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ERA EXPO/PORTELA t. 218 940 900 ERA EXPO/OLIVAIS t. 211 994 940 M3F - Mediação Imobiliária, Lda. AMI 4697. Cada Loja é jurídica e financeiramente independente. ANO II Nr.08 BIMESTRAL FEVEREIRO 2015 - Director: Pedro Santos Pereira Distribuição Gratuita FINALMENTE DISPONÍVEL Após anos de espera as novas instalações do Centro de Saúde estão aí. USF, UCSP e CATUS ficam agora todos juntos. Pág. 6 Rodinhas prolonga percurso Elo Social no Coliseu de Lisboa Tribunal dá razão à AMP Em função das novas instalações do Centro de Saúde, o Rodinhas estendeu o seu percurso, abrangendo também este novo equipamento. Pág. 3 Através da adaptação da peça "Jesus Cristo Superstar" os actores do Elo Social irão subir ao palco do Coliseu. Pág. 10 O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa julgou procedente a providência cautelar interposta pela AMP. Pág. 18 pub Montras de Natal A loja Máquinas de Costura fo a grande vencedora da segunda edição do concurso de Montras de Natal, organi- zado pela Junta de Freguesia. Pág. 5

Moscavide Portela - Fevereiro 2015...da dívida assume ainda um maior sig-nificado, tendo em conta que a receita municipal sofreu um decréscimo de 5 milhões de euros (4,7%) no ano

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Page 1: Moscavide Portela - Fevereiro 2015...da dívida assume ainda um maior sig-nificado, tendo em conta que a receita municipal sofreu um decréscimo de 5 milhões de euros (4,7%) no ano

ERA EXPO/PORTELA t. 218 940 900

ERA EXPO/OLIVAIS t. 211 994 940M3F - Mediação Imobiliária, Lda. AMI 4697. Cada Loja é jurídica e financeiramente independente.ANO II Nr.08 BIMESTRAL FEVEREIRO 2015 - Director: Pedro Santos Pereira

Distribuição Gratuita

FINALMENTEDISPONÍVELApós anos de espera as novas instalações do Centro de Saúde estão aí. USF, UCSP e CATUS ficam agora todos juntos. Pág. 6

Rodinhas prolonga percurso

Elo Social no Coliseu de Lisboa

Tribunal dá razão à AMP

Em função das novas instalações do Centro de Saúde, o Rodinhas estendeu o seu percurso, abrangendo também este novo equipamento.

Pág. 3

Através da adaptação da peça "Jesus Cristo Superstar" os actores do Elo Social irão subir ao palco do Coliseu.

Pág. 10

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa julgou procedente a providência cautelar interposta pela AMP.

Pág. 18

pub

Montras de NatalA loja Máquinas de Costura fo a grande vencedora da segunda edição do concurso de Montras de Natal, organi-zado pela Junta de Freguesia.

Pág. 5

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2 MP EDITORIAL

O meu foco nesta edição do MP vai para o Elo Social. Uma ins-tituição que, dia após dia, tudo tem feito para fazer com que pessoas especiais tenham dias especiais. Como exemplo disso temos a peça de teatro "Jesus Cristo Superstar", que ano após ano tem vindo a crescer, não só em qualidade, mas também em quantidade. Das instalações do Elo Social saltou para o S. Jorge e agora, no mês de Março chega-rá ao Coliseu, cativando cada vez mais pessoas e demonstrando que, quando acreditam em nós, todos somos capazes de che-gar a uma meta. Para uns será um percurso maior, para outros menor, mas isso não tem exclu-sivamente a ver com as incapaci-dades de cada um, mas sim com as condições que nos são dadas,

o grau de confiança que nos é transmitido e a tolerância ao erro que nos é permitida. Qualquer homem e mulher têm na sua mente, quando decidem ser pais, ter um filho sem deficiências, é um princípio comum a todos, pois assim terão mais condições de alcançar os seus objectivos e assim, pensam eles, serem feli-zes. Infelizmente a felicidade não depende das nossas capacida-des físicas, mas sim das pessoas que nos envolvem. Daí a felici-dade não escolher sexo, raça, estrato social ou aptidões físicas, mas sim relações interpessoais. Qualquer um pode ser feliz, ou sendo mais correcto, ter mais momentos de felicidade, assim as pessoas que o rodeiam per-mitam. A dependência que cada um tem do meio que o envolve

a isso obriga. Por isso é de salientar o enorme trabalho feito pelos profissionais do Elo Social, que proporcionam momentos de felicidade a pessoas, muitas das vezes, para não ser muito duro, descriminadas e pouco toleradas.Aliás a tolerância é um dos gran-des problemas da sociedade em que vivemos, não é um problema de hoje, é um problema de sem-pre. Para sublinhar essa falta de tolerância temos um relato impressionante na nossa carta do leitor. Mais do que salientar que estrato etário é mais ou menos tolerante, isso pouco importa por-que é transversal, é de destacar a intolerância para com o pró-ximo. Isso existe devido a uma competitividade excessiva e a um culto da individualidade, que acabamos por transportar para

sítios tão improváveis como filas de supermercado ou de trânsito. "Ninguém me passa à frente", ou "a mim ninguém me enga-na" são pensamentos intrínsecos que pouco têm de benévolo e que nos prejudicam naquilo que mais procuramos: momentos de felicidade. Partimos sempre des-confiados e sem darmos margem de manobra ao próximo. Para culminar confundimos forma-ção com educação, infelizmente e ao contrário do que deveria acontecer, uma pessoa com for-mação não significa que seja uma pessoa educada. Parece um paradoxo mas não é, apesar do ministério que tutela o ensino ter como apelido Ministério da Educação, a verdade é que a sua principal veia é a formação, deixando a educação para pata-

mares inferiores. Tão importante como a alfabetização de um povo é a sua educação, a transmissão de valores cívicos para que todos se possam entender, quebran-do barreiras entre os demais. Barreiras como o dr., o eng. ou o arq., que só servem para separar em vez de unir, tal como acon-tecia com o barão, o conde ou o duque.Por isso sejamos mais toleran-tes. Podemos começar por casa e passar depois para a nossa vizinhança e quando alguém for menos tolerante, temos de ter a capacidade de não desistir, como nos demonstram os profis-sionais do Elo Social, só assim teremos capacidade de dia-a-dia podermos representar em salas maiores.

Pedro Santos PereiraDirector Editorial

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena

Director: Pedro Santos Pereira Colaborações: Ana Rodrigues, André Julião, António dos Santos, Filipa Monteiro Fernandes, Filipe Amaral, Filipe Godinho, Francisco Rocha, João Alexandre, José Luís Nunes Martins, Joyce Mendonça, Maria Margarida Oliveira, Martim Santos, Ricardo Andrade, Rita Paulos, Rita Santos Fotografia: Cátia Isaías, João Pedro Domingos, Nuno Luz Director Comercial: Luís Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 13 500 Exemplares Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: [email protected] Nr. de Registo ERC - 121 952 Depósito Legal nº 119 760 / 98Fi

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3MPACTUALIDADE

O “Rodinhas” começou a asse-gurar o serviço de transporte público para a nova Unidade de Saúde de Moscavide, algo que acontece desde o dia 19 de Fevereiro.Na sequência da abertura da nova Unidade de Saúde de Moscavide, no Complexo Multiusos Oriente, o Município de Loures fez um aditamento ao protocolo com a Rodoviária de

Lisboa, para garantir o prolonga-mento do percurso do “Rodinhas” de Moscavide/Portela, até esta Unidade de Saúde. Esta é uma medida que constitui um esfor-ço financeiro da Autarquia para assegurar o acesso da popula-ção de Moscavide e da Portela a este novo equipamento, em fun-ção do impasse nas negociações com a Rodoviária de Lisboa, que visava um aumento das carrei-

ras regulares desta empresa que servissem a nova Unidade de Saúde. Até ao momento ape-nas uma das carreiras que serve Moscavide irá passar por este equipamento.A extensão do percurso irá fun-cionar, a título experimental, das 7h00 às 19h00, até dia 31 de março, período durante ao qual será avaliada a procura e as reais necessidades do serviço.

“Rodinhas” serve Centro de Saúde de Moscavide

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4 MP LOCAL

Câmara de Loures anuncia diminuição de dívida

De 64, 7 milhões de euros para 46,3 é o resultado da diminuição de dívida anunciada pelo executivo do Município, uma quebra 28,4% em relação a 31 de Outubro de 2013 e de 20,9 % em comparação com 31 de Dezembro do mesmo ano. Segundo a nota de imprensa "a diminuição das dívidas a fornecedores, emprei-teiros, bancos e outras entidades foi possível com o combate ao desper-dício, a agregação de necessidades no perímetro autárquico, nas compras públicas a efectuar e a redefinição dos critérios de adjudicação em concursos públicos, que resultaram em poupan-ças significativas para o município.

Por exemplo, com o novo concurso para o fornecimento das refeições escolares foi possível uma redução de cerca de 1,7 milhão de euros/ano, sem prejuízo dos critérios de qualidade”. É ainda ressalvado no mesmo docu-mento que as condições financeiras não eram as melhores "a diminuição da dívida assume ainda um maior sig-nificado, tendo em conta que a receita municipal sofreu um decréscimo de 5 milhões de euros (4,7%) no ano de 2014, comparativamente a 2013, situando-se no final de Dezembro em 101 milhões de euros. O município de Loures foi também penalizado pela diminuição de receitas impostas pelo

governo às autarquias. A dívida a fornecedores diminuiu, neste mesmo período, 6,5 milhões de euros, pas-sando de 25,5 milhões de euros em Outubro de 2013, para 18,5 milhões de euros em final de 2014”.Perante tais números podemos equa-cionar vários cenários, ou se desper-diçava muito no tempo da anterior administração, ou este executivo está a cortar em demasia, ou ambos? Cenários pouco agradáveis, seja qual deles for, mas, de qualquer forma, é sempre melhor quando a dívida dimi-nui, seja qual for o motivo.

Pedro Santos Pereira

Numa nota à imprensa, a Câmara Municipal de Loures anunciou a redução da dívida em 18,4 milhões de euros, em relação à existente aquando da tomada de posse da actual administração.

(Im)pressões

Primavera no Inverno Europeu!?

Os resultados das eleições na Grécia com a vitó-ria do Syriza e a sua coligação com o partido de direita - Gregos Independentes, demonstram que em democracia é possível que uma ideia, saia da gaveta e se transforme em realidade.Em Espanha, esta revolução das ideias alicer-çada numa comunicação/ participação popular de proximidade é o modelo do novo partido PODEMOS que hoje 4 de Fevereiro, pela 1ª vez, ultrapassa o PSOE – Partido Socialista Obrero Espanhol numa sondagem credível, tornando-se assim a menos de um ano de eleições legislati-vas na 2ª força politica na intenção de voto. Conclui-se então, que a esquerda tradicional e moderada se está a deslocar ou para o cen-tro direita ou para soluções mais à esquerda. E quando digo mais à esquerda, é mesmo mais à esquerda, pois a formação IU- Izquierda Unida que engloba o PCE – Partido Comunista Espanhol e outras forças históricas, quase que desaparecem na intenção de voto nesta sonda-gem. Esta “movida” que até ao dia 25 de Janeiro 2015- eleições gregas - era encarada como uma vaga possibilidade, e de que os eleitores, tementes à “aventura”, no dia da decisão retrocederiam e votariam no “mesmo de sempre” passou - tudo o indica – a constituir uma “ameaça” ao “ status quo ”.A pergunta que fica é: - Qual a força politica que vai centralizar este movimento em Portugal nos próximos tempos? Ou - Será que vamos continuar na senda do “mais do mesmo”?As primárias no PS mobilizaram o País e intro-duziram a esperança numa mudança na vida política portuguesa. Será que é para prosseguir e estender a todos os cargos públicos, ou para ficar na gaveta a aguardar “melhores dias”? Aguardemos …

João Borges Neves

Alerta Segurança – Assaltos na Portela

No dia 2 de fevereiro de 2015, entre as 19H00 e as 20H00, ocorreu um assalto violento na zona ajardinada de ligação entre as pracetas Rainha Santa Isabel e Praceta de São Luis, no qual uma Senhora foi posta inconsciente e poste-riormente roubaram-lhe tudo o que leva-va.Pela natureza e forma do assalto, faço o alerta para que nas zonas menos visíveis tenham cuidado redobrado. Espera-se da parte do executivo da JF Moscavide e Portela, em articulação com a PSP uma resposta a esta situação que pôs em sobressalto os moradores desta zona da Portela.

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5MPLOCAL

«Máquinas de Costura» vencem Montras de Natal

Foi com um auditório repleto e um ambiente pleno de alegria que o Centro Cultural de Moscavide aco-lheu a cerimónia da entrega de prémios da 2ª edição do Concurso de Montras de Natal da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, que teve lugar a 31 de Janeiro. Muitos foram os habitantes da fre-guesia que decidiram sair à rua naquela tarde soalheira para conhe-cer os grandes vencedores do con-curso e apoiar os seus favoritos, de entre as 23 lojas concorrentes.Além dos resultados da contenda, a tarde prometia música, dança e muita alegria a animação, num «cardápio» musical que incluía o Grupo de Cavaquinhos «Os Lírios», Ana Sofia Campeã e o seu acor-deão melodioso, e ainda Leandro Rodrigues, Maria Salomé Guerreiro, Pedro Santos, Clara Gomes e Eva Costa.O júri, composto por Berta Simões (Junta de Freguesia de Moscavide e Portela), Mário Saramago (Associação Empresarial de Comércio e Serviços dos Concelhos de Loures e Odivelas), Sandra Martins (Junta de Freguesia de Moscavide e Portela), Marina Simão (directora do agrupamento de escolas de Portela e Moscavide), Maria Teresa Ferreira (professora da Escola Secundária da Portela) e Manuela Dias (presidente da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela) entrava na sala para anun-ciar os vencedores e a assistência aguardava com ansiedade. O silên-cio reinava no auditório.

Graçagaz e Óptica da Avenida preencheram resto do pódio

O grande vencedor da 2ª edição do Concurso de Montras de Natal foi a loja Máquinas de Costura, que arre-cadou 132,7 pontos. Em segundo lugar, classificou-se a loja Graçagaz, com 119 pontos, logo seguida da Óptica da Avenida, com 108,2 pon-tos. Entregues os prémios, logo a sala foi invadida pela música con-tagiante do grupo de cavaquinhos «Os Lírios». O objectivo estava cum-prido, mas a escolha foi deveras difícil. Para Manuela Dias, foi pos-sível, «mais uma vez, lembrar que Moscavide está viva, que tem um comércio dinâmico, activo, actual e com isso dinamizar as trocas comer-ciais, colaborar e estar ao lado dos comerciantes».Os comerciantes, esses, por seu turno, parecem apreciar este tipo de iniciativas, que podem contri-buir para trazer mais clientes e visi-tantes e, sobretudo, mais vendas. «Penso que este tipo de iniciativas pode ajudar a dinamizar bastante o comércio de rua em Moscavide, até porque as montras estavam todas muito bonitas, houve dificuldade em escolher e tudo foi secundado com algumas decorações de Natal», sus-tenta Manuela Dias. O resultado, para a presidente da Junta é que «Moscavide começa a ter outra vez o comércio muito animado».Como tal, para a responsável, os objectivos desta iniciativa foram cla-ramente cumpridos: «Aumentámos

quase para o dobro o número de participantes e estamos a chamar todos os comerciantes às activida-des promovidas e organizadas pela Junta de Freguesia. Queremos que Moscavide não seja vista como duas vilas – a Avenida de Moscavide e o resto – e penso que o estamos a conseguir. Cada vez, acho mais que estamos a alcançar melhor os nossos objectivos».Em equipa que ganha não se mexe, por isso, Manuela Dias promete já a organização da terceira edição do concurso, que tem já um objec-tivo mais ambicioso e claramente definido: «Queremos superar esta edição, continuar a fazer perceber aos comerciantes que somos um parceiro importante e que estamos com eles».

Um 2015 em cheio a pensar nos comerciantes

Mas, não é só no Natal que a Junta de Freguesia promete promover o comércio local. Para continuar a atrair clientes às lojas mosca-videnses, Manuela Dias assegura a manutenção da organização da Feira de Saberes e Sabores e do Moscavide Sunset, iniciativas que produziram bons resultados em 2014. «Desafio todos os comercian-tes a participar em todas as inicia-tivas programadas este ano para a vila de Moscavide», lança a presi-dente da Junta. «Ninguém faz nada sozinho hoje em dia, por isso, temos o dever de trabalhar em conjunto em prol das pessoas», acrescen-ta. «Queremos que Moscavide seja uma referência no comércio do con-celho, sobretudo no Natal», justifica Manuela Dias.Um plano que teve início já no pas-sado dia 12 de Fevereiro, com o desfile de Carnaval, onde partici-param todas as escolas da vila de Moscavide. «Ao ter cá, os pais e os avós dos meninos que desfila-ram, estivemos também a dinami-zar o comércio na zona», defende Manuela Dias. Para a presidente, «o comércio de rua tem de ter even-tos distintos do comércio em centro comercial, daí o desfile de Carnaval ter-se realizado apenas nas ruas de Moscavide». No entanto, Manuela Dias ainda foi a tempo de divulgar «um ponto alto de união de toda a freguesia».A surpresa passa pelo atletismo e consiste na organização da Primeira Légua Urbana da Portela. «Como é uma prova de atletismo, as inscri-ções estão abertas a toda a fregue-sia e estou certa de que Moscavide vai entrar em peso nessa actividade também».Ao som dos vários artistas em palco, a cerimónia durou tarde dentro, para gáudio das muitas dezenas de espectadores de Moscavide e da Portela. Por entre palmas, pedidos de «bis» e alguns assobios estriden-tes, em jeito de piropo, terminava a festa com a promessa de haver mais já no próximo Natal. Os comercian-tes de Moscavide agradecem e os compradores também.

André Julião

A Junta de Freguesia entregou os prémios da 2ª Edição do Concurso de Montras de Natal. Manuela Dias garante terceira edição e ainda algumas surpresas para 2015. Comércio é uma das prioridades.

AF_AA3_ZeroJuros_ExpocarExpo_12.6x17cm.pdf 1/28/15 6:05:37 PM

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6 MP LOCAL

Portela e Moscavide com novo centro de saúdeO novo edifício já está a ser utilizado desde o dia 26 de Janeiro, primeiro com a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e semanas mais tarde com a Unidade de Saúde Familiar Tejo (USF/T) e o CATUS.

Desde o dia 26 de Janeiro que os utentes da UCSP de Moscavide começaram a ser atendidos nas novas instalações localizadas na Rua Adão Manuel Ramos Barata, na zona do anterior INDEP. A USF/T e o CATUS mudaram-se umas semanas mais tarde, encontrando-se de momento todos os três serviços em funcionamento neste novo equipamento.

CM Loures cede instalações

Estas novas instala-ções foram cedidas pelo Município de Loures à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS/LVT) para que as populações de Moscavide e da Portela disponham de infra-estruturas adequadas para a prestação dos ser-viços de saúde. Este novo edifício faz parte de um acordo celebrado entre a anterior administração do

Município e o construtor da urbanização. Esta cedên-cia vai permitir à ARS/LVT poupar alguns milhares de euros mensalmente, uma vez que este novo edifício é cedido de forma graciosa pela Câmara Municipal de Loures e deixam de pagar as respectivas rendas das anteriores instalações. O Presidente da Câmara Municipal de Loures visitou estas instalações no pas-sado dia 26 de Fevereiro e mostrou-se agradado com o que viu.

Mudanças, condições e estados de espírito

A Unidade de Saúde Familiar Tejo, que serve a população de Moscavide e da Portela e o CATUS, que serve cerca de 140 mil utentes da zona oriental do concelho de Loures, mudaram-se umas semanas mais tarde para as novas instalações logo

que estiveram reunidas as condições técnicas para que tal acontecesse.Apesar de ser um edifício novo, nem todas as vozes estão em sintonia. Se do lado da UCSP o estado de espírito é positivo, pois viram as suas condições de tra-balho bastante melhoradas, do lado da USF/T existem algumas críticas, perderam área de trabalho e as condi-ções técnicas que o edifício apresenta não são melhores às que usufruíam nos con-tentores junto ao mercado, conforme se pode entender na entrevista dada pela res-ponsável por esta unidade de saúde, a Dra. Rogado, a esta edição do MP.Outro dos temas, sempre importante, são as acessi-bilidades, em especial os transportes. Para já está garantido o "Rodinhas" e uma carreira regular da Rodoviária de Lisboa, con-forme artigo desta edição

do MP, mas as negocia-ções continuam. Quanto às pessoas com mobilidade reduzida encontrarão neste equipamento outro tipo de facilidades, que não encon-travam, por exemplo, nas instalações anteriores da UCSP. O facto de o novo edifício ter apenas um piso, que é térreo, a isso ajuda. Também a zona relvada que existe no centro do edifí-cio permite a profissionais e utentes um outro enquadra-mento, mais verde e menos cinzento. Apesar da utiliza-ção em pleno deste edifí-cio, nota-se que ainda fal-tam limar algumas arestas, como é o caso da sinalética, que tem sido feita através de folhas A4. Pormenores que com o tempo serão resolvidos.

Pedro Santos Pereira

Esperança

Neste, já relativamente longo, período de participação no “Notícias da Portela” (agora “Moscavide Portela”) tomei a opção de não abordar, inúmeras vezes, temas mais políti-cos por julgar que a minha contribuição no momento seria mais útil abordando temas mais generalistas e focando-me em outras vivências do meu dia-a-dia.Sabia, no entanto, que nunca conseguiria dar mais de mim aos leitores que, simpaticamen-te, gastam minutos dos seus dias a ler-me se me furtasse a abordar temas de política local e nacional, na medida em que pensar e fazer política faz também, como sabem, parte da minha vida. E eis então que hoje é chegada a altura de alterar essa tendência e, tendo a nova Freguesia de Moscavide Portela como assun-to, falar um pouco de política local exprimindo o meu sentimento de tristeza.- “Tristeza?” - perguntará o caro leitor.-“Sim...tristeza!” – responderei eu.-”Mas porquê” – retorquirá o leitor.Não sendo a resposta simples nem fácil de dar em curtas palavras, parece-me no entanto evidente para quem olha para a política como um meio de servir o próximo e não de ser ser-vido, que as promessas que se fazem devem, necessariamente, procurar ser cumpridas.E é por pensar desta forma, penso eu que moralmente responsável, que tenho sido inva-dido pela tristeza de verificar que, na nossa nova Freguesia de Moscavide Portela, os res-ponsáveis locais do Partido Socialista (salvo honrosas excepções de quem não se verga à máquina partidária local) se têm furtado a cumprir o seu compromisso de trabalhar de forma construtiva e leal, com todos, para que a nossa Freguesia seja, cada vez mais, um melhor local para todos vivermos e onde a convivência saudável seja uma imagem de marca.Agressividade incompreensível, ataques pes-soais na rua e no ”boca a boca”,atentados ao carácter de eleitos pela população, argu-mentações demagógicas de exigir aos outros posturas que ao longo de anos de gestão de uma Freguesia não praticaram, têm sido, infelizmente, o “modus operandi” de vários responsáveis locais de um Partido que me merece, enquanto responsável político, autar-ca e pessoa individual, todo o respeito.Mas confesso que, se a tristeza por essa forma pouco leal de fazer política me tem invadido, ela não anula nem abafa a minha esperança de que, a seu tempo, os autores daquelas más práticas caiam em si e enten-dam que a melhor forma de servir as popula-ções é a busca pelo bem comum, pelos con-sensos generalizados e não pelas acusações estéreis e extemporâneas.“Porquê?”Porque como se diz no Ribatejo:” O único animal que não recua é o burro e por isso é que se lhe colocam palas. Para que avance sem medos”.

Ricardo AndradeComissário de Bordo

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DC PARQUE DAS NAÇÕESAV. D. João II, Lote 21C telf: 218 957 100 | 919 239 410 | 963 691 398Horário: Seg a Sex: 08h00 às 21h00 - Sáb: 09h00 às 16h00

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8 MP BREVES

Portelense Hugo Rosa brilha no "Got Talent Portugal"

José Luís Nunes Martins lança novo livro

Clube Familiar Moscavidense centenário

Apesar de ter sido elimina-do na meias-final do con-curso da RTP "Got Talent Portugal", Hugo Rosa foi um dos que mais brilhou. A sua "declaração" a uma ex-namorada sem utilizar a voz é, ainda hoje, um dos principais momentos do pro-grama, arrancado gargalha-das sonoras a, quase, todos os que tiveram e ainda terão oportunidade de assistir, incluindo o júri que ficou convencido. Deixo aqui uma declaração do próprio na sua página do facebook, fazendo um resumo da sua participação, de uma forma clara e racional, com algum humor."Pois bem, passadas já umas horas desde o fim da minha participação no Got Talent Portugal, está na hora da reflexão.

#GotTalentPT

(sim, vem daí um daqueles posts longos. Se não vais ter paciência para o ler até ao fim e confiares que não vou dizer algo incrivelmente racista, podes já fazer like e comentar com um “é isso

mesmo, clap clap clap”. Se leres tudo, és um bocado desconfiado, mas boa pessoa e gosto de ti)O meu objetivo desde o início era apenas “ter mais visibilidade”. Queria que mais gente visse o meu trabalho, arrisquei e o Got Talent deu-me essa oportunida-de. Já faço comédia há 5 anos e tenho mais de 400 atuações em bares, teatros e auditórios por todo o País. Mas isso não é suficiente para sobreviver da comédia, se não houver exposi-ção constante perante um públi-co maior, e o Got Talent deu-me essa oportunidade!Tive pena de não ter estado tão forte na semifinal quanto gos-taria, mas não estou desiludido com o que fiz. Há 2 meses, nem 10 mil visualizações devia ter entre todos os meus vídeos, arrisquei e agora tenho um que quebrou a impensável barreira do milhão. Não tinha nem 2000 likes nesta página, arrisquei e agora tenho mais de 5000 pes-soas que querem saber mais da minha comédia. Hoje, acho que tenho mais oportunidades, nem que seja só durante uns tempos até cair de novo no esquecimen-to, mas mesmo assim, já valeu a pena, porque arrisquei.Há quem tenha gostado do que

fiz e há quem tenha detestado. Independemente da categoria em que te inseres, quero que saibas que a tua opinião é válida, desde que também saibas que isto é comédia e um comedian-te pode falar daquilo que bem quiser, para fins cómicos, seja isso cancro, religião, etc... Podes gostar ou podes não gostar, mas se achas que há limites para o humor, nota como exerço o meu direito de te mandar à merda enquanto tu manténs o teu de me mandar a mim também.Fiquei particularmente sensibili-zado com todo o apoio da minha “malta”. Comediantes colegas que são mais do que isso… são amigos e companheiros de guer-ra. Lançaram a hashtag #ogordo-merece (lol) e torceram por mim porque também sabem o que custa fazer algo que está sem-pre no limbo entre “fantástico e merda”. Bati ideias e discuti solu-ções com dezenas destes maca-cos, sobre o que poderia/deve-ria arriscar fazer com apenas 2 minutos na semifinal, e de todos senti sempre confiança, crença e solidariedade. Obrigado, meus niggles!Acredito piamente que ser come-diante é uma das profissões mais duras que existe: somos

julgados de 20 em 20 segun-dos, de forma binária, perante os diferentes padrões e miscelânea de opiniões sobre o que tem piada. Fazer rir um aglomerado de estranhos não é para todos!

#oscomediantesmerecem

Queria também mandar um grande abraço a todos os meus colegas semifinalistas: Ghost, Constança, Praxis Crew, JAY-D, Grupo Coral Paz e Unidade, Emanuel Salvadinho - Got Talent Portugal e Jovem levanta-te. Foram 3 dias super intensos mas mergulhados num clima de ami-zade e apoio, quando poderia perfeitamente ter sido de com-petitividade azeda e olhares desconfiados. Vocês são todos enormes!!!

E para terminar este dis-curso lamechas, um grande OBRIGADO a todos os que vie-ram dar a esta página, mesmo quando os poucos meios de comunicação que me entrevis-taram insistiam em chamar me de Hugo Rox ou Hugo Rosas. Espero que por aqui queiram ficar por muito tempo, enquanto continuo a arriscar.Até já. "

José Luís Nunes Martins, moscavidense e nosso esti-mado colunista, em parceria com Paulo Pereira da Silva lançaram o livro "Via-Sacra para crentes e não-crentes". O lançamento do livro ocor-reu no passado dia 18 de Fevereiro às 19 horas e 30 minutos na Basílica da Estrela. O evento contou com os autores, com o autor das fotografias do livro Francisco Gomes e com a apresentação de Marcelo Rebelo de Sousa. Deixamos de seguida a sinop-se do livro efectuada pela edi-tora Paulus, responsável pela sua edição."Seguindo as 14 estações clássicas, esta é uma Via-

Sacra simples e original. Para cada uma das estações os autores prepararam duas reflexões: uma para crentes e outra para não crentes. José Luís Nunes Martins e Paulo Pereira da Silva apresentam--nos assim um olhar diferen-ciado sobre o caminho da cruz feito por Cristo. Com esta obra pretende-se lançar um desafio para que cada lei-tor dialogue consigo mesmo, num percurso interior onde se busque e se encontre. Um caminho profundo, pessoal e íntimo em busca do sentido do Amor.Todas as estações são ilus-tradas pelas cativantes foto-grafias de Francisco Gomes."

O Clube Familiar Moscavidense irá celebrar amanhã, dia 1 de Março, o seu centenário. Uma data marcante cujos sócios farão questão de assinalar. Ao clube o MP dá-lhe os seus parabéns.

Ajude a construir o Centro Pastoral de MoscavideNo último MP demos a conhecer o projecto do futuro Centro Pastoral de Moscavide, uma obra abrangente que beneficiará todos os moscavidenses, independentemente da religião. Cada vez mais o sonho se torna realidade, participe com a sua colaboração. Já estão a decorrer várias iniciativas e continuarão muitas mais. A sua ajuda, pode fazer a diferença, colabore, participe.

NIB 0007 0000 0022 5450 89323

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9MPLOCAL

Municípios articulados contra privatização da EGFAlenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Lisboa, Loures, Lourinhã, Odivelas, Torres Vedras e Vila Franca de Xira prepararam assem-bleia geral da Valorsul em Loures, numa acção conjunta, cujo objectivo principal é a exclusão da EGF como sócia da Valorsul.

No passado dia 2 de Fevereiro, em Loures, os municípios de Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Lisboa, Loures, Lourinhã, Odivelas, Torres Vedras e Vila Franca de Xira reuniram-se no sentido de articularem uma estra-tégia comum quanto à assem-bleia geral que solicitaram e que está marcada para o dia 5 de fevereiro, pelas 10h, na sede da Valorsul, em São João da Talha.Os municípios sublinham a impor-tância desta Assembleia Geral de accionistas para prosseguir a defesa da Valorsul como empre-sa maioritariamente pública. Nessa assembleia geral será discutida a propositura de uma acção judicial com a finalidade de excluir a EGF como sócia da Valorsul com fundamento em actuação desleal e não conforme os interesses da sociedade.Os municípios accionistas denun-ciam também as tentativas de condicionamento dos órgãos da sociedade, que se verificaram nas últimas semanas e que se consumaram com o pedido de assembleia geral, solicitada pela EGF, para recompor alguns dos órgãos sociais da Valorsul. Estas pressões só demonstram que esta acção é um importante passo para que a Valorsul se mantenha em mãos maioritaria-mente públicas o que sempre foi o objectivo assumido pelos muni-cípios envolvidos.Fica também demonstrado que este processo está ainda longe de estar finalizado pois, além dos diversos processos que ainda se encontram por decidir na justiça e da possibilidade de a Valorsul

intentar esta acção judicial, é necessário ainda que a autorida-de da concorrência se pronuncie sobre a privatização, o que ainda não ocorreu.Os municípios mantêm assim o compromisso de continuar a utili-zar todos os meios políticos, jurí-dicos e institucionais para impedir a privatização de uma empresa lucrativa, ambientalmente segu-ra, tecnologicamente avançada e com um elevado padrão social plasmado no acordo de empresa em vigor.

Autoridade da Concorrência com “sérias dúvidas”

Entretanto a Autoridade da Concorrência (AdC) informou a Câmara Municipal de Loures de que tem “sérias dúvidas” sobre o processo de privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF) e que se propõe avançar com uma “investigação aprofun-dada” em matéria concorrencial.A notificação foi enviada na pas-sada segunda-feira pela AdC a todas as entidades que se pronunciaram sobre esta con-centração, dando um prazo de 10 dias úteis para se pronunciar sobre o projecto de decisão de passagem a investigação apro-fundada proposto pela AdC.A Câmara Municipal de Loures vê nesta decisão mais um sinal de que o processo está longe de ser encerrado, vindo confir-mar a posição que Município tem vindo a tornar pública: a de que apenas o Governo con-tinua a defender esta operação altamente negativa para o País, para o concelho de Loures e lesiva do interesse público.Recorde-se que em causa está o processo de alienação do capital estatal da EGF, a sub-holding do grupo Águas de Portugal, que detém a maioria do capital da Valorsul, que serve 19 municí-pios da grande Lisboa e da zona oeste, onde se inclui o Município de Loures.

Posição comum

No dia 26 de Fevereiro, 16 dos 19 municípios que com-põem a Valorsul, Amadora, Peniche, Vila Franca de Xira, Rio Maior, Lourinhã, Nazaré, Loures, Lisboa, Azambuja, Alenquer, Cadaval, Bombarral, Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos, Odivelas, subscreveram uma

posição comum que reforça a intenção de excluir a EGF de sócia da Valorsul. Até à data do fecho desta edição do MP os outros cinco municípios ainda não tinham ratificado esta posi-ção. Aqui fica a posição comum divulgada na íntegra.“Posição comum dos Municípios servidos pela VALORSUL reuni-dos no Município da Amadora.Os Municípios servidos pela VALORSUL reuniram-se no Município da Amadora para pre-parar a sua posição comum face à tentativa de privatização da EGF por parte do Governo.Nessa reunião foi reiterada a necessidade de continuar o pro-cesso de exclusão da EGF como sócio da VALORSUL, processo que terá um momento de grande

importância na Assembleia Geral da VALORSUL que se realiza no próximo dia 2 de março pelas 10h na sede da empresa em São João da Talha.Os Municípios informam que nesta Assembleia Geral será votada a propositura de uma ação judicial de exclusão da EGF por atos lesivos à VALORSUL.Os Municípios reiteram que esta decisão política do Governo de privatizar a EGF é contrária ao interesse público e continuará a ter a oposição coesa e firme dos Municípios. Uma semana depois da Autoridade da Concorrência ter proposto uma investigação apro-fundada por ter “sérias dúvidas” face a este processo de concen-tração os Municípios entendem

que o Governo se encontra cada vez mais isolado neste processo.Face a este isolamento político os Municípios continuam a defender que a posição acionista da EGF na VALORSUL deverá poder ser adquirida pelos restantes acionis-tas permitindo que esta empresa se mantenha uma empresa públi-ca que defenda acima de outros interesses o interesse público.O Governo ao manter esta deci-são prejudica de forma acentua-da a estabilidade acionista da VALORSUL com graves conse-quências no funcionamento da Sociedade.Os Municípios informam que no final da Assembleia Geral de 2 de março estão disponíveis para prestarem declarações aos Órgãos de Comunicação Social.”

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10 MP CULTURA

Há mais de uma década, o Elo Social iniciou um trabalho artístico em torno da adapta-ção do Musical “Jesus Cristo Superstar”, à dimensão de um palco e à realidade tão específica das pessoas com deficiência intelectual e mul-tideficiência.

Em 2011, depois de um árduo e meticuloso trabalho com estes actores tão espe-ciais, foi possível projectar a peça para um palco exterior à Instituição e encher por completo os mais de 800 lugares da sala maior do Cinema S. Jorge.Depois deste êxito publi-camente reconhecido, em 2013, no quadro das Comemorações do 30º Aniversário do Elo Social, balançámo-nos para o gran-de desafio da realização de dois espectáculos na mesma Sala do Cinema São Jorge, tendo esgotado a sala nos dois dias e com sucesso assinalado a nível da comu-nicação social e dos teste-munhos mais diversificados nas redes sociais.

Este espectáculo, cuja face visível são os mais de 60 actores com deficiência, é o resultado da sua arte e capacidade expressiva mas, igualmente, de uma vasta e experiente equipa de cerca de 50 profissionais do Elo Social. A fim de enriquecer o espectáculo, entendeu--se tocar e cantar ao vivo vários temas do Musical, tendo contado com a espe-cial colaboração, para o efei-to, de cantores e músicos, tais como Paula Teixeira, Bárbara Barradas e André Cruz que vieram acrescen-tar valor ao grupo musical “Panteras Negras” do Elo Social.Também na apresentação do espectáculo, tem-se contado com a participação presti-giada de figuras públicas, entre as quais destaque para Conceição Lino, Fernanda Freitas, José Raposo e João

Didelet.Este tem sido o percurso de vida de um espectácu-lo que, paulatinamente, tem conquistado o seu espaço e o seu público e com ele tem catapultado para a visibili-dade e notoriedade artística estes actores tão especiais e toda a organização de supor-te.Neste mesmo movimento ascendente, enquadra-se o próximo espectáculo no

Coliseu, programado para o dia 20 de Março de 2015, pelas 21h00. Este repre-senta, sem dúvida, um salto quantitativo e qualitativo a assinalar, pela dimensão da grande sala de espectácu-los que é o Coliseu e pelas especiais condições técnicas e de espaço do palco do mesmo.É na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, de uma real igualdade de

oportunidades e da inclusão social desta população atra-vés da Arte que o Elo Social vai promover a realização de mais este espectáculo.A participação neste evento será uma forma de estimular e homenagear todos aqueles que o tornarão possível e, acima de tudo, demonstrar que estas pessoas especiais não estão e esquecidas e perceber que devem ser valorizadas.

Depois do São Jorge, o Elo Social irá levar a cena "Jesus Cristo Superstar" ao Coliseu. O sucesso alcançado com esta peça tem sido crescente e esta será mais uma oportunidade para o comprovar.

Elo Social leva "Jesus Cristo Superstar" ao Coliseu

A perfeição é simples

Tendemos a complicar tudo…Em primeiro lugar, deve a questão ser colo-cada na sua forma mais simples possível. A simplicidade gera resultados. Da complexi-dade não resulta o simples. É uma tentação dos espíritos mais poderosos que a inteli-gência lhes sirva para introduzir mais e mais fatores a ter em conta, ao ponto de cada coisa ser apresentada como resultado de uma série altamente complexa e quase caó-tica que só alguns são capazes de dizer, mas nenhum de entender. Complicar o simples apenas nos afasta da solução do problema. Problemas simples exigem soluções sim-ples. Problemas complicados exigem solu-ções... simples.Grande parte das verdadeiras soluções che-gam através da capacidade que teremos de colocar devidamente as questões. Afinal, quando não se entende a pergunta, qualquer resposta é tão boa quanto desadequada. Pensar é ser capaz de passar a ver melhor o mundo, sem distorções, zonas desfocadas ou obscuras.A simplicidade deve ser um critério de qua-lidade dos raciocínios. Quando se pensa de forma séria deve manter-se um grau de rectitude que garanta que o objetivo está na rota por onde se caminha e que se está pre-parado para responder a qualquer tentativa de desvio. Compreender o mundo passa por se ser capaz de manter uma atitude de per-severança que não desanima nem se deixa complicar ou confundir. A simplicidade será uma condição de verda-de. Não há verdades complicadas. Serão a não compreensão e a falta ou preguiça de inteligência que geram as premissas difíceis de conclusão impossível. Poder-se-ia adotar uma norma: se não é simples, é mentira! Pode o processo que leva ao simples passar por dificuldades. Por vezes é necessário atravessar verdadeiras encruzilhadas a fim de se cumprir a missão, mas mesmo nos labirintos, há que seguir sempre adiante. Em caso de erro, aprender, voltar atrás, decidir diferente e seguir adiante. E assim, até ao fim. Num percurso que, embora de forma longa – testando ao limite humildade e per-severança – não deixa de nos levar a cada passo para mais perto do objetivo, mesmo quando é necessário dar uns passos atrás e escolher melhor.O mundo à nossa volta é bem mais rico e belo do que aquilo que os nossos olhos cap-tam, e muito mais simples do que muitos ten-tam fazer crer. O invisível existe. É estranho que ninguém ponha em causa a existência das emoções, odores, sons e sonhos apesar da sua invisibilidade... e há tantas coisas que se podiam compreender, de forma simples, através do que não se consegue ver... A verdade e a beleza não estão no que se vê, mas na simplicidade do que existe para lá do visível.

José Luís Nunes MartinsInvestigador

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No dia 18 de Janeiro realizou--se na Igreja Paroquial de Santo António de Moscavide o Concerto de Ano Novo, uma organização da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela. Um Concerto que agra-dou à plateia, que praticamente encheu a Igreja, onde estive-ram presentes o Grupo Coral da Portela e o Coro de Pequenos Cantores da Portela, liderados pela maestrina Paula Coimbra e o Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima, liderados pelo enér-gico Paulo Lameiro. No piano Tiago Vieira acompanhou os coros portelenses, enquanto João Santos se encarregou de acompanhar o grupo Schola. Destaque para os intervenien-tes, que proporcionaram um excelente fim de tarde a todos os que se deslocaram à Igreja de Moscavide, com destaque para as magistrais interpretações do Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima. O momento alto foi quando o maestro Paulo Lameiro decidiu envolver a assistência no tema "Aleluia", pondo toda

uma plateia a cantar. Com isto não se pretende retirar méri-to às interpretações dos grupos portelenses, bem pelo contrá-rio, pois estiveram em grande nível, tanto os mais pequenos como os mais graúdos. No final todos estavam satisfeitos, tal como o Padre José Fernando que salientou a presença dos moscavidenses e a qualidade do concerto, demonstrando grande felicidade em poder ser anfitrião de tão dignificante espectáculo. Também a presidente da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela mostrou grande satisfa-ção da forma como o Concerto decorreu, assim como a grande adesão de público, que assim reforça a aposta neste tipo de eventos. Os vereadores Tiago Matias e Fernando Costa mos-traram-se agradados com os coros, salientado a qualidade evidenciada pelos três. Por fim, a maestrina Paula Coimbra mostrou o seu encantamento da forma como tudo decorreu, desde a assistência que foi numerosa e participativa, como

da disponibilidade do pároco José Fernando, que demonstrou sempre um enorme interesse no Concerto e que esteve sempre disponível para que tudo fun-cionasse. A maestrina também fez questão de agradecer ao maestro Paulo Lameiro por ter aceite o seu convite e ter ajuda-do a embelezar ainda mais uma tarde que ficou na memória dos presentes.No dia 25 de Janeiro a recei-ta repetiu-se, desta feita na

Igreja Matriz de Loures, com outros intervenientes, mas com a mesma qualidade. Estiveram presentes o Grupo Coral da Portela, o Coro de Santo Inácio, de Lisboa e o CRAMOL, de Oeiras. A promoção voltou a estar a cargo da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela e contou com o apoio da Igreja Matriz de Loures.

Pedro Santos Pereira

O Grupo Coral da Portela organizou os Concertos de Ano Novo na Igreja de Moscavide e na Igreja Matriz de Loures. Dois espectáculos em que a população aderiu e pode assistir a excelentes momentos musicais.

Concertos de Ano Novo11MPCULTURA

Lançamento de livroEntretanto no dia 7 de Março o Grupo Coral da Portela irá lançar o livro "Os primeiros 12 anos de canções e a criação do Coro de Pequenos Cantores". A apresentação será efec-tuada pelo vice-presidente Paulo Piteira, responsável pelo pelouro da Cultura. O evento decorrerá no Centro Cultural de Moscavide pelas 17 horas e contará com a participação especial do grupo de jograis "U...Tópico".

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"12 MP ENTREVISTA

Que comparação faz entre estas novas instalações e as anteriores?Estas instalações, se bem que nós já temos o conhecimento que elas nos vão ser ofereci-das ou emprestadas, vem de um projecto que já foi feito, refeito e voltado a alterar e nós seguimos estas alterações todas sem qualquer tipo de intervenção, no sentido de o adaptar às nossas necessida-des. Portanto, nós estávamos num contentor com todas as condições e quando passámos para aqui não tivemos todas as condições que tínhamos no contentor, se bem que mudar é sempre bom. No entanto, não quer dizer que nós não tenhamos que readaptar certas coisas para voltarmos a ter a mesma qualidade.

Este edifício, apesar de novo, não estava preparado para receber uma unidade de saúde?Não. Inicialmente ele foi pensa-do para a saúde, depois sofreu varias alterações propostas pelo Departamento de Saúde Pública, porque nem tinha lugar para as ambulâncias, por exemplo e por isso teve de ser alterado e desalterado, acabando por ficar assim com muitas condicionantes. Acho, inclusive, que o projecto ini-cial era mais interessante que este, porque tinha uma cafe-taria comum, tinha coisas em comum muito mais interessan-tes, até para o próprio público que agora não tem.

Pelo que me apercebo prefe-ria os contentores?Relativamente aos contento-res, nós gostávamos muito de lá estar, porque foi onde se reuniu uma equipa, foi um pro-jecto em conjunto, uma mais-valia quando nós nos juntá-mos todos e fomos para umas novas instalações, ou seja, saí-mos de um edifício antigo onde estivemos 30 anos para nos reunirmos todos num projecto na USF (Unidade de Saúde Familiar). Foi um contentamen-to, para além do contentor ter

todas as condições para uma Unidade de Saúde, foi mesmo construído para esse fim.

Como é que tem sentido o pulsar dos utentes em rela-ção às novas instalações?Contentes, gostavam muito de estar no contentor porque fica-vam muito mais próximos de Moscavide e Portela do que este, mas acabam por estar contentes porque nos vêm ver na mesma, a equipa é a mesma, os médicos e enfer-meiros são os mesmos.

A sua equipa também ficou contente com a mudança?É tudo a mesma coisa, nós não queríamos ficar exactamente da maneira como estamos mas nós adaptamo-nos a tudo.

Não lhe parece positivo ter a USF, a UCSP e o CATUS juntos?Sinceramente é-nos completa-mente indiferente, porque nós já estávamos separados há bastante tempo e agora volta-mo-nos a juntar, porque muitos dos que trabalham aqui tam-bém o fazem no CATUS, cada unidade trabalha no seu sítio.

A USF Tejo tem-se revelado por um grande sucesso, a que se deve esse factor?Penso que nós estávamos com muita vontade de mudar, foram muitos anos num siste-ma muito antiquado e acho que nós todos estávamos com uma imensa vontade de mudan-ça. Além disso, nós somos de Moscavide e vivemos quase toda a nossa vida em Moscavide e estamos muito dedicados a esta população.

Pode-se dizer qua há uma boa interligação entre uten-tes e profissionais de saúde?Sem dúvida que sim, entre todos médicos, administrativos e enfermeiros, que fazem 133 domicílios por 1000 pessoas ao ano e portanto todos os dias têm muitos domicílios para fazer, vão às casas das pes-soas, tratam delas, os enfer-meiros são extraordinários.

A Dra. Rita Rogado, coordenadora da Unidade de Saúde Familiar Tejo, fala-nos do novo Centro de Saúde, das causas do sucesso e das novas vagas que irão surgir em breve desta USF.

Pensamos abrir mais vagas no Centro de Saúde para esta USF

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13MPENTREVISTA

Esse enraizamento que existe entre o médico, o enfermeiro e o utente sente tem sido favorá-vel e ajudado ao crescimento desta USF?Claro que sim, é determinante porque conhecemos estas pes-soas desde sempre e nós ten-

tamos dar sempre resposta e atempadamente, apesar disso nem sempre as pessoas estão satisfeitas.Há uma grande vontade em tra-balhar de uma maneira diferente com as melhores condições e isso é o segredo do sucesso.

Em relação à zona envolvente esta é uma melhor zona?Esta área ainda está pouco traba-lhada, não tem quase ninguém, não tem movimento.

Mas mesmo não tendo pes-soas não lhe parece um sítio

mais sossegado?Para já não. Até agora já foram três pessoas assaltadas aqui no túnel, mas esta zona vai crescer de alguma forma e temos de acreditar que sim, que será um sítio mais tranquilo.

Os transportes são sempre uma necessidade para ser-vir este tipo de equipamento. Parece-lhe que o “Rodinhas” e uma carreira da Rodoviária de Lisboa são suficientes, ou são precisos mais?Era importante que passassem aqui mais transportes, no entan-to nós fizemos essa crítica por-que as pessoas não se desloca-vam da melhor maneira, mas o “Rodinhas” veio e veio a tempo.

A ARS acaba por poupar uma quantidade relevante de dinheiro ao não ter que pagar o arrendamento do edifício onde estavam, os contentores idem e este é acedido de forma gra-ciosa. Portanto há uma grande poupança tem noção se esse dinheiro é reinvestido ou é ape-nas uma poupança?Nem sei se a ARS gastava dinheiro connosco ali no conten-tor, porque há contentores que são da própria ARS e nunca nos foi dito se aquele contentor era

pago ou não. Quanto ao edifício tinha uma renda relativamente barata para o tamanho que tinha e não tinha obras feitas. Aliás havia ali um contencioso com os dois senhorios.

Qual é o utente tipo de Moscavide e Portela, são dife-rentes os parecidos?São um pouco diferentes princi-palmente a nível de escolaridade, já fizemos esse estudo. Portela tem um grau maior de alfabeti-zação e em termos de envelhe-cimento, talvez, Moscavide agora se esteja a tornar menos velho, à custa dos emigrantes, enquanto a Portela continua a envelhecer.

Tem alguma sugestão ou notí-cia para os seus utentes?Nós pensamos abrir mais vagas no Centro de Saúde para esta USF, portanto os utentes que estejam com atenção porque a qualquer altura podem ter acesso a mais vagas aqui na Unidade, mas só residentes de Portela e Moscavide, porque nós não esta-mos a aceitar ninguém de fora.

Pedro Santos Pereira

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14 MP CULTURA

Björk entre a dor, a vulnerabilidade e a cura

João AlexandreMúsico e Autor

Björk, a menina-mulher islan-desa meio esquimó, de olhos rasgados, regressa em 2015 com um novo trabalho, o 9º de originais, chamado “Vulnicura” . De há muito para cá, sobretu-do após a edição de Medúlla, Volta e Biophilia trabalhos bas-tante experimentais e abstra-tos, “Vulnicura” é em mais de uma década, o seu trabalho mais focado e mais determi-nado pelo coração. Mais sen-timental e menos racional por-tanto. É, talvez, desta Björk que mais saudades sentíamos.Regressando à abordagem orquestral/electrónica de “Homogenic”, mas num con-texto muito diferente, uma vez que o álbum terá sido escrito na sequência da separação de Björk do seu parceiro de longa data, o artista multimé-

dia Matthew Barney, Björk apresenta-se em “Vulnicura” (misto de vulnerabilidade e cura) como que em colapso, dorida e frágil em luta para se manter acima do desespero da perda, musicado pelas batidas frias criadas em parceria com Kanye West e a produção adi-cional de Haxan Cloak.A mágoa e a depressão cau-sadas pelo fim do seu rela-cionamento está expressa de forma crua e ultra realista em várias das faixas do álbum (atente-se em “Lionsong” ou “Mouth Mantra”), saltando rapidamente para a raiva e outros sentimentos negros, contudo sempre tão próximos do amor. As revistas Spin e Mojo avançam com a teoria de que os álbuns anteriores foram exercícios extravagantes para evitar o assunto em ques-

tão, amplamente esmiuçado agora em “Vulnicura”. Mas é neste registo, o das canções pop, hyperballads, levados para maravilhosos extremos de euforia e desespero que encontramos a melhor Björk.Os primeiros dois terços do álbum andam à roda do fim da relação de Björk, drama-ticamente coreografadas por arranjos de cordas densos e cinemáticos, enquanto que o último terço representa os primeiros passos em frente, a viragem e a luz ao fundo do túnel que deixa no fim a esperança. Nesse sentido é um álbum conceptual, um ciclo completo de desgosto, a sua criação e consequências inevi-táveis, mas igualmente a cura e o siga em frente.“Stonemilker”, “Lionsong” e Black Lake” talvez se desta-

quem num álbum onde não são fáceis as escolhas por vezes angustiante, repleto de arranjos de cordas densos, belos e dramáticos interpreta-dos pela voz única de Björk.Nestas canções Björk des-piu toda a sua pele, os tra-jes luxuosos, a ambiguidade que desafia o género, a força emocional inabalável sem assunção de uma persona-lidade que se poderia, ins-tintivamente, atribuir a um ícone. Em “Vulnicura” Björk é simplesmente Björk, um ser humano numa caixa de emo-ções, a humanidade na sua mais sublime volatilidade, um álbum que lhe honra a dor e a dignifica.“Vulnicura” foi editado a 20 de Janeiro de 2015 e por enquan-to ainda não está disponível na plataforma Spotify.

Ninho de Cucos

Pedro Tavares lança álbum de originaisDepois de um mês de Dezembro em grande, onde participou em diversos concertos, Pedro Tavares irá lançar o seu primeiro cd de originais. Um momento alto para o tenor portelense, que apresentará "Un día llegará", nome do álbum, no próximo dia 3 de Março às 18 horas e 30 minutos na FNAC do Centro Comercial Colombo. A todos os interessados, seguramente, que a vossa presença será um estímulo bastante grande para o cantor.

Mel de Cicuta

Do 80 para o 8Politicamente incorrecto

Estou um pouco cansado. Cansado de ver dezenas de pessoas que fazem discursos e comentários redondos na televisão. Que escrevem textos inócuos. Que não arriscam uma vírgula medindo todos os passos para não chatear nin-guém.De um humor feito por profissionais que querem manter o status e as avenças. De uma cultura paga pelo Estado e que, por isso mesmo, não o pode ferir.Educámos os nossos filhos, baixámos o nível de agressividade e a violência, mas parece que não os ensinámos a pensar. A ter sentido crítico. Dotámos a sociedade de um amorfismo castrante.Fala-se da inovação mas olha-se de lado para quem questiona duas vezes uma matéria. As falsas «virgens» simu-lam grande susceptibilidade com decla-rações incisivas ou contundentes. E a sociedade abafa-se, padroniza-se. Há na verdade duas excepções, o fute-bol e a política, onde as pessoas se ofendem cegas por uma clubite que não lhes traz clarividência mas que, aparen-temente, lhes permite extravasar tudo o resto. Mas estas duas áreas da socieda-de são, na verdade, excepção em tudo. Até para a justiça. E servem o mesmo fim. Abafar o ser. Abafar a diferença.80% do humor em Portugal é sexista, homófobo, de exploração dos mais fra-cos ou de clubite partidária. 80% dos políticos são-no de carreira parcialmente imunes à sociedade e sub-jugados aos seus interesses.80% dos órgãos de comunicação social têm teias relacionais de dependência económica e vendem notícias para sobreviver.80% das pessoas estão-se borrifando para o que eu estou a dizer.80% das coisas não mudam em 100 anos.Mas eu gostava que mudassem.Gostava de inverter tudo do 80 para o 8. Mantínhamos o espaço para a diversi-dade, mas ganhávamos uma sociedade mais ajustada.Tenho esperança… acho que basta que alguém pense uma vez numa coisa, que essa coisa fica mais próxima de aconte-cer. E sei que há muitos que pensam… num mundo melhor.Para já não é preciso muito mais. Basta dizer o que pensamos muitas vezes e amanhã seremos mais a dizer a verda-de. A dada altura o som das verdades será tão alto que daqui a 100 anos… teremos mesmo um mundo melhor.

Filipe EsménioComunição

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15MPCULTURA

Morreu

Hélder Batista

No passado dia 20 de Fevereiro, com 82 anos, faleceu aquele que era, e será sempre, um dos mais importantes nomes na medalhís-tica portuguesa, Hélder Batista. A sua ligação com a nossa fre-guesia aconteceu há cerca de 9 anos, quando Hélder Batista ven-ceu o grande prémio do congres-so da Federação Internacional de Medalhística nos Estados Unidos. O escultor venceu aque-la que é considerada a maior

distinção na arte da medalhística com a medalha comemorativa dos 50 anos da Igreja Paroquial de Santo António de Moscavide, de 2006 e cunhada em bronze, tendo sido distinguido entre 150 artistas. Também foi o autor das moedas de 1 escudo, retiradas em 2002, que na face tinham o 1 encimado por uma roseta e a palavra escudo escrita em baixo em maiúsculas, seguindo a cur-vatura do círculo.

Biografia

Nasceu em Vendas Novas no ano de 1932.A sua formação académica é feita na Casa Pia de Lisboa e na Escola Superior de Belas-Artesde Lisboa. Foi bolseiro da Casa Pia de Lisboa - 1950 a 1955, bol-seiro da Fundação CalousteGulbenkian em Roma - 1958, bol-seiro do Instituto de Alta Cultura em Milão 1960 e bolseiro daSecretaria de Estado da Cultura do México 1980. Foi professor nas Escolas SecundáriasEugénio dos Santos, Marquês de Pombal, Casa Pia de Lisboa e António Arroio, Professor dosCursos Nocturnos da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Durante 33 anos foi professor naEscola Superior de Belas-Artes de Lisboa, hoje Faculdade, de onde saiu como Professor

Associado. Por eleição, fez parte da Direcção e Conselho Técnico da SNBA - Sociedade Nacional de Belas-Artes, durante 15 anos. Foi Académico Correspondente da ANBA - Academia Nacional de Belas-Artes, membro do Conselho Numismático da INCM - Imprensa Nacional - Casa daMoeda, membro da FIDEM - Federation International de Ia Médaille, foi membro fundador doAR - grupo Anverso e Reverso, membro da ANS - The American Numismatic Society.

Quadros

Executou várias esculturas públi-cas, das quais se destacam:

1968 Relevo em pedra para a Escola Primária de Benfica – Lisboa1969 Estátua de Vasco da Gama em bronze – Vidigueira1970 Escultura em betão policro-mado no L.N.E.C. – Lisboa1973 Escultura em pedra no Hospital do Funchal – Madeira1974 Escultura em bronze na Faculdade de Economia – Porto1980 Escultura em ferro na Direcção Geral de Portos – Lisboa1992 Monumento a Pina Manique em bronze na Casa Pia de Lisboa – Lisboa1992 Monumento em aço cor-ten ao 4 de Outubro de 1910 - Loures, 1° prémio de Concurso Nacional1994 Monumento à Paz em betão policromado - Seixal. 1° prémio do Concurso por Convite 1996 Monumento ao Resistente Anti-Fascista Alentejano em betão pintado - Montemor-o-Novo, 1° prémio de Concurso por Convite Monumento ao Poder Local Democrático em aço corten na Amora - Seixal. 1 °prémio de Concurso Nacional2000 Monumento ao 25 de Abril em aço corten - Oeiras

Exposições Individuais

1968 7 Esculturas - Galeria Interforma – Lisboa1969 Retrospectiva - L.N.E.C. – Lisboa

1972 Escultura - Galeria – Opinião1986 Escultura e Medalha - Imprensa Nacional - Casa da Moeda – Lisboa1992 Como nasce um Monumento - Museu Municipal – Loures1994 Escultura e Medalha - Galeria Municipal de Arte – Almada1995 Relevos - Forum Cultural- Seixal; Relevos - Galeria Municipal - Montemor-o-Novo1997 Punções e Matrizes - Escultura de Hélder Batista - Casa do Bocage – Setúbal1998 Hélder Batista, A Retrospective - American Numismatic Society - New York; Medalhas de Hélder Batista - Galeria Municipal - Vila Franca de Xira1999 Topografias Emergentes - Casa da Cultura - Santa Cruz Madeira2001 Harmonia dos Contrários - Centro Cultural Casapiano - Lisboa

Exposições Internacionais

1958 Salão de Hóspedes de Roma – Roma1979 XVIII FIDEM Lisboa1983 XIX FIDEM – Florença1985 10 Sculptors - Portuguese National Touristic Office - New York - XX FIDEM - Estocolmo1987 XXI FIDEM - Colorado Springs1991 EuropáliaPortugal 91 – Medalha Portuguesa no séc. XX - Namur e Bruxelas1992 XXIII FIDEM - Londres - Prémio Calouste Gulbenkian1994 Contemporary Portuguese Medal Art - Budapeste; XXIV FIDEM Budapeste, Prémio Johnson para a Melhor Medalha Cunhada1996 XXV FIDEM – Neuchatel1998 Anverso e Reverso + 3 - New York; Anverso e Reverso + 3 - Quioto - Japão; XXVI FIDEM – Haia1999 The Stanford Saltus Awards Into the Next Century - New York2000 XXVII FIDEM – Weimar

Pedro Santos Pereira

Ninho de Cucos

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16 MP DESPORTO

Formar campeões para a vida

Este é o lema de Nuno Delgado e filosofia inerente à formação de judo da rede de escolas que criou. Mais do que iniciar os jovens na modalidade e formar atletas, as escolas de Judo Nuno Delgado (EJND) formam cam-peões para a vida. A Sede do CDOM é desde Janeiro de 2015 a nova morada de uma dessas escolas, permi-tindo aos jovens do Parque das Nações, Olivais, Moscavide e Portela praticarem não só Judo mas também actividades como o Ballet e o Hip hop. Neste espa-

ço são igualmente desenvolvidas diversas modalidades para adul-tos e crianças como o krav maga e ioga.O CDOM desenvolve futebol, atletismo, natação e triatlo para os mais novos que vêem assim aumentada a oferta de activi-dades que podem praticar no Estádio AMA.

O Judo

o Judo é, do ponto de vista físico e psíquico, uma excelente esco-la para o desenvolvimento da

atenção, concentração e reflexão mental. Desenvolve, na criança, uma noção de respeito por si pró-pria e pelos outros. É uma acti-vidade de excepção para crian-ças tímidas pela estreita relação que possibilita com os colegas, e para crianças que tenham um comportamento mais agressivo é um óptimo veículo de controlo, ajudando no equilíbrio diário da sua personalidade.

O Hip Hop

Refere-se aos estilos de dança

sociais ou coreografias presentes na cultura hip hop. Existem varia-dos estilos como breakdance, locking e popping, inicialmente desenvolvidos por afros e latino--americanos. O que diferencia a dança hip hop é o freestyle (improvisação).

O Ballet

Consiste em unir a técnica, a música e a actuação nos movi-mentos. Exige disciplina, boa postura e ritmo. Entre os bene-fícios do ballet incluem-se bene-

fícios como melhorar: a coorde-nação motora; a concentração; a flexibilidade; a postura; o equilí-brio e reflexos.A EJND tem a vertente de dança há 5 anos formando centenas de crianças. Nuno Delgado foi fina-lista do programa Dança Comigo da RTP, onde foi coreografado pelo Italiano De Camilis e desde então mantém grande ligação ao mundo espectáculo.Mais informações em https://www.facebook.com/serdesporti-vo

Pedro Marcelino

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17MPDESPORTO

Proposta de Sócio

Caros leitores, Estamos a 4 jornadas do final da primeira fase do campeonato nacional da segunda divisão de FUTSAL.A nossa equipa ocupa o 1.º lugar da série “E” com 9 pontos de avanço sobre o ter-ceiro lugar o que, com apenas 6 pontos em disputa, nos garante o apuramento para a segunda fase.Com as equipas que irão disputar a segunda fase e o consequente acesso à primeira divisão praticamente defini-das (salvo qualquer percalço passarão connosco à segunda fase Vila Verde, Amarense, Vinhais, Quinta dos Lombos, e Fabril) avizinha-se uma segunda fase muito disputada dada a qualidade e o equilíbrio existente entre os potenciais participantes. Somos e consideramo-nos, sem falsas modéstias, um dos grandes candidatos à subida à primeira divisão, mas para isso teremos que mostrar dentro de campo que somos mais fortes, pois a história recente não abona muito em nosso favor!Se é certo que em casa não perdemos um jogo para o campeonato desde a época 12/13, também é certo que nas últimas deslocações que fizemos ao campo dos nossos adversários supra citados per-demos todos os jogos, com exceção da deslocação ao terreno do Amarense, de onde saímos vitoriosos. Se mantivermos esta linha de atuação ter-minaremos a segunda fase com 18 pontos fruto de 5 vitórias em casa e 1 vitória fora, que serão manifestamente insuficientes para atingirmos o nosso objetivo.Por isso temos que nos superar. Temos que mostrar dentro de campo que somos melhores que os nossos adversários, ven-cendo os nossos jogos independentemen-te de tudo o que venha a acontecer.Chegou o momento de não nos preo-cuparmos com a pressão exercida pelo público adversário, com o facto do campo de jogo ser mais pequeno, com o facto de o piso ser diferente do nosso, com o facto da equipa adversária ser muito combativa e, muito especialmente, com os erros de arbitragem.Chegou o momento de não termos medo e assumirmos o comando do jogo onde quer que seja, de acreditarmos nas nossas capacidades e ganhar, ganhar, ganhar! Chegou o momento de deixarmos de ser a equipa do “quase”, para sermos a equipe que consegue.Chegou o momento de sermos a equipe que todos temem e não aquela que todos acreditam que podem vencer. Temos muita qualidade quer técnica quer tática e portanto é chegado o momento de atingirmos a qualidade que nos falta... a capacidade mental de nos superarmos!Chegou o nosso momento! Eu acredito!

Rui RegoAdvogado

Director da Associação dos Moradores da Portela

Seniores

Desde a última edição do MP, a AM Portela disputou seis jogos, cinco vitórias e uma derrota. Neste momento está em 1ª lugar na sua série com 40 pontos, em 16 jornadas disputadas, 73 golos mar-cados e 35 golos sofridos, sendo a defesa menos batida da série. A duas jornadas do final desta fase tem três pontos de vantagem sobre o Vinhais, 2º classificado. Nas jornadas que faltam teremos uma recepção ao UPVN e uma deslocação a Vinhais, um jogo que poderá decidir o 1º classificado desta série, mas ambas equipas já esta-rão na poule final de acesso à divisão principal.

Já são conhecidos alguns dos adversários da AMP na segunda fase da competi-ção. Para além do Vinhais, Quinta dos Lombos, Fabril do Barreiro e Vila Verde já estão apurados, faltando ape-nas uma equipa para comple-tar as seis finais, Amarense, Fátima e Boa Esperança luta-rão pela vaga.

Juniores

A disputar a divisão principal, a Divisão de Honra e já na segunda fase, a equipa termi-nou no 5º lugar. Os 4 primei-ros irão para uma 3ª fase para apurar o campeão. A AMP irá competir até final da época num torneio extraordinário.

Juvenis

Também a disputar a divisão principal, a Divisão de Honra e também a disputar a 2ª fase, mas a fase de manu-tenção. Conseguiu a manu-tenção com uma vitória no último minuto do derradeiro jogo, amealhando nove pon-tos e ficando com mais dois pontos que o último classifica-do. Também irão competir até final da época num torneio extraordinário.

Iniciados

Inserida, também, na Divisão de Honra terminou a 1ª fase em 3º lugar, apenas atrás dos consagrados, Sporting e Benfica. Na segunda fase mantém o mesmo lugar. Com

4 jornadas efectuadas, duas vitórias e duas derrotas e após um mau início, nesta fase, esta equipa retomou o bom caminho.

Infantis

A equipa deste escalão, tam-bém, tem dado boa conta de si. Em 12 jornadas dis-putadas, oito vitórias, um empate e três derrotas. Com 25 pontos está em 5º lugar, está a apenas três pontos do 4º classificado, ACC e com

menos três jogos, a 5 pon-tos do 3º classificado, Jardim Amoreira e com menos dois jogos. Que a boa campanha continue.

Benjamins

Este escalão com quatro vitó-rias, um empate e nove der-rotas continua o seu cresci-mento e a sua formação. Em 14 jornadas disputadas estão em 8 º lugar com 13 pontos.

Luís Bendada

AMP Futsal

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18 MP DESPORTO

A Associação dos Moradores da Portela (AMP) elegeu os seus órgãos sociais para o biénio 2015/17 no passado dia 31 de Janeiro. Na Assembleia Geral Ordinária apenas concorreu uma lista, liderada por Miguel Matias que obteve 31 votos. A anterior presidente, Carla Marques, passará agora a exercer a função de Presidente da Assembleia Geral. A tomada de posse decorreu no dia 13 de Fevereiro.

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa deu razão à AMP julgando procedente a Providência Cautelar interposta pelo clube. Como tal deferiu a suspensão de eficácia dos acór-dãos do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que não tinha aceite o requerimento da AMP

de dia 1 de Agosto de 2014, considerando-o fora de prazo. Esse requerimento pretendia a integração da equipa portelense na 1ª Divisão de Futsal, sendo penalizados Sporting de Braga e Rio Ave por não cumprirem os requisitos necessários para a participação desta divisão. Perante o regulamento da FPF

só poderão participar nos cam-peonatos nacionais clubes que tenham equipas de formação nos escalões de juniores A e B, o que não sucedia com estas duas equipas. Entretanto a FPF já reagiu dizendo que não foi notificada, ao qual a AMP rea-giu através de comunicado que publicamos na íntegra.

Miguel Matias à frente dos destinos da AMP até 2017

Tribunal dá razão à AMP

Assembleia Geral

Carla Maria Ferro Marques (Presidente)Jorge Manuel Lopes AntunesCarlos Alberto E. Costa ManteigasManuel José Paulos AntunesMário Costa Almeida

Conselho Fiscal

Fernando José Pires Caetano (Presidente)Maria Margarida Pedro LouroJoaquim Santos Marques AntunesJoão Miguel Girão Queirós FelgarPaulo Jorge Laranjeira AsseiceiroJosé António Xavier Correia

Direcção

Miguel Nuno Matias (Presidente)Albertina Filomena Pereira GuerreiroAntónio Manuel Geraldes BotelhoAcácio Jorge Almeida dos SantosRui Jorge Alves Oliveira Rosário RegoNélson da Conceição Ventura LourençoManuel Norberto Nunes da SilveiraCarlos Miguel Antunes BarrosoRicardo Filipe Bonifácio Ribeiro

Associação dos Moradores da Portela Órgãos Sociais Biénio 2015/2017

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19MPPSICOLOGIA

Em 1920 o Psiquiatra e Psicólogo suíço, Carl Gustav Jung (1875-1961), publicou uma das suas primeiras obras, hoje um clás-sico da Psicologia, “Tipos Psicológicos”(1).

Com esta obra, fruto de trabalho de investigação de longos anos, como o autor refere, deu-se início a uma nova compreensão dos mecanismos psicológicos que estão em presença quando nos relacionamos com o mundo e com os outros.Os traços que constituem os ali-cerces da nossa personalidade estão apoiados em duas disposi-ções, ou formas de estar, talvez genéticas, que funcionam como opostas e por isso complementa-res, o que levou Jung a classificar as pessoas como Introvertidas e Extrovertidas. Acrescentou que a pessoa introvertida é no seu inconsciente extrovertida e vice--versa, o que torna a nossa vida psíquica altamente dinâmica e rica.Então, e colocando-nos no lugar da pessoa, o introvertido é o centro de todos os interesses. Dir-se-ia que toda a energia vital do indivíduo é atraída para a sua própria pessoa e isso impede-o, ou dificulta, que dê ao outro uma influência excessiva. Numa sociedade em que pre-dominam os extrovertidos, os outros, os introvertidos, são clas-sificados e julgados como egoís-tas e egocêntricos, autistas, etc. Sem deixar de existir essas mes-mas patologias, estas no entanto, têm outros componentes.No Extrovertido o outro, seja ser humano, animal ou aconte-cimento, atua como um íman, e nessa atitude o indivíduo passa

a desvalorizar as suas próprias tendências, desejos e mesmo comportamentos, atraindo o que está no exterior, e o seu com-portamento passa a ser condicio-nado não pelos seus interesses e motivações, mas pelas dos outros ou das situações (2).

Quando estão em presença um do outro, o introvertido terá ten-dência a classificar e julgar o outro, o extrovertido, de “cabeça no ar”, ou mesmo de estúpido, e o extrovertido de ver o outro, o introvertido, como ameaçador e juiz, sentindo-se desconfortável e pouca à vontade! Estas diferenças dão origem à maior parte dos conflitos entre os casais e pais-filhos, assim como nos locais de trabalho, e mesmo entre os Países ou Regiões. Nos U.S.A. existem terapias basea-das nessas diferenças. Na obra referida, de Jung, são analisa-das as diferenças que estes dois tipos psicológicos produzem, na literatura, na poesia, e na arte em geral.Para além destas duas dife-renças básicas entre os seres humanos, existem outras diferen-ças, que se traduzem na forma como cada um de nós apreende, capta, e depois classifica toda a realidade. Essas capacidades, ou funções, são: O Pensar, o Sentir, o Percecionar e o Intuir. As duas primeiras são racionais e as seguintes irracionais.Centremo-nos hoje, e apenas, nas duas funções racionais, ou seja, ligadas ao ato de raciocinar, de resolver os problemas da vida: – O Pensamento e o Sentimento. A pessoa cuja sua forma de estar e compreender o mundo e de resolver os seus proble-

mas, é recorrendo à Lógica e à Matemática, e cala ou reprime, todas as emoções em presença ou os valores morais e éticos da sua comunidade, é assim uma personalidade cuja função domi-nante é o Pensamento. Assistimos a isto no presente com as medidas económicas que estão a ser tomadas, em que só são olhados e atendidos uma parte dos compromissos que os políticos assumiram, e que para a sua resolução só olham à sua resolução matemática sem que-rerem saber das consequências humanas que tais decisões acar-retam. No extremo esta atitude pode aproximar-se da psicopatia em que as emoções e os senti-mentos parecem não existir, ou estão fortemente reprimidos…E se este Pensamento se encai-

xar numa personalidade introver-tida e com fraco, ou mau cará-ter, então aí assistiremos a um conjunto de manipulações, numa espécie de jogo, para não abdi-carem dos seus pontos de vista e de opiniões, transformando-os em verdadeiros manipuladores.Mas existe uma outra forma de pensar ou de julgar as situações e as pessoas., a que Jung desig-nou por Sentimento.A personalidade em que a fun-ção de pensar se encontra no Sentimento, ela recorre à reso-lução dos problemas e questões que a vida lhe coloca, em primei-ro lugar, e se for extrovertida, ela recorre como dizíamos, ao que capta dos seus sentidos e emoções e seguidamente ao que a sua comunidade estabeleceu como valores e meios para a

resolução desses mesmos pro-blemas. A sua força encontra-se assim no grupo e na comunidade e não em si mesmo. Daí que os coletivos adquiram mais força nas sociedades em que predomi-na o Sentimento, como observa-mos nas diferenças dos Países a Norte e a Sul da Europa, e a Norte e Sul de Portugal (3).

A riqueza destes ensinamentos e a força da sua compreensão, pode ajudar-nos a estabelecer melhor relação com os outros, com o nosso País e com o jul-gamento sobre os conflitos que estão a ocorrer por todo o mundo, ainda que esta análise seja ape-nas uma parte do problema.

Os meus agradecimentos, e desejos de um Bom Ano de 2015.

As duas formas de julgar: com o pensamento/mente, com o sentimento/coração

Maria Margarida OliveiraPsicoterapeuta

A questão do Bem e do Mal

Psicologia para todos

(1) Tipos Psicológicos; Ed. Guanabara, 4ª Edição; Rio de Janeiro, 1987; (2) O.C. Pg. 29; (3) O.C. Pg. 399

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20 MP SAÚDE

Após o nascimento do bebé e, sempre após dar de mamar, a boca do recém-nascido deve ser limpa com gaze embebida em água fervida ou soro fisiológico, para remoção dos restos de leite da boca. Este ritual ajuda a evitar posteriormente a recusa da esco-vagem de dentes.

A partir dos dois meses e meio, é recomendável iniciar-se uma limpeza diária completa da gen-giva e do céu da boca do bebé, com uma fralda húmida enrolada no dedo.

Primeiros dentes

Perto dos seis meses nasce o primeiro dente de leite -o incisivo central.A dentição de leite, ou decídua, é composta por vinte dentes e fica completa por volta dos 3 anos de idade.

Os dentes de leite são muito importantes:

• Guiam o nascimento dos dentes permanentes;

• Abrem os espaços para a denti-ção posterior;

•São essenciais para a mastiga-ção e para a fala correctas.

A saúde e os cuidados dados aos primeiros dentinhos são funda-mentais para uma dentição per-manente saudável.

Para estimular e motivar a crian-ça a escovar os dentes, os pais devem iniciar a escovagem desde o nascimento do primeiro dentinho.

Escovagem

A escova de dentes deve ter cerdas macias, de nylon e uma cabeça pequena, facilitando o acesso a todas as partes da boca. Verifique na embalagem a idade recomendada para o seu uso. O dentífrico deve conter flúor e indicado para crianças, devido ao saborColocar uma quantidade míni-ma de pasta na escova seca, suficiente para formar uma fina camada sobre parte das cerdas (o equivalente ao tamanho da unha do dedo mindinho do bebé). Cada dente deve ser escovado cuidadosamente, fazendo sua-ves movimentos circulares na área de contacto entre o dente e a gengiva, também a língua deve ser escovada suavemente.

Colocar o bebé no colo facilita uma escovagem correcta e efi-caz.Após a escovagem, o excesso de dentífrico deve ser removido da boca com uma gaze seca, sem usar água.

Hábitos

Para que o bebé cresça com uma dentição saudável, deve adquirir hábitos de higiene oral o mais precocemente possível.

A principal causa das cáries não é a quantidade de açúcar na ali-mentação, mas sim a frequência com que ele é ingerido, seja em comidas ou em bebidas. O con-sumo de substâncias açucaradas deve ser reduzido ao máximo e guardado para a hora da refei-ção. A cárie é uma doença infecciosa, isto é, o agente bacteriano res-ponsável pelo seu aparecimento, o streptococcusmutans, pode ser transmitido da mãe para o filho pelo contacto directo. Por isso, deve evitar-se soprar a comida do bebé, experimentá-la com o talher dele, pois são formas de transmissão do referido micror-ganismo.

Os pais são os principais res-ponsáveis pela transmissão de hábitos saudáveis quer de higie-ne oral quer alimentares, com especial atenção na contenção de alimentos açucarados.

A Cárie de Biberão

A saliva tem uma acção protecto-ra dos dentes e ajuda a manter a

boca limpa, mas durante o sono, a quantidade de saliva diminui, conjuntamente com a presença de restos alimentares e de bac-térias, favorecendo a rápida ins-talação da cárie.A cárie do biberão é provoca-da principalmente pela alimen-tação nocturna da criança (seja o leite materno ou não) seguida do sono sem a devida higieniza-ção. Geralmente ocorre em crian-ças que passam muito tempo ao biberão.A cárie de biberão também é provocada pelo uso habitual de açúcares na alimentação da criança, bebidas açucaradas no biberão, o hábito de adocicar a chupeta para acalmar o bebé e/ou adormecê-lo.A cárie de biberão provoca muita dor e afecta todos os dentes da criança num curto espaço de tempo, provocando mau hálito, deficiência na mastigação e na fala. A boa higiene oral desde recém--nascido é o começo de uma dentição saudável durante a vida.Recomenda-se que as visitas ao Dentista/ Higienista Oral come-cem assim que os primeiros den-tinhos nascem. Uma forma peda-gógica de tornar as idas à cadei-ra dentária um hábito da criança é levá-la como acompanhantea esse tipo de consulta.

ACES Loures -OdivelasUnidade de Saúde Pública

Margarida SantosHigienista oral

A Saúde Oral do bebéDesde o nascimento, é importante cuidar da Higiene Oral do bebé.

Todas as crianças têm direito a sorrisos lindos!

O que fazer?

Antes do 1º dente:• Limpar a gengiva com uma compressa ou fralda húmida após as refeições e sempre que tomar algum xarope.• Se o bebé usar chucha, esta deve ter forma anatómica ou de gota (assim como as tetinas).

Após o 1º dente:• Escovar carinhosamente os dentes com uma escova macia e adequada ao tamanho da boca bebé, com pasta fluoretada para criança.• Deixar o bebé observar pais, irmãos a escovar os respectivos dentes.• Substituir a escova de três em três meses.• Visitar regularmente o Higienista Oral e/ou o Médico Dentista a partir dos 3 anos.

O que evitar fazer?

• Evitar passar a chucha por mel, açúcar ou qualquer medicamento doce.• Evitar adicionar açúcar à alimentação do bebé.• Evitar que o bebé chuche no dedo.• Evitar que o bebé adormeça com o biberão.• Evitar provar ou soprar a comida do bebé com a colher dele, pois estará a transmitir-lhe as bactérias, algumas das quais causadoras da cárie.

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21MPSAÚDE

Tristeza

A tristeza é uma emoção humana básica que associamos a sofrimento, contudo se sentida de forma adequada contribui para amadurecermos enquanto pessoas. Por vezes a tristeza é desproporcionada face ao contexto em que surge. É sentida de uma forma avassaladora ou vai-se infiltrando e descolorindo o quotidiano. Esta tristeza é destruturante, inter-fere no nosso bem-estar, perturba a vida familiar, social e profissional.Chamamos a essa tristeza “cansaço”, “esgota-mento” e realmente para além da tristeza sente--se uma incapacidade para cumprir e conciliar as nossas inúmeras obrigações, falta de interesse, pessimismo acerca do futuro, o sono e o apetite são alterados e o nosso desempenho intelectual diminui. A tristeza torna-se uma emoção per-sistente e condiciona a perceção da vida. Esta tristeza pode ser um episódio depressivo, uma doença com critérios clínicos de diagnóstico e tratamento específico.Não é raro desvalorizarmos a tristeza patológica (que é doença), ou querermos atenuar a dolo-rosa tristeza “normal” sentida em momentos de perda ou insatisfação.Na génese da depressão estão fatores biológico, genéticos e psicossociais, é uma doença multi-factorial como tantas outras.Como tratamento recomenda-se a psicoterapia e fármacos denominados antidepressivos (atuam nos níveis de neurotransmissores através dos quais células cerebrais comunicam entre si). A abordagem mais efetiva parece ser a integração da farmacoterapia e das intervenções psicotera-pêuticas. A resposta aos antidepressivos não é imediata, demoram entre 2 a 5 semanas e neste período é comum a associação de um ansiolítico (“calman-te”) para controlar a sensação de apreensão.É também neste período inicial que se sentem a maioria dos efeitos secundários que levam muitas vezes à descontinuação do medica-mento; convém esclarecer que alguns destes efeitos secundários são autolimitados durando 2-3 semanas e podem ser atenuados iniciando o tratamento com doses mais baixas; outros são dependentes do fármaco e podemos mudar de antidepressivo.Atualmente é aconselhado um período de tra-tamento de 6 a 9 meses para remissão dos sintomas depressivos e diminuir a recorrência da doença. Nalguns casos, como por exemplo na presença de problemas sociais ou familiares e antecedentes de doença depressiva é reco-mendado o tratamento de manutenção com igual duração.A depressão é uma doença incapacitante, indu-tora de um imenso sofrimento, devendo ser reconhecida atempadamente e tratada de uma forma integrada. Depois… depois é preciso reconhecer os sinais de descompensação, saber pedir ajuda e cui-darmos de nós, dormir bem, alimentarmo-nos corretamente, ter tempo de lazer e de sociali-zação e criar uma rede de suporte emocional é importante para a saúde mental.

Lembra-se da velha roda dos alimentos? Esqueça-a! Aliás, esqueça quase tudo o que aprendeu na esco-la primária acerca de ali-mentação e doses diárias recomendadas. A Escola de Saúde Pública de Harvard modernizou a pirâmide ali-mentar, segundo o conheci-mento científico e nutricional mais recente. Vamos então conhecer melhor a Healthy Eating Pyramid (Pirâmide da Alimentação Saudável)!O novo modelo de Harvard apresenta como pilares para uma vida saudável o exercício físico e o controle do peso. De acordo com os investigadores, uma cami-nhada diária de 30 minutos basta para manter o corpo ativo. A regra é não ficar parado, e é importante estar dentro do peso ideal e evitar a gordura abdominal.

As frutas e legumes estão na base de uma alimen-tação saudável. Não só ajudam a manter o peso, como a reduzir a pressão arterial e o risco de doen-ças cardiovasculares, e até alguns tipos de cancro. É importante manter a varie-dade no prato, pois cada um oferece vitaminas e mine-rais diferentes. Metade do que come diariamente deve ser deste grupo. Os pesqui-sadores de Harvard dizem ainda que as batatas não são a melhor escolha, dado o alto índice glicémico. Opte pelas fontes mais sau-dáveis de proteína! As pro-teínas não são todas iguais, e recomenda-se moderação na carne vermelha, carne processada e manteiga, cujo consumo tem sido associado ao risco de doen-ças cardíacas, diabetes e

cancro do cólon. Escolha peixe, rico em Ómega 3, e carnes magras, como frango e peru. O Pescado é um alimento saboroso e extremamente saudável, dados os elevados índices de ómega 3 e ómega 6, de minerais e proteínas, alia-dos a baixos níveis de gor-duras e calorias. A ingestão de ácidos gordos polinsa-turados como os Ómega 3 e 6, faz bem à sua saúde, sobretudo ao nível do siste-ma circulatório e imunitário. O peixe congelado é outra opção para refeições eco-nómicas e saudáveis, pois tem os mesmos valores nutricionais, e está sempre pronto a preparar!Pães, arroz e massas bran-cos, batatas, bebidas açu-caradas e doces, bem como carnes vermelhas, são ali-mentos “com sinal verme-lho”! Engordam e favore-

cem doenças cardiovascu-lares e diabetes. Os hidra-tos de carbono refinados criam picos de produção de insulina, levando o corpo a ter fome mais rapidamente. Sempre que possível deve-mos evitar alimentos desse grupo, substituindo por cereais integrais, verduras, frutas e legumes. Os hidra-tos de carbono integrais são fontes de energia e fibras e contêm nutrientes importan-tes, melhorando também o trânsito intestinal, e devem constituir ¼ da alimentação diária. As nozes, sementes e leguminosas também são uma grande aposta para a sua saúde! Se na antiga roda dos ali-mentos todas as gorduras eram desaconselhadas, os pesquisadores de Harvard recomendam a ingestão de 60 g por dia de gorduras mono e polinsaturadas pre-

sentes nos óleos vegetais, como o azeite, mas sempre em cru para não deteriorar as gorduras. Cuidado com o leite e derivados: apesar de serem fontes de cálcio, os lacticínios podem conter uma grande quantidade de gordura saturada e sódio. Consuma-os com modera-ção, segundo os especialis-tas de Harvard, e vá buscar as substâncias que o leite fornece, como o cálcio, a outros alimentos!

Já sabe, a sua saúde come-ça no prato e no exercí-cio! Conheça mais sobre a nova pirâmide alimentar, e descubra que o bem estra não fica assim tão caro. Para caminhar não precisa de pagar um ginásio, e os peixes ricos em Ómega 3, como a sardinha ou a cava-la, ficam bem mais baratos que bifes!

Rita Manuela SantosMédica

Ana Paula SantosFileira do Pescado

Adeus vida sedentária e lacticínios. Olá exercício, peixe e carne branca!

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22 MP OPINIÃO

Foi com muita alegria que ao ler este estudo do grupo Albenture, pensei: final-mente que as organizações começam, cada vez mais, a preocuparem-se com o bem-estar constante dos calaboradores, e finalmen-te começam a compreen-der o impacto desta variável na produtividade e eficácia organizacional. Este estu-do insere-se na Campanha Europeia "Locais de traba-lho saudáveis contribuem para a gestão do stress", apresentado em Portugal pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e a EU-OSHA.

São cada vez mais as empre-sas que apostam em con-tratar serviços para que os seus colaboradores possam combinar mais facilmente o trabalho e a vida privada. Apesar de atravessarmos tempos difíceis, investir no bem-estar laboral tornou-se uma tendência na qual mui-tas empresas a nível mun-dial apostam, sabendo que este tipo de práticas não só beneficia as suas equipas a nível pessoal, como também se repercute no rendimento profissional e na produtivi-dade.

Neste estudo realizado pelo grupo Albenture entre

as suas empresas-clientes, para conhecer o grau de satisfação face aos servi-ços disponibilizados para melhorar a qualidade de vida dos seus trabalhadores, os dados obtidos foram os seguintes: . 87% das entidades consul-tadas afirmou que os progra-mas trabalho-vida ajudam a reduzir o stress entre os seus colaboradores; . 81% destacaram a redução do absentismo laboral; . 75% assinalaram que desde a sua implementação diminuiu a rotatividade do pessoal; . 84% concordam que aju-dou a aumentar a produti-vidade; . 95% mostram-se convictos de que serviu para melhorar a sua imagem corporativa.Os portugueses estão entre os europeus que mais sofrem de stress laboral (59%), sendo ultrapassa-dos pelos cipriotas (88%), gregos (82%), eslovenos (72%), malteses e eslova-cos (ambos com 62%) e os holandeses (60%), mostra o estudo pan-europeu sobre a Segurança e a Saúde no Trabalho, realizado em 31 países pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA).Os cidadãos europeus apon-

tam o número de horas, o volume de trabalho, e a inse-gurança como as maiores causas de stress no traba-lho, (41%), sendo que as mulheres são as que se sen-tem mais afectadas (45%).Mais de metade dos traba-lhadores europeus (51%) considera habitual o stress no seu local de trabalho e, 4 em cada 10 profissionais, afirmam que o stress não é correctamente abordado na sua organização.A falta de apoio por parte de colegas e chefias (33%), comportamentos negativos como o bullying ou assédio moral (23%), a falta de cla-reza sobre funções e res-ponsabilidades (21%) e limi-tes à gestão do seu próprio trabalho (16%) são também apontadas como causas de stress no local de trabalho.Espera-se, portanto, que este recente estudo que aqui partilho com os leito-res, possa ser o “pontapé de saída” para a sensibilização das organizações e traba-lhadores portugueses, e que desta forma, a gestão do stress possa assim começar no seu local de trabalho. Espero, assim, que Portugal siga esta tendência, e que responda afirmativamente a este desafio, acreditando, abraçando-o e, acima de tudo, pondo-o em prática!

Filipa Monteiro FernandesPsicóloga Organizacional

Vida Pessoal e Trabalho: Um estudo… O princípio da Mudança!

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23MPSAÚDE

Mais uma vez, o parlamento por-tuguês chumbou os projetos de lei que dariam a casais do mesmo sexo acesso legal à parentalida-de conjunta, apesar de este ser um tema com muitos anos de debate aprofundado. Atualmente não há razão para invocar falta de conhecimento, por parte de políticos ou da sociedade, e de clarificação por via da investiga-ção científica, que endossa com muita clareza que não se dificulte estes projetos familiares.

No entanto, persistem, como obstáculo a este avanço, depu-tados e deputadas que votam contra ou por convicção ou por eleitoralismo e mera indicação ou exigência partidária. Assim nos demonstrou o vergonhoso chumbo final da coadoção, após aprovação “surpresa” inicial.

Tem restado a este posiciona-mento político, no que concer-ne à adoção, escudar-se numa única falácia, externa ao que a ciência estuda. Ganhou agora dianteira o velho argumento que existem “cerca de 7000 crianças e jovens institucionalizados em Portugal e que só cerca de 900 se encontram para adoção”, sig-nificando que há mais adotantes que adotáveis e que é dispen-sável o contributo de casais do mesmo sexo. Estes números de institucionali-zação em Portugal são um pro-blema gravíssimo, em prejuízo destas crianças e jovens, visto que um ambiente familiar “ado-tivo” é preferível à instituciona-lização, conforme boas práticas internacionais. Urge então resol-ver esse problema com celerida-de e não utilizá-lo como “arma de

arremesso” contra determinadas pessoas em função do tipo de casal que são. Quando corrigido, existirão mais crianças adotáveis e portanto aumentará a necessi-dade de mais candidatos a ado-tantes. Não obstante, se colocarmos de parte as lentes do preconcei-to que fazem julgar que “um pai e uma mãe” adotivos é um contexto familiar intrinsecamen-te melhor do que “dois pais” ou “duas mães” adotivas - crença sem validação científica nas suas várias vertentes, inclusive no que diz respeito à possibilidade de consequências sérias em caso de bullying por ter uma família diferente da norma - sabemos que, enquanto candidatos à ado-ção, com certeza existirão, qua-litativamente, casais do mesmo sexo melhores que alguns casais

de sexo diferente e vice-versa. No estado atual há uma triagem que exclui então à partida, entre todos esses melhores, alguns só por serem casais do mesmo sexo. Mais uma vez, em prejuízo de crianças e jovens instituciona-lizados.

Por seu lado, a atual lei da pro-criação medicamente assistida (PMA) apresenta-nos uma situa-ção verdadeiramente ímpar num regime democrático, onde se preze valores como a igualdade e a liberdade e a autonomia indivi-duais. Neste caso usou-se, para justificar o chumbo parlamentar, o argumento da “infertilidade”, mas manteve-se a exclusão de mulheres solteiras ou em casais do mesmo sexo que são inférteis. Adicionalmente, não se apresen-tou uma boa razão para não per-

mitir estes procedimentos como método alternativo de procriação, sem subsidiação (leia-se, sem financiamento do estado), por via de dador anónimo, às mulheres que não prevejam encontrar um homem para relação estável ou que estejam unidas ou casadas com outra mulher.Sabendo-se que a investigação científica não afirma a neces-sidade de uma mãe e de um pai como elementos essenciais para o bem-estar de uma criança, os atuais argumentos contra a adoção e a PMA por casais do mesmo sexo são uma forma de manter crença contrária impressa na lei portuguesa, sem admiti-lo abertamente, por falta de susten-tação. Na prática, são uma forma de continuar a prejudicar adultos e crianças concretas à luz de crenças pessoais.

Rita PaulosDiretora da Casa Qui - Associação

de Solidariedade Social

A Arte de Argumentar Tortuosamente

Desumanidade Por vezes, certos episódios mudam a nossa posição sobre o mundo imaginário onde vive-mos. Mundos pequenos, cria-dos numa comunidade fechada, feitos de pequenos valores que achamos que estão ajustados ao nosso perfil. E assim, sem custos, alimentamos um ideal fantástico que, como castelos de cartas, se destroem com um pequeno sopro de uma tempes-tade invisível. Como alguns casais jovens, vol-tei à Portela quando a nossa situação financeira o permitiu. Comprámos uma casa grande, escolhemos um colégio para o nosso filho e proporcionámos uma relação de conveniência mútua entre avós e netos. O intervalo geracional parece dar, a ambos, uma relação perfei-ta e permite, aos pais, não se autoflagelarem cada vez que precisam de sair mais tarde do trabalho. Oito anos depois do primeiro filho, fiquei grávida do segundo. A poucas semanas do nasci-mento e por conselho médico, foi necessário vir para casa pois tinha pouco líquido amniótico. À medida que a barriga crescia e o peso aumentava deliciava-me com a única tarefa que impunha a mim própria, ir buscar o mais velho à escola, desfrutar dos últimos momentos a dois, poder escutá-lo em vez de ouvi-lo,

poder mimá-lo em vez de estar preocupada se tinha tempo de fazer o jantar. E foi, precisamente, porque fal-tava um ingrediente que tive-mos de ir ao supermercado. O meu filho tem ajudado imenso em todas as tarefas, sobretu-do nas que temos de fazer na rua pois as pessoas nunca nos deixaram passar à frente nas filas. Normalmente, escondem o rosto atrás do cabelo, olham para o vazio com um semblante triste quase a pedir que tenha-mos pena deles por terem uma vida miserável e não poderem prescindir de alguns minutos do seu dia para deixarem passar uma futura mãe, igual à mãe que já foram ou serão e igual ao filho que, seguramente, já ocupou o ventre das suas mães. Em tom de brincadeira fui des-valorizando a situação, ape-sar de constatar que, em oito anos, a Humanidade das pes-soas quase desapareceu. Ainda assim, tentei, sempre, transmitir ao meu filho que precisamos de dar atenção ao próximo, esteja o próximo diminuído durante uma fase curta da vida, como eu e outras mães, ou para sempre, como pode acontecer a qual-quer um de nós em qualquer fase da nossa vida. Pedi ao meu filho para ficar na fila prioritária enquanto fui bus-car três coisas, três objectos,

apenas três... Quando voltei um velhote, que estava atrás do meu filho, não me deixou pas-sar para junto dele. Por momen-tos, e dado ao caricato da situação, achei que o senhor estava a brincar com o miúdo e ri com eles. Mas não!! Afinal era sério...Quando lhe perguntei, indigna-da, se tinha reparado que esta-va grávida (com uma barriga de 36 semanas) respondeu que não tenho direito de fazer aquilo e que ele está bem pior do que eu. Tive de me afastar. Por momentos, e sem pensar, dei-xei o meu filho na fila e encostei--me a um pequeno muro, as lágrimas deslizavam sem parar e o senhor continuava a dizer ao meu filho que devia de ter vergonha de uma mãe como eu. E eu, de frente para as várias filas de pagamento no super-mercado, constatei que muitos olhavam para mim em silêncio, apenas um rapaz novo me disse para não ligar a este género de pessoas. Todos os outros estavam em silêncio, fitavam--me como se tivesse roubado algum dos três objectos que ia buscar ao supermercado. Ninguém, tirando o gerente, me perguntou se precisava de ajuda, ninguém mandou calar aquele ser que, envolto numa solidão imensa, numa velhice mal aceite, numa prepotência

desumana, gosta de martirizar quem ainda teima em querer ser feliz; ninguém me deixou passar na fila prioritária evitan-do, assim, ter de ouvir mais dis-parates, a rapariga que estava à caixa nunca sorriu para nós, nunca ajudou, preferiu até fingir que eu era um bocado de nada. Esperei que o meu filho, de ape-nas 8 anos, pagasse três ingre-dientes com os cinco euros que lhe consegui dar e saímos, em silêncio, de mãos dadas. O meu filho foi o meu herói, nunca cho-rou, manteve a calma e mimou--me, como o mimo a ele, até eu adormecer, em casa, à noite. Assim, pergunto a mim própria se vale a pena viver num sítio onde a maior parte das pessoas têm formação superior, onde supostamente são meus pares, são meus vizinhos, têm filhos e netos, partilham a mesma comunidade...E com que legitimidade vou continuar a ensinar aos meus filhos que devem respeitar os mais velhos? A olhar para os outros com respeito, com Humanidade? Eu e o meu marido vamos, cer-tamente, continuar a lutar contra a desumanização para que, no futuro, as pessoas sejam, infini-tamente, melhores.

Sofia Pereira Espanca

Carta de Leitor

Page 24: Moscavide Portela - Fevereiro 2015...da dívida assume ainda um maior sig-nificado, tendo em conta que a receita municipal sofreu um decréscimo de 5 milhões de euros (4,7%) no ano

PARQUE DAS NAÇÕES – EXPO NORTE

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Ecrã – T5 de 240 m2 com acabamentos de luxo. Sa-lão de 74 m2 com terraço de 14 m2. Parqueamento triplo e arrecadação. Localização de excelência.

PARQUE DAS NAÇÕES – EXPO SUL

\ 108140405 790.000 €

PARQUE DAS NAÇÕES – EXPO SUL

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Portas do Mar - T2 de 119 m2 com ótima exposição solar. Vista desafogada. Cozinha equipada. Parquea-mento duplo. Junto à Marina Parque das Nações. Classe energética: processo em curso.

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PARQUE DAS NAÇÕES – EXPO SUL

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T2 de 110 m2 com varanda e vista panorâmica para o Rio Tejo. Sala de 32 m2 com lareira. Parqueamento duplo. Junto ao Centro Comercial Vasco da Gama e Gare do Oriente.

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JARDINS DO CRISTO REI JARDINS DO CRISTO REI

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T4 de 170 m2 com acabamentos diferenciados. Salão com 43 m2. Terraço de 20 m2. Ótima exposição so-lar. A/c. Cozinha equipada. Garagem/box dupla. Boa localização.

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T3 de 128 m2 com ótima exposição solar. Parquea-mento e arrecadação. Próximo ao Centro Comercial da Portela, serviços e transportes. Classe energética: processo em curso.

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Moradia V3 com 125 m2, inserida em lote de terreno de 160 m2. Acabamentos de qualidade. Excelente exposição solar. Parqueamento duplo. Próximo a co-mércio, serviços e estação de metro.

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Lisboa Oriente, condomínio fechado com seg. 24h. T2 de 120 m2 com boas áreas. Cozinha equipada. A/c e aquecimento central. Parqueamento e arreca-dação. Classe energética: processo em curso.

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OLIVAIS SUL

PORTELA

\ 108150008

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MOSCAVIDE

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Apartamento de 3 assoalhadas com boas áreas. Óti-ma exposição solar. Próximo a comércio, serviços e transportes. Classe energética: processo em curso.

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PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTEEspelho do Tejo, com seg. 24h, piscina e ginásio. T2 de135 m2 com acabamentos diferenciados. Sala comlareira e varanda. Vista para o Rio Tejo. Box dupla earrecadação. Próximo ao Campus de Justiça.\ 042130352 sob consulta

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PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTET3 de 148 m2 com boa exposição solar. Salão de 46 m2.Varanda. Aquecimento central. Cozinha equipada.Parqueamento duplo e arrecadação. Próximo a comér-cio, serviços e transportes.\ 042140409 sob consulta

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PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTET4com215m2em1ª linhadeRioTejo, resultanteda junçãoentre um apartamento T3 e T2. Terraço de 352 m2 compiscina privativa. Salão de 40 m2. Parqueamento triplo.Classe energética: processo em curso.\ 042150025 sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SULPortas doMar, T2 de 119m2 comótima exposição solar.Vista desafogada. Parqueamento duplo. Junto à MarinaParque das Nações. Classe energética: processo emcurso.\ 108150024 sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SULEcrã - T4 de 208 m2 com excelente exposição solar.Salão de 50 m2. Suite com 20 m2. Cozinha equipada.Parqueamento para 4 viaturas e arrecadação.

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PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SULEcrã–T5de240m2comacabamentosde luxo. Salãode74m2 com terraço de 14 m2. Parqueamento triplo earrecadação. Localização de excelência. Classe energética:processo em curso.\ 108140405 790.000€

JARDINS DO CRISTO REIT3 de 160m2 comexcelente exposição solar. Sala com36m2. Terraço de 36m2. Vista para o Rio Tejo. A/c. Cozinhaequipada. Box tripla. Localização privilegiada.

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OLIVAIS SULMoradia V4 com 3 pisos, inserida em lote de terrenocom 529 m2. Ótima qualidade de construção.Garagem com 100m2. Classe energética: processo emcurso.\ 108150002 sob consulta

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