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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ELISON DE SOUZA
MOTIVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE OS FATORES DE SATISFAÇÃO E INSATISFAÇÃO DOS COLABORADORES DA CLÍNICA IMAGEM
BIGUAÇU
2006
2
SUMÁRIO
RESUMO....................................................................................................................09 ABSTRACT................................................................................................................10 LISTA DE TABELAS..................................................................................................11 LISTA DE FIGURAS..................................................................................................12 LISTA DE GRÁFICO..................................................................................................13 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................14 1.1 OBJETIVOS. ........................................................................................................15 1.1.1 Objetivo Geral..................................................................................................15 1.1.2 Objetivos Específicos......................................................................................15 1.2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................17 2.1 A TEORIA CIENTÍFICA E A TEORIA ADMINISTRATIVA....................................17 2.2 A ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS............................................................20 2.3 A ESCOLA COMPORTAMENTAL E AS TEORIAS DA MOTIVAÇÃO.................22 2.4 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW...........................................23 2.5 A TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG..............................................24 2.6 A TEORIA X E Y DE MCGREGOR......................................................................26 2.7 CONCEITUANDO MOTIVAÇÃO.........................................................................28 2.8 A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS X A ESCOLA COMPORTAMENTALISTA.........................................................................................30 2.9 A MUDANÇA ORGANIZACIONAL E O DESENVOLVIMENTO COMPORTAMENTALISTA.........................................................................................35 2.10 ESTUDOS SOBRE A SATISFAÇÃO DO INDIVÍDUO NO TRABALHO.............37 3 METODOLOGIA......................................................................................................40 3.1 ABORDAGEM DA PESQUISA.............................................................................40 3.2 TIPO DE PESQUISA............................................................................................40 3.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA............................................................................41 3.3.1 Quanto a População..........................................................................................41 3.3.2Amostra...............................................................................................................41 3.4 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS....................................................................42 3.4.1 Tipo de dados....................................................................................................42 3.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.......................................................,,,42 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................,.....................42 4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO........................................................................42 4.1.2 Os valores..........................................................................................................43 4.1.3 Imagem Mulher..................................................................................................44 4.1.4 Médicos Especializados.....................................................................................44 4.2 ANÁLISE DOS GRÁFICOS..................................................................................46 4.3 FATORES DE SATISFAÇÃO...............................................................................66 4.4 FATORES DE INSATISFAÇÃO............................................................................69
3
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................72 REFERÊNCIAS.......................................................................................................76 APÊNDICE..............................................................................................................78
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ELISON DE SOUZA
MOTIVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE OS FATORES DE SATISFAÇÃO E INSATISFAÇÃO DOS COLABORADORES DA CLÍNICA IMAGEM
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor(a) Orientador(a): Ely Teresinha Dionísio, MEng.
5
ELISON DE SOUZA
MOTIVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE OS FATORES DE SATISFAÇÃO E INSATISFAÇÃO DOS COLABORADORES DA CLÍNICA IMAGEM
Este trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do
título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu
Área de Concentração:
Recursos Humanos
Biguaçu,21 de Novembro de 2006
Profª MEng. Ely Teresinha Dionísio
UNIVALI – CE de Biguaçu
Orientador
Prof. Dr. Sandro Sell
UNIVALI – CE de Biguaçu
Prof. Dr. Tadeu Nobre Formiga
UNIVALI – CE de Biguaçu
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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a minha mãe e ao meu pai ( in memorian ) e a todas as pessoas que acreditaram nesta conquista... Agradeço a Deus por me ajudar a superar todos os limites impostos pela vida.
7
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela vida, por ter me dado coragem e
força para seguir esta jornada
A Universidade do Vale do Itajaí,Centro de Educação Biguaçú.
Agradeço também a Clínica Imagem por ter me dado a oportunidade de
realizar este estudo. E em especial a Coordenadora do Setor de Contas Médicas da
Clínica Imgagem, Senhora, Ivete de Jesus, pelo apoio e colaboração.
A minha mãe Azenir Thieves de Souza e meu pai José Volnei de Souza ( In
memorian ) pelo exemplo de vida, pelo amor a quem devo tudo o que sou.
Aos professores pelo companheirismo e as informações transmitidas durante
a jornada acadêmica.
Um agradecimento todo especial para as Professoras Ely Teresinha Dionisio e
Maria Albertina Bonin pela dedicação, paciência e incentivo durante a elaboração
deste trabalho, pelas orientações ao longo desta caminhada.
Aos meus colegas acadêmicos e, em especial, a um grande amigo Gleison
de Quadros pela sua amizade, companheirismo e apoio.
Agradeço também ao amigo Roque Branco Gallon por ter acompanhado na
conquista deste trabalho.
Por fim agradeço aqueles que eu não citei mas que contribuíram de alguma
forma na realização desta pesquisa.
8
“Com uma motivação sincera, marcada pela compaixão,não há qualquer razão para remorsos,mesmo que você tenha falhado ou cometido um erro. No que lhe diz respeito, você fez o possível. Se você fracassou, foi porque a situação estava alem das suas capacidades.Essa é a verdadeira motivação, que afasta o medo e lhe dá confiança em si mesmo”.
( Dalai Lama )
9
RESUMO
SOUZA, Elison. MOTIVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE OS FATORES DE SATISFAÇÃ E INSATISFAÇÃO DOS COLABORADORES DA CLÍNICA IMAGEM 2006.. 78 f. Trabalho de Conclusão de Curso ( Graduação em Administração ) –
Universidade do vale do Itajaí, Biguaçu,2006
Este trabalho foi realizado na Clínica Imagem`. O presente estudo tem como objetivo
geral analisar os fatores de motivação em relação ao trabalho segundo a percepção
dos colaboradores da Clínica Imagem.Para tanto, foi aplicado um questionário com o
intuito de conhecer a opinião de cada um deles em relação aos fatores motivacionais
dentro do seu ambiente de trabalho. E partir daí, propor sugestões para otimizar um
melhor ambiente de trabalho, diante da situação apresentada. Para alcançar os
objetivos da pesquisa, realizou-se uma revisão de literatura, enfatizando o conceito
de organização e suas teorias, o comportamento humano , a motivação e suas
principais teorias. Os resultados da pesquisa concluíram que existem aspectos
propiciados pela Clínica Imagem que estimula a motivação de seus colaboradores.
Por outro lado, há aspectos relevantes que provocam o contrário, e que merecem
uma considerável atenção.
Palavras– Chave: Organização;Comportamento Humano.Motivação.
10
ABSTRACT SOUZA, Elison. MOTIVATION: A STUDY ON THE FACTORS OF SATISFAÇÃ AND INSATISFAÇÃO OF THE COLLABORATORS OF CLINICAL IMAGE 2006. 78 f. Work of Conclusion of Course (Graduation in Administration) - University of the valley of the Itajaí, Biguaçu, 2006
This work was carried through in the Clinical Image. The present study it has as objective generality according to to analyze the factors of motivation in relation to the work perception of the collaborators of the Imagem.Para Clinic in such a way, was applied a questionnaire with intention to inside know the opinion of each one of them in relation to the motivacionais factors of its environment of work. E to leave from there, to consider suggestions to optimize one better environment of work, ahead of the presented situation. To reach the objectives of the research, a literature revision was become fullfilled, emphasizing the concept of organization and its theories, the human behavior, the motivation and its main theories. The results of the research had concluded that many aspects propitiated for the Clinical Image exist that stimulates the motivation of its collaborators. On the other hand, it has excellent aspects that they provoke the the opposite, and that they deserve a considerable attention. Words
Key: Organization, human behavior, Motivation.
11
LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Sinto prazer em vir trabalhar todos os dias, na Clínica Imagem?.............46 Tabela 2 - Tenho oportunidades de usar minha criatividade por meio de novas idéias e estas são aproveitadas no meu trabalho?............................................................47 Tabela 3 - Tenho liberdade de tomar decisões em relação as funções que desenvolvo?................................................................................................................48 Tabela 4 - Tenho total responsabilidade pelas tarefas que desenvolvo?..................49 Tabela 5 - Sinto-me valorizado ( a ) pelo meu desempenho por parte da minha chefia?........................................................................................................................50 Tabela 6 - Dentro do setor as pessoas se ajudam e trabalham em equipe buscando os mesmos objetivos ?...............................................................................................51 Tabela 7 - Há uma comunicação eficaz entre todas as áreas da organização?........52 Tabela 8 - As mudanças constantes dos setores da clínica Imagem, são comunicadas e trazem resultados positivos?.............................................................53 Tabela 9 - Existe dentro da clínica Imagem um clima de honestidade e confiança entre os funcionários ?................................................................................................54 Tabela 10 - Existe dentro da Clínica Imagem uma interação sadia, com troca de informações e de habilidades entre os setores?........................................................55 Tabela 11 - A Clínica Imagem preocupa-se com a segurança no trabalho dos colaboradores?...........................................................................................................56 Tabela 12 - As condições de trabalho: área física, instalações, limpeza, etc são adequadas?................................................................................................................57 Tabela 13 - Os equipamentos e recursos materiais disponíveis atendem as necessidades?............................................................................................................58 Tabela 14 - Quando há uma quebra de equipamento ou falta de material o atendimento é rápido visando o restabelecimento normal do trabalho?...................59 Tabela 15 - Você sente segurança profissional trabalhando na Clínica ?................60 Tabela 16 - Os funcionários são estimulados a participarem nas decisões importantes tomadas na Clínica Imagem ?...............................................................61 Tabela 17 - A Clínica oferece oportunidades de crescimento profissional?...............62 Tabela 18 - A Clínica Imagem estimula e oportuniza periodicamente : treinamentos, cursos de atualização e outros?................................................................................63 Tabela 19 - A chefia incentiva a colocação e a prática de idéias sugeridas pelos colaboradores ?..........................................................................................................64 Tabela 20 - As reuniões realizadas na Clínica Imagem são objetivas, organizadas e produtivas ?................................................................................................................65
12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – A hierarquia das necessidades.................................................................23 Figura 2 – Síntese dos fatores motivacionais e fatores higiênicos............................25 Figura 3 - Fatores de Satisfação................................................................................65 Figura 4 – Fatores de Insatisfação.............................................................................69
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Sinto prazer em vir trabalhar todos os dias, na Clínica Imagem?............46 Gráfico 2 - Tenho oportunidades de usar minha criatividade por meio de novas idéias e estas são aproveitadas no meu trabalho?..................................................47 Gráfico 3 - Tenho liberdade de tomar decisões em relação as funções que desenvolvo?................................................................................................................48 Gráfico 4 - Tenho total responsabilidade pelas tarefas que desenvolvo?.................49 Gráfico 5 - Sinto-me valorizado ( a ) pelo meu desempenho por parte da minha chefia?........................................................................................................................50 Gráfico 6 - Dentro do setor as pessoas se ajudam e trabalham em equipe buscando os mesmos objetivos ?...............................................................................................51 Gráfico 7 - Há uma comunicação eficaz entre todas as áreas da organização?.......52 Gráfico 8 - As mudanças constantes dos setores da clínica Imagem, são comunicadas e trazem resultados positivos?.............................................................53 Gráfico 9 - Existe dentro da clínica Imagem um clima de honestidade e confiança entre os funcionários ?................................................................................................54 Gráfico 10 - Existe dentro da Clínica Imagem uma interação sadia, com troca de informações e de habilidades entre os setores?........................................................55 Gráfico 11 - A Clínica Imagem preocupa-se com a segurança no trabalho dos colaboradores?...........................................................................................................56 Gráfico 12 - As condições de trabalho: área física, instalações, limpeza, etc são adequadas?................................................................................................................57 Gráfico 13 - Os equipamentos e recursos materiais disponíveis atendem as necessidades?............................................................................................................58 Gráfico 14 - Quando há uma quebra de equipamento ou falta de material o atendimento é rápido visando o restabelecimento normal do trabalho?...................59 Gráfico 15 - Você sente segurança profissional trabalhando na Clínica ?...............60 Gráfico 16 - Os funcionários são estimulados a participarem nas decisões importantes tomadas na Clínica Imagem ?...............................................................61 Gráfico 17 - A Clínica oferece oportunidades de crescimento profissional?.............62 Gráfico 18 - A Clínica Imagem estimula e oportuniza periodicamente : treinamentos, cursos de atualização e outros?................................................................................63 Gráfico 19 - A chefia incentiva a colocação e a prática de idéias sugeridas pelos colaboradores ?..........................................................................................................64 Gráfico 20 - As reuniões realizadas na Clínica Imagem são objetivas, organizadas e produtivas ?................................................................................................................65
14
1 INTRODUÇÃO
Frente ao cenário de imprevisibilidade da ciência da administração, o foco de
discussão quanto à margem de produtividade está direcionado no eixo de uma
abordagem mais humanística como o aspecto motivacional de trabalho. Neste
contexto, a ênfase para aumentar ou diminuir a produtividade de uma empresa,
depende do nível motivacional dos colaboradores na execução de suas tarefas.
Para isto, é importante entender o que é motivação, o que motiva as pessoas
a persistirem de forma satisfatória em sua jornada, e o que isto implica na qualidade
de vida das pessoas e na sobrevivência das empresas no mercado. Os
administradores anseiam em ter colaboradores motivados com o seu trabalho e
conseqüentemente com a organização a quem pertencem.
A premissa é a de que altos níveis de motivação são capazes de melhorar o
desempenho e garantir a perspectiva de alcançar os objetivos da organização. A
motivação por meio de suas teorias apresenta os fatores motivacionais e
desmotivacionais dos colaboradores em relação ao seu ambiente de trabalho.
Nas situações que envolvem as pessoas nas organizações, é essencial
conhecer os fatores que atuam como motivadores do comportamento humano no
trabalho em determinada circunstância e atuar de modo efetivo no pleno
desenvolvimento destes. Para isso, é necessário que os participantes da
organização, em geral, desenvolvam a capacidade de identificar os fatores que
facilitam e restringem a motivação no trabalho Diante da visão do administrador o
grande desafio das organizações é elevar e manter a motivação nos colaboradores.
C Essa é uma tarefa árdua, pois o comportamento humano é extremamente
complexo, devido às diferenças existentes entre os indivíduos. Mas, para que a
motivação seja uma grande aliada para o desenvolvimento de uma organização, é
necessário inicialmente, entender e compreender o indivíduo que se pretende
motivar.
A motivação no trabalho tem raízes no indivíduo, na organização e no
ambiente externo. Uma pessoa motivada ou desmotivada é a consequência de uma
soma de fatores, que serão apresentados neste trabalho.
Deste modo formula-se a seguinte pergunta de pesquisa : Qual é a relação
entre os fatores de satisfação e insatisfação dos colaboradores da Clinica Imagem ?
15
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
• Identificar os fatores de motivação dos colaboradores da Clínica
Imagem no período de fevereiro/2006 a Novembro/ 2006.
1.1.2 Objetivos Específicos
• Identificar as expectativas dos colaboradores em relação ao
trabalho que eles desempenham;
• Observar o relacionamento interpessoal na Clínica Imagem;
• Conhecer a percepção dos colaboradores em relação a motivação
no trabalho na clínica Imagem;
• Propor alternativas para otimizar a qualidade do trabalho na
organização, a partir das razões apresentadas.
16
1.2 JUSTIFICATIVA
A motivação tem sido considerada de grande importância na prática
empresarial, porém, muitas vezes não é nítido localizar os fatores desmotivacionais
dos profissionais, como a causa das falhas dentro dos processos administrativos,
afetando o alcance dos objetivos e a qualidade dos serviços.
Cada pessoa apresenta diferentes reações uma das outras no que se refere à
motivação. Isto depende dos padrões de comportamento de cada uma, dos valores,
e da capacidade para atingir os objetivos. Por isso, a importância do
desenvolvimento deste estudo na Clínica Imagem, para analisar os fatores
motivadores e desmotivadores, bem como suas razões, para então propor sugestões
que otimizem a qualidade do trabalho, buscando o desenvolvimento organizacional.
O tema motivação tem uma conexão direta com a prática da administração
possibilitando a afinidade da pesquisa com o Curso. Para o acadêmico a realização
desta pesquisa possibilita um grande avanço no aprendizado pois, muitas vezes,
não se tem consciência da importância da junção da teoria com a prática. Esta
relação (teoria e prática) é viável ao vivenciar a realidade da empresa, analisando-a,
para no futuro, propor sugestões, buscando o sucesso e realização do indivíduo e da
organização.
Encontra-se também justificativa para o desenvolvimento deste trabalho na
utilização pela instituição de ensino, como fonte de pesquisa para os demais
acadêmicos e interessados em pesquisar e aprofundar os conhecimentos no tema
motivação.
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A TEORIA CIENTÍFICA E TEORIA ADMINISTRATIVA
Na historia das organizações, não se pode deixar de mencionar o precursor
das Teorias da Administração, Frederick Taylor, o qual desenvolveu estudos sobre
as técnicas da racionalização e padronização do trabalho, dando origem ã teoria
cientifica que é estritamente enfatizada nas tarefas.
As idéias de Taylor giram em torno da pratica da divisão do trabalho, a partir
da sua experiência em produção fabril, dando ênfase à adoção de métodos racionais
e padronizados e a utilização da máxima divisão de tarefas, fornecendo um enfoque
na produção. Como principal característica destaca-se a busca de uma organização
cientifica do trabalho, visando em seu estudo, a máxima produção a mínimo custo.
(FERREIRA; REIS;PEREIRA, 1997).
Cabe destacar que a organização, para Taylor, era vista como máquina, onde
cada colaborador era considerado apenas como uma peça de engrenagem no corpo
da empresa, considerando completamente sua condição de ser humano.
Esta teoria acredita na idéia do “homo economicus” na qual o homem é
motivado por uma força maior chamada dinheiro. A certeza de que a liberdade de
escolha poderá ser recompensada por uma remuneração maior era baseada na
concepção do homo economicus, ou seja, a hipótese de que as pessoas são
motivadas exclusivamente por interesses salariais e materiais. (CHIAVENATO,
1994).
É oportuno salientar que, após os estudos de Taylor, surgiram seguidores
para complementarem suas idéias, nascendo com Fayol a teoria clássica.
Paralelamente aos estudos de Taylor, o engenheiro francês Faiol propiciou e
propagou idéias sobre o estudo da gerência, dando ênfase na estrutura formal da
organização e a adoção de princípios administrativos pelos altos escaões, mas
continuava com as idéias do Taylor, considerando alguns princípios da organização
como universais, são eles: divisão do trabalho, diciplina e unidade de comando.
Nesta perspectiva, Fayol é considerado pai da administração, o qual enunciou
as funções administrativas que consolidam o processo administrativo. Para Fayol, o
processo administrativo (princípios) consiste em: Planejar (estabelecer objetivos),
18
comandar (significa fazer com que os subordinados executem o que deve ser feito),
organizar (coordenar todos os recursos da empresa), controlar (é estabelecer
padrões e medidas de desempenho que permitem assegurar que as atitudes sejam
mais compatíveis com o que a organização pretende) e coordenar (coordenação das
atitudes e esforços de toda a organização).(FERREIRA; REIS; PEREIRA, 1997).
Para Fayol, os gestores tinham total responsabilidade pela implantação dos
processos administrativos (princípios), e os gerentes das organizações tinham a
obrigação de adotar estes elementos, que dariam estrutura na organização, este
contexto o homem ainda era considerado como máquina.
Os estudos mais sistemáticos da administração dão-se no início do século XX.
Assim, os administradores passaram a delinear os princípios da divisão do trabalho,
da especialização dos trabalhadores, do planejamento de métodos e controle de
atividades, buscando, desta forma, compreender como funcionavam as
organizações.
Frederick W. Taylor (1978), considerado o pai da administração científica,
empenhou-se muito no estudo e compreensão do trabalho e na melhoria de
eficiência do trabalhador. Sua preocupação foi eliminar o desperdício e perdas
sofridas na indústria americana, através de métodos e técnicas da engenharia
industrial. Acreditava-se que a produtividade só seria otimizada com um trabalhador
eficiente.
A filosofia de Taylor baseou-se em dois aspectos. Primeiro em racionalizar o
trabalho; segundo, quando conclui que a racionalização do trabalho deveria ser
acompanhada de uma estruturação geral da organização.
Com seu estudo de tempos e movimentos, conclui que um operário, ao
perceber que obtém a mesma remuneração que seu colega menos interessado e
produtivo, se acomoda, perde o interesse e produz aquém de suas capacidades. A
forma utilizada por Taylor para solucionar o problema foi criar um sistema de
pagamento de colaboradores por peça, no intuito de motivá-los e desta forma
produzir mais. Assim estava instituído o pagamento por peça.
Mas. haviam pessoas que contrariavam seus métodos fazendo verdadeira
oposição como relatam Stoner e Freeman ( 1999, p.25 ): “enquanto as idéias de
Taylor se espalhavam, também se espalhava à oposição a elas”. Taylor desenvolveu
estudos com o objetivo específico de aumentar a eficiência dos trabalhadores
19
através da remuneração, pois achava que essa forma de motivação era necessária e
suficiente para atingir os resultados que se buscava.
Esta idéia deu origem a oposição de outros pesquisadores, pois segundo
Bateman e Snell (1998), Taylor ignorava os fatores sociais e psicológicos dos
trabalhadores. Outros estudiosos percebiam que a questão motivacional era mais
ampla e não poderiam restringir-se a incentivos monetários.
Estudiosos como Franck B. e Lílian M. Gilbreth, deram sua contribuição ao
movimento de administração científica. Apesar de ter trabalhado junto com Frank em
estudos de fadiga e movimentos, Lílian também abordou os meios de promover o
bem-estar individual do trabalhador. Conforme Stoner e Freeman ( 1999, p. 25 ):
“Para ela, o objetivo final da administração científica era ajudar os trabalhadores a
alcançar seu potencial máximo como seres humanos”. Surgiu assim uma nova forma
de motivação, além do mero incentivo monetário.
De acordo com Bowditch e Buono (1999), o reconhecimento de que os
trabalhadores tinham necessidade sociais trouxe um conjunto novo de hipóteses
sobre a natureza humana. As pessoas não são vistas como criaturas racionais e
econômicas, e as questões sociais são principal fator motivacional do
comportamento humano.
Henry L. Gantt foi outro destaque da administração científica. Enquanto Taylor
criou o sistema que pegava a cada trabalhador a mesma quantia por unidade
produzida, voltado exclusivamente à tarefa, Gantt ofereceu um bônus para o
trabalhador produzir acima da conta diária esperada, o que afetava, além da tarefa, a
motivação do indivíduo.
Henry Fayol concentrou seus estudos na estrutura organizacional, elaborando
os princípios de administração, os quais asseguravam melhor funcionamento das
organizações.
Apesar dessas contribuições, a administração científica estava mais
preocupada na racionalização do trabalho como forma de aumentar a produção,
acreditando que o trabalhador evitava o trabalho sendo necessário serem
pressionados para que pudessem atingir os objetivos da organização.
Acreditavam que o homem trabalhava única e exclusivamente por ordem
econômica, e que deveria ser incentivado por recompensas materiais. Assim sendo,
a abordagem clássica não contemplava especificamente a motivação no trabalho,
20
pois enfocava mais a racionalização do trabalho como forma de aumentar a
produção.
Stoner e Freeman (1999, p. 28) colocam que: ‘acima de tudo, a escola
clássica das organizações, tornou os administradores conscientes dos tipos básicos
de problemas que eles teriam de enfrentar em qualquer organização.” O que antes
baseava-se no empirismo, passou a ser tratado como técnica e, a partir daí, como
modelos ou teorias específicas.
Contudo, por parte dos trabalhadores houve resistência, pois essas teorias
não consideravam as diferenças individuais dos trabalhadores, ou seja, as
dimensões humanas das organizações. Surge, então, a abordagem das relações
humanas, devido às limitações da abordagem clássica.
2.2 A ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A teoria das relações humanas apareceu como contestação da premissa
defendida por Taylor, de que a remuneração era o maior fator motivacional do
trabalho.
Elton Mayo, percursor da teoria das relações humanas, propiciou um cenário
favorável à introdução de uma nova abordagem na solução dos problemas de
administração, tendo como foco o processo motivacional dos indivíduos da
organização para o alcance das metas organizacionais estabelecidas. Para isso,
teve que ser analisado o comportamento humano pelos administradores: a
integração e comportamentos sociais ( FERREIRA:REIS:PEREIRA,1997 ).
Assim, esta teoria , disposta a democratizar e humanizar a administração das
empresas e, para fortalecer e reforçar seus pontos de vista, omitiu todos os
conceitos das teorias anteriores, para substituí-los por outros conceitos
desenvolvidos a partir de outras ciências como a psicologia e a sociologia, além de
outros fatores como a organização informal, a motivação, as necessidades humanas
básicas, a dinâmica de grupo, a comunicação e a liderança.
Nesta nova teoria os planos de incentivo salarial fundamentados na
concepção do homo economicus foram substituídos pelo incentivo social e simbólico
fundamentado na concepção do homo social, pois as necessidades psicológicas do
21
ser humano são mais importantes do que a necessidade de ganhar mais dinheiro. (
CHIAVENATO-1994)
Observa-se neste contexto a importância da motivação os indivíduos e para
as organizações. A escola das relações humanas propôs o modelo do homo social
que vinha contestar o conceito de homo economicus da fase de Taylor. Destacaram-
se as pessoas e sua motivação como um fator essencial para a empresa, a
necessidade de participação social e de relacionamento interpessoal.
O modelo mecanicista prevalência na forma de administrar, apontado por
Taylor e Fayol, inicia-se a visualização de uma teoria de mudança. A teoria das
relações humanas apareceu como contestação da premissa defendida por Taylor, de
que a remuneração era o maior fator motivacional no trabalho.
Elton Mayo, precursor da teoria das releções humanas, propiciou um cenário
favorável à introdução de uma nova abordagem na solução dos problemas de
administração, tendo como foco o processo motivacional dos indivíduos da
organização para o alcance das metas organizacionais estabelecidas. Para isso,
teve que ser analisado o comportamento humano pelos administradores: a
integração e comportamentos sociais. (FERREIRA; REIS; PEREIRA, 1997).
Observa-se neste contexto histórico a importância da motivação nas
organizações. Esta ênfase levou a escola das relações humanas a propor o modelo
do homo social que vinha contestar o conceito do homo economicus da fase de
Taylor. Esta teoria ressalta a importância das pessoas e sua motivação como um
fator essencial para o sucesso da empresa, cuja necessidade de participação social
e de relacionamento inter-pessoal são fatores determinantes da produtividade.
Além destes fatores, a Teoria da Relações humanas também destaca-se a
importância da motivação, da liderança e da tomada de decisão nas organizações,
dando início ao estudos de uma outra teoria, a Escola Comportamental relatada a
seguir.
22
2.3 A ESCOLA COMPORTAMENTAL E AS TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
Esta teoria surgiu com a necessidade de analisar o comportamento humano
nas organizações, e assim estudar os benefícios que podem surgir por meio desta
análise.
A teoria comportamental da administração veio significar uma nova direção e
um novo enfoque da teoria administrativa: abordagem das ciências do
comportamento, estudando a motivação humana (suas necessidades básicas),
definindo estilos de administração, caracterizando as organizações como sistema
sociais cooperativos e como sistemas de decisões.
Essa abordagem reúne uma enorme coleção de autores muito conhecidos
como McGregor, Likert, McClelland, Maslow, Herberg, e outros, e procura
desenvolver e comparar estilos de administração capazes de pontencializar as
motivações individuais existentes nos participantes das organizações e reduzir os
conflitos entre objetivos organizacionais e os objetivos individuais. (CHIAVENATO,
1994).
A Teoria Comportamental ou Behaviorismo, surgiu com um livro de Herbert A
Simon publicado em 1974, “O comportamento administrativo”, A partir daí, as
organizações possuem um sistema de decisões onde as pessoas percebem,
sentem, decidem e agem, conforme as situações com que se deparam. Em virtude
deste estudo a administração não pode deixar de lado estes aspectos
comportamentais. (CHIAVENATO, 1994).
Posteriormente, essas idéias foram complementadas por seguidores como:
McGregor, que centrou seus estudos de prever e controlar o comportamento
humano, e Abraham Maslow, que desenvolveu uma hierarquia das necessidades,
ligada à motivação dos colaboradores dentro da organização – necessidades
básicas, necessidades de seguranças, necessidades sociais, necessidades status,
para atingirem a auto – realização. (FERREIRA; REIS; PEREIRA, 1997).
Esta teoria buscou dar ênfase na valorização do trabalhador, preocupando-se
em conhecer o comportamento dos indivíduos no ambiente de trabalho. Os aspectos
organizacionais enfatizados por esta teoria: motivação; liderança e tomada de
decisão nas organizações.
23
Evoluindo nas idéias das teorias administrativas, aparece de forma subjetiva
um conceito comum a todas. Surgem, então, as teorias motivacionais, com os
modelos de Teorias de administração X e Y de McGregor; o desenvolvimento do
conceito de hierarquia de necessidades, com Maslow; e, em seguida, Herzberg que
introduz as necessidades higiênicas e de satisfação como pontos focais do processo
de trabalho.
2.4 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW
Maslow formulou a teoria da motivação humana, considerando que o
comportamento humano é influenciado por uma hierarquia das necessidades
humanas básicas. A hierarquia das necessidades de Maslow é composta por cinco
necessidades fundamentais: fisiológicas, de segurança, sociais, estima e auto-
realização. Maslow (1971 apud Rodrigues, 1994, p. 40) diz que:
“não há necessidade que possa ser tratada como se fosse isolada; toda necessidade
se relaciona com o estado de satisfação ou insatisfação de outras necessidades”. [...]
As necessidades definidas por Maslow podem ser melhor visualizadas
conforme figura abaixo:
Ilustração 1: A hierarqui das necessidades. Fonte: Adaptado de Chiavenato (2000, p.401)
As necessidades fisiológicas são as que dizem respeito à alimentação, abrigo,
vestimenta, ou seja, aquelas que já nascem com o indivíduo e estão relacionadas
24
com sua sobrevivência. Em se tratando de uma empresa, pode-se citar um ambiente
de trabalho adequado e um salário compatível.
As necessidades de segurança referem-se a necessidade de estar livre de
perigos e conseqüentemente, estar seguro. Na empresa podem ser definidas como
amparo através de planos de saúde e recebimento do salário em dia.
As necessidades sociais correspondem ao desejo das pessoas de fazerem
parte de um grupo, de serem aceitas pela sociedade. Dentro da empresa, todo
colaborador deve ser aceito pelo grupo de trabalho e participar deste.
As necessidades de estima se traduzem pelo amor próprio, o indivíduo tem a
necessidade de ser respeitado e reconhecido no ambiente organizacional por suas
oportunidades e desempenho.
As necessidades de auto-realização referem-se ao fato de que as pessoas
querem alcançar o máximo de seu potencial, na tentativa de tornar realidade seus
desejos e aspirações. Na empresa diz respeito à realização máxima do profissional.
A satisfação de uma necessidade é induzida pelo comportamento individual,
que serve como apoio para explicar as reações das pessoas às diversas forças
motivacionais. É evidente que este ciclo de necessidades e comportamentos é
apenas um dos fatores que influenciam as ações individuais, porém, é um dos
pontos mais significativos na análise da qualidade de vida no trabalho.
Outra importante contribuição aos estudos sobre a motivação humana foi
dada por Herzberg, com sua teoria de motivação-higiene, baseada em estudos
empíricos que se segue.
2.5 A TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG
Segundo Gil (1994, p.123), “Herzberg verificou que, quando as pessoas
sentiam insatisfeitas com seus serviços, preocupavam-se com o ambiente em que
estavam trabalhando. E que quando sentiam satisfeitas, isso se devia ao trabalho
propriamente dito”.
Sendo assim, Herzberg concluiu que o homem possui duas categorias de
necessidades que orientam o comportamento humano: os fatores higiênicos e
motivadores. Os fatores higiênicos, segundo Rodrigues (1994) são os capazes de
produzir insatisfação. Trata-se do ambiente que rodeia as pessoas e que abrangem
25
as condições dentro das quais elas executam suas funções, tais como: dinheiro,
segurança e as condições de trabalho. De acordo com Herzberg, estes fatores não
motivam as pessoas, apenas as impedem de ter sua capacidade produtiva inibida.
Já os fatores motivadores são aqueles que realmente motivam as pessoas
para a realização de suas funções, como sentimento de realização, reconhecimento
e desafio. Estes, de acordo com Gil (1994, p.123) “são capazes de proporcionar
efeitos produtivos na satisfação no trabalho, resultando no aumento da capacidade
produtiva das pessoas”.
De acordo com Herzberg, o que os gerentes podem fazer para motivar os
empregados é o enriquecimento da tarefa, o que supõe o aumento intencional da
responsabilidade, amplitude e desafio do trabalho.
FATORES MOTIVACIONAIS ( Satisfacientes ) FATORES HIGIÊNICOS ( Insatisfacientes )
Conteúdo do cargo ( Como o indivíduo se sente a respeito de seu CARGO )
Conteúdo do cargo ( Como o indivíduo se sente a respeito de sua EMPRESA )
1- O trabalho em si 1- As condições de trabalho 2- Realização 2- Administração da empresa 3- Reconhecimento 3- Salário 4- Progresso Profissional 4- Relações com o supervisor 5- Responsabilidade 5- Benefícios e serviços sociais Ilustração 2: Síntese dos fatores motivacionais e fatores higiênicos. Fonte: Chiavenato (1994, p. 512)
Em outras palavras, a teoria dos dois fatores acima, é uma ponderação das
diferenças existentes entre o indivíduo e o seu cargo, e o indivíduo e a empresa. Os
fatores de Herzberg são condições de trabalho que podem ser alteradas pela
administração para possibilitar mais ou menos satisfação.
Entre as teorias que surgiram do século XX, outra em que enfatiza uma
discussões relativas à saúde física e mental do trabalhador para a melhoria da
qualidade de vida dos colaboradores e que irá refletir-se na produtividade
empresarial é a teoria X e Y de McGregor.
26
2.6 A TEORIA X E Y DE MCGREGOR
Na década de 60, McGregor contribuiu muito para os estudos sobre a
motivação humana com sua Teoria X - Teoria Y. Seus estudos abordam dois estilos
opostos de administrar: um baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática
(Teoria X), e outro baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento
humano (Teoria Y).
A Teoria X, de acordo com Gil (1994), supõe que a maioria das pessoas não
gosta de trabalhar, prefere ser orientada pelos outros, tem pouca criatividade,
precisa ser controlada, desejando segurança acima de tudo. Chiavenato (1994)
ainda afirma que a Teoria X leva as pessoas a fazerem aquilo que a organização
pretende que elas façam, independentemente de suas opiniões pessoais.
Entretanto, a Teoria Y admite que as pessoas não são por natureza
preguiçosas e pouco merecedoras de confiança, desenvolvendo um estilo de
administração mais dinâmico, aberto e atual, no qual as pessoas mostram seu
potencial, podendo assim melhorar sua rotina de trabalho. Gil (1994, p. 123) afirma
que a Teoria Y “admite que o homem pode ser motivado adequadamente para o
trabalho, autocontrolar-se e ser criativo”.
Dessa forma, observa-se que a Teoria X de McGregor fundamenta-se numa
série de preposições errôneas acerca do comportamento humano. Já a Teoria Y
aposta na capacidade do ser humano, na sua disponibilidade ao trabalho, na sua
criatividade, motivação e competência, sendo que o trabalho é considerado algo
natural e agradável de se executar. Trata-se de um grande avanço para a qualidade
de vida do indivíduo no trabalho.
Diante desta concepção, entende-se que os gestores precisam estar
preparados para administrar, ou melhor, liderar estes dois tipos de grupos. Acredita-
se que a melhor forma de liderança seja a situacional e pragmática, onde os
indicadores do ambiente e as características das pessoas é que determina que
caminho seguir para adquirir resultados grandiosos. Bergamini e Coda (1997)
relatam que Douglas McGregor parte de duas posições distintas na consideração do
homem em relação ao trabalho. Para tanto, afirmam que a teoria X acontece pelo
fato de que:
27
O ser humano não gosta de trabalhar e evita o trabalho sempre que possível;
Devido a essa aversão ao trabalho, precisa ser coagido, pressionado, controlado,
dirigido e ameaçado para obter a produtividade programada;
Evita a responsabilidade, pois está interessado apenas na sua segurança
pessoal e financeira. Fonte: Adaptado de Chiavenato (1993, p. 554)
Já as pessoas com características do grupo Y tem tipo de conduta humana,
como:
O esforço físico e mental para o trabalhador é tão natural como a diversão e o
repouso.
Vê o trabalho como uma fonte de satisfação.
A pessoa exerce o autocontrole e auto-direção em busca dos objetivos com os
quais ela está comprometida.
A recompensa mais significativa para obter “entrega”é a satisfação da
necessidade de auto-realização.
Aprende não só a aceitar como a procurar responsabilidade. Fonte: Adaptado de Chiavenato (1993, p. 554)
Diante das características apresentadas, pode-se perceber que, nas
organizações, encontram-se pessoas que se limitam a fazer o necessário para
subsistir, não se importando com a realização pessoal. Neste caso, a motivação é
quase irrelevante, fazendo-se necessário o uso da autoridade para garantir a direção
e os objetivos almejados. Felizmente, pode-se constatar, também, que existem
pessoas realizadas, comprometidas e que se sentem satisfeitas com a realização de
seu trabalho, sempre preocupadas em integrar os interesses pessoais e
organizacionais.
Neste tipo de teoria, a motivação por estímulo só funciona para as pessoas
caracterizadas Y, sendo que para aquelas X, a autoridade passa a ser fundamental
para assegurar a direção e o controle dos colaboradores.
Além destas teorias motivacionais, muitas outras não salientadas neste
trabalho, também foram desenvolvidas não sendo tão difundidas nas organizações.
28
Diante dos estudos sobre as Teorias Motivacionais citadas anteriormente é
oportuno trazer uma base conceitual, de acordo com a visão alguns autores que já
trabalharam e, que vem trabalhando sobre o tema motivação.
2.7 CONCEITUANDO MOTIVAÇÃO
O que alguns gestores gostariam de fazer é criar um ambiente no qual
pessoas gostem de trabalhar, e no qual as pessoas trabalhem bem; um ambiente de
trabalho que ajude a enriquecer a vida dos trabalhadores. Este ambiente deveria
satisfazer tanto os colaboradores quanto os seus empregadores, assim, a motivação
estaria presente no ambiente organizacional.
Vários são os autores que conceituam motivação, e neste sentido, a
motivação pode ser compreendida como “a vontade de empregar altos níveis de
esforço em direção a metas organizacionais, condicionada pela capacidade de
esforço de satisfazer alguma necessidade do indivíduo”.(ROBBINS, 1999, p.109)
Segundo Megginson, Mosley e Pietri Júnior (1998), a motivação é um
processo de induzir uma pessoa ou um grupo, cada qual com necessidades
distintas, a atingir os objetivos da organização, enquanto tenta também atingir os
objetivos pessoais.
A motivação é um fator interno, ou seja, sua trajetória é sempre de dentro
para fora, mas pode ser influenciada constantemente por fatores externos, como por
exemplo, um gestor pode atuar diante de seus colaboradores como um fator
(externo) que facilita a integração do individuo com a organização, tendo como
resultado o alcance dos objetivos.
Segundo Bergamini (1989), a motivação é uma força ligada a um desejo. Na
verdade, o ambiente externo ou mesmo uma pessoa, não são capazes de motivar
outra pessoa, são capazes apenas de estimulá-la.
A motivação é um estado interno resultante de uma necessidade que se
desperta certo comportamento, com o objetivo de suprir essa necessidade. Os usos
que uma pessoa atribui para desenvolver suas capacidades humanas dependem da
sua motivação – seus desejos, carências, ambições, apetites, amores, ódios e
medos. As diferentes motivações e consignações (aquisição de conhecimento) de
29
uma pessoa explicam a diferença do desempenho de cada uma. (BERGAMINI,
1990).
É importante que se leve em consideração e existência das diferenças
individuais e culturais entre as pessoas quando se fala em motivação, pois esta se
encontra dentro de cada um, nasce das necessidades interiores, ou seja, os fatores
motivacionais são intrísecos.
Portanto, tudo o que for fatores externos são apenas estimuladores e
incentivadores com o intuito de motivar. Em resumo, a diferença entre motivar e
estimular é que a primeira está dentro do ser humano, e a segunda fora.
Para compreender melhor este conceito, destaca-se o enunciado de
Bergamini e Coda (1997,p.83): Entende-se que a motivação seja um impulso que venha de dentro e que tem, portanto, suas fontes de energia no interior de cada pessoa. Ë interessante notar que, cada dia mais, os autores tem se referido a importância das fontes internas ou intrísecas de energia motivacional, deixando sempre subjacente à crença de que nada se pode fazer para conseguir motivação de uma pessoa, a não ser que ela mesma esteja espontaneamente predisposta para tanto. O ser humano é movido por sentimentos, na motivação extríseca, ele é movido pelas conseqüências que espera alcançar devido as relações do ambiente. Várias podem ser as razões que o levam a ser motivado como por exemplo de recompensas externas como forma de reconhecimento, ou se seu interesse em determinado assunto for alcançado, e até mesmo a reação das outras pessoas.
Não é difícil perceber que as pessoas consagram mais tempo às atividades
para as quais são motivadas. Quanto maior for o nível de motivação com relação a
uma atividade, menos as pessoas vêem o tempo passar enquanto desempenham tal
atividade. Pelo contrário, se há falta de motivação, o dia de trabalho parece longo
demais.
Segundo Maximano (2000), motivação para o trabalho é o processo pelo qual
o esforço ou ação que leva o indivíduo ao desempenho profissional é impulsionado
por certos motivos, que podem ser intrínsecos, aqueles que surgem do interior da
própria pessoas, ou motivos extrínsecos, criados pela situação ou ambiente em que
a pessoa se encontra.
Lidar com diferenças é o diferencial do gestor moderno. O primeiro passo é ter
sensibilidade para compreender cada pessoa; provavelmente dessa forma, a tarefa
de administrar ficará mais fácil e mais leve.
30
Parece mais adequado considerar que a motivação do ser humano é algo
muito íntimo de cada pessoa, onde os fatores motivacionais podem ser considerados
como forças propulsórias escondidas dentro de cada um.
Enfim é importante que exista entre a empresa e sues colaboradores um
pacto pelo desenvolvimento, em que ambas as partes exponham suas expectativas
em relação aos seus parceiros, e juntas possam realizar seus objetivos com eficácia,
nunca esquecendo do valor de cada um.
Deste maneira ao constatar a importância da motivação no ambiente de
trabalho e que as empresas são constituídas de pessoas, é importante conhecer
as necessidades do indivíduo, desenvolver estratégias de estimular sua motivação,
já que esta é um dos principais meios de dirigir as pessoas, obtendo eficiência e
eficácia dos resultados .
,Após conhecer os vários conceitos sobre motivação, é fundamental
entender o seu significado, considerar a sua importância para as empresas
atingirem os objetivos empresariais compreendendo que elas, empresas e pessoas,
estão continuamente sujeitas as constantes mudanças do mercado globalizado .
2.8 A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS VERSUS A ESCOLA COMPORTAMENTALISTA
O Movimento das relações humanas surge como uma teoria de oposição à
teoria clássica, predominante nas três primeiras décadas deste século. Para
Chiavenato (1994), a escola das relações humanas surgiu disposta a democratizar e
humanizar a administração das empresas, fortalecer e reforçar seus pontos de vista,
negando e omitindo todos os conceitos desenvolvidos e afirmados pela teoria
clássica ( organização formal, autoridade e responsabilidade, hierarquia, unidade de
comando, estudo de tempos e movimentos, entre outros). Substituiu esses por
outros conceitos, desenvolvidos a partir da psicologia e sociologia industrial, tais
como organização informal, motivação, incentivos sociais, dinâmicas de grupo,
comunicação, liderança, etc.
A escola das relações humanas desenvolveu-se a partir de uma série de
estudos realizados por Elton Mayo na Western Company, entre 1924 e 1933. Esses
31
estudos foram conhecidos como os estudos de Hawthone, pois a maioria foi
realizada na fábrica Hawthorne, da Western Eletric, perto de Chicago. Foi uma
tentativa de investigar a relação entre as condições de iluminação no local de
trabalho e a produtividade dos empregados.
Stoner e Freeman (1999) relatam que Mayo e alguns colegas concluíram que
um conjunto de atitudes havia interferido nos aumentos de produtividade. Como
estavam recebendo atenção especial, os grupos de teste e de controle haviam
desenvolvido um “orgulho de grupo”, que os motivou a melhorar o seu desempenho.
Desta forma, chegaram à conclusão que os empregados trabalhariam mais se
acreditassem que a administração estava preocupada com o seu bem-estar, e que
os supervisores prestavam uma atenção especial a eles.
Os estudos também concluíram que o ambiente social dos empregados
afetava a produtividade, pois, mesmo com um trabalho monótono, a amizade entre
eles dava significado as suas vidas, assim como os protegia da administração.
Achavam que a pressão do grupo exercia uma influência maior na produtividade do
que as exigências da administração, sendo influenciadas pelo grupo informal de
trabalho.
Desta forma, além dos aspectos físicos do trabalho, outros fatores tinham
poder de aumentar a produção, e foram denominados de fatores de relações
humanas, como se pode verificar na citação de Stoner e Freeman (1999, p. 31):
Para Mayo, então, o conceito de “homem social”, motivado por necessidades sociais, desejando relacionamentos recompensadores no local de trabalho e respondendo mais às pressões do grupo do que ao controle administrativo era necessário para complementar o velho conceito de “homem racional” motivado por necessidades econômicas pessoais.
Foi o movimento das relações humanas o grande impulsionador das atenções
e preocupações com o bem-estar do empregado no seu local de trabalho, o
comportamento humano nas organizações passa a ter outro enfoque. Ao enfatizar as
necessidades sociais, o movimento das relações humanas superou a abordagem
clássica, que tratava a produtividade apenas como um problema de engenharia,
esquecendo os aspectos sociais e humanos de seus colaboradores, fundamentais
para o bom andamento e desempenho de qualquer organização.
32
Surge um novo enfoque ao comportamento humano nas organizações,
totalmente diferente a partir de então. Na motivação, em especial, surge a visão de
que o ser humano é levado a agir com base em objetivos particulares e não somente
com motivos ou necessidades de ordem fisiológica, mas também psicológica, em
especial a questão social.
Essas descobertas, bem como os resultados de várias outras pesquisas,
confirmaram a importância do grupo de trabalho, e indicaram a existência de uma
organização informal dentro da estrutura formal da empresa. Com o passar do
tempo, esses estudos foram popularizados por diversas interpretações da própria
pesquisa e de suas implicações para a administração.
Não se pode negar a valiosa contribuição dessa teoria, mas, mesmo assim, os
pesquisadores não conseguiram descrever e analisar completamente os indivíduos
do local de trabalho. Para muitos administradores da época, a satisfação dos
empregados e melhoria nas condições físicas de trabalho resultaram em ganhos
significativos de produtividade. O ambiente social no local de trabalho é apenas um,
dentre outros fatores, que influenciam a produtividade.
Bateman e Snell (1998, p. 54) comentam:
Os críticos acreditavam que a filosofia de relações humanas - um trabalhador feliz era um trabalhador produtivo – era muito simplicista. Enquanto a administração ciêntífica simplificou demais os aspectos econômicos e formais do local de trabalho, a abordagem de relações humanas ignorava o lado mais racional de um trabalhador e as características importantes da organização formal.
Assim, os resultados das tentativas de melhoria de produtividade, através de
meras melhorias físicas, intrigaram os administradores, concluindo que a questão da
produtividade e satisfação do trabalhador era mais complexa do que eles
imaginavam. Mas, o que se pode relatar é que a partir da abordagem de Relações
Humanas, a motivação humana no trabalho passou a ser um objeto de estudos da
Teoria Administrativa, e que a satisfação no trabalho dependia também de incentivos
e recompensas sociais.
Surge, no final da década de 40, a abordagem comportamental que
apresenta definições aos conceitos administrativos, contestando os princípios
elaborados pela direção científica e clássica, bem como a manipulação do homem
33
feita pela abordagem humanista, pois não acreditava que o trabalhador, por si só,
gerava eficiência. A teoria comportamental propôs um novo enfoque ao estudo de
administração, prestando mais atenção no indivíduo e na natureza do trabalho, com
isso surge um novo enfoque à motivação humana nas organizações. Destacam-se
nessa abordagem os estudos de Abraham Maslow, Herbert Simon, Douglas
McGregor, Frederich Herzberg entre outros. Sobre o assunto, Bowditch e Buono
(1999, p.12) colocam que:
Embora esses teóricos concordassem que as pessoas tinham suas necessidades de aceitação, status e reconhecimento, eles iam além da perspectiva das relações humanas, e propunham que os trabalhadores também queriam obter satisfação pessoal no trabalho, desenvolvendo suas habilidades (e a si mesmos) na consecução de um trabalho significativo e compensador.
Segundo Lopes ( apud Rodrigues 1994 ), Maslow foi o primeiro a relacionar as
necessidades humanas num quadro técnico abrangente na sua teoria da motivação,
baseada numa hierarquia das necessidades humanas básicas. Para ele, o homen é
motivado pela satisfação de suas necessidades, organizadas numa hierarquia da
importância que pode ser visualizada através de uma pirâmide. São elas
fisiológicas,seguranças, sociais, estima e auto-realização, que inicialmente foram
propostas de forma seqüencial e, posteriormente, numa seqüência hierárquica, na
forma de pirâmide. Bateman e Snell (1998, p. 53-54) colocam que:
Maslow argumentava que as pessoas buscam satisfazer as suas necessidades de nível inferior, progredindo para cima até as necessidades de nível superior. Os administradores podem facilitar esse processo e atingir objetivos organizacionais pela remoção de obstáculos e pelo encorajamento de comportamento que satisfaçam `as necessidades das pessoas e aos objetivos organizacionais simultaneamente.
Os teóricos da abordagem comportamentalista criticaram os teóricos da
organização formal devido aos seus princípios de administração, bem como a ênfase
na estrutura formal de autoridade e na alocação de funções. Para os
comportamentalistas, suas preocupações são os pontos de tensão, conflito,
comunicação e autoridade.
34
De acordo com o estudioso Douglas McGregor ( 1980 ) a concepção de que
as organizações, para serem eficazes, precisam ver-se como grupos de pessoas que
interagem com relações de apoi recíproco. Likert concebeu que o excesso de níveis
de autoridade leva os empregados a agradar o chefe, deixando de tomar iniciativa e
de assumir responsabilidades para desenvolvimento de suas capacidades. Ressalta
também a necessidade de uma administração participativa. Um líder, para ser eficaz,
deve adaptar seu comportamento de modo a levar em conta as pessoas que lidera
Mcgregor (1980 examina os pressupostos acerca do comportamento humano
que fundamentam a ação administrativa, concebendo desta forma a teoria Y, em
contrapartida a teoria X, a qual define um dos principais ingredientes da concepção
comportamentalista. Afirma ainda que a administração é responsável pela
organização dos elementos produtivos para que ela atinja seus fins econômicos, as
pessoas se tornam passivas e resistentes à organização por sua experiência em
outras organizações.
Ainda sobre a teoria McGregor, Bateman e Snell (1998, p. 57), reforçam que
“McGregor defendia a perspectiva da teoria Y, sugerindo que os administradores que
encorajam a participação e oferecem oportunidades para desafio e iniciativa
individual, poderiam conseguir um desempenho superior”.
Outro importante pesquisador dos estudos do comportamento organizacional
foi Frederich Herzberg cuja proposta era de que o estudo da motivação humana não
se limita ao indivíduo, mas também abrange as características da própria tarefa
executada. Para melhor explicar o comportamento no trabalho dos indivíduos,
Herzberg (1975) formulou a chamada teoria dos dois fatores ( fatores higiênicos e
fatores motivacionais).
Para Morgan (1996, p.45-46), a questão de integrar as necessiadaes
individuais e organizacionais transformou-se numa poderosa força como bem coloca:
Psicólogos organizacionais, como Chris Argyris, Frederick Herzberg e Douglas McGregor, começaram a mostrar como estruturas burocráticas, os estilos de liderança e a organização do trabalho de maneira geral poderiam ser modificadas para criar cargos “enriquecidos” e motivadores que encorajariam as pessoas no exercício das suas capacidades de autocontrole e criatividade. Sob a influência deles, alternativas ao modelo burocrático de organização começaram a surgir
35
A abordagem comportamental, no que diz respeito à compreensão dos
trabalhadores e aumento da produtividade, destacou a importância do efeito
treinamento das habilidades gerenciais. Contribui também para o desenvolvimento
de esforços na maioria dos ramos de negócios, criando um estilo mais sofisticado e
eficaz, por parte dos gerentes, para lidar com as variáveis humanas no ambiente de
trabalho, buscando a eficácia organizacional.
Bateman e Snell (1998), reforçam que a abordagem comportamental
promovia a eficácia do empregado com o entendimento dos processos individuais,
grupais e organizacionais, bem como acentuava os relacionamentos entre
empregados, administradores e o trabalho em si, admitindo que o trabalhador quer
trabalhar e pode encontrar a si mesmo.
Então, essa abordagem trouxe como contribuição aos empregados maior
participação e autonomia, desafio, iniciativa individual, e que trabalhos esquecidos
podem aumentar o desempenho, bem como a necessidade de desenvolver os
recursos humanos. Falharam algumas abordagens quando ignoraram fatores
situacionais, como ambiente e a tecnologia da organização, como também deixou de
integrar as diversas facetas do comportamento humano que ocorrem nas
organizações.
Com relação a questão motivacional, foi sem dúvida a abordagem que mais
contribuiu para o enriquecimento dos estudos acerca da motivação humana no
trabalho. Verifica-se que todos os estudiosos dessa abordagem voltaram suas
atenções para a questão comportamental no interior das organizações, e que
processo motivacional é determinante no comportamento humano nas organizações.
2.9 A MUDANÇA ORGANIZACIONAL E O DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
Na breve retrospectiva da história da administração do século XX, desde os
tempos de Taylor, que foi o marco inicial dos estudos sobre administração, até os
nossos dias, surgiram os mais variados modelos e teorias de administração como
alicerce para estudos sobre a administração.
As teorias administrativas surgiram como uma resposta aos problemas
empresariais mais importantes de cada época vivenciada. E, neste aspecto, todas
36
foram bem sucedidas ao apresentar soluções especificas para tais problemas. De
certo modo, estas teorias podem e vem sendo aplicadas em muitas situações de
hoje. Por isto, o administrador das organizações globalizadas precisa conhecê-las,
analisá-las, para ter a sua disposição uma variedade de alternativas adequada a
cada situação.
No decorrer dos tempos, foram desenvolvidos modelos e teorias que
possibilitaram uma melhor forma para atingir com efetividade (eficiência e eficácia) o
desenvolvimento do trabalho nas organizações. Foi com base nestes estudos, que
alguns cientistas se aperfeiçoaram descobrindo técnicas que ajudassem a
administração a desenvolver o seu sistema organizacional.
Cabe salientar que muitas empresas, atualmente, ainda utilizam a
mentalidade definida por Taylor, padronizando e dando ênfase na realização das
tarefas.
Nestas novas proposições, os seres humanos são dotados de necessidades
complexas e diferenciadas. O administrador precisa conhecer suas necessidades
para melhor compreender o seu comportamento e utilizar a motivação humana como
poderoso meio de melhorar a qualidade nas organizações. Desta forma, é de grande
importância evidenciar os estudos sobre a motivação.
O período de transações sociais provocou mudanças significativas no
comportamento das pessoas, principalmente, no sentido do ambiente empresarial e
no desenvolvimento de gestão das organizações.
A palavra-chave no desenvolvimento organizacional é mudança. Voltado para
o reconhecimento e análise das forças de mudança que pressionam as atividades e
os negócios de uma empresa no ambiente em que atua, o movimento
(desenvolvimento organizacional) tomou corpo e as propostas se integram
efetivamente à prática da administração de empresas. (FERREIRA; REIS; PEREIRA,
1997).
Vale ressaltar que, na maioria das vezes, mudanças geram resistências. Cabe
aos administradores conhecer os fatores que levam a essa resistência, e assim agir
de modo ativo para adaptação no processo de mudança.
A teoria do desenvolvimento organizacional nasceu por três razões distintas: a
primeira menciona a estrutura que envolve a hierarquia administrativa, os sistemas e
processos de trabalho interno, o fluxo de comunicação e a definição da missão,
objetivos e políticas organizacionais.
37
A segunda razão foi a tecnológica, que se refere aos sistemas operacionais
adotados, equipamentos, engenharia do processo e do produto, desenvolvimento de
pesquisa, métodos de trabalho etc.
A terceira razão seria o comportamento, que está relacionado aos
procedimentos adotados na administração dos recursos humanos da organização,
aos conhecimentos, habilidade e atitudes das pessoas que dela participam e ao seu
relacionamento inter-pessoal. (FERREIRA; REIS; PEREIRA, 1997).
Essas três razões são altamente interdependentes, caso haja uma mudança
em um dos elementos isoladamente, provavelmente irá afetar os outros.
A realização de um trabalho voltado para o desenvolvimento da organização
não pretende solucionar problemas isolados. O trabalho de desenvolvimento
organizacional compreende em estudo de mudanças em toda a organização, com o
objetivo de melhorar o seu desempenho, atingindo níveis de eficiência dos recursos
disponíveis e de eficácia no cumprimento dos seus objetivos. (FERREIRA; REIS;
PEREIRA, 1997).
Segundo Ferreira, Reis e Pereira (1997), a chave da teoria do
desenvolvimento organizacional é procurar uma forma de mudanças que tenha como
objetivo, melhorar cada vez mais o desempenho organizacional, seja por meio das
pessoas com métodos de trabalhos, seja com a implantação de processos
motivacionais que proporcionam melhoria no processo empresarial.
2.10 ESTUDOS SOBRE A SATISFAÇÃO DO INDIVÍDUO NO TRABALHO
A partir do século XX, surge um movimento que enfatiza as relações humanas
e abre caminho para discussões relativas à saúde física e mental do trabalhador.
Diversos cientistas sociais passaram a desenvolver diretrizes que se referem à
melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, o que irá refletir-se na
produtividade empresarial.
O ser humano só passou a ser valorizado no trabalho, e portanto com
qualidades, quando Elton Mayo criou a teoria das relações humanas.Por meio de
pesquisas, descobriu-se que é a capacidade social do trabalhador que estabelece o
38
seu nível de competência e eficiência e que o comportamento das pessoas se apóia
totalmente nos grupos. (MAXIMIANO,2000).
Portanto, a administração voltada para as pessoas adquiriu cunho científico
com a explicação dos pressupostos de Taylor e Fayol sobre a realidade do trabalho
humano, deslocando a ênfase na estrutura e nas tarefas para ênfase nas pessoas.
Segundo Chanlat (1993), as empresas são basicamente constituídas de
pessoas, mas estas nunca foram adequadamente utilizadas e estimuladas e, por
isso, a maioria das organizações convive com as pessoas acomodadas a um
desempenho medíocre e burocrático, sem nenhuma criatividade ou inovação,
preocupadas exclusivamente com a rotina.
Diante da concorrência acirrada, os gestores precisam entender que o grande
diferencial para se conquistar o sucesso tão almejado não está na tecnologia, na
estrutura, nos processos, nos contratos, nas vendas enfim, está nas pessoas que
desempenham essas funções, portanto, aí esta a grande riqueza de uma
organização. Bergamini 1997 p.15 relata: “O fracasso da maioria das nossas
empresas não está na falta de conhecimento técnico.E sim na maneira de lidar com
as pessoas”.
No entanto, a convivência com a tecnologia exige de cada trabalhador um
novo enfoque, uma nova postura de constantemente estar-se aperfeiçoando.Muitos
ainda não se acostumam com a idéia da automação e não compreendem o papel
das máquinas no presente e no futuro, como substituta do homem e facilitadora para
o mesmo.
Segundo Mascovici (2000), desde a revolução industrial, com a progressiva
mecanização, o trabalho humano perdeu as características artesanais, tornando-se
um esforço fragmentado e alienado.A alegria do artesão de ver seu produto final
acabado perdeu-se no percurso da modernização.
Quanto mais o mundo se desenvolve, mas se tem a cereteza que o ser
humano é o verdadeiro responsável pelo sucesso das empresas, pois é ele o
responsável pelas idéias, projetos, imagem, qualidade na prestação do serviço,
atendimento, enfim, é preciso mantê-los motivados.
Bergamini (1977, p. 109) afirma que “tudo que a organização puder propiciar
em termos de benefício ao seu pessoal reverterá em atuação dos mesmos que, por
sua vez, se transformarão para a empresa em disponibilidades para oferecer novos
benefícios”.
39
Ë preciso, urgente, uma política de valorização do ser humano, que promova
espaço para que as pessoas possam expor seus pontos de vista, estimulando a
criatividade, encorajando a libertação do pensamento e a individualização do homen
para o sucesso das organizações, onde as pessoas são o recurso central.
Assim, o homen passa a ser reconhecido como um ser total, que exercita suas
habilidades e capacidades de compreensão, comparação, escolha, decisão e
participação.
Entretanto, segundo Chiavenato (2000), percebe-se que o ser humano ainda
não é reconhecido em toda sua dimensão estratégica como uma fonte de resultados
expressivos na cultura da administração brasileira. Sabe-se também que a
descontinuidade da política econômica brasileira afeta a ação de recursos humanos,
impedindo a plena execução dos seus programas.Nesse contexto, ocorre a rotina
dos programas de pessoal sem a preocupação com a satisfação das pessoas,
tornando o tratamento interpessoal um processo mecânico, apenas considerando os
aspectos racionais e esquecendo-se do emocional.
No entanto, felizmente, as organizações vem procurando manter uma política
de qualidade de vida no trabalho, valorizando o ser humano com consciência das
suas necessidades, sabedores de que, ao satisfaze-las, estarão criando um
ambiente mais produtivo e estimulando a adesão e a vontade de agir. Ou seja, dessa
forma se consegue obter com facilidade um colaborador mais motivado e
principalmente comprometido com os resultados da organização.
40
3 METODOLOGIA
3.1 ABORDAGEM DA PESQUISA
O presente trabalho é considerado uma pesquisa quantitativa. Segundo
Bianchi (1998, p.37), “metodologia é um conjunto de instrumentos que deverá ser
utilizado na investigação e tem por finalidade encontrar o caminho mais racional para
atingir os objetivos propostos, de maneira mais prática e melhor”.
3.2 TIPO DE PESQUISA
De acordo com Vergara (1997), as pesquisas classificam-se em dois tipos:
quanto aos fins e quanto aos meios.
Quanto aos fins, a presente pesquisa caracteriza-se como descritiva, isso
porque expõe características do ambiente estabelecendo correlações entre as
variáveis. Para Vergara (1997, p.45), “a pesquisa descritiva expõe características de
determinada população ou de determinado fenômeno”.
Quanto aos meios, foi realizada uma pesquisa de campo já o que investigação
realizou-se no local onde ocorrem os fenômenos que dispõe de elementos para
explicá-la, neste caso, a CLÍNICA IMAGEM. Segundo Vergara (1997), este tipo de
pesquisa pode incluir vários tipos de instrumentos como: a entrevistas, a aplicação
de questionários, os testes e a observação participante ou não. Neste estudo, em
particular, optou-se pelo aplicação do questionário por ser um instrumento
considerado de fácil análise e que permite liberdade ao entrevistado no sentido de
expor suas expectativas, idéias e insatisfações, sem a obrigatoriedade de
identificação.
Além destas vantagens apresentadas pela autora, este tipo de instrumento
facilita a analise e interpretação dos dados coletados no campo de pesquisa.
41
3.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
3.3.1 Quanto a População
De acordo com Mattar (1999, p.266), “população de pesquisa é o agregado de
todos os casos que se enquadram num conjunto de especificações previamente
estabelecidas”. No caso específico deste estudo, a população alvo limita-se aos
colaboradores da CLÍNICA IMAGEM, perfazendo um total de 132 colaboradores.
Para fins de pesquisa, serão entrevistados somente os colaboradores do setor
administrativo, ou seja, um total de 29 colaboradores que fazem parte do quadro de
pessoal da CLÍNICA IMAGEM.
3.3.2 Amostra
Para Mattar (1999, p.262), a amostra pode ser definida como “qualquer parte
de uma população”, escolhida segundo algum critério de representatividade. Neste
estudo, a escolha da amostra foi efetuada através de métodos não probabilísticos
em que, de acordo com o autor já citado, a seleção dos elementos da população
para compô-la depende do julgamento do pesquisador. Para realização do estudo, a
amostra foi selecionada por acessibilidade e por tipicidade.
Segundo Vergara (1997), a amostra selecionada por acessibilidade é
composta de elementos escolhidos pela facilidade de acesso a eles, já a amostra
selecionada por tipicidade é aquela constituída pela seleção de elementos que o
pesquisador considera representativos da população alvo.
Isto significa dizer que, basicamente, os elementos da amostra foram
selecionados de acordo com aqueles que se mostraram disponíveis a colaborar com
a pesquisa sendo levando, também, em consideração o objetivo de abranger toda a
organização, selecionando colaboradores de todos os setores da CLÍNICA IMAGEM.
Desta forma, a amostra da pesquisa foi composta por 29 colaboradores
efetivos da CLÍNICA IMAGEM, considerando a proporção de trabalhadores
distribuídos no Setor Administrativo.
42
3.4 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS
3.4.1 Tipo de dados
Para execução desta pesquisa, foram utilizados como dados primários
aqueles coletados junto aos colaboradores da CLÍNICA IMAGEM, os quais são
analisados no decorrer da pesquisa. Já em relação aos dados secundários, são
aqueles disponíveis na própria organização, como apostilas, cartilhas, banco de
dados, manuais, sites, dentre outros.
3.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Como instrumento de coleta de dados, já mencionado anteriormente optou-se
pelo instrumento denominado de questionário, que segundo Chizzotti (2001, p. 55),
constituem um conjunto de questões pré-elaboradas, sistemática e seqüencialmente
dispostas em ítens que constituem o tema da pesquisa, com o objetivo de suscitar
dos informantes, respostas por escrito ou verbalmente sobre o assunto que os
informantes saibam opinar ou informar.
O questionário é composto por 20 perguntas fechadas de respostas de múltipla
escolha, bem como, de 02 perguntas abertas com o objetivo de conhecer as
percepções, as falas e expectativas dos entrevistados. Todos os participantes da
pesquisa foram informados sobre os objetivos da mesma, sendo eu os mesmo foram
abordados em seu ambiente de trabalho, durante os meses de Agosto e Setembro
de 2006.
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA
43
Fundada em fevereiro de 1994, a Clínica Imagem 1 está localizada no
Hospital de Caridade, em Florianópolis e, foi a primeira a oferecer, nesta cidade,
exames de ressonância magnética, além de tomografia computadorizada,
angiografia digital e ultra-sonografia, com os mais modernos equipamentos
disponíveis no mercado naquela época.
Em 1998 foi inaugurada a Clínica Imagem 2, também na capital catarinense,
que proporcionou a ampliação da capacidade de atendimento com equipamentos
ainda mais modernos. Hoje, ambas as clínicas contribuem decisivamente para a
saúde e o bem-estar dos catarinenses, já tendo realizado, desde o início de suas
atividades mais de 150 mil exames de Ressonância Magnética e Tomografia
Computadorizada
Estas duas clínicas tem 2.500 metros quadrados de área contendo a mais
completa e atual tecnologia de diagnóstico por imagem, bem como, a segurança de
poder contar com profissionais das mais diversas áreas médicas, entre elas,
radiologistas, cirurgiões vasculares, anestesistas, gastroenterologistas,
cardiologistas, cirurgiões-dentistas e neurocirurgiões, todos diretamente envolvidos
com o bem-estar e a saúde dos catarinenses.
Visando atender as exigências do mercado ligado a área da saúde esta
empresa definiu e preserva alguns princípios básicos que servem de norte para
alcançar a eficiência e a eficácia empresarial, sendo eles:
4.1.1 os valores
Com seriedade, sensibilidade e competência, a Clínica Imagem procura,
dentro do mais alto padrão de qualidade, oferecer serviços na área de diagnóstico
por imagem:
Buscando um ambiente de trabalho no qual os colaboradores sintam a
harmonia e a cooperação do grupo, procurando valorizar o orgulho e a satisfação
pelo serviço realizado;
Agindo com integridade nas relações do dia-a-dia, tratando a todos com
solidariedade e respeito e manifestando a ética e coerência profissional;
Usando a criatividade como base no aperfeiçoamento contínuo e procurando,
através do aperfeiçoamento e da visão de futuro, oferecer sempre serviços da mais
alta qualidade.
44
4.1.2 imagem mulher
A Imagem Mulher é um centro de diagnósticos direcionado ao atendimento do
público feminino. Concebida dentro deste conceito, a Imagem Mulher visa prestar
serviços de qualidade na realização de exames diagnósticos, através da excelência
de sua equipe de profissionais, equipamentos e estrutura física.
Os exames realizados compreendem os principais procedimentos voltados
para a saúde e qualidade de vida da mulher sendo eles:
• Ultra-sonografia
• Mamografia Digitalizada
• Densitometria Óssea
• Estereotaxia Digital de Mama
E, complementando os serviços, o apoio de exames básicos como Tomografia
Helicoidal e Ressonância Magnética, além de Digitalização de Mamografia e Raio X.
4.1.3 médicos especializados
Na Clínica Imagem você encontra qualificados especialistas, nas mais diversas
áreas de atuação, atuando em conjunto com equipamentos modernos - aliados à
mais alta tecnologia - para trabalhar pela sua saúde. A seguir alguns exames
realizados pela clínica;
• ANGIOGRAFIA DIGITAL
• RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
• TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA COM BIOPSIA
• ULTRA-SONOGRAFIA
• ULTRA-SONOGRAFIA ABDOMINAL TOTAL
45
• ULTRA-SONOGRAFIA DO ABDOMEN SUPERIOR
• ULTRA-SONOGRAFIA OBSTÉTRICA
• ULTRA-SONOGRAFIA OBSTÉTRICA TRIDIMENSIONAL (3D)
• ULTRA-SONOGRAFIA DE MAMAS
• ULTRA-SONOGRAFIA MORFOLÓGICO
• ULTRA-SONOGRAFIA DE ARTI. E ESTRUT. SUPERFICIAIS
• ULTRA-SONOGRAFIA PÉLVICA E TRANSVAGINAL
• ULTRA-SONOGRAFIA DA PRÓSTATA VIA ABDOMINAL OU TRANSRETAL
• ULTRA-SONOGRAFIA DA PRÓSTATA TRANSRETAL COM BIÓPSIA
• ULTRA-SONOGRAFIA COM BIÓPSIA RENAL E BIÓPSIA HEPÁTICA
46
4.2 ANÁLISE DOS GRÁFICOS
A primeira parte do questionário compõe-se de 20 perguntas fechadas, e
destas, 15 referem-se aos fatores de satisfação. Esses fatores foram considerados
motivadores pelo fato de que a soma do percentual da opção Sempre e da opção Ás
vezes correspondem maiores índices percentuais. Segue as perguntas abaixo:
1.Sinto prazer em vir trabalhar todos os dias, na Clínica Imagem? OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 20 100 Às vezes 0 0 Raramente 0 0 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
100%
0%
0%
0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 01 foi constatado que 100% dos respondentes sentem total
satisfação em vir trabalhar todos os dias. Constata-se então que, conforme os
resultados deste gráfico, todos os colaboradores gostam de trabalhar nesta
organização sentindo-se desta forma satisfeitos na função que exercem.
47
2.Tenho oportunidades de usar minha criatividade por meio de novas idéias e estas são aproveitadas no meu trabalho? OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 13 65 Ás vezes 7 35 Raramente 0 0 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
65%
35%
0%0%Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 02 percebe-se que 65% acham que tem oportunidade de usar
suas criatividades e outros 35% acham que às vezes. Constata-se que grande parte
dos colaboradores da Clínica Imagem sente-se incentivada a colocarem em prática
suas idéias.
Desta forma a Clínica Imagem abre um canal de comunicação para interagir
com seus colaboradores e estes por sua vez podem contribuir com idéias para o
melhoramento de suas atividades.
48
3.Tenho liberdade de tomar decisões em relação ao desenvolvimento das minhas funções?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 5 25 Ás vezes 14 70 Raramente 1 5 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
25%
70%
5%
0%
Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
A questão 03 demonstra que 25% acham que tem oportunidade de usar suas
criatividades, 70% ás vezes, 5% raramente. Constata-se que grande parte dos
colaboradores sente-se incentivados a colocarem em prática suas idéias.
Sendo assim verificamos que a grande maioria possui segurança no que faz
devido a liberdade de tomada de decisão que a empresa proporciona, objetivando
assim uma possível melhoria contínua das atividades exercidas pelos seus
colaboradores.
49
4.Tenho total responsabilidade pelas tarefas que desenvolvo? OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 6 30 Ás vezes 12 60 Raramente 2 10 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
30%
60%
0%10% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 04 demonstra que 30% tem total responsabilidade na tarefa que
desenvolve, 60% as vezes, 10% raramente . Com isso, entende-se por tanto, que a
grande maioria tem consciência de que o bom ou mal resultado das funções, é de
sua responsabilidade. Dar autonomia no trabalho significa que o colaborador pode
contribuir com melhorias contínuas e não seguir normas rígidas pré determinadas.
50
5.Sinto-me valorizado ( a ) pelo meu desempenho por parte da minha chefia? OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 10 50 Ás vezes 9 45 Raramente 1 5 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
50%45%
5% 0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 05 Conclui-se que a maioria dos entrevistados concordam que
são valorizados por parte das suas chefias com 50%, 45% às vezes. Constata-se
que muitos dos colaboradores são valorizados no seu ambiente de trabalho por
serem reconhecidos profissionalmente e com isso, estimulados a dar o melhor de si
para nas tarefas que executam.
51
6.Dentro do setor as pessoas se ajudam e trabalham em equipe buscando os mesmos objetivos ?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 16 80 Ás vezes 3 15 Raramente 1 5 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
80%
15% 5% 0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 06 indica que maioria dos respondentes consideram que as
pessoas trabalham harmoniosamente em equipe, 80% acham sempre, 15%
responderam às vezes. E 5% raramente. Constata-se que na Clínica Imagem existe
um relacionamento de parceria em busca dos mesmos objetivos.
Sendo assim, entendemos que tanto um grupo quanto uma equipe podem ter
um mesmo objetivo em comum, porém, só uma equipe apresenta uma característica
especial, o trabalho unido, onde cada pessoa tem uma função definida mas, está
disposta a contribuir com os demais membros para atingir o objetivo com satisfação
total de sua equipe. Neste caso, em particular percebemos o interesse em comum
dos colaboradores da clínica Imagem.
52
7.Há uma comunicação eficaz entre todas as áreas da organização?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 2 10 Ás vezes 7 35 Raramente 11 55 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
10%
35%
0%
55%
Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 07 diz respeito à comunicação, interrogando que esta é
considerada eficiente entre todas as áreas da Clínica Imagem. Verifica-se que 10%
responderam sempre, 35% às vezes, raramente 55%. Isso demonstra uma
verdadeira carência no quesito comunicação, entre as diversas áreas da
organização.
A literatura sinaliza que a falta de sinergia entre os setores pode ser
considerada uma falha grave onde a ausência do espírito de equipe pode gerar
sérios problemas para o indivíduo e para a organização podendo causar desta forma
a insatisfação tanto dos clientes internos como externos.
53
8.As mudanças constantes dos setores da clínica Imagem, são comunicadas e trazem resultados positivos?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 4 20 Ás vezes 5 25 Raramente 11 55 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
20%
25%
0%
55%
Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 08 pergunta-se: as mudanças constantes dos setores dentro da
Clínica Imagem, são comunicadas e trazem resultados positivos? Nesta pergunta,
20% responderam sempre, 25% As vezes, 55% raramente. Isso demonstra que
quase a totalidade dos respondentes considera as mudanças de setores são
improdutivas, quando estas não são comunicadas.
Este dado revela um prejuízo significativo para a equipe e para a empresa já
que é um percentual expressivo que deve ser objeto de preocupação por parte das
chefias imediatas e gerências.
54
9.Existe dentro da clínica Imagem um clima de honestidade e confiança entre os colaboradores ?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 3 15 Ás vezes 6 30 Raramente 11 55 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
15%
30%
0%
55%
Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
A questão 09 enfatiza que existe dentro da Clínica Imagem, um clima de
honestidade e confiança entre os colaboradores. Nela, 15% responderam que
sempre, 30% às vezes, 55% raramente. Observa-se, mais uma vez, que o
relacionamento interpessoal da Clínica Imagem é percebido com um clima de
desconfiança, pela maioria dos respondentes. Isto pode causar um clima
desarmonioso colaborando com a insatisfação não só dos indivíduos como também
dos demais setores da empresa.
O clima organizacional é um dos elementos bastante relevante na
produtividade, na motivação da equipe e, consequentemente, na qualidade dos
produtos ou serviços prestados à clientela.
55
10.Existe dentro da cínica Imagem uma interação sadia, com troca de informações e de habilidades entre os setores?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 10 50 Ás vezes 9 45 Raramente 1 5 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
50%45%
5% 0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 10 Indica que 50% consideram que as pessoas trabalham
harmoniosamente em equipe, 45% responderam que as vezes, 5% raramente.
Constata-se um certo equilíbrio nesta pergunta.
Embora haja um clima de interação e comunicação entre os colaboradores da
Clínica podemos constatar que existe um relacionamento de parceria em busca dos
mesmos objetivos levando em consideração análise dos gráficos anteriores.
56
11.A clínica Imagem preocupa-se com a segurança no trabalho dos colaboradores?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 20 100 Ás vezes 0 0 Raramente 0 0 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
100%
0%0%0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 11 os respondentes foram unânimes quanto a segurança no
trabalho dos colaboradores. Percebe-se a preocupação da Clínica quanto a
segurança física de seus colaboradores que se sentem protegidos em seu local de
trabalho. Para um bom desempenho em suas atividades é imprescindível a
segurança no local de trabalho
57
12.As condições de trabalho: área física, instalações, limpeza, etc são adequadas ?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 14 70 Ás vezes 5 25 Raramente 1 5 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
70%
25%
5%0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 12 Quando perguntado sobre as condições de trabalho: área
física, instalações, limpeza, etc são adequados. Obtemos a resposta: Sempre 70%,
Às vezes 25% e 5% raramente.
Percebe-se em relação a este requisito há uma grande satisfação em todos
os ambientes da Clínica Imagem. Isto contribui para um bom desempenho dos
colaboradores em suas atividades.
58
13.Os equipamentos e recursos materiais disponíveis atendem as necessidades?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 16 80 Ás vezes 4 20 Raramente 0 0 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
Os equipamentos e recursos materiais disponíveis atendem as necessidades ?
80%
20%0%0%
Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 13 os equipamentos e recursos materiais disponíveis atendem as
necessidades ? A maioria 80% respondeu que atendem as necessidades e 20% ás
vezes. Nota-se que a Clínica Imagem disponibiliza matérias e equipamentos
adequados aos colaboradores para a execução de suas tarefas prestando assim um
serviço de qualidade.
59
14.Quando há uma quebra de equipamento ou falta de material o atendido é rápido visando o restabelecimento normal do trabalho? OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 20 100 Ás vezes 0 0 Raramente 0 0 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
100%
0%0%0%Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 14, 100% responderam que os materiais quando quebram, o
atendimento é eficaz e eficiente para repô-los. Analisando a literatura sobre
satisfação no ambiente de trabalho percebemos o quanto ela está relacionado com
a reposição de equipamentos pois a falta dos mesmos ou sua demora pode causar
uma insatisfação dos colaboradores gerando uma queda na produção.
60
15.Você sente segurança profissional na clínica Imagem ?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 8 40 Ás vezes 9 45 Raramente 3 15 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
40%
45%
15% 0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão15 Quanto a segurança profissional há um equilíbrio sendo que
40%responderam Sempre 45% Às vezes e 15% raramente . A insegurança por parte
da maioria em seu trabalho. Em um mercado competitivo a insegurança pode ser
considerada normal.
No entanto a organização deve preocupar-se em manter os seus
colaboradores motivados investindo nos mesmos para que possam dar o retorno e
alcançar as metas estabelecidas pela empresa.
61
16.Os colaboradores são estimulados a participarem nas decisões importantes tomadas na Clínica Imagem ?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 3 15 Ás vezes 3 15 Raramente 13 65 Nunca 1 5 TOTAL 20 100
15%
15%
65%
5% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
A questão 16 indaga se os colaboradores estão estimulados a se envolverem
nas decisões importantes da Clínica Imagem, 15% responderam Sempre, 15% Às
vezes, 65% raramente. Observa-se que os colaboradores, na sua grande maioria,
não são consultados quanto as tomadas de decisões da organização.
Entendemos que o comprometimento e envolvimento da equipe se dá na
medida que as pessoas são estimuladas e tenham oportunidade de participarem
das decisões que a empresa precisa tomar dando sugestões criativas e eficazes.
62
17.A Clínica Imagem oferece oportunidades de crescimento profissional?.
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 2 10 Ás vezes 6 30 Raramente 8 40 Nunca 4 20 TOTAL 20 100
10%
30%
40%
20% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
A questão 17 está relacionada com a oportunidade de aprendizado oferecido
pela Clínica Imagem para o crescimento profissional, onde 10% responderam
Sempre, Äs vezes 30%, Raramente 40%. Em relação a esta questão, verifica-se que
o resultado se divide. Alguns colaboradores recebem capacitação para um melhor
desempenho, outros consideram que esta oportunidade é falha ou não existe.
Estes dados revelam que os colaboradores precisam sentir-se competentes e
isto pode ser alcançado quando há investimento em treinamentos, cursos de
aperfeiçoamento e programas desenvolvimento humano. Investir em educação
continuada dos colaboradores é uma estratégia que leva a empresa à
competitividade e o sucesso.
63
18.A Clínica Imagem estimula e oportuniza periodicamente : treinamentos, cursos de atualização e outros?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 3 15 Ás vezes 3 15 Raramente 14 70 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
15%
15%
70%
0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
Na questão 18 investiga se a Clínica Imagem oportuniza treinamento e
capacitação como um estímulo para o crescimento profissional. Nesta pergunta, 15%
responderam Sempre, 15 Ás vezes, 70% Raramente.
Novamente constata-se aspectos negativos e positivos na percepção dos
respondentes, pois, alguns colaboradores consideram-se estimulados a aprender,
por meio de treinamentos, e outros se sentem insatisfeitos por não receberem esse
mesmo estímulo para o seu crescimento profissional.
Numa economia global as empresas devem investir continuamente em seus
colaboradores porque eles fazem parte do patrimônio empresarial, portanto, devem
ser considerados sua maior riqueza tendo em vista que são eles que as
representam.
64
19 A chefia incentiva a colocação e a prática de idéias sugeridas pelos colaboradores OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 3 15 Ás vezes 14 70 Raramente 3 15 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
15%
70%
15% 0% Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
A questão 19, indaga se a chefia incentiva a colocação e a prática de idéias
sugeridas pelos colaboradores. 15% responderam Sempre, Ás vezes 70% e
Raramente 15%. Constata-se que não há grandes incentivos pela chefia nesta
empresa.
O colaborador precisa sentir que faz parte da empresa na qual trabalha e a
participação tem papel fundamental motivando-o ao desenvolvimento de novas
competências e, consequentemente, a qualidade nas atividades que executam.
65
20.As reuniões realizadas na Clínica Imagem são objetivas, organizadas e produtivas ?
OPÇÕES DE RESPOSTA Nº DE RESPOSTAS PORCENTAGEM Sempre 5 25 Ás vezes 3 15 Raramente 12 60 Nunca 0 0 TOTAL 20 100
25%
15%
0%
60%
Sempre
Ás vezes
Raramente
Nunca
A questão 20 refere-se as reuniões na Clínica Imagem, se elas são positivas,
organizadas e produtivas. Nesta pergunta, 25% responderam Sempre, 15% As
vezes e 60% Raramente. Observa-se que é nítida a insatisfação que a grande
maioria dos colaboradores tem em participar de reuniões.
Para que uma reunião tem êxito é necessário elas sejam rápidas, objetivas e
pontuais, evitando divagações e desinteresse dos participantes, se possível ela
deve acontecer seguindo um roteiro ou uma pauta pré-definidos.
Como resultante desta análise temos dois tipos de fatores: motivadores e
desmotivados que culminam em satisfação e insatisfação dos colaboradores da
Clinica Imagem a saber:
66
4.3 FATORES DE SATISFAÇÃO
Dentre as 20 perguntas fechadas, 13 perguntas referem-se aos fatores
motivadores. Esses fatores foram considerados motivadores pelo fato de que a soma
do percentual da opção Sempre e Ás vezes corresponderam mais de 50% das
respostas, as quais encontram- se descritas abaixo:
1.Sinto prazer em vir trabalhar todos os dias, na Clínica Imagem?
2.Tenho oportunidades de usar minha criatividade por meio de novas idéias e estas
são aproveitadas no meu trabalho?
3.Tenho liberdade de tomar decisões em relação as funções que desenvolvo?
4.Tenho total responsabilidade pelas tarefas que desenvolvo?
5.Sinto-me valorizado ( a ) pelo meu desempenho por parte da minha chefia?
6.Dentro do setor as pessoas se ajudam e trabalham em equipe buscando os
mesmos objetivos ?
10.Existe dentro da Clínica Imagem uma interação sadia, com troca de informações
e de habilidades entre os setores?
11.A Clínica Imagem preocupa-se com a segurança no trabalho dos colaboradores?
12.As condições de trabalho: área física, instalações, limpeza, etc são adequadas?
13.Os equipamentos e recursos materiais disponíveis atendem as necessidades?
67
14.Quando há uma quebra de equipamento ou falta de material o atendimento é
rápido visando o restabelecimento normal do trabalho?
15.Você sente segurança profissional trabalhando na Clínica Imagem ?
19 A chefia incentiva a colocação e a prática de idéias sugeridas pelos Ilustração 3: Fatores Motivadores. Fonte: Dados primários (2006)
Desta forma percebe-se que os fatores motivadores são capazes de
transformar de forma positiva os resultados dentro de um ambiente de trabalho e,
isso acontece porque além de estarem diretamente ligados, aumentam os desejos
existentes dentro de cada um. Segundo Spitzer ( 1995 ), os motivadores fazem com
que as pessoas sintam prazer no que realizam, e o poder de cada motivador vem da
sua capacidade de estimular uma ou mais pessoas.
Na análise geral dos fatores motivadores constata-se que algumas
particularidades como sendo fatores positivos:
Os colaboradores sentem prazer em vir trabalhar todos os dias, percebem o
ambiente de trabalho de modo positivo, agradável e alegre. Esse fator motivador vai
de encontro á teoria de Spitzer ( 1997 ), segundo o autor, a diversão é algo que não
deve faltar no local de trabalho, pois a diversão energiza as pessoas e as torna
motivada e produtiva.
Os colaboradores, na sua maioria, sente-se valorizados por terem
oportunidade de usar a criatividade, assim como, satisfeitos pela liberdade de tomar
decisão em relação às funções que desempenham. Spitzer ( 1997 ), fala na sua
teoria sobre o desejo de competência, que praticamente todos os colaboradores
recebem com satisfação e oportunidades de se sentirem mais competentes.
Na Clínica Imagem, as pessoas sentem-se valorizadas e comprometidas por
terem responsabilidade pelas tarefas que desenvolvem, essa responsabilidade não
se torna tão pesada porque a grande maioria considera que no seu setor as pessoas
se ajudam, trabalham em equipe, buscando os mesmos objetivos. Spitzer ( 1997 p.
68
100 ) considera o trabalho em equipe como um fator motivador, o autor revela:
“nenhum de nós é tão esperto quanto todos nós”
Quanto ao ítem valorização dos colaboradores na organização, houve
respostas positivas e negativas, nem todos se consideram valorizados
profissionalmente na Clínica Imagem.. No entanto, a maioria concorda que recebe
reconhecimento pelas suas funções, por parte de suas chefias. Spitzer (1997 ) relata
que a valorização é um dos motivadores mais poderosos, mais baratos e mais
significativos disponíveis. Esse reconhecimento é considerado como uma
remuneração psicológica esperada pelos colaboradores.
Foi considerado também como um fator motivador, pelos respondentes, o
fato de receberem das chefias incentivo para colocarem em prática suas idéias,
oportunizando o uso da sua criatividade. Essa atitude é embasada no desejo de
reconhecimento de acordo com Spitzer ( 1997 ), pois as pessoas precisam ser
reconhecidas por seus atos ou contribuições, esta atitude é um dos grandes
segredos da motivação.
Todos esses sentimentos relacionados pelos próprios colaboradores da
Clínica Imagem, são considerados por Spitzer ( 1997 ) como fatores motivadores,
sendo que cada um está ligado a um desejo, como: o desejo de atividade diz
respeito à estimulação do ser humano, o desejo de propriedade relata o interesse
das pessoas de ter, o desejo de poder reflete na capacidade de decidir o seu próprio
destino.
Além destes o autor cita outros, como por exemplo: o desejo de afiliação
está relacionado com o lado social, o desejo de competência está ligado ao
crescimento profissional, o desejo de realização tem haver com o sentimento de
sucesso, o desejo de reconhecimento tem relação com as recompensas materiais ou
por meio de elogios e agradecimentos, e por fim, o desejo de significado, que reflete
na vontade que as pessoas tem de se sentirem importantes.
Cada pessoa, por ser diferente, tem desejos distintos. Por isso, é importante
a organização conhecer seus colaboradores e, dessa forma, saber lidar com cada
um, tornando-os parceiros, comprometidos com os objetivos propostos,. sem
esquecer que os fatores motivadores devem ser estimulados a cada dia e os
desmotivadores devem ser eliminados ou minimizados rapidamente .
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4.4 FATORES DE INSATISFAÇÃO
Em relação as 20 perguntas formuladas , 07 delas foram consideradas
desmotivadoras tendo em vista que a soma do percentual da opção Raramente e
Nunca corresponderam mais de 50 % das respostas, as quais encontram-se
descritas abaixo:
7.Há uma comunicação eficaz entre todas as áreas da organização?
8.As mudanças constantes dos setores da clínica Imagem, são comunicadas e
trazem resultados positivos?
9.Existe dentro da clínica Imagem um clima de honestidade e confiança entre os
colaboradores ?
16.Os colaboradores são estimulados a participarem nas decisões importantes
tomadas na Clínica Imagem ?
17.A Clínica Imagem oferece oportunidades de crescimento profissional?.
18.A Clínica Imagem estimula e oportuniza periodicamente : treinamentos, cursos
de atualização e outros?
20.As reuniões realizadas na Clínica Imagem são objetivas, organizadas e
produtivas ? Ilustração 4: Fatores Desmotivadores. Fonte: Dados primários (2006)
Quanto aos fatores desmotivadores, estes são grandes responsáveis
pela diminuição e até mesmo a eliminação da motivação e, muitas vezes, resultam
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na falta de comprometimento no ambiente de trabalho, influenciando também na
qualidade dos serviços prestados pela Clínica Imagem .
Segundo Spitzer ( 1995 p.61) ‘eles fazem com que os colaboradores
reduzam, consciente ou inconscientemente, a quantidade de energia proutiva que
utilizam em seu trabalho’.
A análise geral dos dados coletados e, especificamente, em relação aos
fatores desmotivadores, foram verificados os seguintes pontos:
Os colaboradores não são estimulados a tomarem decisões importantes.
Observa-se que estas decisões cabem apenas para pessoas que ocupam cargos
relevantes. Segundo Vergara (2000), existem pessoas que se motivam no ambiente
de trabalho, quando se sentem amadas, competentes, reconhecidas e estimuladas a
participar de decisões.
Constatou-se uma grande insatisfação na questão sobre a integração, a
troca de informações e as habilidades entre os setores da Clínica Imagem. Grande
parte dos respondentes, considera o relacionamento entre os setores bastante frio,
distante e, em muitos deles , essa interação nem existe.
Spizer ( 1997 ) relata que a forma mais intensa de interação é o trabalho em
equipe. A marca registrada do trabalho em equipe é a sinergia, o que significa que a
soma do todo é maior do que a soma de cada um, ou seja, todos os setores de uma
empresa precisam estar sintonizados, uma vez que esta união facilita o alcance dos
objetivos.
Já em relação as oportunidades de aprendizado, treinamentos e
capacitação, a opinião se dividiu. Uma parte dos respondentes considera que não
recebem estímulos de aprendizado e capacitação na sua área, para que seu
desempenho profissional possa melhorar. Já outros respondentes, consideram-se
atendidos, quanto há necessidade de cursos de aperfeiçoamento, dentro da sua
função.
Spizer (1997) afirma que os colaboradores têm um forte desejo de
aprimorar suas competências, no entanto, o aprendizado só é motivador se os
colaboradores se sentirem mais competentes, caso contrário, o treinamento tende a
ser frustrante.
Um outro ponto bastante negativo observado diz respeito à comunicação
entre todas as áreas da Clínica Imagem. A maioria está descontente em relação à
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comunicação. Analisa-se que a comunicação entre os setores é ineficiente, confusa
ou quase não existe.
Spizer (1997) considera essa falha na comunicação, como sonegação de
informações, é uma forma de desonestidade que geralmente desmotiva os
colaboradores,. Os colaboradores acreditam que a empresa nunca “diz o que está
acontecendo”. Ë difícil esperar que os colaboradores sejam parceiros, quando as
informações abrangentes sobre a empresa não são compartilhadas.
Em relação as reuniões propostas pela Clínica, foi observado um alto
percentual de rejeição por parte dos participantes. As reuniões geralmente causam
perspectiva negativa, na maioria dos colaboradores, que as considera improdutivas.
Para Spitzer (1997), as reuniões, quando não bem formuladas, são
consideradas pelos colaboradores como tempo banalizado. O autor acredita que
muitas vezes as reuniões possuem agendas ocultas, manipulação e domínio de
alguns em relação as decisões tomadas, no entanto, querem a cooperação de todos.
As mudanças constantes dos setores dentro da Clínica Imagem e a falta de
comunicação sobre tais mudanças, foi considerada pela grande maioria como sendo
desnecessárias e inoportunas, trazendo resultados totalmente negativos. Spitzer
(1997) considera as constantes mudanças como um fator desmotivador. Geralmente
as empresas que mudam de setores freqüentemente não tem um foco gerencial
claro, ou tem um planejamento muito ruim.
Na verdade, as mudanças só são motivadoras, quando são voltadas para
obter resultados concretos envolvendo a participação e comunicação dos
colaboradores.
Conclui-se que, por mais que o ambiente de trabalho esteja motivado,
sempre vão estar presentes alguns fatores desmotivadores. Em geral, estes fatores
estão relacionados aos fatores intrínsecos das pessoas, ou seja, ligados aos
sentimentos de cada um,por isso, há grande facilidade de serem abalados devido às
constantes mudanças que o ser humano encontra no seu dia-a-dia. Segundo Gil
(2001), os fatores intrínsecos são os grandes responsáveis pela motivação de uma
pessoa, já os extrínsecos precisam ser satisfatórios para não desmotivar.
Portanto, é necessários analisar o todo de uma organização, buscando
sempre maximizar o que motiva, e minimizar o que desmotiva. Se os colaboradores
trabalham desmotivados, afetam consideravelmente a produtividade, a qualidade do
serviço e a agilidade dos processos a serem executados.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização desta pesquisa revelou que a motivação pode ser entendida
como o principal impulso para que as pessoas realizem seus trabalhos com
satisfação e, concomitantemente, as organizações alcancem seus objetivos com
maior velocidade e perfeição. A motivação, portanto, corresponde à chave do
comprometimento.
A literatura revela que desde o início da revolução industrial, até os dias de
hoje, houve uma significativa mudança em relação às organizações e a sociedade. A
maioria delas passou a ver o homem como um diferencial em relação à
concorrência, e não como um apêndice da máquina como Taylor considerava.
Diante das teorias motivacionais pesquisadas, pode-se perceber a
complexidade do tema pesquisado, já que este é uma característica individual
inerente a cada pessoa e estas, naturalmente, são motivadas por sentimentos,
desejos e ambições.
Portanto, conclui-se que o que motiva o indivíduo são os aspectos
intrínsecos, aqueles ligados ao interior de cada um. Já quanto aos aspectos
extrínsecos, estes apenas estimulam o ser humano. Assim, as organizações
precisam compreender essa diferença, atentando para os anseios de cada um.
Dessa forma, para entender os fatores motivacionais dos colaboradores da
Clínica Imagem foi essencial ouví-los, e com isso, o objetivo geral desta pesquisa foi
alcançado. Com os resultados obtidos por intermédio da aplicação de um
questionários, foi possível identificar os fatores motivadores para o trabalho, na
Clínica Imagem, os quais serão contemplados a seguir.
A maioria dos colaboradores sente prazer em vir trabalhar todos os dias,
numa demonstração evidente de que o ambiente de trabalho atende na sua
totalidade, suas expectativas, ou seja, as pessoas consideram a Clínica Imagem com
um clima descontraído, alegre e propício para o desempenho de suas atividades.
Os colaboradores mostraram-se satisfeitos com as oportunidades que tem
para tomar decisões e colocar em prática as idéias propostas por eles. Neste
aspecto, entende-se que é necessário um maior empenho, por parte dos chefes
imediatos, no sentido de dar oportunidade para que as pessoas possam demonstrar
73
sua criatividade. Aqui, as insatisfações observadas são, em grande parte, de
alocação indevida. Assim, sugere-se uma reavaliação do quadro funcional.
Por outro lado, um fator bastante motivador foi demonstrado pelo fato de
que todos entendem ser responsáveis pelas atividades que desenvolvem.
Dentro da Clínica, as pessoas se sentem parcialmente valorizadas
profissionalmente, bem como, boa parte dos colaboradores consideram que, nos
seus setores, há um bom relacionamento e espírito de trabalho em equipe. A
integração, enquanto um fator motivacional, faz com que as pessoas se unam na
busca dos mesmos objetivos.
Outro aspecto positivo observado na Clínica Imagem é a valorização, por
parte das chefias, pelo desempenho de cada um. Esse reconhecimento faz com que
as pessoas trabalhem sem medo de errar, pois seus erros são compreendidos pelo
seus chefes, e isso os leva a ousarem mais.
Após verificar os fatores considerados motivadores, foram constatados
alguns fatores desmotivadores, os quais serão a seguir demonstrados.
Foram evidenciados elevados índices de discordância em relação ao
envolvimento dos colaboradores nas tomadas de decisões importantes, onde estes
não são estimulados a decisão, ou seja, as decisões estão nas mãos de uma
minoria, centralizadas. Essa atitude causa um clima de frustração e deixa a desejar
no comprometimento dos resultados propostos. Neste sentido, sugere-se que as
chefias possam criar um meio para que, no mínimo, os colaboradores possam ser
ouvidos e, dessa forma, expressarem suas opiniões em relação à tomada de
decisão.
Para tanto, pode-se reservar espaços específicos em reuniões periódicas,
por meio dos quais os colaboradores possam emitir sugestões e participar do
processo decisório. Pode-se, ainda, incentivar a prática da realização de
brainstornings (técnicas conhecidas por “tempestades de idéias” ), onde os
colaboradores são incentivados a emitir opiniões e idéias que contribuam para as
melhorias do setor e da Clínica como um todo.
A análise refere-se ao fator comunicação, integração e troca de habilidades
entre os setores, evidencia um elevado grau de insatisfação dos colaboradores. Os
meios de comunicação no ambiente interno da Clínica Imagem foi considerado
ineficiente.
74
Neste sentido, sugere-se a adoção de medidas que promovam a melhoria
da comunicação, como por exemplo, a realização de encontros quinzenais entre os
setores com maior ligação, para a troca de informações entre as áreas,
oportunizando maior sinergia entre elas.
Além disso, também pode-se adotar a prática do rodízio de funções, que se
trata de uma técnica de treinamento prática, simples, sem custos financeiros, e que
geralmente surtem efeitos bastantes expressivos quanto à aquisição de experiências
pelo processo de interação e integração inter-deparmental.
Diante disso, recomenda-se também a realização de um estudo sobre a
implementação de um programa de avaliação de desempenho, o qual deve estimular
a prática de troca de feedbacks, e valorizar o trabalho bem feito.
À propósito, verificou-se também há necessidade de melhorias em relação a
oportunidades de aprendizado e treinamento, objetivando promover a capacitação
dos colaboradores para que estes possam melhorar seus desempenhos
profissionais.
Sugere-se ser realizado, pelo setor de capacitação, um levantamento das
possíveis dificuldades que os colaboradores estão enfrentando para a realização de
suas tarefas, e na medida do possível, promover condições para que os cursos
solicitados sejam realizados. Portanto, é importante que as organizações forneçam
oportunidades, neste sentido, para um melhor desempenho das tarefas e auto-
realização.
Um aspecto extremamente negativo levantado diz respeito a ma
comunicação existente entre os setores que dificulta o inter-relacionamento entre
eles. Nesse caso , sugere-se a criação de rituais informativos que ajudem a diminuir
o desconforto e a insegurança gerada pelos processos de mudança. O fato de todos
saberem o que esta acontecendo na organização diminui consideravelmente a
ansiedade de toda a equipe, pois as pessoas tendem a resistir às mudanças
naturalmente, principalmente quando desconhecem seus detalhes e conseqüências.
Com base na análise dos dados, é oportuno acrescentar que este estudo
permitiu, ao pesquisador, observar o quanto é importante o desenvolvimento da
capacidade diagnóstica na formação profissional, por meio da qual pode-se
confrontar teoria e prática, vivenciando as reais necessidades do cotidiano
organizacional.
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Concluindo, finalmente, pode-se constatar que nesta trajetória de estudo
da motivação, que as organizações dispõem de inúmeros recursos para conhecer
melhor o que pensam e esperam seus colaboradores, e com isso gerar um espírito
participativo efetivo, levando-as a atingir excelentes níveis de produtividade,
qualidade e comprometimento das equipe que integram a empresa e, em particular
a Clínica Imagem .
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APÊNDICE
Apêndice 1 – Questionário