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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MESTRADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ÁREA PROGRAMÁTICA 1.0 DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO MARIA LUIZA RAMOS DA SILVA RIO DE JANEIRO 2017

MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

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Page 1: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

UNIVERSIDADE ESTAacuteCIO DE SAacute

MESTRADO EM SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITAacuteVEIS NA AacuteREA

PROGRAMAacuteTICA 10 DO MUNICIacutePIO DO RIO DE JANEIRO

MARIA LUIZA RAMOS DA SILVA

RIO DE JANEIRO

2017

MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITAacuteVEIS NA AacuteREA

PROGRAMAacuteTICA 10 DO MUNICIacutePIO DO RIO DE JANEIRO

MARIA LUIZA RAMOS DA SILVA

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave

Universidade Estaacutecio de Saacute como requisito

obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do grau de Mestre

em Sauacutede da Famiacutelia

Orientadora Profa Dra Maria Tereza Fonseca

da Costa

Rio de Janeiro

2017

S586m Silva Maria Luiza Ramos da

Mortalidade infantil por causas evitaacuteveis na aacuterea programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro Maria Luiza Ramos da Silva ndash Rio de Janeiro 2018

88f 30cm

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sauacutede da Famiacutelia)-Universidade Estaacutecio de Saacute 2018

Orientadora Profordf Drordf Maria Tereza Fonseca da Costa

1 Mortalidade 2 Mortalidade infantil 3 Atenccedilatildeo primaria agrave sauacutede 4 Causa da morte 5

Sauacutede da Famiacutelia I Costa Maria Tereza Fonseca da II Tiacutetulo

MARIA LUIZA RAMOS DA SILVA

MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITAacuteVEIS NA AacuteREA

PROGRAMAacuteTICA 10 DO MUNICIacutePIO DO RIO DE JANEIRO

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave Universidade Estaacutecio de Saacute como requisito para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Sauacutede da Famiacutelia Orientadora Profordf Drordf Maria Tereza Fonseca da Costa

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Profordf Drordf Maria Teresa Fonseca da Costa

Orientadora Universidade Estaacutecio de Saacute

_____________________________________________

Prof Dr Ricardo de Mattos Russo Rafael

Universidade Estaacutecio de Saacute

_____________________________________________

Profordm Dra Valeacuteria Romano

Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ

Dedico esse trabalho agrave minha matildee

Vilma grande amor da minha vida

AGRADECIMENTOS

Agrave minha matildee Vilma por ser uma matildee maravilhosa pelo seu amor

Ao meu pai Seacutergio (in memorian) por ter me ensinado tantas coisas importantes sobretudo

ser uma pessoa honrada

Ao meus filho Daniel e tambeacutem a Minie e Cookie que amo tanto

Aos meus irmatildeos Maria Paula e Seacutergio por acreditarem em mim Agrave minha famiacutelia que eu

desejo toda a felicidade do mundo

Agrave minha orientadora Maria Tereza Fonseca da Costa pelo apoio compreensatildeo e carinho

Aos meus professores do mestrado queridos por terem me ensinado tantas coisas importantes

e terem ampliado tanto os meus conhecimentos

Ao professor Ricardo Mattos pela generosidade gentileza aleacutem de ter aceitado o convite para

a minha banca contribuindo com ensinamentos valiosos

Agrave professora Valeacuteria Romano pelo carinho aleacutem de ter aceitado fazer parte da minha banca

quando fez grandes contribuiccedilotildees ao trabalho

Aos amigos queridos do mestrado o carinho a amizade o companheirismo Foi um enorme

prazer ir agraves aulas desfrutar a alegria do conviacutevio com vocecirc Um agradecimento especial agrave

Nayara Borges que com tanta generosidade me ajudou no momento em que eu mais

precisava ao alto astral dos risos da amiga Mocircnica Soares e ao apoio da amiga Viviane

Pereira Porto Agradeccedilo tambeacutem a Ana Paula Moura Nunes querida do administrativo

Agrave amiga Denise de Mattos Gaudard amiga de muitos anos de uma vida que me ajudou tanto

no trabalho na sua formataccedilatildeo estruturaccedilatildeo e revisatildeo

Agrave minha terapeuta querida Beatriz Breves pelo apoio pelo incentivo pelo carinho pela

ajuda

Ao Bruno Cardoso da Gerecircncia de Dados Vitais da SVSSMS Rio por ter me apoiado com o

trabalho

Aos meus amigos amados que fazem a minha jornada nessa vida mais feliz

A Deus por iluminar o meu caminho por cuidar de mim e de todos que eu amo Por me

ajudar a tentar cada dia ser uma pessoa melhor

ldquoDeixai as crianccedilas virem a mim rdquo

(Mateus 1913-15)

RESUMO

Introduccedilatildeo A mortalidade infantil relaciona-se agraves condiccedilotildees sociais e econocircmicas da

populaccedilatildeo e tambeacutem agrave oferta e qualidade dos serviccedilos de sauacutede Apesar do decliacutenio de suas

taxas no Brasil nas uacuteltimas deacutecadas ela ainda se apresenta elevada quando comparada a

outros paiacuteses e haacute uma grande proporccedilatildeo de oacutebitos evitaacuteveis Objetivo Analisar a variaccedilatildeo

dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados para

o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea Programaacutetica (AP) 10 do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015 Metodologia Estudo exploratoacuterio

descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre a mortalidade infantil e sua evitabilidade

considerando os oacutebitos de menores de um ano de residentes na aacuterea de bairros centrais do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 com descriccedilatildeo da variaccedilatildeo por ano e

pelos triecircnios correspondentes a este periacuteodo Foram utilizados dados secundaacuterios de bases

dos sistemas de mortalidade e de nascimentos com classificaccedilatildeo das causas de oacutebitos

segundo Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do

Brasil Resultados Houve aumento de oacutebitos infantis em 2015 na aacuterea diferente da

diminuiccedilatildeo da meacutedia no municiacutepio Analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP

10 e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes

considerando-se o primeiro e uacuteltimo triecircnio Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da

Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na AP10 no periacuteodo estudado ainda se observa uma

proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede

relacionadas aos oacutebitos infantis

Palavras Chave Mortalidade Infantil Causas de Morte Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede Departamento de Accedilotildees

Programaacuteticas Sauacutede da Crianccedila e Aleitamento Materno Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede

Departamento de Anaacutelise de Situaccedilatildeo de Sauacutede Coordenaccedilatildeo Geral de Informaccedilatildeo e Anaacutelise

Epidemioloacutegica Manual de Vigilacircncia do Oacutebito Infantil e Fetal e do Comitecirc de Prevenccedilatildeo do

Oacutebito Infantil e Fetal ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Anaacutelise

de Situaccedilatildeo de Sauacutede Sauacutede Brasil 2009 uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede e da agenda

nacional e internacional de prioridades em sauacutede Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de

Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Anaacutelise de Situaccedilatildeo de Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo

Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave

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80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 2: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITAacuteVEIS NA AacuteREA

PROGRAMAacuteTICA 10 DO MUNICIacutePIO DO RIO DE JANEIRO

MARIA LUIZA RAMOS DA SILVA

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave

Universidade Estaacutecio de Saacute como requisito

obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do grau de Mestre

em Sauacutede da Famiacutelia

Orientadora Profa Dra Maria Tereza Fonseca

da Costa

Rio de Janeiro

2017

S586m Silva Maria Luiza Ramos da

Mortalidade infantil por causas evitaacuteveis na aacuterea programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro Maria Luiza Ramos da Silva ndash Rio de Janeiro 2018

88f 30cm

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sauacutede da Famiacutelia)-Universidade Estaacutecio de Saacute 2018

Orientadora Profordf Drordf Maria Tereza Fonseca da Costa

1 Mortalidade 2 Mortalidade infantil 3 Atenccedilatildeo primaria agrave sauacutede 4 Causa da morte 5

Sauacutede da Famiacutelia I Costa Maria Tereza Fonseca da II Tiacutetulo

MARIA LUIZA RAMOS DA SILVA

MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITAacuteVEIS NA AacuteREA

PROGRAMAacuteTICA 10 DO MUNICIacutePIO DO RIO DE JANEIRO

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave Universidade Estaacutecio de Saacute como requisito para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Sauacutede da Famiacutelia Orientadora Profordf Drordf Maria Tereza Fonseca da Costa

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Profordf Drordf Maria Teresa Fonseca da Costa

Orientadora Universidade Estaacutecio de Saacute

_____________________________________________

Prof Dr Ricardo de Mattos Russo Rafael

Universidade Estaacutecio de Saacute

_____________________________________________

Profordm Dra Valeacuteria Romano

Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ

Dedico esse trabalho agrave minha matildee

Vilma grande amor da minha vida

AGRADECIMENTOS

Agrave minha matildee Vilma por ser uma matildee maravilhosa pelo seu amor

Ao meu pai Seacutergio (in memorian) por ter me ensinado tantas coisas importantes sobretudo

ser uma pessoa honrada

Ao meus filho Daniel e tambeacutem a Minie e Cookie que amo tanto

Aos meus irmatildeos Maria Paula e Seacutergio por acreditarem em mim Agrave minha famiacutelia que eu

desejo toda a felicidade do mundo

Agrave minha orientadora Maria Tereza Fonseca da Costa pelo apoio compreensatildeo e carinho

Aos meus professores do mestrado queridos por terem me ensinado tantas coisas importantes

e terem ampliado tanto os meus conhecimentos

Ao professor Ricardo Mattos pela generosidade gentileza aleacutem de ter aceitado o convite para

a minha banca contribuindo com ensinamentos valiosos

Agrave professora Valeacuteria Romano pelo carinho aleacutem de ter aceitado fazer parte da minha banca

quando fez grandes contribuiccedilotildees ao trabalho

Aos amigos queridos do mestrado o carinho a amizade o companheirismo Foi um enorme

prazer ir agraves aulas desfrutar a alegria do conviacutevio com vocecirc Um agradecimento especial agrave

Nayara Borges que com tanta generosidade me ajudou no momento em que eu mais

precisava ao alto astral dos risos da amiga Mocircnica Soares e ao apoio da amiga Viviane

Pereira Porto Agradeccedilo tambeacutem a Ana Paula Moura Nunes querida do administrativo

Agrave amiga Denise de Mattos Gaudard amiga de muitos anos de uma vida que me ajudou tanto

no trabalho na sua formataccedilatildeo estruturaccedilatildeo e revisatildeo

Agrave minha terapeuta querida Beatriz Breves pelo apoio pelo incentivo pelo carinho pela

ajuda

Ao Bruno Cardoso da Gerecircncia de Dados Vitais da SVSSMS Rio por ter me apoiado com o

trabalho

Aos meus amigos amados que fazem a minha jornada nessa vida mais feliz

A Deus por iluminar o meu caminho por cuidar de mim e de todos que eu amo Por me

ajudar a tentar cada dia ser uma pessoa melhor

ldquoDeixai as crianccedilas virem a mim rdquo

(Mateus 1913-15)

RESUMO

Introduccedilatildeo A mortalidade infantil relaciona-se agraves condiccedilotildees sociais e econocircmicas da

populaccedilatildeo e tambeacutem agrave oferta e qualidade dos serviccedilos de sauacutede Apesar do decliacutenio de suas

taxas no Brasil nas uacuteltimas deacutecadas ela ainda se apresenta elevada quando comparada a

outros paiacuteses e haacute uma grande proporccedilatildeo de oacutebitos evitaacuteveis Objetivo Analisar a variaccedilatildeo

dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados para

o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea Programaacutetica (AP) 10 do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015 Metodologia Estudo exploratoacuterio

descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre a mortalidade infantil e sua evitabilidade

considerando os oacutebitos de menores de um ano de residentes na aacuterea de bairros centrais do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 com descriccedilatildeo da variaccedilatildeo por ano e

pelos triecircnios correspondentes a este periacuteodo Foram utilizados dados secundaacuterios de bases

dos sistemas de mortalidade e de nascimentos com classificaccedilatildeo das causas de oacutebitos

segundo Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do

Brasil Resultados Houve aumento de oacutebitos infantis em 2015 na aacuterea diferente da

diminuiccedilatildeo da meacutedia no municiacutepio Analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP

10 e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes

considerando-se o primeiro e uacuteltimo triecircnio Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da

Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na AP10 no periacuteodo estudado ainda se observa uma

proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede

relacionadas aos oacutebitos infantis

Palavras Chave Mortalidade Infantil Causas de Morte Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede Departamento de Accedilotildees

Programaacuteticas Sauacutede da Crianccedila e Aleitamento Materno Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede

Departamento de Anaacutelise de Situaccedilatildeo de Sauacutede Coordenaccedilatildeo Geral de Informaccedilatildeo e Anaacutelise

Epidemioloacutegica Manual de Vigilacircncia do Oacutebito Infantil e Fetal e do Comitecirc de Prevenccedilatildeo do

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Anaacutelise

de Situaccedilatildeo de Sauacutede Sauacutede Brasil 2009 uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede e da agenda

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Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Anaacutelise de Situaccedilatildeo de Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo

Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave

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80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 3: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

S586m Silva Maria Luiza Ramos da

Mortalidade infantil por causas evitaacuteveis na aacuterea programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro Maria Luiza Ramos da Silva ndash Rio de Janeiro 2018

88f 30cm

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sauacutede da Famiacutelia)-Universidade Estaacutecio de Saacute 2018

Orientadora Profordf Drordf Maria Tereza Fonseca da Costa

1 Mortalidade 2 Mortalidade infantil 3 Atenccedilatildeo primaria agrave sauacutede 4 Causa da morte 5

Sauacutede da Famiacutelia I Costa Maria Tereza Fonseca da II Tiacutetulo

MARIA LUIZA RAMOS DA SILVA

MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITAacuteVEIS NA AacuteREA

PROGRAMAacuteTICA 10 DO MUNICIacutePIO DO RIO DE JANEIRO

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave Universidade Estaacutecio de Saacute como requisito para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Sauacutede da Famiacutelia Orientadora Profordf Drordf Maria Tereza Fonseca da Costa

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Profordf Drordf Maria Teresa Fonseca da Costa

Orientadora Universidade Estaacutecio de Saacute

_____________________________________________

Prof Dr Ricardo de Mattos Russo Rafael

Universidade Estaacutecio de Saacute

_____________________________________________

Profordm Dra Valeacuteria Romano

Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ

Dedico esse trabalho agrave minha matildee

Vilma grande amor da minha vida

AGRADECIMENTOS

Agrave minha matildee Vilma por ser uma matildee maravilhosa pelo seu amor

Ao meu pai Seacutergio (in memorian) por ter me ensinado tantas coisas importantes sobretudo

ser uma pessoa honrada

Ao meus filho Daniel e tambeacutem a Minie e Cookie que amo tanto

Aos meus irmatildeos Maria Paula e Seacutergio por acreditarem em mim Agrave minha famiacutelia que eu

desejo toda a felicidade do mundo

Agrave minha orientadora Maria Tereza Fonseca da Costa pelo apoio compreensatildeo e carinho

Aos meus professores do mestrado queridos por terem me ensinado tantas coisas importantes

e terem ampliado tanto os meus conhecimentos

Ao professor Ricardo Mattos pela generosidade gentileza aleacutem de ter aceitado o convite para

a minha banca contribuindo com ensinamentos valiosos

Agrave professora Valeacuteria Romano pelo carinho aleacutem de ter aceitado fazer parte da minha banca

quando fez grandes contribuiccedilotildees ao trabalho

Aos amigos queridos do mestrado o carinho a amizade o companheirismo Foi um enorme

prazer ir agraves aulas desfrutar a alegria do conviacutevio com vocecirc Um agradecimento especial agrave

Nayara Borges que com tanta generosidade me ajudou no momento em que eu mais

precisava ao alto astral dos risos da amiga Mocircnica Soares e ao apoio da amiga Viviane

Pereira Porto Agradeccedilo tambeacutem a Ana Paula Moura Nunes querida do administrativo

Agrave amiga Denise de Mattos Gaudard amiga de muitos anos de uma vida que me ajudou tanto

no trabalho na sua formataccedilatildeo estruturaccedilatildeo e revisatildeo

Agrave minha terapeuta querida Beatriz Breves pelo apoio pelo incentivo pelo carinho pela

ajuda

Ao Bruno Cardoso da Gerecircncia de Dados Vitais da SVSSMS Rio por ter me apoiado com o

trabalho

Aos meus amigos amados que fazem a minha jornada nessa vida mais feliz

A Deus por iluminar o meu caminho por cuidar de mim e de todos que eu amo Por me

ajudar a tentar cada dia ser uma pessoa melhor

ldquoDeixai as crianccedilas virem a mim rdquo

(Mateus 1913-15)

RESUMO

Introduccedilatildeo A mortalidade infantil relaciona-se agraves condiccedilotildees sociais e econocircmicas da

populaccedilatildeo e tambeacutem agrave oferta e qualidade dos serviccedilos de sauacutede Apesar do decliacutenio de suas

taxas no Brasil nas uacuteltimas deacutecadas ela ainda se apresenta elevada quando comparada a

outros paiacuteses e haacute uma grande proporccedilatildeo de oacutebitos evitaacuteveis Objetivo Analisar a variaccedilatildeo

dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados para

o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea Programaacutetica (AP) 10 do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015 Metodologia Estudo exploratoacuterio

descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre a mortalidade infantil e sua evitabilidade

considerando os oacutebitos de menores de um ano de residentes na aacuterea de bairros centrais do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 com descriccedilatildeo da variaccedilatildeo por ano e

pelos triecircnios correspondentes a este periacuteodo Foram utilizados dados secundaacuterios de bases

dos sistemas de mortalidade e de nascimentos com classificaccedilatildeo das causas de oacutebitos

segundo Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do

Brasil Resultados Houve aumento de oacutebitos infantis em 2015 na aacuterea diferente da

diminuiccedilatildeo da meacutedia no municiacutepio Analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP

10 e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes

considerando-se o primeiro e uacuteltimo triecircnio Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da

Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na AP10 no periacuteodo estudado ainda se observa uma

proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede

relacionadas aos oacutebitos infantis

Palavras Chave Mortalidade Infantil Causas de Morte Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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de Situaccedilatildeo de Sauacutede Sauacutede Brasil 2009 uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede e da agenda

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Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave

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80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 4: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

MARIA LUIZA RAMOS DA SILVA

MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITAacuteVEIS NA AacuteREA

PROGRAMAacuteTICA 10 DO MUNICIacutePIO DO RIO DE JANEIRO

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave Universidade Estaacutecio de Saacute como requisito para obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Sauacutede da Famiacutelia Orientadora Profordf Drordf Maria Tereza Fonseca da Costa

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Profordf Drordf Maria Teresa Fonseca da Costa

Orientadora Universidade Estaacutecio de Saacute

_____________________________________________

Prof Dr Ricardo de Mattos Russo Rafael

Universidade Estaacutecio de Saacute

_____________________________________________

Profordm Dra Valeacuteria Romano

Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ

Dedico esse trabalho agrave minha matildee

Vilma grande amor da minha vida

AGRADECIMENTOS

Agrave minha matildee Vilma por ser uma matildee maravilhosa pelo seu amor

Ao meu pai Seacutergio (in memorian) por ter me ensinado tantas coisas importantes sobretudo

ser uma pessoa honrada

Ao meus filho Daniel e tambeacutem a Minie e Cookie que amo tanto

Aos meus irmatildeos Maria Paula e Seacutergio por acreditarem em mim Agrave minha famiacutelia que eu

desejo toda a felicidade do mundo

Agrave minha orientadora Maria Tereza Fonseca da Costa pelo apoio compreensatildeo e carinho

Aos meus professores do mestrado queridos por terem me ensinado tantas coisas importantes

e terem ampliado tanto os meus conhecimentos

Ao professor Ricardo Mattos pela generosidade gentileza aleacutem de ter aceitado o convite para

a minha banca contribuindo com ensinamentos valiosos

Agrave professora Valeacuteria Romano pelo carinho aleacutem de ter aceitado fazer parte da minha banca

quando fez grandes contribuiccedilotildees ao trabalho

Aos amigos queridos do mestrado o carinho a amizade o companheirismo Foi um enorme

prazer ir agraves aulas desfrutar a alegria do conviacutevio com vocecirc Um agradecimento especial agrave

Nayara Borges que com tanta generosidade me ajudou no momento em que eu mais

precisava ao alto astral dos risos da amiga Mocircnica Soares e ao apoio da amiga Viviane

Pereira Porto Agradeccedilo tambeacutem a Ana Paula Moura Nunes querida do administrativo

Agrave amiga Denise de Mattos Gaudard amiga de muitos anos de uma vida que me ajudou tanto

no trabalho na sua formataccedilatildeo estruturaccedilatildeo e revisatildeo

Agrave minha terapeuta querida Beatriz Breves pelo apoio pelo incentivo pelo carinho pela

ajuda

Ao Bruno Cardoso da Gerecircncia de Dados Vitais da SVSSMS Rio por ter me apoiado com o

trabalho

Aos meus amigos amados que fazem a minha jornada nessa vida mais feliz

A Deus por iluminar o meu caminho por cuidar de mim e de todos que eu amo Por me

ajudar a tentar cada dia ser uma pessoa melhor

ldquoDeixai as crianccedilas virem a mim rdquo

(Mateus 1913-15)

RESUMO

Introduccedilatildeo A mortalidade infantil relaciona-se agraves condiccedilotildees sociais e econocircmicas da

populaccedilatildeo e tambeacutem agrave oferta e qualidade dos serviccedilos de sauacutede Apesar do decliacutenio de suas

taxas no Brasil nas uacuteltimas deacutecadas ela ainda se apresenta elevada quando comparada a

outros paiacuteses e haacute uma grande proporccedilatildeo de oacutebitos evitaacuteveis Objetivo Analisar a variaccedilatildeo

dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados para

o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea Programaacutetica (AP) 10 do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015 Metodologia Estudo exploratoacuterio

descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre a mortalidade infantil e sua evitabilidade

considerando os oacutebitos de menores de um ano de residentes na aacuterea de bairros centrais do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 com descriccedilatildeo da variaccedilatildeo por ano e

pelos triecircnios correspondentes a este periacuteodo Foram utilizados dados secundaacuterios de bases

dos sistemas de mortalidade e de nascimentos com classificaccedilatildeo das causas de oacutebitos

segundo Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do

Brasil Resultados Houve aumento de oacutebitos infantis em 2015 na aacuterea diferente da

diminuiccedilatildeo da meacutedia no municiacutepio Analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP

10 e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes

considerando-se o primeiro e uacuteltimo triecircnio Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da

Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na AP10 no periacuteodo estudado ainda se observa uma

proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede

relacionadas aos oacutebitos infantis

Palavras Chave Mortalidade Infantil Causas de Morte Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 5: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

Dedico esse trabalho agrave minha matildee

Vilma grande amor da minha vida

AGRADECIMENTOS

Agrave minha matildee Vilma por ser uma matildee maravilhosa pelo seu amor

Ao meu pai Seacutergio (in memorian) por ter me ensinado tantas coisas importantes sobretudo

ser uma pessoa honrada

Ao meus filho Daniel e tambeacutem a Minie e Cookie que amo tanto

Aos meus irmatildeos Maria Paula e Seacutergio por acreditarem em mim Agrave minha famiacutelia que eu

desejo toda a felicidade do mundo

Agrave minha orientadora Maria Tereza Fonseca da Costa pelo apoio compreensatildeo e carinho

Aos meus professores do mestrado queridos por terem me ensinado tantas coisas importantes

e terem ampliado tanto os meus conhecimentos

Ao professor Ricardo Mattos pela generosidade gentileza aleacutem de ter aceitado o convite para

a minha banca contribuindo com ensinamentos valiosos

Agrave professora Valeacuteria Romano pelo carinho aleacutem de ter aceitado fazer parte da minha banca

quando fez grandes contribuiccedilotildees ao trabalho

Aos amigos queridos do mestrado o carinho a amizade o companheirismo Foi um enorme

prazer ir agraves aulas desfrutar a alegria do conviacutevio com vocecirc Um agradecimento especial agrave

Nayara Borges que com tanta generosidade me ajudou no momento em que eu mais

precisava ao alto astral dos risos da amiga Mocircnica Soares e ao apoio da amiga Viviane

Pereira Porto Agradeccedilo tambeacutem a Ana Paula Moura Nunes querida do administrativo

Agrave amiga Denise de Mattos Gaudard amiga de muitos anos de uma vida que me ajudou tanto

no trabalho na sua formataccedilatildeo estruturaccedilatildeo e revisatildeo

Agrave minha terapeuta querida Beatriz Breves pelo apoio pelo incentivo pelo carinho pela

ajuda

Ao Bruno Cardoso da Gerecircncia de Dados Vitais da SVSSMS Rio por ter me apoiado com o

trabalho

Aos meus amigos amados que fazem a minha jornada nessa vida mais feliz

A Deus por iluminar o meu caminho por cuidar de mim e de todos que eu amo Por me

ajudar a tentar cada dia ser uma pessoa melhor

ldquoDeixai as crianccedilas virem a mim rdquo

(Mateus 1913-15)

RESUMO

Introduccedilatildeo A mortalidade infantil relaciona-se agraves condiccedilotildees sociais e econocircmicas da

populaccedilatildeo e tambeacutem agrave oferta e qualidade dos serviccedilos de sauacutede Apesar do decliacutenio de suas

taxas no Brasil nas uacuteltimas deacutecadas ela ainda se apresenta elevada quando comparada a

outros paiacuteses e haacute uma grande proporccedilatildeo de oacutebitos evitaacuteveis Objetivo Analisar a variaccedilatildeo

dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados para

o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea Programaacutetica (AP) 10 do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015 Metodologia Estudo exploratoacuterio

descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre a mortalidade infantil e sua evitabilidade

considerando os oacutebitos de menores de um ano de residentes na aacuterea de bairros centrais do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 com descriccedilatildeo da variaccedilatildeo por ano e

pelos triecircnios correspondentes a este periacuteodo Foram utilizados dados secundaacuterios de bases

dos sistemas de mortalidade e de nascimentos com classificaccedilatildeo das causas de oacutebitos

segundo Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do

Brasil Resultados Houve aumento de oacutebitos infantis em 2015 na aacuterea diferente da

diminuiccedilatildeo da meacutedia no municiacutepio Analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP

10 e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes

considerando-se o primeiro e uacuteltimo triecircnio Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da

Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na AP10 no periacuteodo estudado ainda se observa uma

proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede

relacionadas aos oacutebitos infantis

Palavras Chave Mortalidade Infantil Causas de Morte Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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2009

80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 6: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

AGRADECIMENTOS

Agrave minha matildee Vilma por ser uma matildee maravilhosa pelo seu amor

Ao meu pai Seacutergio (in memorian) por ter me ensinado tantas coisas importantes sobretudo

ser uma pessoa honrada

Ao meus filho Daniel e tambeacutem a Minie e Cookie que amo tanto

Aos meus irmatildeos Maria Paula e Seacutergio por acreditarem em mim Agrave minha famiacutelia que eu

desejo toda a felicidade do mundo

Agrave minha orientadora Maria Tereza Fonseca da Costa pelo apoio compreensatildeo e carinho

Aos meus professores do mestrado queridos por terem me ensinado tantas coisas importantes

e terem ampliado tanto os meus conhecimentos

Ao professor Ricardo Mattos pela generosidade gentileza aleacutem de ter aceitado o convite para

a minha banca contribuindo com ensinamentos valiosos

Agrave professora Valeacuteria Romano pelo carinho aleacutem de ter aceitado fazer parte da minha banca

quando fez grandes contribuiccedilotildees ao trabalho

Aos amigos queridos do mestrado o carinho a amizade o companheirismo Foi um enorme

prazer ir agraves aulas desfrutar a alegria do conviacutevio com vocecirc Um agradecimento especial agrave

Nayara Borges que com tanta generosidade me ajudou no momento em que eu mais

precisava ao alto astral dos risos da amiga Mocircnica Soares e ao apoio da amiga Viviane

Pereira Porto Agradeccedilo tambeacutem a Ana Paula Moura Nunes querida do administrativo

Agrave amiga Denise de Mattos Gaudard amiga de muitos anos de uma vida que me ajudou tanto

no trabalho na sua formataccedilatildeo estruturaccedilatildeo e revisatildeo

Agrave minha terapeuta querida Beatriz Breves pelo apoio pelo incentivo pelo carinho pela

ajuda

Ao Bruno Cardoso da Gerecircncia de Dados Vitais da SVSSMS Rio por ter me apoiado com o

trabalho

Aos meus amigos amados que fazem a minha jornada nessa vida mais feliz

A Deus por iluminar o meu caminho por cuidar de mim e de todos que eu amo Por me

ajudar a tentar cada dia ser uma pessoa melhor

ldquoDeixai as crianccedilas virem a mim rdquo

(Mateus 1913-15)

RESUMO

Introduccedilatildeo A mortalidade infantil relaciona-se agraves condiccedilotildees sociais e econocircmicas da

populaccedilatildeo e tambeacutem agrave oferta e qualidade dos serviccedilos de sauacutede Apesar do decliacutenio de suas

taxas no Brasil nas uacuteltimas deacutecadas ela ainda se apresenta elevada quando comparada a

outros paiacuteses e haacute uma grande proporccedilatildeo de oacutebitos evitaacuteveis Objetivo Analisar a variaccedilatildeo

dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados para

o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea Programaacutetica (AP) 10 do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015 Metodologia Estudo exploratoacuterio

descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre a mortalidade infantil e sua evitabilidade

considerando os oacutebitos de menores de um ano de residentes na aacuterea de bairros centrais do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 com descriccedilatildeo da variaccedilatildeo por ano e

pelos triecircnios correspondentes a este periacuteodo Foram utilizados dados secundaacuterios de bases

dos sistemas de mortalidade e de nascimentos com classificaccedilatildeo das causas de oacutebitos

segundo Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do

Brasil Resultados Houve aumento de oacutebitos infantis em 2015 na aacuterea diferente da

diminuiccedilatildeo da meacutedia no municiacutepio Analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP

10 e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes

considerando-se o primeiro e uacuteltimo triecircnio Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da

Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na AP10 no periacuteodo estudado ainda se observa uma

proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede

relacionadas aos oacutebitos infantis

Palavras Chave Mortalidade Infantil Causas de Morte Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede site acessado

em 18052017

STARFIELD B Atenccedilatildeo Primaacuteria - equiliacutebrio entre necessidades de sauacutede serviccedilos e

tecnologias UNESCOMinisteacuterio da Sauacutede Brasiacutelia 2002

TOMASI Elaine et al Qualidade da atenccedilatildeo preacute-natal na rede baacutesica de sauacutede do Brasil

indicadores e desigualdades sociais Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 33 n 3

e00195815 2017

UNICEF WHO Levels and Trends in Child Mortality Report 2015 Estimates Developed by

the UN Inter-agency Group for Child Mortality Estimation New York The World Bank and

the United Nations Population Programme 2015

VENANCIO Sonia Isoyama PAIVA Rui de O processo de implantaccedilatildeo dos Comitecircs de

Investigaccedilatildeo do Oacutebito Infantil no Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Saude Mater Infant

Recife v 10 n 3 p 369-375 2010

VIEIRA-DA-SILVA Ligia Maria ALMEIDA FILHO Naomar de Equumlidade em sauacutede uma

anaacutelise criacutetica de conceitos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 25 supl 2 p s217-s226

2009

80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 7: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

ldquoDeixai as crianccedilas virem a mim rdquo

(Mateus 1913-15)

RESUMO

Introduccedilatildeo A mortalidade infantil relaciona-se agraves condiccedilotildees sociais e econocircmicas da

populaccedilatildeo e tambeacutem agrave oferta e qualidade dos serviccedilos de sauacutede Apesar do decliacutenio de suas

taxas no Brasil nas uacuteltimas deacutecadas ela ainda se apresenta elevada quando comparada a

outros paiacuteses e haacute uma grande proporccedilatildeo de oacutebitos evitaacuteveis Objetivo Analisar a variaccedilatildeo

dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados para

o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea Programaacutetica (AP) 10 do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015 Metodologia Estudo exploratoacuterio

descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre a mortalidade infantil e sua evitabilidade

considerando os oacutebitos de menores de um ano de residentes na aacuterea de bairros centrais do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 com descriccedilatildeo da variaccedilatildeo por ano e

pelos triecircnios correspondentes a este periacuteodo Foram utilizados dados secundaacuterios de bases

dos sistemas de mortalidade e de nascimentos com classificaccedilatildeo das causas de oacutebitos

segundo Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do

Brasil Resultados Houve aumento de oacutebitos infantis em 2015 na aacuterea diferente da

diminuiccedilatildeo da meacutedia no municiacutepio Analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP

10 e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes

considerando-se o primeiro e uacuteltimo triecircnio Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da

Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na AP10 no periacuteodo estudado ainda se observa uma

proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede

relacionadas aos oacutebitos infantis

Palavras Chave Mortalidade Infantil Causas de Morte Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 8: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

RESUMO

Introduccedilatildeo A mortalidade infantil relaciona-se agraves condiccedilotildees sociais e econocircmicas da

populaccedilatildeo e tambeacutem agrave oferta e qualidade dos serviccedilos de sauacutede Apesar do decliacutenio de suas

taxas no Brasil nas uacuteltimas deacutecadas ela ainda se apresenta elevada quando comparada a

outros paiacuteses e haacute uma grande proporccedilatildeo de oacutebitos evitaacuteveis Objetivo Analisar a variaccedilatildeo

dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados para

o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea Programaacutetica (AP) 10 do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015 Metodologia Estudo exploratoacuterio

descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre a mortalidade infantil e sua evitabilidade

considerando os oacutebitos de menores de um ano de residentes na aacuterea de bairros centrais do

municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 com descriccedilatildeo da variaccedilatildeo por ano e

pelos triecircnios correspondentes a este periacuteodo Foram utilizados dados secundaacuterios de bases

dos sistemas de mortalidade e de nascimentos com classificaccedilatildeo das causas de oacutebitos

segundo Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do

Brasil Resultados Houve aumento de oacutebitos infantis em 2015 na aacuterea diferente da

diminuiccedilatildeo da meacutedia no municiacutepio Analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP

10 e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes

considerando-se o primeiro e uacuteltimo triecircnio Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da

Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na AP10 no periacuteodo estudado ainda se observa uma

proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede

relacionadas aos oacutebitos infantis

Palavras Chave Mortalidade Infantil Causas de Morte Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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2009

80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 9: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

ABSTRACT

Introduction Infant mortality is related to the social and economic conditions of the

population and also to the supply and quality of health services Despite the decline of its

rates in Brazil in recent decades it is still high when compared to other countries and there is

a large proportion of preventable deaths Objective To analyze the variation of infant deaths

by components and according to the avoidance criteria recommended for the Brazilian

Unified Health System (SUS) in the Program Area (AP) 10 in the municipality of Rio de

Janeiro between 2007 and 2015 Methods Descriptive exploratory study of temporal and

quantitative series on infant mortality and its avoidability considering the deaths of children

under one year of age in the central districts of the city of Rio de Janeiro from 2007 to 2015

with a description of the variation per year and for the triennia corresponding to this period

Secondary data from the bases of mortality and birth systems were used with a classification

of causes of death according to the List of Causes of Deaths Avoidable by Interventions of the

Brazilian Unified Health System Results There was an increase in infant deaths in 2015 in

the area different from the average decrease in the municipality Analyzing the Infant

Mortality in AP 10 and MRJ we observed a reduction of their rates in relation to all their

components considering the first and last three years Although there was a reduction in

Infant Mortality in MRJ and also in AP10 during the period under study there is still a

significant proportion of Avoidable Causes by Intervention of the Unified Health System

related to infant deaths

Key words Infant Mortality Cause of Death Primary Health Care

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

8 REFEREcircNCIAS

ANTUNES Joseacute Leopoldo Ferreira Desigualdades em sauacutede Entrevista com Nancy

Krieger Tempo soc Satildeo Paulo v 27 n 1 p 177-194 Junho 2015

AROUCA Seacutergio Trab Educ Sauacutede Rio de Janeiro v 1 n 2 p 355-361 Sept 2003

BARBEIRO Fernanda Morena dos Santos et al Oacutebitos fetais no Brasil revisatildeo

sistemaacutetica Rev Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 49 22 2015

BEZERRA FILHO Joseacute Gomes et al Mortalidade infantil e condiccedilotildees sociodemograacuteficas no

Cearaacute em 1991 e 2000 Rev Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 41 n 6 p 1023-1031 Dec

2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede Departamento de Accedilotildees

Programaacuteticas Sauacutede da Crianccedila e Aleitamento Materno Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede

Departamento de Anaacutelise de Situaccedilatildeo de Sauacutede Coordenaccedilatildeo Geral de Informaccedilatildeo e Anaacutelise

Epidemioloacutegica Manual de Vigilacircncia do Oacutebito Infantil e Fetal e do Comitecirc de Prevenccedilatildeo do

Oacutebito Infantil e Fetal ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Anaacutelise

de Situaccedilatildeo de Sauacutede Sauacutede Brasil 2009 uma anaacutelise da situaccedilatildeo de sauacutede e da agenda

nacional e internacional de prioridades em sauacutede Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de

Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Anaacutelise de Situaccedilatildeo de Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio

da Sauacutede 2010

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo

Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2012

BUSS Paulo Marchiori PELLEGRINI FILHO Alberto A sauacutede e seus determinantes

sociais Physis Rio de Janeiro v 17 n 1 p 77-93 Apr 2007

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80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 10: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2010

Tabela 2 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas ndash 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao nascerlt 2500g

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios

MRJ 2007 a 2015

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal no periacuteodo

MRJ 2007 a 2015

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS por periacuteodo e variaccedilatildeo por

triecircnios MRJ 2007 a 2015

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ

Tabela 14 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee

Tabela 15 ndash Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 21 - TMI por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 22 - TMI por componentes por periacuteodo no MRJ de 2007 a 2015

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Tabela 25 - TMI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio

Tabela 26 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade- MRJ

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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2009

80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

Page 11: MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NA ......S586m Silva, Maria Luiza Ramos da Mortalidade infantil por causas evitáveis na área programática 1.0 do município do Rio de

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeo segundo evitabilidade

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Tabela 33 - Taxa de MI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash MRJ e APs ndash 2007 e

2017

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 - Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo

feita em base ao periacuteodo de 2000 a 2010

Graacutefico 5 - Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP de 20715

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de

2007 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10 por triecircnio de 2007 a

2015

Graacutefico 12 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID no MRJ

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Figura 2 - Bairros da AP 10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

ANEXO 2 - Lista de causas evitaacuteveis

ANEXO 3 - Oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Aacuterea Programaacutetica (ou Aacuterea de Planejamento)

APS Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede

BP Baixo Peso

Cap Capiacutetulo

CID-10 Classificaccedilatildeo Estatiacutestica Internacional de Doenccedilas e Problemas Relacionados agrave

Sauacutede 10ordf revisatildeo tambeacutem conhecida como Classificaccedilatildeo Internacional de Doenccedilas 10ordf

revisatildeo

CMI Coeficiente de Mortalidade Infantil

CMS Centro Municipal de Sauacutede

CNDSS Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS

DNV Declaraccedilotildees de Nascido Vivo

DO Declaraccedilatildeo de Oacutebito

DSS Determinantes Sociais de Sauacutede

EQSF Equipe Sauacutede da Famiacutelia

ESB Equipe de Sauacutede Bucal

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

EUA Estados Unidos da Ameacuterica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MI Mortalidade Infantil

MRJ Municiacutepio do Rio de Janeiro

MS Ministeacuterio da Sauacutede

Nordm Nuacutemero

NV Nascidos Vivos

OBS Observaccedilatildeo

ODM Objetivos do Desenvolvimento do Milecircnio

OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede

ONU Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

OTICS Observatoacuterio de Tecnologia de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo em Sistemas e Serviccedilos

de Sauacutede

PACS Programa de Agentes Comunitaacuterios de Sauacutede

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

RJ Rio de Janeiro

RN Receacutem-nascido

SIM Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade

SMS Secretaria Municipal de Sauacutede

SMS-RJ Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

SINASC Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos

SUBPAV Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria Vigilacircncia e Promoccedilatildeo da Sauacutede

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TABNET eacute um instrumento desenvolvido pelo DATASUS ndash Departamento de Informaacutetica

do Sistema Uacutenico de Sauacutede oacutergatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede (MS) que permite tabulaccedilotildees on-

line de dados e geraccedilatildeo de informaccedilotildees

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMF Taxa de Mortalidade Fetal

UIS Unidade Integrada de Sauacutede

UNICEF Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 21

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria 22

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro 23

23 Mortalidade Infantil no Brasil 27

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis 31

3 OBJETIVOS 36

31 Objetivo Geral 36

32 Objetivos Especiacuteficos 36

4 METODOLOGIA 37

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados 37

42 Cenaacuterio de Estudo 37

43 Estrateacutegia de Anaacutelise 38

44 Aspectos Eacuteticos 41

5 RESULTADOS 41

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro 42

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ 50

53 Mortalidade Infantil na AP 10 55

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10 58

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs 66

6 DISCUSSAtildeO 69

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 71

8 REFEREcircNCIAS 75

9 ANEXOS 80

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

A mortalidade infantil eacute um assunto de extrema importacircncia no Brasil e em todo

mundo Aleacutem de ser um indicador das condiccedilotildees soacutecio econocircmicas de uma populaccedilatildeo

tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos de sauacutede Para Bezerra et al (2007) a taxa de

mortalidade infantil representa um indicador de extrema importacircncia sendo um dos mais

utilizados no acircmbito internacional e encontra-se relacionada com fatores soacutecio-ambientais

nutriccedilatildeo saneamento baacutesico fatores relacionados a serviccedilos que prestam atenccedilatildeo agrave gestante e

ao receacutem-nato (BEZERRA 2007) Apesar de apresentar um decliacutenio de suas taxas desde

1990 ainda tem sido um desafio minimizar seus determinantes que em grande parte satildeo

evitaacuteveis No Brasil ainda encontramos taxas elevadas de mortalidade infantil quando nos

comparamos a paiacuteses desenvolvidos A estimativa para o Japatildeo por exemplo era de uma taxa

de mortalidade infantil de 20 1000 em 2015 sendo uma das menores do mundo Jaacute para o

Canadaacute a taxa estimada era de 40 nos EUA 60 enquanto para o Brasil a estimativa era 150

1000 no mesmo periacuteodo (UNICEF 2015 p 1923 e 27)

Segundo Antunes (2015) estudos sobre as condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo suas

relaccedilotildees sociais econocircmicas bioloacutegicas culturais e poliacuteticas revelam as disparidades entre a

sauacutede de seus integrantes onde as condiccedilotildees sociais e econocircmicas fraacutegeis implicam

desigualdades em sauacutede (ANTUNES 2015) Buss e Pellegrini (2007) reforccedilam esta

observaccedilatildeo ao relatar que as condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo estatildeo diretamente ligadas agraves

condiccedilotildees sociais que agravadas pela iniquidade de renda contribuem para um risco

diferenciado na maior parte a populaccedilatildeo Para isso foi proposta uma seacuterie de conceitos sobre

os Determinantes Sociais de Sauacutede (DSS)

ldquoPara a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) os

DSS satildeo os fatores sociais econocircmicos culturais eacutetnico-raciais psicoloacutegicos e

comportamentais que influenciam a ocorrecircncia de problemas de sauacutede e seus fatores

de risco na populaccedilatildeordquo (BUSS e PELLEGRINI 2007 p 78)

Em 2005 foi criada a Comissatildeo Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sauacutede

(DSS) a partir da orientaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) para se discutir e

ampliar o conhecimento e a consciecircncia sobre os determinantes sociais da sauacutede assim como

suas relaccedilotildees a desigualdade e iniquidade em sauacutede Para se analisar o conceito de

18

Iniquumlidade em sauacutede pode-se remontar a Whitehead (1992) apud Buss e Pellegrini (2007) que

traduz este conceito do ponto de vista eacutetico e social ao mencionar iniquidades em sauacutede como

sendo desigualdades injustas e indesejaacuteveis para a populaccedilatildeo (BUSS e PELLEGRINI 2007)

O conceito de equidade estabelece o direito de todos desde que se possa atender agraves

necessidades de pessoas que precisam mais fazendo com que haja justiccedila social Atraveacutes do

Relatoacuterio Final da Comissatildeo Nacional sobre Determinantes Sociais da Sauacutede (CNDSS) 2008

o Brasil esteve situado ldquoem 11ordm lugar entre os mais desiguais do mundo em termos de

distribuiccedilatildeo da rendardquo com dados de 2005 (CNDSS 2008 p11) produzindo uma injusta

desigualdade social (FIOCRUZ 2008)

A questatildeo da sauacutede como um princiacutepio baacutesico da humanidade tem tanta relevacircncia

que a partir de 2000 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) propocircs o relatoacuterio onde

descreve os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milecircnio (ODM) que continha metas

apontadas ateacute 2015 (ONU 2000) Esse relatoacuterio menciona o quarto objetivo que destaca as

estrateacutegias da ONU para os governos de todo mundo sobre quais satildeo as diretrizes para

promover a reduccedilatildeo da mortalidade na infacircncia em dois terccedilos tendo como referecircncia a taxa

de 1990 Santos et al (2012) ratificam que estas diretrizes foram sugeridas estrateacutegias

regionais que utilizaram os seguintes indicadores a taxa de mortalidade na infacircncia (menores

de 5 anos) entre 1990 e 2015 a taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e a proporccedilatildeo

de crianccedilas de ateacute 1 ano vacinadas contra o sarampo (SANTOS 2012)

A meta dos ODM a respeito dos oacutebitos infantis foi alcanccedilada no Brasil em 2010

passando para uma taxa de 156 oacutebitos por 1000 nascidos vivos embora o paiacutes ainda

apresente alta taxa de mortalidade infantil (IBGE 2016) Assim parece ser fundamental que

se conheccedilam as principais de causas de morte infantil assim como as causas de mortes

evitaacuteveis neste grupo a fim de contribuir para a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no Brasil

(MENEZES 2014)middot

O Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) foi definido na Constituiccedilatildeo de 1988 e

regulamentado pelas Leis Orgacircnicas da Sauacutede (lei 88090 e Lei 814290) a fim de

democratizar os serviccedilos de sauacutede no Brasil dessa forma garantindo o acesso universal aos

serviccedilos de sauacutede puacuteblica Seus princiacutepios aleacutem da universalidade satildeo a integralidade

equidade a regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo da rede das accedilotildees e dos serviccedilos de sauacutede a

descentralizaccedilatildeo na sauacutede e participaccedilatildeo e controle social (BRASIL 2012)

19

O Programa Sauacutede da Famiacutelia instituiacutedo no Brasil em 1994 como um dos muitos

programas do governo brasileiro que seguem os princiacutepios e diretrizes do SUS trazendo a

reorganizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria Em 1998 mudou de denominaccedilatildeo e passou a se chamar

Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia uma vez que sua principal caracteriacutestica foi a de ser uma

estrateacutegia de reorganizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede no Brasil (JESUS 2015)

Aleacutem de se apresentar como o primeiro contato do paciente com o serviccedilo de sauacutede o

PSF priorizou accedilotildees de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de sauacutede representando uma

importante conquista social prevista na Constituiccedilatildeo de 1988 A ESF permite um maior

acesso ao SUS assim como a realizaccedilatildeo de uma assistecircncia que busca acompanhar o

indiviacuteduo e sua famiacutelia dentro do seu ambiente social A atenccedilatildeo ao preacute-natal do mesmo

modo que os acompanhamentos da crianccedila menor de um ano possibilitam a prestaccedilatildeo de um

serviccedilo de qualidade agrave sauacutede materna e infantil no territoacuterio da ESF (BRASIL 2012)

A motivaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo ocorreu ao longo da construccedilatildeo da minha

carreira profissional como meacutedica generalista atuando na Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia desde

2001 A humanizaccedilatildeo do atendimento o viacutenculo entre os profissionais de sauacutede e os usuaacuterios

da ESF assim como o atendimento longitudinal (ou seja ao longo do tempo) com enfoque

nas linhas de cuidado (relativas ao fluxo assistencial) garantidas ao usuaacuterio contribuem para a

percepccedilatildeo de uma maior e melhor oferta de assistecircncia agrave sua sauacutede visando melhorar os

indicadores de sauacutede A sauacutede infantil e a possiacutevel interferecircncia nos seus indicadores com a

expansatildeo da ESF na Cidade mostrou-se como um adequado tema para estudo O Mestrado

em Sauacutede da Famiacutelia e a realizaccedilatildeo desse estudo foram uma boa oportunidade quando

complementei esse tempo e experiecircncia de trabalho com uma pesquisa a qual poderaacute

contribuir no conhecimento sobre sauacutede na infacircncia observando-a no contexto expansatildeo

recente da atenccedilatildeo primaacuteria no municiacutepio do Rio de Janeiro

Por razotildees relacionadas agraves questotildees de tempo para a realizaccedilatildeo da dissertaccedilatildeo do

Mestrado definiu-se uma aacuterea especiacutefica da Cidade sobre a qual as informaccedilotildees foram mais

objetivamente analisadas Uma suposiccedilatildeo inicial era a de que estaria ocorrendo melhoria

contiacutenua dos indicadores de sauacutede infantil com o maior acesso aos serviccedilos de sauacutede do

municiacutepio do Rio de Janeiro nos moldes dos paiacuteses e regiotildees que priorizam a atenccedilatildeo

primaacuteria haacute mais tempo Houve a definiccedilatildeo de aacuterea geograacutefica especiacutefica no municiacutepio para

melhor focalizar os interesses desse estudo a Aacuterea Programaacutetica 10 (AP 10) que seraacute

apresentada a seguir tambeacutem porque em 2015 foi observada tendecircncia de aumento da

mortalidade infantil nesta aacuterea diferente do que ocorreu na maior parte das aacutereas da Cidade

20

Como questatildeo norteadora inicial deste estudo apresentou-se ldquoComo estaacute o

Mortalidade Infantil apoacutes a expansatildeo da ESF na AP 10 em relaccedilatildeo agraves taxas do municiacutepio do

Rio de Janeirordquo

Neste momento foi tambeacutem importante compreender como ofertar cada vez mais

serviccedilos de sauacutede de qualidade para a populaccedilatildeo em especial agrave gestante ao receacutem-nascido e agrave

da crianccedila menor de um ano que necessitam ter um acesso facilitado e uma assistecircncia

qualificada visando contribuir com a reduccedilatildeo da mortalidade infantil no municiacutepio

21

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 O SUS e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Em setembro de 1978 a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) e o Fundo das

Naccedilotildees Unidas para a Infacircncia (UNICEF) articularam uma Conferecircncia Internacional sobre

Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (APS) Essa conferecircncia denominada ldquoConferecircncia de Alma-

Atardquo se tornou um marco histoacuterico para a sauacutede jaacute que o modelo anterior de atenccedilatildeo agrave sauacutede

com um vieacutes mais biomeacutedico verticalizado especializado e intervencionista estava sendo

fortemente questionado Eram necessaacuterias novas abordagens para a intervenccedilatildeo em sauacutede

(GIOVANELLA 2009)

ldquoNa Declaraccedilatildeo de Alma-Ata a APS eacute concebida como a atenccedilatildeo agrave sauacutede essencial

baseada em meacutetodos e tecnologias apropriadas cientificamente comprovados e

socialmente aceitaacuteveis cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas e famiacutelias

da comunidade mediante sua plena participaccedilatildeo Pressupotildee assim a participaccedilatildeo

comunitaacuteria e a democratizaccedilatildeo dos conhecimentos incluindo lsquopraticantes

tradicionaisrsquo (curandeiros parteiras) e agentes de sauacutede da comunidade treinados

para tarefas especiacuteficas contrapondo-se ao elitismo meacutedico Nessa concepccedilatildeo a

APS representa o primeiro niacutevel de contato com o sistema de sauacutede levando a

atenccedilatildeo agrave sauacutede o mais proacuteximo possiacutevel de onde as pessoas residem e trabalham

Contudo natildeo se restringe ao primeiro niacutevel integrando um processo permanente de

assistecircncia sanitaacuteria que inclui a prevenccedilatildeo a promoccedilatildeo a cura e a reabilitaccedilatildeordquo

(GIOVANELLA 2009 p579)

Em seguida em 1986 foi realizada a Primeira Conferecircncia Internacional sobre

Promoccedilatildeo da Sauacutede em Ottawa no Canadaacute com vistas agraves novas propostas em sauacutede puacuteblica

segundo Emiacutelia Nunes (2011) Foi assinada ao final da Conferecircncia a Carta de Otawa que

aleacutem de propor uma visatildeo consciente sobre os determinantes de sauacutede por uma populaccedilatildeo

ativa e em relaccedilatildeo agraves questotildees voltadas para os serviccedilos de sauacutede propotildee tambeacutem a reduccedilatildeo

das disparidades sociais e econocircmicas dentre outros objetivos Buscava-se assim uma nova

sauacutede puacuteblica como uma grande estrateacutegia para a obtenccedilatildeo de ldquoSauacutede para todos no ano

2000rdquo (NUNES 2011)

Ainda em 1986 foi realizada a 8ordf Conferecircncia Nacional de Sauacutede no Brasil tendo

como presidente o meacutedico sanitarista Seacutergio Arouca Essa conferecircncia viria a ser um dos

marcos institucionais de uma reforma sanitaacuteria que nos apresentou os princiacutepios de um novo

sistema de sauacutede (AROUCA 2003)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 pocircde concretizar a criaccedilatildeo de um novo sistema de

sauacutede o SUS (Sistema Uacutenico de Sauacutede) cujos princiacutepios de equidade integralidade e

22

universalidade aleacutem de trazerem a democracia de volta ao paiacutes levaram agrave reorganizaccedilatildeo da

atenccedilatildeo agrave sauacutede (PAIVA e TEIXEIRA 2014)

Identifica-se no texto constitucional que aleacutem de ter como um dos seus objetivos

minimizar a desigualdade social procurou tambeacutem assegurar ao cidadatildeo direitos tais como

sauacutede que resulte em bem-estar educaccedilatildeo lazer seguranccedila trabalho etc (NORONHA

2013) O texto constitucional tambeacutem reafirma que

ldquoA sauacutede eacute direito de todos e dever do Estado garantido mediante poliacuteticas sociais e

econocircmicas que visem agrave reduccedilatildeo do risco de doenccedila e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos para sua promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeordquo (BRASIL 1988 Artigo 196 Seccedilatildeo II DA SAUacuteDE)

Souza (2010) reforccedila que com base na Constituiccedilatildeo o Estado se articulou para

ampliar o alcance de suas poliacuteticas inclusivas de sauacutede e garantir o acesso dos serviccedilos de

sauacutede a todos atraveacutes de um processo de regulamentaccedilatildeo da estrutura de sauacutede descentralizada

que avanccedilou em 1990 atraveacutes ambas da Lei Orgacircnica de Sauacutede No 8080 que estrutura o

SUS e a Lei No 8142 que trata das respectivas transferecircncias de recursos aos entes

conveniados Estas leis dispotildeem acerca de accedilotildees e serviccedilos em sauacutede a serem executados pelo

SUS aleacutem dos objetivos diretrizes princiacutepios e campo seus de atuaccedilatildeo entre outras

disposiccedilotildees

A descentralizaccedilatildeo do SUS possibilita a sua atuaccedilatildeo aos niacuteveis locais coloca a

engrenagem poliacutetico-administrativa mais proacutexima do usuaacuterio do sistema de sauacutede permitindo

sua participaccedilatildeo nessa nova concepccedilatildeo de sauacutede Inclusive os repasses financeiros e a

participaccedilatildeo da populaccedilatildeo na gestatildeo do sistema de sauacutede tambeacutem fazem parte das leis

orgacircnicas de sauacutede (SOUZA 2010) O SUS implica uma rede de serviccedilos de sauacutede

articulados que presta atenccedilatildeo de forma assistencial integrada e longitudinal coordenada pela

Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede (OUVERNEY e NORONHA 2013)

Na APS se estabelece a porta de entrada do indiviacuteduo ao sistema de sauacutede

correspondendo agraves primeiras accedilotildees de cuidados em sauacutede que satildeo levadas ao ambiente mais

proacuteximo de onde se encontram as pessoas (STARFIELD 2002)

Barbara Starfield (2002) tambeacutem considera como caracteriacutesticas especiacuteficas da APS

a prestaccedilatildeo de serviccedilos de primeiro contato a responsabilidade longitudinal pelo paciente

com continuidade da relaccedilatildeo cliacutenico-paciente ao longo da vida estabelecendo assim um

viacutenculo muito positivo entre os profissionais de sauacutede e pacientes a garantia de cuidado

integral considerando-se os acircmbitos fiacutesicos psiacutequicos e sociais da sauacutede dentro dos limites de

23

atuaccedilatildeo do pessoal de sauacutede e a coordenaccedilatildeo das diversas accedilotildees e serviccedilos indispensaacuteveis

para resolver necessidades menos frequentes e mais complexas

A primeira caracteriacutestica da atenccedilatildeo primaacuteria eacute de ser a porta de entrada para o sistema

de sauacutede o serviccedilo de primeiro contato Para isso ele deve ter seu acesso facilitado agraves pessoas

Para isso se faz necessaacuterio que as Unidades Baacutesicas de Sauacutede estejam localizadas proacuteximas

aos domiciacutelios das pessoas assim como proacuteximas tambeacutem de seus trabalhos escolas ou seja

onde vivem trazendo assim um conceito de capilaridade maior agrave assistecircncia (Brasil 2012)

Outra importante funccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria eacute encaminhar pacientes para a rede de atenccedilatildeo

secundaacuteria e terciaacuteria (especializadas) garantindo o seu acesso nessas redes A clientela deve

ser adstrita a um territoacuterio e deve ser garantida uma atenccedilatildeo integral (STARFIELD 2002)

Durante muito tempo atribuiu-se agrave melhoria das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas como o

fator mais importante de reduccedilatildeo da mortalidade das populaccedilotildees Poreacutem mostrou-se inegaacutevel

o papel dos serviccedilos de sauacutede ofertados agrave populaccedilatildeo para a reduccedilatildeo da morbimortalidade das

populaccedilotildees (BRASIL 2012)

22 Expansatildeo da Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia no Rio de Janeiro

A Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia eacute considerada uma estrateacutegia de expansatildeo qualificaccedilatildeo

e consolidaccedilatildeo da APS no paiacutes Ele segue os mesmos princiacutepios do SUS que satildeo

universalidade equidade integralidade regionalizaccedilatildeo e hierarquizaccedilatildeo Sua atenccedilatildeo eacute sobre

a famiacutelia e natildeo apenas sobre o individuo Suas accedilotildees satildeo de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo de

doenccedilas assistecircncia recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo agrave sauacutede Seu objetivo eacute de promover o acesso

agrave sauacutede a todos (BRASIL 2012)

Segundo Carla Cazelli em sua dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada agrave FIOCRUZ em

2003 o Programa de Sauacutede da Famiacutelia (PSF) do municiacutepio do Rio de Janeiro teve o seu

primeiro projeto implantado em 1995 na Ilha de Paquetaacute com uma relativa expansatildeo em

1999 para as comunidades do Borel - Tijuca Parque Royal - Ilha do Governador Canal do

Anil - Jacarepaguaacute Vilas Canoas - Satildeo Conrado e Vilar Carioca - Campo Grande CASELLI

2003 e foi ampliando paulatinamente o nuacutemero de equipes ateacute 2016 como pode ser

observado no ANEXO 1

Nos uacuteltimos anos outro contexto poliacutetico municipal determinou uma nova etapa de

efetiva expansatildeo do PSF fato este descrito por Harzheim (2013)

24

ldquoNo municiacutepio do Rio de Janeiro a cobertura da ESF em 2009 estava em torno de

7 A partir desse ano forte ecircnfase foi dada para a APS Iniciou-se uma reforma da

APS orientada pela qualidade representada pela criaccedilatildeo das novas Cliacutenicas de

Famiacutelia e pelas Unidades tipo A (ambas 100 ESF) diferente das unidades B

(Unidades com algumas equipes de ESF) e C (Unidades Tradicionais sem ESF) Ao

final de 2012 a cobertura populacional da ESF era 40rdquo (HARZHEIM 2013 p

11)

Em 2000 havia 13 equipes de ESF no municiacutepio e desde entatildeo ocorreu uma expansatildeo

no nuacutemero de equipes e unidades Esta expansatildeo passa a ser referida como Reforma da

Atenccedilatildeo Primaacuteria (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro iniciada em 2009 com alicerce na

mudanccedila organizacional da Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) que coloca a Atenccedilatildeo

Primaacuteria como ordenadora das Redes de Atenccedilatildeo A cobertura populacional no municiacutepio do

Rio de Janeiro em 2009 correspondia a 7 e no final de 2012 jaacute era de 40 da populaccedilatildeo

Conforme mostrado no Graacutefico 1 entre 2008 e 2016 a cidade do Rio de Janeiro apresentou a

maior ampliaccedilatildeo de acesso do paiacutes na APS (HARZHEIM 2013)

Graacutefico 1- Cobertura da ESF no Municiacutepio do Rio de Janeiro estimativa 2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Fonte MSSASDAB e IBGE SUBPAV SMSRJ-2016

Para fins de planejamento e gestatildeo a Secretaria Municipal de Sauacutede (SMS) do Rio de

Janeiro divide a cidade em dez aacutereas programaacuteticas (AP) Na Cidade a expansatildeo da

Estrateacutegia Sauacutede da famiacutelia ocorreu de maneira natildeo equilibrada nas AP Em 2010 foi

inaugurada uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 e uma na AP 21 enquanto dez Cliacutenicas de

Famiacutelia foram inauguradas na AP 53 como mostra a Tabela 1 Em 2011 foram inauguradas

uma Cliacutenica de Famiacutelia na AP 10 AP 40 e AP 53 nove Cliacutenicas na AP 32 e cinco Cliacutenicas

na AP 33 como pode ser visto na Tabela 2 A maior expansatildeo da ESF na AP 10 regiatildeo

relacionada ao presente estudo se deu em 2016 como podemos observar nos Graacuteficos 2 e 3

(OTICS 2017)

25

Tabela 1 - Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2010

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 4 2

AP 21 1 11 4

AP 31 5 36 15

AP 52 3 13 6

AP 53 10 47 22

TOTAL 20 111 49

Fonte OTICS SMS 2017

Tabela 2- Cliacutenicas de Famiacutelia inauguradas - 2011

Fonte OTICS SMS 2017

AP Nordm Nordm EQSF Nordm ESB

AP 10 1 6 3

AP 31 4 22 9

AP 32 9 49 19

AP 33 5 24 10

AP 40 1 3 1

AP 51 4 30 12

AP 52 4 23 9

AP 53 1 6 3

TOTAL 29 163 66

26

Graacutefico 2 - Famiacutelias Cadastradas na AP 10 2009- out de 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP 2016

Graacutefico 3 - Nuacutemero de Pessoas Cadastradas ndash CAP 10 2010x PEP 2016

Fonte Relatoacuterio de Gestatildeo CAP 10 - IBGE 2010 Plataforma SUBPAV e Prontuaacuterio Eletrocircnico - PEP

ateacute outubro de 2016

27

23 Mortalidade Infantil no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) eacute um indicador do niacutevel de sauacutede da populaccedilatildeo

importante para avaliar poliacuteticas de sauacutede puacuteblica (SANTOS e LANSKY 2015) aleacutem de

refletir qualidade de vida da populaccedilatildeo esta taxa tambeacutem se relaciona agraves suas diferentes

condiccedilotildees socioeconocircmicas (SANTANA 2011)

A TMI se refere aos oacutebitos ocorridos entre os menores de um ano (lt 1 ano) e pode ser

subdividida em dois componentes Neonatal e Poacutes- Neonatal O oacutebito neonatal eacute aquele que

ocorre nos primeiros 27 dias de vida e pode ainda se dividir em neonatal precoce (periacuteodo de

0 a 6 dias) e neonatal tardio (7 a 27 dias) O oacutebito poacutes-neonatal eacute aquele que ocorre entre o 28ordm

dia e 364ordm dia de vida (Brasil 2009)

Nas ultimas deacutecadas mais precisamente ateacute 1990 havia maior proporccedilatildeo de oacutebitos no

periacuteodo poacutes-neonatal Apoacutes 1990 foram constatadas mudanccedilas nos iacutendices de mortalidade

que passaram a predominar no periacuteodo neonatal no Brasil Essa mudanccedila foi consequumlente agrave

reduccedilatildeo das principais causas de mortalidade poacutes-neonatal como as doenccedilas infecto-

parasitaacuterias doenccedilas do trato respiratoacuterio e desnutriccedilatildeo com consequente aumento

proporcional das principais causas da mortalidade no periacuteodo neonatal precoce como a

prematuridade asfixia do receacutem-nato e doenccedilas infecciosas no receacutem-nascido (MENEZES

2014)

Para Lima (2006) o componente neonatal da Mortalidade Infantil constitui-se

problema de sauacutede puacuteblica uma vez que quantidade relevante dos oacutebitos que ocorrem neste

periacuteodo associa-se a causas evitaacuteveis (relativas ao acesso e agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede

bem como agrave qualidade desta assistecircncia) Esse componente estaacute ligado agraves condiccedilotildees sociais

econocircmicas de assistecircncia agrave sauacutede materna e infantil comportamentais e bioloacutegicas dentre

outras mas tambeacutem reflete a qualidade dos serviccedilos ofertados agraves matildees e aos receacutem-nascidos

durante o periacuteodo de gestaccedilatildeo do parto e periacuteodo neonatalmiddot

Tendo como referecircncia as notas teacutecnicas da Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2009) verifica-se o conceito de TMI definido a partir da divisatildeo do nuacutemero

de oacutebitos de menores de um ano de idade pelo nuacutemero total de nascidos vivos na populaccedilatildeo

residente em determinado espaccedilo geograacutefico no ano considerado (RIPSA 2009)

28

Outro conceito de mortalidade utilizado eacute a mediccedilatildeo proporcional por grupos de

causas no que se refere ao percentual de oacutebitos ocorridos por grupos de causas definidas na

populaccedilatildeo residente (BRASIL 2009)

Igualmente importante a se considerar a TMF (Taxa de Mortalidade Fetal) eacute calculada

dividindo-se o nuacutemero total de oacutebitos fetais pelo nuacutemero de nascimentos totais (nascidos

vivos e oacutebitos fetais) variando poreacutem o criteacuterio de idade gestacional e peso para definir o

oacutebito fetal (BARBEIRO 2015) Vaacuterias definiccedilotildees para oacutebito fetal satildeo apresentadas na

literatura Para a OMS o oacutebito fetal eacute aquele que ocorre antes de uma expulsatildeo completa do

produto da concepccedilatildeo do organismo materno independente da idade gestacional da matildee da

crianccedila Jaacute para o National Center for Health Statistics dos Estados Unidos a morte fetal eacute

aquela que ocorre apoacutes a 20 ordf semana completa de gestaccedilatildeo Outros autores utilizam alguns

paracircmetros como peso altura e idade gestacional avanccedilada para definir os oacutebitos fetais

(SAMPAIO 2010)

Em 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu um Pacto Nacional pela Reduccedilatildeo da

Mortalidade Materna e Neonatal Em 2009 o Pacto pela Reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil

nas Regiotildees da Amazocircnia Legal e Nordeste do Brasil (PRMI) a fim de reduzir em 5 ao

ano a TMI nos anos de 2009 e 2010 sobretudo em seu componente neonatal

(GUERRERO 2010)

Rosacircngela Ferrari e col realizaram um estudo bibliograacutefico e descritivo em 2012

sobre a mortalidade poacutes- neonatal no Brasil entre 2004 e 2009 Aleacutem de evidenciarem o

decliacutenio da mortalidade infantil sobretudo de seu componente poacutes-neonatal no final de 1990

foi observada relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre as condiccedilotildees de vida e a taxa de

mortalidade infantil (FERRARI et al 2012)

Em algumas regiotildees do Brasil houve uma diminuiccedilatildeo importante das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (mais de 80) seguidas pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio e por deficiecircncias

nutricionais e baixo peso ao nascer A duraccedilatildeo da gestaccedilatildeo escore de Apgar menor que sete

no 1ordm e 5ordm minutos de vida e nuacutemero igual ou maior que seis consultas de preacute-natal tambeacutem

satildeo variaacuteveis que estatildeo relacionadas agrave mortalidade infantil Em regiotildees de menor renda e

importante desigualdade econocircmica ainda haacute elevada TMI Como principais causas de morte

infantil as doenccedilas diarreacuteicas e as pneumonias foram as principais causas evitaacuteveis de morte

infantil seguida das malformaccedilotildees congecircnitas causa dificilmente evitaacutevel de morte infantil

Fatores de risco relacionados agraves pneumonias satildeo idade menor que seis meses peso abaixo de

2500 gramas desmame precoce desnutriccedilatildeo deficiecircncia de micronutrientes (vitaminas A

29

ferro e zinco) e presenccedila de episoacutedio preacutevio de pneumonia A maior oferta de aacutegua potaacutevel e

rede de esgoto contribuiacuteram para a reduccedilatildeo das doenccedilas diarreacuteicas As causas externas como

os acidentes e causas mal definidas tambeacutem se relacionam com a mortalidade poacutes-neonatal

(FERRARI et al 2012)middot

O periacuteodo perinatal compreende aquele do final da gestaccedilatildeo (oacutebitos fetais) ateacute os seis

primeiros dias completos de vida As causas diretas de mortalidade perinatal satildeo o baixo peso

ao nascer e a prematuridade assim como fatores que envolvem a gestante e seu acesso agrave

assistecircncia ao preacute-natal Aleacutem disso fatores soacutecios econocircmicos e ambientais que estatildeo

relacionados agrave gestante tambeacutem podem interferir nos determinantes da morte infantil

(MARTINS 2013)

A mortalidade perinatal eacute um indicador que permite uma anaacutelise da assistecircncia de

sauacutede agrave gestante e o acesso a serviccedilos de sauacutede eficazes para que haja reduccedilatildeo dos fatores de

risco e agravos agrave gestante e ao RN (BRASIL 2010)

Devidos agraves iniquidades soacutecio-econocircmicas e diferentes fatores de risco regionais assim

como dificuldade de acesso aos serviccedilos de sauacutede de qualidade a mortalidade infantil e seus

componentes se apresentam de maneira variada entre as diversas regiotildees do Brasil No Norte

e no Nordeste ela se apresenta com maior expressatildeo que nas demais regiotildees Para

exemplificar estas diferenccedilas identifica-se em Silva 2013 a seguinte anaacutelise

ldquoA neo-mortalidade precoce em 2006 variou de 64 no Rio Grande do Sul a 197

por mil nascidos vivos em Alagoas (Departamento de Informaacutetica do SUS

Indicadores de mortalidade Acessado em 08Out2012) Nos paiacuteses desenvolvidos

a meacutedia da taxa de mortalidade neonatal precoce eacute de 40 por mil nascidos vivosrdquo

(SILVA 2013)

No Brasil a TMI apresentou uma tendecircncia decrescente nas uacuteltimas deacutecadas de 1990

a 2014 Em 1980 a taxa era de 785 oacutebitos mil nascidos vivos (NV) em 1990 era de 785

oacutebitos por mil nascidos vivos em 2000 era de 2736 por mil nascidos vivos e em 2010

alcanccedilou 1597 oacutebitos por mil nascidos vivos atingindo a meta estabelecida pela ONU como

mostra o Graacutefico 4

O componente poacutes-neonatal (28 dias a um ano de vida incompleto) apresentou a

maior tendecircncia de queda (73 ao ano) e o componente neonatal precoce (0 a 6 dias de

vida) a menor 31 ao ano Do fim da deacutecada de 80 em diante houve um aumento da

proporccedilatildeo do componente neonatal precoce em relaccedilatildeo ao componente poacutes-neonatal

(BRASIL 2010) A Tabela 3 tambeacutem mostra a tendecircncia decrescente da TMI nas regiotildees e

UF do Brasil de 2000 a 2010

30

Graacutefico 4 - Taxa de mortalidade infantil e seus componentes Brasil 1990 ndash 2007 projeccedilatildeo feita em base

ao periacuteodo de 2000 a 2010

Fonte CGIAEDASISSVSMS 2011

Tabela 3 - Taxa de mortalidade infantil- BRASIL- 2000 a 2010

Regiatildeo e UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Regiatildeo Norte

2862 2767 2659 2559 2447 2358 2275 2214 2306 2228 2097

Regiatildeo

Sudeste

1915 1831 1732 1701 1628 1538 1503 1457 1416 1389 1343

Regiatildeo Sul 1703 164 1605 1578 1498 138 1334 1294 1265 12 1158

Regiatildeo

Centro-Oeste

2092 2065 1929 187 1854 1771 1706 1651 1699 1644 1593

Distrito

Federal

144 1518 1365 133 1395 1363 128 1109 1189 1226 1216

Total

2736 263 2489 2388 2259 2143 2066 2001 1756 168 1597

Fontes SIM MS

Outro modo de analisar a mortalidade infantil eacute a sua observaccedilatildeo quanto agraves proporccedilotildees

segundo grupo de causas

ldquoAs afecccedilotildees perinatais constituem a principal causa de mortalidade de crianccedilas

menores de um ano no Brasil Em 1990 correspondiam a 40 dos oacutebitos infantis

Em 2008 essa proporccedilatildeo elevou-se para 60 A mortalidade proporcional por

malformaccedilotildees congecircnitas em menores de um ano aumentou de 67 em 1990 para

183 em 2008 Enquanto isso a mortalidade proporcional por doenccedilas infecciosas

reduziu-se de 146 para 53 dos oacutebitos infantis no mesmo periacuteodo o que

representa diminuiccedilatildeo de 64rdquo (BRASIL 2010)

No Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de causas de mortalidade infantil foi

devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de 60) seguidas das demais causas

31

definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-parasitaacuterias (em torno de 68) e pelas

doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Eacute importante lembrar que ainda podem existir problemas na qualidade dos registros de

oacutebitos em menores de um ano e fetais Devemos para isso avaliar a cobertura e qualidade do

Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos (SINASCC) e o de Mortalidade (SIM)

Algumas informaccedilotildees satildeo baacutesicas e devem constar de toda DO (declaraccedilatildeo de oacutebito) fetal ou

de menor de um ano O peso ao nascer um dos mais importantes assim como a idade

gestacional satildeo dados muitas vezes mal informados O momento do parto em que o oacutebito

ocorre eacute igualmente importante para a classificaccedilatildeo dos oacutebitos evitaacuteveis Ele pode ocorrer

antes do parto ou apoacutes o parto Esse dado tambeacutem eacute muitas vezes mal preenchido Outro

dado que se relaciona de maneira determinante com a MI eacute a escolaridade materna que do

mesmo modo eacute muitas vezes ignorado (BRASIL 2009)

24 Vigilacircncia de Oacutebitos Infantis Evitaacuteveis

Para aumentar a qualidade de informaccedilotildees e o conhecimento da situaccedilatildeo de

mortalidade infantil e perinatal mostrou-se como necessaacuteria a vigilacircncia adequada e

diferenciada desses oacutebitos A partir da Declaraccedilatildeo de Oacutebito a vigilacircncia de oacutebito nos

municiacutepios coletaraacute dados para planejamento de accedilotildees que previnam esses oacutebitos e melhorem

seus indicadores

A partir de 1990 jaacute foram criados os primeiros Comitecircs de Investigaccedilatildeo do Oacutebito

Infantil (CIOI) sendo realizada a elaboraccedilatildeo do manual dos comitecircs de prevenccedilatildeo do oacutebito

infantil e fetal em 2004 para analisar os determinantes dos oacutebitos infantis e portanto traccedilar

estrateacutegias para minimizar esses determinantes (VENAcircNCIO 2010) Esse manual teve sua

versatildeo atualizada em 2009 (BRASIL 2009)

ldquoOs Comitecircs de Prevenccedilatildeo do Oacutebito Infantil e Fetal satildeo organismos

interinstitucionais de caraacuteter eminentemente educativo e formativo com atuaccedilatildeo

sigilosa Congregam instituiccedilotildees governamentais e da sociedade civil organizada

contando com participaccedilatildeo multiprofissional cuja atribuiccedilatildeo eacute dar visibilidade

acompanhar e monitorar os oacutebitos infantis e fetais e propor intervenccedilotildees para

reduccedilatildeo da mortalidade Satildeo instrumentos de gestatildeo que permitem avaliar a

qualidade da assistecircncia agrave sauacutede prestada agrave gestante ao parto e ao nascimento e agrave

crianccedila no primeiro ano de vida para subsidiar as poliacuteticas puacuteblicas e as accedilotildees de

intervenccedilatildeordquo (BRASIL paacuteg 46 2009)

32

As fichas para Investigaccedilatildeo do oacutebito infantil e fetal foram elaboradas para que

houvesse um padratildeo uacutenico a ser utilizado na vigilacircncia dos oacutebitos infantis e fetais Elas devem

ser preenchidas a partir de dados de prontuaacuterios cadernetas das gestantes entre outros e para

que as comparaccedilotildees do conteuacutedo das mesmas possam ser feitas e os dados do SIM sejam

obtidos com maior qualidade de informaccedilotildees Accedilotildees podem ser assim planejadas e executadas

de maneira uniforme nos trecircs niacuteveis municipal regional e estadual (BRASIL 2010)

Apesar da melhoria das condiccedilotildees socioeconocircmicas e o do aumento na oferta dos

serviccedilos de sauacutede nas uacuteltimas deacutecadas no Brasil a mortalidade infantil ainda eacute decorrente de

causas evitaacuteveis de mortalidade (SANTOS 2014) ldquoAs causas de mortes evitaacuteveis ou

reduziacuteveis satildeo definidas como aquelas preveniacuteveis total ou parcialmente por accedilotildees efetivas

dos serviccedilos de sauacutede que estejam acessiacuteveis em um determinado local e eacutepocardquo (MALTA

2010) Desde a deacutecada de 70 se pensa na evitabilidade do oacutebito infantil por serviccedilos de sauacutede

eficazes e atenccedilatildeo meacutedica qualificada (HARTZ et al1996)

Em 2008 foi publicada uma primeira versatildeo da lista de causas de mortes evitaacuteveis por

intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil (proposta em 2007) sob a coordenaccedilatildeo da

Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede do Ministeacuterio da Sauacutede do Brasil Sua primeira revisatildeo

ocorreu em 2009 durante uma oficina realizada na 9ordf Mostra Nacional de Experiecircncias Bem-

Sucedidas em Epidemiologia Prevenccedilatildeo e Controle de Doenccedilas - 9ordf EXPOEPI (MALTA

2010a)

Santos et al realizaram uma pesquisa sobre mortalidade infantil em LondrinaParanaacute

em 2010 estudando a evitabilidade de oacutebitos infantis em coortes de nascidos vivos (NV)

referentes a dois biecircnios nos anos 2000 (20002001) e o biecircnio (20072008) O primeiro

biecircnio por ter ocorrido antes da expansatildeo do Programa Sauacutede da Famiacutelia e o outro por ser o

mais proacuteximo ao estudo realizado Como resultado as taxas de mortalidade infantil foram de

1170 e 1120 por 1000 NV em 20002001 e em 20072008 Em ambos os biecircnios o

componente neonatal foi o que apresentou a maior taxa especialmente no periacuteodo neonatal

precoce com taxas de 624 e 636 oacutebitos por 1000 NV em 20002001 e 2007 2008

respectivamente O aumento maior foi o da taxa de mortalidade neonatal tardia de 182 oacutebitos

a cada 1000 NV no primeiro biecircnio e de 227 no biecircnio posterior A mortalidade poacutes-neonatal

foi a uacutenica que reduziu sendo que em 20002001 foi de 364 oacutebitos a cada 1000 NV e 257

em 20072008 A maioria dos oacutebitos nos dois biecircnios foi considerada evitaacutevel tanto quanto

em relaccedilatildeo agrave adequada atenccedilatildeo agrave mulher durante a gestaccedilatildeo e o parto quanto ao feto e ao

receacutem-nascido especialmente o relativo a adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (SANTOS

2014)

33

As mortes evitaacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo ocorreram mais entre

nascidos com baixo peso e as natildeo claramente evitaacuteveis entre crianccedilas com peso adequado em

ambos os biecircnios Aproximadamente sete em cada 10 oacutebitos infantis foram considerados

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS tanto no primeiro (716) como no segundo (655)

periacuteodo estudado (SANTOS 2014)

O baixo peso (BP) ao nascer eacute aquele em que o peso ao nascer eacute inferior a 2500 g

(OMS 2008) e ele estaacute relacionado tanto ao crescimento fetal quanto a duraccedilatildeo da gravidez

O crescimento fetal retardado eacute definido como peso ao nascimento inferior ao percentil 10

para a idade gestacional A prematuridade seria a duraccedilatildeo da gravidez cuja idade gestacional

se encontra menor que 37 semanas Fatores geneacuteticos (em torno de 40) e fatores maternos

(em cerca de 60) estatildeo relacionados ao crescimento fetal Quando satildeo realizadas de 4-6

consultas de preacute-natal haacute uma chance de quase 30 em reduzir o risco de BP e quando o

nuacutemero de consultas eacute igual ou maior que 7 chega-se a 40 menor o risco de BP ao nascer

(SILVA 2010)

Em outro trabalho publicado em 2014 realizado por Menezes et al com o objetivo de

analisar os oacutebitos de menores de um ano residentes em Belo Horizonte no periacuteodo de 2006 a

2011 foram utilizados criteacuterios para avaliaccedilatildeo de evitabilidade a partir da atualizaccedilatildeo da

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede As causas

dos oacutebitos evitaacuteveis foram entatildeo categorizadas como mostra o Quadro 1 (MENEZES 2014)

Quadro 1 ndash Classificaccedilatildeo dos oacutebitos segundo evitabilidade

1) Causas evitaacuteveis

(a) reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo

(b) reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e parto e ao feto e ao receacutem-

nascido

(c) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento

(d) reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas agraves accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede

2) Causas mal definidas

3) Demais causas natildeo claramente evitaacuteveis

34

Durante o periacuteodo do estudo obtiveram os seguintes dados 672 oacutebitos

neonatais 327 oacutebitos poacutes-neonatais e 004 oacutebito com faixa etaacuteria ignorada Esses dados

foram obtidos atraveacutes do SIM (Sistema de Informaccedilotildees sobre Mortalidade) e do SINASC

(Sistema de Informaccedilotildees sobre Nascidos Vivos) apurou-se o nuacutemero de nascidos vivos nesse

periacuteodo Houve diminuiccedilatildeo de todos os componentes da mortalidade infantil poreacutem o

componente neonatal tardio apresentou a maior reduccedilatildeo (22) O componente neonatal

precoce correspondeu ao coeficiente de mortalidade com maior peso (72) nos oacutebitos do

periacuteodo neonatal As mortes consideradas evitaacuteveis corresponderam a 63 e estas se

relacionaram mais diretamente a uma falha na adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo e na

adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido (RN) A mortalidade infantil por causas

evitaacuteveis diminuiu em 9 e as devidas agraves accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento foram

as que apresentaram maior reduccedilatildeo de 388 As pneumonias e outras doenccedilas bacterianas

foram as principais causas relacionadas a esse grupo As causas evitaacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido tambeacutem diminuiacuteram (307) principalmente devido agrave

reduccedilatildeo das infecccedilotildees especiacuteficas do periacuteodo perinatal e tambeacutem dos transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal As causas evitaacuteveis relacionadas agrave adequada atenccedilatildeo agrave

mulher na gestaccedilatildeo e as reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo a sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo apresentaram aumento enquanto natildeo houve nenhuma alteraccedilatildeo nas reduziacuteveis por

accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo As taxas de mortalidade classificadas como causas de morte mal-

definidas e as demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) tambeacutem tiveram seu nuacutemero reduzido

(MENEZES 2014)

Em 70 das mortes estas ocorreram em crianccedilas com baixo peso ao nascer

especialmente em crianccedilas com menos de 1500 gramas A adequada atenccedilatildeo na gestaccedilatildeo e a

adequada atenccedilatildeo ao feto e receacutem-nascido se correlacionaram com essas mortes Os

transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e peso baixo ao nascer transtorno

respiratoacuterio especiacutefico e infecccedilatildeo especiacutefica do periacuteodo perinatal foram as principais causas

de morte infantil por causas evitaacuteveis nesse estudo

ldquoNos oacutebitos de crianccedilas com peso ao nascer maior ou igual a 2500 g prevaleceram

os grupos de causas evitaacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento e

accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas as accedilotildees de atenccedilatildeo de sauacutede As demais

causas (natildeo claramente evitaacuteveis) representaram cerca de 280 das mortes infantis

e esta proporccedilatildeo foi crescente com o aumento do pesordquo (MENEZES2014)

Alguns fatores tais como oferta de serviccedilos de sauacutede prestados com qualidade

condiccedilotildees sociais e econocircmicas da populaccedilatildeo assim como seu perfil demograacutefico podem

estar relacionados agrave mortalidade proporcional por grupos de causas (Brasil 2010) Segundo as

35

tabelas apresentadas podemos observar que no Brasil de 2001 a 2011 o maior grupo de

causas de mortalidade infantil foi devido agraves afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (mais de

60) seguidas das demais causas definidas (por volta de 20) das doenccedilas infecto-

parasitaacuterias (por volta de 68) e pelas doenccedilas do aparelho respiratoacuterio (em torno de 63)

Houve uma diminuiccedilatildeo progressiva ao longo dos anos das afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatal assim como das doenccedilas infecto-parasitaacuterias e um aumento progressivo pelas

demais causas definidas Pequenas variaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves doenccedilas do aparelho respiratoacuterio

ocorreram ao longo do tempo poreacutem houve uma tendecircncia agrave diminuiccedilatildeo

Estaacute apresentada no ANEXO 2 a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitaacuteveis por

Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede na populaccedilatildeo de 5 a 74 anos (MALTA 2010)

36

3 OBJETIVOS

31 Objetivo geral

Analisar a variaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componentes e segundo os criteacuterios de

evitabilidade preconizados para o Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) do Brasil ocorridos na Aacuterea

Programaacutetica 10 do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo entre 2007 e 2015

32 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever a situaccedilatildeo de nascimento e oacutebitos infantis na AP 10 do municiacutepio do Rio de

Janeiro entre 2007 e 2015 em relaccedilatildeo ao municiacutepio e agraves demais aacutereas da cidade

bull Discutir a ocorrecircncia dos principais grupos de causas evitaacuteveis de mortalidade infantil

na AP 10 no municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e 2015

bull Contribuir para a produccedilatildeo de um informe teacutecnico sobre Mortalidade Infantil na AP

10 divulgando as informaccedilotildees prioritaacuterias para profissionais e gestores da aacuterea

37

4 METODOLOGIA

41 Caracterizaccedilatildeo do Estudo e Coleta dos Dados

Trata-se de um estudo exploratoacuterio descritivo de seacuteries temporais e quantitativo sobre

a mortalidade infantil e sua evitabilidade considerando os oacutebitos de menores de um ano de

residentes na AP 10 e do municiacutepio do Rio de Janeiro no periacuteodo de 2007 a 2015 no qual

ocorreu a expansatildeo da ESF na Cidade Seratildeo utilizadas as bases de dados secundaacuterios do

Sistema de Informaccedilatildeo sobre Mortalidade (SIM) Ministeacuterio da Sauacutede disponiacuteveis pela

ferramenta TABNET na Plataforma da Subsecretaria de Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em

Sauacutede (SUBPAV) para toda gestatildeo da Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

(SMS-RJ)

As informaccedilotildees definidas para os objetivos deste estudo se relacionam aos oacutebitos em

menores de 1 ano sendo estes divididos ainda como oacutebitos neonatais neonatais precoces

neonatais tardios e poacutes-neonatais Informaccedilotildees sobre partos e nascimentos tambeacutem foram

incluiacutedas nesta descriccedilatildeo de dados tendo em vista sua relaccedilatildeo direta com oacutebitos infantis e a

possibilidade de observaccedilatildeo inicial sobre o padratildeo de ocorrecircncias na aacuterea em estudo

Esses dados secundaacuterios foram apurados na ferramenta TABNET na plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

A Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do Sistema Uacutenico de Sauacutede

do Brasil (MALTA 2010) foi utilizada como paracircmetro para a anaacutelise por grupo de causas

no periacuteodo em estudo

42 Cenaacuterio de Estudo

As Aacutereas Programaacuteticas (AP) satildeo aacutereas divididas pela Prefeitura do Rio de Janeiro

para a gestatildeo da sauacutede A Secretaria Municipal de Sauacutede trabalha com essas AP desde 1993

quando foram chamadas de aacutereas de planejamento a fim de traccedilar planos estrateacutegicos em

relaccedilatildeo agrave sauacutede (SMS 2013)

A Aacuterea de Planejamento 10 (AP 10) corresponde agrave primeira das dez aacutereas

programaacuteticas do Municiacutepio do Rio de Janeiro como mostra a Figura 1

38

A Cidade do Rio de Janeiro eacute dividida em dez Aacutereas Programaacuteticas e a AP 10

corresponde aos bairros Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estaacutecio Gamboa

Mangueira Rio Comprido Santa Teresa Santo Cristo Satildeo Cristoacutevatildeo Sauacutede e Vasco da

Gama

Figura 1 - Municiacutepio do Rio de Janeiro e suas Aacutereas Programaacuteticas

Fonte IBGE- setembro de 2011

O Rio de Janeiro eacute um municiacutepio brasileiro de grande importacircncia

econocircmica sociocultural e financeira do paiacutes Em 2010 a populaccedilatildeo do Rio de Janeiro era de

6 320 446 habitantes (395 da populaccedilatildeo estadual) Dentre elas 4683 satildeo homens e

5317 mulheres Para 2015 era estimada uma populaccedilatildeo de 6 386 443 pessoas (IPP 2017)

A AP 10 aleacutem de ser o centro histoacuterico da Cidade do Rio de Janeiro tem em sua

formaccedilatildeo 14 bairros (jaacute citados) e 6 Regiotildees Administrativas (Centro Santa Teresa Rio

Comprido Paquetaacute Satildeo Cristoacutevatildeo e Portuaacuteria) como podemos observar na Figura 2 De

1970 a 2000 houve um decreacutescimo de 27 de sua populaccedilatildeo Paquetaacute foi a uacutenica regiatildeo a

sofrer um pequeno aumento de sua populaccedilatildeo em torno de 5 Eacute uma regiatildeo que atrai

trabalhadores onde setor de serviccedilos eacute o de maior procura No ano 2000 cinco regiotildees

administrativas tinham um alto IDH e apenas uma regiatildeo administrativa com meacutedio IDH

(IBGE 2016)

39

Figura 2 ndash Bairros da AP 10

Fonte Fonte IBGE- setembro de 2011

A AP 10 possui 17 unidades de Atenccedilatildeo Primaacuteria 75 equipes de Sauacutede da Famiacutelia 1

PS CASS 2 equipes NASF 2 equipes de consultoacuterio na rua e 1 Policliacutenica (SMS 2016)

Em 2015 a AP 10 tinha uma populaccedilatildeo estimada de 311265 habitantes e em 2010

estimava-se que 35 da populaccedilatildeo residia em favelas cerca de 103296 habitantes (IPP

2017)

O nuacutemero de famiacutelias cadastradas na ESF em 2009 era de 260 famiacutelias Em 2010

houve um aumento do nuacutemero de famiacutelias cadastradas para 8196 famiacutelias Em 2015 houve

um aumento significativo para 72786 cadastros e em 2016 uma estimativa de 79766

castrados das famiacutelias (SMS 2016)

A escolha da AP 10 para uma anaacutelise especiacutefica no estudo ocorreu pelo fato de ter

ocorrido um aumento da morte em menores de 1 ano no ano de 2015 alterando-se a

tendecircncia anterior

40

43 Estrateacutegia de Anaacutelise

A descriccedilatildeo da situaccedilatildeo de nascimentos e mortalidade infantil na AP 10 foi feita

utilizando-se o periacuteodo de 2007 a 2015 como a referecircncia para verificaccedilatildeo das variaccedilotildees

encontradas considerando-se diferentes variaacuteveis e os principais componentes da mortalidade

infantil Como jaacute citado os dados foram apurados na ferramenta TABNET na Plataforma

SUBPAV (Subsecretaria de Promoccedilatildeo e Atenccedilatildeo Primaacuteria e Vigilacircncia em Sauacutede) da

Secretaria Municipal de Sauacutede do Rio de Janeiro

Ao iniciar-se este estudo tendo como objetivo a anaacutelise de dados ateacute 2015 e natildeo

estando este uacuteltimo ano ainda disponiacutevel na paacutegina da SMS Rio na internet e nem tampouco

no SIM DATASUS utilizou-se a ferramenta TABNET na Plataforma SUBPAV com

ciecircncia e apoio da Gerecircncia de Dados Vitais da SMS Esta plataforma tem acesso restrito a

profissionais que atuam na SMS

A partir da coleta de dados foi elaborado um banco no software Microsoft Excell

2016 no qual foram feitos os consolidados de frequecircncia por tipo de anaacutelise desejada visando

a apresentaccedilatildeo dos resultados em tabelas e graacuteficos

A anaacutelise descritiva estaacute apresentada levando em conta dados especiacuteficos de cada ano

assim como tambeacutem a variaccedilatildeo considerando-se trecircs triecircnios ndash de 2007 a 2009 de 2010 a

2012 e de 2013 a 2015 estrateacutegia esta que foi decidida a fim de que o nuacutemero de casos para

as aacutereas do municiacutepio particularmente a AP 10 se apresentasse com melhor consistecircncia do

que aquele com menores quantitativos quando considerados dados de somente o periacuteodo de

um ano

O processamento dos dados de Mortalidade Infantil e de seus componentes no

periacuteodo analisado e nas diferentes aacutereas do municiacutepio permitiu tambeacutem a verificaccedilatildeo das

variaccedilotildees de tendecircncias da AP 10 em comparaccedilatildeo com as demais aacutereas e com o municiacutepio do

Rio de Janeiro

Os dados referentes aos principais grupos de causas evitaacuteveis da Mortalidade Infantil e

seus componentes segundo os criteacuterios de evitabilidade preconizados pelo Ministeacuterio da

Sauacutede para o SUS no Brasil ocorridos nas AP do municiacutepio do Rio de Janeiro entre 2007 e

2015 tambeacutem seratildeo apresentados e discutidos

Informaccedilotildees mais relevantes deveratildeo ser destacadas para inclusatildeo em Informe Teacutecnico

produzido a parte do presente estudo visando divulgaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre Mortalidade

Infantil a profissionais e gestores da AP 10 assim como da SMS do Rio de Janeiro

41

44 Aspectos Eacuteticos

Embora o planejamento da pesquisa envolvesse principalmente a apuraccedilatildeo de dados

secundaacuterios considerando-se a necessidade de coleta de dados ainda natildeo divulgados houve

exigecircncia da SMS de que o projeto de pesquisa fosse submetido a parecer de eacutetica em

pesquisa

Desse modo a pesquisa cumpriu todas as etapas previstas nas normas nacionais que

subsidiam a pesquisa em sauacutede tendo como bases a Resoluccedilatildeo do CNEP 4662012 e

a Normativa 0012013 com encaminhamento para os Comitecircs de Eacutetica e Pesquisa da Estaacutecio

e da Secretaria Municipal de Sauacutede Para a avaliaccedilatildeo eacutetica o projeto de pesquisa foi

protocolado por meio do sistema Plataforma Brasil uma base nacional e unificada de

registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEPCONEP

Este estudo estaacute relacionado agrave apuraccedilatildeo e anaacutelise de dados secundaacuterios o que implicou

uma reduccedilatildeo plena de riscos envolvendo as pesquisas em sauacutede Durante todo o processo de

coleta processamento e anaacutelise de dados todas as precauccedilotildees para garantir-se o sigilo e a

confidencialidade das informaccedilotildees foram tomadas com o compromisso de natildeo ser divulgado

qualquer dado que permitisse direta ou indiretamente a identificaccedilatildeo de serviccedilos unidades de

sauacutede ou profissionais envolvidos na assistecircncia dos casos

Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica da SMS do Rio de Janeiro com

nuacutemero de parecer da aprovaccedilatildeo 1836593 no dia 25112016

42

5 RESULTADOS

Foram levantados os dados de nascimento e oacutebitos do Municiacutepio do Rio de Janeiro

(MRJ) e das suas diferentes aacutereas programaacuteticas atraveacutes da ferramenta TABNET disponiacutevel

no acesso a Indicadores e Dados Estatiacutesticos no portal da SMS do Rio de Janeiro e na

Plataforma SUBPAV No iniacutecio deste levantamento considerando os objetivos deste estudo

os dados do ano de 2015 natildeo estavam disponiacuteveis neste acesso sendo necessaacuteria a

colaboraccedilatildeo da Gerecircncia de Dados Vitais da Superintendecircncia de Vigilacircncia em Sauacutede da

SMS que forneceu as informaccedilotildees necessaacuterias para a anaacutelise de todo periacuteodo estudado

incluindo-se o ano de 2015

As informaccedilotildees seratildeo apresentadas como seacuterie histoacuterica do ano de 2007 anterior ao

iniacutecio da chamada reforma da APS no municiacutepio que se sugere tenha comeccedilado em 2009 ateacute

o ano de 2015 quando se iniciou a proposta deste estudo As informaccedilotildees seratildeo tambeacutem

apresentadas com os dados consolidados por triecircnios 2007 a 2009 2010 a 2012 e 2013 a

2015 o que foi decidido porque desse modo seriam agrupados mais dados de mortalidade em

populaccedilotildees menores como satildeo as aacutereas programaacuteticas de sauacutede no Rio de Janeiro Esta

definiccedilatildeo metodoloacutegica para anaacutelise por triecircnios tambeacutem foi decidida com o objetivo de

suavizarem-se variaccedilotildees aleatoacuterias no nuacutemero de oacutebitos em determinado ano estimando-se a

meacutedia aritmeacutetica do triecircnio como foi utilizado em recente estudo sobre Mortalidade Infantil

em Minas Gerais (LISBOA et al 2015)

Antes de apresentar os resultados relacionados ao levantamento de oacutebitos infantis no

MRJ optou-se por incluir informaccedilotildees sobre nascimentos tendo em vista a possibilidade de

acesso ao SINASC na mesma plataforma da SMS e porque possuem estreita relaccedilatildeo com

aspectos ligados ao risco de oacutebitos em menores de um ano Julgou-se importante observar os

dados referentes ao nuacutemero de nascimentos ocorridos tanto no MRJ e na AP 10 uma vez que

haacute estreita relaccedilatildeo do nuacutemero de nascidos vivos com o caacutelculo da taxa de mortalidade infantil

o que poderia indicar sugestotildees de anaacutelises posteriores mesmo que fora dos objetivos do

presente estudo

43

51 Populaccedilatildeo e Nascimentos no Municiacutepio do Rio de Janeiro (MRJ)

Aleacutem da variaccedilatildeo de nascimentos no periacuteodo alguns fatores como o baixo peso ao

nascer filhos de matildees adolescentes tipo de parto nuacutemero de consultas de preacute-natal assim

como o nascimento em unidades SUS seratildeo aqui tambeacutem apresentados

Em 1997 o total de nascidos vivos no MRJ foi de 103193 com Taxa de Natalidade

de 186 1000 habitantes neste ano Esses indicadores apresentaram um decreacutescimo ateacute 2007

quando o total de nascimentos foi de 82019 e a Taxa de Natalidade de 133 1000 habitantes

A partir deste ano com exceccedilatildeo de 2010 observa-se um aumento do nuacutemero de nascimentos

na cidade e a Taxa de Natalidade elevaram-se para 143 1000 habitantes em 2015 com

90439 nascimentos no MRJ segundo as informaccedilotildees disponibilizadas pela SVSSMS

A Tabela 4 apresenta os dados de nascidos vivos por ano de 2007 a 2015 Foi

observado um aumento de nascimentos na Cidade nos uacuteltimos anos o que contrastou com

periacuteodos anteriores se considerarmos que no ano de 2015 por exemplo o total de nascidos

vivos foi de 90532 como disponiacutevel na mesma fonte nuacutemero superior ao do ano de 2007

Tabela 4 - Total de nascidos vivos por AP de residecircncia MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Variaccedilatildeo

N

10 4638 4632 4822 4733 4680 4446 4506 4669 4656 18

21 6211 6275 6371 6873 6576 6405 6445 6624 6556 345

22 3572 3573 3552 3607 3521 3503 3526 3607 3648 76

31 11316 11438 11514 10914 11644 11420 11683 11861 12073 757

32 7325 7071 7124 7134 7224 7156 7283 7523 7268 -57

33 12585 12379 12913 12304 12573 12648 12900 13011 13030 445

4 11817 12388 13246 13069 14019 14387 14451 15148 15430 3613

51 8559 8337 8560 8565 9050 9019 9487 9459 9414 855

52 9671 9865 9725 9537 10190 10492 10688 11364 11446 1775

53 5610 5680 5971 5776 5861 6265 6405 6368 6718 1108

Ign 715 703 617 745 601 636 100 289 293 -422

MRJ 82019 82341 84415 83257 85939 86377 87474 89923 90532 8513

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao analisar o percentual da variaccedilatildeo dos nascidos vivos nos triecircnios 20072009

20102012 e 20132015 observa-se que o MRJ teve um aumento de 77 enquanto o

percentual da variaccedilatildeo da AP 10 sofreu um decreacutescimo de 19 A regiatildeo dos bairros do

Centro da cidade e adjacecircncias foi a uacutenica AP que apresentou um decreacutescimo do nuacutemero de

44

nascimentos considerados o primeiro e uacuteltimo triecircnio analisados enquanto a AP 40

apresentou o maior aumento do nuacutemero de nascidos vivos no mesmo periacuteodo

correspondendo a um aumento de 202 como podemos ver na Tabela 5 O Graacutefico 5

mostra a variaccedilatildeo do percentual dos nascidos vivos por AP e na totalidade do MRJ de 2007 a

2015

Tabela 5 - Total de nascidos vivos por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP

Resid

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

N

Variaccedilatildeo

1 14092 13859 13831 -261 -19

21 18857 19854 19625 768 41

22 10697 10631 10781 84 08

31 34268 33978 35617 1349 39

32 21520 21514 22074 554 26

33 37877 37525 38941 1064 28

4 37451 41475 45029 7578 202

51 25456 26634 28360 2904 114

52 29261 30219 33498 4237 145

53 17261 17902 19491 2230 129

MRJ 248775 255573 267929 19154 77

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 5 -Variaccedilatildeo percentual do total de nascidos vivos por AP

MRJ 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

45

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Ao observamos o peso ao nascimento constatamos que apesar de ter havido uma

reduccedilatildeo do nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) entre 2007 e 2015 em

todas as AP a AP 51 apresentou aumento de seu percentual (98) como mostra a Tabela 6

A AP 10 apresentou o maior decreacutescimo da proporccedilatildeo de nascimentos de crianccedilas com baixo

peso havendo diminuiccedilatildeo desta proporccedilatildeo em quase todas as aacutereas exceto 51 e 53

Considerando-se os triecircnios estudados constata-se uma diminuiccedilatildeo gradativa do

percentual de nascimento de crianccedilas com baixo peso ao nascer (lt2500g) no municiacutepio do

Rio de Janeiro assim como tambeacutem representado no Graacutefico 6 e apresentado na Tabela 7

sendo que na AP 10 esta variaccedilatildeo foi a de maior valor

Graacutefico 6 - Variaccedilatildeo percentual de nasccom BP por AP do MRJ de 2007209 a 201315

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Tabela 6 - Percentual de Nascimentos com Peso ao Nascer lt 2500g

AP Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10 110 103 101 105 98 97 93 89 96

21 89 91 95 96 90 90 81 92 87

22 94 99 95 101 103 85 88 85 91

31 97 97 101 100 95 100 92 95 90

32 103 94 98 102 98 99 99 91 101

33 100 100 99 95 94 96 93 96 96

4 95 96 95 92 88 92 89 94 94

51 95 96 97 92 89 98 91 88 98

52 95 89 92 92 92 85 94 90 83

53 96 92 94 92 95 95 95 89 96

MRJ 97 95 97 96 93 94 92 92 93

46

Tabela 7 - Percentual de nascidos vivos com baixo peso

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 104 100 92 -116

21 92 92 87 -52

22 96 96 88 -81

31 98 99 92 -63

32 98 100 97 -17

33 100 95 95 -47

4 96 91 92 -33

51 96 93 92 -42

52 92 89 89 -30

53 94 94 94 -08

MRJ 96 94 92 -43

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Com relaccedilatildeo aos nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes eles diminuiacuteram

ao longo do periacuteodo analisado em todo o MRJ e em todas as AP Em 2015 o percentual de

nascimentos de matildees adolescentes foi de 153 no MRJ enquanto em 2007 era de 172 No

triecircnio 201315 esse percentual meacutedio foi de 159 em contraste com 169 do primeiro

triecircnio apresentando assim uma reduccedilatildeo de quase 6 como pode ser visto na Tabela 8 O

maior percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 201315 correspondeu agrave AP

53 (214) e o menor percentual correspondeu ao da AP 21(84) As maiores variaccedilotildees do

percentual nos triecircnios estudados ocorreram nas aacutereas 21 e 22 onde os bairros apresentam

melhores indicadores econocircmicos e sociais

47

Tabela 8 - Percentual de nascidos vivos de matildees adolescentes por periacuteodo e

Variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015 AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 197 185 181 -81

21 102 93 84 -176

22 125 113 103 -176

31 187 187 183 -21

32 166 157 152 -84

33 178 181 174 -22

4 138 131 123 -108

51 187 186 179 -48

52 180 174 169 -61

53 223 209 214 -40

MRJ 169 163 159 -59

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Observamos um aumento do percentual de nascimento por parto cesaacutereo nos trecircs

triecircnios estudados em todo o MRJ como pode ser visto na Tabela 9 Nota-se que no segundo

triecircnio (20102012) houve um aumento do percentual em todas as AP em relaccedilatildeo ao primeiro

triecircnio (20072009) A maior variaccedilatildeo do percentual por nascimento por parto cesaacutereo se deu

na AP 52 (147) enquanto a menor variaccedilatildeo ocorreu na AP 31 (01) As aacutereas 52 e 53

apresentaram um aumento importante de partos cesaacutereos Na AP 10 este aumento percentual

foi dos menores no MRJ

Tabela 9 - Percentual de nascidos vivos por tipo de parto cesaacutereo

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

10 478 523 486 16

21 626 650 640 21

22 657 677 670 19

31 514 540 515 01

32 546 591 572 49

33 534 569 577 82

4 575 611 615 70

51 525 552 534 18

52 506 562 580 147

53 419 468 477 140

MRJ 536 574 567 58

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

48

Os nascimentos com registro no SINASC de adequado nuacutemero de consultas de preacute-

natal tambeacutem foi verificado levando-se em conta a associaccedilatildeo teoacuterica desta assistecircncia com

morbidade e mortalidade infantis Em todo o MRJ houve um aumento do percentual de

nascimentos com 7 ou mais consultas de preacute-natal de 2007 a 2015 exceto na AP 33 onde

houve diminuiccedilatildeo do seu percentual A AP 10 apresentou 724 desses nascimentos em

2015 como mostra a Tabela 10 com 7 ou mais consultas de preacute-natal

Atraveacutes do Graacutefico 7 pode ser observado um decreacutescimo de nascimentos de gestantes

com menos de 7 ou mais consultas de preacute-natal em quase todas as AP sendo a reduccedilatildeo mais

importante a ocorrida na AP 21 (309) e exceto na AP 33 com um aumento de 11 de

gestantes com menos de 7ou mais consultas de preacute-natal

Tabela 10 - Percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de preacute-natal

No periacuteodo MRJ 2007 a 2015 AP

Resid

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1 647 647 624 633 647 648 696 705 724

21 802 825 811 796 794 836 855 829 839

22 817 816 816 814 781 812 808 810 823

31 649 619 598 590 597 635 670 700 722

32 674 672 672 676 657 706 740 761 762

33 689 641 674 639 625 652 662 659 668

4 710 685 662 658 648 705 741 726 766

51 674 625 615 615 619 635 657 684 709

52 661 628 617 630 641 662 689 699 733

53 589 593 611 571 581 612 669 724 768

MRJ 685 663 658 650 647 679 708 717 741

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 7 - Variaccedilatildeo do percentual de nascimentos com menos de 7 consultas de Preacute-natal de 2007 a 2015

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

49

Os nascimentos em unidades SUS no MRJ apresentaram uma meacutedia de 579 em

20132015 quando eram 548 em 20072009 Na AP 10 houve um aumento de 170 em

relaccedilatildeo a esses nascimentos em contraste com a AP 22 que teve uma reduccedilatildeo de mais de

50 como mostra a Tabela 11 Uma provaacutevel ampliaccedilatildeo de oferta de leitos SUS para a

assistecircncia ao parto na AP 10 pode ser estimada a partir do importante acreacutescimo na

proporccedilatildeo de nascimentos no SUS nesta aacuterea comparando-se este dado com a variaccedilatildeo

meacutedia do MRJ

O percentual de nascimentos no SUS no triecircnio 201315 foi maior nas AP 53

(765) AP 51(699) e AP 31(671) e os menores percentuais corresponderam agraves AP

22(164) e AP 21 (263) Nos trecircs triecircnios estudados o maior aumento do percentual de

nascimentos no SUS se deu na AP 31 (145) e a AP 22 apresentou um decreacutescimo

importante de 173

Tabela 11 - Percentual de nascidos vivos em unidades SUS

Por periacuteodo e variaccedilatildeo por triecircnios MRJ 2007 a 2015

AP Resid 20072009 20102012 20132015

Variaccedilatildeo

10 538 563 629 170

21 245 266 263 72

22 337 230 164 -513

31 526 651 671 275

32 578 572 570 -13

33 583 621 616 57

4 512 513 509 -06

51 663 682 699 54

52 633 625 628 -07

53 750 725 765 21

MRJ 548 567 579 57

Fonte SINASCSVSSMS Rio-2017

As observaccedilotildees das variaacuteveis apresentadas tendo como fonte o SINASC natildeo

permitiram identificar padratildeo de variaccedilatildeo que tivesse relaccedilatildeo teoacuterica com o aumento da

Mortalidade Infantil na AP 10 no ano de 2015 salvo a questatildeo do aumento da natalidade

fato estes comem a todas as aacutereas da Cidade no periacuteodo estudado

50

52 Aspectos Gerais da Mortalidade Infantil no Municiacutepio do RJ

A mortalidade infantil no municiacutepio do Rio de Janeiro apresenta uma tendecircncia

decrescente haacute vaacuterios anos e estudos de Matos et al (2007) sobre mortalidade infantil no MRJ

no periacuteodo de 1979 a 2004 demonstraram que houve um decreacutescimo de todos os

componentes relativos aos oacutebitos infantis nesse periacuteodo

No Graacutefico 8 pode-se observar de que maneira ocorreu essa tendecircncia decrescente

das TMI e seus componentes no MRJ de 1980 a 2015

Graacutefico 8 - MI e seus componentes Municiacutepio do Rio de Janeiro 1980 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

51

A Tabela 12 apresenta as variaccedilotildees das TMI e seus componentes no MRJ ao longo dos

triecircnios 20072009 20102012 e 20132015 verificando-se uma variaccedilatildeo negativa destes

indicadores ou seja a reduccedilatildeo da mortalidade infantil em todos os seus componentes

principalmente da mortalidade ocorrida no periacuteodo poacutes-neonatal com uma reduccedilatildeo importante

de 168

Tabela 12 - TMI no MRJ por componentes nos triecircnios estudados Faixa Etaacuteria Infan 20072009 20102012 20132014 Faixa

Etaacuteria inf

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 lt 7d -73

07-27 23 21 22 07-27 -60

28d-lt1 49 47 41 28d-lt1 -168 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis eacute uma importante estrateacutegia da vigilacircncia da

mortalidade (BRASIL 2009) cujos objetivos se relacionam agrave possibilidade de contribuir para

o desenvolvimento de accedilotildees especiacuteficas que visem a reduccedilatildeo dessas taxas A investigaccedilatildeo dos

oacutebitos infantis iniciou-se no municiacutepio do Rio de Janeiro em 2006 e no ano seguinte que

representa o limite inicial do presente estudo foram apenas investigados 347 dos oacutebitos

infantis (SMS 2016) Em 2015 ocorreram 1094 oacutebitos infantis sendo investigados 904

oacutebitos ou seja 826 do total demonstrando um incremento importante dos oacutebitos

investigados como mostra o Graacutefico 9

Graacutefico 9 - Percentual de Investigaccedilatildeo de oacutebitos infantis no MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A Tabela 13 e o Graacutefico 10 mostram que foram investigados 754 dos oacutebitos

relativos ao periacuteodo neonatal precoce (lt 7 dias) 845 no periacuteodo neonatal tardio e 915

ao periacuteodo poacutes-neonatal no MRJ em 2015

52

Tabela 13 - Proporccedilatildeo de oacutebitos infantis investigados entre 2007 e 2015 no MRJ Faixa Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 384 648 702 738 832 880 828 801 754

07-27 460 598 644 749 838 889 864 870 845

28d-lt1 250 573 609 776 781 848 886 910 915

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 10 - Percentual de investigaccedilatildeo dos oacutebitos infantis por componente MRJ 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tambeacutem foram observados os oacutebitos referentes a algumas variaacuteveis de risco como a

idade da matildee a idade gestacional das matildees e o peso do RN ao nascer considerando a

proporccedilatildeo de oacutebitos infantis por cada uma dessas variaacuteveis nas aacutereas e MRJ

A Tabela 14 apresenta a proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis ocorridos em matildees nas

diferentes faixas etaacuterias Houve um aumento do percentual de oacutebitos em matildees nas faixas

etaacuterias de 20 a 24 anos 45 a 49 anos diminuiccedilatildeo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis nas

adolescentes

53

Tabela 14 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade da matildee MRJ

Idade

Matildee

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

10-14 07 15 06 09 06 21 14 14 16

15-19 179 147 161 167 183 181 185 162 169

20-24 215 228 210 190 203 212 199 240 209

25-29 181 191 186 203 171 188 202 215 197

30-34 156 138 139 145 158 152 157 179 176

35-39 69 80 89 96 101 109 112 101 139

40-44 29 28 33 33 40 34 35 44 48

45-49 06 04 03 02 02 02 02 06 01

Ign 159 168 172 155 136 102 95 38 46

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Outra variaacutevel de risco para os oacutebitos infantis se relaciona agrave idade gestacional das

matildees O maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 ocorreu entre a 37- 41 semanas de

gestaccedilatildeo correspondendo a um total de 167 oacutebitos de 2007 a 2015 Tambeacutem houve um

grande nuacutemero de oacutebitos (129 oacutebitos) entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo nesse periacuteodo A

soma dos oacutebitos infantis ocorridos nesses dois periacuteodos de gestaccedilatildeo correspondeu a um pouco

mais da metade do nuacutemero de oacutebitos totais no periacuteodo analisado conforme mostra a Tabela

15

Tabela 15 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por ano segundo Idade Gestacional MRJ

Semanas

Gestaccedilatildeo

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Menos 22 22 23 71 26 73 61 68 58 63

22 a 27 227 246 196 212 181 197 205 228 228

28 a 31 165 155 174 155 136 156 144 159 143

32 a 36 193 169 173 224 140 170 178 173 182

37 a 41 248 242 262 254 212 249 260 288 294

42 e mais 11 16 13 10 14 10 09 14 10

Natildeo informado 133 148 111 119 244 157 135 80 80

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Um importante fator a ser observado se refere ao peso da crianccedila ao nascer uma vez

que ele se encontra estreitamente relacionado ao oacutebito infantil A Tabela 16 apresenta o

54

percentual de oacutebitos ocorridos em RN com menos de 2500g sendo de 599 em 2007 e de 629

em 2015 mostrando algum decreacutescimo na proporccedilatildeo de oacutebitos infantis com peso adequado ao

nascimento

Tabela 16 - Proporccedilatildeo dos oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo o Peso ao Nascer MRJ

Peso

nascer (500g)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

0g a 499g 53 54 112 50 58 49 53 44 50

0500g a 0999g 285 288 236 272 246 269 261 303 291

1000g a 1499g 99 117 105 103 105 114 124 120 109

1500g a 1999g 79 73 69 72 98 70 79 70 88

2000g a 2499g 83 67 68 76 74 83 73 97 101

2500g a 2999g 90 88 100 146 127 100 114 130 130

3000g a 3499g 91 95 108 82 93 127 109 138 129

3500g a 3999g 39 39 49 42 47 55 50 60 62

4000g a 4499g 09 06 11 08 08 08 23 13 19

4500g e mais 04 04 03 04 03 07 05 07 05

Ignorado 166 169 140 145 141 117 110 19 16

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

55

53 Mortalidade Infantil na AP 10

Em relaccedilatildeo a AP 10 apresentaremos os nuacutemeros absolutos dos oacutebitos infantis

ocorridos entre 2007 e 2015 e a proporccedilatildeo de seus componentes no mesmo periacuteodo

Como pode ser verificado na Tabela 17 em 2015 ocorreram 67 oacutebitos infantis sendo

esse nuacutemero de oacutebito infantil maior do que o apresentado no iniacutecio do periacuteodo de expansatildeo

recente da APS determinando assim o fato que motivou e caracterizou o interesse desse

estudo principalmente porque foram 17 oacutebitos a mais que os do ano anterior exatamente

quando a aacuterea jaacute atingia maior cobertura da ESF A maior proporccedilatildeo de oacutebitos de concentra

no periacuteodo neonatal precoce sendo observada uma variaccedilatildeo negativa da proporccedilatildeo de oacutebitos

poacutes-neonatais como esperado como ser observado na Tabela 18

Tabela 17 - Total de oacutebitos AP 10 por componentes de 2007 a 2015 Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 31 31 38 33 25 26 25 25 35

07-27 11 14 12 10 9 8 10 10 12

28d-lt1 24 23 32 19 24 16 28 15 20

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 18 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 470 456 463 532 431 520 397 500 522

07-27 167 206 146 161 155 160 159 200 179

28d-lt1 364 338 390 306 414 320 444 300 299

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Em relaccedilatildeo agraves taxas de mortalidade infantil na AP 10 durante o periacuteodo estudado

observa-se que 2008 2009 2013 e 2015 houve aumento dessas taxas principalmente no

periacuteodo neonatal precoce como se observa na Tabela 19 Quando comparamos essas mesmas

taxas de mortalidade agraves taxas de mortalidade infantil no MRJ vemos na Tabela 20 que as

TMI foram mais elevadas na AP 10 do que no MRJ nesses anos A mortalidade neonatal

precoce foi o componente da MI com maiores taxas A TMI no MRJ em 2015 se apresentou

56

menor do que a TMI em 2007 Fato esse que natildeo ocorreu na AP 10 quando a TMI aumentou

em 2015 em relaccedilatildeo a 2007

Tabela 19 - TMI por componentes na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 67 67 79 70 53 58 55 54 75

07-27 24 30 25 21 19 18 22 21 26

28d-lt1 52 50 66 40 51 36 62 32 43

Total 142 147 170 131 124 112 140 107 144 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 20 - TMI por componentes no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

lt 7d 612 601 643 638 567 581 609 540 568

07-27 212 26 223 206 194 229 226 203 221

28d-lt1 483 498 500 466 490 457 431 384 416

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

As mesmas informaccedilotildees quando analisadas de modo que sejam observados os

valores natildeo por cada ano mas sim pelos os triecircnios estudados permitem identificar que o

nuacutemero de oacutebitos infantis e as TMI nos seus trecircs componentes principais se apresentaram

com decreacutescimo na AP 10 e no MRJ como se pode ver nas Tabelas 21 e 22 Entretanto a

variaccedilatildeo percentual na TMI e nos seus componentes foi maior na AP 10 que a variaccedilatildeo

percentual meacutedia do MRJ

Tabela 21 - TMI por componentes na AP 10 e por triecircnio de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 71 61 61 -10 -141

07-27 26 19 23 -03 -113

28d-lt1 56 43 46 -10 -178

Total 153 123 130 -23 -150 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 22 - TMI por componentes no MRJ e por triecircnio no MRJ de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Variaccedilatildeo

lt 7d 62 59 57 -05 -80

07-27 23 21 22 -01 -43

28d-lt1 49 47 41 -08 -163

Total 134 127 120 -14 -104

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

57

No Graacutefico 11 estatildeo representadas as variaccedilotildees das TMI na AP 10 por componentes

nos trecircs triecircnios estudados

Graacutefico 11 - Taxa de mortalidade infantil por componente na AP 10

Por triecircnio de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Na Mortalidade Infantil Proporcional por faixa etaacuteria observamos a manutenccedilatildeo do

padratildeo com maior proporccedilatildeo de oacutebitos infantis neonatais precoces o que jaacute se apresentava

desde o iniacutecio do periacuteodo estudado assim como jaacute era uma tendecircncia conhecida a partir dos

anos 90 na AP 10 como observada na Tabela 23

Tabela 23 - Proporccedilatildeo de oacutebitos por componentes por periacuteodo na AP 10 de 2007 a 2015

Faixa

Etaacuteria

Infantil

20072009 20102012 20132015

lt 7d 463 494 472

07-27 171 159 178

28d-lt1 366 347 350

Total 1000 1000 1000

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

58

54 Mortalidade Infantil e Causas Evitaacuteveis no MRJ e AP 10

Analisando as causas de oacutebitos infantis por capiacutetulos e categorias do Coacutedigo

Internacional de Doenccedilas (CID) vemos que a maior causa de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

correspondeu ao XVI capiacutetulo do CID ou seja por ldquoAlgumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo

perinatalrdquo (607 oacutebitos ou 555) Em seguida os oacutebitos mais preponderantes se relacionaram

ao XVII capiacutetulo do CID que trata de ldquoMalformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias

cromossocircmicasrdquo (233 oacutebitos) Essas duas causas somadas equivalem a mais ou menos 75

das causas de oacutebitos infantis por capiacutetulo do CID Considerando o periacuteodo de 2007 a 2015 as

causas mais preponderantes de oacutebitos infantis foram as mesmas observadas em 2015

Em relaccedilatildeo agrave categoria do CID a maior causa de mortalidade infantil no MRJ em

2015 correspondeu ao ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atualrdquo (CID P00) Malformaccedilotildees congecircnitas

deformidades e anomalias cromossocircmicas (principalmente por ldquoOutras malformaccedilotildees

congecircnitas do coraccedilatildeordquo- CID Q24) ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CIDP36) e

ldquoFeto e receacutem-nascido afetados por complicaccedilotildees maternas gravidezrdquo (CID P01)

Os oacutebitos infantis totais segundo causa por categoria da CID no MRJ no periacuteodo de

2007 a 2015 satildeo apresentados no ANEXO 3 Natildeo estatildeo apresentadas as informaccedilotildees sobre

Mortalidade Infantil por grupo de causas para a AP 10 tendo em vista que o padratildeo de

distribuiccedilatildeo eacute semelhante ao do MRJ onde se apresenta um perfil de causas compatiacuteveis com

a classificaccedilatildeo sobre evitabilidade que seraacute apresentada depois

O Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave

gravidez atual corresponderam ao maior percentual de causa de morte infantil em 2015 no

MRJ e apresentou elevaccedilatildeo de seu percentual quando comparado a 2007 quando o

Desconforto Respiratoacuterio do Receacutem-Nascido era a causa mais preponderante como se

observa na Tabela 24 e Graacutefico 12

59

Tabela 24 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ

Causa (CID10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

P00 Feto e RN afetados por af

maternas natildeo obrigrelacionadas agrave

gravidez atual 54 55 90 100 88 112 123 95 98

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido 120 95 98 87 74 63 71 79 56

P36 Septicemia bacteriana do RN 70 80 68 61 48 58 70 79 89

P01 Feto e RN afetados por compl

maternas da gravidez 28 44 57 51 62 63 57 52 59

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircnitas do

coraccedilatildeo 51 51 44 39 47 48 56 55 37

P02 Feto e RN afetados por compl

placenta cordatildeo umb e membr 32 41 33 48 41 53 45 33 56

J18 Pneumonia pmicro-org NE 47 32 41 30 39 38 42 27 37

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade 35 27 26 37 38 28 25 27 23

P21 Asfixia ao nascer 41 38 37 23 19 20 20 24 28

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 13 19 17 32 27 31 21 21 27

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Graacutefico 12 ndash Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis segundo causa por categoria da CID MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

O Graacutefico 13 mostra o aumento da TMI devido ao Feto e RN afetados por afecccedilotildees

maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual (CID P00) e a diminuiccedilatildeo da

TMI por Desconforto respiratoacuterio do receacutem-nascido (CID P22) apoacutes uma pequena elevaccedilatildeo

em 2014 A Tabela 25 mostra que a elevaccedilatildeo do Feto e RN afetados por afecccedilotildees maternas

natildeo obrigatoriamente relacionadas agrave gravidez atual como causa da mortalidade infantil no

triecircnio 20132015 foi a mais acentuada (variaccedilatildeo de 39) e o Desconforto respiratoacuterio do

receacutem-nascido representou maior decreacutescimo no mesmo triecircnio com uma diminuiccedilatildeo de

36

60

Graacutefico 13 - Taxa de Oacutebitos infantis Totais segundo causa por categoria da CID-MRJ

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 25 ndash MI Proporcional por Causas MRJ por triecircnio Causa (CID10) 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

P00 Fetos e receacutem-nascidos afetados por afec

maternas natildeo obr relacionados a gravidez

atual

67 100 106

39

P22 Desconforto respiratoacuterio do receacutem-

nascido

104 75 68

-36

P36 Septicemia bacteriana do receacutem-nascido 73 56 79

06

P01 Feto rec-nasc afet complic maternas

gravidez

43 59 56

13

Q24 Outras malformaccedilotildees congecircn do coraccedilatildeo 49 44 49

0

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr

35 47 45

10

J18 Pneumonia pmicro-org NE 40 36 36 -04

R99 Outras causas mal definidas e NE

mortalidade

29 34 25

-04

P21 Asfixia ao nascer 39 21 24 -15

W84 Riscos NE a respiraccedilatildeo 16 30 23 07

Total geral 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Lembrando o conceito de Malta (2010) sobre a morte infantil causada por afecccedilotildees

evitaacuteveis por intervenccedilotildees no SUS ou seja aquelas passiacuteveis de serem prevenidas ou

reduzidas por serviccedilos eficientes de sauacutede verificamos a seguir de que maneira ocorreram as

principais causas evitaacuteveis no MRJ e na AP 10 em particular

Segundo a Lista Brasileira de Causas Evitaacuteveis feita com dados do Sistema de

Informaccedilotildees sobre Mortalidade dispotildee-se de subgrupos de causas Esses subgrupos

correspondem agraves causas evitaacuteveis que satildeo aquelas Reduziacuteveis pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave

61

mulher no parto Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequados e Reduziacuteveis por accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculada a

accedilotildees de atenccedilatildeo

As principais causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 foram relacionadas agraves causas

Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo (349 oacutebitos infantis) correspondendo a

319 dos oacutebitos Outras causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis de menores proporccedilotildees foram as

causas tais como ldquoReduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeordquo e agraves ldquoCausas mal definidasrdquo 05

e 33 respectivamente em 2015 como apresenta a Tabela 26 As ldquoDemais causas (natildeo

claramente evitaacuteveis)rdquo apresentaram um nuacutemero de 294 oacutebitos correspondendo somente a

269 do total Em resumo as causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis em 2015 no MRJ

corresponderam a 698 como visualisamos na Tabela 27 Jaacute a Tabela 28 representa a

pequena diminuiccedilatildeo da TMI por causas evitaacuteveis no MRJ em 2015 (841000) em relaccedilatildeo agrave

TMI em 2007 de 891000 por causas evitaacuteveis

Tabela 26 -Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis no MRJ por ano segundo subgrupo de evitabilidade no MRJ Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 03 03 01 03 04 05 00 03 05

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

na gestaccedilatildeo

269 274 319 320 309 331 351 320 319

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher

no parto

104 99 94 80 77 76 73 75 86

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-

nascido

140 155 141 123 112 115 127 141 147

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e

tratamento adequado

112 87 95 72 101 89 96 72 79

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede

vinculada agraves accedilotildees de atenccedilatildeo

49 63 61 64 63 71 53 61 63

2 Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 27 ndash Resumo da proporccedilatildeo de oacutebitos infantis MRJ segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 677 682 710 662 667 687 701 671 698

Causas mal definidas 46 39 34 49 41 35 34 33 33

Natildeo claramente evitaacuteveis 277 279 256 289 292 278 265 296 269

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

62

Tabela 28 - Taxa de mortalidade infantil segundo evitabilidade no MRJ

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 89 93 97 87 83 87 89 76 84

Causas mal definidas 06 05 05 06 05 04 04 04 04

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 38 35 38 37 35 34 33 32

Total 131 136 137 131 125 127 127 113 121

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo agora considerados os valores por triecircnios atraveacutes das taxas e da proporccedilatildeo por

grupo de causas nestes grupos segundo as informaccedilotildees descritas nas tabelas abaixo

Ao estudarmos os triecircnios no MRJ observamos que as causas Reduziacuteveis por

adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram as que apresentaram a maior taxa de

mortalidade infantil nos trecircs triecircnios como mostra a Tabela 29 As Causas mal definidas

foram as que tiveram maior reduccedilatildeo nos triecircnios estudados (-240) apresentada na Tabela

30 e Graacutefico 14 resultado que pode ser atribuiacutedo como decorrente da melhor investigaccedilatildeo

dos oacutebitos

Tabela 29 - TMI por triecircnio no MRJ segundo subgrupos de evitabilidade Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 00

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 39 41 40

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 13 10 09

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 20 15 17

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento

adequado

13 11 10

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a

accedilotildees de atenccedilatildeo

08 08 07

2 Causas mal definidas 05 05 04

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 36 37 33

Total 134 128 120

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 30 - TMI por triecircnio no MRJ e variaccedilatildeosegundo evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 93 86 83 -105

Causas mal definidas 05 05 04 -240

Natildeo claramente

evitaacuteveis

36 37 33 -87

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

63

Graacutefico 14 - Taxa de MI categoria de evitabilidade por triecircnio MRJ de 2007 a 2015

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Seratildeo apresentados os dados relacionados aos oacutebitos infantis evitaacuteveis de residentes na

aacuterea da AP 10 com os valores por ano no periacuteodo de 2007 a 2015 atraveacutes do nuacutemero

absoluto de oacutebitos da proporccedilatildeo por grupo de causas e as respectivas taxas por cada ano Em

seguida as informaccedilotildees apresentadas estatildeo agrupadas por triecircnio considerando-se o periacuteodo

de 2007 a 2015

O fato que chamou a atenccedilatildeo para a realizaccedilatildeo deste estudo na AP 10 foi que

ocorreram 67 oacutebitos infantis em 2015 sendo 48 (716) desses oacutebitos ocorreram por causas

evitaacuteveis por intervenccedilotildees do SUS como pode ser observado nas Tabela 31 e Tabela 32

Tabela 31 - Total de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 44 47 58 38 34 38 45 36 48

Causas mal definidas 2 3 1 8 4 2 1 1 2

Natildeo claramente evitaacuteveis 20 18 23 16 20 10 17 13 17

Total 66 68 82 62 58 50 63 50 67

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

64

Tabela 32 - Proporccedilatildeo de Oacutebitos infantis na AP 10 de 2007 a 2015

Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 667 691 707 613 586 760 714 720 716

Causas mal definidas 30 44 12 129 69 40 16 20 30

Natildeo claramente evitaacuteveis 303 265 280 258 345 200 270 260 254

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 33 - TMI na AP 10 de 2007 a 2015 segundo evitabilidade Classificaccedilatildeo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Evitaacuteveis 95 101 120 80 73 85 100 77 103

Causas mal definidas 04 06 02 17 09 04 02 02 04

Natildeo claramente evitaacuteveis 43 39 48 34 43 22 38 28 37

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

A taxa de mortalidade por causas evitaacuteveis na AP 10 no ano de 2015 foi uma das

maiores do periacuteodo estudado de 103 por mil nascidos vivos sendo poreacutem menor que a taxa

que ocorreu 2009 de 120 oacutebitos em mil nascidos vivos como mostra a Tabela 33

Em todo o periacuteodo estudado as mortes por causas evitaacuteveis foram as que apresentaram

maior nuacutemero em relaccedilatildeo agraves demais causas Ainda na Tabela 33 podemos observar que a

TMI por Causas evitaacuteveis na AP 10 em 2015 (103 por 1000 nascidos vivos) se apresentou

maior do que no ano de 2007 (95) Poreacutem quando analisamos as TMI por triecircnios

verificamos que houve uma pequena reduccedilatildeo da mortalidade infantil por causas evitaacuteveis

assim como as demais causas

Quando analisamos os triecircnios observamos que a TMI na AP 10 por causas de morte

evitaacuteveis decresceu de 1061000 em 20072009 para uma taxa de 931000 em 20132015

As causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo foram responsaacuteveis pelo

maior percentual de causas evitaacuteveis de oacutebitos infantis apresentando 333 no triecircnio

20132015 apresentado nas Tabelas 34 35 e 36 embora tenha tido uma diminuiccedilatildeo de sua

TMI no triecircnio 200132015 em relaccedilatildeo ao triecircnio 20072009

65

Tabela 34 - Proporccedilatildeo de MI por triecircnio na AP 10 segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de imunizaccedilatildeo 00 00 06

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo 329 359 333

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto 93 76 67

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao receacutem-nascido 116 94 139

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequado 102 71 78

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees de

atenccedilatildeo

51 47 94

2 Causas mal definidas 28 82 22

3 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) 282 271 261

Total 100 100 100

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 35 - Taxa de MI por triecircnio na AP 10 Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

Evitaacuteveis 106 79 93 -13

Causas mal

definidas

04 10 03 -01

Natildeo claramente

evitaacuteveis

43 33 34 -09

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

Tabela 36 - Taxa de oacutebitos infantis na AP 10 por triecircnio segundo subgrupos de evitabilidade

Classificaccedilatildeo 20072009 20102012 20132015 Variaccedilatildeo

11 Reduziacutevel pelas accedilotildees de

imunizaccedilatildeo

00 00 01 01

121 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

50 44 43 -07

122 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo agrave mulher no parto

14 09 09 -05

123 Reduziacuteveis por adequada

atenccedilatildeo ao receacutem-nascido

18 12 18 0

13 Reduziacuteveis por accedilotildees de

diagnoacutestico e tratamento adequado

16 09 10 -06

14 Reduziacuteveis por accedilotildees promoccedilatildeo agrave

sauacutede vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo

08 06 12 04

2 Causas mal definidas 04 10 03 -01

3 Demais causas (natildeo claramente

evitaacuteveis)

43 33 34 -09

Total 153 123 130 -23 Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

66

55 Oacutebitos Infantis no MRJ e demais APs

A seguir os dados analisados no presente estudo estatildeo resumidos incluindo-se

informaccedilotildees de todas as aacutereas da Cidade sendo apresentados na Tabela 37

Desse modo podemos constatar que em todas as AP exceto na AP 10 e na AP 32

houve um aumento da taxa de natalidade de 2007 a 2015 no municiacutepio do Rio de Janeiro O

percentual de crianccedilas nascidas com baixo peso na AP 10 foi equivalente ao MRJ em 2015

apresentado a maior reduccedilatildeo de todas as AP

Embora a proporccedilatildeo de nascimentos com menos de 7 consultas preacute-natal na AP 10

tenha diminuiacutedo no triecircnio 201315 essa reduccedilatildeo foi inferior a reduccedilatildeo ocorrida em todo o

municiacutepio do Rio de Janeiro Ainda na AP 10 podemos observar que apesar de ainda

apresentar um grande percentual de nascimentos de matildees adolescentes no triecircnio 20132015

ela teve uma reduccedilatildeo maior do que a ocorrida no MRJ no mesmo triecircnio

O maior percentual de parto cesaacutereo ocorreu na AP 22 enquanto a AP 10 apresentou

um dos menores percentuais nesse uacuteltimo triecircnio estudado O maior aumento do percentual de

partos cesaacutereos em 2015 ocorreu na AP 53 enquanto o menor aumento desse percentual

ocorreu na AP 31

A maior proporccedilatildeo de parto realizado nos SUS aconteceu na AP 53 No triecircnio

20132015 a maior taxa de moralidade infantil se deu na AP 33 e a taxa de mortalidade

infantil estimada para o triecircnio na AP 10 foi de 131000 sendo maior do que a verificada no

MRJ taxa de 120 A AP 21 foi a que apresentou a menor taxa no uacuteltimo triecircnio do estudo

de 85

A taxa de mortalidade neonatal foi maior do que a taxa de mortalidade poacutes-neonatal agrave

custas da maior incidecircncia de oacutebitos no periacuteodo neonatal precoce A TMI por causas evitaacuteveis

diminuiu em todas as AP no triecircnio 201315 quando comparada ao triecircnio 200709 exceto

nas AP 33 e AP 53 A maior reduccedilatildeo dessa TMI ocorreu na AP 22 com uma diminuiccedilatildeo de

4444

67

Tabela 37 - Componentes de Anaacutelise Nascimentos e Oacutebitos Infantis ndash

MRJ e APs ndash 2007 e 2017

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Taxa de

Natalidade

2007

1605

978

966

1289

1289

1342

1425

1274

1511

1603

1329

Taxa de

Natalidade

2015

1563

1028

983

1362

1275

1383

1696

1403

1721

1824

1432

Percentual

de BPN

triecircnio

20132015

92

87

88

92

97

95

92

92

89

94

92

Variaccedilatildeo

BPN

2007-2009 e

2013-2015

-116

-52

-81

-63

-17

-47

-33

-42

-30

-08

-43

Proporccedilatildeo

de Nasc

com menos

de 7 cons

Preacute Natal

Triecircnio

20132015

278

120

148

292

230

314

219

284

272

274

254

Variaccedilatildeo

da Propde

Nasc com

menos de 7

cons Preacute

Natal

2007-2009 e

2013-2015

-158

-309

-134

-163

-230

11

-248

-187

-137

-284

-170

Propde

Nasc de

Matildees

Adolesc

Triecircnio

20132015

181

84

103

183

152

174

123

179

169

214

159

Variaccedilatildeo

de Nasc de

Matildees Adol

20072009 e

20132015

-79

-169

-180

-21

-86

-20

-107

-42

-62

-41

-62

Proporccedilatildeo

de Nascim

Parto

Cesaacutereo

Triecircnio

20132015

486

640

670

515

572

577

615

534

580

477

567

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto

Cesaacutereo-

Triecircnio

20072015

16

21

19

01

49

82

70

18

147

140

57

68

(cont)

Indicadores

por AP e

MRJ

10

21

22

31

32

33

40

51

52

53

MRJ

Proporccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

Triecircnio

20132015

629

263

164

671

570

616

509

699

628

765

579

Variaccedilatildeo

de Nasc

Parto SUS

20072015

170

72

-513

275

-13

57

-06

54

-07

21

57

TMI total

20132015

130

85

77

129

114

140

100

133

109

171

120

TMI

Neonatal

Precoce

20132015

61

42

40

54

48

77

47

62

52

84

57

TMI

Neonatal

Tardia

20132015

23

19

10

26

23

21

19

24

20

30

22

TMI

Neonatal

20132015

84

61

50

80

71

98

67

86

72

114

79

TMI Poacutes

Neonatal

20132015

46

23

27

49

43

43

34

47

37

57

41

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20072009

106

59

81

95

90

96

75

108

96

115

93

TMI por

Causas

Evitaacuteveis

20132015

93

53

45

89

70

100

63

95

78

135

83

Variaccedilatildeo

de Oacutebitos

Infantis por

Causas

Evitaacuteveis

20072015

-1226

-1016

-4444

-631

-2222

416

-160

-1203

-1875

1739

-1075

Fonte SIMSINASCSVSSMS Rio-2017

69

6 DISCUSSAtildeO

Os indicadores de sauacutede podem ser afetados em seus valores ao longo do tempo

quando satildeo disponibilizados melhores serviccedilos de atenccedilatildeo agrave sauacutede assim como quando satildeo

observadas melhores condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo Inclusive iniciativas de poliacuteticas

puacuteblicas que visem beneficiar a populaccedilatildeo satildeo tatildeo importantes que podem afetar diretamente

a ocorrecircncia de fatores de risco

Neste estudo pocircde-se observar alteraccedilatildeo de alguns fatores relacionados teoricamente agrave

Mortalidade Infantil para todo o MRJ e na AP 10 quando consideradas as informaccedilotildees sobre

parto e nascimento do SINASC

Considerando a Proporccedilatildeo de Baixo Peso ao nascer houve um decreacutescimo de 116

de nascimento de crianccedilas com baixo peso (lt 2500g) na AP 10 o maior decreacutescimo entre as

aacutereas programaacuteticas O MRJ tambeacutem apresentou reduccedilatildeo desse percentual Para Gaiva (2014)

um grande nuacutemero de estudos aponta o baixo peso como um dos principais fatores

relacionados ao aumento do risco de oacutebito neonatal A prematuridade e o crescimento

intrauterino restrito satildeo os principais determinantes do baixo peso ao nascer e podem ser

avaliados atraveacutes de um acompanhamento preacute-natal de qualidade assim como uma adequada

atenccedilatildeo no momento do parto (GAIVA 2014)

Os nascimentos de filhos vivos de matildees adolescentes diminuiacuteram em todas as AP ao

longo do periacuteodo analisado sendo que o maior decreacutescimo ocorreu na AP 22

A idade materna eacute uma importante caracteriacutestica da gestante que traz riscos evidentes

quando a matildee se encontra abaixo dos 20 anos e quando se encontra acima dos 35 anos de

idade Em um estudo de Lima et al 2010 sobre a associaccedilatildeo entre a mortalidade neonatal

precoce e poacutes-neonatal e a idade da matildee observou-se que quando a idade materna eacute maior de

35 anos e na adolescecircncia haacute associaccedilatildeo respectivamente ao oacutebito neonatal precoce e poacutes-

neonatal Imaturidade bioloacutegica fatores socioeconocircmicos e a natildeo realizaccedilatildeo das consultas

preacute-natais necessaacuterias podem estar associados agraves adolescentes Jaacute as matildees acima de 35 anos

podem apresentar fatores como comorbidades partos ciruacutergicos e fetos com anomalias

congecircnitas que podem levar ao oacutebito infantil apesar de muitas vezes disporem de melhores

condiccedilotildees socioeconocircmicas e adequados cuidados preacute-natais (LIMA et al 2010)

70

Em relaccedilatildeo ao tipo de parto se cesaacutereo ou normal observamos um aumento do parto

cesaacutereo em todo o MRJ sendo que esse aumento foi acentuado nas AP 53 e AP 52 entre

2007 e 2015 No MRJ observou-se um aumento de 57 de parto cesaacutereo enquanto a AP 10

apresentou um aumento de 16 O parto cesaacutereo estaacute cada vez mais frequente no Brasil

assim como no resto do mundo e embora seja cada vez mais seguro ele ainda apresenta riscos

(PATAH 2011) Segundo Lansky (2014) a taxa de cesaacutereas no Brasil era de 535 em 2011

A OMS recomenda que ele seja realizado quando necessaacuterio para evitar complicaccedilotildees para

matildee e filho A Federaccedilatildeo Internacional de Ginecologia e Obstetriacutecia (FIGO) preconiza uma

proporccedilatildeo maacutexima de cesaacutereas ateacute 20 dos partos e a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede ateacute

15 dos partos (Soares 2010) Em um estudo de Sanders et al (2017) para analisar fatores

relacionados ao oacutebito infantil em Fortaleza (Cearaacute) eles verificaram que o parto cesaacutereo

demonstrou ser um fator de proteccedilatildeo para a mortalidade infantil quando realizado em

gestantes de alto risco

O nuacutemero de nascimentos de matildees com adequado nuacutemero de consultas de preacute-natal

tambeacutem eacute importante a ser observado uma vez que as gestantes que realizam menos do que

seis consultas de preacute-natal apresentam risco maior de terem oacutebito fetal (KLEIN et al 2012)

Observamos nesse estudo que o percentual de nascidos vivos de gestantes com 7 ou mais

consultas de preacute-natal aumentou em todas as AP (exceto a AP 33) de 2007 a 2015 As matildees

que realizaram um nuacutemero de consultas menor do que 7 apresentaram um iacutendice de oacutebitos

proporcionalmente maior ratificando o niacutevel de fator de risco de oacutebitos de receacutem-nascidos em

relaccedilatildeo ao numero de consultas preacute-natal Observa-se inclusive que o niacutevel de oacutebitos

decresceu graccedilas ao aumento percentual de incidecircncia de 7 ou mais consulta para as matildees em

todas as AP excetuando as AP 22 e AP 33 Fernandes (2016) reforccedila que a proporccedilatildeo de

atendimentos e consultas de preacute-natal tem sido fundamental na relaccedilatildeo direta da diminuiccedilatildeo

da ocorrecircncia do baixo peso dos receacutem-natos comparando-se com os percentuais de

incidecircncia de baixo peso quando natildeo haacute um expressivo nuacutemero de consultas de preacute-natal

Em relaccedilatildeo agrave idade gestacional o maior nuacutemero de oacutebitos infantis da AP 10 tenha

ocorrido em nascidos vivos entre a 37- 41 semanas de gestaccedilatildeo e somente em seguida os

prematuros entre a 22-27 semanas de gestaccedilatildeo de 2007 a 2015 embora um estudo de Klein

(2012) a natimortalidade e a neomortalidade encontrem-se mais associadas agrave baixa idade

gestacional

Os nascimentos ocorridos em maternidades do SUS aumentaram 17 na AP 10 nos

triecircnios analisados presumindo-se aumento de oferta de leitos puacuteblicos na aacuterea enquanto no

71

MRJ houve um aumento menor de 57 Para Barbeiro (2015) a mortalidade fetal pode ser

encontrada em maior nuacutemero em gestantes com condiccedilotildees socioeconocircmicas precaacuterias que

satildeo aquelas que utilizam as maternidades do SUS

Nesse trabalho natildeo foram levados em conta outros fatores de risco para mortalidade

infantil tais como a escolaridade da matildee a presenccedila de gestaccedilotildees anteriores ao parto atual

Apgar de 5ordm minuto menor ou igual a 7 a raccedilacor da matildee entre outros assim como outros

fatores relacionados agrave morte infantil que poderatildeo ser explorados em estudos posteriores

Embora tenha ocorrido um aumento importante de oacutebitos infantis em 2015 na AP 10

que chamou dos gestores da SMS analisando-se por triecircnios a Mortalidade Infantil na AP 10

e no MRJ observamos reduccedilatildeo de suas taxas em relaccedilatildeo a todos os seus componentes ao

longo do periacuteodo estudado

A taxa de mortalidade infantil na AP 10 em 2015 era de 144 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos superior a do MRJ no mesmo ano que foi de 121 oacutebitos infantis por mil

nascidos vivos Satildeo taxas essas ainda altas quando comparadas a paiacuteses jaacute mencionados como

Japatildeo (TMI 20) Canadaacute (TMI 40) e Estados Unidos da Ameacuterica (TMI 60) (UNICEF

2015)

O componente poacutes-neonatal estaacute mais relacionado agraves condiccedilotildees baacutesicas de sauacutede

como a aacutegua tratada saneamento baacutesico acesso agrave assistecircncia agrave sauacutede condiccedilotildees

socioeconocircmicas especialmente as relativas agrave renda Essas condiccedilotildees satildeo passiacuteveis de serem

modificadas atraveacutes de uma poliacutetica de sauacutede que atenda a essas necessidades Outros fatores

que influenciam as condiccedilotildees de vida aleacutem da renda familiar satildeo o grau de escolaridade dos

pais o acesso uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e moradia salubre (FERRARI 2012) Em 2013 as

principais causas poacutes-neonatais no MRJ foram segundo o capiacutetulo da CID 10 as

Malformaccedilotildees congecircnitas deformidades e anomalias cromossocircmicas (cap XVII) 253 as

Doenccedilas do aparelho respiratoacuterio- pneumonia e bronquiolite aguda- (cap X) 178

Algumas afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal (cap XVI) 128 e Algumas doenccedilas

infecciosas e parasitaacuterias (cap I) 109 As causas baacutesicas segundo causas externas foi por

Riscos NE a respiraccedilatildeo (W84) 50 e Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico (W78) 325(site da

SUBPAV acesso em 18052017)

A principal causa neonatal de oacutebito infantil no MRJ em 2015 correspondeu ao feto e

receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees maternas natildeo obrigatoriamente relacionadas com agrave

gravidez atual (CID P00) afecccedilotildees essas principalmente relacionadas a transtornos maternos

hipertensivos e do trato urinaacuterio As outras duas grandes causas de morte infantil no MRJ

72

corresponderam a ldquoSepticemia bacteriana do receacutem-nascidordquo (CID P36) e ldquoOutras

malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeordquo (CID Q24) Ainda em 2015 698 dos oacutebitos infantis

foram por causas evitaacuteveis no MRJ Houve uma reduccedilatildeo de 105 na taxa de mortalidade

infantil no MRJ por causas evitaacuteveis nos triecircnios analisados Essa reduccedilatildeo deveu-se

principalmente agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Houve um

aumento da TMI devido agraves causas Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo

Embora tenha ocorrido uma reduccedilatildeo da Mortalidade Infantil no MRJ e tambeacutem na

AP10 no periacuteodo estudado ainda observa-se uma proporccedilatildeo importante de Causas Evitaacuteveis

por Intervenccedilatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede relacionadas aos oacutebitos infantis

Em 2015 a AP 10 apresentou 716 dos oacutebitos por Causas evitaacuteveis Houve reduccedilatildeo

de suas TMI nos triecircnios estudados sendo a maior reduccedilatildeo devida agraves Causas Mal Definidas

(reduccedilatildeo de 321) A TMI (103) em 2015 que se relacionou agraves causas evitaacuteveis de oacutebitos

infantis principalmente agraves causas ldquoReduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeordquo

(358) mostram assim a importacircncia da atenccedilatildeo agrave sauacutede da gestante na assistecircncia Preacute Natal

da Atenccedilatildeo Primaacuteria e na rede de serviccedilos

A gestante quando apresenta um nuacutemero de consultas preacute- natais maior ou igual a seis

e o iniacutecio dessas consultas se faz de maneira precoce esses fatores exercem uma proteccedilatildeo agrave

gestante e ao RN A boa qualidade dessa atenccedilatildeo durante a gestaccedilatildeo tambeacutem faz com que haja

diminuiccedilatildeo da morte infantil (SILVA 2013) Esses oacutebitos poderatildeo ser evitados cada vez

mais atraveacutes de accedilotildees preventivas diagnoacutestico e tratamento precoce pelos serviccedilos de sauacutede

Estudos apontam que o as gestante que realizam 6 ou mais consultas de preacute-natal tem 4 x

menos chances que seu filho venha a oacutebito (BRUM 2015)

A hipertensatildeo eclampsia infecccedilatildeo urinaacuteria hemorragia anemia e idade gestacional

inferior a 37 semanas satildeo fatores relacionados agrave gestante que se associam agrave prematuridade e

ao baixo peso ao nascer Com o controle devido desses fatores atraveacutes de assistecircncia adequada

ao preacute- natal os oacutebitos infantis podem ser evitados (SILVA 2013) Daiacute a importacircncia da

gestante ter faacutecil acesso ao serviccedilo de sauacutede para fazer um exame preacute-natal adequado e ser

referenciada a uma maternidade para completar a sua assistecircncia e a de seu filho A maior

parte dos partos ocorre em hospitais mas isso natildeo impede os altos iacutendices de

morbimortalidade materna e perinatal produzidas por uma assistecircncia possivelmente falha

somada a um desnecessaacuterio e elevado nuacutemero de cesarianas Um adequado controle preacute-natal

assim como a prevenccedilatildeo de cesarianas sem indicaccedilotildees teacutecnicas especiacuteficas levando agrave

prematuridade iatrogecircnica podem contribuir significativamente para a reduccedilatildeo desses oacutebitos

(LANSKY 2014)

73

As afecccedilotildees perinatais encontram-se relacionadas ao cuidado preacute- natal e agrave gestante agraves

condiccedilotildees do receacutem- nascido e ao parto (Bezerra 2007) A concentraccedilatildeo maior das causas

evitaacuteveis desses oacutebitos se encontra no grupo das causas reduziacuteveis pela atenccedilatildeo agrave gestaccedilatildeo

parto feto e receacutem-nato em torno de 39 As reduziacuteveis por adequado atenccedilatildeo ao RN

correspondem a 29 seguidas das causas reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao parto (15)

Aquelas que estatildeo ligadas a accedilotildees de diagnoacutestico e tratamento adequados correspondem a

15 as que necessitam de accedilotildees de promoccedilatildeo vinculadas a accedilotildees de atenccedilatildeo se encontram

com 7 das causas e pequena parte se deve a accedilotildees de imunizaccedilotildees (BEZERRA 2007)

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Atraveacutes desse estudo observamos que apesar da Mortalidade Infantil no MRJ e na AP

10 tenham decrescido nos triecircnios analisados ambos satildeo ainda altas taxas de mortalidade

infantil Apesar do decliacutenio da TMI ocorrer haacute deacutecadas se faz necessaacuterio a elaboraccedilatildeo de

estrateacutegias de enfrentamento de suas causas que satildeo na sua maioria evitaacuteveis A ampliaccedilatildeo da

vigilacircncia de oacutebitos no MRJ foi uma importante estrateacutegia implantada a fim de contribuir para

a melhor qualificaccedilatildeo das causas de morte infantil para que se faccedilam accedilotildees que diminuam os

oacutebitos infantis por causas que possam ser evitadas

Em virtude da ocorrecircncia importante de oacutebitos infantis em filhos de matildees

adolescentes haacute portanto a necessidade de incrementar accedilotildees de prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo em

sauacutede da mulher principalmente nas faixas etaacuterias extremas e em especial nas adolescentes

Pesquisas relacionadas agrave idade materna assim como a outros fatores relacionados agrave morte

infantil tambeacutem devem ser ampliadas Aleacutem disso eacute importante que se invista em accedilotildees de

poliacuteticas publicas que objetivem conscientizaccedilatildeo desses jovens do ponto de vista da educaccedilatildeo

sexual com orientaccedilotildees sobre o uso de preservativos e planejamento familiar

Devido ao aumento da cesariana tanto no MRJ como na AP 10 esforccedilos devem ser

feitos para que a cesariana seja feita apenas com recomendaccedilotildees teacutecnicas precisas e natildeo

indiscriminadamente para gestante de baixo risco Eacute importante preparar a gestante durante o

cuidado preacute-natal e enfatizar a importacircncia do parto humanizado

Um preacute-natal qualificado agrave gestante tem importacircncia fundamental para a diminuiccedilatildeo

dos oacutebitos infantis

Essa pesquisa foi realizada com a perspectiva de contribuir com a Coordenadoria da

AP 10 atraveacutes de dados recentes para uma melhor visibilidade da tendecircncia da mortalidade

74

infantil e de seus componentes assim como os fatores de risco relacionados Os dados aqui

apresentados seratildeo disponibilizados para a gestatildeo da CAP 10 a fim de que seja produzido um

informe teacutecnico especiacutefico sobre Mortalidade Infantil sensibilizando profissionais e gestores

da APS sobre a necessidade de reduccedilatildeo das causas de oacutebitos evitaacuteveis por intervenccedilotildees do

SUS

Como este foi um estudo exploratoacuterio descritivo natildeo eacute possiacutevel estabelecer-se relaccedilatildeo

entre o aumento da cobertura da APS na aacuterea e os indicadores de oacutebitos infantis Entretanto o

quadro geral apresentado na AP 10 mostra-se como ainda instaacutevel considerando-se a

expectativa de reduccedilatildeo da TMI na medida em que ocorre maior oferta de serviccedilos na APS

75

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2009

80

ANEXO 1

Teto credenciamento e implantaccedilatildeo das estrateacutegias de Agentes Comunitaacuterios de

Sauacutede Sauacutede da Famiacutelia e Sauacutede Bucal- MRJ- Jan de 1999 a Dez de 2016

Ano Mecircs Populaccedilatildeo

Equipe de Sauacutede da Famiacutelia

Equipe de Sauacutede

Bucal

Modalidade I

Implantados Proporccedilatildeo de cobertura populacional estimada Credenciadas pelo

Ministeacuterio da Sauacutede

1999 01 5569181 0 000 0

1999 12 5569181 0 000 0

2000 01 5598953 0 000 0

2000 12 5598953 22 136 0

2001 01 5613897 22 135 0

2001 12 5897485 19 111 0

2002 01 5897485 19 111 0

2002 12 5897485 23 135 0

2003 01 5897485 23 135 0

2003 12 5937253 23 134 0

2004 01 5937253 23 134 0

2004 12 5974081 57 329 0

2005 01 5974081 57 329 50

2005 12 5974081 96 554 0

2006 01 5974081 98 566 0

2006 12 6094183 118 668 0

2007 01 6094183 119 674 0

2007 12 6136652 131 736 35

2008 01 6136652 144 810 35

2008 12 6136652 128 720 35

2009 01 6161047 124 694 35

2009 12 6161047 165 924 35

2010 01 6161047 170 952 35

2010 12 6186710 266 1483 228

2011 01 6186710 281 1567 228

2011 12 6320446 506 2762 228

2012 01 6320446 585 3193 228

2012 12 6355949 734 3984 528

2013 01 6355949 749 4066 528

2013 12 6390290 730 3941 528

2014 01 6390290 720 3887 528

2014 12 6390290 831 4486 528

2015 01 6390290 832 4492 528

2015 12 6390290 855 4616 528

2016 01 6390290 855 4616 528

Fonte MSSASDAB e IBGE

81

ANEXO 2

Lista de Causas de Mortes Evitaacuteveis por Intervenccedilotildees do

Sistema Uacutenico de Sauacutede do Brasil

Para menores de 5 anos no Grupo 1 - Causas Evitaacuteveis destacam-se

1 Grupo 1 - Causas evitaacuteveis

11 Reduziacuteveis por accedilotildees de imunoprevenccedilatildeo Tuberculose do sistema nervoso (A17)

Tuberculose miliar (A19) Teacutetano neonatal (A33) Outros tipos de teacutetano (A35) Difteria

(A36) Coqueluche (A37) Poliomielite aguda (A80) Sarampo (B05) Rubeacuteola (B06)

Hepatite B (B16) Caxumba (B260) Meningite por Haemophilus (G000) Rubeacuteola congecircnita

(P350) Hepatite viral congecircnita (P353)

12 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo parto feto e ao receacutem-nascido

121 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher na gestaccedilatildeo Siacutefilis congecircnita (A50)

Doenccedilas pelo viacuterus da imunodeficiecircncia humana (B20 a B24) Feto e receacutem-nascidos afetados

por complicaccedilotildees da placenta e das membranas (P022 P023 P027 P028 P029) Afecccedilotildees

maternas que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P00 P04) Complicaccedilotildees maternas da

gravidez que afetam o feto ou o receacutem-nascido (P01) Crescimento fetal retardado e

desnutriccedilatildeo fetal (P05) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo de curta duraccedilatildeo e baixo peso

ao nascer natildeo classificados em outra parte (P07) Siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do

receacutem-nascido (P220) Hemorragia pulmonar originada no periacuteodo perinatal (P26)

Hemorragia intracraniana natildeo traumaacutetica do feto e do receacutem-nascido (P52) Isoimunizaccedilatildeo Rh

e ABO do feto ou do receacutem-nascido (P550 P551) Doenccedilas hemoliacuteticas do feto ou do

receacutem-nascido devidas agrave isoimunizaccedilatildeo (P558 a P579) Enterocolite necrotizante do feto e

do receacutem-nascido (P77)

122 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo agrave mulher no parto Placenta preacutevia e descolamento

prematuro da placenta (P020 a P021) Feto e receacutem-nascido afetados por afecccedilotildees do cordatildeo

umbilical (P024 a P026) Outras complicaccedilotildees do trabalho de parto ou do parto que afetam o

receacutem-nascido (P03) Transtornos relacionados com gestaccedilatildeo prolongada e peso elevado ao

nascer (P08) Traumatismo de parto (P10 a P15) Hipoacutexia intra-uterina e asfixia ao nascer

(P20 P21) Aspiraccedilatildeo neonatal (P24 exceto P243)

82

123 Reduziacuteveis por adequada atenccedilatildeo ao feto e ao receacutem-nascido Transtornos respiratoacuterios

especiacuteficos do periacuteodo perinatal (P221 P228 P229 P23 P25 P27 P28) Infecccedilotildees

especiacuteficas do periacuteodo perinatal (P35 a P399 exceto P350 e P353) Hemorragia neonatal

(P50 a P54) Outras icteriacutecias perinatais (P58 P59) Transtornos endoacutecrinos e metaboacutelicos

transitoacuterios especiacuteficos e do receacutem-nascido (P70 a P74) Transtornos hematoloacutegicos do

receacutem-nascido (P60 P61) Transtornos do aparelho digestivo do receacutem-nascido (P75 a P78)

Afecccedilotildees que comprometem o tegumento e a regulaccedilatildeo teacutermica do receacutem-nascido (P80 a

P83) Outros transtornos originados no periacuteodo perinatal (P90 a P968)

13 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de diagnoacutestico e tratamento Tuberculose respiratoacuteria

com confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A15) Tuberculose das vias respiratoacuterias sem

confirmaccedilatildeo bacterioloacutegica e histoloacutegica (A16) Tuberculose de outros oacutergatildeos (A18)

Meningite (G001 a G03) Infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas superiores (J00 a J06) Pneumonia

(J12 a J18) Outras infecccedilotildees agudas das vias aeacutereas inferiores (J20 a J22) Edema de laringe

(J384) Doenccedilas crocircnicas das vias aeacutereas inferiores (J40 a J47 exceto J43 e J44) Doenccedilas

pulmonares devidas a agentes externos (J68 a J69) Outras doenccedilas causadas por clamiacutedias

(A70 a A74) Outras doenccedilas bacterianas (A30 A31 A32 A38 A39 A40 A41 A46 A49)

Hipotireoidismo congecircnito (E030 E031) Diabetes mellitus (E10 a E14) Distuacuterbios

metaboacutelicos ndash fenilcetonuacuteria (E700) e deficiecircncia congecircnita de lactase (E730) Epilepsia

(G40 G41) Siacutendrome de Down (Q90) Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio (N390) Febre reumaacutetica e

doenccedila cardiacuteaca reumaacutetica (I00 a I09)

14 Reduziacuteveis por accedilotildees adequadas de promoccedilatildeo agrave sauacutede vinculadas a accedilotildees adequadas de

atenccedilatildeo agrave sauacutede Doenccedilas infecciosas intestinais (A00 a A09) Algumas doenccedilas bacterianas

zoonoacuteticas (A20 a A28) Febres por arboviacuterus e febres hemorraacutegicas virais (A90 a A99)

Rickettsioses (A75 a A79) Raiva (A82) Doenccedilas devidas a protozoaacuterios (B50 a B64)

Helmintiacuteases (B65 a B83) Outras doenccedilas infecciosas (B99) Anemias nutricionais (D50 a

D53) Deficiecircncias nutricionais (E40 a E64) Desidrataccedilatildeo (E86) Acidentes de transportes

(V01 a V99) Envenenamento acidental por exposiccedilatildeo a substacircncias nocivas (X40 a X44)

Intoxicaccedilatildeo acidental por outras substacircncias (X45 a X49) Siacutendrome da morte suacutebita na

infacircncia (R95) Quedas acidentais (W00 a W19) Exposiccedilatildeo ao fumo ao fogo e agraves chamas

(X00 a X09) Exposiccedilatildeo agraves forccedilas da natureza (X30 a X39) Afogamento e submersatildeo

acidentais (W65 a W74) Outros riscos acidentais agrave respiraccedilatildeo (W75 a W84) Exposiccedilatildeo agrave

corrente eleacutetrica agrave radiaccedilatildeo e a temperaturas e pressotildees extremas do ambiente (W85 a W99)

Agressotildees (X85 a Y09) Eventos cuja intenccedilatildeo eacute indeterminada (Y10 a Y34) Exposiccedilatildeo a

forccedilas mecacircnicas inanimadas (W20 a W49) Acidentes ocorridos em pacientes durante

83

prestaccedilatildeo de cuidados meacutedicos e ciruacutergicos (Y60 a Y69) Reaccedilatildeo anormal em pacientes ou

complicaccedilatildeo tardia causadas por procedimentos ciruacutergicos e outros procedimentos meacutedicos

sem menccedilatildeo de acidentes ao tempo do procedimento (Y83 a Y84) Efeitos adversos de

drogas medicamentos e substacircncias bioloacutegicas usadas com finalidade terapecircutica (Y40 a

Y59)

No grupo 2 - Causas de morte mal-definidas

2 Causas de morte mal-definidas Sintomas sinais e achados anormais de exames cliacutenicos e

de laboratoacuterio natildeo classificados em outra parte (R00 a R99 exceto R95) Morte fetal de causa

natildeo especificada (P95) Afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal natildeo especificadas (P 969)

No grupo 3 - Demais causas de morte (natildeo claramente evitaacuteveis)

1 Demais causas (natildeo claramente evitaacuteveis) As demais causas de morte O grupo de

especialistas sugeriu que as anaacutelises fossem processadas por peso ao nascer

considerando evitaacuteveis as mortes de casos com peso a partir de 1500g subdivididos

nas seguintes categorias 1500g a 2499g ge2500g Recomendou-se realizar novas

validaccedilotildees da lista e verificar criteacuterios de magnitude para inclusatildeo na lista Os

acidentes de tracircnsitotransporte antes incluindo os coacutedigos V01 a V89 passaram

incluir os coacutedigos de V01 a V99

84

ANEXO 3

Oacutebitos Infantis Totais segundo causa por categoria da CID no MRJ Causa (CID10 3C) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

P00 -Feto e RN afetados afecccedilotildees maternas natildeo

obrigatoriamente relac gravidez atual (NCOP) 58 62 104 109 94 123 137 97 107 891

P22 Desconforto respiratoacuterio do RN 129 106 113 95 79 69 79 80 61 811

P36 Septicemia bacteriana do RN 75 90 78 66 52 64 78 80 97 680

P01 Feto e RN afet complic maternas gravidez 30 49 66 56 67 69 63 53 64 517

Q24 Outr malformaccedilotildees congecircnitas do coraccedilatildeo 55 57 51 42 50 53 62 56 40 466

P02 Fet rec-nasc afet compl plac cord umb

membr 34 46 38 52 44 58 50 34 61 417

J18 Pneumonia pmicroorg NE 50 36 47 33 42 42 47 27 41 365

R99 Outr causas mal definidas e NE

mortalidade 38 30 30 40 41 31 28 27 25 290

P21 Asfixia ao nascer 44 43 42 25 20 22 22 24 31 273

W84 Riscos NE a respiracao 14 21 20 35 29 34 23 21 30 227

P96 Outr afeccoes originadas periodo

perinatal 31 30 31 29 16 19 26 19 22 223

P07 Transt rel gest curt dur peso baix nasc

NCOP 23 25 30 26 13 11 22 21 23 194

P24 Sindr de aspiracao neonatal 28 17 16 17 20 24 24 22 21 189

Q89 Outr malformaccedilotildees congen NCOP 18 17 18 22 28 26 27 18 15 189

Q33 Malformaccedilotildees congen do pulmao 26 28 26 25 19 16 18 18 9 185

J21 Bronquiolite aguda 14 10 17 16 25 20 20 10 22 154

A50 Siacutefilis congecircnita 5 7 11 20 22 27 23 15 23 153

P77 Enterocolite necrotizante do feto e RN 9 20 14 8 16 21 21 24 20 153

A41 Outr septicemias 29 14 13 13 15 11 19 19 6 139

Q91 Sindr de Edwards e sindr de Patau 10 15 9 14 24 21 11 12 12 128

Q79 Malformaccedilotildees congen sist osteomuscular

NCOP 16 9 12 14 12 17 19 8 18 125

Q25 Malformaccedilotildees congen das grandes

arterias 7 19 18 16 14 11 11 12 14 122

Q20 Malformaccedilotildees congen camaras e

comunicaccedilotildees card 13 15 12 14 11 6 9 8 14 102

P29 Transt cardiovasc orig periacuteodo perinatal 16 7 12 15 5 9 8 18 11 101

Q00 Anencefalia e malformacoes similares 14 20 8 9 13 13 6 8 10 101

W78 Inalaccedilatildeo do conteuacutedo gaacutestrico 11 11 9 9 10 11 16 10 13 100

Q21 Malformaccedilotildees congen dos septos

cardiacos 9 17 14 6 16 11 4 12 7 96

P20 Hipoacutexia intra-uterina 11 8 3 8 10 10 7 14 15 86

Q04 Outr malformaccedilotildees congen do ceacuterebro 10 5 8 9 6 8 6 13 17 82

P03 Fet rec-nasc afet out compl trab parto

parto 7 14 18 10 10 8 6 4 5 82

P39 Outr infecc especificas do periodo

perinatal 12 17 12 7 8 5 8 3 3 75

P28 Outr afeccoes respirat orig per perinatal 8 5 8 4 9 4 4 11 19 72

A09 Diarreia e gastroenterite orig infecc

presum 10 10 11 7 5 4 5 8 8 68

Q03 Hidrocefalia congen 8 4 10 10 6 6 5 8 10 67

Q90 Sindr de Down 6 11 7 3 8 6 7 4 7 59

P23 Pneumonia congen 7 7 7 11 5 5 5 5 5 57

Q99 Outr anomalias dos cromossomos NCOP 5 4 5 5 3 11 10 5 8 56

P26 Hemorragia pulmonar orig periodo

perinatal 5 5 5 3 6 7 10 3 11 55

P27 Doenc respirat cron orig periodo perinatal 2 8 4 10 9 8 3 7 4 55

G80 Paralisia cerebral infantil 3 3 4 9 8 9 6 2 2 46

P04 Fet rec-nasc infl af noc trans plac leit mat 4 5 6 6 10 3 3 5 2 44

G00 Meningite bacter NCOP 7 6 6 7 7 3 2 5 1 44

W79 nalacao ingest aliment caus obstr trat resp 2 3 5 3 1 6 4 4 6 34

Q87 Outr sindr cmalform cong q acomet mult

sist 0 3 7 2 3 1 5 8 5 34

P61 Outr transt hematologicos perinatais 1 5 3 2 7 5 4 5 2 34

P25 Enfisema interst afecc corr orig per perinat 5 6 8 4 3 1 2 3 0 32

85

Q23Malformaccedilotildees congen v aortica e mitral 3 1 2 5 4 1 4 3 8 31

P37 Outr doenc infecc e parasit congen 1 5 3 2 4 2 7 3 4 31

P52 Hemorragia intracran nao-traum feto rec-

nasc 6 4 5 3 3 0 3 4 2 30

Q60 Agenesia renal e outr defeitos reducao

rim 3 3 1 5 4 1 0 7 5 29

A39 Infecc meningogocica 1 5 7 3 2 3 4 2 2 29

J69 Pneumonite dev solidos e liquidos 4 7 5 0 5 5 1 0 1 28

Q22 Malform congen valvas pulmonar

tricuspide 4 4 2 4 3 4 0 3 3 27

I27 Outr form de doenc cardiaca pulmonar 2 7 2 2 3 4 1 1 3 25

Q39 Malformacoes congen do esofago 4 2 0 5 5 4 1 1 2 24

J98 Outr transt respirat 0 6 3 4 2 3 2 3 1 24

P83 Outr afecc compr tegum espec feto rec-

nasc 2 5 2 3 0 2 0 4 5 23

Q61 Doenc cisticas do rim 1 2 1 4 3 2 2 4 3 22

G04 Encefalite mielite e encefalomielite 1 2 3 4 3 3 3 0 3 22

I42 Cardiomiopatias 4 2 0 1 2 1 0 2 9 21

Q43 Outr malformaccedilotildees congen do intestino 3 2 1 1 3 3 3 3 2 21

E46 Desnutric proteico-calorica NE 4 4 1 2 3 4 1 1 1 21

K56 Ileo paralitico e obstr intestinal shernia 3 0 2 1 3 1 1 5 4 20

G93 Outr transt do encefalo 4 4 2 2 1 0 1 3 2 19

Q01 Encefalocele 0 3 4 1 2 4 3 1 1 19

Q44 Malformaccedilotildees congen vesic biliar via

biliar fiacutegado 0 1 1 3 3 1 4 3 1 17

E88 Outr disturbios metabolicos 1 4 2 3 1 0 3 1 1 16

I51 Complic cardiopatias doenc cardiacas mal

def 3 3 0 1 3 0 0 4 1 15

Q05 Espinha bifida 4 1 1 1 2 1 2 2 1 15

P05 Crescimento fetal retard e desnutric fetal 4 3 2 2 0 0 1 2 1 15

Y34 Fatos ou eventos NE e intenc nao

determinada 1 1 2 2 2 2 3 1 1 15

P70 Trans transit metab carboid esp fet rec-

nasc 3 0 0 1 0 5 1 3 1 14

Q77 Osteocondr canom cresc ossos long col

vert 2 0 2 0 2 2 5 0 1 14

P55 Doenc hemolitica do feto e do recem-

nascido 0 1 3 0 2 1 2 2 2 13

Q42 Ausencia atresia e estenose congen do

colon 2 0 1 2 1 2 1 3 1 13

Q78 Outr osteocondrodisplasias 2 1 0 2 0 1 4 2 1 13

B20 Doenc pHIV result doenc infecc e

parasit 2 4 1 1 0 0 3 1 1 13

P60 Coagulacao intravasc dissem feto rec-

nasc 3 0 2 0 1 3 4 0 0 13

P35 Doenc virais congen 3 4 0 1 1 3 1 0 0 13

G03 Meningite dev outr causas e a causas NE 3 3 1 1 0 1 0 2 1 12

A37 Coqueluche 0 0 1 0 1 5 0 1 3 11

Q07 Outr malformacoes congen do sist

nervoso 0 2 2 2 0 2 0 2 1 11

B01 Varicela 1 1 1 2 3 2 1 0 0 11

P74 Outr dist eletrolit metab transit per neonat 3 0 4 0 2 2 0 0 0 11

Q64 Outr malformacoes congen aparelho

urinario 2 0 2 1 1 1 1 0 2 10

Q62 Anom cong obstr pelv renal malf cong

ureter 1 1 1 0 1 2 2 1 1 10

E86 Deplecao de volume 3 1 1 3 2 0 0 0 0 10

P78 Outr transt ap digestivo periodo perinatal 0 0 1 2 1 0 1 1 3 9

N39 Outr transt do trato urinario 1 1 0 0 1 1 2 1 2 9

Q32 Malformaccedilotildees congecircnitas de traqueacuteia e

brocircnquios 0 1 0 3 0 0 2 2 1 9

Q41Ausecircncia atresia estenose congecircnita

intestino delgado 1 0 0 3 2 1 0 1 1 9

J15 Pneumonia bacteriana NCOP 1 2 1 0 3 0 0 1 1 9

K21 Doenc de refluxo gastroesofaacutegico 2 1 0 1 0 3 0 2 0 9

K72 Insuf hepatica NCOP 1 0 1 1 2 2 1 1 0 9

W75 Sufocaccedilatildeo e estrangulamento acidental na 0 0 0 1 1 1 0 4 1 8

86

cama

G91 Hidrocefalia 0 0 0 1 1 0 2 3 1 8

Q63 Outr malformacoes congen do rim 0 0 0 2 3 0 0 3 0 8

C71 Neopl malig do encefalo 3 0 1 1 3 0 0 0 0 8

Q75 Outr malformacoes congen ossos cranio e

face 1 0 1 0 0 0 2 0 3 7

Q02 Microcefalia 1 1 0 0 0 1 1 1 2 7

E84 Fibrose cistica 1 1 1 0 0 1 0 3 0 7

A91 Febre hemorragica dev virus do dengue 0 6 0 0 1 0 0 0 0 7

J45 Asma 3 1 2 1 0 0 0 0 0 7

H66 Otite media supurativa e as NE 0 0 0 0 1 1 1 1 2 6

E43 Desnutric proteico-calorica grave NE 0 1 0 1 0 1 1 1 1 6

Q28 Outr malform congen aparelho

circulatorio 3 0 1 0 0 0 1 0 1 6

E87 Outr transt equil hidroeletr e acido-basic 1 1 2 0 0 1 0 0 1 6

Q31 Malformacoes congen da laringe 0 2 0 0 0 0 1 3 0 6

W04 Queda enquanto carreg apoiado poutr

pessoas 0 0 2 1 0 1 1 1 0 6

A90 Dengue 1 3 0 0 1 0 1 0 0 6

Y07 Outr sindr de maus tratos 0 0 3 0 3 0 0 0 0 6

D65 Coagulacao intravascular disseminada 3 0 1 0 2 0 0 0 0 6

R95 Sindr da morte subita na infancia 0 1 0 0 0 0 1 2 1 5

B25 Doenc pcitomegalovirus 0 0 0 2 0 0 1 1 1 5

I62 Outr hemorragias intracranianas nao-

traum 0 2 0 0 0 0 1 1 1 5

I50 Insuf cardiaca 0 1 0 2 0 0 1 0 1 5

P76 Outr obstrucoes intestinais do recem-

nascido 0 1 1 0 1 1 0 0 1 5

K92 Outr doenc do aparelho digestivo 1 0 2 1 0 0 0 0 1 5

I31 Outr doenc do pericardio 0 0 1 1 1 0 1 1 0 5

J20 Bronquite aguda 0 0 0 0 1 3 0 1 0 5

A04 Outr infecc intestinais bacter 0 1 2 1 0 0 0 1 0 5

G40 Epilepsia 0 0 1 1 0 1 2 0 0 5

R68 Outr sint e sinais gerais 3 0 0 0 0 0 2 0 0 5

P56 Hidropsia fetal dev doenc hemolitica 1 1 2 0 0 0 1 0 0 5

X09 Exposicao a tipo NE de fumacas fogo

chamas 0 0 1 0 1 3 0 0 0 5

D57 Transt falciformes 1 0 1 1 1 1 0 0 0 5

G12 Atrofia muscular espinal e sindr

correlatas 0 1 0 0 0 0 1 0 2 4

Q45 Outr malformacoes congen aparelho

digestivo 1 0 0 0 0 0 1 0 2 4

A19 Tuberc miliar 0 0 0 1 1 0 0 1 1 4

I40 Miocardite aguda 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q26 Malformacoes congen das grandes veias 0 1 1 0 0 0 0 1 1 4

Q37 Fenda labial cfenda palatina 0 0 0 0 0 1 2 0 1 4

E75 Disturb metab esfingolip e outr depos

lipid 0 0 0 0 1 0 2 0 1 4

Q93 Monossomias e delecoes dos autossomos

NCOP 0 0 0 1 0 1 1 0 1 4

N19 Insuf renal NE 0 2 0 0 1 0 0 0 1 4

W06 Queda de um leito 0 0 0 0 1 1 1 1 0 4

Q30 Malformacao congen do nariz 0 1 1 0 0 0 1 1 0 4

N17 Insuf renal aguda 0 1 0 1 1 0 0 1 0 4

P90 Convulsoes do recem-nascido 1 2 0 0 0 0 0 1 0 4

P54 Outr hemorragias neonatais 0 0 1 0 1 0 2 0 0 4

V03 Pedestre traum colis automov pickup

caminhon 0 0 3 0 0 0 1 0 0 4

D64 Outr anemias 0 0 2 1 0 1 0 0 0 4

W74 Afogamento e submersao NE 1 0 1 1 0 1 0 0 0 4

K83 Outr doenc das vias biliares 0 2 1 0 0 1 0 0 0 4

P91 Outr disturbios funcao cerebral rec-nasc 0 2 0 1 1 0 0 0 0 4

N13 Uropatia obstrutiva e prefluxo 2 1 0 0 1 0 0 0 0 4

C74 Neopl malig da gland supra-renal 1 0 2 1 0 0 0 0 0 4

J22 Infecc agudas NE das vias aereas infer 0 0 0 1 0 0 0 0 2 3

J90 Derrame pleural NCOP 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3

P38 Onfalite recem-nasc cou shemorragia 1 0 0 0 0 0 0 1 1 3

87

leve

E74 Outr disturbios do metabolismo

carboidratos 0 0 0 0 0 2 0 0 1 3

X59 Exposicao a fatores NE 0 0 0 0 1 1 0 0 1 3

I33 Endocardite aguda e subaguda 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3

V09 Pedestre traum outr acid transp e NE 0 0 0 1 1 0 0 0 1 3

Y09 Agressao pmeios NE 1 0 0 0 1 0 0 0 1 3

I61 Hemorragia intracerebral 0 0 0 0 1 0 1 1 0 3

B22 Doenc pHIV result em outr doenc espec 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

W19 Queda sespecificacao 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3

P80 Hipotermia do recem-nascido 1 0 0 0 0 1 0 1 0 3

K55 Transt vasculares do intestino 0 0 1 1 0 0 0 1 0 3

Q27 Outr malformacoes congen sist vasc perif 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3

A16 Tuberc vias respirat sconf bacter histol 0 1 0 0 0 0 2 0 0 3

L03 Celulite 0 0 0 0 1 1 1 0 0 3

K40 Hernia inguinal 0 0 0 1 1 0 1 0 0 3

Y19 Env out prod quim subst noc e NE int n

det 0 0 0 1 1 1 0 0 0 3

J38 Doenc das cordas vocais e da laringe

NCOP 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3

C92 Leucemia mieloide 0 0 1 1 0 1 0 0 0 3

J96 Insuf respirat NCOP 1 0 1 0 0 1 0 0 0 3

J80 Sindr do desconforto respirat do adulto 0 0 1 0 2 0 0 0 0 3

Q40 Outr malform congen trato digestivo

super 0 0 1 1 1 0 0 0 0 3

A17 Tuberc do sist nervoso 1 1 0 0 1 0 0 0 0 3

P58 Ictericia neonatal dev outr hemolises

excess 0 0 2 1 0 0 0 0 0 3

D68 Outr defeitos da coagulacao 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

P15 Outr traum de parto 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

J09 Influenza (gripe) devida a viacuterus

identificado da gripe aviaacuteria

0 0 3 0 0 0 0 0 0 3

B99 Doenc infecc outr e as NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

W87 Exposicao a corrente eletrica NE 1 1 1 0 0 0 0 0 0 3

P72 Outr transt endocrinos transit period

neonat 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

I21 Infarto agudo do miocardio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2

D61 Outr anemias aplasticas 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2

A86 Encefalite viral NE 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

V47 Ocup automovel traum colis obj fixo

parado 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2

E72 Outr disturbios metabolismo de

aminoacidos 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2

J12 Pneumonia viral NCOP 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Y04 Agressao pmeio de forca corporal 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

Y06 Negligencia e abandono 0 0 0 0 1 0 0 1 0 2

R09 Outr sint sinais relat ap circulat respirat 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2

E70 Disturbios metabolism aminoacidos

aromaticos 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

K31 Outr doenc do estomago e do duodeno 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2

I88 Linfadenite inespecifica 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2

D76 Alg doenc q env tec linforr e sist

reticuloh 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

E14 Diabetes mellitus NE 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

Y05 Agressao sexual pmeio de forca fisica 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2

D84 Outr imunodeficiencias 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

G71 Transt prim dos musculos 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

J86 Piotorax 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2

Q34 Outr malformacoes congen aparelho

respirat 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2

L02 Abscesso cutaneo furunculo e antraz 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

Q06 Outr malformacoes congen da medula

espinhal 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2

E25 Transt adrenogenitais 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2

D18Hemangioma e linfangioma de qq localiz 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

88

X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2

C76 Neopl malig outr localiz e mal definidas 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

K63 Outr doenc do intestino 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2

J70 Afeccoes respirat dev outr agentes

externos 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

Y83 Reac anorm compl tard interv cirurg

sacid 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2

I60 Hemorragia subaracnoide 0 0 0 1 1 0 0 0 0 2

J06 Infecc agudas vias aereas super loc mult

NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

P59 Ictericia neonatal dev outr causas e as NE 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2

B24 Doenc pHIV NE 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2

P92 Problemas de alimentacao do recem-

nascido 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2

X36 Vitima avalanc desab terra out mov sup

terr 0 0 1 1 0 0 0 0 0 2

J10 Influenza dev virus influenza identificado 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2

C22 Neopl malig figado vias biliares intra-

hepat 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E03 Outr hipotireoidismos 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2

E23 Hipofuncao e outr transt da hipofise 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

E41 Marasmo nutricional 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2

A40 Septicemia estreptococica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

C72 Neop mal med esp nerv cran out sist nerv

cen 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

E71 Dist metab aminoacidos cad ramif e acid

grax 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I26 Embolia pulmonar 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

I80 Flebite e tromboflebite 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

N10 Nefrite tubulo-intersticial aguda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

P50 Perda sanguinea fetal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Q92 Outr trissomias e trissom parc autoss

NCOP 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V04 Pedestre traum colis veic transp pesado

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

V44 Ocup autom traum colis veic trans pesad

onib 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

W20 Impacto caus objeto lanc projetado em

queda 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Y08 Agressao poutr meios espec 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

D59 Anemia hemolitica adquir 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

G60 Neuropatia hereditaria e idiopatica 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

M60 Miosite 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

P53 Doenc hemorragica do feto e do recem-

nascido 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

W08 Queda de outr tipo de mobilia 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X08 Exposicao outr tipo espec fumaca fogo

chamas 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

X91 Agressao enforc estrangulamento

sufocacao 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

B49 Micose NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C33 Neopl malig da traqueia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C38 Neopl malig do coracao mediastino e

pleura 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C73 Neopl malig da gland tireoide 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C95 Leucemia de tipo celular NE 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

J39 Outr doenc das vias aereas super 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

K52 Outr gastroenterites e colites nao-infecc 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q36 Fenda labial 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

Q68 Outr deform osteomusculares congen 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

C64 Neopl malig do rim exceto pelve renal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

C91 Leucemia linfoide 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

D48 Neopl comp incdesconh outr localiz e NE 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J04 Laringite e traqueite agudas 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

J34 Outr transt do nariz e dos seios paranasais 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

L51 Eritema polimorfo 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

Fonte SIMSVSSMS Rio-2017

89

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