Motores Eletricos Mono Trif Apostila1

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    COMANDOS DE MOTORES ELTRICOSMONOFSICOS E TRIFSICOS

    O motor eltrico uma mquina que tem a funo de transformar a energia

    eltrica em energia mecnica.Obtm-se timos rendimentos, com as vantagens da utilizao de energiaeltrica, tais como limpeza, facilidade no transporte, baixo custo e comandosimplificado.

    TIPOS DE MOTORES ELTRICOS

    Os principais tipos de motores eltricos so motores de corrente contnua emotores de corrente alternada.

    Os motores de corrente contnua apresentam como caractersticas custoelevado, que necessita de uma fonte de CC (corrente contnua) ou de um dispositivo que

    converta a corrente alternada em corrente contnua, velocidade ajustvel, maior precisoe flexibilidade no controle e aplicao em casos especiais.

    MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA

    So os mais utilizados porque a distribuio de energia eltrica feita emcorrente alternada. Os principais tipos de motores de corrente alternada so:

    Motor sncrono: funciona com velocidade estvel e apresenta sincronismo entrea velocidade do campo magntico rotativo e a velocidade do rotor.

    Motor de induo: ou assncrono, funciona normalmente com velocidadeconstante, a qual pode variar com a carga mecnica aplicada ao eixo. Ele de

    construo simples, robustez e baixo custo, sendo o mais utilizado em quase todas smquinas encontradas na prtica.

    Nesta disciplina limitaremos a prestar informaes bsicas sobre ligaes dosmotores monofsicos e trifsicos de induo.

    MOTOR DE INDUO

    Um motor de induo composto basicamente de duas partes: um estator e umrotor. O estator constitui a parte esttica de um motor e o rotor a parte mvel.

    O estator composto de chapas finas de ao magntico tratadas termicamentepara reduzir ao mnimo as perdas por corrente parasitas e histerese. Estas chapas tm o

    formato de um anel com ranhuras internas (vista frontal) de tal maneira que possam seralojados enrolamentos que devero criar um campo magntico no estator.

    O rotor, composto de chapas finas de ao magntico tratadas termicamentecomo o estator, tem tambm o formato de um anel (vista frontal), com os enrolamentosalojados longitudinalmente.

    O motor de induo motor de construo mais simples. Estator e rotor somontados solidrios, com um eixo comum aos anis que o compem. A aplicao deuma tenso nos enrolamentos de um estator ir fazer que aparea uma tenso nosenrolamentos do rotor. Assim o estator pode ser considerado como um primrio de umtransformador e o rotor como seu secundrio. O espao entre o estator e o rotor denominado entreferro.

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    1a 1b

    Conforme se pode observar na figura 1b, no estator de um Motor Trifsico de

    Induo, os enrolamentos ou bobinas, so em nmero de trs. Estas bobinas alojadasnas ranhuras do estator, podem ser ligadas em estrela ou tringulo.No rotor os enrolamentos, enrolados longitudinalmente a seu eixo, podem ser

    realizados de duas maneiras, o que d origem a dois tipos de rotor: Rotor Gaiola de Esquilo: tipo mais comum, tem no rotor os condutores da bobinascurtocircuitados em cada terminal por anis terminais contnuos (figura 2.a). Rotor Bobinado: neste tipo de rotor, condutores de cobre que formam uma bobinaso colocados em diversas ranhuras (usualmente isolados do ncleo) e podem, no casode existirem trs bobinas, ser ligados em estrela ou tringulo. Neste caso, cada terminaldo enrolamento trifsico ligado a anis coletores que so isolados do eixo do rotor.

    Usualmente um resistor trifsico equilibrado varivel ligado aos anis

    coletores atravs de escovas a fim de variar a corrente na partida. (figura 2.b).

    2.a 2.bFigura 2 Rotor gaiola de esquilo e bobinado

    Algumas vezes a mquina tipo gaiola chamada de mquina sem escovas e amquina com rotor bobinado chamada de mquina de anis.

    INDUTOR E LEI DE FARADAY

    Todo dispositivo que produz um fluxo magntico a partir de uma correnteeltrica chamado de indutor. Basicamente precisamos ter um ncleo de materialferromagntico (para aumentar a magnitude e densidade do fluxo) e uma bobinaenrolada neste material. Quando a bobina percorrida por uma corrente de intensidade i

    surge um fluxo em torno do ncleo que se expande por sua vizinhana.

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    Esta lei de Faraday pode ser enunciada da seguinte forma: Todo condutoratravessado pelas linhas de fora de um campo magntico varivel sofre a induo deuma tenso proporcional variao do fluxo que o enlaa.

    O significado da Lei de Faraday pode ser compreendido com a ajuda daexperincia ilustrada na figura abaixo abaixo:

    Observe que, quando o im vai se aproximando da bobina, as linhas de fora docampo magntico vo cortando cada vez mais as espiras condutoras (fluxo varivel),gerando uma tenso nos terminais da bobina. Fechando-se o circuito com umampermetro, este indicar uma corrente fluindo. O importante a variao do fluxo queenlaa o condutor.

    O que foi mostrado nessa figura o que chamamos de eletrom, sendoconstitudo de uma bobina enrolada em um ncleo de material ferromagntico. O

    primeiro princpio a ser mencionado : Uma corrente eltrica circulando pela bobina deum eletrom cria um fluxo magntico.

    Note que este fato ser verdade se a corrente for contnua ou alternada, mas se acorrente for alternada senoidal, o sentido do fluxo magntico muda periodicamente,seguindo a mudana de sentido da corrente, fazendo a polaridade N-S do eletromtambm se inverter. Lembrando que, por conveno, as linhas de fora do fluxomagntico sempre vo do plo Norte para o plo Sul, no espao externo do eletrom.Para descobrir o sentido do fluxo magntico criado e, ao mesmo tempo, a polaridademagntica utiliza-se a regra da mo direita.

    CAMPO MAGNTICO GIRANTE

    Este princpio do eletromagnetismo clssico extremamente interessante e sua

    descoberta possibilitou o desenvolvimento dos modernos motores de corrente alternada,em particular os motores de induo. De modo sinttico, seu enunciado : [2] Trscorrentes alternadas senoidais, com mesma amplitude e defasadas de 120, circulando

    por trs bobinas fixas, cujos eixos magnticos distam 120 entre si, produzem umcampo magntico girante de intensidade constante.

    A inveno desta engenhosa maneira de criar este campo se deve a um brilhanteengenheiro croata, Nikola Tesla (1856-1943). A figura abaixo mostra como ofuncionamento do campo girante.

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    Figura: Campo magntico girante e tenses defasadas

    Na figura observamos tambm a orientao do campo resultante e as funesde onda das tenses alternadas, todas defasadas de 120. Vemos em dois instantesdiferentes como a orientao resultante do campo muda e desta forma se percebe omovimento do mesmo.

    PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUO

    Uma questo fundamental entender como se produz um torque eletromecnicono rotor do motor de induo. A criao do torque no rotor baseia-se na lei de induode Faraday e na lei de Lenz.

    Segundo quando temos uma variao do fluxo magntico com o tempo em uma

    bobina, surge uma tenso na mesma, e consequentemente surge uma corrente circulandopor ela. Esta corrente tem o sentido de circulao definido pela Lei de Lenz (enunciadaaqui de forma simplificada: O fluxo criado pela corrente induzida deve se opor variao de fluxo que a criou). Deste modo surge polaridade na bobina opostas as dofluxo.

    Em um motor de induo esse fluxo varivel feito pelo campo girante descritono item acima. Esse fluxo atravessa o rotor tipo gaiola, que mostrado na figura abaixo;

    Note que a gaiola possui aros metlicos na tampa e na base, de tal modo a curtocircuitaras varetas e permitir a circulao de correntes por elas.

    Esse fluxo girante ao ir atravessando as varetas do rotor gaiola vai induzindo acorrentes que, por sua vez, devem criar fluxos (como se fossem eletroms de

    polaridade oposta ao fluxo) que tendem a se opor ao movimento do fluxo girante (Leide Lenz). Em conseqncia, o rotor gaiola gira no mesmo sentido do fluxo girante,tentando alcan-lo para reduzir a intensidade da induo, que como se sabe

    proporcional variao do fluxo (lei de Faraday). Desta maneira, estabelece-se o torqueque faz o rotor gaiola girar.

    FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE INDUO MONOFSICO

    Os motores de induo monofsicos so em regra construdos para potnciasinferiores a um HP, para serem utilizados em circuitos de baixa tenso de distribuio.Tais motores, contudo, tm sido construdos para capacidades de 5 e 10 HP para fins

    especiais, onde no se podem empregar motores trifsicos. Sob o aspecto construtivo,

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    estes motores so semelhantes aos motores polifsicos, possuindo rotores do tipo degaiola de esquilo.

    PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM MOTOR ELTRICO DEINDUO

    Um motor eltrico constitudo basicamente dos seguintes componentes:estator, carcaa, bobinas (ou enrolamentos), mancais (ou rolamentos), rotor, terminaisde ligao e ventilador. Alm desses componentes, ainda encontramos o interruptorcentrfugo e o capacitor.

    Capacitor: tem por funo defasar de 90 em atraso a tenso em relao corrente, ouseja, o capacitor polarizado inversamente para que determine o sentido do giro.Interruptor centrfugo: tem por funo desligar o campo auxiliar quando o motoratingir 75% da velocidade nominal. Enquanto o motor est em funcionamento normal, oenrolamento ou bobina auxiliar est desligado.

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    Os motores monofsicos de fase auxiliar podem ser encontrados no comrcioespecializado com dois, quatro e seis terminais. Os motores com dois terminaisfuncionam em 127V ou 220V. Por outro lado, os motores com quatro terminaisfuncionam em 127V ou 220V e permitem a inverso de rotao. Enfim, os motores comseis terminais funcionam em 127V, 220V e permitem a inverso de rotao.

    Tendo em vista que a maioria das aplicaes residenciais, comerciais e algumas

    industriais exigem pouca potncia, como em ventiladores, eletrodomsticos, bombas depequeno porte. O campo girante do motor em questo possui certas particularidadescomo a necessidade de um enrolamento auxiliar para ger-lo. Para inverso do sentidode giro desse tipo de motor, tambm necessrio um esquema que possa fazer com quesua partida se d para outro lado.

    Os motores de induo monofsicos so construdos para suprir a necessidade demovimento de rotao em situaes onde disponibilizada apenas uma nica fase decorrente alternada. Utilizados na maioria das vezes para aplicaes simples, pormindispensveis nos dias de hoje, como em escritrios, residncias e comrcios, locaisonde no necessria tanta potncia. Tendo em vista que esses motores no possuemuma grande faixa de escolha para maiores potncias, utilizado na maioria das vezes paraaplicaes que precisam apenas de uma frao de HP (Horse Power). Existem diversostipos de motores monofsicos, porm, os motores com rotor tipo gaiola, destacam-se

    pela simplicidade de fabricao e, principalmente, pela robustez e manuteno reduzida. dito que o motor monofsico no apresenta campo girante, mas um campo

    magntico pulsante. Para incio do funcionamento o motor necessitar de meiosauxiliares, como enrolamentos auxiliares e o emprego de um capacitor para dar origema uma segunda fase falsa, possibilitando a origem de um campo girante e conjugadosuficiente para faz-lo sair do repouso. A corrente no enrolamento auxiliar possibilita aose juntar com a corrente do enrolamento principal, um campo magntico girante noestator. Dada a partida do motor, a chave centrfuga desliga o enrolamento auxiliar e

    nestes casos o conjugado de partida ainda moderado. Como soluo, para criar um

    Os motores monofsicos de fase auxiliar so os que

    possuem a mais larga aplicao dentre os monofsicos.

    Esses motores possuem dois tipos de enrolamentos:

    Enrolamento principal: denominado de campo de servio, poisdesde que exista alimentao, este processar o seu funcionamentonormal.

    Principal e auxiliar

    Enrolamento auxiliartem por funes: Auxiliar a partida do motor edeterminar o sentido de giro ou rotao. No enrolamento auxiliar estoligados em srie, dois componentes: o capacitor e o interruptor centrfugo.

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    conjugado suficiente para determinadas aplicaes, feito emprego de um capacitor emsrie com o enrolamento auxiliar.

    Esse princpio de utilizao de um enrolamento auxiliar para partida s possvel se os enrolamentos estiverem defasados em 90 graus eltricos e ter FMM siguais. Pois se o grau de defasagem for inferior a 90 graus, como diz Del Toro (1999, p.

    349) um campo girante pode ainda ser desenvolvido, mas o lugar geomtrico do vetorde fluxo resultante ser uma elipse e no um crculo. o que comprometeria todo ofuncionamento do motor. Para inverso do sentido de giro do motor, basta inverter aligao do enrolamento auxiliar. Tal ao far o campo ter outro sentido, se antessentido horrio, ao inverter a ligao do enrolamento, ser sentido anti-horrio.

    Os motores de induo monofsicos so em regra construdos para potnciasinferiores a um HP, para serem utilizados em circuitos de baixa tenso de distribuio.Tais motores, contudo, tm sido construdos para capacidades de 5 e 10 HP para finsespeciais, onde no se podem empregar motores trifsicos.

    REPRESENTAO DAS BOBINAS E IDENTIFICAO DO MOTOR

    MONOFSICO

    As bobinas principais so representadas pelos bornes ou terminais de ligaonumerados, sendo os incios de bobinas, os bornes com os nmeros 1 e 3 ou 1 e 2 e osfinais 2 e 4 ou 3 e 4, respectivamente. A bobina auxiliar representada pelos bornes outerminais de ligao numerados com incio de bobina 5 e final de bobina 6.

    A bobina auxiliar confeccionada, normalmente, com a metade do nmero deespiras e com seo dos condutores menores em relao s bobinas principais. Por issoessa bobina no pode ficar energizada durante o funcionamento normal do motor, eladeve ser desligada pelo interruptor centrfugo, caso contrrio poder queimar.

    TESTE DE CONTINUIDADE DAS BOBINAS DE MOTORES MONOFSICOSE TRIFSICOS COM SEIS TERMINAIS

    Com o auxlio de uma lmpada de prova ou um instrumento para verificao decontinuidade, procede-se da seguinte forma:

    1. Pega-se um dos terminais do motor e liga-se a um dos terminais da lmpada deprova ou do instrumento;

    2. Procura-se entre as outras pontas (terminais) do motor, qual delas d sequncia apassagem de corrente eltrica (a lmpada de prova se acende ou o instrumentod condio de continuidade). Definiu-se a primeira bobina. Marca-se: para omotor monofsico com incio de bobina 1 e final de bobina 2; para o motortrifsico com incio 1 e final 4.

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    3. Repete-se a operao at definir-se as trs bobinas. (Veja figuras a seguir):

    PROCESSO PARA DETERMINAR A BOBINA AUXILIAR DO MOTORMONOFSICO

    a. Medio de Resistncia:

    Para determinar a bobina auxiliar do motor monofsico, preciso realizar oprocesso de medio da resistncia. Com auxilio V.O.M., verifica-se o valorda resistncia de cada uma das bobinas, aquela que apresentar maior valor a bobina auxiliar.

    b. Lmpada de Prova:Em relao lmpada de prova, liga-se a bobina para que a lmpada acenda.Movimentando-se o eixo do motor, com o auxilio de uma cordinha, haver odesligamento do interruptor centrfugo, fazendo com que a lmpada de provase apague.Obs.: Para medio de resistncia ou definio de continuidade da bobinaobservar se o motor est desenergizado (desligado).

    PARA POLARIZAO DAS BOBINAS PRINCIPAIS DO MOTORMONOFSICO, DEVE-SE PROCEDER DA SEGUINTE MANEIRA:

    a. Liga-se as duas bobinas de trabalho em srie e aplica-se aos terminais daassossiao tenso nominal de uma delas, mede-se a corrente. Fig. A

    b. Inverte-se a ligao acima, e mede-se a corrente. Fig. B

    Questionrios1. Quais so os tipos de motores eltricos encontrados no comrcio

    especializados?2. Quais so os tipos de motores de corrente alternada?

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    3. Quais so as caractersticas de um motor de corrente contnua?4. Quais so as caractersticas do motor sncrono, ou do motor de induo?5. Quais so os trs tipos de motores monofsicos?6. Cite quatro tipos de motores monofsicos de induo.7. Por que se usa uma chave centrifuga nos motores de fase partida ou de fase

    auxiliar?8. Quais so os componentes que esto ligados em srie com a bobina auxiliar?9. Qual a funo do capacitor para o funcionamento do motor monofsico de

    induo?10.Cite as partes constituintes de um motor eltrico de induo ou assncrono.

    MOTOR TRIFSICO

    Os motores trifsicos so os de mais amplo emprego na indstria. Entre os tipos demotores trifsicos o assncrono com rotor em curto (gaiola de esquilo) o mais usado.

    No estator dos motores trifsicos, tm-se convenientemente dispostos trs

    enrolamentos ou bobinas (uma para cada fase), dos quais saem os fios para ligao domotor rede, podendo sair 3, 6, 9 ou 12 fios ou terminais. Os motores de 3 terminaisso raramente encontrados devido a defasagem de permitirem somente a ligao parauma tenso. J os motores de 9 e 12 terminais, tambm so raros, pois so utilizadosquando necessitam de motores pesados, para 2, 3 ou 4 tenses. Por fim, os motores com6 terminais so os mais utilizados atualmente, estes permitem ligaes estrela (380V) etringulo (220V), conforme a tenso da rede local.Obs.: Motor trifsico para o seu regime normal de trabalho dever estar sempreconectado em tringulo.

    REPRESENTAO DAS BOBINAS E LIGAES EM ESTRELA ETRINGULO, DO MOTOR TRIFSICO

    Ligao estrela: utilizada para retirada do motor da inrcia. Deve-se utilizar chave departida, conforme exigncia da concessionria (COPEL) para motores com potncia apartir de 5 cv.

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    Ligao tringulo: a ligao final do motor, utilizada para qualquer potncia.

    Questionrio:1. Dentre os motores trifsicos quais os mais utilizados na indstria?2. Quanto a nmero de terminais, os motores trifsicos podem ser encontrados...3. Em funo do nmero de teminais, qual o mais utilizado?4. Quais os tipos de ligaes possveis de se fazer num motor trifsico com 6

    terminais?5. Explique como devem ser feitas as ligaes em estrela e tringulo.

    Partida do Motor de Induo

    Embora haja algumas excees, de uma maneira geral, um motor de induorequer aproximadamente seis vezes a sua corrente nominal para partida a tensonominal. Na maioria das utilizaes residenciais ou industriais, pequenos motores deinduo do tipo gaiola de baixa potncia, podem partir com ligao direta rede semque se verifiquem quedas na tenso de suprimento e sem que se verifique no motor umgrande aumento do perodo de acelerao, desde o repouso, at sua velocidade nominal.

    Pelos elevados valores das correntes de partida as concessionrias de energiaresponsveis pelo fornecimento de energia residencial e comercial, estabelecem limitesde potncia para a partida a plena carga de grandes motores. Deve-se, portanto, utilizarsistemas de partida visando a diminuio da corrente de partida. No meio industrial, aadoo de um sistema de partida eficiente envolve consideraes quanto capacidadeda instalao, requisitos da carga a ser considerada, alm da capacidade do sistemagerador.

    No momento que o motor energizado, atravs de um dispositivo de partida,comando ou manobra, a corrente inicial (corrente de partida), exigida pelo motor, podechegar a 7 vezes o valor da corrente nominal.

    Se o motor energizado em vazio (sem carga) ele adquire rapidamente suavelocidade nominal e a diminuio da corrente ser rpida tambm, porm se o motor

    partir em carga a situao mais complicada, pois as correntes sero maiores e assolicitaes eltricas aos dispositivos de acionamento tambm.

    No entanto, o motor de induo com rotor gaiola de esquilo, a corrente elevadana partida no suficiente para danificar o motor, porm pode causar uma indesejvelflutuao de corrente no sistema de alimentao prejudicando a rede de distribuioexterna da Copel. Devido a isto, toda a tenso ou corrente nominal s se aplica na

    partida de motores de pequena potncia, normalmente de 3 cv e 5cv no mximo. Paramotores com potncias maiores deve-se utilizar chave de partida.

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    PARTIDA DIRETA DE MOTOR MONOFSICO

    Para partida direta de motor monofsico, proceda da seguinte maneira:Para inverter o sentido de rotao (giro) do motor monofsico, basta inverter as

    ligaes da bobina auxiliar, ou seja, trocar 5 com 6. No sentido horrio, a fase estavaligada no terminal 5 e o neutro no terminal 6, e no sentido anti-horrio a fase passa parao terminal 6 e o neutro para o terminal 5, invertendo o sentido do campo magntico da

    bobina auxiliar, de acordo com:Ligao em 127V por disjuntor motor 2 sentidos de rotao

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    Ligao em 220V por disjuntor motor 2 sentidos de rotao

    Na ligao em 220V (com duas fases) a inverso do sentido de rotao acontece pelatroca de ligaes da fase R com os terminais 5 e 6.

    PARTIDA DIRETA DE MOTOR MONOFSICO COM CHAVE REVERSORAMANUAL

    Para efetuar a inverso do sentido de giro (rotao) do motor monofsico utiliza-se a chave reversora de comando manual. Normalmente do tipo rotativo, possui umconjunto de contatos mveis e fixos que ao mover o manpulo da chave o motor parteem um sentido e para inverter o sentido de rotao basta mudar a posio do manpuloda chave.

    Pode ser encontrada no comrcio especializado do tipo de imbutir ou sobrepor. uma chave que proporciona segurana para o operador, facilidade de instalao e custo

    baixo.

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    Devem apresentar as seguintes caractersticas que so importantes para o bomfuncionamento, tais como:

    a. Suportar a corrente nominal de servio sem se quebrar;b. Conter isolamento condizente com a tenso nominal de servio;c. Ter razovel velocidade de abertura dos contatos a fim de que possa ser

    manobrada com carga;d. recomendvel que contenha: desenho ou foto do dispositivo ou chave, nmerode referncia comercial (prprio do fabricante), corrente de servio, tenso deservio, dimenses e esquema de ligaes.

    Esquema funcional da chave reversora manual monofsica em 220V.

    O sentido mencionado por hiptese. Caso o motor gire em sentido oposto aoindicado, deve-se inverter 5 com o 6 na chave.

    Para inverter o sentido de giro, deve-se levar o manpulo na posio 0 eaguardar o fechamento do interruptor centrfugo, posteriormente mude a posio domanpulo da chave.

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    Esquema funcional da chave reversora manual monofsica em 220V.

    PARTIDA DIRETA DE MOTOR TRIFSICO COM CHAVE REVERSORAMANUAL

    Obs. O motor trifsico ao ser conectado a um disjuntor deve ter seusterminais ligados em tringulo.

    A chave reversora trifsica, semelhante a chave reversora monofsica, difereapenas quanto a programao dos contatos e pode ser seca ou conter leo vegetal parareduzir o arco em funo das correntes elevadas.

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    Esquema funcional da chave reversora manual trifsica

    O motor trifsico, antes de ser ligado chave reversora manual, deve ter seusterminais conectados em tringulo, que a ligao para o recebimento da carga em seu

    eixo, ligao final. Alm disso, a chave reversora manual trifsica usada para motorcom potncia de at 5cv ou 5HP, pois considerada como partida direta.

    Partida de motor trifsico com chave Estrela-Tringulo

    A chave estrelatringulo manual utilizada em motores cuja potncia seja de5cv at 15cv, com o objetivo de retirar o motor da inrcia para reduzir a corrente de

    partida, quando ligada a uma carga, mas o motor deve partir vazio. Portanto, a ligaoestrela a ligao auxiliar para retirada do motor da inrcia.

    A finalidade atender as exigncias das concessionrias de energia eltrica, queconsideram necessrio o emprego de dispositivos especiais para limitar a corrente de

    partida, a fim de evitar perturbaes no funcionamento de instalaes vizinhas.Apresentam as mesmas caractersticas construtivas das chaves reversoras

    manuais, Dahlander, etc., diferindo apenas no nmero e na programao dos contatos.Logo devem ser utilizadas em motores que permitem estas ligaes, ou seja, a tenso darede dever coincidir com a tenso do motor na ligao em tringulo, podendo ser deimbutir (fig. 1a) ou de sobrepor (fig. 1b).

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    (fig. 1a) (fig. 1b)Partida de motor trifsico com chave estrela-tringulo manual

    Partida de motor trifsico com chave estrela-tringulo manual

    Em termos de simplicidade e custo, esta a maneira mais conhecida de partidade um motor de induo. Para que se possa aplicar este mtodo necessrio que omotor permita o acesso a seus terminais das bobinas do estator, de tal forma que seja

    possvel efetuar-se a conexo estrela durante a partida, e tringulo (delta) na operao.Quando ligadas em estrela, a tenso imposta cada bobina de E 3, ou

    seja, 57,7 % da tenso da linha (E). Assim, por meio de chaves como mostra afigura abaixo, possvel fazer partir um motor de induo em estrela, com poucomais da metade da tenso nominal aplicada cada bobina e posteriormentefuncionar em delta com toda a tenso de linha. A corrente de linha para a partidafica reduzida a 1/3 da corrente nominal. O chaveamento da posio estrela para a

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    posio delta deve ser feito to rapidamente quanto possvel para eliminar grandescorrentes transitrias devidas a perda momentnea de potncia.

    Obs.: Os motores devero ter, impreterivelmente, 6 terminais e devem ser utilizados emredes com tenso at 500V.

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    Esquema funcional da chave estrela tringulo manual

    PARTIDA DE MOTOR TRIFSICO DAHLANDER

    Os motores de duas velocidades com enrolamento por cumutao por plos,conhecido como motor assncrono de induo trifsico Dahlander, pode ser utilizado emtalhas, moinhos, britadores, exaustores, ventiladores, compressores injetores,equipamentos para panificao, transformadores contnuos, guindastes, mquinasoperatrizes.

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    Esquema funcional de comando de motor Dahlander com chave de doissentidos de rotao.

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    Chave manual Dahlander

    A seguir apresentamos uma viso dos terminais de ligaes da chave manual Dahlandercom dois sentidos de rotao.