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Av. Getúlio Vargas, 1200 – Vila Nova Santana – Assis – SP – 19807-634 Fone/Fax: (0XX18) 3302 1055 home Page: www.fema.edu.br
MARIA CLARA LIMA DA SILVA
MOTIVAÇÃO: CAMINHO PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM?
Assis 2010
MOTIVAÇÃO: CAMINHO PARA O ENSINO- APRENDIZAGEM?
MARIA CLARA LIMA DA SILVA
Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, como requisito do Curso de Licenciatura Plena em Matemática, analisado pela seguinte comissão Examinadora.
Orientador: Maria Beatriz Alonso do Nascimento.
Analisador: Osmar Aparecido Machado.
ASSIS
2010
FICHA CATALÓGRAFICA
DEDICATÓRIA
Silva, Maria Clara Motivação: Caminho para o ensino – aprendizagem? / Maria clara Lima da Silva – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis- Assis – 2010. P. 91 Orientador: Maria Beatriz Alonso do Nascimento. Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis. 1. Motivação. 2. Ensino - aprendizagem.
CDD: 510
Biblioteca da FEMA.
Dedico este trabalho a todos os
educadores que acreditam na mudança
do ensino- aprendizagem deste país.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente eu agradeço a DEUS por mais esta vitória.
Aos professores, Maria Beatriz Alonso do Nascimento (Bia), Osmar
Aparecido Machado e a Sarah Rebelo de Souza, que me deram
orientações preciosas para que eu pudesse realizar um bom trabalho.
Aqueles que me aturaram durante quatro anos José Carlos Cavassini,
Fernando Brito, Cleiton Joni Benetti, Leonor Farcic Fic Menk.
Aos amigos Ana Maria Mossini Alcides, Claudenir Whillye de Gênova,
Daniela Aparecida Costa Cunha, Kyara Melotti , Marcio Hernani Barbosa
da Silva, Luis Francisco Batista Sampaio, Danilo Keki, Tharcio
Rodrigues, Rafael Falco, Vivian Daiane do Nascimento, Willen Ribeiro
do Prado, Ruth Salomão e Láisla Ruiz Pescador e também para todos
os demais que não citei, me ajudaram muitas vezes, com palavras ou
gestos de colaboração na execução do meu trabalho e no decorrer dos
meus estudos.
Aos meus familiares, em especial a minha mãe que acreditou na minha
capacidade, também todos aqueles me apoiaram muitas vezes para que
eu conseguisse mais esta conquista.
"Por aqui, contudo, não olhamos para trás
por muito tempo. Seguimos em frente,
abrindo novas portas e fazendo coisas
novas... e curiosidade nos conduz a
novos caminhos."
WALT DISNEY
RESUMO
Este trabalho descreve a motivação que os alunos possuem em relação aos seus
estudos. Analisa os fatores que contribuem para alunos de 8ª séries desenvolverem
sua motivação. Participaram do estudo 105 alunos de três escolas de um mesmo
município do interior do estado de São Paulo. O instrumento utilizado para verificar
a motivação foi o Motivated Strategies for Learning Questionnaire, composto por 50
questões adaptadas para esta faixa etária. Dentre as 50 questões foram agrupadas
algumas que especificam determinados fatores como: meta de aprender, motivação
extrínseca, autoconceito, responsabilidade e crenças de controle sobre a
aprendizagem e ansiedade. O fator de estratégia de aprendizagem também foi
agrupado como: estratégia de aprendizagem I, aplicação dos esforços e estratégias
de aprendizagem II. O trabalho visa então contribui para a compreensão de como é
o processo de motivação no seu contexto escolar e as estratégias usadas neste
processo. Entretanto, devem ser realizados mais estudos relacionados à motivação
do aluno, para obtermos melhor compreensão deste fenômeno.
Palavra chave: Motivação, Ensino-aprendizagem.
ABSTRACT
This work describes the motivation that students have towards their studies. Analyze
all the factors that contributes to the students of 8th graders develop their motivation.
The study included 105 students from three different schools within the same
municipality in a particular state. The instrument used to verify this motivation was the
Motivated Strategies for Learning Questionnaire, consisting of 50 questions adapted
for these young. Among the 50 questions were grouped questions that specifies
certain factors such as learning goal, extrinsic motivation, self-concept, responsibility
and control beliefs about learning and anxiety. The factor of learning strategy was
also grouped in the same way as learning strategy I, application of effort and learning
strategies II. The work aims to contribute is to understanding how the process of
motivation in their school context and the strategies used in this process. However,
must be done more studies related to student motivation, to get better understanding
of this phenomenon.
Keywords: Motivation, Learning teaching
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Causas atribuídas ao sucesso ou fracasso, segundo Alonso Tapia e Fita.....................................................................................
18
Figura 2 Continuum de autodeterminação, tipos de motivação com os seus lócus de causalidade e processos correspondentes..............
27
Figura 3 Atividade que devem ser priorizadas para uma boa motivação do aluno...............................................................................................
41
Figura 4 Classificação das atividades dos alunos visando à motivação dos mesmos...........................................................................................
42
Gráfico 1 Idade dos 99 alunos do Ensino Fundamental, do interior de São Paulo, junho - julho de 2010...........................................................
51
Gráfico 2 Média dos fatores motivacionais dos alunos nas três escolas....... 56
Gráfico 3 Média por questão do fator meta aprender..................................... 58
Gráfico 4 Média por questão do fator meta extrínseca................................... 60
Gráfico 5 Média por questão do fator autoconceito........................................ 61
Gráfico 6 Média por questão do fator Responsabilidade e crenças de controle............................................................................................
62
Gráfico 7 Média por questão do fator ansiedade............................................ 64
Gráfico 8 Média por questão do fator auto-estima......................................... 65
Gráfico 9 Média dos fatores de estratégias de aprendizagem dos alunos
das três escolas.............................................................................. 66
Gráfico 10 Médias de resposta por questão do fator estratégia I..................... 68
Gráfico 11 Média por questões do fator aplicação de esforços........................ 69
Gráfico 12 Média por questão de fator de estratégia de aprendizagem II....... 71
Gráfico 13 Demonstrativo percentual questão 1.............................................. 73
Gráfico 14 Demonstrativo percentual da questão 2......................................... 74
Gráfico 15 Demonstrativo percentual da questão 3......................................... 75
Gráfico 16 Demonstrativo percentual da questão 2......................................... 76
Gráfico 17 Demonstrativo percentual da questão 4......................................... 77
Gráfico 18 Demonstrativo percentual da questão 5......................................... 78
LISTA DE TABELAS E QUADROS
Tabela 1 Idade dos 99 alunos do Ensino Fundamental, do interior de São
Paulo, junho - julho de 2010.............................................................. 49
Quadro 1 Questões referentes aos fatores motivacionais................................. 52
Quadro 2 Questões referentes aos fatores estratégicos................................... 53
Tabela 2 Média dos fatores motivacionais dos alunos nas três escolas.......... 55
Tabela 3 Média por questão do fator meta aprender........................................ 58
Tabela 4 Média por questão de meta extrínsecas............................................ 59
Tabela 5 Média por questão do fator de autoconceito...................................... 61
Tabela 6 Média por questão do fator Responsabilidade e crenças de controle.............................................................................................. 62
Tabela 7 Média por questão do fator ansiedade............................................... 63
Tabela 8 Média por questão do fator auto – estima......................................... 65
Tabela 9 Média dos fatores de estratégias de aprendizagem dos alunos das
três escolas........................................................................................ 66
Tabela 10 Médias por questão dos fatores estratégia I...................................... 67
Tabela 11 Média por questões do fator aplicação de esforços........................... 69
Tabela 12 Média por questão do fator estratégia de aprendizagem II................ 71
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
MSLQ Motivated Strategies for Learning Questionnaire
SUMÁRIO
1. INTRODUÇAO......................................................................... 14
2. O QUE É MOTIVAÇÃO........................................................... 17
3. SALA DE AULA...................................................................... 29
3.1 ROTINA........................................................................................... 30
3.2 PAPEL DO PROFESSOR............................................................... 31
3.3 DIFICULDADES.............................................................................. 34
4. PAPEL DA FAMÍLIA............................................................... 36
5. MOTIVAÇÃO E EDUCAÇÃO.................................................. 39
5.1 O QUE É APRENDIZAGEM............................................................ 39
5.2 FATORES MOTIVACIONAIS EM SALA DE AULA......................... 40
5.3 MOTIVAÇÃO COMO CONTRIBUIÇÃO PARA APRENDIZAGEM. 45
5.3.1 Motivação e concentração....................................................................... 45
5.4 ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM........................................... 45
6. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO..................................... 48
6.1 RESULTADO.................................................................................. 54
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................... 79
8. REFERÊNCIAS....................................................................... 81
ANEXOS............................................................................................ 85
14
1. INTRODUÇÃO
Devido ao grande avanço tecnológico, atualmente alguns jovens estão
perdendo o interesse em estudar. Este avanço lhes traz tudo na mão, por isso
perdem o interesse em investigar ou descobrir conhecimentos necessários
para seu desenvolvimento. O sucesso no desenvolvimento da aprendizagem
está totalmente relacionado à motivação para aprender. O aluno motivado
busca novos conhecimentos e oportunidades, mostrando-se envolvido com o
processo de aprendizagem, participando continuamente das tarefas com
entusiasmo e disposição para novos desafios.
Observamos que ultimamente as queixas mais frequentes dos professores são
de que os alunos não mais participam e interagem com aula, são passivos, não
demonstram interesse e não tem perspectivas para sua vida futura.
A escola espera que os alunos sejam seus próprios intermediadores de
conhecimentos. Mas não obtém resultado, pois a grande maioria dos alunos
está sem motivação para estudar, por consequência do ambiente escolar ou
por falta de estímulo no ambiente familiar.
Desta forma, percebe-se que os alunos estão desmotivados também em
relação ao ambiente educacional, os conteúdos a serem vistos e a relação
mantida com os professores.
Para que haja aprendizagem é preciso haver o processo de motivação do
individuo. O aluno que se sente motivado tem interesse em aprender, em
conhecer o que lhe é novo. Por meio dessa necessidade, o aluno se dedica às
tarefas inerentes até se sentir satisfeito, ocorrendo então o processo de ensino
aprendizagem.
15
Supostamente os alunos/professores motivados, proporcionarão em conjunto
um ambiente favorável para uma aprendizagem eficaz. Cabe a escola também
fornecer condições adequadas a essas construções de saber.
A relação de motivação para aprender está diretamente ligada ao sucesso de
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos que motivados buscam novos
conhecimentos e oportunidades, participando ativamente das tarefas escolares
com entusiasmo e disposição para novos desafios.
Mas será que esta é a realidade das nossas salas de aula? Este fator seria
determinante para que o aluno aprenda? Como os professores podem motivar
seus alunos? O que motiva o aluno aprender?
A ausência de motivação de professores e alunos, nos últimos anos está sendo
bastante pesquisada, pois sem a motivação necessária, torna-se impossível a
aprendizagem efetiva.
A escola hoje não é vista como um ambiente de cultura e conhecimento, para
muitos é vista somente como um local de integração social, ou seja,
freqüentada apenas para criar e manter um círculo de amizades.
Em relação aos professores, também se desmotivam em decorrência do pouco
interesse de seus alunos. Por sua vez tem sua parcela de culpa, pois por
consequência oferecem aulas desestimulantes, não considerando a fonte de
estímulos oferecida aos alunos fora dos muros das escolas.
Veremos no decorrer deste trabalho que o professor é um instrumento
fundamental para motivar os alunos a aprender, de forma duradora e
agradável.
16
A família também é importante no processo de motivação, pois com o
envolvimento familiar os alunos se sentem indivíduos valorizados, tendo prazer
em ir para escola e dividindo suas expectativas pessoais e profissionais.
Termos como objetivos principais neste trabalho:
Investigar o que motiva o aluno a estudar, cercado de grandes avanços
tecnológicos.
Inquirir como os professores motivam seus alunos para o aprendizado;
Determinar quais os recursos utilizados, pelos professores para motivar os
alunos
Esta preocupação com a motivação do aluno é importante, pois a falta de
motivação pode ocasionar a evasão escolar, problema muito vivenciado hoje
por muitas escolas.
No decorrer deste trabalho iremos analisar de fato o que podemos fazer para
reverter esta ausência de motivação. Em um primeiro momento veremos a
teoria da motivação no contexto escolar.
Em um segundo momento os fatores motivacionais na sala de aula e o papel
da família e a consequência da falta de motivação.
17
2. O QUE É MOTIVAÇÃO
Iremos estudar neste capítulo os conceitos principais que envolvem a
motivação escolar, pois a autêntica aprendizagem ocorre quando o aluno está
interessado e se mostra motivado. A motivação que leva o aluno a dar um novo
significado ao ato de estudar e aprender. Daí a importância da motivação no
processo ensino- aprendizagem.
O tema motivação nos últimos anos tem uma atenção maior para o contexto
escolar.
Para Raasch (1999), o grande desafio atual para os educadores é verificar os
motivos da falta de motivação do aluno para a aprendizagem, analisá-los e
buscar estratégias eficazes que ajudem a retardar ou até mesmo extinguir este
quadro.
A motivação para aprendizagem está cada vez mais grave na educação, pois a
sua ausência concebe uma queda significativa da qualidade na aprendizagem.
Esta motivação se difere dos demais tipos motivação, sendo que nesta
analisamos os objetivos e a capacidades diferentes das demais.
Diversos estudos realizados sobre o tema, entre eles, Boruchovitch e Bzuneck
(2001), relatam que os aspectos cognitivos, motivação intrínseca, extrínseca,
com o uso de recompensas e as metas de realização são fatores fundamentais
para o desenvolvimento do conceito de motivação.
Teorias atuais de motivação para a aprendizagem tem como foco principal
situações de sala de aula e efeitos motivacionais que rodeiam tanto aluno
quanto professor.
18
Começaremos com a Teoria de Atribuição, que mostra que a motivação ou a
falta dela para o aluno pode se dar através das causas as quais atribuímos o
sucesso e o fracasso. Tapia e Fita (2001) citam Weiner, que classifica essas
causas segundo diferentes critérios: internas ou externas, estáveis ou instáveis,
controláveis ou incontroláveis. Conforme o Quadro 1.
Causas Internas Causas Externas
Estáveis Instáveis Estáveis Instáveis
Controláveis Esforço típico Esforço
imediato
Atitude do
professor
Ajuda
infrequente
Incontroláveis Capacidade Vontade Tarefa difícil Sorte
Figura 1 - Causas atribuídas ao sucesso ou fracasso, segundo Alonso Tapia e Fita. Fonte: Teoria da Atribuição - Alonso Tapia e Fita, 2001, p.82
Analisando a tabela, Tapia e Fita (2001) afirmam que “segundo Soler, os
problemas mais agravantes da falta de motivação aparecem quando os alunos
impõem ao fracasso a causas „internas, estáveis‟ e a capacidade”, pois
atribuindo o insucesso a essas causas, apresentam - se incapacitados para
enfrentar às dificuldades de sala de aula e se sentem frustrados, sem ter
esperança de mudança.
Segundo Weneir (apud Boruchovitch, 1994) os sentimentos e ações também
fazem parte da atribuição casual, onde o ser humano atribui acontecimentos
casuais aos eventos que busca compreender.
Desta forma o professor deve estar atento em identificar as causas do seu
aluno, nesta atribuição de sucesso e fracasso, com o propósito de motivá-lo.
19
A Teoria de Atribuição complementará a Teoria de Metas de realização, pois o
aluno saberá identificar os sucessos e fracassos de determinados fatores a
partir de suas metas. Estas são conceituadas de forma qualitativa e explica o
porquê do comportamento do indivíduo em executar certas tarefas ou buscar
certos objetivos de curto em longo prazo (Machado, 2005).
Segundo Machado (2005), diversos estudos relacionados à meta de realização,
alguns citados por Buzuneck (2002a), mostram que encontraram outras formas
de comportamento do aluno. Desta forma catalogaram: meta aprender, meta
performance que é subdividas em performace- aproximação, meta performace-
evitação e metas de alienação escolar, a seguir serão apresentados às
características dessas metas.
Com cerne principal de a meta aprender é que a crença de auto eficácia e os
resultados estão ligados entre si, em outras palavras, os resultados positivos
nas tarefas procedem a maior parte do esforço. Desta forma o aluno que
possui esta meta, sempre estará disposto a desenvolver novas habilidades e
competências, tendo um esquema de aprendizagem, acham – na significativa e
a valorizam, esforçando-se para desfrutar dos benefícios esperados. Porém,
mesmo o aluno que não domina tal motivação orientadora, pode revelá-la em
uma situação especifica pelo fato do professor ter provocado o interesse ou tê-
lo feito ver a importância do conteúdo e da habilidade.
Machado (2005, p.42) apud Bzuneck (2002b), relata que:
(...) os alunos com orientação para essa meta entendem que o sucesso acadêmico consiste na melhora do desenvolvimento intelectual, resultando da capacidade ou habilidade de dominar cada vez mais os conteúdos das disciplinas.
Ao contrário da meta aprender, a meta performance os resultados são
associados ao nível de capacidade e auto- valorização. A aprendizagem para
20
estes alunos é uma forma de alcançar metas desejadas o que significa o
sucesso, já para seu fracasso será atribuída à falta de capacidade (Ames
1992).
A meta performance, como já referenciada, é subdivida em meta performance-
aproximação e performance- evitação, sendo que a primeira meta o aluno
busca aparentar competência; já a segunda trata do seu medo e fracasso.
(BORUCHOVITCH E BZUNECK, 2001, p.66).
A Meta de Alienação de ensino, de acordo com Machado (2002) apud Bzuneck
(2002b), nos mostra que ao efeito contrário das demais metas o aluno que
demonstra tal motivação, desenvolve suas tarefas com o mínimo de esforço,
sem se preocupar em aumentar sua competência ou sua capacidade.
Simplesmente o resultado obtido para este aluno não é relevante. Alunos
orientados por esta meta apresentam quase nada de estratégias de
aprendizagem e tendem escolher tarefas fáceis em relação as mais
desafiadoras.
A Teoria da Motivação de Competência é aquela em que o indivíduo se motiva
ao ver o seu progresso em busca do sucesso.
Segundo Guimarães (2001), White define competência como “a capacidade do
organismo se relacionar satisfatoriamente com o ambiente. O aumento da
competência apresenta emoções positivas, denominadas como sentimento de
eficácia”. Para que existir a motivação de competência, devemos focalizar as
necessidades de interação social, como elogios e estímulos, para que o
sentimento de eficácia se torne estável.
A Teoria de Autodeterminação é voltada a entender questões ligadas à
motivação. Propõe que todo ser humano tende a um crescimento natural e
suas necessidades psicológicas já nasçam com ele, lhe oferecendo um alicerce
21
para a motivação autônoma e para o desenvolvimento psicológico saudável.
(REEVE; DECI; RYAN, 2004)
Duas definições desta teoria se fazem importantes: motivação intrínseca e
extrínseca.
A motivação intrínseca, para Guimarães (2001, p.38), “é aquela que se refere à
escolha de certa atividade por própria causa, por ser atraente ou interessante
ou, de alguma forma, geradora de alguma satisfação”, executar a atividade já é
uma recompensa, não sendo preciso o uso de pressões externas, internas ou
prêmios por seu cumprimento. Característica predominante deste tipo de
motivação é o desafio ou o divertimento.
Segundo a autora, “a motivação intrínseca está contida na tendência natural do
ser humano para envolver interesse individual e exercitar suas capacidades,
em busca de atingir desafios ótimos”. (2001, p.38-39).
Sendo uma característica inata do ser humano, a motivação por outro lado,
deve ter uma conexão entre indivíduo e atividade. Em outras palavras nem
todos os indivíduos são motivados intrinsecamente por uma determinada
tarefa.
De acordo com Machado (2005, p.22), o aluno quando se envolve em uma
atividade por razões intrínsecas, há indícios de melhora na aprendizagem e no
seu desempenho, que dentre outros fatores, contribuindo para a necessidade
de competência. Estes por sua vez demonstram interesses, valorizam as
tarefas e enfrentam sem dificuldade alguma os desafios inerentes.
Machado (2005, p. 22 apud Guimarães 2002) ainda afirma que:
22
(...) esses alunos assim motivados apresentam características, como: (a) alto nível de concentração, de forma que outras atividades do cotidiano não correm com aquelas em que estão empenhados; (b) ausência de ansiedade decorrente de pressões ou emoções negativas que possam interferir no desempenho; (c) independência da repercussão, perante outras pessoas, de bons resultados obtidos, ainda que sintam satisfeitos e orgulhosos com os mesmo; (d) busca de novos desafios após determinados níveis de habilidade e o não desânimo em face de possível falha no percurso.
Devemos nos atentar que a motivação intrínseca do aluno não resulta de
treinos intensivos ou de instrução, mas sim da influência das ações do
professor.
A motivação extrínseca está relacionada às experiências vivenciadas no
decorrer da vida.
A sua definição de acordo com Guimarães (2001, p.46) é “como motivação
para trabalhar em resposta de algo externo à atividade ou à tarefa. Em busca
de alcançar recompensas materiais ou sociais, reconhecimento, tendo como
objetivos atender aos comandos ou pressões de outras pessoas,
demonstrarem competências e habilidades”.
No contexto escolar alunos motivados extrinsecamente, acreditam que o
envolvimento em determinadas atividades resultam em benefícios pessoais,
mesmo que não tenham o prazer ou que seja atraído pela atividade em si.
Diferentes pesquisadores, dentre eles Guimarães (2001), tem verificado que a
recompensa externa é, de fato, uma das estratégias motivacionais mais usadas
pelos professores, pelo fato de ser mais fácil de administrar.
Embora as recompensas não sejam destinadas a aumentar o valor que os
alunos prezam das atividades, tem a função instrumental ou de incentivo de
23
relacionar o sucesso, no qual é importante para o aluno. Desta forma essas
atividades vêm implícitas ao que a sociedade realmente valoriza.
De acordo com Ruiz (2004 p. 16) as recompensas externas podem ser:
(1) Recompensa matérias (dinheiro, prêmios, bugigangas, artigos de consumo e comestíveis); (2) atividades recompensadoras e privilégios especiais (oportunidades de praticar jogos, usar equipamentos especiais ou envolver-se em uma atividade escolhida pelo próprio aluno); (3) notas, prêmios de reconhecimento (diploma de hora ao mérito, certificados, estrelas); elogios e recompensas sociais e recompensas sociais e (5) recompensas do professor (atenção especial, interação personalizada, oportunidade de ir a lugares ou fazer coisas com o professor).
Com isso diversas pesquisas diagnosticaram a vantagem e as desvantagens
do uso dessas recompensas.
Umas das vantagens apresentadas pelo uso deste incentivo seriam a sua fácil
administração e a sua função avaliativa, onde fornece ao aluno um feedback
quanto ao seu desempenho numa tarefa específica. Em outra palavra o aluno
irá se orientar pela própria competência e expectativas de sucesso ou fracasso
no futuro.
Todavia, mesmo trazendo benefícios como já mencionados, a má utilização
deste tipo de recurso tem sido um problema por parte de vários profissionais
ligados à educação e também por parte de teóricos da motivação.
Pesquisas que surgiram durante os anos de 1970 e 1980 e de séculos
passados mostram fortes indícios aos oponentes dos incentivos extrínsecos.
Estes índices mostraram que as recompensas externas estavam prejudicando
a motivação intrínseca, o individuo passava a realizar atividade em função de
sua recompensa e não mais pelas suas próprias razões. Desta forma, na
24
medida em que ele só focalizava nos benefícios materiais, ao invés de focalizar
nos benefícios não materiais, o seu desempenho só tenderia para pior.
De acordo com PINTRICH, SCHUNCK (2001), o indivíduo desenvolvia uma
mentalidade mercantilista, fazendo aquilo que lhe traria máximo de
recompensa e o mínimo de esforço, ao invés de tentar fazer da melhor forma
possível pelo seu esforço e mérito.
Sobre este aspecto, estudiosos apontam uma terceira função das recompensas
externas além das comentadas, é a do controle social, outra desvantagem na
utilização como estratégia motivacional. Da forma como ela pode estar sendo
usada, o aluno pode se sentir muitas vezes manipulado, extremamente guiado,
controlado ou até mesmo coagido, comprometendo sua percepção de
autonomia ou autodeterminação (GUIMARÃES 2001).
Por um bom tempo a recompensa extrínseca foi uma forma de destruir a
motivação intrínseca, muitas pesquisas recentes esclarecem que esta
recompensa pode sim favorecer o seu desenvolvimento, mas para que este
efeito seja positivo, depende especialmente, de como e quando são oferecidas.
O uso efetivo de recompensas externas para Ruiz (2004) se destaca em um
primeiro ponto e como resultado das pesquisas recentes sobre a motivação do
aluno é que as recompensas são mais eficazes para aumentar a intensidade
na dedicação do que na qualidade dessa dedicação. Elas tendem a orientar a
aprendizagem mais efetivamente quando metas e estratégias são objetivas do
que metas com duplo sentido ou quando improvisam novas estratégias ao
invés de utilizar o que já se sabe. Neste sentido, recompensas têm melhores
efeitos quando utilizadas de forma rotineira; procedimento de ensino
aprendizagem intencional ou não intencional ou descoberta; tendo em vista a
preocupação no desempenho constante com qualidade (e não criatividade, a
habilidade artística ou artesanal, por exemplo).
25
As recompensas também podem ser utilizadas como estratégias para sustentar
os esforços dos alunos quando as tarefas são consideradas entediantes.
Do ponto de vista motivacional, as recompensas externas podem ser efetivas
só para aqueles alunos que acreditam ter chances em obter sucesso se
esforçarem muito na tarefa, desta forma o professor pode usar incentivos não
apenas para os melhores alunos, mas sim assegura que todos de forma igual
do acesso da recompensa. Mas o professor pode ter algum aluno que se
recuse a acreditar na sua capacidade se negando a realizar a tarefa. Poderão,
também, se sentir prejudicado, excluído ou até mesmo injustiçado. Para sanar
tais efeitos o professor poderá propor um trato de desempenho ou usar outro
método formal criterioso para se obter sucesso na realização da tarefa, dentro
da possibilidade de cada aluno.
Os professores devem utilizar as recompensas como incentivos aos
progressos, dando ênfase nas metas nas escolhas dos critérios para avaliação
do desempenho e para determinação de créditos de recompensas. Devendo
então recompensar os aluno por ter dominado a ideia e a habilidade- chave,
mas não apenas por ter participado das atividades. Incluindo também uma
provisão de recompensas para o trabalho que não atingiu os critérios básicos
delimitados.
Estudiosos do assunto recomendam que as recompensas devam ser
oferecidas sem que sejam antes anunciadas e imediatamente após a
conclusão da tarefa. Assim sendo, elas tendem a ser vista com incentivo
duradouro e não simplesmente como a entrega de incentivos prometidos para
a conclusão da tarefa.
Sendo a Teoria da Autodeterminação um macro teoria da Motivação (REEVE;
DECI; RYAN, 2004), a partir dela foram elaboradas quatros teorias menores:
26
(a)Teoria das Necessidades Básicas; b) Teoria da Integração Organísmica; c)
Teoria da Orientação de Casualidade; d) Teoria da Avaliação Cognitiva.
Segundo Alçará (2005) a teoria das necessidades básicas propõe três
necessidades psicológicas fundamentais para o desenvolvimento da motivação
intrínseca: (a)necessidade de autonomia; (b) necessidade de competência; (c)
necessidade de pertencer ou de manter vínculos.
A teoria da Avaliação Cognitiva esta ligada diretamente com a motivação
intrínseca, pois focaliza os eventos externos sobre ela. Possui três lócus: de
causalidade, de percepção da competência e de contexto interpessoal.
O lócus de casualidade afirma que dependendo do ambiente externo poderá
ameaçar a satisfação das necessidades psicológicas dos indivíduos, assim
prejudicando a motivação.
Os eventos externos, segundo esta teoria, podem ser dois aspectos funcionais:
um é o controlador, no qual o aluno é pressionado a ter um determinado
comportamento ou atingir um resultado imposto (prejudicando a motivação
intrínseca), o outro é informal, de modo não controlador, transmite algum tipo
de feedback (positivo ou negativo), tende a favorecer a motivação quando
oferece afirmações positivas sobre as competências e diminuir quando as
informações são de incompetência da pessoa para realizar atividades
especificas.
Nos últimos anos, estudos dos padrões de motivação (intrínseco/extrínseco)
culminaram na elaboração da Teoria da Integração Organísmica, propõe – se
um continuum, que vai desde a desmotivação (ausência total de regulação),
passando por desenvolvimentos de regulação externa até a motivação
intrínseca (regulação totalmente interna), que podemos notar na figura 1.
(Machado 2005 apud Guimarães, Bzuneck, 2006).
27
Figura 2 - Continuum de autodeterminação, tipos de motivação com os seus loci de causalidade e processos correspondentes Fonte: Reeve,
Deci e Ryan (2004)
Seus níveis seriam: regulação externa, regulação introjetada, regulação
identificada e regulação integrada.
Regulação externa é o nível de menor autodeterminação da motivação
intrínseca, na qual a pessoa só focaliza apenas os benefícios que a situação
lhe proporcionará. Um exemplo disso é uma criança que arruma a cama para
assistir televisão, pois se ela arrumar ela pode deitar e assistir televisão.
Regulação introjetada, neste tipo de regulação o indivíduo agem movidos por
sentimentos de culpa por seu comportamento ou por romper um ciclo de
28
amizades. Exemplo dessa regulação é uma pessoa que sabe que cigarro faz
mal, mas só fuma para agradar os amigos fumantes.
Regulação Identificada, o individuo sente atraído pessoalmente por um
determinado comportamento ou pelas pessoas que nele acreditam, Uma
exemplificação dessa regulação é gostar de matemática porque o professor é
legal e acreditar que o que ele fala é interessante.
Regulação integrada é a forma mais autônoma de motivação extrínseca. Sendo
que os estímulos externos servem como apoio para a realização de tarefas.
Por exemplo, um médico que tem paixão por sua profissão, trabalha em um
hospital e recebe um salário por isto, se por ventura ele pare de trabalhar ele
não receberá mais o salário, mas continuará tendo o amor pela medicina.
Portanto a motivação é um processo muito complexo, pelo qual o indivíduo
passa para se sentir interessado por algo que o rodeia. Desta forma iremos
perceber como é que o aluno se motiva na sala de aula.
29
3. SALA DE AULA
Sala de aula é um ambiente pelo qual grande parte das pessoas já passou,
composto de paredes, lousa, carteiras e cadeiras.
Segundo Morais (1995 p.7) sala de aula é
(...) uma realidade que contém muitas realidades. Espaço político portador de uma história? Espaço mágico de encontros humanos? Lugares no qual tantos escamoteiam
1 com belas palavras os duros
conflitos vividos por um tempo? Espaço no qual se cumpre o jogo sutil das seduções afetivas ou endoutrinadoras? Ou muitas dessas coisas juntas? Enfim: que lugar é esse, a sala de aula?
Para Morais (1995, p. 124) a sala de aula para muitos, não passa de um
simples espaço geométrico é onde se faz de conta que se ensina alguma coisa
aquele que finge que esta aprendendo.
O mesmo autor ainda nos diz que a sala também é um “espaço de ação”, que
se desenrolam mais intensamente as articulações e contradições entre eles,
entre o passado e futuro, entre tradição e revolução, entre a criatividade e
conformidade, entre a fala dialógica e fala imposta, entre a propagação e
inspirar ideias entre pessoas.
Espaço este que as ideias de revolução, de pluralidade, de liberdade, de
diálogo e de começo compõem o princípio fundador da sala de alua.
Diariamente ouvimos relatos de educadores que a sala de aula já se foi um
ambiente de troca de saberes e de respeito, agora é um campo de batalha,
1Escamoteiam, tem o sentido de evitar, Dicionário Michaelis, Editora Melhoramento, São Paulo,
2009, p. 2288
30
onde não se respeita a diversidade múltiplos corpos, mentes e emoções que os
constituem e, que não favorece para o crescimento integral do aluno, se
transformando num foco de fatores estressante negativos gerando assim, um
espaço de lutas como se fosse um campo de batalhas.
Esta falta de respeito é tanto por parte do professor, que é autoritário, onde não
deixam os alunos se manifestar suas ideias só a sua utopia é verdadeiro,
quanto por parte do aluno que se rebela de forma indisciplinada e
desinteressante.
Para o aluno a sala de aula não foi feita para ele, pois ela não se encaixa com
que ele vive no seu dia a dia.
Iremos então analisar esses fatores que influenciam no bom funcionamento
deste lugar conhecido por sala de aula.
3.1 ROTINA
Sabemos que a rotina de uma sala de aula não é nada fácil.
Nas séries iniciais a rotina é muito importante, pois serve para orientar os
pequenos das sequências de atividades que irão desenvolver no decorrer da
semana. Algumas coisas são feitas todos os dias, no mesmo horário, como o
recreio, a leitura, a escovação, e a partilha de como foi o seu dia.
Já para série dos maiores, influência principal do trabalho, as rotinas se
tornaram uma grande vilã, pois com elas o aluno condicionado para
mecanizado de repetir as mesmas coisas todos os dias, como fazer cópias de
livros ou da própria lousa, fazer exercícios só por fazer, desta forma
31
condicionando o aluno ao ato passivo, experiências muitas vezes vivida na sala
de aula, produto do desinteresse.
O aluno ao realizar atividades condicionadas a esta rotina, torna as mesmas
entediantes, recusando - se então em desenvolvê-las, desta forma não
gerando nenhum tipo de motivação.
Do mesmo jeito os professores são influenciados negativamente por essa
rotina, pois ensinam os conteúdos sempre da mesma forma, não inovando e
não considerando se houve aprendizagem.
A rotina de uma sala de aula não se limita apenas a estes aspectos, mas a
outros como, as manifestações de indisciplina de alguns alunos, a confusão na
troca de professores, e conflitos por ideias contrárias.
Devido a esta rotina prejudicial à motivação, devemos fundamentar um papel
para o professor desvencilhar estas dificuldades para manter o seu aluno
motivado, interessado em saber o porquê e para deve conhecer determinado
conteúdo.
3.2 PAPEL DO PROFESSOR
O professor não é aquele que só transmite conhecimento por transmitir como
obrigação, não se importando como o individuo que aprende.
Segundo Cunha (1989, p.106) ser docente é o fato ter gosto pelo ensino. O
prazer de estar em sala de aula.
Não existe uma receita de um professor bom para lidar com uma sala com
diversos tipos de vivência e opiniões, mas sugestões para que ele possam
saber conduzi-la.
32
Segundo Raasch (1999 apud Paro 2000 , p. 1.299)
Talvez o problema com grande número de educadores é não perceber a insuficiência dos argumentos racionais para interessar os alunos pelo estudo. Parece que não basta à motivação extrínseca, tentando fazer o estudante interessar-se pelos estudos porque isto é bom para o futuro, ou mesmo que “estudar é gostoso”.
Para que isso aconteça é de extrema importância que o professor saiba os
fundamentos da aprendizagem e as principais teorias sobre a motivação, pois
sabemos que a motivação pode ser o caminho para uma aprendizagem de
qualidade.
Para Haidt (2004, p76),o professor deve incentivar a concentração da atenção
e o interesse do aluno, de maneira orientadora.
O professor na sala de aula será como um instrumento motivacional devendo
sempre ressaltar a importância da matéria na sua formação acadêmica, bem
com a sua vida profissional estimulando o aprendizado diante de sua futura
perspectiva de vida, ou seja, o professor deve sempre manter o aluno curioso.
Este aluno constrói um referencial de um bom professor através dessas aulas.
Acreditando ainda que o perfil de um bom professor seja aquele que mantém
uma relação afetiva positiva, além de que este tenha condições necessárias de
suas habilidades para organizar suas aulas ou de conhecimentos de sua
disciplina de ensino e influenciar o aluno a tratar de outra forma o conteúdo e
as habilidades dos conteúdos desenvolvidos.
33
Entretanto o professor que manifesta apatia e indiferença pelo assunto que
expõe aos seus alunos, dificilmente conseguirá atingir interesse e a curiosidade
deste aluno (HAIDT 2004, p 76).
O papel do professor é encorajar os alunos a serem estratégicos, facilitando as
intervenções de modo efetivo no sentido de melhorar os usos das estratégias,
desenvolvendo a capacidade de auto regulação por parte do aluno, no
processo de ensino de aprendizado.
Também deve mostrar a este aluno o quanto estudar pode ser divertido,
devendo mostrar ajudar o aluno a descobrir suas necessidades, utilizando
recursos familiares por eles, como os métodos tecnológicos, mas orientando
com as técnicas e conceitos na execução de seus estudos.
“Caro professor, além de você influenciar este aluno com suas habilidades,
conhecimentos e atitudes, mas sim canalizar a construção de saberes no
processo de formação de sujeitos” (KNÜPPE, 2007 apud HUERTAS 2001, p
281).
Para que isso aconteça o professor deve estar em constante transformação,
em outras palavras, aprender novas estratégias eficazes de trabalho,
realizando adaptações curriculares para atender a diversidade de interesse,
ritmo e conhecimento, e o essencial criando um ambiente que facilite o bom
desempenho de todos. (MACHADO, 2006, p.9).
Portanto Machado (2006 apud Bzuneck, 2001 p5) nos reforça que “o papel do
professor em relação à motivação dos alunos teria duas funções: a
remediadora, que seria recuperar alunos desmotivados e reorientar-los de
motivação distorcida; a preventiva e permanente, implementando e mantendo a
motivação para aprender”.
34
Em decorrência disso irão ver a seguir as esferas de dificuldades enfrentadas
por este profissional, que tenta dar o máximo esforço oferecer um ensino de
qualidade.
3.3 DIFICULDADES
O primeiro obstáculo que o professor enfrenta é a rotina, e a Sala de aula como
já mencionadas, dentre outros inúmeros obstáculos.
Sendo um deles o, má utilização da tecnologia, pois os seus atrativos
despertam interesse que estão além daqueles que a escola pode oferecer,
gerando certos desinteresses e falta de motivação pelos estudos, pois é mais
interessante brincar do que estudar.
Outra dificuldade do professor são as queixas de cansaço, desânimo,
dificuldade de aprendizagem, indisciplina e até mesmo de dores cabeça e
náuseas, muitas vezes relatadas por alunos (REGO, 2004), dificultam para
uma boa aprendizagem.
Os professores acreditam que as dificuldades maiores em administrar uma boa
aula são a preocupação com uma linguagem acessível, veículo de
compreensão e não de oculta mento da mensagem, a maioria dos alunos
chegam à escola, com linguagens mais concretas de sua realidade existencial.
A participação dos alunos é uma das maiores dificuldades enfrentadas em sala
de aula, (PROCTOR P.160), pois o medo é um dos fatores que contribui para
ausência de participação, devido a esta característica muitos tem
impopularidade, demonstrar algum tipo de deficiência na gramática, de
35
expressão (gagueira, voz fina etc.), controle emocional, de aparência geral, e
até pelo simples fato de se colocar em uma situação ridícula.
O grande número de alunos por sala de aula é outro aspecto negativo da
dificuldade enfrentada pelos professores, sendo que é quase impossível que o
professor atenda, individualmente, as necessidades de cada um, podendo
gerar causas de aborrecimento, confusão ou até mesmo frustração por parte
desses alunos.
As condições de trabalho também são apontadas como um fator dificuldade,
nelas encontramos o local inadequado para as atividades escolares, materiais
indisponíveis e insuficientes, impossibilitando um ensino de melhor qualidade.
Desmotivados pela má condição de trabalho, os professores não recebe um
salário de acordo, muito menos um reconhecimento adequado de sua
profissão.
As condições de trabalho deste profissional mostram os programas curriculares
muito extensos e complicados, estes nem sempre são de interesse do aluno e
sim da sociedade.
Desta forma o professor para se defender de todas essas dificuldades adota,
por vezes, um comportamento autoritário em relação aos alunos e aos pais, ou
até mesmo não se preocupam ou se desinteressam por seus alunos (Ceccon;
Oliveira; Oliveira, 1989).
36
4. PAPEL DA FAMÍLIA
Tendo a expectativa de que a escola pode suprir todas as carências existentes
na formação educacional e cultural deste aluno, muitas vezes reflexos dos
maus relacionamentos dos pais, a falta de condições dignas de vida, crise
econômica e o amor. Sendo que a família tem um papel imprescindível no
processo de ensino aprendizado de seu filho. (Raasch, 1999,p. 1299).
Desta forma o conceito que a família tiver da escola definirá o seu
relacionamento com a mesma, ou seja, se para a família a educação é
caminho para se obter um futuro melhor, a escola é de grande importância,
caso contrário a escola será vista como um ambiente qualquer.
Sabemos que para aprender, uma pessoa deve estar orientada para
construção de uma série de conhecimentos significativos que são resultados
das interações continuas feitas pelo sócio- afetivo, desta forma a tarefa
fundamental da família é promover o gosto de saber aprender e recuperar este
prazer em trabalhar aprendendo a aprender a trabalhar.
Para RAASCH (1999, p. 1.299) relata que:
As crianças que apresentam dificuldades de comportamento na escola e muitas vezes têm experiências de fracassos, em algum área do desenvolvimento, merecem uma atenção especial da família, no sentido de terem a chance de construírem uma auto-estima positiva. As crianças pequenas precisam da aprovação de seus pais para saber quem é, e do que são capazes, portanto, correspondem àquilo que esperam dela, criar um momento de intimidade, e construir uma relação de amizade e confiança, estimular a criança a terminar tudo que começou ser um ponto de referência seguro e amável, são caminhos que a família pode usar para que a criança tenha uma melhor aprendizagem.
Muitas dessas habilidades emocionais poderem ser desenvolvidas na relação
com os pais e filhos, de maneira natural e tranquila.
37
Os pais são como espelhos, que desenvolvem determinadas imagens ao filho,
como o afeto, pois quando demonstro afeto por alguém, essa pessoa torna-se
meu espelho e vice versa; e refletindo um sentimento de afeto com outro,
desenvolvo um forte vínculo de amor. Desta forma desenvolvemos nossos
sentimentos positivamente ou negativamente e construímos a nossa auto –
imagem.
Quando os pais participam de maneira inadequada na vida escolar dos seus
filhos, onde sempre opinam as partes negativas dos filhos, taxando de inúteis e
incapazes, ou zombando e ironizando, irá formar neles uma imagem “pequena”
de seu valor. E se com os amigos, na rua e na escola, repetem-se as mesmas
relações, teremos uma pessoa com auto-estima baixa e baixo sentimento de
auto- avaliação.
Mas quando nos deparamos com uma criança que possui êxito no que faz e
confia em suas capacidades, ela possui auto - estima e o principal para que ela
obtenha o êxito no que faz a confiança.
O importante é ensinar à criança a ter auto-estima elevada e saber lidar com
auto- avaliação, demonstrando que ela tem capacidade em fazer e resolver
problemas e admitir seus erros ou fracassos.
Para ajudá-la a criar uns bons sentimentos é importante elogiá-la e incentivá-la,
de maneira que se sinta importante, que “pode aprender”, que “consegue” e
que sua família quer bem e a respeita.
Portanto é essencial que a família estabeleça metas realistas e adequadas à
idade de seu filho. Dê-lhe oportunidades de desenvolver-se de seu próprio
jeito, sem super protegê-lo ou sem pressões e muito menos compará-lo com
38
outras crianças. Desta forma ele irá construir conceitos positivos sobre si
mesmo. Para isso é importante estimulá-lo quando sentir que não tem
capacidade de realizar algo, usando palavras consoladoras.
O excesso de cobrança em relação ao desenvolvimento de uma criança ou
adolescente não é nada bom, para seu desempenho escolar.
RAASCH (1999, p.1299) nos relata alguns exemplos destes pais:
Há pais que extrapolam nas exigências em relação às notas dos filhos ou à sua performance nas atividades extra – escolares(como nos esportes, por exemplo), causando crises de ansiedade capazes de desencadear problemas psicológicos como baixo auto-estima, nível de auto exigência muito alto e dificuldade em lidar com frustrações.
Gerando resultados opostos ao desejado, ao invés de incentivar o
desempenho, arruinando, pois a ansiedade pode bloquear a atenção levando a
incapacidade de mostrar tudo o que sabe.
Uma avaliação adequada da ausência de motivação deve levar em conta a
aprendizagem que resulta uma conjunção de fatores que envolvem o aluno e
seu ambiente escolar, familiar e social. Um acompanhamento próximo e afetivo
na vida escolar do seu filho pode ajudar na identificação precoce da ausência
de motivação para a aprendizagem.
Logo a família é essencial para a motivação do aluno, no processo de ensino
aprendizagem, para ajudar a escolar e o professor a realizarem com êxito no
seu dever de ensinar.
39
5. MOTIVAÇÃO E EDUCAÇÃO
No decorrer dos capítulos analisamos que a motivação é importante para o
processo de aprendizagem. E que a educação, é uma etimologia que significa
levar de algum ambiente para outro.
No decorrer analisaremos o que é aprendizagem, pois sem ela não há
motivação. Os fatores motivacionais e as suas contribuições.
5.1 O QUE É APRENDIZAGEM
A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, que envolve
aspectos emocionais, sociais educacionais e culturais, sendo um resultante do
desenvolvimento de aptidões e de conhecimento, para transferências de novas
situações. Atribuindo exclusivamente às capacidades cognitivas do aluno, no
seu contexto escola, para o sucesso ou fracasso neste processo.
Oliveira Filho (2010) explica a denominação de aprendizagem:
O processo de organização das informações e de integração do material à estrutura social e educacional é o que os educadores denominam aprendizagem, é necessário refletir que cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias perceptivas que mobilizam o processo de aprendizagem. Em outra palavra, cada pessoa aprende a seu modo, jeito, estilo e ritmo.
Pode-se afirmar que aprendizagem acontece por um processo natural
embutido de afetividade, relação e motivação. Deste modo, para aprender é
necessário “poder” fazê-lo, o que faz a referencia às capacidades, aos
conhecimentos, às estratégias e aos treinos necessários, para que isso é
necessário “querer” fazê-lo, ter a disposição, intenção e a motivação suficiente.
No contexto escolar, ter bom resultados escolares os alunos necessitam de
colocar tanta voluntariedade como habilidade, o que conduz à necessidade de
40
integrar tanto os aspectos psicológicos, como os motivacionais. (Oliveira Filho,
2010)
O sucesso obtido no desenvolvimento da aprendizagem dos alunos está
totalmente relacionado à motivação para aprender. O aluno motivado busca
incessantemente novos conhecimentos e oportunidades, mostrando – se
envolvidos com o processo de aprendizagem, participando continuamente das
tarefas com entusiasmo e disposição para novos desafios.
5.2 FATORES MOTIVACIONAIS EM SALA.
Fatores determinam as características de uma pesquisa, como para esta o
objetivo é a motivação, os fatores serão aqui o que promove a motivação em
alguém, o que leva a pessoa em busca de sua necessidade de satisfação.
No contexto escolar, para que o professor, instrumento motivacional, estimule
os alunos, neste capítulo iremos dar algumas sugestões.
Segundo Soares (2004 apud Alonso Tapia e Fita (2001 p.112)) para motivar os
alunos são precisos alguns critérios, conforme a figura 3 adaptada.
41
Permitem ao aluno tomar decisões razoáveis sobre como desenvolver e ver
consequências em sua escolha;
· Atribuem ao aluno um papel ativo em sua realização;
· Exigem do aluno uma pesquisa de ideias, processos intelectuais,
acontecimentos ou fenômenos de índole pessoal ou social e o estimulam a se
comprometer nessa atividade;
· Obrigam2 o aluno a interagir com sua realidade;
· Podem ser realizadas por alunos de diversos níveis de capacidade e com
interesses diferentes;
· Obrigam o aluno a examinar em um contexto novo uma ideia, conceito, lei,
etc. que já conhece;
· Obrigam o aluno a examinar ideias ou acontecimentos que normalmente são
aceitos de forma quase automática pela sociedade;
· Põem o aluno e o ensino em uma posição de êxito, fracasso ou crítica;
· Obrigam o aluno a reconsiderar e revisar seus esforços iniciais;
· Obrigam o aluno a aplicar e dominar regras significativas, normas ou
disciplinas;
· Oferecem ao aluno a possibilidade de planejá-las com outros, participar do
seu desenvolvimento e comparar os resultados obtidos;
· São relevantes para os propósitos e interesses explícitos dos alunos.
FIGURA 3 - Atividade que devem ser priorizadas para um boa motivação
do aluno. Fonte: Alonso Tapia e Fita, 2001, p. 112 (adaptado).
Também Alonso Tapia e Fita (2001), acreditam que os alunos podem ser
classificados por algumas atitudes, a fim de agir de molde eficaz em sua
motivação. Desta forma a figura 4 não tem a intenção de catalogar os alunos,
2Obrigar, no sentido de ser estreitamente necessário que o aluno realize a ação a fim de desenvolver as
competências planejadas. Dicionário Michaelis, Editora Melhoramento, São Paulo, 2009.
42
mas verificar algumas atitudes dos alunos e as metas que os mesmo possuem
em dados momento.
Tip
o d
e a
luno
Curi
oso
Mostram interesse por aprender novos fenômenos mesmo que
não apareçam nos livros texto
Têm inclinação para examinar, explorar e manipular a informação
Obtêm satisfação como consequência dessa exploração
Buscam a complexidade nas atividades escolares
Con
scie
ncio
so
Desejo de fazer o que está bem e evitar o que está mal
Incapacidade para saber quando cumpriram perfeitamente com
suas obrigações
Necessidade de suporte externo
Desenvolvimento de sentimentos de culpa diante de qualquer
incapacidade
So
ciá
ve
l
Falta de confiança em si mesmo ou intolerância diante dos erros
cometidos
Necessidade de conseguir e manter boas relações de amizade com
seus colegas
Boa disposição para ajudar seus colegas em todas as atividades
escolares
Nenhum temor ao falhar em situações escolares orientadas para o êxito
acadêmico
Bu
sca
Êxito
Concessão de maior importância às relações de amizade que às
atividades e fatores escolares
Preferência por situações competitivas
Necessidade de obter êxito nessas situações
Necessidade de conseguir estima e prestígio do professor e do resto
dos colegas, como consequência do êxito.
FIGURA 4 – Classificação das atividades dos alunos visando a motivação
dos mesmos. Fonte: Alonso Tapia e Fita, 2001
Outro fator que promova motivação no aluno é quando o mesmo chama o seu
aluno pelo próprio nome, havendo então uma interação que faz o aluno se
sentir sujeito do ato de aprender. Isto o anima e interferi no conhecimento,
ainda mais quando o professor usa uma palavra de estímulo à sua capacidade
de pensamento ou condição de experimentação (Cunha, 1989, p.144).
43
Outro exemplo a ser utilizado pelo professor é realizar continua reflexão sobre
sua ação pedagógica, buscando compreender e interpretar as diferentes
situações do contexto escolar e do aluno nele inserido. Essa ação contribuirá
para a motivação e aprendizagem efetivas.
Cabe ao professor usar sua criatividade e capacidade de transmitir informações
objetivas e claras, tais estratégias mobilizarão o aluno a participar das
atividades. Para seja ainda melhor, o professor deve elevar auto-estima
necessária, para que desperte no aluno o desejo de aprender, exigir dele senso
de responsabilidade, autoconfiança, atenção autodisciplina, persistência, bem
como ajudá-lo a desenvolver a habilidade de ouvir.
Desta forma precisamos encorajar os alunos a descobrirem suas próprias
soluções e levantarem seus próprios questionamentos. De modo o aluno que
reconhece o que ele aprende será de extrema importância, convence-se de
que pode aprender 1sempre mais.
Mas para que isso aconteça o aluno deve saber o porquê o conhecimento de
determinados conteúdos e inseri-los no seu cotidiano, pois aprender é evoluir,
um conhecimento que não seja utilizado pelo aluno não subsiste por muito
tempo. (Proctor, 1963). Desta maneira o professor deve ajudar os seus alunos
em descobrir suas necessidades e interesses e orientá-los no uso de novos
recursos, técnicos e conceitos.
O fator essencial para que o aluno se sinta motivado, é pelo simples fato dele e
seu professor terem objetivos definidos e trabalhar em conjuntos, ajudando-se
mutuamente.
44
O professor deve incentivar os alunos com trabalhos desafiadores e cada um
se adaptar as características dos indivíduos, pois se for o oposto os alunos se
sentirão incapazes de resolver um trabalho. De qualquer forma, é importante
despertar-lhes a curiosidade e animá-los a fazer perguntas e encontrar
respostas, deixá-los pensar sozinhos, ordenando os pensamentos.
Mas estes trabalhos devem ter uma fala com uma linguagem acessível, de fácil
compreensão.
Outro fator contribuinte para motivação é quando o aluno se sente capaz, e que
está progredindo rapidamente.
Um dos fatores motivacionais de uma sala para a contribuição dos alunos é
tornar-la em um espaço de crescimento integral, fazendo-se necessário o
respeito à diversidade, usando-a como tema de trabalho, buscando construir
confiança, admiração, entusiasmo, motivação e harmonia.
Como já foi referenciando a família possui um papel importante para a
motivação, pois são necessários incentivos da família, como por exemplo,
perguntar ao filho como foi à aula ou pedir para ver o que foi feito na escola.
Esses fatores auxiliam na motivação, uma vez que o aluno sinta o prazer em ir
para escola e comentar como foi o seu dia.
Portanto o professor desta forma pode reverter dificuldades como: desinteresse
e descaso por parte dos alunos, para que recuperem ou mantenham o
interesse em aprender.
Este recomeça pode ser feito com parcerias entre escola/professor e família,
pois a escola proporcionando um ambiente agradável o seu profissional
45
trabalhar a vontade e seus alunos aprendem a família neste caso ira influenciar
nos alunos a importância dos estudos.
5.3 MOTIVAÇÃO COMO CONTRIBUIÇÃO PARA APRENDIZAGEM
Comprovamos através das referências, que a motivação contribui e muito para
aprendizagem, pois a sua ausência, segundo a autora Raasch (1999) isso
influencia uma queda de qualidade na aprendizagem.
5.3.1 MOTIVAÇÃO GERA CONCENTRAÇÃO
A motivação sim gera concentração, pois Oliveira Filho (2009) nos relata que a
influência da motivação pode sim melhorar a atenção e a concentração, sendo
que a motivação é uma força que impulsiona o sujeito a ser determinado na
realização das suas ou demais atividades.
5.4 ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM
As estratégias são um recurso para fazer com que o aluno queira aprender,
são recursos nos quais aluno se apropria quando se sente motivado por uma
atividade que esteja desafiando – o.
As estratégias de aprendizagem são ações mentais e comportamentais com as
quais os alunos se envolvem com determinados objetivos para alcançar o êxito
nas atividades escolares. Em outras palavras são como facilitadores dos
processos cognitivos de codificação, aquisição e recuperação de informações
armazenadas na memória. (Machado, 2005)
46
Souza (2010, apud Paris e Winograd 1990) afirma que as estratégias podem
ser específicas como resolver um cálculo matemático, ou geral como
acompanhar e até mesmo projetar uma lição.
Pintrich (1989) classifica as estratégias em três categorias principais: as
cognitivas, as metacognitivas e as estratégias de gerenciamento de recursos.
As estratégias cognitivas se referem a comportamentos e pensamentos que
propiciem que a informação seja armazenada com mais eficiência. Sendo que
as estratégias cognitivas são dividas em três tipos:
As técnicas prática são os métodos mais usuais pelo aluno como ferramenta de
apoio para entendimento e compreensão dos conteúdos de uma disciplina.
Usadas para planejar, monitorar, regular seu próprio pensamento. Auxiliam as
estratégias cognitivas, permitindo o melhor aproveitamento das mesmas.
As estratégias de gerenciamento de recurso - se referem à forma como os
alunos se planeja para o estudo.
Segundo Machado (2005), as estratégias cognitivas e metacognitivas não
nascem com o aluno, mas sim é aprendida, desenvolvidas e controladas. Os
professores podem ensinar e ajudar como a manuseá-la, pois desta forma o
aluno saberá qual estratégia é propícia para sim em um determinado contexto,
possibilitando um resultado positivo.
Mas para aconteça o uso das estratégias é necessário uma certa prática de
hábito, pois na medida em que forem utilizadas, menos esforços exigirão do
aluno. Como exemplo um aluno que decora um determinado conceito, ele não
47
sabe para que o que é ao certo, mas sabe que ele utilizará para em alguma
hora dos seus estudos.
As características que denominam a estratégia metacognitiva é saber revisar,
elaborar e resumir certo conteúdo, para poder compreender o que esta sendo
estudado.
Estudiosos como Boruchovitch (1993) define como processo metacognitivos o
que conduzem os alunos a refletir o que se aprendeu, desde planejamento da
atividade até o controle e regulação do próprio processo mental. Desta forma
que possui tal nível de compreensão a probabilidade dele obter sucesso é
muito maior, do que aquele que apresenta estratégias de aprendizagem menos
elaboradas, como decorar textos, sublinhá-los, ou ainda, a memorização das
suas ideias principais.
A ausência ou o uso incorreto das estratégias podem desfavorecer
aprendizagem gerando dificuldades (Lopes e Sá 1993).
Logo a estratégia de aprendizagem, deve ser desenvolvida de forma correta
para facilitar o entendimento do aluno na hora de estudar. Desta forma ele se
sentirá capacitado e ter o gosto em querer aprender.
48
6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia usada nesta pesquisa é de âmbito qualitativo e exploratório.
Pretende- se aqui verificar se o aluno está motivado em aprender,
especificamente alunos da 9º ano, fase de decisões e semi - amadurecimento
no ponto de vista social.
O problema que originou este estudo foi à falta de interesse do aluno durante a
aula, pelo fato de estar entretido com várias fontes de estímulo que para ele é
mais interessante que o conteúdo oferecido pelo professor, principalmente se
este utilizar uma metodologia que não possa competir com as referidas fontes
de estímulo como aparelhos eletrônicos e conversas paralelas.
Para Knüppe apud Chizzotti (1991, p. 79).
(...) abordagem qualitativa parte do princípio de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito.
O procedimento de investigação é o Estudo de Caso, possibilitando o
conhecimento da origem da desmotivação do aluno, do professor e da família
neste processo.
Esta pesquisa foi realizada em três escolas públicas situadas no interior do
estado de São Paulo de um determinado município com cerca de 44.427 mil
habitantes, cuja a economia é gerada pela agricultura.
49
As classes de 9º ano em questão como já mencionadas anteriormente, foram
analisadas simultaneamente.
As escolas são identificadas como escola I, escola II e escola III.
A escola I está localizada em uma região de classe média alta, já escola II
situada no centro da cidade e a escola III em uma região periférica.
Os dados da pesquisa foram coletados por meio de questionários individuais.
Sendo entrevistados 99 alunos (42 do sexo masculino e 57 do feminino). A
idade média dos participantes é de 14. Abaixo, na tabela 1 e no gráfico 1, é
apresentado um demonstrativo, por faixa etária, dos participantes da amostra.
Os alunos entrevistados em questão na escola I e II estudam de manhã, porém
os alunos da escola III estudam no período da tarde.
Idade Escola I Escola II Escola III Total
13 anos 0 2 0 2
14 anos 24 20 25 69
15 anos 10 8 9 27
Acima de 15 anos 0 1 0 1
Total 34 31 34 99
Tabela 1 – Idade dos 99 alunos do Ensino Fundamental, do interior de São
Paulo, junho - julho de 2010.
50
0
5
10
15
20
25
30
Escola I Escola II Escola III
Nú
me
ro d
e a
lun
os
Idade de aluno por escola
13 anos
14 anos
15 anos
Acima de 15 anos
Gráfico 1 – Idade dos 99 alunos do Ensino Fundamental, do interior de São Paulo, junho - julho de 2010.
Para o desenvolvimento do estudo foi planejado um instrumento principal, com
a pretensão de investigar como os alunos estão sendo motivados e, além
disso, sondar as razões pela quais os alunos não abandonam a escola.
Foi elaborado um questionário composto por 50 questões relacionadas a
fatores motivacionais, uso de estratégias de aprendizagem e os motivos pelos
quais os alunos vêm à escola, proposições baseadas pela pesquisa de
Motivated Strategies for Learning Questionnaire – MSLQ, desenvolvido por
Pintrich, Smith, Garcia, Mckachie (1993), traduzido para a língua portuguesa
(Brasil), com adaptações em termos, adequado para fácil compreensão dos
alunos. Com objetivo de diminuir a extensão do questionário, não analisaremos
alguns itens de estratégias de aprendizagem como o ensaio.
Foram elaboradas em escala Liker t de 7 pontos (1 – nada verdadeiro 7 –
totalmente verdadeiro), através desta pesquisa.
51
A escala original dos autores (PINTRICH et al. 1993), destinada a investigar os
comportamentos relacionados aos fatores motivacionais compreendidos da
seguinte sub-escala:
(a) orientação a metas intrínsecas;
(b) orientação a metas extrínsecas;
(c) valorização das tarefas;
(d) crença de controle sobre a aprendizagem;
(e) auto- eficácia
(f) ansiedade.
Já para o uso de estratégias de aprendizagem era composta de itens
pertinentes a:
(a) elaboração;
(b) organização;
(c) esforço e regulação;
(d) metacognição e auto regulação;
(e) gerenciamento de recursos (tempo, local, etc.);
(f) buscar ajuda.
Outros aspectos investigados foram os motivos para continuarem frequentando
a escola, ou seja, as razões que levam os alunos a se deslocarem de suas
casas a escola. (questões 44 a 50)
Dentro destas 50 questões, analisamos os seguintes fatores: a motivação
extrínseca, meta aprender, autoconceito, responsabilidade e crenças de
52
controle, ansiedade, auto - estima e as estratégias de aprendizagem dos
alunos. As questões foram agrupadas conforme apresentadas no quadro 1.
Devemos ficar alertas a algumas questões que podem ser atribuídas
simultaneamente por dois ou mais fatores relacionados acima, sendo assim
apresentamos aquela que pode atribuir apenas um fator.
Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Fator 5 Fator 6
Meta
Aprender
Metas
Extrínsecas
Autocenceito Responsabilidade e
Crenças de
Controle
Ansiedade Auto-
Estima
5 4 1 26 3 2
24 8 28 29 6 7
25 46
27
Quadro 1 – Questões referentes aos fatores motivacionais.
53
Fator 1 Fator 2 Fator 3
Estratégias Gerais I Aplicação de Esforço Estratégias Gerais II
9 12 22
11 31 30
13 34 32
14 35 36
17 38
19 39
21 40
33 41
42
Quadro 2 – Questões referentes aos fatores estratégicos.
Os fatores 1 e 3 não seguem uma regra precisa (Pintrich et al 1993), sendo que
o instrumento utilizado para analisarmos a motivação e as estratégias é
assegurado pelas propriedades psicométricas.
Em um segundo momento foi aplicado outro questionário tanto aos alunos
quanto aos professores, com o intuito de verificar se os alunos estão motivados
e quais instrumentos os professores utilizam para mantê-los interessados.
As perguntas formuladas aos alunos foram:
1. A forma de trabalho dos seus professores torna a matéria interessante?
2. Você gosta quando seus pais perguntam com foi o seu dia na escola?
54
3. Para você o envolvimento da sua família com seus estudos é importante
para sua formação?
Já para os professores foram formuladas cinco questões relacionadas ao seu
ambiente de trabalho, apesar da realidade vivenciada, como:
1. Você se considera um bom professor?
2. Você se sente motivado para o trabalho?
3. Você motiva seus alunos?
4. Até mesmo naqueles dias em que nada dá certo?
5. Ensinar para você é prazeroso?
Os questionários foram aplicados em meados de Junho e Julho, no horário de
aula. Os sujeitos foram orientados da importância da pesquisa e da sua
participação.
Os alunos ao receberem o questionário acharam extenso, porém responderam
todas as questões em cerca de 30 minutos.
6.1 Resultados
Inicialmente analisamos os resultados encontrados nas três escolas (I, II e III).
As médias referentes aos fatores, já referenciadas foram organizadas na forma
de tabela e gráficos.
Dos cálculos realizados para achar as médias de cada fator foi feita uma
tabulação de cada questão nas suas respectivas escala, sendo que a escala
será a variável analisada e os números das respostas por cada escala será a
frequência relativa, desta forma encontramos uma média ponderada para cada
55
questão; as médias apresentadas foram obtidas pelo resultado da média
aritméticas das médias ponderadas obtidas pela média ponderada, sendo
assim a média que compõe cada fator, na tabela 2 e gráfico 2.
Escola I N= 34 Escola II N= 31 Escola III N=34
Fator Média Média Média
Meta Aprender 5,4 5,6 5,3
Meta extrínseca 5,8 5,85 6
Auto Conceito 5,0 5,2 5,15
Responsabilidade e
Crenças de Controle.
5,05 4,15
4,35
Ansiedade 4,3 4,3 5,45
Auto- Estima 5,67 5,03 5,8
Tabela 2 – Média dos fatores motivacionais dos alunos nas três escolas.
56
Gráfico 2 – Média dos fatores motivacionais dos alunos nas três escolas.
As médias analisadas estão relacionadas a escala Likert 7 pontos ( 1 nada
verdadeiro e 7 totalmente verdadeiro).
Sendo assim os grupos médios dos fatores referenciados medidos pelas três
escolas foram acima da média obtendo diferenças mínimas entre elas, mas
muito significativas para análise dos resultados.
O fator meta aprender é quando o aluno desenvolve novas ou aperfeiçoa
habilidades e competência como uma estratégia de aprendizagem pode notar
que a escola II apresentou uma média maior (5,6), sendo ela uma classe
heterogênea pode ter influenciado no resultado sendo que nas escolas I e III
respectivamente suas médias foram 5,4 e 5,3. O meta extrínseco como já
referenciado é uma forma de estimular os alunos de fora para dentro, através
de recompensas matérias e status, este índice muito elevado pode acarretar a
ansiedade, pois o aluno não estuda para satisfazer as suas necessidades mais
sim a necessidade de pertencer ou permanecer em um determinado grupo da
57
sociedade, a escola III obteve a média 6 , e por consequência ela obteve a
média 5,45 no fator de ansiedade, já as outras escolas I e II respectivamente
tiveram a média 5,8 e 5,85. Os alunos que possuem autoconceito são capazes
de lidar de forma eficaz com os sucessos e os fracassos inerentes,
favorecendo o desenvolvimento cognitivo e afetivo, a procura de desafios e a
realização. (Faria; Lima Santos, 1998) neste fator a escola II apresentou a
maior média 5,2, e as escolas I e III obtiveram respectivamente 5,0 e 5,15.
Responsabilidade e Crenças de Controle, como próprio nome já refere este
fator nos mostra a responsabilidade e a importância da aprendizagem para o
indivíduo em sua vida, logo a escola I obteve a média 5,05, enquanto as
escolas II e III tiveram respectivamente 4,15 e 4,35. Como já mencionado a
ansiedade é uma consequência da meta extrínseca muito elevada, a escola
que obteve um índice muito elevado foi a III já as outras tiveram um empate
técnico com a média de 4,3. Auto estima é um fator essencial para o sucesso e
felicidade que consiste segundo Corsi (2004 p. 172, apud Dr. Deroni Sabbi
(2004)):
(...) na confiança em nossa capacidade para pensar e enfrentar os desafios da vida; na confiança em nosso direito de ser feliz; na sensação de sermos merecedores, dignos, qualificados para expressar nossas necessidades e desejos e desfrutar os resultados de nossos esforços; no amor próprio, na forma como cuidamos de nós mesmos, de nossa saúde e de nossos relacionamentos e como administramos nossa vida; na capacidade de termos vínculos sadios com as pessoas e com as coisas.
Assim a escola III obteve a média maior com 5,8, enquanto as escolas I e II
tiveram as médias 5,67 e 5,3 respectivamente.
Desta forma iremos analisar de outra forma, através das questões que
compõem este fator, comparando alunos em seus diferentes ambientes, ou
seja, se há uma diferença de motivação de uma escola para outra.
Começaremos a comparar através das médias pela meta aprender como
segue o demonstrativo na tabela 3 e gráfico 3.
58
Questões Escola I Escola II Escola III
05 5,5 6,9 6,3
24 5,6 5,4 5,1
25 4,8 5,7 5,5
27 6,6 3,2 4,7
Tabela 3 – Média por questão do fator meta aprender.
Gráfico 3 – Média de resposta por questão do fator meta aprender.
Verificamos que questão 5 – Prefiro conteúdos que estimulem minha
curiosidade, mesmo se são mais difíceis de aprender. Questão 25 - Eu acredito
que serei capaz de usar em uma matéria o que vejo nas outras – foi a mais
respondida pela escola II (6,9 e 5,7 respectivamente), já na questão 24 – Se
estudo de forma apropriada, então serei capaz de aprender o conteúdo
59
ensinado na escola – questão 27- É importante para mim, aprender os
conteúdos ensinados na escola - percebemos nitidamente que a escola I
obteve um resultado maior nas duas questões, porém analisamos que na
questão 27 a escola II obteve a menor média, até mesmo em âmbito das
demais questões. Embora isso a escola II obteve a média maior entre todas as
escolas.
Notamos que em todo o questionário a escala com maior número de resposta
(54%) foi a escala 7 – totalmente verdadeiro. Obtivemos este percentual
através da soma das questões, dividida pelo número de alunos que
responderam estas questões.
Portanto o aluno orientado pela meta aprender, tem o foco em tentar aprender
e entender o que lhe é ensinado, melhorando e aperfeiçoando o seu próprio
desempenho, auxiliando-o a manter a auto-eficácia diante do insucesso e
protegendo - o de efeitos negativos como a baixa auto- estima e ansiedade.
(Meece, Anderman & Anderman, 2006).
Iremos analisar a meta extrínseca e suas médias por questões conforme a
tabela 4 e o gráfico 4.
Questão Escola I Escola II Escola III
4 5,6 6,2 5,7
8 6 5,5 6,3
Tabela 4 – Média por questão do fator meta extrínseca.
60
Gráfico 4 – Média por questões do fator meta extrínseca.
A questão 4 – Quero obter notas melhores do que a maioria dos outros alunos
da classe mais respondida pela escola II, um fator muito preocupante perante
as outras duas escolas, pois os alunos que querem obter melhores resultados,
e comparando com outros, tendem a obter resultados negativos, como
ansiedade, a competitividade, prejudicando a sua capacidade cognitiva,
gerando baixo desempenho e desinteresse pelas tarefas executadas (Meece,
Anderman & Anderman, 2006). Questão 8 – Eu quero me sair bem na escola,
isto importante para mostrar minha capacidade para minha família, para os
meus amigos, para namorada (a), etc.- foi a mais respondida pela escola III,
logo os dados obtidos mostram que neste fator a escola III obteve a média
maior.
Detectamos com 54% dos entrevistados a escala 7 a mais respondida neste
fator.
Analisando o seguinte fator autoconceito, através da tabela 5 e gráfico 5.
61
Questões Escola I Escola II Escola III
1 4,9 5,2 5,4
28 5,1 5,2 4,9
Tabela 5 – Média por questão do fator de autoconceito.
Gráfico 5 – Média por questão do fator autoconceito.
Na questão 1 – Nas aulas eu prefiro conteúdos que realmente me desafiem, de
maneira que eu possa aprender coisas novas – a escola III respondeu com a
média de 5,4, entretanto para questão 28 – Estou confiante que posso
entender o conteúdo mais difícil apresentando pelo(s) professor (es) nas
matérias ensinadas na escola É importante para mim, aprender o conteúdos
ensinado na escola – a escola II obteve o maior índice com 5.2.Porém a escola
que obteve a média maior deste fator foi a escola II com 5,2 .
A maior parte dos alunos (53%) respondeu a questão deste fator com a escala
4, que oferece a resposta médio.
62
Seguindo as análises veremos a responsabilidade e crenças de controle e as
análises através de tabela 6 e gráfico 6.
Questão Escola I Escola II Escola III
26 5,2 4,2 4,5
29 4,9 4,1 4,2
Tabela 6 - Média por questão do fator de responsabilidade e crenças de
controle.
Gráfico 6 - Média por questão do fator de responsabilidade e crenças de
controle.
A questão 26 – É minha culpa se não aprendo os conteúdos da matéria
ensinada na escola e questão 29 – Se eu não entendo o conteúdo, é porque
não tenho trabalhado o suficiente, a escola I obteve os índices de média maior
63
nas duas questões do que todas as outras, sendo que também a escola I
obteve a média maior neste fator.
No geral, boa parte dos alunos com 28% escolheu a escala 4 como suas
respostas.
Analisaremos agora a ansiedade como segue o demonstrativo em tabela 7 e
no gráfico 7.
Questões Escola I Escola II Escola III
3 3,7 5 5,3
6 5 3,7 5,45
Tabela 7 – Média de resposta por questão do fator de ansiedade
Gráfico 7 – Meta por questão do fator de ansiedade.
64
A escola II apresentou um índice mais elevado do que as outras duas escolas,
levando-a a obter uma média muito alta neste fator, a questão proposta para
esta conclusão foi – Quando pego um prova, logo fico preocupado com
questões que não conseguirei responder (questão 3) – Eu tenho um
preocupação, controlar minhas emoções quando pego uma prova.(questão 6).
Obtivemos que 79% dos participantes assinalaram a escala 7 – totalmente
verdadeiro.
Como já foi referenciado, este índice é uma consequência da meta extrínseca.
A auto estima é apresentado em tabela 8 e gráfico 8.
Questão Escola I Escola II Escola III
2 4,9 3,2 4,8
7 6,6 6,5 7
Tabela 8 – Média por questão do fator auto estima.
65
Gráfico 8 – Média por questão de auto estima.
A questão de análise foi – questão 2 – Quando eu faço uma prova penso que
os outros alunos vão melhor que eu na classe; questão 7 – Espero me sair bem
no curso .
Analisamos também nesta amostra, para que um aluno seja motivado, utiliza
estratégias de aprendizagem, para desenvolver o processo de motivação.
Como demonstrado na tabela 9 e no gráfico 9.
Escola I N= 34 Escola N= 31 Escola N= 34
Fator Média Média Média
Estratégia de
aprendizagem I
4,27 4,03 4,54
Aplicação de
esforço
4,17 3,43 3,50
66
Estratégia de
aprendizagem II
4,54 4,32 4,49
Tabela 9 - Média dos fatores de estratégias de aprendizagem dos alunos
das três escolas.
Gráfico 9 – Média dos fatores de estratégias de aprendizagem dos alunos
das três escolas.
Analisamos que para os fatores de estratégia de aprendizagem I e II a escola
III apresentam uma média maior que as outras, entretanto a aplicação de
esforço a escola I obteve um índice maior (4,54 e 4,49 respectivamente). Estas
estratégias já referenciadas seriam subsídios para que os alunos
compreendam o conteúdo de uma forma significativa de maneira própria, a
estratégia não seria somente a forma como o aluno lida para sua
compreensão, mas também o ambiente poderá influenciar na assimilação de
informação.
67
Analisaremos da mesma forma o fator motivacional para os fatores de
estratégias de aprendizagem. Veremos a análise da estratégia I, através de
tabela 10 e gráfico 10.
Questão Escola I Escola II Escola III
9 3,8 4 4,3
11 4,5 4,2 4,5
13 4,5 3,7 4,9
14 4,9 4,5 4,2
17 3,9 3,4 4,6
19 4,6 4,3 4,7
21 4,8 4,2 4,7
33 3,9 3,9 4,4
Tabela 10 – Médias por questão dos fatores estratégia I.
68
Gráfico 10- Médias por questão do fator estratégia I
Na questão 9 – Quando estou estudando, elaboro questões para ajudar a me
concentrar. Questão 13 - Antes de estudar um novo conteúdo, geralmente faço
uma rápida leitura para ver como material este organizado. Questão 17 - Eu
tenho um lugar especial para estudar. Questão 19- Geralmente quando o
conteúdo é entediante e não interessante eu administro para me manter
trabalhando até o final. Questão 33 - Quando estou lendo, levanto questões
para me ajudar a me concentrar na leitura - obteve o maior índice para escola
III. Questão 11 – Se as leituras indicadas são difíceis de entender, eu altero o
jeito de ler o material – houve um empate técnico muito significativo entre as
escolas I e III com o índice de 4,5. - a escola III Questão 14 - Eu faço perguntas
para mim mesmo para ter certeza de que entendi o que foi passado em classe.
Questão 21 – Se eu fiquei confuso fazendo anotações em classe, ficarei seguro
se revê-las mais tarde - a escola I foi a que obteve uma média maior entre os
outros. Porém a escola de maior índice neste fator foi a escola III.
Obtivemos que no fator de estratégia de aprendizagem I, 26% dos estudantes
assinalaram a escala 4 – médio.
69
Podemos dizer que a estratégia de aprendizagem I leva o aluno a se apropriar
de vários recursos para fazer uma reorganização na sua estrutura cognitiva,
para o armazenamento de conhecimento.
Analisemos a aplicação de esforços através de tabela 11 e gráfico 11.
Questão Escola I Escola II Escola III
12 4,9 4,2 5,1
31 4 2,8 3,2
34 3,6 3,3 2,6
35 3,1 3,4 3,1
Tabela 11 – Média por questão do fator de aplicação de esforços.
Gráfico 11 – Média por questão do fator aplicação de esforços
70
Na questão 12 – Eu trabalho duro para me sair bem nesta classe, mesmo que
eu não goste do que estou fazendo – a escola III obteve o maior índice.
Entretanto a escola I obteve índices elevados nas questões 31 – Durante as
aulas eu geralmente perco pontos importantes porque fico pensando em outras
coisas; questão 34 – Eu me sinto frequentemente com preguiça ou entediado
quando estudo das matérias ensinadas na escola, tanto que a(s) abandono
antes de concluir o que havia planejado fazer. Já a escola II possui o índice
maior na questão 35 – Geralmente se eu tenho problema de aprendizado com
o material das disciplinas ensinadas na escola, tento fazer o trabalho sozinho,
sem a ajuda de ninguém. Porém a escola I obteve a média maior deste fator.
A maioria dos entrevistados (28%) escolheu a escala 4 (médio) como sua
resposta.
Analisaremos o último fator deste bloco que formam a estratégia de
aprendizagem.
Como mostra o demonstrativo na tabela 12 e gráfico 12.
71
Questão Escola I Escola II Escola III
22 4,7 3,2 4,3
30 4,7 4,4 3,5
32 4,6 4,4 5
36 5,3 4,6 4,9
38 4,5 4,1 4,6
39 4,4 4,6 4,6
40 4 5,4 5,6
41 4,8 4,6 4,9
42 3,9 3,6 3,0
Tabela 12 – Média por questão do fator de estratégia de aprendizagem II.
Gráfico 12 – Média por questão de fator de estratégia de aprendizagem.
72
A escola I obteve índices elevados nas questões 22 – Eu tento aplicar idéias
das leituras em outras atividades como, seminários, palestras, debates e
discussões em classe; questão 30 – Quando eu estudo os textos das matérias
estudadas na escola, sublinho, marco com caneta para organizar meus
pensamentos.; questão 36 – Quando eu estudo para as disciplinas da escola,
uso as leituras e anotações feitas em sala de aula e tento encontrar as ideias
mais importantes; questão 42 – Muitas vez faço as atividades de qualquer
forma. A escola III teve maior índice nas questões 32 – Eu geralmente estudo
em lugar onde posso me concentrar nas tarefas; questão 38- Eu faço bom uso
do meu tempo de estudo para as disciplinas ensinadas na escola; questão 40 –
Quando não entendo os conteúdos das disciplinas ensinadas na escola e peço
ajuda para outros colegas da classe; questão 41 – Quando estou estudando
para as disciplinas estudadas na escola eu tento determinar quais conceitos
não entendo muito bem. Tivemos um empate técnico com as escolas II e III na
questão 39 – Eu tento mudar o jeito de estudar para adaptar- me aos requisitos
das disciplinas ensinadas na escola e ao estilo do(s) professor (es).
No segundo momento fizemos uma pesquisa tanto para os alunos da escola II
com 39 alunos, quantos para os 11 professores dentre as três escolas, onde
queríamos investigar se os professores estão motivados a ensinar e se ele
possuem estratégias para este processos.
Analisaremos primeiramente a parte que realizamos com alunos, um
questionário composto por 3 questões as são :
A questão 1 - A forma de trabalho dos seus professores torna a matéria
interessante? Demonstrado pelo gráfico 13.
73
74%
26%
Questão 1
Sim
Não
Gráfico 13 – Demonstrativo percentual da questão 1
Desta forma percebemos que o professor apesar das suas dificuldades, já
referenciadas, ainda torna suas aulas interessantes.
A segunda questão 2 - Você gosta quando seus pais perguntam como foi o seu
dia na escola? .Como mostra o gráfico 14.
Questão 2
72%
28%
Sim
Não
Gráfico 14 – Demonstrativo percentual de questão 2
74
Já referenciamos que a família é uns dos principais instrumentos para que
ocorra a motivação, pois podemos notar que a grande maioria gosta quando os
seus familiares perguntam como foi o seu dia, onde ele se sente motivado em
querer aprender e ir à escola.
A Questão 3- Para você o envolvimento da sua família com seus estudos são
importantes para sua formação? Como é apresentado no gráfico 15.
Gráfico 15 – Demonstrativo percentual da questão 3.
Os alunos acham que a família é uma peça fundamental para sua formação
educacional.
As questões formuladas pelos professores são: A questão 1 - Você se
considera um bom professor? Todos os 11 professores se consideram um
bom professor.
75
A questão 2 - Você se sente motivado para o trabalho? Demonstrado no gráfico
16.
55%
45%
Questão 2
Sim
Não
Gráfico 16 – Demonstrativo de percentual da questão 2.
Na situação atual que se encontra a educação, os entrevistados se sentem
motivados para trabalhar, é um ótimo sinal.
A questão 3 - Você motiva seus alunos? Todos os 11 professores relataram
que motivam os seus alunos, de forma sutil e carinhosa, para cativá-los.
Questão 4 - Até mesmo naquele dia que nada dá certo? Demonstrado pelo
gráfico 17.
76
Gráficos 17 – Demonstrativo do percentual da questão 4.
Está questão tem o intuído de averiguar se o professor motivado motiva seus
alunos até mesmo naqueles dias que nada dá certo para ele. Podemos ver que
a grande maioria dos entrevistados motiva seus alunos nesta circunstância.
A questão 5 – Ensinar para você é prazeroso? – Conforme é demonstrado
gráfico 18.
77
Gráfico 18 – Demonstrativo de percentual da questão 5.
Ainda afirmamos que apesar das condições de trabalho nem sempre favoráveis
dos professores, estes possuem prazer em ensinar, com isso se sentem
motivados em ensinar.
78
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em síntese, este trabalho traz contribuições sobre os processos motivacionais
que o aluno possui, tanto para a compreensão das situações – problemas,
quanto aos novos métodos pedagógicos, que refletem na sala de aula.
Havia, no princípio do trabalho, a crença que o aluno rodeado por novas
tecnologias não estava sendo motivado, gerando a evasão e a falta do
interesse em estudar. Entretanto, os alunos apresentaram que estão
motivados, e que usam estratégias de aprendizagem para a sua construção de
saberes, independente das escolas estudadas.
Parece que existe um conjunto de situações que influenciam diretamente estes
alunos a querer ou não estudar. Sendo que tais situações podem estar
relacionadas a fatores internos e externos do aluno, como os interesses
pessoais em buscas da satisfação da necessidade de pertencer;
reconhecimento e prestígio. Desta forma a escola em ambos os casos possui
um papel fundamental, tanto para evitar a desistência destes alunos, quanto na
orientação destes alunos de forma motivacional. Os professores devem estar
sempre atentos em detectar a falta de motivação dos alunos, assim possam
apoiar e incentivá-los a superarem suas dificuldades.
Sendo que este contato aluno/professor deve ser contínuo, amigável, havendo
um respeito mútuo e troca de saber. Os professores devem também estar em
plena sintonia com os pais dos alunos, para que haja troca de informações
onde os alunos percebam que existem pessoas preocupadas com a sua
formação educacional e valorizem isso.
A família deve estar em contínuo contato com a vida escolar do seu filho, mas
de forma sutil, sem pressão, para que ele se sinta motivado para os estudos.
79
Desta forma este trabalho tem o intuito de propor em especial aos professores,
um auxilio a entender melhor o seu aluno, ou seja, possa compreender porque
o seu aluno não quer fazer lição, por que fala demais e aspectos rotineiros de
sua profissão.
Este trabalho possui algumas limitações, sendo que o instrumento aplicado o
questionário MSQL3 foi usado uma única vez no final do terceiro bimestre, não
tendo, portanto, informações, as percepções dos alunos e de suas reações que
podem ter surgidos fatores que possam ter afetado a motivação e o seu
comportamento.
Enfim é uma limitação percebida no trabalho, mas podendo ser aperfeiçoado
para novos estudos.
3 Motivated Strategies for Learning Questionnaire
80
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84
Anexos ESCOLA________________________________________________________
SEXO: ( ) FEMININO ( ) MASCULINO
IDADE:______ SÉRIE -________
DATA___/___/___
Responda as questões de acordo com a escala de sete itens, mostrada abaixo,
da seguinte forma:
Se você acha que a afirmação é totalmente verdadeira para você
marque o número 7;
Se você acha que a afirmação não é nada verdadeira então marque o
número um, ou então, marque outro número entre 2 e 6 que corresponda à sua
forma de estudar.
1 2 3 4 5 6 7
Nada Médio Totalmente Verdadeiro verdadeiro
1. Nas aulas eu prefiro conteúdos que realmente me desafiem, de maneira que
eu possa aprender coisas novas.
1 2 3 4 5 6 7
2. Quando eu faço uma prova, penso que os outros alunos vão melhor que eu.
1 2 3 4 5 6 7
3. Quando pego um prova, logo fico preocupado com questões que não
conseguirei responder.
1 2 3 4 5 6 7
4. Quero obter notas melhores do que a maioria dos outros alunos da classe.
1 2 3 4 5 6 7
85
5. Prefiro conteúdos que estimulem minha curiosidade, mesmo se são mais
difíceis de aprender.
1 2 3 4 5 6 7
6. Eu tenho uma preocupação, controlar minhas emoções quando pego uma
prova.
1 2 3 4 5 6 7
7. Espero me sair bem na escola.
1 2 3 4 5 6 7
8. Eu quero me sair bem na escola, isto é importante para demonstrar
capacidade para minha família, os meus amigos, namorado (a), etc.
1 2 3 4 5 6 7
9. Quando estou estudando, elaboro questões para ajudar a me concentrar.
1 2 3 4 5 6 7
10. Quando eu me encontro confuso sobre as coisas que estou lendo, leio
novamente e tento imaginar a situação.
1 2 3 4 5 6 7
11. Se as leituras indicadas são difíceis de entender, eu altero o jeito de ler o
material.
1 2 3 4 5 6 7
12. Eu trabalho duro para me sair bem nesta classe, mesmo que eu não
goste do que estou fazendo.
1 2 3 4 5 6 7
13. Antes de estudar um novo conteúdo, geralmente faço um rápida leitura
para ver como material esta organizado.
1 2 3 4 5 6 7
86
14.Eu faço perguntas para mim mesmo para ter certeza de que entendi o que
foi passado em classe.
1 2 3 4 5 6 7
15.Eu frequentemente acho que fiz bem as leituras indicadas, mas não sei do
que se tratam.
1 2 3 4 5 6 7
16. Eu faço perguntas com freqüência ao professor sobre um assunto que eu
não entenda.
1 2 3 4 5 6 7
17. Eu tenho um lugar especial para estudar.
1 2 3 4 5 6 7
18. Faço em casa, uma revisão do que eu aprendi na escola.
1 2 3 4 5 6 7
19.Geralmente quando o conteúdo é entediante e não interessante eu
administro para me manter trabalhando até o final.
1 2 3 4 5 6 7
20.Eu tento identificar estudantes na classe a quem eu possa pedir ajuda se
necessário.
1 2 3 4 5 6 7
21.Se eu fiquei confuso fazendo anotações em classe, ficarei seguro se revê-
las mais tarde.
1 2 3 4 5 6 7
22.Eu tento aplicar idéias das leituras em outras atividades como seminários,
palestras, debates e discussões em classe.
1 2 3 4 5 6 7
87
23. Para responder esta questão, procure se concentrar no nível de dificuldade
das disciplinas da série. Assinale o grau de dificuldade de cada disciplina, de
acordo com a sua percepção, conforme a tabela abaixo:
1 2 3 4 5 6 7 Nada Algo Pouco Médio Bem Muito Extremamente Difícil Difícil Difícil Difícil Difícil Difícil
Matemática 1 2 3 4 5 6 7
Português 1 2 3 4 5 6 7
Inglês 1 2 3 4 5 6 7
Ciências 1 2 3 4 5 6 7
Geografia 1 2 3 4 5 6 7
Artes 1 2 3 4 5 6 7
Produção de Texto 1 2 3 4 5 6 7
Ensino Religioso 1 2 3 4 5 6 7
História 1 2 3 4 5 6 7
Para as próximas questões, assinale como fez nas questões iniciais o quanto
cada uma das afirmações é verdadeiras para você, especificamente por
aquelas disciplinas ensinadas nas escolas.
24. Se estudo de forma apropriada, então serei capaz de aprender o conteúdo
ensinado na escola.
1 2 3 4 5 6 7
25.Eu acredito que serei capaz de usar em uma matéria o que vejo nas outras.
1 2 3 4 5 6 7
88
26. É minha culpa se não aprendo o conteúdo das matérias.
1 2 3 4 5 6 7
27. É importante para mim, aprender os conteúdos ensinados na escola.
1 2 3 4 5 6 7
28. Estou confiante que posso entender o conteúdo mais difícil apresentando
pelo(s) professor (es) nas matérias ensinadas na escola é importante para
mim, aprender o conteúdos ensinado na escola.
1 2 3 4 5 6 7
29.Se eu não entendo o conteúdo, é porque não tenho trabalhado duro o
suficiente.
1 2 3 4 5 6 7
30.Quando eu estudo os textos desta(s) matéria(s), sublinho, marco com
caneta para ajudar a organizar meus pensamentos.
1 2 3 4 5 6 7
31.Durante as aulas eu geralmente perco pontos importantes porque fico
pensando em outras coisas.
1 2 3 4 5 6 7
32.Eu geralmente estudo em lugar onde posso me concentrar nas tarefas.
1 2 3 4 5 6 7
33.Quando estou lendo, levanto questões para ajudar a me concentrar na
leitura.
1 2 3 4 5 6 7
34.Eu me sinto frequentemente com preguiça ou entediado quando estudo
esta(s) matéria(s), tanto que a(s) abandono antes de concluir o que havia
planejado fazer.
1 2 3 4 5 6 7
89
35.Geralmente se eu tenho problemas de aprendizado com o material desta(s)
matéria(s),tento fazer os trabalhos sozinho sem a ajuda de ninguém.
1 2 3 4 5 6 7
36. Quando eu estudo para as disciplinas da escola, uso as leituras e
anotações feitas em sala de aula e tento encontrar as ideias mais importantes.
1 2 3 4 5 6 7
37.Quando vejo uma questão extensa, formulada pelo(a) professor(a) sobre o
conteúdo estudado, eu compreendo o que leio.
1 2 3 4 5 6 7
38. Eu faço bom uso do meu tempo de estudo para as disciplinas ensinadas na
escola.
1 2 3 4 5 6 7
39.Eu tento mudar o jeito de estudar para adaptar-me aos requisitos da(s)
matéria(s) e ao estilo do(s) professor(es).
1 2 3 4 5 6 7
40. Quando não entendo os conteúdos das disciplinas ensinadas na escola e
peço ajuda para outros colegas da classe.
1 2 3 4 5 6 7
41.Quando estou estudando para esta(s) matéria(s) eu tento determinar quais
conceitos não entendo muito bem.
1 2 3 4 5 6 7
42.Muitas vez faço as atividades de qualquer forma.
1 2 3 4 5 6 7
90
43.Preciso concluir o ensino médio a fim de conseguir um ocupação bem
remunerada no futuro.
1 2 3 4 5 6 7
44.Gosto muito de vir à escola.
1 2 3 4 5 6 7
45.Acho que estou perdendo meu tempo na escola.
1 2 3 4 5 6 7
46.Quero provar a mim mesmo que sou capaz de completar o curso.
1 2 3 4 5 6 7
47.Porque, para mim, a escola é um prazer.
1 2 3 4 5 6 7
48. Porque quero levar uma boa vida no futuro.
1 2 3 4 5 6 7
49.Pelo prazer que tenho em ampliar o meu conhecimento sobre assuntos que
me atraem.
1 2 3 4 5 6 7
50.Porque meus estudos permitem que continue a aprender sobre muitas
coisas que me interessam.
1 2 3 4 5 6 7