Upload
trinhnga
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
MOVIMENTO DA INDÚSTRIA PELA
EDUCAÇÃO
A EDUCAÇÃO E O MUNDO DO TRABALHO
Florianópolis, 21 de Maio de 2013
Marcos A. Magalhães
EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO
O DESAFIO BRASILEIRO PIB vs IDH
0,800 - 1: ELEVADO
0,500 - 0,795: MÉDIO
0,300<: BAIXO
PIB X ANOS DE ESTUDO
PIB X ANOS DE ESTUDO
GRAU DE COMPETITIVIDADE X GRAU DE
EDUCAÇÃO
COMPETITIVIDADE X EDUCAÇÃO
EMPREGABILIDADE X NÍVEL DE
EDUCAÇÃO
PAÍSES DO G8
In the United States and all other G-8 countries reporting data, higher employment rates were
associated with higher levels of educational attainment. For example, among U.S. adults ages
25 to 64 in 2004, 83 percent of those who had completed academic higher education were
employed, compared with 73 percent of those whose highest educational attainment was upper
secondary education or postsecondary vocational training and 57 percent of those whose
highest educational attainment was lower secondary education or below (figure 1a). Fonte: INSTITUTE OF EDUCATION SCIENCE – US DEPT OF EDUCATION
RENDIMENTO MÉDIO ANUAL X FORMAÇÃO
ACADÊMICA - USA
A CAPACITAÇÃO
INTELECTUAL
NA CHINA
Programa de Cooperação Internacional:
• Em 20 anos, de 79 a 99, mais de 400.000 estudantes foram enviados
para mais de 100 países
• Mais de 340.000 estudantes foram acolhidos de mais de 160 países e
regiões
• Mais de 40.000 especialistas estrangeiros foram acolhidos no país
Somente em 2004:
• 7.200 estudantes estão no exterior custeados pelo Governo
principalmente nos campos de ciência e tecnologia, cultura, educação e
administração de negócios.
O IMPACTO ECONÔMICO DO GAP
QUALITATIVO NAS ESCOLAS
AMERICANAS
Mc Kinsey Report:
1. Na média, estudantes negros e hispânicos estão
aproximadamente dois a três anos defasados na aprendizagem
quando comparados a estudantes brancos da mesma idade.
2. Estes “GAPS Educacionais” causam aos Estados Unidos o
equivalente a uma recessão econômica permanente.
3. Se os Estados Unidos tivessem logrado eliminar este GAP entre
1983 e 1998 o PIB americano em 2008 teria sido maior entre US$
400 bilhões a US$ 670 bilhões, ou 3 a 5% do GDP.
EQUIDADE E BEM ESTAR SOCIAL
CRESCIMENTO ECONÔMICO
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E
INOVAÇÃO
GERAÇÃO DE CONHECIMENTO
EDUCAÇÃO DE
QUALIDADE
O CICLO VIRTUOSO DA SOCIEDADE DO
CONHECIMENTO
CENÁRIO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
POSIÇÃO DO BRASIL NA
AVALIAÇÃO PISA
LINGUAGEM Pisa – Program for International Student
Assessment
100
80
60
40
20
0
20
40
60
80
100
Ko
rea
Fin
lan
d
Ho
ng
Ko
ng-
Ch
ina
Can
ada
Irel
and
New
Zea
lan
d
Liec
hte
nst
ein
Au
stra
lia
Net
her
lan
ds
Swed
en
Po
lan
d
Esto
nia
Bel
giu
m
Swit
zerl
and
Ch
ines
e Ta
ipei
Ger
man
y
Jap
an
Slo
ven
ia
Den
mar
k
Un
ited
Kin
gdo
m
Mac
ao-C
hin
a
Fran
ce
Au
stri
a
Icel
and
No
rway
Hu
nga
ry
Cze
ch R
epu
blic
Luxe
mb
ou
rg
Latv
ia
Cro
atia
Po
rtu
gal
Ital
y
Lith
uan
ia
Slo
vak
Rep
ub
lic
Gre
ece
Spai
n
Isra
el
Turk
ey
Ch
ile
Ru
ssia
n F
eder
atio
n
Uru
guay
Bu
lgar
ia
Mex
ico
Thai
lan
d
Arg
enti
na
Serb
ia
Jord
an
Bra
zil
Co
lom
bia
Ro
man
ia
Mo
nte
neg
ro
Tun
isia
Ind
on
esi
a
Qat
ar
Aze
rbai
jan
Kyr
gyzs
tan
Level 2 Level 1 Below Level 1
Level 3 Level 4 Level 5
%
POSIÇÃO DO BRASIL NA
AVALIAÇÃO PISA
MATEMÁTICA Pisa – Program for International Student
Assessment
100
80
60
40
20
0
20
40
60
80
100
Fin
lan
d
Ko
rea
Ho
ng
Ko
ng-
Ch
ina
Aze
rbai
jan
Can
ada
Mac
ao-C
hin
a
Net
her
lan
ds
Ch
ines
e Ta
ipei
Esto
nia
Au
stra
lia
Jap
an
Liec
hte
nst
ein
Swit
zerl
and
Den
mar
k
New
Zea
lan
d
Irel
and
Icel
and
Bel
giu
m
Slo
ven
ia
Swe
de
n
Cze
ch R
epu
blic
Un
ited
Kin
gdo
m
Po
lan
d
Ger
man
y
Au
stri
a
Latv
ia
Slo
vak
Rep
ub
lic
Hu
nga
ry
No
rway
Fran
ce
Luxe
mb
ou
rg
Lith
uan
ia
Spai
n
Ru
ssia
n F
eder
atio
n
Un
ited
Sta
tes
Cro
atia
Po
rtu
gal
Gre
ece
Ital
y
Isra
el
Serb
ia
Uru
guay
Turk
ey
Ro
man
ia
Thai
lan
d
Bu
lgar
ia
Ch
ile
Mex
ico
Mo
nte
neg
ro
Arg
enti
na
Ind
on
esi
a
Jord
an
Co
lom
bia
Tun
isia
Bra
zil
Qat
ar
Kyr
gyzs
tan
Level 1 Below Level 1 Level 2 Level 3 Level 4 Level 5 Level 6%
ANO
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 1ª 2ª 3ª
ALUNOS
ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO
2.266.667 3.749.503 3.899.503 3.820.698 4231.765 3760.732 3.365.933 3.107.831 3.283.076 2.535.908 2.176.547 3.884.405
MATRÍCULAS
DISTORÇÃO IDADE - SÉRIE
REGIÃO TOTAL
FAIXA ETÁRIA
De 0 a
16 anos
De 17 a
19 anos
De 20 a
21 anos
De 22 a
24 anos
De 25 a
29 anos
Mais de
29 anos
BRASIL 1.749.731 37.617 1.300.229 175.881 95.705 60.364 79.935
DEMOGRAFIA ENSINO MÉDIO BRASIL
MATRÍCULAS
1º ANO 2º ANO 3º ANO
3.283.076 2.535.903 2.176.547
CONCLUINT
ES
1.749.731
FLUXO EDUCACIONAL NOS ESTADOS UNIDOS
Todos estudantes
Estudantes do quartil superior de
renda
100
População inicial Concluintes Ensino Médio
Estudantes do quartil inferior de renda
Entram na Universidade
Graduam na Universidade aos 24 anos (Bacharelado)
83 62 31
100
100
93 90 82
10 41 70
Todos estudantes
População inicial Concluintes do ensino médio
Graduados na Universidade (Bacharelado ou além)
FLUXO EDUCACIONAL NO BRASIL
100 41 11
AS MAZELAS DO ENSINO MÉDIO NO
BRASIL
AS MAZELAS DO ENSINO
MÉDIO
• Péssimo nível de qualidade dos egressos do EF
despreparo; desmotivação; idade.
• Modelo de ‘’educação geral’’
foco no vestibular: ‘’não há vida fora da universidade!’’
• Matriz curricular inadequada
número excessivo de disciplinas
• Falta diversificação nos cursos
já fomos melhores: ‘’científico, clássico, pedagógico, técnico’’
• Papel desvirtuado das CEFET’s
‘’cursinhos pré-vestibulares’’ para a área de exatas
• ENEM dissociado da matriz curricular
distorção do objetivo original
• Opção equivocada pelo EM Integrado
‘’missão impossível: 19 disciplinas por ano’’
CAUSAS BÁSICAS DOS
EQUÍVOCOS
• O Brasil na contramão do mundo
síndrome da jabuticaba
• Elitismo
‘’todos precisam ir para a universidade’’
• Preconceito contra a formação técnica-profissionalizante
• Formação profissional ministrada por quem não tem ethos
POR QUE AS ESCOLAS DE
ENSINO MÉDIO PERDEM
SEUS ALUNOS? “A escola é
chata!”
“Sinto que não
estou aprendendo
os conteúdos
apresentados.”
“Não vejo conexão
entre o que a
escola ensina e o
que vou utilizar na
vida.”
“Dificuldade de
conciliar trabalho
com estudos.”
“Excesso
de
matérias.”
“Desinteresse dos
professores.”
O QUE O JOVEM QUER DA
ESCOLA?
Que seja uma escola atrativa, agradável e acolhedora;
que privilegie o diálogo e inclua em sua prática diária temas
interessantes para serem trabalhados a partir da sondagem
junto aos alunos; e dê oportunidade para que os professores
possam desenvolver práticas inovadoras em sala de aula.
Que as aulas sejam dinâmicas, com professores
capacitados no uso de internet, data show, vídeo e som,
despertando o interesse do aluno em aprender e não sair da
escola.
Que seja criado um espaço de diálogo entre gestores,
professores, funcionários e alunos para que novas ideias
surjam, para que a participação do aluno seja fundamental e
para que haja interesse e permanência na escola.
CAMINHOS
ENSINO MÉDIO ACADÊMICO
• Menos disciplinas obrigatórias e mais eletivas
• Diferentes categorias e níveis
• Projeto de vida do jovem como tema transversal
• Tempo integral, sempre que possível
ENSINO MÉDIO
TÉCNICO-PROFISSIONALIZANTE
• Menos disciplinas
• Certificar como Ensino Médio (quando aplicável)
• Menos acadêmico (preparar para o mercado)
• Valorizar a profissão
• Nunca integrado ao médio acadêmico
UM MODELO PARA O ENSINO MÉDIO NO BRASIL 26
A sociedade do conhecimento é uma sociedade de múltiplas e diversificadas
oportunidades de aprendizagem e de formação permanente.
Isso traz desafios extraordinários para a escola e para a educação enquanto chave do
desenvolvimento humano para a formação daqueles que atuarão no mundo produtivo
deste século: a metacognição como processo formativo expressa através da capacidade
de aprender a aprender (autodidatismo), de ensinar a ensinar (didatismo) e de conhecer o
conhecer.
O papel da educação na preparação do jovem que
atuará no mundo produtivo do século XXI
27
Na construção de
uma economia
competitiva
Na erradicação das
intoleráveis
desigualdades sociais
Na elevação dos níveis de
respeito aos direitos humanos
e de participação democrática
da população
AGENDA PARA
DESENVOLVIMENT
O
ECONÔMICO
AGENDA PARA
DESENVOLVIMENTO
SOCIAL
AGENDA PARA A
MATURIDADE
POLÎTICA
A constituição de uma agenda para o enfrentamento a todos estes grandes desafios começa com um
sistema educacional que permita a construção de uma economia competitiva, uma sociedade mais
justa num estado democrático de direito, forte e consolidado.
O Sistema Educacional deve fundamentar o Modelo de Ensino e a Matriz Curricular levando
em consideração as demandas do presente e do futuro da Nação.
No Brasil acrescente-se a necessidade de resolver a três
desafios na constituição de uma sociedade forte e justa.
O paradoxo do país: a 6ª maior potência econômica e ocupando a 72ª posição no IDH, dá a dimensão dos desafios nas três agendas:
28
A Geração do Conhecimento no Brasil
Fator de risco para o crescimento do Brasil = gente qualificada.
Baixo número
de
universitários
Desconexão
Universidade x
Mundo do
Trabalho
Limitada
comunidade
científica
Baixo estímulo
público à
Pesquisa e
Desenvolvimen
to
Baixo nível de
qualidade no
Ensino Básico
Baixo nível de
escolaridade
Baixo número
de
universitários
em carreira
técnica
As Premissas para o Desenho do Modelo
Mundo do trabalho
+complexo
+ competitivo
+ volátil
+ global
Demandas
+ dedicação
+mais mobilidade
+disponibilidade
+ conhecimento
A Educação está sendo desafiada
As críticas ao Modelo vigente no Ensino Médio
Os resultados já conhecidos no universo do Ensino Médio brasileiro:
50% dos jovens concluem o EM e destes, 70% na idade certa;
IDEB 2011 – EM: 3,4 (referente à rede pública);
Desempenho considerado adequado de apenas 29% em Português e 11% em Matemática;
Jornada diária: 4,5h sendo 3h efetivas no curso diurno e 1,8h no período noturno;
Matrículas no Ensino Médio regular de 8,4 milhões;
Matrículas no Técnico-Profissionalizante (concomitante e subsequente): 1,0 milhão.
ESCOLA REGULAR OU
INTEGRAL
TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL
O Modelo de Escola
FORMAÇÃO
ACADÊMICA
DE
EXCELÊNCIA
FORMAÇÃO
PARA A
VIDA
FORMAÇÃO
PARA
O MUNDO DO
TRABALHO
EDUCAÇÃ
O
P/
VALORES
PROJETO
DE VIDA
PROTAGONISM
O JUVENIL
P
E
D
A
G
O
G
I
A
G
E
S
T
Ã
O
AVALIAÇÃO
DIAGNÓSTIC
A
INICIAÇÃO
CIENTÍFIC
A
COMPETÊNCIA
S
P/ O SÉCULO
XXI
Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior
6 >>>> 14 anos 15 >> 17 anos > 18 anos duração de 4 > 5 > 6 anos
Alternativa ao Sistema de Ensino Médio vigente
ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO PROFISSIONAL
SUBSEQUENTE
ENSINO MÉDIO
BÁSICO ( 2 SÉRIES)
ENSINO TECNICO PROFISSIONAL CONCOMITANTE
Engenharia, Medicina, Quimica,
Fisica, Computação, Odonto
etc.
Administração, Economia,
Contabilidade, Direito, Gestão
etc.
Linguas, Historia, Geografia,
Filosofia, etc.
CIENTIFICO
SOCIAL
ECONOMICO
LITERÁRIO
EXPANSÃO DO MODELO
PERNAMBU
CO
CEARÁ
PIAUÍ
SERGIPE
RIO DE
JANEIRO SÃO PAULO
GOIÁS
O PAPEL EMPRESARIAL
A PRODUTIVIDADE BRASILEIRA ESTÁ
PARADA HÁ 30 ANOS
1. EM 1980, UM TRABALHADOR BRASILEIRO PRODUZIA EM MÉDIA O
EQUIVALENTE A US$ 21 MIL/ ANO. EM 2008, ESTE NÚMERO HAVIA CAÍDO
PARA US$ 17.8 MIL ( EM DÓLARES DE 2005 COM PPP)
“Penn World Table – Universidade da Pensilvânia’’
2. O BRASIL OCUPA A 130º POSIÇÃO EM TERMOS DE DESEMPENHO NESTE
PERÍODO, ENTRE 150 PAÍSES PESQUISADOS.
3. AS CAUSAS DA MÁ PERFORMANCE SÃO CONHECIDAS:
• DEFICIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
• DEFICIÊNCIAS DE INFRAESTRUTURA
• BAIXA INTEGRAÇÃO À ECONOMIA GLOBAL
• BAIXA ABSORÇÃO DE TECNOLOGIA
• FALTA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA LOCAL
• BUROCRACIA/CARGA TRIBUTÁRIA
A PRODUTIVIDADE DO TRABALHO
O PAPEL EMPRESARIAL
A ÉTICA DA CO-RESPONSABILIDADE
TRANSFORMAR BOAS PRÁTICAS EM
POLÍTICAS PÚBLICAS
FAZER PARA INFLUIR
ASSEGURAR CONTINUIDADE
ASSEGURAR QUALIDADE SISTÊMICA
O PAPEL EMPRESARIAL
EDUCAÇÃO E TRABALHO
UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Plano Plurianual de Desenvolvimento
Econômico
Qualificações e Competências Requeridas
Arranjos Produtivos Regionais
Universidad
e CEFET’s
Ensino Médio e
Profissionalizan
te
Sistema
“S”
Ensino
Fundamental
CONSIDERAÇÕES FINAIS
INSTITUTO DE CO-RESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO
JCPM TRADE CENTER
Av. Engenheiro Antônio de Goes N° 60, 17° andar. Sala 1702.
Recife – PE CEP 51010-000
Fone: (81) 3327-8582
www.icebrasil.org.br