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RESUMO: MORFOLOGIA URB ANA E DESENHO DA CIDADE JOSÉ M. RESSANO GARCIA LAMAS 1. A MORFOLOGIA URBANA A MORFOLOGIA URBANA O termo morfologia utiliza-se para desigar o estudo da !ofigura"#o e da estrutura e$terior de um o%&eto. É a !i'!ia (ue estuda as formas) iterligado-as !om os fe* me o s (ue l+es de ram origem. O !o +e!imeto do me io ur%a o impl i!a e!essariamete a e$ist'!ia de i strumetos de leitura (ue permitam orgaizar e estruturar os elemetos apreedidos) e uma rela"#o o%&eto-o%ser,ador. ortato) podemos !larifi!ar tr's potos - a morfologia ur%aa / o estudo da forma do meio ur%ao as suas partes f0si!as e$teriores) ou elemetos morfol*gi!os) e a sua produ"#o e trasforma"#o o tempo1 - um estudo da morfologia ur%aa o!upa-se da di,is#o do meio ur%ao em partes e da arti!ula"#o destes etre si !om o !o&uto (ue defiem. O (ue remete para a e!essidade de idetifi!a"#o e !larifi!a"#o dos elemetos morfol*gi!os) (uer em ordem 2 leitura ou a3lise do espa"o (uer em ordem 2 sua !o!ep"#o ou produ"#o1 - um estudo do morfol*gi!o de,e ter em !ota os 0,eis ou mometos de produ"#o do espa"o ur%ao. A FORMA URBANA E t#o a o "#o de 4f or ma ur%a a5 !o rre spo deria ao me io ur %a o !o mo ar(uitetura) ou se&a) um !o&uto de o%&etos ar(uitet6i!os ligados etre si por rela"7es espa!iais) a ar(uitetura ser3 assim a !+a,e da iterpreta"#o !orreta e glo%al da !idade !omo estrutura espa!ial. ode-se defiir a forma ur%aa !omo aspe!to de realidade ou modo !omo se orgaizam os elemetos morfol*gi!os (ue !ostituem e defiem o espa"o ur%ao) relati,amete 2 materialidade dos aspe!tos de orgaiza"#o fu!ioal (uatitati,a e dos aspe!tos (ualitati,os e figurati,os. - As pe !tos (u a ti tati ,os todos os as pe !tos da re al idade ur %a a (u e po de m ser  (uatifi!3,eis e (ue se referem a uma orgaiza"#o (uatitati,a desidades) superf0!ies) flu$os et!. - Aspe!tos de orgaiza"#o fu!ioal rela!ioam-se !om as ati,idades +umaas +a%itar) i struir-se) tratar-se) !omer!iar) et!) e tam%/m !om o uso de uma 3rea) espa"o ou edif0!io) ou se&a) o tipo de uso do solo. - As pe !tos (u al it ati,os referem-se ao tr at ame to do s es pa "os) ao !o forto e 2 !omodidade do utilizador. Nos edif0!ios poder#o ser a isoorizar#o) o isolameto t/rmi!o) a !orreta isola"#o) e o meio ur%ao pode ser o estado dos pa,imetos) a adapta"#o ao !lima) a a!essi%ilidade) et!. - Aspe!tos figur ati,os os asp e!tos figura ti,os rela !ioa m-se esse !ial met e !om a !omui!a"#o est/ti!a.  Nos ,3rios !ote$tos +ist*ri!os os elemetos morfol*gi!os s#o semel+ates rua e pra"a) edif0!ios) fa!+adas e plaos margiais) moumetos isolados. As difere"as resultam do modo !omo esses elemetos se posi!ioam) se orgaizam e se arti!ulam etre si para !ostituir o espa"o ur%ao.

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RESUMO: MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE

JOSÉ M. RESSANO GARCIALAMAS

1. A MORFOLOGIA URBANAA MORFOLOGIA URBANA

O termo morfologia utiliza-se para desig ar o estudo da !o figura"#o e daestrutura e$terior de um o%&eto. É a !i' !ia (ue estuda as formas) i terliga do-as !om osfe *me os (ue l+es deram origem. O !o +e!ime to do meio ur%a o impli!a

e!essariame te a e$ist' !ia de i strume tos de leitura (ue permitam orga izar eestruturar os eleme tos apree didos) e uma rela"#o o%&eto-o%ser,ador.

orta to) podemos !larifi!ar tr's po tos - a morfologia ur%a a / o estudo daforma do meio ur%a o as suas partes f0si!as e$teriores) ou eleme tos morfol*gi!os) e

a sua produ"#o e tra sforma"#o o tempo1 - um estudo da morfologia ur%a a o!upa-seda di,is#o do meio ur%a o em partes e da arti!ula"#o destes e tre si !om o !o &u to (ue

defi em. O (ue remete para a e!essidade de ide tifi!a"#o e !larifi!a"#o dos eleme tosmorfol*gi!os) (uer em ordem 2 leitura ou a 3lise do espa"o (uer em ordem 2 sua!o !ep"#o ou produ"#o1- um estudo do morfol*gi!o de,e ter em !o ta os 0,eis ou mome tos de produ"#o doespa"o ur%a o.

A FORMA URBANAE t#o a o"#o de 4forma ur%a a5 !orrespo deria ao meio ur%a o !omo

ar(uitetura) ou se&a) um !o &u to de o%&etos ar(uitet6 i!os ligados e tre si por rela"7es

espa!iais) a ar(uitetura ser3 assim a !+a,e da i terpreta"#o !orreta e glo%al da !idade!omo estrutura espa!ial.ode-se defi ir a forma ur%a a !omo aspe!to de realidade ou modo !omo se

orga izam os eleme tos morfol*gi!os (ue !o stituem e defi em o espa"o ur%a o)relati,ame te 2 materialidade dos aspe!tos de orga iza"#o fu !io al (ua titati,a e dosaspe!tos (ualitati,os e figurati,os.

- Aspe!tos (ua titati,os todos os aspe!tos da realidade ur%a a (ue podem ser (ua tifi!3,eis e (ue se referem a uma orga iza"#o (ua titati,a de sidades) superf0!ies)flu$os et!.

- Aspe!tos de orga iza"#o fu !io al rela!io am-se !om as ati,idades +uma as +a%itar)i struir-se) tratar-se) !omer!iar) et!) e tam%/m !om o uso de uma 3rea) espa"o ouedif0!io) ou se&a) o tipo de uso do solo.

- Aspe!tos (ualitati,os referem-se ao tratame to dos espa"os) ao !o forto e 2!omodidade do utilizador. Nos edif0!ios poder#o ser a i so orizar#o) o isolame tot/rmi!o) a !orreta i sola"#o) e o meio ur%a o pode ser o estado dos pa,ime tos) aadapta"#o ao !lima) a a!essi%ilidade) et!.

- Aspe!tos figurati,os os aspe!tos figurati,os rela!io am-se esse !ialme te !om a!omu i!a"#o est/ti!a.

Nos ,3rios !o te$tos +ist*ri!os os eleme tos morfol*gi!os s#o semel+a tes ruae pra"a) edif0!ios) fa!+adas e pla os margi ais) mo ume tos isolados. As difere "asresultam do modo !omo esses eleme tos se posi!io am) se orga izam e se arti!ulame tre si para !o stituir o espa"o ur%a o.

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A forma ter3 de se rela!io ar !om a fu "#o de modo a permitir odese ,ol,ime to efi!az das ati,idades (ue ela se pro!essam.

Se os tr's pri !0pios %3si!os da ar(uitetura 8 fu "#o) !o stru"#o e arte 8 est#o sempre prese tes a ar(uitetura e a !idade) &3 o peso (ue !ada um deles assume o pro!esso!riati,o pode sofrer altera"7es e tre duas posi"7es e$tremas. 9ma posi"#o4fu !io alista5) segu do a (ual uma forma f0si!a (ue !orrespo de logi!ame te aos pro%lemas fu !io ais do !o te$to / %ela) uma ,ez (ue a %eleza / uma (ualidade i ere tea todo o sistema %em resol,ido) 4:ORM :OLLO;S :9NC<ION5. Ou e t#o o4a tifu !io alismo5) (ue a!eita (ue a !o !ep"#o da forma se&a ditada de modoi depe de por outros o%&eti,os) para !riar a emo"#o ou o em%elezame to da estrutura.Ou se&a) a pr*pria fu "#o tam%/m se adapta 2 forma) ou a mesma fu "#o pode !oe$istir e pro!essar-se em formas difere tes) 4:9NC<ION :OLLO;S :ORM5.

or e$emplo) (ual(uer e(uipame to) !omo os !i emas ou os teatros) de,e a tesdo mais) fu !io ar) ou se&a) !e tram-se o fu !io ame to do programa. A est/ti!afu !io alista este de-se ao dese +o de i teriores) 2 de!ora"#o) ao dese +o i dustrial) 2moda e ao ,esti3rio) o %om fu !io ame to tor a-se por si s* um item de (ualidade. Aorga iza"#o fu !io alista das !idades a ulou as !o sidera"7es morfol*gi!as. Ozo eame to e a atri%ui"#o de uma fu "#o e$!lusi,a a !ada par!ela do territ*riotor aram-se m/todos u i,ersais do ur%a ismo) produzi do !idades mo *to as e pou!oestimula tes) sem lugar para a surpresa) a !omple$idade e a emo"#o. O fu !io alismofoi) sem d=,ida) uma teoria ur%a 0sti!a e ar(uitet6 i!a) mas foi) a tes do mais) umaestrat/gia de represe ta"#o dese +ada e !o stru0da) traduziu-se mais pela imagemest/ti!a) gr3fi!a e espa!ial do (ue por uma !orrela"#o e$ata da forma !om a fu "#o. or outro lado uma mesma fu "#o pode e$istir !o ,e ie teme te em formas disti tas) areutiliza"#o de a tigos edif0!ios tem permitido o%ter e$!ele tes resultados o grau deutiliza"#o) sig ifi!ado est/ti!o e (ua tidade am%ie tal. A !o !ep"#o da forma #o seesgota a !orrespo d' !ia a uma ou mais fu "7es) tem tam%/m moti,a"7es mais!omple$as e profu das. A forma ar(uitet6 i!a / a ma eira !omo as partes ou estratos see !o tram dispostos o o%&eto e tam%/m o poder de e$pli!itar e e,ide !iar estadisposi"#o. É u i!ame te atra,/s da figura (ue podemos des!o%rir o se tido dofe *me o e re!o struir a totalidade) a pluralidade dos seus eleme tos !o struti,os e dassuas proposi"7es. O (ue !ara!teriza a o%ra ar(uitetural / de atureza emi e teme tefigurati,a. E te de-se por aspe!tos figurati,os) os aspe!tos da forma (ue s#o!omu i!3,eis atra,/s dos se tidos. E 4figura5) ao poder de !omu i!a"#o est/ti!a daforma) ou se&a) ao modo !omo se orga izam as difere tes partes (ue !o stituem aforma) !om o%&eti,os de !omu i!a"#o. Os ,alores est/ti!os s* s#o !omu i!3,eis atra,/sdos se tidos e (ue) apesar das !ara!ter0sti!as da forma #o se resumirem aos aspe!tosse soriais) estes s#o determi ados a sua !ompree s#o.

- Sistema de orie ta"#o respeita o e(uil0%rio ,erti!al e tam%/m as !imas de !ima>%ai$o)es(uerda>direita) et!.) (ue permitem ao +omem orie tar-se a !idade. É !omo um 4se$tose tido5) (ue uma !idade depe der3 fu dame talme te dos sistemas de refer' !iamar!as ou mo ume tos) zo as ou %airros) et!.

- Sistema ,isual É atra,/s da ,is#o (ue se !o str*i a parte mais importa te da imagem da!idade) o e ta to) o sistema de o%ser,a"#o do espa"o ur%a o) pressup7e o mo,ime toe a apree s#o do espa"o em se(u' !ia ,isual.

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- Sistema t3!til A(ui se i !luem todas as per!ep"7es t/rmi!as e de fri!"#o !om aatmosfera o ,e to) as !orre tes de ar) o !alor) o frio) (ue tam%/m s#o importa tes a,i,' !ia) !ompree s#o e !ara!teriza"#o da !idade.

- Sistema olfati,o Este sistema perte !e esse !ialme te 2 e$peri' !ia da !idade) em%orase&a um fator de me or !o trolo e i !id' !ia o dese +o da forma ur%a a) tal !omo temsido a alisada.

PRODUÇÃO E FORMA DA CIDADE E PRODUÇÃO FORMA DOTERRITÓRIO

A e$press#o territ*rio desig a a e$te s#o da superf0!ie terrestre a (ual ,i,e umgrupo +uma o) ou mel+or) o espa"o !o stru0do pelo +omem) em oposi"#o ao (ue poder0amos desig ar por espa"o atural) e (ue #o ter3 sido +uma izado. A forma+uma a #o pode ser desligada do seu suporte geogr3fi!o) ou se&a) o territ*rio pree$iste te !o stitui sempre um eleme to determi a te a !ria"#o ar(uitet6 i!a.

A paisagem +uma izada e a paisagem atural ad(uiriram (ualidades figurati,as)foram !arregadas !om atri%utos de %eleza) !apazes de pro,o!ar a emo"#o est/ti!a) permite e t#o !o siderar (ue as opera"7es so%re a paisagem s#o tam%/m do dom0 ioar(uitet6 i!o- ur%a 0sti!o.

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DIMENSÕES ESPACIAIS NA MORFOLOGIA URBANAA !ompree s#o e !o !ep"#o das formas ur%a as ou do territ*rio !olo!a-se a

difere tes 0,eis) difere !iados pelas u idades de leitura e de !o !ep"#o.Dimens ! se"!#i$%:É a mais pe(ue a u idade) ou por"#o de espa"o ur%a o)

!om forma pr*pria. 9ma i fi idade de eleme tos (ue orga izados e tre si) defi em aforma ur%a a ?edif0!ios) o tra"ado) estrutura ,erde) mo%ili3rio ur%a o@.

Dimens ! &#'$n$: ressup7e uma estrutura de ruas) pra"as ou formas dees!alas i feriores. Os eleme tos morfol*gi!os t'm de ser ide tifi!ados !om as formas aes!alas difere tes e a a 3lise da forma e!essita do mo,ime to e dos ,3rios per!ursos?tra"ados e pra"as) (uarteir7es e mo ume tos) &ardi s e 3reas ,erdes@.

Dimens ! "e##i"!#i$%:A forma estrutura-se atra,/s da arti!ula"#o de difere tesformas 2 dime s#o ur%a a. A forma das !idades defi e-se pela distri%ui"#o dos seuseleme tos prim3rios ou estrutura tes ?%airros) gra de i fraestruturas ,i3rias e gra deszo as ,erdes@. <ri!art defi e tr's es!alas pri !ipais a paisagem ur%a a es!ala da rua)es!ala do %airro e a es!ala da !idade i teira. Estas !ategorias esta%ele!idas permitemsistematizar o !o +e!ime to do espa"o ur%a o. O dese +o ur%a o 8 por e!essidades daestrutura me tal e operati,a +uma a orga iza a forma pela adi"#o e !omposi"#o doseleme tos morfol*gi!os) ou formas de es!alas i feriores. Esta !lassifi!a"#o prete de!larifi!ar a leitura do territ*rio) arti!ula do-a !om os difere tes 0,eis de produ"#o doespa"o.

OS ELEMENTOS MORFOLÓGICOS DO ESPAÇO URBANOS!%!:É a partir do territ*rio e$iste te e da sua topografia (ue se dese +a ou

!o str*i a !idade. O pa,ime to / um eleme to de gra de import !ia o espa"o ur%a o)!o tudo de uma gra de fragilidade e su&eito a i =meras muda "as.

Os e(i)*+i!s:É atra,/s dos edif0!ios (ue se !o stitui o espa"o ur%a o e seorga izam os difere tes espa"os ide tifi!3,eis e !om 4forma pr*pria5 a rua) a pra"a) o %e!o) a a,e ida) et!. Os edif0!ios agrupam-se em difere tes tipos) de!orre tes da suafu "#o e forma. Esta i terdepe d' !ia / um dos !ampos mais s*lidos em (ue se!olo!am as rela"7es e tre !idade e ar(uitetura.

O %!"e:O edif0!io #o pode ser desligado do lote ou da superf0!ie do solo (ueo!upa) este / a g/ ese e fu dame to do edifi!ado. A forma do lote / !o di!io a te daforma do edif0!io e !o se(ue teme te) da forma da !idade.

O ,&$#"ei# !:O (uarteir#o / um !o t0 uo d edif0!ios agrupados e tre si ema el) ou sistema fe!+ado e separado dos demais) / o espa"o delimitado pelo !ruzame tode tr's ou mais ,ias e su%di,is0,el em lotes para !o stru"#o de edif0!ios. O (uarteir#oagrega e orga iza os outros eleme tos da estrutura ur%a a o lote e o edif0!io) o tra"adoe a rua) e as rela"7es (ue esta%ele!em !om os espa"os p=%li!os) semip=%li!os e pri,ados.

A )$+-$($: A rela"#o do edif0!io !om o espa"o ur%a o pro!essa-se pela fa!+ada.S#o as fa!+adas (ue e$primem as !ara!ter0sti!as distri%uti,as) o tipo de edifi!ado) as!ara!ter0sti!as e li guagem ar(uitet6 i!a) um !o &u to de eleme tos (ue ir#o moldar aimagem da !idade.

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O %! #$(!&#!:O logradouro !o stitui o espa"o pri,ado do lote #o o!upado por !o stru"#o) as traseiras) o espa"o pri,ado separado do espa"o p=%li!o pelo !o t0 uoedifi!ado. É atra,/s da utiliza"#o do dese +o do logradouro (ue se faz par!ialme te ae,olu"#o das formas ur%a as do (uarteir#o at/ ao %lo!o !o stru0do.

O "#$/$(! ($ #&$: Asse ta um suporte geogr3fi!o pree$iste te) regula adisposi"#o dos edif0!ios e (uarteir7es) liga os ,3rios espa"os e partes da !idade) e!o fu de- se !om o gesto !riador. O tra"ado esta%ele!e a rela"#o mais direta deasse tame to e tre a !idade e o territ*rio. É o tra"ado (ue defi e o pla o) i ter,i do aorga iza"#o da forma ur%a a a difere tes dime s7es.

A 0#$/$:A pra"a / um eleme to morfol*gi!o das !idades o!ide tais e disti gue-se de outros espa"os) (ue s#o resultado a!ide tal de alargame to ou !o flu' !ia detra"ados. A pra"a pressup7e a ,o tade e o dese +o de uma forma e de um programa. Éum eleme to morfol*gi!o ide tifi!3,el a forma da !idade e utiliz3,el o dese +our%a o a !o !ep"#o ar(uitet6 i!a.

O m!n&men"!: O mo ume to / um fa!to ur%a o si gular) eleme tomorfol*gi!o i di,idualizado pela sua prese "a) !o figura"#o e posi!io ame to a!idade e pelo seu sig ifi!ado. O mo ume to desempe +a um papel esse !ial odese +o ur%a o) !ara!teriza a 3rea ou %airro e tor a-se p*lo estrutura te da !idade.

A #2!#e e $ 2e e"$/ !:Cara!terizam a imagem da !idade) t'm i di,idualidade pr*pria) desempe +am fu "7es pre!isas s#o eleme tos de !omposi"#o e do dese +our%a o) ser,em para orga izar) defi ir e !o ter espa"os.

O m!'i%i #i! &#'$n!:Situa-se a dime s#o setorial) a es!ala da rua) #o pode do ser !o siderado de ordem se!u d3ria) dado as suas impli!a"7es a forma ee(uipame to da !idade. É tam%/m de gra de import !ia para o dese +o da !idade e asua orga iza"#o) para a (ualidade do espa"o e !omodidade.

E3OLUÇÃO DO TERRITÓRIOA !idade !omo (ual(uer orga ismo ,i,o) e !o tra-se em !o t0 ua modifi!a"#o.

O tempo / fu dame tal para !ompree der o territ*rio !omo o%&eto f0si!o e tam%/m para posi!io ar a i ter,e "#o do ar(uiteto. A e,olu"#o das formas ur%a as p7e duas orde sde (uest7es a primeira rela!io ada !om o dese ,ol,ime to ur%a o) o estudomorfol*gi!o pressup7e a !o sidera"#o do !res!ime to ur%a o) (ue / i disso!i3,el aoestudo das !idades1 e a segu da relati,ame te 2 reutiliza"#o de partes da !idade) as pol0ti!as de re!upera"#o) rea%ilita"#o e restauro de 3reas ur%a as pressup7e difere tesusos e !o se(ue tes modifi!a"7es da imagem e da forma.

A dis!ipli a do ur%a ismo tem !omo o%&eti,o domi ar o territ*rio e os seusme!a ismos de tra sforma"#o !o struir) adaptar ou !o ser,ar o espa"o. O espa"o &3

#o pode ser !o stru0do sem pla os e pro&etos da sua impleme ta"#o.oBte esta%ele!e o !o !eito de persistência, (ue afirma (ue a a 3lise +ist*ri!a da

!idade re,ela e$istirem eleme tos em !o t0 ua tra sforma"#o e eleme tos (ue #o semodifi!am totalme te e persistem) !omo os mo ume tos) tra"ados) ,ias e a estruturafu di3ria. es!ala da rua) as tra sforma"7es s#o fa!ilme te ,is0,eis) desde a mo tra dalo&a ao mo%ili3rio ur%a o , &3 2 dime s#o ur%a a) o tipo de modifi!a"7es / mais le to ede maior profu didade) o,as ruas) o,os edif0!ios) et!.

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N43EIS DE PRODUÇÃO DO ESPAÇOA pr3ti!a do pla eame to orga iza-se em 0,eis de atua"#o determi ados pela

pr*pria atureza dos m/todos) o%&eti,os e !o te=dos) e es!ala dos pro%lemas e dime s#ogeogr3fi!a das i ter,e "7es. odemos disti guir tr's 0,eis de produ"#o do espa"o

5 N*2e% (e P%$ne$men"! 6 P#! #$m$/ ! 6 P%$ni)i+$/ !:O arra (ue de todo o pla eame to / uma fase de determi a"#o de o%&eti,os so!ioe!o *mi!os) a programa"#oapare!e !omo etapa prelimi ar das a"7es do ur%a ismo) a (ual se fi$a o programa a ser e$e!utado o futuro.

- N*2e% &#'$n*s"i+! 6 O 0%$n!:<rata-se de pre!isar os o%&eti,os o espa"o e otempo e de espa!ializar !om maior porme or a e$e!u"#o dos prop*sitos a teriores)impli!a a defi i"#o das morfologias ur%a as e a !o sidera"#o das possi%ilidades f0si!asdo territ*rio.

-N*2e% (e +!ns"#&/ ! 6 O 0#!7e"!:E$e!uta-se a !o stru"#o do territ*rio dea!ordo !om os o%&eti,os e programa defi idos) / a fase de !o stru"#o) preparada pelo pro&eto e !o !retizada a o%ra.

URBANISMO E AR8UITECTURAO (ue difere !ia o ur%a ismo da ar(uitetura #o / a dime s#o espa!ial em o

es!al#o da i ter,e "#o) mas a a"#o pol0ti!o-admi istrati,a a !o duzir o tempo e o &ogo de for"as e!o *mi!as e so!iais. O ur%a ismo impli!a a !o du"#o de um pla o otempo e o &ogo de age tes e atores pol0ti!os) e!o *mi!os e so!iais) tam%/m tem !omoo%&eti,o a media"#o e resolu"#o dos !o flitos e tre os i teresses p=%li!os e pri,ados(ue disputam a frui"#o do espa"o ur%a o. O dese +o ur%a o e o dese +o de edif0!ios

#o s#o mais (ue dois mome tos de uma mesma dis!ipli a a ar(uitetura) i ter,i do emdifere tes mome tos e !om disti tos pro!essos) mas !om um = i!o i strume tofu dame tal o dese +o.

9. FORMAS DA CIDADE E DESENHO URBANO AT AO PER4ODO MODERNO

A LIÇÃO DO PASSADOAs 3reas +ist*ri!as s#o 3reas de sedime ta"#o e a!umula"#o) e ri(ue!idos por

su!essi,os !o tri%utos dura te s/!ulos e gera"7es) (ue seria imposs0,el su%stituir ouigualar) a !idade do passado e ri(ue!e a mem*ria e a !ultura) aferi do e testa do o pe same to ur%a 0sti!o atual.

ode-se ide tifi!ar dois de omi adores !omu s (ue !ara!terizam o dese +our%a o at/ ao per0odo moder o

- O espa"o ur%a o orga iza-se em tipos ide tifi!3,eis e re!o +e!0,eis !omo a rua) a pra"a) a a,e ida) o %e!o) et!.

- E$iste !oer' !ia e tre os ,3rios eleme tos morfol*gi!os (ue !omp7emum espa"o.

or e$emplo) a rua / defi ida pelos edif0!ios e !o stitui !om estes uma u idade.

A MORFOLOGIA URBANA NA GR CIA E EMROMA CIDADES GREGASOs espa"os p=%li!os sig ifi!a tes est#o ligados 2 religi#o e ao poder

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4demo!r3ti!o5. ode-se apo tar algu s pri !0pios da l*gi!a da forma"#o do espa"our%a o grego

- A !olo!a"#o de edif0!ios si gulares em !omposi"#o org i!a assim/tri!a) mas i ter-rela!io adas por dist !ias e ,azios e em situa"#o predomi a te a estrutura ur%a a. Ose(uipame tos s#o muito !uidados e orga izados para a!ol+er as fu "7es p=%li!as.

- As 3reas reside !iais) %asta te modestas) sem tratame to espe!ial) orga izam-se eme,ide te !o traste !om os lugares p=%li!os. A ar(uitetura da rua / de gra desimpli!idade. O te!ido +a%ita!io al / u iforme e / orde ado sem prete s7es ta to por tra"ados reguladores e repetiti,os !omo por tra"ados irregulares e org i!os.

A (uadr0!ula grega / um meio de orga iza"#o fu di3ria do solo para !o struir +a%ita"#o) e #o um pri !0pio de !omposi"#o ur%a a. Esta (uadr0!ula so%rep7e-sei difere teme te 2 topografia) o%riga do 2 !o stru"#o de terra"os e plataformas) parae !ai$e dos edif0!ios. ode-se) e t#o) e,ide !iar algumas !ara!ter0sti!as deste per0odo) arela"#o dos mo ume tos !omo pe"as fortes da estrutura ur%a a !om o te!ido+a%ita!io al e ,ol,e te) regular e u iforme) a utiliza"#o da !om%i a"#o de geometriasorg i!as !om (uadr0!ulas regulares) os efeitos da mo ume talidade sem re!urso 2 perspe!ti,a a$iais e a ,aloriza"#o do mo ume to atra,/s da leitura em es!or"o) perspe!ti,a o%l0(ua e o seu posi!io ame to em !ota superior 2 do o%ser,ador.

Na Gr/!ia) a !o stitui"#o do (uarteir#o ,ai de par !om a utiliza"#o da(uadr0!ula) !ada (uadra !orrespo de ao (ue se poderia desig ar por (uarteir#o)esse !ialme te reside !ial.

CIDADES ROMANASE$iste um forte se tido religioso o pla o da !idade roma a. É as !ol* ias

roma as (ue maior utiliza"#o se faz da (uadr0!ula) (uer por raz7es fu di3rias (uer pelafa!ilidade de !o stru"#o e utiliza"#o de m#o-de-o%ra %arata. É em Roma (ue se !olo!a pela primeira ,ez) e !om ple o se tido) a regulame ta"#o ur%a 0sti!as. O poder imperialfaz-se represe tar atra,/s de gra des o%ras) mo ume tos e gra des i fraestruturas. Ozo eame to / &3 !o se(u' !ia da +ierar(uia so!ial e t/! i!as de orga iza"#o so!ial) a pro!ura de espa"o e a e!essidade de e$pa s#o i duzem a !o struir em altura.

É aos roma os (ue se de,e a i ,e "#o da 4o%ra de arte5 ou i fraestruturautilit3ria) a po te) o a(ueduto) et!.

O (uarteir#o roma o / tam%/m fu dame talme te reside !ial e su%di,ide-se em par!elas) !ada (ual o!upada por umavilla, / tam%/m o muro ou a fa!+ada (ue segue otra"ado da rua. O (uarteir#o #o tem logradouro ou +orta) o seu i terior) os espa"osli,res !orrespo dem a p3tios.

A FORMA URBANA MEDIE3AL

A forma"#o das !idades medie,ais de,e-se a ,3rias orige s a tigas !idadesroma as reo!upadas) %urgos (ue se formaram a periferia da !idade roma a) !idades(ue se formaram pelo !res!ime to de !e tros rurais) e tre outros. A forma"#o da !idademedie,al ,ai pro!essar-se orga i!ame te por dese ,ol,ime to das a tigas estruturasroma as ou pela fu da"#o de !idades o,as orga izadas segu do um pla o regulador.Gradualme te) o,os !o !eitos de dese +o ,#o toma do lugar a%a do a-se a es!alamo ume tal das !idades roma as em fa,or de uma morfologia mais i timista)!ulmi a do a forma e es!ala das pe(ue as !idades medie,ais) !u&o dese ,ol,ime to seapoia em !lasses so!iais.

As M&#$%-$s:É a mural+a (ue delimita a !idade e !ara!teriza a sua imagem eforma.As #&$s:A rua / o eleme to %ase do espa"o ur%a o medie,al e ,ai pree !+er

(uase todo o i terior do per0metro ur%a o. Ser,em a !ir!ula"#o e o a!esso aos edif0!ios)

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e delimitam (uarteir7es) (ue se su%di,idem em logradouros e em edif0!ios.A 0#$/$ e ! me#+$(!:O mer!ado !orrespo de 2 pri !ipal raz#o da !idade !omo

lugar de tro!as e ser,i"os. É um espa"o a%erto e p=%li!o por e$!el' !ia) prolo ga do-se pelas ruas. A pra"a / geralme te irregular e resulta mais de um ,azio a%erto) temfu "7es importa tes do !om/r!io e reu i#o so!ial.

E(i)*+i!s sin &%$#es:S#o eleme tos f0si!a e ritualme te domi a tes) em%ora#o estruturem tra"ados. Co trap7em ao per0metro amural+ado a sua forma e

sig ifi!a"#o.O ,&$#"ei# ! me(ie2$%:Os edif0!ios ,#o !o !e trar-se a periferia ou o

per0metro do (uarteir#o) em !o tato direto !om a rua) dei$a do li,re a zo a posterior de!ada lote) esse espa"o li,re / utilizado para +ortas e &ardi s pri,ados. O (uarteir#o dei$ade ser ape as um meio de loteame to e di,is#o !adastral do solo) para se !o stituir tam%/m !omo eleme to morfol*gi!o do espa"o ur%a o.

Colo!a-se a (uest#o se o pla eame to ur%a o medie,al ter3 sido fruto do a!asoou de pri !0pios de ur%a ismo apli!ados ao !res!ime to org i!o. Admite-se (ue #oe$istiram regras est/ti!as ? o se tido defi ido a partir do re as!ime to@ (uedetermi assem o dese +o ur%a o) mas e$istiram outras regras) apli!adas ao modo de!olo!ar edif0!ios aos pro!essos !o struti,os) 2 u idade de materiais e formas.

O DESENHO URBANO NO RENASCIMENTO E NO BARROCO

O Re as!ime to esta%ele!eu um (uadro i tele!tual de muda "a e oposi"#o aomisti!ismo medie,al) assumi do um o,o estilo a pi tura) a es!ultura) a ar(uiteturae o ur%a ismo. Do s/!ulo F em dia te) o dese +o de ar(uitetura) as teorias est/ti!as eos pri !0pios de ur%a ismo ir#o o%ede!er a ideias semel+a tes 8 se do a pri !ipal odese&o de ordem e dis!ipli a geom/tri!a.

A ar(uitetura a%sor,e primeiro as o,as ideias as realiza"7es) e (ua to our%a ismo se dese ,ol,e ape as em termos te*ri!os) desde a !o !ep"#o da !idade idealaos tratados de ar(uitetura e dese +o de !idades.

A ur%a 0sti!a re as!e tista ,ai de i 0!io ma ifestar-se em algu s !amposespe!0fi!os !o stru"#o de sistemas de fortifi!a"7es) modifi!a"#o de zo as da !idade!om a !ria"#o de espa"os p=%li!os ou pra"as e arruame tos retil0 eos) reestrutura"#o de!idades pelo rasgame to de uma o,a rede ,i3ria e !o stru"#o de o,os %airros ee$pa s7es ur%a as.

As )!#"i)i+$/;es: As estrat/gias de defesa ,#o apoiar-se em mural+as e adist !ia e tre o sistema de fortifi!a"7es. Assim se !riaram !omple$os sistemas defossos) rampas) %aluartes e mural+as) estes sistemas assumem uma gra de import !iaf0si!a e ,isual.

A #&$:A rua re as!e tista ser3 um per!urso retil0 eo (ue ma t/m a fu "#o dea!esso aos edif0!ios) mas ser3) pela primeira ,ez) ei$o de perspe!ti,a) tra"o de u i#o e de,aloriza"#o e tre eleme tos ur%a os) dei$a de ser ape as um per!urso fu !io al) para setor ar ,isual de!orati,o e de aparato.

O "#$/$(! #e"i+&%$#:A (uadr0!ula !o ti ua a ser,ir as e!essidadesdistri%uti,as) de orga iza"#o +a%ita!io al e di,is#o !adastral) adapta-se a perfei"#o aoideal re as!e tista de u iformiza"#o est/ti!a e dis!ipli a ra!io al do espa"o e permite a+ierar(uiza"#o das difere tes ruas.

A 0#$/$: A pra"a / e te dida !omo um re!i to ou lugar espe!ial) / o lugar p=%li!o) o de se !o !e tram os pri !ipais edif0!ios e mo ume tos. A pra"a ad(uire,alor fu !io al e pol0ti!o-so!ial) e tam%/m o m3$imo ,alor sim%*li!o e art0sti!o.

A )$+-$($: A fa!+ada dos edif0!ios ,ai auto omizar-se !omo eleme to doespa"o ur%a o) (uer pelo !uidado o seu desempe +o e orga iza"#o) (uer !omoeleme to da pr*pria !omposi"#o ur%a 0sti!a. O dese +o ur%a o prolo ga-se pelo

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dese +o das fa!+adas) admiti do-se (ue os !o strutores as respeitem e !o struam oi terior do edif0!io !om perfeita li%erdade.

Os e(i)*+i!s sin &%$#es:O s edif0!ios de ,alor e sig ifi!a"#o so!ial) pol0ti!a oureligiosa ,#o ad(uirir gra de i di,idualidade e e$press#o o seu posi!io ame tour%a o) por orma a fe!+ar lados de pra"as. O edif0!io tor a-se pe"a do sistema ur%a oe auto omiza-se at/ ser ele pr*prio gerador da forma ur%a a.

O m!n&men"!:O mo ume to #o se desti a a mo%ilar) !ompletar o espa"o oue !+er um ,azio) ele / gerador do pr*prio espa"o ur%a o) sem o (ual perderia parte dasua raz#o de ser. As pra"as s#o po tuadas !om mo ume tos) mas estes fazem partei tegra te da pra"a e do seu sig ifi!ado.

O ,&$#"ei# !:A partir do %arro!o) tor a-se uma figura delimitada por ,ias e (uese su%di,ide em lotes e edifi!a"7es. O (uarteir#o ,ai assumir formas) dime s7es e,olumes difere tes) !o soa te o seu posi!io ame to a estrutura ur%a a) este ser3sempre o!upado a periferia pela !o stru"#o) em%ora possa ,ariar a !apa!idade eespa"o li,re i terior. <or a-se um sistema a tr's dime s7es) mais !omple$o e figurati,odo (ue o simples loteame to.

Es0$/!s 2e#(es: É o per0odo !l3ssi!o %arro!o (ue se estrutura a arte da &ardi aria !omo um !ampo espe!0fi!o de ar(uitetura da paisagem e de orga iza"#oterritorial. A ur%a 0sti!a ad(uire o,os i strume tos a utiliza"#o dos eleme tos,egetais e a amplia"#o s* seu territ*rio de i ter,e "#o dos &ardi s e par(ues.

O sistema assim !o stitu0do por tra"ados retil0 eos) (uadr0!ulas) pra"as)mo ume tos e zo as ar%orizadas) em (ue os espa"os ur%a os s#o defi idos pelosedif0!ios e as suas fa!+adas) / de uma gra de !oer' !ia. A utiliza"#o e !om%i a"#osistem3ti!a destes eleme tos perdurar3 !om ,aria"7es dura te todo o s/!ulo FIII e pelo s/!ulo I ) at/ ao ad,e to da !idade moder a.

DESENHO E FORMAS URBANAS NO S CULO <I<

O dese +o ur%a o ,ai !o ti uar as regras tradi!io ais de !omposi"#o do espa"oe de rela!io ame to das suas partes) ou eleme tos morfol*gi!os. A ruptura morfol*gi!a(ue se pro!essa o s/!ulo I / de dime s#o) es!ala e forma geral da !idade) a !idadedei$a de ser uma e tidade f0si!a delimitada para alastrar pelo territ*rio) da do i 0!io aoapare!ime to de o!upa"7es dispersas e 2 i defi i"#o dos per0metros ur%a os.

Coi !idi do !om os fe *me os de i dustrializa"#o) a e,olu"#o das estrat/giasmilitares e o apare!ime to de o,as armas determi aram) a partir do i 0!io do s/!ulo

I ) altera"7es a orga iza"#o das !idades e o!upa"#o do territ*rio. A !ompress#o das!o stru"7es o i terior dos per0metros fortifi!ados tor a-se des e!ess3ria e permitealterar o e te dime to da !idade) !o sisti do a destrui"#o das mural+as eapro,eitame to da 3rea deso!upada para a !o stru"#o de a /is ,i3rios e ,ol,e tes.

As primeiras realiza"7es de su%=r%io datam fi ais do s/!ulo FIII) estesgeraram a prolifera"#o a e$te s#o do solo !o stru0do !om modifi!a"#o dos modelosespa!iais e ur%a 0sti!os. A rua passa a ser um mero per!urso) a pra"a dei$a de ser umespa"o reser,ado ao e !o tro) o (uarteir#o / a%a do ado) e (ua to a %ai$a de sidade ea !asa u ifamiliar se re,elam sem for"a em estrutura para !o stituir o espa"o ur%a o. Aar%oriza"#o e a ,egeta"#o su%stituem as rela"7es do edifi!ado !om o espa"o p=%li!o. Oedif0!io ,ai situar-se o meio do lote) / i di,idualizado e e ,ol,ido por &ardi s e dei$ade !o tatar diretame te !om a rua.

Na segu da metade do s/!ulo I ) ,#o apare!er propostas de difere tesorga iza"7es e formas ur%a as alter ati,as 2 !idade %urguesa e i dustrial) s#o os %airros

ou !idades espe!ializadas para os tra%al+adores) ou o lazer e o re!reio) as morfologiase !o tradas apro$imam-se das realiza"7es su%ur%a as) dadas as dispo i%ilidades desolo (ue permitem a apropria"#o de 3reas li,res.

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PARIS DE HAUSSMANNAs tra sforma"7es de aussma em aris i !idem fu dame talme te o !as!o

,el+o da !idade. S#o re o,a"7es !om o,os tra"ados) reestrutura"#o fu di3ria)!o stru"#o de i fraestruturas) e(uipame tos e espa"os li,res) o%ede!e do a um triploo%&eti,o

-Cir!ula"#o f3!il e !*moda de tro da !idade.-Elimi a"#o da i salu%ridade e degrada"#o dos %airros.

-Re,aloriza"#o e ree (uadrame to dos mo ume tos.A e$press#o da aris de aussma / mais %arro!a do (ue oito!e tista. Os

eleme tos utilizados s#o o tra"ado em a,e ida) a pra"a !omo lugar de !o flu' !ia de,ias e pla!a girat*ria das !ir!ula"7es) (uase sempre em rotu da e o (uarteir#o (ue /determi ado !omo produto residual de ,3rios tra"ados) se do e t#o !ompa!to) e ape as!om um sagu#o o seu i terior.

BARCELONA DE CERD=

O pla o dese +a uma grel+a ortogo al) !om m*dulos ou (uarteir7es de HH m delado e ,ias de K m de perfil. O sistema / !ortado por diago ais (ue !o fluem umagra de pra"a. A (uadr0!ula regular este de-se at/ aos mu i!0pios ,izi +os e e ,ol,e a,el+a !idade medie,al. As diago ais s#o dese +adas so%repo do-se ao pla o(uadri!ulado e faze do surgir (uarteir7es irregulares e outros largos e pra"as. O pla ode Cerd3 ,ai (ue%rar tam%/m regras de !omposi"#o !l3ssi!o-%arro!as. Os espa"os-tipoide tifi!3,eis 8 a rua) a pra"a) o par(ue) a a,e ida ai da perma e!em mas #o seorga izam o%rigatoriame te a partir do per0metro dos (uarteir7es) &3 (ue os edif0!ios sedisp7em li,reme te o i terior das (uadr0!ulas.

>. A URBAN4STICA FORMAL

No fi al do s/!ulo I ) o ur%a ismo !o stitui-se !omo dis!ipli a aut* oma)s0 tese art0sti!a e t/! i!a) do !o +e!ime to e i ter,e "#o a !idade.

STUBBEN? CAMILLE SITTE E UND@INO apare!ime to do ur%a ismo !omo dis!ipli a / a!ompa +ado por tra%al+os

te*ri!os i !idi do so%re o dese +o ur%a o (ue ti,eram gra de su!esso e i flue !iaramforteme te a sua /po!a. <r's autores importa tes a reter s#o Stu%%e ) Camillo Sitte e9 d i .

A o%ra de Stu%%e estuda uma sele"#o de e$emplos !ara!ter0sti!os da ur%a 0sti!aoito!e tista) preo!upa-se em isolar os pro%lemas e resol,'-los atra,/s de modelos.

Camillo Sitte i troduzir3 uma orie ta"#o di,ersa) %aseada forteme te os pri !0pios !ompositi,os e ar(uitet6 i!os medie,ais. Criti!a a rigidez e falta deimagi a"#o os tra"ados repetiti,os dos pla os de e$pa s#o alem#es) (ue !o sideramais determi ado por (uest7es) !omo o tr3fego e as i fraestruturas) e me os preo!upados !om os resultados paisag0sti!os) am%ie tais e morfol*gi!os.

9 i reflete so%re a pro%lem3ti!a do 4irregular5 e o 4regular5. O seu m/todoapoia- se ta to em e$emplos !riteriosame te es!ol+idos !omo em tra%al+os pessoais. A0d3-se um dos primeiros passos a ruptura da !idade tradi!io al) pela reformula"#o dasrela"7es da rua !om o lote e o edif0!io. O dis!urso de Ed i / pre!iso e sistem3ti!o)

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li%ertado do empirismo dos seus a te!essores) e pro!ura o e(uil0%rio e tre ase!essidades fu !io ais e os o%&eti,os est/ti!os a !idade.

A ESCOLA FRANCESA: URBANISMO FORMAL E TRADIÇÃO PARISIENCEA es!ola fra !esa / !ara!terizada pela utiliza"#o de tra"ados !l3ssi!os) de

(uadr0!ulas) pra"as e perspe!ti,as 8 tra%al+adas a aguarela e !ar,#o) em impressio a tesdese +os (ue fi$a,am o orde ame to ,isual. Estas !ara!ter0sti!as fariam do 9r%a ismoum artigo de e$porta"#o) prestigia do a irradia"#o da !ultura fra !esa.

A ur%a 0sti!a fra !esa esta%ele!ia a metodologia da realiza"#o dos pla os.A%orda,a mat/rias pluridis!ipli ares) preo!upa do-se !om o 4ser5 (ue !o sidera,adisti to da forma 8 mas a!eita,a a 4forma5 !omo o produto fi al do ur%a ismo) pri,ilegia do o dese +o !omo m/todo de tra%al+o. A es!ola fra !esa te,e um papel prepo dera te pelo de%ate te*ri!o) realiza"#o de pla os) e pela irradia"#o i ter a!io al.E$portou sa%er e forma"#o e os seus ur%a istas tra%al+aram a orga iza"#o de muitas!idades pelo mu do.

As 4!idades o,as5 de !olo iza"#o europeia s#o realizadas ao lado das !idadesmarro(ui as sem as destruir. I o,adoras para a /po!a s#o as rela"7es e tre a e$pa s#o por tra"ados) afra !esada) e a !idade marro(ui a) respeitada !omo um todo) sem(ual(uer atra,essame to ,i3rio) ,i do a !o stituir uma u idade ur%a a. A e$pa s#oeuropeia / esse !ialme te um es(uema de tra"ados) de lo!aliza"7es fu !io ais e dedisposi"7es edifi!adas segu do as regras e regulame tos (ue defi em a !o stru"#o aolo go desses mesmos tra"ados.

TON GARNER E A CIDADE INDUSTRIALA Cidade I dustrial ter3 sido po to de refer' !ia para a(ueles (ue) sem

,isio arem a ruptura !om a !idade tradi!io al) propu +am a sua e,olu"#o e adapta"#o) po to de refer' !ia pela metodologia utilizada) pelo !ar3!ter !ie t0fi!o !om (ue os pro%lemas s#o tratados e pelo o se tido morfol*gi!o-ar(uitet6 i!o das propostas.

re!isa orga iza"#o distri%uti,a e das ati,idades tipologia !o struti,a sistematizada erela!io ada !om a morfologia ur%a a) perma ' !ia da rela"#o tra"ado>rua>lote>edif0!io)s#o) e tre outras) propostas de Gar er. <ra sp7e o terre o o pri !0pio de zo eame tofu !io al) (ue permite 2 !idade fragme tar-se por 3reas disti tas) o se!tor reside !ial /atra,essado por uma ,ia !e tral orga iza-se em 4(uarteir7es5 regulares1 !ada lote temsempre um lado para a rua e e tre a fa!+ada do edif0!io e a rua e$iste um pe(ue o &ardim (ue e ,ol,e a !o stru"#o.

MARCEL PO TE E A IN3ESTIGAÇÃO URBANAMar!el oBte e !o tra-se a %ase do e si o e da i ,estiga"#o ur%a a em :ra "a)

para oBte o ur%a ismo de,e asse tar o profu do !o +e!ime to da +ist*ria ur%a a e ae,olu"#o da !idade !omo fa!to !o stru0do. ro!ura o futuro da !idade o passado e o prese te.

Ele tra%al+a a perspe!ti,a do ur%a ismo (ue) a tes de tra"ar o pla o) e$ige!o +e!er o o%&eto da i ter,e "#o. I stitu!io aliza uma pr3ti!a (ue se i i!ia !om a a 3lisee fi aliza a proposta.

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AGACHE E O PLANO DO RIO DE ANEIROAga!+e perte !e ao !o &u to de ar(uitetos (ue i i!iam a di,ulga"#o do

ur%a ismo !omo pr3ti!a e !i' !ia de estudo e i ter,e "#o as !idades) ele dese ,ol,eum m/todo e uma t/! i!a opera!io al (ue asse tam a estrutura"#o da !idade a partir do zo i g e do pla o-diretor. O zo i g / a reparti"#o ra!io al das e!essidades da,ida ur%a a +a%ita"#o) tra%al+o) lazer) permiti do regularme te o mer!ado fu di3rio) %lo(uea do a so%re de sifi!a"#o) defi i do o %airro e !o trola do o !res!ime tour%a o. :i$a tam%/m a de sidade e os tipos de +a%ita"#o predomi a tes em !ada %airro)assim !o tri%ui do para a defi i"#o da sua forma.

A ma!roestrutura da !idade / uma alter !ia de 3reas !o stru0das e zo as li,res!omo ao 0,el ur%a o) a morfologia ser3 a alter !ia de !+eios e ,azios) os(uarteir7es) arruame tos e pra"as. O pla o-diretor defi e a estrutura ur%a a e oseleme tos fu !io ais da !idade +ierar(uizados as suas posi"7es o territ*rio. Os per0metros ur%a os defi em os limites das 3reas a !o struir e s#o determi ados pelasdist !ias ao !e tro e pelos tra sportes.

ara Aga!+e) a 4u idade de ,izi +a "a5 ultrapassa a o"#o de %airro e defi e-se!omo asso!ia"#o de fam0lias ou i di,0duos !riada por liga"7es de ,izi +a "a.

Aspe!tos das propostas de Aga!+e (ue si tetizam a ur%a 0sti!a formal ametodologia / esse !ialme te morfol*gi!a 8 te de a operar a forma ur%a a pelafu "#o) dime s#o e aspe!tos de !omu i!a"#o est/ti!a1 os i strume tos de tra%al+o e deorde ame to da !idade s#o o tra"ado) o (uarteir#o) a pra"a e o edif0!io1 os edif0!ios e osseus eleme tos 8 fa!+ada) lote e ,olume 8 s#o determi ados a !o ti uidade edese ,ol,ime to das i te "7es do pla o) pla o e pro&eto s#o dois mome tos emse(u' !ia de um mesmo pro!esso de dese +o da !idade.

FARIA DA COSTA E OS BAIRROS DE AL3ALADE E DO AREEIROOs %airros de Al,alade e do Areeiro resultam da pol0ti!a dese ,ol,ime tista de

Duarte a!+e!o 8 de e$pa s#o pla eada de Lis%oa em terre os e$propriados) li,res derestri"7es fu di3rias e !om forte !o trolo p=%li!o e mu i!ipal. Am%os represe tam ume$emplo e(uili%rado e tre a !idade tradi!io al e os pri !0pios da ur%a 0sti!a moder a)!omo a orga iza"#o distri%uti,a das fu "7es e dos e(uipame tos) a +ierar(uiza"#o,i3ria) a despri,atiza"#o do solo) a li%erta"#o do i terior dos (uarteir7es para espa"o!oleti,o e as zo as li,res e ar%orizadas. <odo o %airro se orga iza atra,/s de tipologiasur%a as pre!isas as ,ias) (ue se +ierar(uizam em a,e idas) ruas) impasses e !ami +osde pe7es) as pra"as e largos) lo!alizados o !ruzame to de ,ias) os (uarteir7es) lugar dedisposi"#o dos edif0!ios) s#o utilizados o seu i terior !omo zo as de &ardim)esta!io ame to e e(uipame to) os passeios de dime s#o +ierar(uizada (ue) ao lo go daa,e ida de Roma) rei terpretam e adaptam a imagem dos re de ts de Le Cor%usier.

É e,ide te a i trodu"#o das i o,a"7es ur%a 0sti!as moder as) e s* a apar' !ia aestrutura de Al,alade se assemel+a 2 de outros %airros reti!ulados de Lis%oa. A primeiradifere "a reside a utiliza"#o de pri !0pios da u idade de ,izi +a "a adaptados aosistema proposto.

A partir dos a os !i (ue ta) d3-se em ortugal a ruptura !om a ur%a 0sti!a

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formal e o ali +ame to !ultural dos ar(uitetos pelas teses moder as) as (uais &3i flue !iaram os %airros o,os) !omo Oli,ais ou C+elas.

DA URBAN4STICA FORMAL AO NO3O URBANISMOA produ"#o ur%a 0sti!a atual) desig ada por No,o 9r%a ismo) tem !e trado a

sua ate "#o em tor o das (uest7es da forma ur%a a) re!upera do para a !idade espa"ost#o simples (ua to tradi!io ais a rua ou a pra"a) e eleme tos morfol*gi!os de dese +o!omo a 3r,ore ali +ada ou a !o ti uidade dos ,olumes !o stru0dos e das suas fa!+adas.

O 4 o,o ur%a ismo5 tem de !omum !om a 4ur%a 0sti!a formal5 a mesma,o tade de !o ti ua"#o !om os espa"os da !idade a tiga) re!o +e!e do o ,alor dodese +o a produ"#o da !idade. Em am%os os !asos se trata de pri !0pios de arte ur%a a!omo 4arte p=%li!a5) arte da rua e do &ardim) e da !ompo e te est/ti!a !omo eleme toesse !ial do ur%a ismo.

. CONFIGURAÇÃO E MORFOLOGIA DA CIDADE MODERNAINTRODUÇÃO 6 A CIDADE MODERNA

A re,olu"#o i dustrial &3 ti +a i troduzido as primeiras gra des modifi!a"7es a!idade. A !idade moder a formou-se te do !omo %ase algumas ideias e !o !ep"7este*ri!as (ue s#o o resultado de algu s pro!essos te*ri!os (ue ti +am !omo %ase ae$!lus#o da !idade tradi!io al e a sua su%stitui"#o por um o,o modelo.

A a,alia"#o dos resultados das propostas s* foi poss0,el depois dae$perime ta"#o massi,a realizada pela ur%a 0sti!a opera!io al . Os aspe!tos mais

egati,os da ur%a 0sti!a moder a / a %uro!ra!ia !o formista (ue se preo!upa mais !omos resultados (ua titati,os do (ue (ualitati,os e ,#o !o tri%uir em larga es!ala para adestrui"#o da ,ida ur%a a.

E$istem dois per0odos (ue i teressa !ompree der para uma mel+or per!ep"#o dag/ ese da !idade moder a

-O primeiro / e tre as duas gra des guerras) / o per0odo +er*i!o dasformula"7es te*ri!as e e$peri' !ias. É este per0odo (ue se pro!ede a destrui"#o ea%a do o de todos os eleme tos ur%a os tradi!io ais !omo a pra"a) (uarteir#o) e rua) propo do tipologias de torre) %a da e %lo!o.

- A segu da etapa ,ai desde o fim da segu da gra de guerra ate aos a os sete ta.ua tidade em detrime to da (ualidade. É este per0odo desig a-se por 9r%a 0sti!a

Opera!io al.

NO3AS TIPOLOGIAS CONSTRUTI3AS 6 NO3AS FORMAS URBANASO maior pro%lema a e fre tar era for e!er a todos os !idad#os !asa em

!o di"7es de +igie e e salu%ridade. O ur%a ismo moder o i i!ialme te / um ur%a ismo+a%ita!io al) #o s* pela import !ia da +a%ita"#o mas por(ue dela ad,/m as o,astipologias !o struti,as) o %lo!o) a torre e o !o &u to.

O alo&ame to toma o papel pri !ipal !omo u idade-%ase e estruturam-se assimas tipologias +a%ita!io ais ?%lo!o) torre) %a da) !omple$o e moradia@. S#o dispostas oterre o em fu "#o de e!essidades +igi/ i!as) a!essos) i sola"#o) et!.) e desta forma s#o

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auto omizados dei$a do de perte !er 2 estrutura do (uarteir#o. As ruas dei$am de perte !er as rela"7es f0si!o-espa!iais e resumem-se em tra"ados de !ir!ula"#o eser,i"os. O espa"o p=%li!o a!a%a por ser posto de lado e ser a resulta te das e$ig' !ias+a%ita!io ais.

A SIMPLIFICAÇÃO DOS PROBLEMASA l*gi!a do fu !io alismo ,ai e$er!er gra de i flu' !ia a ar(uitetura.Com o modelo da Carta de Ate as os ar(uitetos forma o%rigados a arrumar e

isolar as pri !ipais fu "7es a !idade +a%itar) tra%al+ar) lazer. A l*gi!a fu !io alistato ifi!a a !idade por fu "7es e determi a o espa"o ur%a o por sistemas i depe de tes.A gra de !o se(u' !ia deste pro!esso / a auto omiza"#o e i depe d' !ia f0si!a dossistemas e tre si. Esta forma de !o !e%er a !idade era muito simplifi!ada) segui do emdese +o !o !eptual o modelo ar,ore . ro&etar estes edif0!ios de programa repetiti,oera muito simplista tam%/m. C+egou-se ai da a !ria"#o de modelos pr/-fa%ri!adosem (ue a impla ta"#o do edif0!io era determi ada em fu "#o da rapidez e e!o omia.

PARCELAMENTO E SOLO P BLICO Na !idade tradi!io al e$iste uma separa"#o e tre o solo pri,ado do solo p=%li!o.

or outro lado a !idade moder a todo o espa"o perte !e ao estado pode do s* emraros estados ser pri,atizado a 3rea de impla ta"#o do edif0!io. O %airro por sua ,ez,ai resultar da forma da par!ela por(ue os edif0!ios ,#o ser dispostos segu do li,re,o tade do ar(uiteto.

O FASC4NIO PELOS EDIF4CIOS ISOLADOSA Carta de Ate as prop7e edif0!ios altos e isolados ao i ,/s da paisagem)

propor!io a do ar) sol) ,istas e salu%ridade. A morfologia da !idade moder a ,aiasse tar este po to) ou se&a) !ole"7es de edif0!io isolados #o se do uma morfologiade espa"os ur%a os.

No e ta to um !o &u to de edif0!ios isolados #o !ria um meio ur%a o) ou se&a)teria de e$istir alguma liga"#o e tre eles para !riar um todo e uma !idade !oesa. Este po to !o tri%uiu para aume tar a separa"#o e tre ar(uitetura e ur%a ismo.

RUPTURA COM A HISTÓRIA N#o se trata ape as de alteras os materiais de !o stru"#o mas sim de !riar algo

(ue fosse li%erta e oposta a (ual(uer !o ti uidade +ist*ri!a.A atitude a ti-+ist*ri!a apare!e o dese +o ur%a o pela re!usa de formas (ue

pudesse fazer liga"#o !om as tradi!io ais.

OS NO3OS MATERIAIS E TECNOLOGIASApare!ime to dos o,os materiais e te! ologias) tais !omo o a"o) %et#o armado)

ferra) as!e sores) et!.A !idade moder a formou-se a partir de pes(uisas !o !retas (ue a !erto po to

!o tri%u0ram para a destrui"#o da morfologia ur%a a a tiga e a edifi!a"#o eestrutura"#o da :orma Moder a da !idade.

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CIDADE5 ARDIME$istem formas ur%a as de %ai$a de sidade e moradias u ifamiliares os

su%=r%ios (ue se formaram os fi ais do s/!ulo I . Esta morfologia do su%=r%ioapare!e !omo alter ati,a a tradi!io al) o e ta to s* apare!e depois da !idade-&ardim.

Este !o !eito de !idade-&ardim apare!e !omo solu"#o para o !res!ime to dasgra des !idades. Desta forma era um o,o am%ie te reside !ial de %ai$a de sidade !om predomi !ia de espa"os ,erdes. or oposi"#o a !idade i dustrial e$iste umai tegra"#o da !asa !om o !ampo e a !idade-&ardim traduz-se um !o &u to de ,i,e dasem largos espa"os ar%orizados.

UNIDADE DE 3I INHANÇAOs autores (ue apoiaram e formularam a u idade de ,izi +a "a apoia,am mais

as (uest7es so!iais e orga iza"#o fu !io al da !idade e #o ta to as refer' !ias dotra"ado aos espa"os ur%a os e forma ur%a a. Esta orga iza"#o foi um dos pri !ipaisfatores da pla ifi!a"#o da !idade moder a e tor a-se o motor d orga iza"#o e dese +oda 3rea +a%ita!io al.

A so!iologia !oma da,a o dese +o. Da(ui ad,/m duas !orre tes a de raiza glo- sa$* i!a e a do ra!io alismo europeu. Am%as as !orre tes !o sideram oalo&ame to !omo eleme to %ase e (ue i tegrado em ser,i"os e e(uipame tos !o stitui au idade +a%ita!io al. Co tudo ap*s a os de e$perime ta"7es foi !o !lu0do (ue #o se!o segue impor um !ar3!ter e 0,el so!ial as +a%ita"7es e o %em-estar dos +a%ita tesesta,a !omprometido. As formas ur%a as utilizadas foram tam%/m desade(uadas.Desta e$peri' !ia foi retiradoalgumas rela"7es e tre e(uipame tos>popula"#o (ue ai da +o&e s#o utilizados.

AS E<PERIENCIAS HABITACIONAIS HOLANDESASA ur%a 0sti!a +ola desa o i i!io do s/!ulo / mar!ada por mo,ime tos

progressistas. 9m dos pro!essos mais importa tes o !ami +o para a !idade moder a /a i te sa pes(uisa so%re o alo&ame to) edif0!io e (uarteir#o (ue foi modifi!ado ate adade ele restar.

A e,olu"#o le,ou a supress#o de um dos lados do (uarteir#o de modo a permitir uma liga"#o direta !om a rua) modelo em 9. Ap*s i =meros dese ,ol,ime tos o fi alo (uarteir#o foi ele,ado ao 0,el de %lo!o +a%ita!io al.

AS E<PERIENCIAS HABITACIONAIS NA EUROPA CENTRALAs !o di"7es +ist*ri!as) omeadame te as duas gra des guerras) permitiram

uma forte e$perime ta"#o o !ampo ur%a 0sti!o) ar(uitet6 i!o e +a%ita!io al !om arealiza"#o de pla os e !o stru"#o de +a%ita"#o so!ial.

Os ideais dos ar(uitetos moder os eram o !o trolo ur%a 0sti!o) i dustrializa"#oda !o stru"#o) produ"#o de +a%ita"#o so!ial e si to ia e tre ar(uitetura) gest#o e pol0ti!a. <udo isto foi !umprido a Alema +a.

No geral os edif0!ios em %arras paralelas !o stituem o fim da e,olu"#o do(uarteir#o. Numa primeira fazer li%ertou-se o i terior) depois a segu da fase rompeu-

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se a !o ti uidade da %ordadura e por fim a ter!eira a de sidade %ai$a e dois lados do(uarteir#o s#o suprimidos. Co tudo ai da su%sistem algu s logradouros pri,ados.

AS HOFF NA =USTRIA Na Pustria ,#o-se !riar tam%/m i =meros %lo!os de +a%ita"#o. F#o o!upar 3reas

(ue fi!am li,res) !ompletam e esta%ele!em liga"7es !om tra"ados &3 deli eados. Oi terior do (uarteir#o tor a-se um logradouro !oleti,o) !om e(uipame tos) espa"o li,reou ,erde

A CIDADE DOS CIAM E A DA CARTA DE ATENAS:ormaram-se os Co gressos I ter a!io ais de Ar(uitetura Moder a ?CIAM@ (ue

ti +a !omo %ase !omparar periodi!ame te as e$peri' !ias para se aprofu dar !ertostemas e e !o trar solu"7es para pro%lemas gerais.

ara os CIAM a o,a ur%a 0sti!a #o se podia limitar a mel+orar a e$iste te massim !riar o,as alter ati,as !om i spira"7es pol0ti!as e ideol*gi!as difere tes. Ostra%al+os te*ri!os passaram por tr's fases uma em (ue se de%ateu o pro%lema da+a%ita"#o1 outra (ue se falou so%re o pla eame to ur%a o so% *pti!a fu !io alista1 por fim a te tati,a de ultrapassar a a%strata !idade fu !io al .

UNIDADE DE COMPOSIÇÃO DA CIDADE MODERNAA (uest#o da +a%ita"#o / o maior pro%lema (ue domi a a ar(uitetura e

ur%a ismo desde as duas guerras e mais i te same te desde o fi al da segu da. A pes(uise +a%ita!io al le,a a e$perime ta"7es de o,as morfologias e tipologiasur%a as.

De,ido a (uest7es so!iais e e!o *mi!as a te tati,a era dar +a%ita"7es a todos os!idad#os e para #o gastar muito di +eiro !om isso) ou se&a) suprimi do todos os gastossup/rfluos para #o e$istir i &usti"a so!ial. O edif0!io / porta to defi ido pelo modo deagrega"#o dos alo&ame tos e$isti do tipologias %em defi idas tais !omo edif0!ios em %a da) +a%ita"#o !oleti,a) isolados) altos) torre) et!.

É o alo&ame to (ue !omp7em o edif0!io) e agrega"#o dos edif0!ios (ue forma!o &u tos +a%ita!io ais um pro!esso su!essi,o de repeti"7es.

A !idade passou posteriorme te a ser di,ida as (uatro 3reas eleme tarestra%al+o) lazer) !ir!ula"#o e +a%ita"#o. A i te "#o era !riar uma me or !omple$idadefu !io al) ,isual e am%ie tal.

CARTA DE ATENAS:oi uma !arta editada oito a os depois de ser redigida) (ue si tetiza,a as

posi"7es dos CIAM so%re a orga iza"#o e pla eame to das !idades. Apesar de ser umte$to mais pol/mi!o e dogm3ti!o do (ue a al0ti!o e demo strati,o) esta%ele!e !rit/rios para a gest#o da !idade.

Fisto ter sido um tra%al+o dese ,ol,ido em ape as oito dias) #o podia ser tomado !omo um estudo em profu didade mas sim meras !o stata"7es so%re medidas(ue os ar(uitetos de,eriam tomar.

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ou,e muitos aspe!tos egati,os a retirar da apli!a"#o da Carta e dos CIAM)omeadame te a !o !lus#o so%re o alo&ame to m0 imo) a utiliza"#o a%usi,a das formas

ra!io ais) e tre outras.

A CIDADE FUNCIONALISTAAs (uatro fu "7es pri !ipais do ur%a ismo s#o +a%itar) tra%al+ar) re!rear-se e

!ir!ular. Dessa forma iriam !riar (uatro 3reas disti tas uma !idade.

OS CENTROS HISTÓRICOS E A CIDADE ANTIGAA !arta de Ate as #o defe de a rea%ilita"#o em !o ser,a"#o dos !e tros

+ist*ri!os. or outro lado aposta ape as a sal,aguarda de edif0!ios isolados ou!o &u tos ur%a os.

O CONTROLO DO SOLO E A LIBERTAÇÃO M=<IMA DE ESPAÇO LI3REA e umera"#o das e!essidades formuladas pela ur%a 0sti!a moder a !+ega

i e,ita,elme te a uma !o se(u' !ia pol0ti!a a dispo i%ilidade do solo em detrime toda propriedade pri,ada. ara (ue isto fosse !umprido as autoridades ti,eram de !riar osseus pr*prios me!a ismos.

Este !o flito e tre a propriedade p=%li!a e pri,ada le,ou a e!essidade do!o trolo do solo !om predom0 io do i teresse p=%li!o so%re o pri,ado. Estes pri !0piosforam !o sagrados em te$tos e registos legais) o e ta to foi ai da mais lo ge) a pr*pria morfologia ur%a a e$igia-os) edif0!ios altos) espa"ados u s dos outros !omzo as ,erdes e tre eles.

LE CORBUSIER? A UNIDADE DE HABITAÇÃO E A CIDADE RADIOSALe Cor%usier tem um lugar importa t0ssimo o mo,ime to moder o. Este

ad,/m do seu tra%al+o realizado. Apesar do seu ele,ado ,alor em edif0!ios) o (ue to!aa propostas ur%a as fi!a um pou!o mais limitado de,ido a ele ser um ar(uiteto demo ume talidade) algo (ue o fez dei$ar os pla os ur%a 0sti!os.

DAS IMPLANTAÇÕES RACIONAIS PLANTA LI3REOs m/todos ra!io ais os a os tri ta ali +a,am !om rigor os edif0!ios pela mais

fa,or3,el orie ta"#o solar e o geral fi!ariam de forma perpe di!ular em rela"#o a rua.osteriorme te &3 era utilizada a disposi"#o merame te simplista e ape as a

pe sar o m/todo mais r3pido de !o stru"#o e (ue desse mais lu!ros. A forma ur%a ator ou-se o resultado da resposta a um somat*rio de re(uisitos e o%riga"7es (ue adati +am a ,er !om os pro%lemas do espa"o ur%a o.

A rea"#o !o tra o e$!essi,o fu !io alismo e a e$!essi,a repeti"#o dos eleme tos!ome"ou pela de = !ia das formas ur%a as. Numa primeira fase a orie ta"#o dosedif0!ios tor a-se mais fle$0,el e para aume tar a !omple$idade da !omposi"#o dei$oude +a,er repeti"7es de um = i!o modelo. Num segu do tempo a impla ta"#o dosedif0!ios pro!urou ,alorizar o espa"o e ,ol,e te e$terior. Numa ter!eira altura oa%a do o par!ial das regras ra!io alista foi &ulgado i sufi!ie te.

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I i!ialme te esta pro!ura das formas ur%a as resulta um pou!o !a*ti!a egratuita. No e ta to aos pou!os !ome"a a ga +ar o,as formas e estrutura por si s*.Desta forma a morfologia ur%a a / pe sada !omo a resolu"#o de sistemas de !ir!ula"#o)de +a%ita"#o e de ser,i"os) dei$a do de ser ape as um pro!esso de oposi"#o ao sistemaregrado ou um o,o sistema !a*ti!o de aglomerados de edifi!ado.

A pla ta li,re foi uma !o (uista moder a !o tra as regras de !omposi"#o preesta%ele!idas. Resulta do primado da orga iza"#o fu !io al so%re as outras!ompo e tes.

A EST TICA DO PLAN MASSEO la Masse / um i strume to de aprese ta"#o gr3fi!a dos pla os e ad(uire

este !o te$to gra de import !ia !omo sistema de represe ta"#o ,olum/tri!o. Asrela"7es i telig0,eis !o !e tram-se o &ogo de ,olumes e o seu e(uil0%rio a%strato ese sorial.

O JNO3O URBANISMOK

PIERRE FRANCASTEL E HENRI LEFEB3REF#o !om%ater o ur%a ismo !o tempor eo e !riti!ar a o%ra de Cor%usier. or

um lado (uestio am o dese +o ur%a o utilizado) por outro te tar limitar ao m3$imo os pla os ur%a 0sti!os.

ANE ACOBSJa e &a!o%s te ta mostrar (ue a 4pseudo!i' !ia da !o stru"#o das !idades de

%aseia so%re dados pol0ti!os) a%stratos. Defe dia ai da (ue o espa"o ,erde era um ,azioo!i,o o meio dos edif0!ios. ara a ar(uiteta a e!essidade pri !ipal das !idades

residia a mistura de fu "7es. Ela apro$ima,a-se das (uest7es da morfologia ur%a a eda,a os primeiros passos o se tido de re!upera"#o das formas tradi!io ais dour%a ismo.

ALE<ANDRECo stituiu uma dos mais importa tes !o tri%utos para a !r0ti!a do fu !io alismo

e da !idade moder a. :azia a disti "#o e tre !idade atural e artifi!ial alega do (ue essaartifi!ialidade era o erro !omum dos pla os ur%a 0sti!os do mo,ime to moder o.Criti!a o ur%a ismo moder o li(uida do Le Cor%usier e a !arta de Ate as) ofu !io alismo) o zo eame to e a u idade de ,izi +a "a. Em todos os !asos os al,os s#oas ideias e os !o !eitos.

GORDON CULLENGordo Culle reage !o tra os estragos !ausados os !e tros +ist*ri!os pelas

tra sforma"7es da ,ida moder a. Apoia-se desde logo em eleme tos !ol+idos aur%a 0sti!a a terior 2 primeira guerra. A morfologia (ue prefere) pelo me os a suaapar' !ia) / a da !idade medie,al. A pe(ue a es!ala ou dime s#o se!torial) !u&ou i,erso / a rua / re,alorizada !omo a es!ala +uma a por e$!el' !ia.

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L NCH E A IMAGEM DA CIDADE:oi um tra%al+o i o,ador (ue sistematiza e tor a !ie tifi!o a(uilo (ue a tes

era su%&eti,o e emp0ri!o. Defe de (ue a imagem / determi a te para o !omportame toso!ial e psi!ol*gi!o dos +a%ita tes. Ao !o tr3rio de !ulle opera em gra de es!ala eesta%ele!e liga"7es e tre eleme tos maiores e me ores. A imagem / um importa tefator de !o !ep"#o ur%a 0sti!a e a tifu !io alista.

REALI AÇÕES DIFERENTES E E<PERIMENTAÇÕES NOS ANOSSESSENTA

F#o surgir ideias de romper !om a u iformidade e %a alidade da ur%a 0sti!a dosa os sesse ta e te tar !riar modelos difere tes a%a do a do e !orrigi do os e$!esso eerros da !idade moder a) dos CIAM e da !arta de Ate as.

:oi re!riado o !o !eito de ruas e orga izam os ser,i"os e !om/r!iosa%a do a do a +ierar(uia a%strata de !e tros) su%!e tros e es(uemas de rela"#o em

ar,ore . Algu s apoia,am mais edif0!ios de (uatro pisos) pra"as !omo espa"osfe!+ados) e uma i o,a"#o (ue !o sistia a i di,idualiza"#o de !ada grupo de!o stru"7es atra,/s da !or e das artes pl3sti!as) desrespeita do tam%/m os ei$os+eliot/rmi!os.

No,as morfologias ur%a as foram pro!uradas e uma das solu"7es e !o tradasseria a da e$pa s#o ur%a a feita em (uadr0!ula a partir de um em%ri#o e (ue se adaptariaa topografia. O %airro ,olta a ter e tidade i di,idual !omo o%&eto ar(uitet6 i!o) ta to pela forma !omo pelo pro!esso de !ria"#o.

ROSSI<e tati,a de sal,ar a ar(uitetura do dis!urso esmagador da t/! i!a e dae!o omia.

O seu pe same to ti +a !omo %ase o a o imato da fu "#o reside !ial formada por tipos+a%ita!io ais (ue esta%ele!em o pa o de fu do o (ual so%ressaem as tipologiasar(uitet6 i!as dos e(uipame tos de 0,el superior e represe tati,os da ordem so!ial.

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9tiliza o rigor da geometria e das formas puras) !o ti ua do oeo-ra!io alismo. Op7em-se ao fu !io alismo !omo rela"#o determi ista

e tre a forma e a fu "#o) pro!lama do a auto omia do dese +oar(uitet6 i!o. Os po tos-!+a,e do seu pe same to eram a !idade /!o stitu0da por ar(uitetura1 a forma da !idade depe de da tipologia doedifi!ado1 segue uma a 3lise morfol*gi!a1 !riti!a o fu !io alismo1 e$pli!aatra,/s da morfologia os difere tes fe *me os e leituras da !idade.

ROBERT RIER E O ESPAÇO DA CIDADE<i +a a !re "a de (ue o dese +o ur%a o podia resol,er muitos dos

pro%lemas da !idade. A !idade #o / um espa"o para a ar(uitetura mas / a

pr*pria ar(uitetura. A geometria eu!lidia a ,ai desempe +ar um papelfu dame tal o dese +o ur%a o.O estudo das !idades a tigas ,ai ser esse !ial para a !ompree s#o

e resolu"#o de pro%lemas da !idade atual. A forma f0si!a da !idade ,ai ser defi ida por (uarteir7es (ue s#o adaptados 2 utiliza"#o do espa"o i terior !omo espa"o p=%li!o ou pri,ado. O autom*,el / a!eite mas em(ua tidades moderadas.

CULOT

A sua tese era !omposta por tr's po tos esse !iais a so!iedadei dustrial a,a "ada

e ge dra i e,ita,elme te um pro!esso de destrui"#o f0si!a e so!ial1 aresist' !ia a ti- i dustrial1 a ar(uitetura ,isa um pro&eto alargado)i tegra do as i (uieta"7es da /po!a.

TEND NCIAS ACTUAIS 6 O NO3O URBANISMOO o,o ur%a ismo surge !om a i ,ers#o do dese +o ur%a o) das

pol0ti!as ur%a 0sti!as e do modo de e te der a !idade. O gra de o%&eti,o

era a!eitar a forma ur%a a o dese +o da !idade. Apare!eram rea%ilita"7ese re!upera"7es de %airros +ist*ri!os) o,os &ardi s e pra"as. A !ria"#o de

o,os espa"os de uso !oleti,o) a ar%oriza"#o e o arra &o de ruas e pra"as)o tra"ado de o,as ,ias e a morfologia ur%a a s#o mais e$emplos dealtera"7es impostas o o,o ur%a ismo.

IBA EM BERLIMO o%&eti,o de !riar um modelo de su!esso por oposi"#o ao do

mo,ime to moder o seguiu dois !ami +os a e$posi"#o de edif0!ios

pro&etados por ar(uitetos proemi e tes1 atua"7es ur%a as por partes da!idade. Outras teses prete didas pelo IQA eram a !o stru"#o de edif0!ios e

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8/15/2019 Morfologia urbana e o desenho da cidade

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!o &u tos !om os (uais os +a%ita tes se ide tifi(uem1 a impossi%ilidadede pla ear ou !o struir a +ist*ria !om a te!ipa"#o1 a !o tri%ui"#o est/ti!a.

E<PERI NCIA FRANCESA

No esp0rito do ur%a ismo opera!io al prop7e a re o,a"#o ur%a a por um !omple$o de es!rit*rios e apartame tos. O pla o de o!upa"#o dossolos es!orra"a torres e podias e resta%ele!e a rua e o lote !omo u idadesde pla eame to. Respeita a !o ti uidade +ist*ri!a a sua di,ersidade e!o sagra a tradi"#o. O %airro seria mais re!o stru0do do (ue re o,ado. J3e$iste um gra de esfor"o de !o trolo so%re o dese +o do edifi!ado em!ompara"#o !om os pla os dos a os sesse ta.

Este o,o ur%a ismo apela ai da para %e ef0!ios so!iais e psi!ol*gi!os a pro!ura de uma ,ida de %airro.

NO3O URBANISMO EM PORTUGALDe,ido ao regime totalit3rio (uase todos os mo,ime tos e traram

!om atraso em ortugal. <al !omo o resto da Europa o ur%a ismo %uro!r3ti!o tam%/m se i stalou e pro!urou em tudo ape as os fi s!apitalistas #o pe sado muito em ati,idades e estruturas %e /fi!as aos+a%ita tes. Ap*s a (ueda do regime totalit3rio algumas o,ase$perime ta"7es puderam ser impleme tadas e testadas !om algumare!upera"#o das morfologias tradi!io ais e dos espa"os da !idade.