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MOTIVAÇÃO

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resumo de aula para a graduação em enfermagem, da matéria de Gestão de Pessoas,sobre motivação da equipe de enfermagem. Posui conceitos básicos e algumas dicas.

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Page 1: MOTIVAÇÃO

MOTIVAÇÃO: conceito, habilidades e funções na direçãoMOTIVAÇÃO: conceito, habilidades e funções na direçãoA.A. ConceitosConceitos

“ato ou efeito de motivar ” Motivar:1. dar motivo a; causar, provocar, ocasionar

1.1    ser motivo de; induzir2. determinar a motivação de; estimular, impulsionar 3. prender a atenção; provocar a curiosidade; interessar, prender

(HOUAISS, on line)Latim- motivu

Que move ou que pode fazer mover

“Referindo-nos especificamente à motivação humana, aproximamo-nos de conceitos que afirmam que as pessoas, ao serem indagadas sobre o que queriam do trabalho, quando informavam sentimentos de felicidade, freqüentemente descreviam fatores relacionados às suas tarefas ou eventos que indicavam êxito e possibilidade de crescimento profissional.”

(PEREIRA, 2001) “Motivação é a força que estimula as pessoas a agir. No passado acreditava-se que

essa força era determinada principalmente pela ação de outras pessoas, como pais, professores ou chefes. Hoje, sabe-se que a motivação tem sempre origem numa necessidade.”

(GIL, 2008) “Motivação é a ação realizada pelas pessoas para o atendimento de necessidades

não-satisfeitas. É o desejo de esforçar-se para alcançar uma meta ou recompensa que reduza a tensão causada pela necessidade.”

(MARQUIS & HUSTON, 2005)B.B. TiposTipos

Intrínseca Relação direta com o nível de aspiração do indivíduo Valores do indivíduo

Família

Cultura Extrínseca

Realçada pelo ambiente de trabalho ou por recompensas externas

Cultura da empresa

Líder identifica fatores motivacionais individuais e coletivos

Analogia do Analogia do IcebergIceberg de Freud de Freud Comprtamento observável do ser-humano é apenas 1/3 do comportamento humano (consciência) A parte submersa, por ele denominados de inconsciente, correspondiam a instintos, pulões, sentimentos determinantes do comportamento e das motivações mais profundas do ser humano, mostrando que, sob certas circunstâncias, parte desses conteúdos vinham à tona de forma patológica e eram decisivos para os nossos afetos, escolhas e tendêcias psíquicas.

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C.C. Como ocorre a motivação?Como ocorre a motivação?MotivosMotivos

Tendem a perder sua força quando satisfeitos Satisfação de uma necessidade traz a tona outras necessidades Mudança na força dos motivos quando sua satisfação é bloqueada

Nem sempre se mostra de início As primeiras tentativas de eliminar o bloqueio tendem a ser racionais Quando não consegue procura motivos substitutos

Quando o direcionamento para objetivos substitutos não produz resultados positivos pode surgir a frustração e comportamentos irracionais.

Mecanismos de defesa: Agressão; deslocamento; racionalização; regressão; fixação; fuga;

resignação.

D.D. Teorias sobre MotivaçãoTeorias sobre MotivaçãoA hierarquia de necessidades de MaslowA hierarquia de necessidades de Maslow

Abraham Maslow (1987): psicólogo Necessidades humanas apresentam diferentes níveis de força

Necessidades fisiológicas: básicas para a manutenção da vida e enquanto não estiverem satisfeitas será dada pouca atenção aos outros níveis

Necessidade de Segurança: estar livre perigos e da privação das necessidades fisiológicas

Necessidades Sociais: necessidade de se relacionar com os outros

Necessidade de estima: desejo de estima, tanto de amor próprio quanto de reconhecimento

Necessidade de Auto-realização: desejo de tornar-se aquilo que se é capaz e varia de pessoa para pessoa.

A Teoria X e a Teoria Y de McGregorA Teoria X e a Teoria Y de McGregor Douglas McGregor (1960): psicólogo Definiu dois tipos distintos de gerenciamento: Teoria X e Teoria Y

Os adeptos da primeira supõem que a maioria das pessoas não gostam de trabalhar- disciplina e recompensa

Por sua vez, os adeptos da Teoria Y consideram que seus colaboradores encaram o trabalho como fonte de satisfação e são capazes de se dedicar para obter os melhores resultados.

Gerente da Teoria YAdmite que: Se não controla diretamente a equipe não produz; Às vezes é preciso repreender ou mesmo demitir um funcionário para ensinar os

demais; para manter o comando é preciso se distanciar da equipe; A maioria dos empregados não têm ambição e precisa de um empurrão; As decisões mais importantes devem ser tomadas por ele, sem a participação dos

empregados.

Gerente da Teoria XAdmite que:

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Qualquer pessoa pode ser criativa, desde que devidamente estimulada; De modo geral, os empregados são merecedores de sua confiança; Em algumas ocasiões, seus subordinados podem conduzir as reuniões; Seus empregados são capazes de se autocontrolarem; Sob condições favoráveis, as pessoas gostam de trabalhar.

A Teoria X e a Teoria Y de McGregorA Teoria X e a Teoria Y de McGregor A maioria dos gerentes não pode ser classificada apenas como X ou Y; O gerente pode aplicar as suposições de uma ou outra teoria conforme sua

avaliação da necessidade apresentada; A maneira de pensar dos gerentes influencia significativamente o comportamento

das pessoas com quem convivem.

Fatores Higiênicos e Motivadores de HerzbergFatores Higiênicos e Motivadores de Herzberg Frederick Herzberg(1975): psicólogo Contribuição importante ao considerar so fatores conhecidos como higiênicos e

motivadores: Higiênicos: fatores necessários para ajustar os empregados a seu ambiente e

não são suficientes para promover motivação; Motivadores: estão presentes no trabalho em sí e oferecem às pessoas o

desejo de trabalhar bem.

Modelos CognitivosModelos Cognitivos Modelos de Maslow e de Herzberg

Baseados na cognição: no pensamento e no sentimento. Dificuldades de aplicação na prática: as necessidades não podem ser

diretamente observadas

Modelo Comportamental de MotivaçãoModelo Comportamental de Motivação Modelos fundamentados em aplicação sistemática de objetivos, sobretudo o da

modificação do comportamento organizacional (Skinner, 1998); Baseia-se na idéia de que o comportamento depende de suas consequências

e que se torna possível, portanto, controlar certo número de comportamentos (ou pelo menos afetar).

Enfatizam a importância de variáveis externas que levam ao comportamento. Sua vantagem é a de conferir maior grau de controle nas mãos dos gerentes.

Analisa comportamento dos empregados, diagnosticando o porque ocorre, com que frequência, e identifica consequências específicas.

Auxílio nos esquemas de motivação.

E.E. Como motivar pessoasComo motivar pessoasValorize as pessoasValorize as pessoas Aprecie todos; Não favoreça ninguém; Observe as pessoas sem preconceito; Concentre-se no desempenho; Adote diferentes estilos gerenciais: a equipe é composta por diferentes tipos de

pessoas.Reconheça os avançosReconheça os avanços Reconheça cada avanço;

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Elogie sinceramente; Demonstre apreço; Faça com que as pessoas sintam que deram uma contribuição de valor; Apóie mesmo quando erram, apontando falhas e indicando como melhorar; Faça críticas construtivas.Encoraje iniciativasEncoraje iniciativas A iniciativa é um dos mais claros sinais de motivação; Solicite a participação da equipe na formulação de novas propostas e soluções de

problemas; Caixas de sugestões;

Agradeça de imediato as sugestões oferecidas; Quando descartar uma sugestão, explique os motivos e deixe claro que isso é feito

com extremo pesar.Ofereça incentivosOfereça incentivos Necessário garantir que o empregado esteja satisfeito com seu salário para que

outros fatores possam motivá-los; Esteja atento às necessidades de seus empregados ou dos grupos para que a

concessão de algum tipo de privilégio ou presente tenha efeito motivador.Enriqueça as funçõesEnriqueça as funções Não especialize as funções; Divida, sempre que possível, o grupo em equipes de pessoas com habilidades

intercambiáveis; Realize treinamentos de novas habilidades; Lembre-se que as pessoas, além de preferirem tarefas difíceis, gostam de ser

especialistas em seu trabalho.Delegue autoridadeDelegue autoridade O simples cumprimento de ordens passadas pelo chefe é desmotivante; Recorra às pessoas especialistas em sua equipe para aprimorar o trabalho; Antes de promover qualquer mudança convém conversar com as pessoas que serão

afetadas e sempre que possível delegar tarefas; Defina com precisão o nível de autoridade a ser delegado para que você mantenha

o controle geral da situação.Faça avaliaçõesFaça avaliações Parte de um plano de desenvolvimento de pessoas; Proporcionam ao empregado uma visão objetiva de seus desempenhos anteriores; Possibilitam medir o nível de motivação da equipe; Ressalte conquistas, traços positivos e pontos que devam ser melhorados; Avalie seu próprio desempenho.Promova mudançasPromova mudanças Mayo: o ânimo dos empregados se eleva à medida que são introduzidas mudanças;

Participar de novas experiências provoca aumento do interesse. Procure áreas adequadas para a mudança experimental; Revisar regularmente os diversos aspectos do trabalho, pedindo sugestões para

quem está na “linha de frente”.

F.F. Motivação na EnfermagemMotivação na EnfermagemEstudo de Pereira e FáveroEstudo de Pereira e Fávero

Estudo descritivo, realizado em um hospital universitário com o objetivo de apreender aspectos que intervêm na motivação humana e sua implicação no resultado do trabalho;

Page 5: MOTIVAÇÃO

Entrevista semi-estruturada, com 18 profissionais da equipe de enfermagem, sendo 6 enfermeiros e 12 auxiliares e técnicos.

Situações consideradas motivadoras: Resultado do trabalho (5,4%) O trabalho em sí (8,6%) Relacionamento interpessoal (7,6%) Organização do trabalho (3,2%) Salário (3,8%)

Situações consideradas desmotivadoras: Resultado do trabalho (5,4%) Reconhecimento pelo trabalho (3,8%) Relacionamento interpessoal (6,5%) Organização do trabalho (7,6%) Salário (4,8%)

Considerações finais: 112 referências fatores higiênicos 63 referências fatores motivacionais Fato este que confirma a negligência com os aspectos extrínsecos do trabalho

de algumas organizações brasileiras. Baixos salários O Trabalho em sí surge como categoria mais citada em relação às situações

motivadoras e não aparece nas situações desmotivadoras.

ReferênciasReferênciasMARQUIS, B. L., HUSTON, C. J. Administração e Liderança em Enfermagem: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2005; 4 ed. p.246-250.GIL, A.C. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2008. p.202-214.PEREIRA, Marta Cristiane Alves; FAVERO, Neide. A motivação no trabalho da equipe de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem ,  Ribeirão Preto,  v. 9,  n. 4, 2001 .   Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692001000400002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 01  Mar  2009.