entre essa e ou- tras crónicas, hoje bastante esquecidas e todas magni- ficadas com o nome do jor- nalista prestigioso, reencon- tro o jornalista enamorado de Lisboa, imerso no seu monte disperso de aponta- mentos — ele que quase os dispensava, por ser todo improvização, arrebatadora inergia que a morte a custo separou das companhias que tão caras lhe eram, e com a qual travou áspera e de- morada batalha. Traço lu- minoso da boémia antiga, daquela que eu, embora em plano muito modesto e no desejo mais de me esquecer do que de me fazer recor- dado, conheci nestes mil e um ava tares do Progresso inconformista que ainda vi- vi — exigente, tentacul absorvente. Os bairros popular Os bairros popular' Lisboa têm alma e carácter próprios; pode, por exem- plo, disputar-se amores, na certeza de que nada nos acontecerá e de seremos respeitados na nos- sa integridade e salvação, e certos também de que por algo, no andar, no apartar, no modo de aparecer o bairrista o castiço, sem in- correr nos excessos de ou- tros que, como em Sevilha nos explicava, certa vez, um nativo da cidade de prata, «não são nem podem ser sevilhanos da calle Sier- pes.» — E porquê ? — indi- gava eu. — Ele aflautava a voz, punha-a com requebros de ca n te h o n d o e , em tom de m i s t é r i o , respondia, falando para si próprio: T o d o s ha n ven/do de fo ra , n in g u n o n a cid o en S ev illa . Aqui, entre nós, hoje um pouco menos que ontem mas ainda bastante, os do bairro receberam imunidade própria, baptismo das mãos do próprio Deus personifi- cado do sacerdote que lhe tenha passado o sal pela moleirinha. A partir desse momento, possui, para si e para os seus, graça própria e indefinível, incapaz de se diferençar dos outros e, no Continua na 5 a página P o r lu 9 a I Pilo resco RIBATEJO Desfile de campinos Quadro típico do Ribatejo, este desfile de campinos 1 Vara ao alto, barreie derrubado, com sua borla vibrante, trajo próprio e original, o campino inconfundível de Portugal é umi figura de eternidade que caracteriza esta região ! E nesse desfile perpassa a voz altis- sonante da lezíria, dos loiros, da raça destemida que marca as imensidades e a estrutura dos autênticos valores pitores- cos do nosso Ribatejo ! 1-5*? V is ite M o n tijo n a s Fe s ta s d e S . P e d ro d e 2 6 d e lu n h o a 1 d e Ju lh o

MONTIJO 0 Ê f->CO CAM ILO-. 0 0 4 · vilhosas do seu génio ímpar, tudo se transplantou para a prosa mágica, sibilante, fantástica, para a poesia lírica e ultra romântica, filha

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Preço 1$00 Quinte-feira, 5 de Junho de 1958 Ano IV - N.° 168

Proprietário, Administrador e Editor

v . s . M O T T A P I N T O

C A M I L O - .REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA, 18 - T e l e f . 026467 ------------------------------------ M O N T I J O -----------------------------------------COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO-TIPOGRAFIA SIMÕES, Lda. - T e l e f , 22371 - SETÚBAL

D I R E C T O R

Á L V A R O V A L E N T E S 0

m a i o r J e i v e n l u r a a o !

Fez no dia 1 do corrente 68 anos que o grande escri­tor português desapareceu da cena da Vida.

Cumpre-me recordá-lo,Camilianista desde os de­

zoito anos, sinto-me no de­ver de recordar a data e comentá-la com algumas palavras tiradas, da profun­da admiração que sempre nutri pelo genial romancista.

Talvez que grande parte dessa admiração se funda­mente na desventura que o perseguiu desde o nasci­mento até ao túmulo, con­tinuando ainda depois da morte nas arremetidas que por vezes surgem nas letras pátrias, contra quem já não pode desatrontar-se. Essa desventura atroz, persisten­te, filha do Destino e tam­bém da Inveja, encontrou no meu sentimento piedoso,— naquele sentimento que sempre me inclinou para os perseguidos, para os fracos, para os humildes — uma simpatia estranha, um de­sejo veemente de me ju lgar ao preito que a sua existên­cia e a sua memória me impuseram.

Tenho lido os maiores escritores da terra portu­guesa e muitos dos classifi­cados de «inferiores». Com ­pulsei-os, estudei-os, pers­crutei-os, percorri as res­pectivas biografias pausa­damente, como quem pre­tende penetrar nos bastido­res que encobrem os vultos e as suas vidas íntimas.

Nunca descobri nas tor­mentas de prosadores e poe­tas um desventurado m aior!

Tal como a F lo ra Tosca, vítima da Arte, vítim a do Amor, sofreu a cainçada que lhe atravessou as estradas do talento, sofreu as desdi­tas da sua volubilidade am o­rosa por aventuras de tra­gédia e dor.

Por cima das odisseias, a doença escrevendo páginas dramáticas que tiveram por epílogo o acto tresloucado de 1 de Junho de 1890.

fo i, pois, uma vida tem­pestuosa, infernal, que nem 0 «Inferno» de Dante poude Prever.

Daqui resultou, possivel­mente, essa obra desigual, anfractuosa, cheia de repe­lões e de voos superiores,

entre gargalhadas e ironias e lágrim as, que ficou na história da literatura portu­guesa como um monumento de incom parável beleza.

A obra d o escritor é tanto mais sentida e perfei­

ta quanto mais ele v ive e retlecte as próprias trans­mutações dolorosas.

E assim foi que, sendo a vida de Cam ilo um prod i­gioso liv ro de angústias e de decepçõesmaquiavélicas, misto de esperanças e de desilusões, quer nos livros de fancaria, escritos sobre o joelho para matar a fome, quer nas produções m ara­vilhosas do seu génio ímpar, tudo se transplantou para a p r o s a mágica, sibilante, fantástica, para a poesia lír ica e ultra romântica, filha da época, que formam

a obra desconexa e form i­dável da sua autoria.

A sentimentalidade irmã dos que andam na «traves­sia» por caminhos doloro­sos impôs-lhes estas vibrá- teis homenagens de identi­dade e de justiça.

A data que comemoramos por simples recordação é um símbolo da sensibilida­de de c a d a um desses, transfundida em palavras escritas e em expressões de simpatia e de compaixão profunda.

Cada um de nós, fiel ao culto, fez das efemérides um calendário q u e nos obriga a recordar o seu nascimento, a sua morte, as provações contínuas de toda uma existência de fatalismo.

E is porque, neste dom in­go i n v e r n o s o em que escre­vemos, recordamos o outro domingo trágico em que o seu revó lver pôs termo aos horrores da cegueira e da tortura individual.

B R E V E E S B O Ç O

d u m a v i s i t a a o P o r l o

E S T A M P A S

Veióoó papuitueó e CalSeá

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cateá itaô maicâaá daàSob o signo da boémia

Nesta secção onde tudo tenho feito menos o elogio pessoal, a moldura destina­da a embonecar o retrato de já extintos jornalistas do

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P o r C o n s i g l i e r i S á P e r e i r a

Assim como um dia, na capital, subi ao zimbório da Estre la é abarquei, com a

Por Amaral Frazão

vista, quási Lisboa inteira ; assim como, depois disso, do alto do elevador de San ­ta Justa, apalpei mais de perto a parte pombalina do grande burgo lisboeta ; tam­bém pensei que havia de subir à To rre dos Clérigos, quando há dias voltei à ve­lha cidade onde repousa o coração do homem que en- seiou, neste cantinho da Europa beijado pelo mar eternamente misterioso, os prim eiros passos duma li­berdade que ele, realmente, conquistou à ponta da espa­da e dela nos lez generosa o u t o r g a .

O Po rto não possui com efeito, nem lhe lazem falta um alto zimbório como o Estre la ou um elevador de Santa Justa, mas tem uma

Torre dos C lérigos e acho que lhe chega.

Mas não subi à To rre dos C lérigos. Desisti. Não me senti com forças, nesta al­tura da vida, de ir até lá acima. Noutros tempos se­ria capaz de galgar aqueles

Continua na 5.a página

passado, abro hoje uma ex­cepção para o nome fo lc ló ­rico de Norberto de Araújo, devido ao acerto e graça de uma crónica de Am érico Leite Rosa, locutor p riv ile ­giado, dotado de qualidades expecionais de «diseur» e possuidor de uma autêntica colectânea de cultura olissi- ponense. En tre essa e ou­tras crónicas, hoje bastante esquecidas e todas m agni­ficadas com o nome do jo r ­nalista prestigioso, reencon­tro o jornalista enamorado de Lisboa, imerso no seu monte disperso de aponta­mentos — ele que quase os dispensava, por ser todo im provização, arrebatadora inergia que a morte a custo separou das companhias que tão caras lhe eram, e com a qual travou áspera e de­morada batalha. Traço lu ­minoso da boémia antiga, daquela que eu, embora em plano muito modesto e no desejo mais de me esquecer do que de me fazer recor­dado, conheci nestes m il e um ava tares do Progresso inconform ista que ainda v i­

v i — exigente, tentacul absorvente.

Os bairros popularOs bairros popular'

L isboa têm alma e carácter p róp rios ; pode, por exem­plo, disputar-se amores, n a c e r t e z a de q u e nada nos acontecerá e de seremos respeitados na nos­sa integridade e salvação, e certos também de que por algo, no andar, no apartar, no modo de aparecer o bairrista o castiço, sem in ­correr nos excessos de ou­tros que, como em Sevilha nos explicava, certa vez, um nativo da cidade de prata, «não são nem podem ser sevilhanos da calle Sier- pes.» — E porquê ? — indi- gava eu. — E le aflautava a voz, punha-a com requebros de c a n t e h o n d o e , em tom de m i s t é r i o , respondia, falando para si p róp rio :— T o d o s h a n ven/do de f o r a ,

n i n g u n o h á n a c i d o en S e v i l l a .

Aqui, entre nós, hoje um pouco menos que ontem mas ainda bastante, os do bairro receberam imunidade própria, baptismo das mãos do próprio Deus personifi­cado do sacerdote que lhe tenha passado o sal pela m oleirinha. A partir desse momento, possui, para si e para os seus, graça própria e indefin ível, incapaz de se d iferençar dos outros e, no

Continua na 5 a página

P o r lu 9 a I Pilo rescoR I B A T E J O

Desfile de campinosQuadro típico do Ribatejo, — este

desfile de campinos 1Vara ao alto, barreie derrubado,

com sua borla vibrante, trajo próprio e original, o campino inconfundível de Portugal é umi figura de eternidade que caracteriza esta região !

E nesse desfile perpassa a voz altis­sonante da lezíria, dos loiros, da raça destemida que marca as imensidades e a estrutura dos autênticos valores pitores­cos do nosso Ribatejo !

1-5*?V i s i t e M o n t i j o n a s F e s t a s d e S . P e d r o d e 2 6 d e l u n h o a 1 d e J u l h o

2 A PR O V IN CIA 5-6-958

V I D A

P R O F I S S I O N A L

M é d i c o s

Dr. Avelino Rocha BarbosaDas 15 às 20 h.

R . A lm irante Reis, 68, 1.° Telef. 026245— M O N T IJO

Consultas em Sarilhos Grandes, às 9 horas, todos os dias, excepto às sextas feiras.

Or. Fausto NeivaLa rg o da Igreja, 11

Das 10 às 13 e das 15 às 18 h. Telef. 026 256 - M O N T U O

Or.* Isabel Somes PiresEx-Extagiária do Instituto Português de Oncologia

Doenças das Senhoras Consultas às 3.*s e 6 .*s feiras

R. Almirante Reis, 6 8 -l.°-Montijo Todos os dias

Rua Morais Soares, 116-1.°

L ISBO A Telef. 4 8649

Dr. Santos Marcelo

Doenças nervosas e mentais

Consultas e tratamentos — pri­meiros e terceiros sábados de cada mês, pelas 12 horas, no consultório do Ex.m* Sr. Dr. Ferreira da Trindade — R. Bulhão Pato, 42 — Telefone 026 131— M O N T IJO .

M éd icos V e te r in á r io s

Dr. Cristiano da Sliva MendonçaAv. Luís de Camões — M O NTIJO

Telef .8 026 503 — 026 4 6 5 - 0 2 6 012

Parteiras Augusta Marq. Charneira Moreira

Parteira-Enfermeira

Diplomada pela Faculdade de Medicina de Coimbra

R. José Joaquim Marques—N.° 231

M O N T IJO

Armanda LagosParteira-Enfermeira P A R T O SEM DO R

Ex-estagiária das maternidades de Paris e de Strasbourg.

De dia — R. Almirante Reis, 72 Telef. 026038

De noite— R. Machado Santos, 28

M O N T IJO

T e le fo n e s d e u rg ên c ia

Hospital, 026046 Serviços Médico Sociais, 026 198

Bombeiros, 026 048 Taxis, 026 025 e 026 479

Ponte dos Vapores, 026 425 Polícia, 026 144

F o t o t i l m eirabailios para amadores Fotografias d’ Arte Aparelhos Fotográficos

Reportagem Fotográfica

R. Bulhão Pato, II —

M O N T I J O Culta Católico.

f e s i a s P o p u l a r e s i e S . P e d i a

— Começaram já as m ar­cações de terrados no recin ­to da Fe ira. São em m aior número do que o ano pas­sado, pelo que a Comissão está na disposição de au­mentar o espaço habitual.

— Já começou a d is tri­buição dos program as, os quais, este ano, se apresen­tam com uma capa artística, de fino gosto, gravuras de Ranchos Fo lc lóricos, e pá­ginas centrais de uma com­posição da Foto film e muito interessante.

São, indubitàvelmente, os melhores apresentados até 1958.

— Tam bém de Alenquer vem até às nossas Festas uma excursão de autocarros, o que se dá pela prim eira vez. Reina em A lenquer o m aior entusiasmo por esta

in iciativa, consoante dali nos inform am.

— Todos os autocarros, automóveis e demais ve ícu ­los que transitam pelas nos­sas ruas, trazem afixados os cartazes m iniaturas que reproduzem a capa do p ro ­grama.

— Já se conhecem porm e­nores dos cartéis referentes às três monumentais co rri­das que vão realizar-se nos dias 29 e 30 de Junho e 1 de Ju lho .

Os respectivos program as e cartazes vão ser d istri­buídos e afixados na próx i­ma semana.

— Tudo se prepara, por­tanto, para que as Festas P o ­pulares de S. Pedro , em Montijo, sejam as melhores até hoje realizadas.

( 2.a publicação)

Pelo Ju izo de D ireito da com arca de M ontijo e t.a secção se faz saber, que se acha designado o dia 6 de Junho , próxim o, pelas 10 horas, à porta do T ribuna l desta com arca, para a rre ­matação, em l . a praça e em hasta pública, dos bens pe­nhorados, na Execução S u ­m ária que Joaqu im Jacinto , casado, ferroviário , residen­te na V ila do Barre iro , des­ta comarca, m ove contra o executado José de Jesus, comerciante, residente na­quela V ila , para haver do mesmo executado a quantia exequenda d e Q U A T R O M IL ES C U D O S .

B E N S A A R R E M A T A R

Um a balança « A v e r v » numero novecentos e v in ­te A em estado de nova com o pêso de 15 quilos e uma medidora de azeite marca « A v e r y » numero m il cento e seis, ta nbém em estado de nova.

Montijo, 23 de Maio de 1958.

O Chefe de Secção, a) Anlónio Paracana

Verifiquei a exactidão:O Juiz de Direito,

a) Ilídio Bordalo Soares

( l . a publicação)

Comarca de MontijoPelo Ju izo de D ireito des­

ta comarca, correm éditos de T R IN T A dias, contados da segunda e última publi­cação deste anúncio, citan­do a requerida M A R IA D E JE S U S , doméstica, com ú l­tima residência conhecida na Rua de Campo de O u ri­que, n.° 48, da cidade de Lisboa, para, no prazo de C IN C O dias posterior àque­le dos éditos, contestar a assistência jud iciária em que é requerente Joaquim F e r ­reira, operário aposentado, do Barre iro .

M ontijo, 24 de Maio de 1958.

O Secretário,

a) Francisco Anlónio Faria

Verifiquei :O Presidente da Comissão,

a) José Luís Magalhães de Alm tida Fernandes

T e r re n o C o n stru ção

Vende-se a propriedade «C orte dos Bace los» , na região industrial do M onti­jo a 30$00 o metro. Acei­tam-se ofertas. Trata Jo e l N avarro Rodrigues — M on­tijo.

S A N F E R , L. DA

S E D E |||| ARMAZÉNSLhBGA, auedfi S. Julião 41-!.° |jj| MGxTIJQ, Sua da Sela Vista

A E R O M O T O R S A N F E R o m oinho que resistiu ao ciclone — F E R R O S para construções, A R A M E S , A R C O S , etc.

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m inho de FerroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M

L u t u o s a

Faleceu em Lisboa, v ít i­ma dum desastre de viação, o sr. Francisco Marques Cepinha, de 75 anos de idade, proprietário, natural de M ontijo e aqui residente.

O seu funeral realizou-se de Lisboa para Montijo no passado dia 1 do corrente, constituindo uma sentida manifestação de pesar, pois o extinto era muito estima­do na sua terra natal.

E ra tio dos nossos pre­zados assinantes srs. Antó­nio Fe lic iano Canastreiro e Manuel Feliciano Canastrei- ro, aos quais apresentamos, bem como a toda a família enlufada, os sentimentos de “ A P rov ín c ia ” .

A 6 R A 0 E C I M E N T O

ímílio Mendes BastosA sua fam ília vem por

este meio, e por desconhe­cimento de moradas, agra­decer a todas as pessoas que se dignaram acom panhar à sua última morada o seu querido esposo, filho, irmão, sogro, cunhado e parente.

Para todos, aqui fica o nosso m a i o r reconheci­mento.

V e n d e - s eUma propriedade nos arredores

de Sarilhos Grandes, com vinhas e árvores, pinhal e chaparros, tem aproximadamente 18 hectares.

Vendedor; Jacinto dos Santos— Jardia.

T e r re n o a T a lh õ e sVencfe-se na estrada do

Peixe, na Atalaia.Nesta redacção se diz.

losé M o MouraE

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esgotado; «Daqui. . . fa la Riba­tejo », contos monográficos, 30 escudos; « Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; < A minha visita ao museu de S. Miguel de C e id e », folheto, 5 escudos; « Hino a Almada », em verso,10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravi­lhas», reportagem, 20 escudos.

Pedidos à Redacção de « A Provincia ».

Horário de Missas5.* feira, às 8 h.

» 10, (Atalaia)» 11,30

Sexta feira, » 9» 19

Sábado, » 8,30» 9

Domingo, » 8» 9 (Afonsoeiro)» 10* 11,30» 11,30 (Atalaia)» 19» 18,30 Teiço e

Benção

A N U N C I O( l . a publicação)

Pe lo Ju izo de D ireito da com arca de Montijo e 1.* secção, se faz saber que se acha designado o dia 17 de Junho, próximo, pelas 10 horas, para a arrematação, em l . a praça e em hasta pública, à porta do Tribu­nal desta comarca, dos bens m óveis e im óveis, penho­rados na Execução Sumá­ria que Joaquim Fernandes Rego, casado, Importador Armazenista, residente em Barroselas, move contra o executado Em ílio de A l­meida, casado, industrial, residente em Montijo, para garantia e pagamento da q u a n t i a exequenda d e 1007$50edo que legalmente acrescer até final da pre­sente execução.

B E N S A A R R E M A T A R

Uma bicicleta motorizada da marca “ A im a” , absolu­tamente nova e se encontra em exposição na montra da oficina de concerto de bicicletas, no valor de mil e quinhentos escudos.

IM Ó V E L

Um prédio urbano cons­tituído por loja, primeiro andar, quintal, pôço e uma pequena casa na Rua José Joaquim M arq ues— Antiga Rua França Borges, desta V ila , a confrontar p e l o norte com José Leonardo da S ilva , sul com estrada distrital, nascente com Ma­nuel Fe rre ira Carregosa e pelo poente com Raúl Al­ves Martins, inscrito na matriz sob o artigo qui­nhentos e dois, descrito na Conservatória do registo predial sob o número seis m il quatrocentos e oitenta e nove a folhas cento e vinte e três verso do Livro B — dezassete e sob o número sete m il trezentos e quarenta e sete a folhas cento e setenta e quatro do L iv ro — B dezanove, com o va lo r m atricial corrig i^0 de trinta e oito m il e oiten­ta escudos.

M ontijo, 26 de Maio de 1958.

O Chefe da 1/ Secção

o) Anlónio Paracana

Verifiquei a exatidão:

O Juiz de Direito

a) Ilídio Bordalo Soares

5-6-9581 A PRO V IN CIA 3

i S S T l M O N T I J OIntofffleçãD do Secretafiado Paríiquiel de Moniijo sobfe cinema

Cine-ZJeatro J o a q u im de S ílm e ld a

AniversáriosJ U N H O

— No dia 6 , completa o seu 18.° aniversário o sr. José Outeiro, nosso assinante.

— No mesmo dia, a menina Maria Antónia da Cruz Mota Pinto, filha do proprietário de «A Provín­cia», sr. Vasco da Silva Mota Pinto.

— Neste mesmo dia, completa22 anos de idade a sr.a D. Marce- lina Antoniela Serra Rocha Canas­treiro, esposa do nosso prezado assinante sr. António Joaquim Grego Canastreiro.

— No dia 7, a sr. Raúl Alexan­dre Rosa Barros, estimado as­sinante de «A Província».

— No dia 8 o sr. João Gabriel Sacoto Martins Fernandes, filho da sr.‘ D. Maria Elvira Borges Sacoto, nosssa prezada assinante

— No dia 9 o menino José Joa­quim Pialgata Victor, filho do nosso dedicado assinante sr. José Maria Victor Júnior.

— No dia 11. com suas 17 prima­veras, a menina Maria Susana Paiva Aranha, nossa muito dedicada funcionária

— No mesmo dia, o menino An­tónio José Félix Pontes, filho do nosso prezado assinante sr. José Félix Pontes residentes em Lobito.

— Completa nesta mês o seu aniversário natalício, o nosso mui­to estimado assinante sr. António da Silva,residenteem Nova Lisboa.

— No mesmo dia, completa 28 anos o sr. João Pedro Almeida Cunha, filho da nossa muito esti­mada assinante sr.a D. Celeste da Conceição Almeida S a cu e v a ,e m residente «El Tigre» Venezuela.

j G u a r d a - l i v r o s

cl Curso de Com ércio

Aceita e orienta escri­tas ou corresp.

Umas horas por dia ou por semana.

Inform a esta Redacção.

Dia 7-Sábado: « Joe But- terlley» : — País de origem :E . U. A. — G e n e ro : Com e­dia. — Principa is in terpre­tes : Audie Murphi, George Nader, Burgesse Meredith e Fred Clark.

Apreciação estética. A r ­gumento pobre. Realização aceitavel. Interpretação ex­celente.

Apreciação m o ra l: Sem inconvenientes. Para todos.

Esfreado no cinema Roma em 26 de Março de 1958.

Dia 8 — Domingo : «Due­lo de Fogo». — País de o r i­gem : E . U. A. — Género : Drama. Principa is intérpre­tes . Bu rt Lancaster, K irk Douglas e Bhonda Flem ing.

En re d o : A acção passa-se no Oeste Am ericano, no tempo em que os bandos de crim inosos ditavam a lei pela vio lência. O cheie dum dos bandos torna-se autori­dade e alia-se a um dos crim inosos. Ambos se ba­tem valentemente com os contrabandistas de gado. E ’ um duelo de fogo de que os dois saiem vencedores.

Apreciação estética: Bea- lização boa. Excelente de­sempenho. Música expres­siva.

Apreciação m ora l: A m ­biente de luta e violência. F ilm e para adultos.

Estreado no cinema São

Jo rg e em 7 de Novem bro de 1957.

Dia 9 2.M e ira «Baile na0 ’pera»— V er enredo, apre­ciação estética e apreciação m oral em «A P rov ín c ia» de 22 de Maio de 1958. Exib ido com muito agrado no C ine­ma Teatro Joapuim de A l­meida em 22 de Maio de 1958

Dia 10 — 3.a-feira — «Con­gresso que dança* — País de origem — A ’ustria — G é ­nero— Musica! — Principa is in térpetes:— Johanna Matz, Bu d o lf Prack , Hannelore Bo llm ann e Marte H arre ll

E n re d o : V iena recebe os reis e im peradores co liga­dos contra Napolião, prisio­neiro na ilha de Elba. O prim eiro m inistro vienense procura que os congresistas se distraiam com o vida frívo la e rom ântica da cida­de, para o que organiza festas e mais festas. 0 con­gresso desfaz-se quando é conhecida a íuga de Napo­leão.

Apreciaço estética: Ex ce ­lente colorido por «truco- lor». Deslumbrante m onta­gem. L indas canções e bai­lados.

Apreciação m o ra l: Cenas demasiadamente livres le­vam-nos a reservar o f i l m e

Para Adultos.Estreado : no cinema Con­

des em 7 de Junho de 1957.

Farmácias de Serviço

6 .a feira, 6 - H IG IE N E

Sábado, 7 — D IO G O

Domingo, 8 - G IR A L D E S

2 ’ feira, 9 - M O N T E P IO

3.a feira, 10 - M ODERNA

4.a feira, 11 — H IG IE N E

5 .“ feira, 12 - DIOGO

C o n f r a t e r n i z a ç ã o

d e T e l e g r a f i s t a s

E x p e d i c i o n á r i o s

à F r a n ç a e A f r i c a

n a G u e r r a d e 1 9 1 4 - 1 8

Realiza-se no dia 15 de Junho próxim o a F e s t a Anual de Confraternização dos Telegrafistas Exped i­cionários à França e África, na Guerra de 1914-18, em que podem tomar parte os oficiais, sargentos, cabos e Soldados que pertenceram às C. T . P., B. T., e às secções de sinaleiros e mo­tociclistas.

O almoço realizar-se-á em Lisboa, e a inscrição encontra-se aberta no Ros­sio, 65, na Rua das Flores,71, r/c-esq.*, em Lisboa, e no Porto, na Rua Form osa, 326.

A correspondência pode ser enviada para Jú lio da Conceição Cardelho, V ila Berta à Graça, 10-1.° dt.° em Lisboa.

E S T A M P A S

(Continuado da 1 .* página)

jornal da noite em que N. de A. consubstanciara a sua alma de boémio e onde ser­viu, até que Deus o levou de entre os seus com pa­nheiros, todos unânimes, a seguir, na afirm ativa de que jàm ais jo rna lista algum ino­vara, m ovim entara e con­seguira mais do que ele, o jornalista-vibração, o boé­mio, o am igo alheio a tudo o que não fosse a sua vida profissional e am igo de to­dos e a todos servindo dentro da natural incons­tância da sua alma de ciga­no perdido, entre tudo o que de burocrático e vu lgar tem o século X X . Mas, no afinal, sempre algo se ga­nhava com o seu convív io e no prodígio da sua notá­vel contestura. Agora mes­mo, recordamo-lo e reco r­daram-no as palavras nofá- veis e cálidas de A m érico Leite Bosa, no género lo­cutor im provizador, verda­deiramente notável, e temos de reconhecer que ele con­tinua a perm anecer entre nós, sempre alegre, faguei­ro e, bom, essencialíssimo camarada, O seu espólio, na essência é constituido por uma dezena de volu­mes tracejados com a graça sorridente dos gratos afa­zeres quotidianos.

C o n s i g l i e r i S á P e r e i r a

«A P I I O V Í N C I A »

Está à venda em Lisboa, na Tabacaria Mónaco

Rossio, 21

Po r escritura de 26 de Abril de 1958, lavrada a lis. 39 v. e seguintes, do respec­tivo liv ro n .° 6 B. do Car­tório N otaria l do M ontijo , foi constituída uma Socie­dade Com ercial por cotas de responsabilidade, limità- da, que será regida pelas cláusulas seguintes :

1 .” — Esta sociedade ado­pta a denominação “ Sopar- sol — Sociedade Portuguesa do Aerosois, L im itada” e fica com a sua sede e esta­belecimento fabril em M on ­tijo, podendo estabelecer Agências, F ilia is , e sucur­sais onde fôr deliberado criá-las;

2.° — O seu objecto é a indústria e com ércio de Aerosois ;

3.° — A sua duração é por tempo indeterm inado ;

4.° — O capital social é de 600.000$00, em dinheiro e corresponde às quotas que os sócios subscreveram e são as seguintes a sab er: o sócio JO A Q U IM G O M E S P A B L O , subscreve o capi­tal de 570.000$00 ; e o sócio D O U TO R JO S E ’ R O D R I­G U E S P A B L O , subscreve o capital de 30.000$00;

5." — O capital subscrito encontra-se, integralmente, realisado ;

6.° — Não haverá presta­

ções suplementares obriga­tórias, mas os socios pode­rão faze-las sempre que a Sociedade delas carecer, só sendo restituíveis, quando a situação económica e fi­nanceira da Sociedade o permita ;

§ único — As prestações feitas, nos termos do Corpo deste artigo não vencerão qualquer ju ro e a am ortisa­ção da liquidação s e r á observada, na proporção das prestações que hajam sido feitas ;

7 . °— A divtsão de quotas fica sempre, dependente da deliberação social ;

8.° — A cessão de cotas, quer entre sócios, quer a estranhos, fica sempre, de­pendente do consentimento da sociedade ;

9.° — A gerência dos ne­gócios sociais dispensada de caução será remunerada pela forma que fôr delibe rado em Assembleia Geral da Sociedade e será exerci­da, por sócios ou não só­cios, sendo todavia, geren­tes todos os sócios com ca pacidade jurídica, para o exercerem ;

10.° — Só a Assembleia

G era l poderá designar a pessoa ou pessoas não só­cios a quem devem ser confiadas funções de gerên­cia, bem como determ inar os lim ites e poderes que, por mandato bastante, de­vam ser conferidos, na cer­teza de que para obrigar a sociedade basta a assinatura do sócio gerente Doutor JO S È R O D R IG U E S P A B L O , e de duas assinaturas, quan­do de Gerentes não sócios;

11.° — E ’, expressamente, vedado, à Gerência, quer seja exercida só por sócios, quer não, fazer uso da de­nom inação ou obrigá-la por qualquer forma em actos e contractos estranhos à So ­ciedade incluindo letras ou livranças de favor, fianças, abonações ou quaisquer ou­tros semelhantes ;

12.° — Os anos sociais são os anos civis, e os balanços encerrar-se-ão em 31 de Dezembro de cada ano ;

13 .°— Os lucros líquidos apurados pelos balanços, depois de deduzidos 5 % para a formação ou reinte gração do fundo de reserva legal e qualquer verba que os os sócios deliberem para

quaisquer outros fuudos, serão distribuídos pelos só­cios na proporção das suas quotas ;

14.° — As assembleias ge­rais, ord inárias e extraordi­nárias serão convocadas por cartas registadas d ir i­gidas aos sócios, com quin­ze dias de antecedência ;

15.° — No caso de faleci­mento ou interdição de qualquer sócio, a sociedade poderá adqu irir ou am orti­zar a quota do sócio faleci­do ou interdito, desde que exerça este direito nos 60 dias posteriores ao evento, ou continuar com os her­deiros do falecido ou só com parte deies ou com os representantes dos in terdi­tos ;

16.° — Além dos direitos referidos no artigo anterior, também,é perm itida a am or­tização de quota ou quotas, sempre que a Assembleia Geral, por uma m aioria de pelo menos, de 7 5 % do ca- pilal social, assim o delibe- re, obedecendo, a am orti­zação em qualquer dos ca­sos às condições seguintes:

a) A amortização i'az-se-à, à face do últim o balanço

aprovado à quando da deli­beração, devendo a quota a amortizar acrescer os fun­dos de reserva, bem como as prestações suplementares ou créditos que o titular da quota tiver feito à Socie­dade ;

b) O va lo r da quota, apu­rado, nos termos da alínea a ) será oterecido pela Ge­rência da Sociedade ao só- ®io ou aos seus herdeiros ou representantes, que ou­torgarão a competente es­critura de amortização e pagamento da quota e de quitação ;

c) No caso de recusa do recebimento voluntário con­sidera-se feita a amortização a partir do momento em que se efectue o depósito da im portância na Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência ;

17.° — A dissolução da sociedade opera-se, nos car sos previstos, na lei, e no caso de liquidação serão li­quidatários todos os sóc io s ;

18.° — Todo o omisso se­rá regulado pelo que se dis­põe da lei de 11 de Abril de 1901.

M ontijo, 20 de Maio de 1958.

O Ajudante do Cartório,

Manuel Cipriano Rodrigues Futre

4 A P R O V IN C IA 5-6-958

DESPORTOSB a s q u e t e b o l N a t a ç a o

E s p e c t a c u l a r v i t ó r i a d o M o n t i j o

s o b r e « O s B o n j o a n e n s e s » d e F a r o

s e g u n d o c l a s s i f i c a d o d a Z o n a S u l - B

Montijo/ 112 «Os Bonjoanenses»? 47

! Da Vida £ihwias ____________________________________ _ -

( C o n t i n u a d o

Para disputar a 3.a fase do campeonato nacional de basquetebol da 2 .a divisão, deslocou-se no passado do­mingo ao Barre iro a equipa representativa do Desporti­vo do M ontijo , que defron­tou no m agnífico ginásio do Barre irense a turma de «Os Bonjoanenses»,de Faro ,— segundo classificado do A lgarve.

Com uma regular arb i­tragem dos srs. Daniel M e­deiros e José Correia, as equipas alinharam e m arca­ram : M ontijo — Am érico, Tom às (39) José M aria (32), E lis iá r io (26), Teodem iro (6), Heitor (5), Adriano (2) e Mocho (2). «Os Bon joa­nenses» — Viegas (1), Ca­brita (11), Amado (4) M en ­donça (2), B rito (16), Dias (6), Jesus (3), Cruz (2), Bar- racosa (2) e O liveira.

Fo i esta a prim eira vez que o M ontijo teve contac­to com o basquetebol a l­garvio , o que aliás fica bem assinalado, pois também foi esta a prim eira vez que os montijenses conseguiram um resultado de mais duma centena de pontos.

O M ontijo princip iou o jogo com as suas caracte­rísticas habituais, ve locida­de e grande facilidade de encestamento, t a n t o n a meia-distância como debai­xo das tabelas.

Desta forma, os pontos foram-se acomulando, sem que «Os Bonjoanenses» a r­ranjassem maneira de sus­ter, o ímpeto irresistíve l c o m q u e os avançados montijenses se acercavam do seu cesto, para aum en­tarem o resultado que se ad ivinhava v ir a ser fora do vulgar.

Os jogadores algarvios in iciaram a partida defen­dendo a zona; mas como viam o resultado s u b i r assustadoramente, tentaram fazer a defesa do *homem- -a-homem», mas sem gran ­de utilidade, pois com o M ontijo a jogar daquela forma não havia sistema c a p a z de im pedir que fossem amplamente der­rotados.

Assim se chegou ao fim do prim eiro período, com o M ontijo a vencer por 56- -18.

Na segunda parte, o jogo não se modificou. Montijo, fazendo alarde da sua gran­de classe, concretizou mais 56 pontos, exactamente a m e s m a quantidade que tinha alcançado no prim ei­ro tempo.

O jogo excedeu toda a expectativa. Esperava-mos que o Montijo ganhasse, mas não por um «score» tão elevado, que passou a ser o seu «record» de pon­tuação.

Tem os a salientar a gran ­de exibição do trio: Tom ás, José Maria e E lis iá r io , que foram autênticas «máquinas de somar» pontos.

T ivem os o prazer de ve- • rificar que o basquetebol está a despertar a atenção dos desportistas m ontijen­ses, pois foram bastantes os que se deslocaram ao Barre iro para assistirem a este prélio.

Oxalá que assim conti­nue, porque estes rapazes, q u e desinteressadamente defendem as cores do Clube Desportivo de M ontijo, bem merecem o apoio moral de todos nós.

M ontijo jogará no próxi­mo domingo e m campo neutro a designar por meio de sorteio, a final da zona sul, com o Sporting Fa ren ­se, campeão do Algarve.

O Montijo venceu o Luso

l\a passada terça-feira, 20, Montijo defrontou o «Luso», do Barre iro , num jogo a contar para o torneio «Ho­menagem a o s jogadores Internacionais da A. B . S.».

Ev idenciando uma vez mais a sua actual boa forma, M ontijo não teve grande dificuldade d e vencer o «Luso», mesmo dentro do seu próprio campo.

O uvindo C a r lo s F ilip e

Fo n se c a (A lg é s )

Vamos hoje levar ao vos­so conhecimento, um jovem nadador, que é já uma cer­teza concreta da natação portuguesa.

Procuram os Carlos Fe lipe Fonseca no local em que tinhamos a certeza de o encontrar ou seja na p isci­na do Algés e foi lá que com ele travam os a seguin­te conversa :

— Qual é o teu nome e a tua idade?

— Chamo-me Carlos F e ­lipe Ferre ira da Fonseca e tenho 16 anos.

— Aonde andas a estudar?— Estou a estudar na E s ­

cola Com ercial Veiga B e i­rão, onde também pratico volei.

— Porque te fizeste nada­dor ?

— Gostava de fazer Des­porto e andando na piscina do Algés fui convidado a ser nadador pelos treinado­res do Clube.

— Quando começaste a nadar ?

— Começei em fins de 1954, portanto acerca de 4 anos.

— Quantas horas treinas por dia ?

— Norm alm ente t r e i n o cerca de 2 a 3 horas por dia.

— Os teus pais gostam que tu sejas nadador ?

— Gostam muito e vêem com bastante interesse a minha carreira de nadador.

— Em que lugar ficaste na tua prim eira prova ?

— Em 2.° lugar,— Qual foi até agora a

maior alegria da tua car­reira ?

— A alegria foi o ano pas­sado ter conquistado 5 titu­los nacionais.

— Qual é a tua op in ião acerca do teu tre in ad o r?

— Tenho pelo sr. Pa tron y a maior amizade possivel, pois a ele devo tudo o que sou em natação.

— Quais os teus projectos futuros ?

— Os meus projectos são : num futuro fazer menos de 1 .1 2 s . em 100 m . costas e para já tentar bater os re ­cords de 100 e 200 mts. costas e o da estafeta x l 00 metros ind ividual (estilos).

Na despedida, desejamos a Carlos Felipe os maiores exitos na sua carre ira de nadador.

Manue/ lima Jlllllllllllilllllllllll llllllllllll IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIV

Rectificação ao artigo «Piscinas de Portugal»

Som os forçados a apre­sentar ao proprietário e aos habitantes da V ila de Alpe- drinha desculpa por não termos falado no nosso a r ­tigo, na piscina desta viia.

consagrada à nossa lite ra ­tura contemporânea.

ChinaEm tradução d e Chen

Yung-Zi foram publicados « A i ragédia do M a r» do poeta lusitano Castro A lves e « Balada » d e António Fe ijó .

GréciaConstantinidis, poeta de

renome, organizou para a revista « X a ro ym en e», de Atenas, uma Antologia da Moderna Poesia Portugue­sa.

ColômbiaRo lina Ipuche, escritora

uruguaia, inaugurou o c i­clo de conferências prom o­vido pelo Instituto Pana­ra e r i c a n o pronunciando uma palestra sobre «Eça de Queirós na Hispano-Amé- rica ».

MéxicoO diário « U U n iversa l »,

pela pena de Dâmaso M ar­tinez, ocupa-se de « A lguns Aspectos da Actual L ite ra ­tura Portuguesa ». O suple­mento literário deste im ­portante jo rna l insere cola­boração de escritores p o r­tugueses.

Estados UnidosOs contos de L ian Flaher-

ty foram reunidos num vo­lume. sob o título « Sto rico of L ian ».

— W a lte r Su livan prepa­ra novo romance abordan­do a questão do problema social. T ítu lo da obra « So- journ of a Sranger ».

— O Comité de L iv ro s do Conselho Fem in ino ou­torgo o prémio de 1957 á «H istória duma freira» de Kath ryn Hulme.

— Jo h n Steinbech, autor de «As vinhas da Ira». con­cluiu «O Curto Reinado de Pepin IV » espécie de sátira voitaireana.

FrançaLu ís Vallon prepara uma

“ Interpretation de 1’IIistoi-

Se assim sucedeu foi por­que só no sábado seguinte à publicação do nosso arti­go, tivemos conhecimento cia existencia desta piscina, por intermédio do conheci- nadador e jornalista F e r ­nando Madeira.

Mais uma vez apresenta­mos ao nossas desculpas pela falta cometida.

Manue! Lima iiiiiiiiiiiiiiiiiiiliiii llllllllllll iimiiiiiliiMHiiihn

C o i u m b o f i I i aSociedade Columbófila do Montijo

Gencurse de Coimbra (181 K.os)

Taça «Taneco»Victor Manuel Viegas —

1.°, 4.°, 6.°, 14.°, 17.°, 19.°,26.°, Eduardo Sabino Terras

d a S .a p á g in a )

— “ D iário Intim o de Hér­cules” é o últim o liv ro de André Dubois, obra consi­derada pela crítica como um liv ro do m elhor sabor hum orístico” .

— Entrevistado « L ’ E x - press» crítico írancês Clau­de R o y aparta os três livros últimamente publicados que ele levaria para uma ilha d ese rta .. . São eles : «A De­fesa de Granada» de Bran- dys, «M ito logios» de Roland Perse, e «O E lo g io do C a r­deal Barn is» de Roger Vail- lant.

— «Escrito res Franceses V ivos», é o prim eiro cader­no da Faculdade de F ilo so ­fia, reunindo conferências de H. Benac.

— O C lybe Francês do liv ro de Paris, lançou uma edição das obras completas de Cyrano de Bergerac.

— Apareceu nova revista mensal de intercâm bio fran- co-africano : «Etudes Medi- terranéenes» d irig ida por Jean R o ix . , .

Par aguarAcaba de aparecer em As­

sunção o rom ance «Juan Barero», de Reinaldo M arti­nez. E ’ o prim eiro romance paraguaio impresso no pró­prio país.

IrlandaCom a idade de 79 anos

faleceu o poeta e ensaista Gogarty, considerado por Yeats o «m aior poeta ir lan ­dês de todos os tempos».

GuatemalaCom prefácio do notável

poeta Pablo Neruda publi­cou-se « E l Cam ino», do ro ­mancista e poeta Angel As- trias.

SuiçaO professor da U n ivers i­

dade de Genebra, V ito r Artin, apresentou uma co­municação sobre a comédia D y s c o l o s de Menandro, da qual apenas se conheciam alguns Iragm entos encon­trados no meio de papiros do século III.

— 2.°, 10.°, 12.°, 27/ 30.°, Jo ão Teodoro da S ilva —3.°, 21.°, 28.°, 40.°, Eduardo dos Santos Baeta — 5.°, Sérg io M artins Estradas —7.% 36.°, José Pedro Cara­bineiro — 8 .°, António Jo a ­quim Catita — 9.°, 11.°, 13.°,16.°, Am ândio José Carap i­nha — 15.°, 18.°, Beatriz Neto Carapinha — 31.°. E u ­sébio Purificação O live ira— 20.°, José Constantino Borges — 22.°, 37.°, 39.*, José Martins Barros — 23.°, A ldem iro Eduardo Borges— 24.°, José Correia Leite— 25.°, Francisco Am aro — 29.°, José Lu ís Nogueira — 32.°, 33.°, 38.°, António R o ­drigues Sam oreno (A talaia) 34.°, Benjam im Neves S ilva— 35.°. '

Realizado em 23 de Março de 1958.

AíJosé Rosa

D E P Ó S I T O Q E R A L :

Casa Arti, L.DAv. Manue!da Maia, 19-A

L is b o a -T e /e f.4 9 3 1 2

(Continua no próximo número)

5-6-958 A PRO V IN CIA 5

'd o M i n h o

E x í r e m o z

Banda Municipal

E ’ já no próxim o dia 10 de Junho , feriado Nacional, que a Banda Municipal desta cidade, realiza o seu prim ei­ro concerto desta época, sob a regência do s e u novo maestro Sr. Fernando Basí- lio Monteiro.

Este concerto está a des- p e r t a r especial interesse, entre o s apreciadores de música.Orfeão Tomaz Alcaide

Este agrupamento cultu­ral vai realizar mais dois espectáculos com a sua en­graçada F a n t a z i a M u s i c a l ,

A q u i.. . A l i . . . A lé m . . . , que nas suas últimas repre­sentações f o i firmemente interpretada, mer e c e n d o v a s t o s e extraordinários aplausos.

Os espectáculos têm lugar em 16 de Junho , no teatro da cidade de Portalegre, e em 17 no teatro Bernard ino Ribeiro, desta cidade.

Movimento Desportivo

E ’ com imensa satisfação que hoje damos a notícia de que o Futebol vai resur- gir em Estremoz, m odali­dade de extraordinárias tra ­dições para esta cidade.

Estão despertando grande entusiasmo os treinos deste desporto, que há anos se considerava entre nós, em crise parcial, que pela sua prática, não havia possib ili­dades de competições.

A nova Direcção do «Es ­tremoz», presidida pelo nos­so estimado am igo Sr. José Luna, oferece a m aior ga­rantia para o Clube, aten­dendo à actividade e aos conhecimentos técnicos des­portistas do seu novo pre­sidente, que ambiciona o bom nome da colectividade e a boa posição desportista da cidade.

A equipa do «Estrem oz» do Hóquei em Patins, que nos últimos anos tem pro­porcionado à cidade m o­mentos de entusiasmo nas suas competições, continua, em 1958, a disputar o cam ­peonato Nacional de 2.a D i­visão, estando marcado o primeiro encontro para o próximo dia 7 de Junho, com a equipa da «Sécil» de Setúbal.

Também está aberto o torneio de ténis de mesa, pelo sistema de iliminató- nas, havendo medalhas para °s primeiros classificados.

Pelo que estamos obser­vando, o popular Clube, poderá regressar aos seus tempos áureos.

Oxalá que sim, compen­sando as extraordinárias ac­tividades dos seus novos dirigentes.

(C.) «iiiiiiiiiiiiiiiiiim, iiniiiiiiii iimiiinimiiiiiiiin

V i s a d o pela Censura

B a i x a B a n k e i r a

A venda ilegal de pão ao domicílio

Já o dissemos algumas vezes nas colunas do nosso jo rna l, e porque os factos assim o exigem, hoje vo lta­mos a esta tribuna, para de novo repetir:

As várias classes de ven ­dedores ambulantes, q u e diariamente abastecem esta localidade, fazem uso dos respectivos instrumentos de pesar ou m ed ir— enquanto a grande epidemia de pa­deiros ambulantes (venda ao dom icílio tanto cá da terra como as de A. Vedros, Moita e Barre iro , eontinua na mesma «fa ina» !

Não têm estas almas ca­ridosas o m ínim o respeito pela legislação em vigo r, nem tão pouco pela bolsa alheia, visto que, como de costume e por hábito, con­tinuam a venda de todo o pão dos seus clientes sem fazerem uso das balanças, as quais mantêm no fundo dos cestos, os que andam munidos das m esm as...

Em bora estes senhores nos digam que todo o pão vem com o peso legal, por nossa parte não acredita­mos ! E por tal motivo, em nome dos muitos m ilhares de consumidores e hum il­des habitantes da Baixa da Banheira, pedimos a quem de direito uma urgente e rigorosa fiscalização!

Grupo Columbófilo Banheirense

1 ° concurso em 27 de Abí il, 270 km, Fa ro — B .a B.a,— Alberto Cassiano, 1.°, 2.°,6 .°, 7.°, 15.°, 18.°, 26.“ e 30.°; Rafael Pratas, 3.°, 11." e 19.°; Jo ão Bicas, 4.° e 21.°; L a u ­rentino Mateus da S ilva , 5.°,9.°, 17.°, 20.% 22.°, 28." e 29/; S ilvestre P. V itorino, 8. ° ; Manuel A. Santos, 10." e 16.°; António Amado, 12 Adão Cantante, 13.°; João Lu ís Santinho, 14.°, 23.» e 15.°; A lberto A. Felíc io , 24.°; A n ­tónio Dionísio, 27.°.

Ofereceram prémios para este concurso os Srs. Vir- golino Costa, 1 taça ao 1.° class.; M ário Machado, 1 ta­ça ao 2.° class.; Carlos Ma­teus, 1 taça ao 4.° class.; F e r ­nando M ilitão dos Santos,2 sabonetes ao 1 1 .° e 12.° classificados.

Classificação por equipas e à m elhor chegada dos 3 prim eiros pom! os: A lberto Cassiano, 1.°, 4.° e 10.°; L a u ­rentino Mateus da S ilva , 2 .° e 6.°; Rafael Pratas, 3.°; João Lu ís Santinho, 5.°; António Amado, 7.°; João Bicas, 8. ; Adão Cantante, 9.°; — O fer­tas para estas classificações: António Dionízio,taça276890 ao 1.° class.; Francisco V a ­lério & F ilhos, 1 taça ao 2.° class.; M aria J . C. Paulino ,1 taça ao 4.° class.

Desta vez «A Prov ín c ia»

muito sinceramente felicita todos os concorrentes, em especial o S r. A lberto Cassi­ano, pelas suas boas classifi­cações alcançadas até agora.

(C .)

C r a n J o L

Em 12 de Maio, foi inau­gurada nesta vila uma E n ­ferm aria - Abrigo destinada a tuberculosos. Funcionará em edifício próprio, devida­mente adaptado e equipado com todos os possíveis re­quisitos e o mais moderno material para o fim a que se destina.

A convite das entidades interessadas e respectiva com issão,dignaram-se com ­parecer a fim de tomarem parte na cerim ónia os srs. G overnador C iv il do Dis­trito, Bispo Auxiliar de Beja, Dr. Bento Pa rre ira do Am a­ral ; Delegados respectiva­mente dos Instituto N. T ra balho e Previdência e Ins­tituto N. Assistência aos Tuberculosos, Comandante da G. N. R. de Setúbal, Có- n e g o Ernesto Nogueira, P rovedor da M isericórdia do Concelho, Dra. Maria José Pascoal de Carvalho, futura directora dos S e rv i­ços Médicos da Obra e en­tidades locais.

Falaram os Srs . P res i­dente da Câmara Municipal José Manuel Mateus, Bispo

Auxiliar de Beja e G overna­dor C iv il, que elogiosamen­te se referiram à boa von ­tade havida para conseguir ali tão valiosa e útil insti­tuição, humana e benfeitora, para os doentes pobres e duma maneira geral para os que dela precisem.

Teve interferência o E s ­tado como comparticipante no seu custeamento, através da Assistência Nacional aos Tuberculosos, tendo-se des­tacado a boa vontade das entidades superiores no­meadamente o E x .m0 S r. Dr. Melo e Castro que para o efeito usou da sua superior influência e m a i o r boa vontade.

Fo i oferecido aos ilustres assistentes «um porto de honra», no edifício da Canti na Esco lar.

C.

T

Continuado da 1 página

setenta e cinco metros, co­mo teria subido à To rre Ei- fel ou à de Pisa, se fosse necessário rabiscar im pres­sões e eu conseguisse — mera hipótese, já se vê — ir aos sítios famosos onde elas repousam e benevolamente nos acolhem e se sujeitam à adm iração das gentes.

Socorri-m e, porém, duma nova planta da velha cidade, que por acaso me veio pa­rar às mãos.

E servir-me dessa planta, como ia dizendo, para en­cam inhar meus pobres pas­sos a alguns pontos da c i­dade. E ’ que se perguntasse ao t r i p e i r o o que haveria por lá para se ver e adm irar, acontecia com ele o mesmo que sucede com o a l f a c i n h a :

titubeava, por desconhecer as curiosidades e as belezas do burgo.

Fu i, por exemplo, à velha catedral, no Terre iro de 1). Afonso Henriques. já a liv i­ada, em parte, dos pardiei­ros que a rodeavam . De origem romana, passou por várias alterações no decor­res dos séculos. Hoje é uma miscelânea de estilos. Mas sempre bela.

Fu i, também, à igreja de

a v i r a

Jogos Florais

Nestes jogos florais, o 1.° prém io da poesia obrigada a mote foi a t r i b u í d a , «ex-aequo», a D. L íd ia Ser­ras e ao nosso distinto co­laborador, jornalista Jo rg e Ram os.

Felicitam os Jo rg e Ramos com um abraco afectuoso, pelo justo reconhecimento do seu valor.

S. Francisco, na Praça In ­fante D. Henrique. Data de 1383 e é de estilo gótico, embora as suas rem iniscên­cias sejam puramente ro ­mânticas.

E basta de igrejas, se bem que o Porto seja fértil em templos e neles resida quase a totalidade da sua poderosa arte arquitectónica.

Visitei e vi muito mais coisas, claro, entre elas no­vamente, como é da praxe, o belo Palácio da Bolsa com as suas telas e estuques famosos e principalm ente, o seu notável salão nobre, estilo árabe.

E aqui está. O que queria significar n e s t a modesta crónica, era que v i e senti o Porto , cidade de trabalho e de tradições liberais, que o camartelo cam arário vai renovando pouco a pouco sem, contudo, a p rivar das suas características próprias.

A m a ra / F razã o

« A P R O V Í N C I A »Está à venda em Lisboa,

na Tabacaria Mónaco Bossio, 21

Delegação, Av. do Brasil, 178-1.° Esq.

B R E V E E S B O Ç O

d u m a v i s i f a a o P o r l o

E S T A M P A S

(Continuado da 1.* página)

entanto, incapaz de ser con­fundida ou oculta seja ao que fo r: — graça ou paixão, ódio ou amizade, indeferen- ça ou obsecação, de tudo há entre nós, num clim a já quase africano, capaz de todos os desvarios e inca­paz de quaisquer abdica­ções. Os portugueses, sem­pre orgulhosos e briosos da sua história, dom ínio e po­derio, assim têm podido per­manecer na História, acima de tudo como filhos do Tejo e eminentes povoadores das suas acidentadas margens de atraente recorte.

Todos se divertem nas feiras

Com o enquadramento festivo próprio dos feirantes e do seu negócio, devemos reconhecer que, outrora, to­dos se d ivertiam nas feiras do termo de Lisboa — e tantas eram que, apenas entreaberta, no Carnaval, a quadra das férias, começa­va com ela, pode dizer-se com franqueza e proprieda­de, a quadra das feiras. F lo res, plantas ,madeira pa­ra coretos, bandas locais, outras vindas de distantes sitios, o chinfrim das cor­netas de barro, o alarido sádio da gente nova, a tru­culência própriados que têm saude e sabem poder recom ­por-se de pequenos exces­sos, em contadas horas, po­de dizer-se que, ainda há poucos anos, tudo servia para bailar, beber, com er e amar. Quantos namoros não começaram em feiras outonais, sem medo a g r i­pes ou outras alterações de temperatura! Tudo decorria, em versos de pura antolo­gia popular, ante o retábu­lo dos santos propiciatórios da cidade de Lisboa, pois tudo se guardava, com g ra ­ça intacta, de uns anos pará outros, na m em ória espe­cial do «alfacinha da gema».

A esse repositório in ­transponível, nos seus ú lti­mos anos de jornalista e de lisboeta, foi N. de A. buscar a graça imensa das suas renovações incarnadas nas marchas populares. F o ­ram essas as últimas saídas em massa do povo para a rua, no aquecer da brasa imensa das fogueiras, no aquecer e ascensão dos ba­lões luminosos, coloridos e caprichosos. Alguns fizeram época, outras criações de liv re boémia tiveram ainda tempo de assomar ao pros­cénio das consagrações po­pulares e de receber as acla­mações do público iinlus- trado” , conform e o dizer de uma pequena revista do tempo. È todos viveram , folgadamente, esses m inu­tos grandes de despreocu­pada alegria.

A cidade ornamentadaTenta-se, agora, e pouco

se consegue, reconquistar essa alegria, de sempre e que vicejava, ainda, salta- rim e coleante, tendo, tam­bém, o apoio intemerato do

(Conclui na 3.8 págiaa)

6 A PR O VIN CIA 5-6-958

Da Vida LiteráriaP á g in a , d o m o m e n t o c u l t u r a l P o r J O R G E R A M O S

U m p o e t a c h e c o

É im possível dorm ir esta noite aqui em W arna.São tantas as estrelas, tão próximas e b r ilh an te s ...Há um rum or de vagas mortas na praia. ..Nácar, seixos, algas salinas, e os fantasmas vindos de Istam bul, surgidos do Bósforo que invadem o meu quarto.Ó ruído sobre o m ar como um coração pulsando,Flspectros de olhos verdesnas mãos pequenas agitam lençoscom aromas enervantes, irreais.E ’ im possível dorm ir esta noite aqui em W arna, em W arna , no Hotel Bor.

Nazin Hikmet

U m p o e t a b e l g a

O destino das linhas paralelas, doce e am argo destino que elas têm.Juntas avançam , límpidas e belas, nada as faz recuar, nada as detém,E as pobrezinhas, o que esperam e las?Encontrarem -se um dia, muito a lé m ...Nessa investida, pelo céu risonho Jam ais se encontrarão: mas tanto fa z ...Sabem que é sonho, mas é este sacho que as faz unidas avançarem m ais!

Paulo Cloqueí

U m p o e t a p o l a c o

Quando a Morte chegarnão venhas, nem me dês conselhos:eu saberei partir sozinho.Quero ter aberto os olhos e a cabeça bem levantada.Quero m orrer de pé pela terra em que nasci, empunhando uma arma qualquer.Que eu oiça o vento passar em meus cabelos como um zum bir de abelhas,Que eu seja o Vístula e as montanhas de Tatras;Depois, am igos: um capote sobre o cadaver. Lembrem-se do que v iv i e can te i:Ide pelas várzeas verter o sangue das vindimas.

M' ladyslaw Boniewiski

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llm poeto holandêsF r io , tens teus grilos, Noite, tuas estrelas,Tarde, tuas ovelhas em oiro refulgindo.Só tu, clarão da aurora não tens sinal certo Nem noite, nem m anhã: tempo deserto.

Jan Kramiaer

N o tíc ia s em p r im e ira m ão

BrasilHerculaeo Pires, autor do

rom ance « O Engeitado » concluiu « Lázaro », outra obra no mesmo género.

— Apareceu o n.° 19 da revista « L a d y » trazendo colaboração d e Orígenes Lessa, M auricio de Lacerda, etc. e de alguns autores por­tugueses apresentados por J. R..

— Assumiu a crítica lite­rária no diário «Fo lha da Manhã», do R io , o escritor Fausto Cunha.

— Intitula-se «V id a L ite ­rária no Bras il » o novo ensaio de Brito Broca.

— Raimundo Dantas faz a última revisão de « R e f le ­xão dos T rin ta Anos ».

— Dante Costa prepara « Itinerário de Paris ».

— José Cândido entregou ao editor novo rom ance que tem a título «O lhai o Céu».

— Otto Carpeaux e s t á preparando o último vo lu ­me da sêrie « H istória das Literaturas Ocidentais».

— Frederico Porta traba­lha num « D icionário das Artes Gráficas ».

— Paulo Ronai é um dos candidatos à cadeira de francês do Colégio Pedro I I do R io de Jane iro , apresen­tando uma sugestiva in ter­pretação da obra de Balzac.

— Toda a poesia de Ole- gário M ariano, desde o p ri­meiro livro « Ange lus », em 1911, vai ser reunida em volume com o título «U m a Vida de Poes ia» .

— O próximo rom ance de L eo Godri intitula-se « O Caminho das Boiadas».

— Guilherm ino C é s a r , professor da Faculdade de Filosofia, da Universidade do R io Grande do Su l, está ultim ando os trabalhos da da sua nova obra « História do R. Grande do Su l ».

— H om ero Sena vai reu­n ir em volume as entrevis­tas que fez com figuras re­presentativas da literatura lnasile ira contemporânea.

— Lucas Garcez, recen­temente eleito para a Aca­demia Paulista de Letras está escrevendo um ensaio sobre o pensador Matias Anés, autor de «Reflexões sobre a vaidade dos ho­mens.

— Herman L im a concluiu

« H istória da caricatura no B ra s il».

— G ilberto d e A lencar publicará brevemente « O Escrito r Ju lião Azambuja».

— Galante de Sousa tra­balha numa « H istória do Teatro no B ra s il» .

— Encontra-se no prelo o estudo de Pereg rino Jú ­n ior sobre João Francisco L isboa, patrono da sua ca­deira na Academia B ras i­le ira de Letras.

— Haroldo Bruno term i­nou há pouco «Estudos de L iteratu ra B ras ile ira ».

— «Esb oço duma histó­ria das ideias no B ra s il» de Cruz Costa, vai ser tradu­zido para o espanhol.

— Alexandre Marconds F i ­lho, que foi m inistro do Governo de Getúlio Vargas, está escrevendo as suas « Mem órias ».

— Darci R ibeiro , uma das maiores autoridades em as­suntos indígenas, vai pu­b licar um romance («U ira») cuja acção decorre entre os índios urubres do sul do Maranhão.

— Celso Bran t anuncia para breve o aparecimento de tres estudos sobre M o ­zart, Chopin e Carlos G o ­mes.

— «N o ve h istórias» é o título do liv ro de novelas de Valdom iro Dourado.

— Albino Correia, autor de «O Mito de Prom eteu», publicará brevem ente «D iá­rio ».

— Lucio Varejão, o co­nhecido escritor pernambu­cano, concluiu um rom an­ce «V is itação do A m or» .

— P into de Aguiar, eco­nomista e professor un iver­sitário, tem quase concluí­do o seu novo trabalho « Aspectos da Econom ia Co­lonia l ».

— O jovem poeta Ed m ur Regis vai publicar nos «C a­dernos de C u ltu ra» uma selecção de vinte dos seus poemas.

— Gastão d e Holanda, que obteve o Prém io An- chieta no IV Centenário deS. Paulo, trabalha num no­vo romance cujo título a in ­da não foi d ivulgado.

— Prosseguem intensos os preparativos para o I I I Congresso B rasile iro d e Fo lclore , que se realizará em Salvador de 2 a 7 de Ju lho .

— Até Junho estarão aber­tas na Academia Pernam ­bucana de Letras as inscri­ções para o Prém io Othon de Melo.

— Está sendo organizado o Segundo Salão de Poesia de Recife, a cargo do poe­ta Carlos Moreira.

UruguayGaston Figuera, publicou

na série « C on ferências», «N uevas Expressiones de la Poesia, del B ras il» e pre­para uma antologia sobre

Poetas Portugueses M o­dernos.

— Os Cadernos Herrera R e i s s i g , de Montevideu apresentam « Tarde de Ou­tono » de Juvenal Sarale- gui.

CubaNicolas Guillen, um dos

maiores poetas hispano - -americanos, de quem nes­te jo rna l já publicámos um dos poemas traduzidos pa­ra o português, concluiu um novo liv ro de poesia « E l Mundo y el Hombre».

HungriaFaleceu o escritor hún­

garo Jesse Holtak, laureado com o prém io Kossuth. T i­nha 87 anos. Deixou 26 ro ­mances e várias obras so­bre história, ensaio crítico e estudos poéticos.

ArgentinaVicente G iorno está es­

crevendo « E l Canino de las Ideas», em que desfi­lam os filósofos clássicos da Grécia.

CanadáO grande prém io do so­

neto instituído pela revista « Leg ion Blene », Io i outor­gado a Collete Benoit.

EspanhaM ário Angel Marrodan,

[>oeta cujo nome é já fami- iar ao leitor português, e que muito tem trabalhado pelo intercâm bio luso-es-

panhol, acaba de publicar « L a Matéria Infin ita», poe­mas elaborados com in vu l­gar senso estético, onde a

arte, na sua mais alta ex­pressão, abre largos hori­zontes a uma originalidade im prevista mas cheia de lu­cidez e de audácia coeren­te. O autor de « Ansia en V ida » e « La Razon Con­tem plativa» tem nesta obra de vigorosa im aginação, uni dos seus mais belos traba­lhos — Gabriel Celaya pu­blicou «La C igarra» poemas, Juan M arichal anuncia um estudo sobre « E l Estilo », desde o século X V a Pedro Salina, Ju les Morales con­cluiu «Nostalgia Iluminada» temas líricos.

BélgicaH enri Perchan realizou

no Palácio das Belas Artes, de Bruxelas, uma confe­rência sobre o poeta Jo r ­ge Bodembach.

Perú« L a Crónica » diário que

mantem um suplemento ar- tístico-literário com cola- boração dos melheres nO' mes, va i in iciar a publica­ção duma página quinzenal

( Coníinua na págia 3 )