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>-T f/A. t,. ttevjjh!*.^_^_-_-._^MiMM^^^^^^^*-»aT*T'aTèT*TaTaTMBWM^M»»: AliÃ" Í&L&L+JÍ ak ¦_,, ...ru.! VML^Oht. i it»t--vto rn-jlw '^^S y Ali msV*t a ». À «T*"^ $è7\K«1 I /W/ I I l ai fi 1 Â11U-M|«-l IMU HUM. i 2àNO XXV 8. Fvmio, Hás setembro de 1950 Z TUD PARA AGRADAR 0 NORTE Não foi fácil. Pelo contrario, o sr. G. O. Túlio Vargas teve necessidade de mecher em muitas pa- nelas para escolher um candidato à vice-presidência da Republica, que agradasse k zona norte do Bra- sil Aqui vemo-lo, preparando um sururú, prato re- gional muito do agrado das populações das Alagóis. " Com isso, o manhoso politico de S. Borja pre- tendeu fisgar o general Gaz Morteiro, reduzindo-o a uma humilhante inutilidade. Ao mesmo tempo, atiçava o fogo para preparar um viradinho paulista e dava as ultimas de mão para cozinhar um lombo mineiro.,. Mas todas essas atividades culinárias nao, surti- ram efeito. Ou fosse por que o baixinho não acertou com o tempero ou fosse porque essa gente anda de vontade com os políticos, o caso é que foi tu- do em pura perda.1». Finalmente, depois de tantas manobras de en- volvimento e de tantos processos de sedução, o soli- tariò de Itú se viu forçado a apresentar um reles ca- fe de panela, muito requentado, e que,- na xicára, fi- cou reduzido a>um modesto cafezinho, um café pe- queno, um café\ilho... MOMENTO c' ít^*'*ky****BS7^^P^BBHV^^r^^^l A RENUNCIA DO PRESIDENTE O general Dutra está mesmo decidido a deixar o governo RIO, 13 (Correspondência tèle-tipada, pelo re- porter Dedolindo Semunha, especial para "A Ma- nha") Acabo de ser informado por um primo da sobrinha de um dos guardas-civis, que dão serviço às quartas e sábados nas imediações do Palácio do Catete, de que o general Dutra acaba de renunciar em cara- ter irrevogável. O gesto do presi- dente da Republica deixou profunda- mente abalados os seus ayxiliares imediatos, que esperavam o prolon- seu gover- r JTti^l v «'¦*• »r-i--'- ¦msmi 1b.BS15f%mHÍ mu gamentó do no, pelo menos, por mais um ano. Procurando co- mer mais amplas infor- maçôeSj soubemos de pessoas serias que fre- quentam os botequins cias imediações da casa do governe que o gene- ral Dutca não renuncia- ra o cargo, de presiden- te da Republica, contor- me a pnncii'o se julgou, mas renunciou em ca- rater cietmitivo a idéia ce continuar no gever- no mesmo à custa de algum golpe baixo. (mufim s ) *M TODO O PAÍS C - riÂÂi.aaa:ti IITAT CEST MOI! Luís de não sei quan- tos, da França, cogno- minado o "Rei Sol", um dia que se levantara de estômago azedo e trom- bas viradas, exclamou, dando um murro na me- sa: L'État c'est moi! Nós temos também aqui no Brasil um cava- lheiro que foi rei e que certa vez declarou a um jurisconsulto fran- cês, que queria conhecer detalhes' a respeito do regime governamental do pais: L'Éstat Cest je... Livros e homens Com os livros de uma biblioteca acontece o mesmo que se verifica em certas repartições publicas: os que"1 menos valem são os que estão mais em cima. ilWZ*PmSi WS3£&ÊÊ\mSÊ)l»mK Qv^8n^SnNi uS-SE 1 IsSiliii kíSIBÉyHQI Kl \\\mmSL |pP^;:tl ÜU 11ÉÉ5 HfltjtaKillr: * fcW 5* fl\\\m^mW^ Hfl ILflíB-y*"*.* **'*«»*,' %Á\ WmimWÈ wm\\\ n JT^ liralli ilP^ WW4 V\|l llÜ ^11 B-EÜm HBI Kfl B ^^^^^HBB*2 ¦ *-»iHIH CÜ^aiZaWm fljÉF*ii***v '^^^^^^mmmsmm ng&fl BUuw*,«-&:«*^*iíÉÈfl H-flJflESFSfliMflflflflMvS PífKiB^a^-flflflBSHH^^i^£$^lH m\\\\\\\\\\\\\\maaaW'¦'¦ æ¦'¦ '• ¦KÍsSSsmm\\\m +K'QnlflK77 77. á '-^BI HF- ' «Bk^fl I " 9 IH IHIHI^ I jtn*l'tvii'r><nH8 IBW^p^ri *i wJ Bs*':' ¦'-'""• * * Tra nBrl æEttj^F^^v-Mivv^ip fli Ik^^ *«M^iiflyRH aw^v.-jnfllRBflVTtM æK^ *j*í y|tÊx^ w^^s£t^S^*^14^Í8Hnj |^:: ¦ > /aií^3 ¦By..-jm.*U^BnMB Wt wEyiTJ íf':'-',v,^>-!?i^^BBri^fljs3™iB<&3glHKwJJTOy,^M PSp-j9B +I Vim\\w*- mWSaSaw:^10ÉMhnSíat^^H^tfí ^^^^3 Hfc^^4(i5l *-^fllHk»^í1í.^'í -'JwBMHflÉi^-t>--fattff\áBlBfcS-A-j KiK/SKÊK^^ia&^flfl ^fl^H^k^k^lÉHHBS«^flawSI ^^^*^l WÊÉaWHÊÊm^Lwm EU UT -ÉÊ^tm ¦ túiíiMmt* fljà jí^^Sfl ,ÉttikEa^lI HSS^âPlII Hp**^9B^u^PlB^t^^^lBPSP I Je, 1 O sr. G. G. túlio Vkrgas, em algum ponto do sertão nordesti- tio, preparando o prato da vicepresidencia da Republica, do qual resul- tou, afinal, um cafezinho de panela ou seja o candidato Café F.lJKç?™ a sua panelinha. " __7 iâS3i rrr,'i,ii<> ut»**: -ti *WÍSa«*S^»»S«^^ K"' í -ÍMiiãla'>ii!i :m: hWTi- 3 T N.o dt ORD. 1 -r>y»i-^^—->-»-.———"»», tSWWtriWVHyMrtyiii-- »^_A^ inwtí^wp» "fw-rírr*

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HUM. i àNO XXV8. Fvmio, Hás setembro de 1950

Z TUDPARA AGRADAR 0 NORTE

Não foi fácil. Pelo contrario, o sr. G. O. TúlioVargas teve necessidade de mecher em muitas pa-nelas para escolher um candidato à vice-presidênciada Republica, que agradasse k zona norte do Bra-sil Aqui vemo-lo, preparando um sururú, prato re-gional muito do agrado das populações das Alagóis. •"

Com isso, o manhoso politico de S. Borja pre-tendeu fisgar o general Gaz Morteiro, reduzindo-oa uma humilhante inutilidade. Ao mesmo tempo,atiçava o fogo para preparar um viradinho paulistae dava as ultimas de mão para cozinhar um lombomineiro. ,.

Mas todas essas atividades culinárias nao, surti- •ram efeito. Ou fosse por que o baixinho não acertoucom o tempero ou fosse porque essa gente já andade má vontade com os políticos, o caso é que foi tu-do em pura perda.1».

Finalmente, depois de tantas manobras de en-volvimento e de tantos processos de sedução, o soli-tariò de Itú se viu forçado a apresentar um reles ca-fe de panela, muito requentado, e que,- na xicára, fi-cou reduzido a>um modesto cafezinho, um café pe-queno, um café\ilho...

MOMENTO

c' ít^*'*ky****BS7^^P^BB HV^^r^^^l

A RENUNCIA DO PRESIDENTEO general Dutra está mesmodecidido a deixar o governo

RIO, 13 (Correspondência tèle-tipada, pelo re-porter Dedolindo Semunha, especial para "A Ma-

nha") — Acabo de ser informado porum primo da sobrinha de um dosguardas-civis, que dão serviço àsquartas e sábados nas imediações doPalácio do Catete, de que o generalDutra acaba de renunciar em cara-ter irrevogável. O gesto do presi-dente da Republica deixou profunda-mente abalados os seus ayxiliaresimediatos, que esperavam o prolon-

seu gover-

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gamentó dono, pelo menos, por maisum ano. Procurando co-mer mais amplas infor-maçôeSj soubemos depessoas serias que fre-quentam os botequinscias imediações da casado governe que o gene-ral Dutca não renuncia-ra o cargo, de presiden-te da Republica, contor-me a pnncii'o se julgou,mas renunciou em ca-rater cietmitivo a idéiace continuar no gever-no mesmo à custa dealgum golpe baixo.

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IITAT CEST MOI!Luís de não sei quan-

tos, da França, cogno-minado o "Rei Sol", umdia que se levantara deestômago azedo e trom-bas viradas, exclamou,dando um murro na me-sa:— L'État c'est moi!

Nós temos tambémaqui no Brasil um cava-lheiro que já foi rei eque certa vez declarou aum jurisconsulto fran-cês, que queria conhecerdetalhes' a respeito doregime governamentaldo pais:— L'Éstat Cestje...

Livros e homensCom os livros de uma

biblioteca acontece omesmo que se verificaem certas repartiçõespublicas: os que"1 menosvalem são os que estãomais em cima.

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DEPOIS DE BEBER CADA UM DÁ SEU PARECER *£ A Manha

'*.•.•-•.• •.-.

m

ORGAO DE ATAQUES... DE RISO

Diretor-responsavel: Apparicio TorellyRua Quirino de Andrade, 219 - 7.o - S. 71

SAO PAULO

Diretor da sucursal: Arly TorellyAvenida Rio Branco, 257 - 17.o - S. 1.707

Telefone: 42-2033 — RIO DE JANEIRO

"A MANHA" é impressa nas oficinas da"IMPRES" — Alameda Cleveland, 534 e

Anhangabaú, 262 - SAO PAULOEXPEDIENTE

Não tem. Jornal serio não vive deexpedientes. Em todo caso, cobra as

ASSINATURAS

IPara o exteriorPara o interior >••••••

Cr$ 120,00Cr$ 60,00

ANÚNCIOS

Isto, agora, é por tabela e começamos acarambolar à razão de Cr$ 50,00 por centi*metro de coluna. Paràrpublicaçôes por maitde 3 meses, podemos fazer um pequeno aba*timento, a fim de que o cliente não saia

"A Manha", inaugurando os seus tra-balhos intelectuais em pleno inverno, tem oprazer de abrir as suas portas para recebermuito abatido.

COLABORAÇÕES

os colaboradores espontâneos de todo o pais.No verão, quando apertar o calor, então,abrirá tambem as janelas.

*As colaborações que nos forem enviadas

serão publicadas, de acordo com a sua im-portancia, desde a primeira até a quinta pa-ginas. As. que não prestarem irão para asexta. A sexta pagina será ainda dividida emduas partes: uma com "s" e outra com "c"

.%Ié•>:•»

Iy.;.;.*r*r*~*~***rJfmm,

11>; í Ç Ã 6 í>~í - H ÍO J I : lt PÁGINAS

MERCADO DE MOVEISNesta seção, áe 1 a 20 palavras, vão 19 e co-

bramos com razão, ou sem razão, à razão áe Crf3,20 por palavra. Palavrões, tais como anti-incons-titucionalissimamente, arturáasilvabernaráes, he-xametilenatetramina, peároaurelioáegoismonteiroe áihiárocarbonilcetonaarsenobenzol só publica-mos a taxi, cobranáo a banáeiraáa áe Cr$ 3,20 pe-los primeiros 500 metros áe percurso e depois ürazão áe 40 cts. por caáa grupo áe 100 letras per-corriáas. Para fora áo perímetro urbano, preços acombinar.

É VERDADE...Na ultima vez que via-

jei para Ubá-city, MinasState, fiquei preocupadoao deitar-me, com medode perdeu o trem railwayda Leopoldina. Isto, por-que dormi na pensão doSantinho e tive receiodesse camarada não ou-vir o despertador, poisquando êle dorme, temum sono angelical. Porcausa de minha preocu-pação, dormi profunda-mente e tive um sonoagitado. Sonhei que rou-bei um despertador naloja do Santinho e queele me bateu e eu revi-dei e pum! dei um tiro nocoração dele, matando-o,coitado. Uns populares,testemunhando o crime,quiseram linchar-me eafinal resolveram enfor-car-me.

Arrastaram-me até apraça da estação, que é olugar mais próprio paralevar a cabo uma execu-ção desse gênero. Os po-pulares, alucinados, er-gueram rapidamente umcadafalso, gritando: "Aforca! A forca!"

Tudo estava pronto pa-ra o supremo sacrillcio.Só faltava a corda de ca-roá que devia apertar aminha garganta até o ul-timo suspiro. Nesse mo-mento a multidão, comfúria selvagem, princi-piou a reclamar em altosbrados: "A corda! A cor-da! -A corda! "Foi a mi-nha salvação. Ao ouviraqueles gritos apavoran-tes, extremeci e acordei.Eram quatro horas damanhã, hora exata emque devia me levantar.Honorio J. Carneiro (Rio)

DescobertasReflexão de um motorista,

depois de violenta derrapagemna estrada Rio-S. Paulo:

—-A descoberta do telegra-fo sem fio foi uma maravi-lha. Mas muito mais maravi-lhosa deveria ser a descobertado telégrafo sem postes.

COMPRA E VENDAMercadorias em -geral

% Compro e vendo qualquermercadoria. Mas só compro, ven-do antes, se presta. Se nftoprestar, nem vendo, compro.

Mesa redondat§ Vendo uma mesa redonda

própria para vurlas pessoas sesentarem em volta, para discutirpolítica ou Jogar plr-paí, o queque da no mesmo.

Votos de famíliaq Vendo meu voto e os de

minha lamllla a candidatonecessitado. Sendo o voto se-creto dou minha palavra dehonra que nâo vou íazer false-ta. Sou um homem decente enfio seria agora por causa dedinheiro que Iria praticar umasujeira. Sendo minha íamlliamulto numerosa, juntando o vo-to de todos, podemos eleger íol-gadamente um deputado ou ve-readdr.-.-. Cartas, com, propostaspara Jo5o'aa Silva, nesta.

¦-ta»--^^^^»*»*»-*^»»*.*.-*'-»»**-*'**^»**»»

Cadeiras e poltronas9 Cadeiras de deputados e

vereadores c poltronas de sena-dor, para a próxima temporadalegislativa, vendo sem luvas, pe-lo Justo preço. Negocio garan-tido. Sigilo e oonflança. Temos

muitos atestados de políticos,agradecendo a eficiência denossos serviços. Cartas, compropostas, para Cabo Elol Toral. —Rua Regente Fetjó 975.

Negocio de ocasião0 Por motivo de remorso, pa-

ra aliviar a conciencia, desfaço-me, por qualquer preço, dianteda primeira oferta, dum velhosofá que tenho em minha resl-dencia e que, nfio sei porque, oconsidero como "o movei docrime". Vêr e tratar com o pro-prletarlo, à rua dos Amores Per-feitos, s. numero.

liscola de Datilografia*§ Ensino rápido e seguro.

Garantimos ótimas colocaçõesàs nossas alunas, quando forembôazlnhas. Da ultima turma de70 alunas que receberam o nos-so diploma, Ja fomos Informa*dos de que, pelo menos, 35 Mcasaram com seus chefes. E des-sas 35 casadas, pelo menos, 5 JAobtiveram desqulte, sendo 1amigáveis e 3 letigtosos. Asseioe prestesa. Mensalidades modt-dicas. Escrevam a maquina, pa-ra Stealo' d' Atilo. — CaixaW.76S.

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awawm waaaw. ¦¦ ^¦¦a^^. <.* animam

NAO VOTARÃO EM POETAS OU MÚSICOS! I

Os candidatos são muitos, mas poucos serão os escolhi-dos. O eleitorado pode ter um baixo nivel de cultura, maaele sabe o que lhe convém. O eleitorado anônimo, muita.-; Te*zes, pode ser semi-analfabeto, mas tem antenas na alma. queo guiam e levam à escolha âo melhor.

O agricultor, o pecuarista, o camponês, em fim, sentem*se desamparados. Assim, o homem do campo não irá votarcertamente num poeta ou num musico para representá-lo naCamara Federal. Entre centenas de candidatos, ele terá a ,intuição de escolher um que seja capaz de lhe arranjar •credito de que tanto necessita para desenvolver a sua lavou*ra e multiplicar o seu rebanho. '

As águas correm para o rio e os rios correm para o mar.O eleitorado rural de São Paulo com certeza, no dia 3 deoutubro, comparecerá à boca da urna para votar no dr. Ma-rino Machado de Oliveira, abalizado técnico em finança*,conhecedor profundo dos nossos problemas econômicos.

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POXCAMA/mmTIMIDEZ

O jovem demasiado ti-mido estava apaixonadopela jovem demasiada ri-ca e não tinha coragemde declarar-lhe amor.Por fim, uma tarde fez-se de homem e pergun-tou-lhe, para começo de.conversa:

Rosita, você é muitorica mesmo?

—- Claro! Tenho umafortuna calculada emdois milhões de cruzei-ros.

Quer casar comigo?Não — foi a respos-

ta ríspida de Rosita.Já sabia disso — de-

clarou ele, dando umsuspiro.

Então, para que per-guntou?Poi, só para saberque sensação se sentequando se perde umafortuna...

w»»v»v»vw .

ConfusãoMoço, que tem esta cer-

veja que está tão turva?A cerveja está muito boa,

cavalheiro, o copo é que estabastante sujo.

y>*-*" *-««^ *

PalApA* 1

TELEFONES: 8-8987 — 8-8988,-r- .8-8989

Um candidato do povo a serviço do povo

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A Manha

VESTllTÜS EiERNOSEduardo PALMERIO

Gosto mais dos ternos velhos que dos novos, poisacho que os velhos ternos, como os velhos amores, senão são mais sedutores, são, pelo menos, mais ter-nos...

Os homens têm a idade de seus ternos. Pelo me-nos, quando estão vestidos.

As mulheres, já um tanto maduras, devem, pa-ra disfarçar, usar vestidos verdes.

O caráter de um homem não está na roupa, mes-mo que ele se vista a caráter.

Neste mundo de hoje, valem os homens queapresentam muita roupa. Mas com as mulheres acon-tece justamente o contrario...

— Porque motivo o Manuel agrediu o alfaiate?— Naturalmente queria fazer um terno com um

eorte... de navalha...

LUTAS COMBINADASUma das inâustrias mais rendosas âa atualida-

de è a âa exploração âas lutas livres. Essas lutas*âo feitas eviâentemente âe combinação entre oslutadores, ficanâo combinaâo que a luta ficara em-patada ou será ganha por um âos contendorescon-forme a torcida âo publico. O importante é que setransfira, âe qualquer forma, o interesse para umasegunda luta, que será âe desempate ou de re-vánche. \

As lutas de combinação para enganar o publicoaue vaga, âevem ser realizadas com absoluta leal-dade de maneira que nenhum âos contendores fi-aue vrejudicado. E' necessário que exista uma ta-leia que regule a âistribuição âe murros e lucros âemodo equitativo e proporcional, tocanâo, por exem-vio 20% âos lucros a quem âer 80% âos murros evonta-pés, e recebenâo 80% âos lucros o que levar,pelas ventas igual proporção âe cachações e âiretosPClaSsê'nflo"houver espirito de lealâaâe entre oseontricantes, vm procurando levar vantagem sobre• outro, os parceiros acabam briganâo a serio e, as-Um, não vale, porque está fora âo que fora combi-uaâo.

• •»••••••••*••••••••• • • 9 • • 9 • • • • • m ¦ >«,««•••»• •_»_B_S_±^3mmmmmmmmmmmmmmmamsm^m

MUITA GARGANTA, MASPOUCO JOGO

DE CENAPlinio, o Doce, é o ar-

tista que melhor tem re-presentaâo, no Brasil, otriste papel âe "Viuvaâe Hitler". Fazendo par-te âo elenco âo P.R.P.{Peritos em Representa-ções âe Pantomimas).Plinio tem se apresenta-dò em publico com âi-versas caracterizações,recebendo, sempre que éreconheciâo pela platéia,as vaias mais retumban-tes âa Historia âo Bra-sil. Plinio, porem, é in-corrigivel. Agora mesmo,em Porto Alegre, ele-mentos populares atira-ram âo alto âe um eâi-fido, numa âas ruasprincipais âa capitalgaúcha, um boneco coma cara âe Plinio e algu-mas galinhas pintaâasâe verde. Essa brinca-deira verificou-se no mo-mento em que Plinio seencontrava no prédiofronteiro, tratando dapropaganda de sua can-diâatura ao Senado \Fe-âeral, prestigiaâo peloP.S.D. (Partiâo SemDireção).

Houve correrias, asso-bios e prisões, mas, no

. frigir âos ovos, foram,afinal, as galinhas quemais sofreram.

CARTEIRA A PROVA DE BALA%A*^>è>*^S**t*^*+U**mmm*'á»*m»m*w*mr

Há tempos recebemos pelo Correio um prós-pecto, procedente de Paris, sugerindo-nos o uso de"carteiras de aço" a prova de bala.

A firma que nos oferecia essa mercadoria,procurando salientar as vantagens decorrentes doseu uso, narrava casos de salvamentos milagrososde uma morte certa, durante a ultima guerra, de-vido ao desvio providencial das balas inimigas, porterem batido e ricocheteado sobre medalhas, re-logios, fivelas de cinto e botões de cuecas.

Baseados no feliz desfecho desses episódios,nos quais interviera apenas o acaso puro e sim-pies. os fabricantes das "carteiras de aço', deramum passo à frente, procurando proteger a vidapreciosa de seus fregueses, vendendo-lhes esse ti-po especial de carteiras, para serem usadas no boi-so interno do lado esquerdo do casaco, garantindo,dessa forma, a integridade de uma região onde osferimentos por bala quase sempre são fatais.

Naturalmente, os inventores das "carteiras deaço" não fazem a menor alusão às possibilidadesdo freguês receber um tiro na testa ou pelas cos-tas ou pelo lado direito ou por todos os lados go-mo acontece a quem se mete num "Bhtzkrieg .

Não acreditamos, por isso, que a fabrica de"carteiras de aço" possa ter um grande sucesso co-mcrcial entre nós. A sua invenção é, sem duvida,muito deficiente e deixa exposto ao perigo das ba-Ias inúmeros pontos vitais .

A mim, pelo menos, não interessa uma cartei-ra desse gênero, para usar do lado esquerdo. E.usou anômalo. Tenho o coração do lado direito.

Alem do mais, nós vivemos aqui numa terrapacifica, onde ninguém dá tiros e, portanto, ascarteiras de aço contra balas não têm nenhumapratica.

Grande benemerencia e formidável êxito obte-ria, entretanto, quem inventasse uma carteiraeon facadas.

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Esta bela jovem éum soprano ligeiro,

que canta a alta velo-cidade, porque se con-venceu, afinal; de queo soprano, quanto maisligeiro, melhor...

Carmem Miranâa nâoteve paciência paraaguarâar as eleições âe3 âe outubro e, por isso,muito antes dei>sa âa,ta,resolveu realizar em LosJLngcles a sii eleiçãoparticular paia a esjo-lha de um mai.do. En-tre inúmeros canâiâatos,

afinal, venceu o pareô oproâutor cinematografi-,,co Daviâ Alfreâo Sebas-tian, que, âessa forma,s§ matrimoniou comCarmem, lua qualidaâede eleito âo seu coraçãoe reconheciâo como otal, pelas autoridades ci"vis e religiosas.

^BHgjaffJy. ^Blt ¦•_ ^^^^|

BflSífl SER UM RAPAZ DIREITO PARA ÍER CREDITO HA EXPOSIÇÃO... EM 10MESES... SEM FIADOS

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ATÉ MARIMBONDO TEM CASA! A Manhi

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Todos os apartamentos de que dispunhamosíoram rapidamente vendidos !

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Brevemente, entretanto, teremos o prazerde apresentar ao publico carioca

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duas monumentais incorporaçõessendo uma no Flamengo e outra na Avenida Atlântica.

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Este é um simples aviso e quem avisa amigo e

SANTOS VAHUSRIJA DA ASSEMBLÉIA, 104 - sala 416 - 4.o andar

Telefones: 42-4369 e 42-9349

RIO DE JANEIRO7 -

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AM"5

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O cargo de vice-presidenteda Republica devia ser aboli-do do nosso quadro admlnis-trativo a bem do sossego na-cional e da moral publica.

O vice-presidente da Repu-blica é um assassino em po-tencial. E' um bandido mas-caiado de bom moço. E' wnconspirador mesquinho e per-manente. E' o Inimigo nume-ro um do excelentíssimo ae-uhor presidente da Republica.

O vice-presidente é aqueledistinto cavalheiro que, comtoda a delicadeza, abre umajanela do Palácio, sob o pce-texto de fazer entra: um pou-co de ar no recinto, mas que,na verdade, está dando umgrito de canalizar «obre oarespeitáveis pulmões do pri-meiro magistrado na naçloum golpe de ar capaz de pro-vocar-lhe uma dessas pneu-monias duplissimas, que redu-zem a pó a própria peniclüna.

O vice-presidente, é aquelemoleque desalmado, que co-loca sorrateiramente na por-ta do banheiro ou no ultimodegrau da escada que leva aodormitório da mais alta au-toridade do pais, uma inocen-te casca de banana, dessas

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que provocam quedas espeta-culares com ruptura da baciae fratura da base do crânio.

E isto tudo se verifica, por-que o que o vice-presidentequer ver é a caveira do pre- .sidente, para assumir, auto-maticamente, o posto mais al-to da Republica.

O vice-presidente da Repu-blica é quem substitui o pre-sidente em seus impedimen-tos e o impedimento melhor,o mais definitivo, categórico •irrevogável, é o caso de mor-te do presidente, porque, en-tio, o vice-presidente o subs-tltui também em caráter de-finltivo e irrevogável.

Assim se compreende, em-bora não se justifique, qual aorigem de todas as malque-renças, intrigas, recalques,futricas e mal-entendidos queseparam constantemente opresidente do vice-presidenteda Republica.

DOIS GOLPISTASCerto cavalheiro per-

dera grande soma de po-quer. Tentando recupe-rar ao menos parte daimportância, disse para oparceiro:

Aposto 20 mil cruzeiroscomo você não está aqui.

O outro pensou umpouco e respondeu:

— Aceito.

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Colocaram as notas so-bre uma mesa e o cava-lheiro começou.

Você está em Reci-fe?

Nào, não estou emRecife.

Você está no Ama-zonas?

Também não.Bem, se você não es-—

tá em Recife nem noAmazonas, deve estar emalgum outro lugar, es-tando em algum outrolugar, não pode estaraqui.

Tem razão — disseo outro. E, rapidamente,pegou o dinjaéiro e guar-dou-o no""bolso.

Espere aí! — excia-mou o cavalheiro. — Euganhei a aposta.

E' certo.Então, passe o di-

nheiro.Escute aqui: você

não disse que eu estavaem outro lugar? Poisbem, se eu estava em ou-tro lugar não poderia es-tar aqui. E, se não estouaqui, de que modo agar-rei o dinheiro?

Equivoco-

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Cédulas:H. BenJ. Constant, 138, 3.0 and.

São Paulo

O Medico — Não posso diag-nosticar o seu caso. Penso quedeve ser bebida.

x O Paciente — Está bem,doutor. Voltarei a seu con-sultorio, logo que tiver cozi-nhado a sua bebedeira.

Mas o pior é que, agora, ospartidos politicos, que têm rea-llzado com relativa facilida-de conchavos e arranjos pa-ra a escolha de candidatos apresidência da Republica, es-tão encontrando barreiras in-transpouiveis para escolher osnomes que devem figurar nasrespectivas chapas como can-didatos à vlce-oresidencia darepublica.

O caso é muito mais com-plicado do que parece, e estáprovocando profundos estre-mecimentos entre os partidos,que se acertaram, em relação

LOUCURASO médico do hospício,

dispôs-se a mostrar o es-tabelecimento a um gru-po de visitantes. Apon-tando um jovem de ar ti-mido, que tomava um ba-nho de sol no jardim,explicou:

— Ali está um dosmeus enfermos. Um ex-celente rapaz. Esse ra-paz~fícõu~doenteH3or_tfir;sido desprezado por umamoça a quem amava lou-camente. Perdeu a lua darazão e hoje se consolaem abraçar uma boneca,que julga ser a moçacom quem ia casar.

Prosseguiu a visita emais adiante apareceuum louco furioso, quecorria para um corredorperseguido de perto pordois enfermeiros. O seuaspecto terrível causoureceio aos visitantes. E omédico habituado ao es-petaculo, explicou:

Esse louco furioso éo que se casou com a an-tiga noiva do outro...

Lua de mel de pauFindos os trabalhos, o juiz

dirigiu-se ao reu:_ Apenas uma semana de

casado e o sr. já deu três so-vas na esposa! Condeno-o a15 dias de prisão.

Mas, sr. Juiz, assim, osr. vai estragar a minha luade mel...

à presidência da Republica,mas que não conseguem che-gar a um acordo em face doscandidatos à vice-presidencla.

E' nessa altura dos aconte-cimentes que surgimos nós,com uma oolsa de gelo ha ca-beca, pensando friamente, pa-ra apresentar não uma for-mula Valadares ou Getullo,mas a formula Flamengo, ca-paz de solucionar devidamen-te a questão.

A formula Flamengo colocaos políticos nas pontas de umdiadema, como diria o sr. Be-nedito do alto das Alterosas:— Ou abolimos o cargo, cor-tando o mal pela raiz ou cria-mos mais dez cargos de vice-presidente para satisfazer atodos. A primeira hipótese es-tá afastada por ser extrema-mente radical e contraria ãindole pacifica do ilustre aris-tocrata que redige tranqüila-

mente estas linhas. Resta as-sün encararmos de pé e defrente a segunda hipótese,que já tem em seu favor aconsagração histórica da pra-tlca.

O popular Clube de Rega-tas e Futebol Flamengo já seviu de uma feita, diante deuma crise perlgosissima queameaçava estraçalhar com to-do o quadro social. Tratava-seda renovação da diretoria enão se entendiam os sócios emrelação ao cargo de vice-pre-sidente. Os candidatos erammuitos e o posto era um só.Foi nesse momento, em quealguém sentiu na cabeça oestalo salvador e lançou aidéia desde logo vitoriosa decriar dez cargos de vice-pre-sidentes para satisfazer asjustas aspirações de todos.

Está ai, em sua essência epureza, a genial formula Fia-mengo. Se querem a paz so-ciai, se consideram perigosasas agitações estéreis, por quenão reformam imediatamen-te a Constituição de maneiraque haja cargos para todos osmembros da familia?

Experimentem criar dez car-gos de vices e verão.

Paulista de 400 dias

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Flores artificiais, com odor naturalEsta senhora é a primei-

ra dama da Mesopotarala,isto é, a primeira dama queteve a coragem da usar umramilhete de hortencias ar-tificiais, cujas pétalas sãoconfeccionadas com peque-nas lâminas de queijo "Ro-ckeford" ou "Camenberg".Nio se pode dizer sem exa-gero qus se trata de umamulher bonita, no sentidohelenico do vocábulo. Mas

também ela se diverte a va-ler com a cara feia que as' outras fazem, quando delase aproximam.¦N*yy*>^A^^^^^^^*y^vv»-^^^»«w*wv^y*v

Palavras asperaslO jacaré, aborrecido com \

a namorada, chegou a di-zer-lhe:

— Vocá hoje está horrível,com essa cara de bolsa desenhora...

[ *» .¦ ¦ —¦ ni.

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+ O BRASIL É UMA REPUBLICA "GENERALIZADA" *fr Moraho

AS SURPRESAS DA ÉPOCAEstamos vivendo, efetivamente, uma

era de surpresas alucinantes.E' conhecidissima a historia daque-

le infeliz automobilista, que, não tendoconseguido vender o seu Ford de bigode,pôs um anuncio no jornal, dizendo que,no dia seguinte, às 7 horas da manhã,ia abandonar o seu veiculo numa deter-minada praça e estava disposto a fazerpresente dele ao primeiro cidadão quese apresentasse. No dia imediato, nahora aprazada, ho local combinado, es-tavam abandonados mais de 500 Fords

de bigode, cujos proprietários tinham a-proveitado o anuncio do malfadado au-tomobilista, para se verem livres dosseus...

Agora, acaba de verificar-se um ca-so annda mais curioso, com um velhocelibatario que pôs um anuncio nas ío-lhas, procurando uma esposa.

Este cidadão recebeu 78 cartas-pro-postas, mas todas de homens e concebi-das, em sua maioria, nestes termosf"Pode dispor da minha"...

PORQUE NÁO LAVA E NÂO PASSA A FERRO0 SEU FIGADO, DEIXANDO-O COMO NOVO?Não seja idiota nem perca seu tempocomprando imediatamente um vidro do

ELIXIR FIGADAL DO DR. SALVADORRECOMENDADO PELOS MAIORES ESPECIALISTAS DO

FIGADO E ANEXOS EM GERALA DE 6 DE JABOTICABAL (S. PAULO) ESCREVE AGRADECIDO (OMITIMOS O

NOME POR MODÉSTIA E DISCREÇÃO)

Jaboticabal, 25 de agosto de 1918.limo. Sr. Dr. Salvador e muitoSse-

nhor meu.Há 20 anos mais bu menos (mais

para mais e não mais para menos) es-te-seu humilde criado vinha padecendode uma forte dor no figado, que ío mi-nando pouco a pouco a minha saúde.Depois de sete anos, este seu criado nãoera o mesmo. Fortes dores me ator-mentavam constantemente; perdi oapetite e uma carteirinha com algunsníqueis; tinha olheiras profundas, joe~lheiras nas calças e manchas de vinhono peito da camisa. Cansado de tomarpilulas, comprimidos e xaropes, decidifazer uma ultima tentativa com o ceie'bre Elixir Figadal, de sua invenção, comtal surpreendente resultado que, comum único vidro, recobrei o bom humor,encontrei a carteirinha com os níqueise mais uma moeda de prata que pensoser dos juros acumulados. Ademais, cr.minha senhora esposa me passou aferro as calças e me lavou a camisa,andando eu agora na ultima moda, comgravata borboleta.

Tanto acredito nos assombrososefeitos do Elixir Figadal do dr. Salva-dor, que, há dias, abri uma lata de"foié gras" bastante deteriorado e.comumas gotas de seu maravilhoso prepase tivesse receiq-saido da fabrica.

Hoje, graças ao dr. Salvador e afigado que dá gosto vê-lo e que constiuns fígados bastante deficientes.

Pelo bem da Humanidade escredesta o uso que achar mais convenien

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L—M Bw; ;;"' Jjfl ^^V"'*fl B§$lfe. jfl lalalatV

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A. de B. de Jaboticabal

rado que pinguei em cima, ficou como

seu milagroso Elixir Figadal, tenho umtui a inveja dos meus amigos que têm

vo-lhe esta carta autorizando-o a fazerte, firmando-me seu agradecido

criado, atento, obrigado(a.) A. de B.

(Omitimos o nome por modéstia e discreção).

"Cem maneiras de preparar o figado"PODEMOS EXIBIR MILHARES DE ATESTADOSCOMO ESTE OU, PELO MENOS, MUITO PARECIDOS

ENVIAMOS GRÁTIS A QUEM NOSSOLICITAR O NOSSO FOLHETO

Olho taii-o comat imitaçõesExija a faixalaranja. com /«'•-ia* azuis.

OS NOSSOS GRANPÍ5 POEfp

LOMBROSIANO MALATESTA

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^Ç —mm$t$Êm-- ¦¦'¦¦V$BB BmB&^ ^»H ...aflB^^jÉHHjpTIcL -»•>- • "S Ht, (B laW

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E' um em.tivo. As suaspoesias se co-façterísam peloindependeu einde caráter. Co-7*ieça rimandomuilo bem, masa certa atlurv,a emoção o tio-mina e a poesia,então, acaba dequalquer jeito.Às vetes escre- $Mve umas Unha»curtinhas, comaquem eslá ectsnomhamlo pa*pel. Mas, de re*pente tambémtoma o bondtda inspiração evai até o fimda linha. Talvezpor isso a suoentrada estejatendo burradana Academia,como já o foitambém em tc~das as oi/ande*gras do pais. ma»isto, agora, iiãopor assuntos deversos, mas porassuntos dtcontrabando,que são bemdiversos. Comoutras sujeirasda sua vida pri*«ada, ruída íí*?nos a ver. Partnós è um pot.ta e ouantobas'ta. E dos me-lhores, comtnós.

. -\

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V%^M^>MtVOLTA AO AMORQuando eu voltar para os teus braçosDepois de ligar, cansado e triste,Todos os pedacinhosDeste grande coração que tu partlste...Quando eu voltar...Quando eu voltar para os teus braços,Depois nunca mais vou te deixar!

OFERENDASEu levarei brincos para tuas orelhasE escovas de dentes para pentear tuas sobrancelhas!Levarei colares de pérolas mineiras,Para enfeitar teu pescoço de cegonha!E levarei panelas para a tua cozinha '¦/E garfos com muitos dentes para a tua mesa!E levarei palitos portugueses,Para limpar as panelas de teus dentes!E levarei lenços de cambraia,Para assoar as cometas de teu nariz!E eu te darei um beijinho na testa e tu serás feliz!Enquanto lá fora a garoa cai docemente sobre as flores,Como Dante Alighieri nos braços de Beatriz!...

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A arte pura tem que ser vi-«ta. A própria "natureza mor-Ia" tem que ter movimento,movimento característico deeoisa sem vida, que não se mo-Va muito ou, ainda melhor, quetenha um movimento parado.Esta é a opinião sincera dogrande escultor americano#ohn Magal Hans, natural deBaint Joseph of Anta's River• que, devidamente traduzidopnra lingua de gente quer di-aer que o artista se chamaBnesmo João Magalhães, nojauro, e nasceu ali em São Jo-sé do Rio das Antas, sendopois verdade que é americano,embora americano do sul, o«pie talvez não seja muito re-

comendavel. Aqui vemo-lo emseu atelier, apresentando eprocurando vender a duas mi-lionarias do riso, Alva Rengae Ran China, o seu ultimo tra-balho intitulado "O Bassé",que está revolucionando asartes plásticas. O" cão está vi-vo, mas não pode fugir do pe-destal, porque está colado comum visgo especial. Todo,o tra-balho do artista, aliás, se re-

sume nessa colagem, que tan-to pode ser sobre madeira,mármore ou galalite, fingindoartigo americano, o que, com aassinatura de Magal Hans per-mi te cobrar em dólares nomercado negro. O artista as-sim procede não por desones-tidade, mas porque verificouque os nossos patrícios prefe-rem os artigos estrangeiros eele, naturalmente com sua

sensibilidade de artista, nãoquer contrariar os seus patri-cios. As obras de John Ma-gal Hans não têm duraçãogarantida. Duram enquantoviver o bichinho e o bichi-nho durará de acordo com otratamento que lhe dispensa-rem. Para efeitos fiscais, asesculturas vivas de John Ma-gal Hans não são faturadascomo "artigos de luxo" mas«como "gêneros perecíveis', oque é também outra novidade.O artista aceita encomendasde estatuas e outros monu-mentos de animais domesti-cos. As. estatuetas de gatossão mais caras, pois custammais a posar e arranham mui-to a gente.

CURIOSIDADESO pão, quanto mais

quente, mais fresco.•- A carne verde, quan-

do está verde, não pres-ta. A carne verde só éboa, quando está verme-lha. A carne branca, damesma forma, se estiverpreta, é porque está es-tragada. A carne bran^ca é boa quando estácôr de rosa.

•Os moveis modernos

de jacarandá são fabri-cados com pinho do Pa-raná pintado de preto,

MAIS TARDEAntes da execução do

réu, o diretor da peni-tenciaria norte-america-na foi visitá-lo, de açor-do com a tradição, e ofe-receu-lhe um cálice deuísque puro.Tome um trago pa-ra reanimar-se.

Que é isso? — per-guntou o condenado, er-guendo a cabeça.

Um uísque excelen-te, capaz de ressuscitarum morto — informou odiretor, com ênfase.

E o reu, com um bri-lho de esperança nosolhos:

Então me dê um go-le logo depois da exe-cução...

******V^^^%'*V

O guarda-chuva é umabengala de batina.

Emilio de Menezes

IMPOSTOR LEILÕES DE QUADROSDe passagem pela Sui

ça. Paderewski, certa vez,foi procurado pelo donodo hotel onde se hospe-dava. Disse-lhe o homemque estava em grandeapuro: — o pianista dema orquestra adoecera,de repente. E acrescen-tou:

Vim convida-lo pa-»a ocupar o lugar delepor alguns dias.

Sinto muito — des-•Mlpou-se Paderewski —mas não sei tocar musi-•as ligeiras...

O hoteleiro levantou-¦e indignado e, com pro-•undo despreso, pergun-tou a Paderewski:

Então, se não sabetocar, por que se faz pas-•ar por pianista?

***** ** "-m^a**<*m*v^ét^^^*v^^v^

Três coisas eu amo esprecio no mundo: oflinhelro, o vinho e aHoria. Oom o dinheiro•v compro o vinho; eomo vinho desperto a mi-*ha inspiração; e com* inspiração ganho aHoria!

Ontem dc tarde, na rua Sâo José, reali-sava-se u?» leilão de quadros.

O leiloeiro corria o martelo com energia,vendendo pelo maior lance as telas que esta-vam expostas.

— Aqui está um maravilhoso trabalho dearte, no qual nâo se sabe o que admirar, se abeleza do colorido ou a esquisita sensibilidadedo pintor. E' pena que esta preciosa tela, ver-dadeira obra-prima, digna de figurar numagaleria de mestres, não tenha a assinatura doseu autor. Quanto dão, senhores, pela pre-ciosa tela do pintor anônimo?

Cem cruzeirosiDuzentos!Quinhentos!

E de lance em lance, o quadro, afinal foivendido por dois mil cruzeiros.

"AIMAHHAQVÉ"ou"Almanaque i'A MAMA"

p*n 1M9 e adJ«oenolMVerdadeira preciosidade MUiof raHcaTemot poucm nunwoa - Preo» Ori 40,00

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_0 leiloeiro entusiasmado com o sucesso davenda e, para não deixar esfriar o negocio,apontando para outro quadro na parede prós-seguiu:.

— Senhores, vamos agora torrar esta te-la do mesmo autor...

Sensacional descobertaNos Estados Unidos estão emprestando

uma grande importância à descoberta de umfuncionário do Departamento do Comercio,âe Washington, que inventou um aparelho deextrema sensibilidade, capaz de localizar ummilionesimo de grama de radio, à distanciade um metro.

Pois isso aqui não é admiração nenhuma.No Brasil, qualquer pessoa que nâo seja to-talmente surda, sem auxilio de aparelho dequalquer espécie, é capaz de localizar umradio, a mais de um quilômetro de distancia,tal é o berreiro que armam essas maquinasinfernais.

GRAÇAS RECEBIDAS.Recebemos muitas graças duran-

te a ultima semana, mas nüo as pu-blicamos por falta absoluta de es-paço.

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GRÁTISVenha buscar parao seu filho a cader-neta acima, insere-vendo-o no Clubedo Kangurú-Mi-rim, que o BNIcriou, com o obje-tivo de colaborarcom os pais na edu-cação das crianças.

CLIBE DO

Banco Nacional Imobiliário S. ¦.Seis Contrai: R. ilw« hitufc. 72 - MM*'Hostil ris trss: a» r. num, li ti • th mi jiIHselililsqBars*i.ii»M«ifi.iii-Tii./)*Mlilncli Paraíso: R.r*im. tis • \%\. mulilscli l Ms: »».$. Jui, ma • tu. a naIfSKltnshsIrsi: Ru tnhk hw*«. "«Arco Artusi obsi

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AS SURPRESAS DA CAMPANHA ELEIEste arrotativo recebe, inesperadamente,a movimentada visita dos quatro maiorais^

Aqueles senhores queentraram falando baixi-nho e com ar de muitorespeito em nossa re-dacão, atrairam desdelogo a atenção dos re-porteres de policia queestavam de plantão. Umdeles chegou mesmo amurmurar:

Estas caras não mesão estranhas. Não seionde vi estes tipos..

O continuo motoriza'lo..que, nas horas vagas,procura descobrir o no-to-continuo, d e s 1 i zoucom sua "patinette" atéa frente dos visitantes eperguntou-lhes o que de-sejavam.

Nós queremos --disse o mais baixinho detodos — ser entrevista-dos pelo diretor destequinta-ferino.Hoje não é possível,cavalheiros. Ele embar-cou, esta madrugada noseu novo avião de pro-pulsão a jacto para Lon-dres, onde foi almoçarcom o ministro Bevin esó voltará à noite.

E' pena, porquetambem nós temos queviajar, em propagandaeleitoral, e não podere-

mos voltar. Em todo ca-so, nós queremos do-cumentar a nossa nisto-rica visita a este grandeórgão, tirando uma foto-grafia para a posterida-de.

Está certo — diznuma falsa atitude dearistocrata britânico umredator que se aproximado grupo, com cara dequem quer fazer um sa-bado inglês. — Tira-se afotografia, mas é precisosaber quem os apresen-ta nesta casa.

Eu, Ademar, apre-sento — respondeu ener-gicamente um dos visi-tantes, já com o narizbastante vermelho.

E eu apoio — acres-centou, alto, o baixinho.

Os outros dois, então,em coro, dando um pas-so de "ballet" à frente,disseram, cantando:

E nós, Garcez eSalzano, esperamos queo povo nos elegerá.

Foi a conta. Eram osquatro coringas sem oaz, que estão trabalhan-do em teatros e praçaspublicas do país, sob afirma G-G S.A. (Getu-lio, Garcez, Salzano,

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Os "quatro grandes", sem eõringa, quando, por um momento, lm\

A dupla G-G, numa pose especial para a nossa folha

Ademar) e que se acha-vam ali, organizando empoucos minutos, um mo-vimentado "show" elei-toral.

O nosso fotografo, demaquina em punho, ba-teu palmas e pediu aoshospedes que se dispu-sessem em linha e qüe:

l.o —- Fizessem um es-forço para fazer, por uminstante, um ar inteli-gente;

2.o — Ficassem todosfirmes, porque da firme-za dependia a vitoria; e

3o _ Olhassem fixa-mente para a objetiva,por que, nesse momento,ia sair um avião da Vasp.

Depois de batida achapa, todos foram pa-ra o luxuoso restauran-te da nossa empresa, on-de se servem os maisgostosos pratos já combicarbonato. Aí o nossofotografo, ebrio de satis-facão, por estar objeti-vando tão altos persona-gens, fez questão de ti-rar um retrato isoladoda dupla G-G (Getúlio-Garcez) o qual vai re-

produzindo em outro lu- votogar desta pagina. mu

Terminada a exibição,os "Quatro Coringas"foram acompanhados atéà porta pelo pessoal dacasa. O nosso continuofechou a porta do auto-movei dos maiorais e

19

êíAmLym

Calma tí naAquele cavalheiro sal»

rores a respeito de sua honnfnão se preocupava com es««<que dizia que nada daquilo"maldizentes era verdade. &imperturbável, entretanto, ncigrande nervosismo, quando •"¦guem pudesse um dia come*#mas pequenas verdades a ta*

GRANDEPREMÍO

CATETE

Aproxima-se odia da disputado Grande Pre-mio Catete" no \Hipodromo Na-cional. Aqui da-to geral da pis-mos um aspec-ta, apanhadopor ocasião deum ensaio ge-rai. Qual seráo vencedor?

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o trabalho,

B nãoApenas

da Repu-ifinca e a

de Sãosenatoria

Jeral...

izíam hor-dade, maamos, por-&lavam os

calmo elido de umra qne al-¦alar algu-

São milhares os can-didatos que estão con-correndo às eleições de3 de outubro. E qual-quer observador serenoverifica, em seguida,que, sendo poucos os lu-gares, no fim, vão sé ve-rificar trágicas desilu-soes dos que ficarão detora.

Com o caridoso intui-to de ev tar tais dissabó-res, .-Hinos aqui sugeriruma formula capaz depoupa*: aborrecimentos,senão a todos, pelo me-nos a um gronde nume-ro dos que estão conde-nados a sobrar na apu-ração do pleito.

Para melhor compre-ensão, vamos começarexplicando que a Cama-ra dos Vereadores doDistrito Federal, porexemplo, dispõe de 59cadeiras e, no entanto,estão se apresentandomais de mil candidatosa esses lugares. A As-sembléia do Estado deSão Paulo, por sua vez,conta 75 poltronas, masos candidatos a essas 75poltronas contam-se àscentenas^

E' evidente que, de-pois da eleição, vão so-

PROMULGARConsta que um depu-

tado paulista, auxiliarda acusação num júrirealizado no interiorsaiu-se com esta:

O réu sancionou,impiedosamente, a caro-tida da vitima.

O advogátTo de defe-sa, para fazer blague:

V. ex. quer dizer i.que o réu promulgou acarótida?

E o ilustre parlamen-tar:

Exatamente.

brar centenas de candi-datos frustrados queforam ludibriados etraidos pelos eleitoresmercenários, que come-ram a isca e fizeram su-jeira no anzol.

Para evitar o desen-canto desses elementosderrotados, jiós lembra-mos a adoção da "for-mula ônibus" ou "para

todos", a qual consisteem se criar uma lei ime-diatamente, segundo aqual, alem dos lugaressentados, sejam admiti-dos, como nos ônibus,um certo numero depassageiros em pé. As-sim, a Camara Federalcontaria com 450 depu-tados sentados e mais900 em pé.

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Mesmo assim sobra-riam muitos candidatos.A lei tambem os prote-geria, mandando que seorganizassem em filaesperando a vez. Sempreque se verificasse umavaga, por motivo de re-nuncia, falecimento ouexpulsão de um dosmembros sentados, a suavaga seria preenchidapor um em pé, dandolugar à entrada no re-cinto de um dós que es-tão na fila do lado defora. Desta maneira, se-ria possivel o aproveita-mento de quase todos se-não da totalidade doscandidatos, embora fi-cassem fatigadissimos nodesempenho de seu man-dato. E o povo poderiater a certeza de que osencontraria sempre depé, em seus postos, comoconvém aos homens debem, esperando a horado subsidio, como fazemos salafrários.

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PARA QUE TANTO LUXO?Agora que seu filho

vai à escola, porque nãolhe compra uma enciclo-pedia?Ora, para que? Elevai mesmo a pé...

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TRABALHO E REPOUSOO famoso escritor vas-

co Pio Baroja estava sen-tado no saguão de sua ca-sa, os olhos perdidos nofirmãmente, planejandoos contornos de seu pro-ximo livro. Ne sa ocasião,um camponês que se di-rigia às lides cotidianaspassou pelo escritor eperguntou:

Descansando, DomPio?

Não, amigo: traba-lhando.

Depois de um dia in-tenso de trabalho, PioBaroja escreveu dois ca-pitulos de seu livro. Aoentardecer, porem, foiarrancar com uma enxa-da as ervas daninhas queenfeiavam o seu jardim.

O camponês, que tam-bem labutara o dia in-teiro, ao voltar para ca-sa, encontrou o escritormanejando a enxada eperguntou:Trabalhando, DomPio?

Não, amigo, des-cansando.

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10 * FAMÍLIA? SÓ A SAGRADA, MAS NA PAREDE PENDURADA -fr A Manha

&t**Jt*$ÍB't'^ITUDO PETA VITORIADOS CANDIDATOS DE PRESTES!

x-a-

À CAMARA FEDERALDIOGENES ARRUDA CAMARADiscipulo fiel de Prestes, dotado de invulgar energia e capacidade de tra-balho e organização. Diogenes Arruda, que pela sua combatividade conquis-tou um posto de comandante revolucionário, é uma bandeira e motivo deorgulho para os comunistas e todos os trabalhadores brasileiros. São Pau-lo o manterá na Câmara Federal, assegurando uma tribuna de combate

para a FRENTE DEMOCRÁTICA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL.PEDRO POMARVem sustentando a bandeira de Prestes na Câmara Federal, desmasca-rando o governo de traição nacional de Dutra, lutando pela terra paraos camponeses, erguendo sua voz de patriota para denunciar os crimesda ditadura, usando a tribuna parlamentar para apontar ao nosso povoo caminho da organização e da luta. Representou nossa pátria no Con-gresso Continental Pela Paz, realizado na cidade do México. Pomar édiretor da gloriosa e quetída "Imprensa Popular". São Paulo o elegeráoutra ves, para que desfralde na Câmara a bandeira da Frente Demo-cratica de Libertação Nacional.

J. VILANOVA ARTTGASJovem arquiteto e professor. Lutador anti-imperialista desde os bancosacadêmicos.REINALDO MACHADOMedico e vereador de Prestes em Marilia. Participou do Congresso dosCamponeses em Santo Anastácio e da resistência oferecida pelos cam-poneses ao assalto dos beleguins de Ademar.

JOÃO BELINI BURZA . '""YY:,Medico. Lider da Associação Unitária dos Funcionários Publicos e Au-tarquicos. Entre outras lutas, destaca-se pelo implacável desmascaramen-to do policlalismo ademarista no Hospital das Clinicas.

RIVADAVIA MENDONÇA ....Advogado e jornalista. Sempre a serviço da classe operaria, participouda direção das vitoriosas greves nacionais dos bancários em 34 e 46.

ANTÔNIO VIEIRA í>Comerciario. Vereador de Prestes em Franca.

RAMIRO LUCHESI Y, _ , ,Ferroviário da Paulista. Vereador de Prestes em Campinas. Destacadodirigente sindical, demitido da Paulista pela participação na luta pelosCr$ 500,00 de aumento.

PAULO SAMPAIOMedico, vereador de Prestes em Amparo.

ANTÔNIO GODÓI DUARTE ririOperário metalúrgico, dirigente sindical, despedido da General Motorspor denunciar a atuação dos militares americanos que dirigem aquelecentro de espionagem e fabricação de material de guerra dos americanos.ORLY ANDREZZO ,. , ,Dirigente sindical, lider dos trabalhadores do comercio hoteleiro, dele-gado no II Congresso Sindical Mundial em Milão, dirigente da UniãoGeral dos Trabalhadores de São Paulo.

1

Diligente sindical, varias vezes preso pela ges-ROLANDO FRATIOperário em cerâmica,tapo de Ademar.

JOSÉ JOAQUIM SANTANA . . J. .Lider dos trabalhadores do setor de bebidas pelas reivindicações e a li-berdade sindical. Foi um dos lutadores das manifestações contra os es-piões Kennan e Miller em São Paulo.

TRINDADE SANCHES DE ARAÚJOTeceiã. Participou de varias greves.

ELISA BRANCO ,. . _ .. „ ¦ ¦Lider feminina. Participou de vários choques com a policia. Esta ptesanas masmorras de Ademar por manifestar-se contra o envio de soldadosbrasileiros para a Coréia.

OFÉLIA DO AMARAL BOTELHOProfessora. Vereadora de Prestes em Tanabi.

SALVADORA LOPES PERESTeceiã. Dirigente grevista, comandou uma greve vitoriosa de 33 dias naTecelagem Santa Maria, em Sorocaba.

FRANCISCO RAMIRESFerroviário, dirigiu a greve pelo 209 e o abono de Natal, em Botucatú, -onde é vereador de Prestes.

JOSÉ MARIA DO NASCIMENTOFerroviário, vereador de Prestes em Lins.

OMAR CATUNDA ' Y ¦ ; YProfessor na Faculdade de Filosofia. Lutador anti-imperiausta. Hderda luta contra a entrega do petróleo aos americanos.

FAUSTINA BONIMANI L. ¦.Teceiã. Dirigente da Comissão Municipal Têxtil, na luta contra a assi-duidade total e pelo pagamento dos 40% de aumento.

ANTÔNIO DE LUNA YMedico em Lins. Vaijyas vezes preso e processado por Dutra e Ademarpor sua participação nas lutas do povo.SEBASTIÃO DINART DOS SANTOSCamponês. Um dos campeões da campanha de assinaturas em apoio aoApelode Estocolmo. Lider dos camponeses de Tanabi e Monte Aprazível.

À ASSEMBLÉIA ESTADUALANTÔNIO DONOSO VIDALLutador anti-fascista desde a juventude. Como militar, tomou parte nomovimento da ANL, em 1935. E' um dos sobreviventes do massacre dopresidio de "Maria Zelia".

PEDRO ALVES DE OLIVEIRATrabalhou na Light, onde foi perseguido pela sua atuação em defesa dasreivindicações dos trabalhadores. ' Desmascarou a policia como assassinade Malvoni.

JOSÉ DA SILVA GUERRAMedico dos trabalhadores pobres da cidade e do campo, em PresidenteBernardes. Vereador. Fez da tribuna um posto de combate por pão pa-ra o povo e terra para os camponeses. --..

ADAMASTQR FERNANDESFerroviário da Paulista. Organizador e participante da vigorosa jor na-da pela paz, realizada em Bauru, no ano passado. Vereador à Câmara Mu-nicipal de Jundiai.

MASSILON BUENOLider querido dos ferroviários da Sorocabana. Tem sustentado uma lu-ta titanica contra todos os inimigos dos ferroviários, pelo aumento da1.000 cruzeiros.

RUI BARBOSA CARDOSO — .Lider do funcionalismo publico. Na defesa de suas reivindicações foi pre-so mais de uma vez, pela policia de Ademar.Técnico em economia e jornalista do povo.

MARIANO TAVARES DIASLider camponês da São Paulo-Goiás. Tem dirigido com tenacidade aelutas dos seus companheiros pela terra e contra a policia de Ademar.WALDEMAR BERNARDES FONSECALutador anti-fascista. Lider popular na região de Jaboticabal. onde temtido destacada atuação em defesa da paz, das liberdades e das riquezasminerais do Brasil.

ARMANDO FERREmA DOS SANTOSLider ferroviário da Paulista. Em janeiro de 1948 dirigiu a greve de Tria-gem, durante a qual os trabalhadores tiveram de entrar em choques vio-lentos com a policia.ANTÔNIO CHAMORROJovem dirigente operário, conduziu até à vitoria greves dos trabalha-dores da "FabriGa Santa Lúcia" e do "Lanificio Mirtess". Delegado aoCongresso da CTAL, em Montevidéu.

GERALDO RODRIGUES DOS SANTOSLider portuário de Santos. Participou da organização e realização doboicote aos navios de Franco. Delegado santista ao n Congresso da Fe-deração Sindical Mundial.

¦¦.,.«** -,..

SEVERINO VICENTE DA SILVAUm dos fundadores da ATTUSP, liderou a ultima greve dos trabalha-dores de ônibus. Encontra-se encarcerado. Foi preso numa manifes-tação pró-paz.ANTÔNIO MARTINILider ferroviário de Sorocaba, despedido pela direção da E. F. Soroca-bana, em conseqüência dc sua firme atuação na defesa das reivindica-ções dos seus companheiros.

MARIO LAGO ' •Radialista. Compositor popular. Lutador anti-fascista e anti-impenalis-ta, desde a juventude. Destacado participante da campanha contra aarma atômica.

AMÉRICO GOMES NOVÔA.Lider dos motoristas de São Paulo. Um dos organizadores da grandegreve vitoriosa dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus, em prin-cipio de 1946.

AFONSO LIGUORIComerciario. Ativo lutador em defesa das reivindicações dos seus com-panheiros.DAVID ROSENBERGProfessor da Escola Paulista de Medicina. Foi um dos combatentes dagreve dos médicos e engenheiros funcionários publicos, pela equiparaçãode vencimentos.

PELA VITORIA REVOLUCIONARIA DO PROGRAMA DAFRENTE DEMOCRÁTICA DE LIBERTAÇÃO NACIONALOs candidatos de Prestes, à Câmara Federal e à Assembléia

Estadual, registrados sob a legenda do PST, apresentam-se diantedo nosso povo com o programa de 9 pontos lançado pelo Cavaleiroda Esperança no Manifesto de l.o de agosto de 1950.

Tudo deve ser feito pela vitoria dos candidatos da FRENTE

DEMOCRÁTICA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL."Mas o essencial — como ensina Prestes — é saber aproveitara atual campanha eleitoral para organizar o povo, esclarecê-lo,alertá-lo diante dos perigos que o ameaçam e levá-lo à luta".

Nos postos a que forem alçados, os candidatos de Prestes prós-seguirão, com energia redobrada, na luta pela vitoria revoluciona-ria do programa da FRENTE DEMOCRÁTICA DE LIBERTAÇÃONACIONAL.

?W**s»«««««**x^^

!

GRANDE COMÍCIO dos CANDIDATOS § PRESTESNo próximo dia 16. ÀS 20 HORAS, NO LARGO T DK SETEMBRO, terá lugar um grande comício de lançamento

publico doê CANDIDATOS DE PRESTES k CAMARA FEDERAL e à Assembléia Legislativa Estadual pelaFRENTE DEMOCRÁTICA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL

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A Manha * O JAVALI É UM PORCO MAL EDUCADO *fr

ADMIRÁVEL SANGUE-FRIOCom passo firme, o fre-

guês entrou no luxuososalão de barbeiro. Tirouo colarinho e a gravatae logo ocupou a cadeiraque lhe havia indicado,com gentil ademane, ooficial que deveria aten-dê-lo.

Que vai ser, cava-lheiro? — perguntou obarbeiro.

Quero fazer a bar-ba. Mas quero-a bem fei-ta; muito bem feita —pediu o cavalheiro; —escute, porem, o que lhevou dizer: não gosto queme façam cortes na carae exijo que as duas bo-chechas fiquem bem cs-canhoadas. Mas não pos-so tolerar um talhinho,por mais insignificanteque seja.

Não so preocupe,senhor — c ncordou ooficial.

Ouça-me, — prós-seguiu o cliente — se mefaz a barba bem dou-lhevinte cruzeiros. Mas sechega a me dav um ta-

lhinho ou um arranhão-zinho que seja, terá quesofrer as conseqüências...

As conseqüências?perguntou o barbeiro in-trigado.

O senhor fez um sinalde afirmação com a ca-beca e, extraindo do boi-so posterior da calça umaimponente pistola auto-matica, mostrou-a aobarbeiro.

Estas são as conse-quencias... Pespego-lhequatro tiros e faço-lhesaltar a tampa dos mio-Ios. Entendido?

Entendido — repe-tiu o barbeiro.

Nunca Jamais em tem-po algum foi tão bembarbeado um ser huma-no como este bom senhor.O barbeiro deu-lhe duaspassadas e deixou-lhe apele macia como seda. Osenhor examinou ambasas faces, passou as mãosna cara para verificarcomo tinha ficado e emseguida se levantou dacadeira sorridente e sa-tisfeito.

Magnífico!... — ex-clamou.

E, cumprindo a suapromessa, entregou osvinte cruzeiros combina-dos ao barbeiro, que osrecebeu com um amávelsorriso comercial.

Fez-me a barba admi-ravelmeme — confirmouo senhor, enquanto davao nó na gravata. — Masa minha ameaça e a mi-nha pistola automáticanão lhe fizeram tremero pulso?

De nenhuma ma-neira. Estava até muitotranqüilo, embora vigi-lante — replicou o bar-beiro. — Se tivesse a in-felicidade de dar-lhe umpequeno talho que fosse,então, não teria duvidas,imediatamente lhe dariaum golpe de navalha nacarótida...

O freguês ficou muitopálido e retirou-se apal-pando a pistola e olhan-do alarmado para trás».

0 GRANFINO SORTEADO QUER | 2UMA FARDA SOB MEDIDA

Guarde bem:é esta a 1

^^ '•*','"*h-inú VA. L^,W ^ffÉmt^

3 «^ T

CHAPAJTORIA!Para Vice-Pret-ldente da República:

Viiotim freirePara Governador de Sâo Paulo:

Iludo BorgkiPara Vico-Governad<ir:_

•iíali&aJVoflueiraPara Stnador da República:

JWipul Jkiúe

Para Suplente de Senador:

OuaracH Süreira

CANDIDATOS DA COUÜk«.. PN-Pin-FST

Oíeâtf^awjwwi,Um dia, uma astuta

raposa, com o baixointuito de armar umaintrigazinha e aomesmo tempo paranão perder a magni-fica oportunidade defazer uma feia baju-lação, chegou-se a umvelho e respeitávelleão, que estava dei-tado à sombra deuma arvore, e disse-lhe em voz baixa:

Perdoe VossaMajestade, mas eunão posso deixar delevar ao vosso alto co-nhecímento que indi-viduos sem o menorescrúpulo andam porai a propalar que ohomem é o rei dacriação... -

O sisudo leão, semperder o ar de augus-ta dignidade, pergun-tou, então, à raposa:

Mas quem foi quedisse isso?

E a raposa, intima-da, assim, a se ex-plicar, respondeu:

— O homem...* -

Esta historia é du-piamente idiota:

1) — Porque todo omundo sabe que nema raposa nem o leãosão capazes de dizeruma palavra e muito

menos de manter umapalestra.

2) — Forque todo omundo pensa que setrata de uma fábula,quando na realidade,não passa de um sim-pies problema a resol-ver. *

E o problema con-siste em saber-se:

a) — Quem é a ra-posa?

b) — Quem é oleão?

»>. S. — Aqueles

que souberem res-ponder com precisão,não precisam man-dar-me a solução.Guardem-na para sie procurem tirar omáximo proveito.

E verão que é jus-lamente nisso que es-tá a imoralidade destahistoria, que, afinal,não se sabe se é pen-samento ou anedo-^ta...

L lm%uJr.-^\\ f

l-^iiPri*^''' *^- ..--.*..«> »»»AAAAA^AAAAAA.

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II + QUANTO MAIS SE CONTRAEM ASDIN^A Manha

TURFISTA1 O PREÇO DA CAPA Q MATUTO MINEIRO

.•*. *_ «aiMfttMAnfn *I*1EI. ¦

não é só gg»tar de ir aos cavalinhos ...

Ser turfistt é, ante» de mais nada, gostardo cavalo.

Dê, pois, uma segura demonstração de seu

apreço pelos "racers*, que se empenham em

empolgantes competições nas pistas, indo à

EXPOSIÇÃO E LEILÃODE

Pefros paulistas e paranaenses de 2 anos

que, sob o patrocínio do "Jockey Club",

se realizarão de 22 a 30 do corrente no

HIPODROMO DE CIDADE JARDIM

Grande movimento nacasa de roupas usadas.Aproxima-se um rapaz,com uma capa na mão,e pergunta ao dono> doestabelecimento:

Quanto vale esta ca-pa>

O comerciante olhou-acom indiferença e dis-se:

->- Vinte cruzeiros, nomáximo!

Vinte cruzeiros? Só?Nâo é possivex. Nova es-tá sendo vendida a qua-trocentos cruzeiros.

Não me interessa —Insistiu o comerciante.— Para mim vale só vin-te cruzeiros. Nem umcentavo mais. Se o se-nhor çtuer vende-la...

O rapaz interrompeu:Nâo, quero compra-

la.O comerciante arrega-

lou os olhos e teve umasincope.

O CASO DO CHAPÉUPor que usas um

chapéu tão velho, Mario?Porque minha mu-

Iher declarou que só sai-rá comigo quando eu an-dar com um chapéu no-

¦ vo...

Pequeno conto de

URBANO DUARTENeste mundo há mui-

ta gente finória, sagaz_emanhosa; porem, naocreio que ninguém levevantagem neste ponto aocampônlo dos. sertões deMinas. O tabaréu minei-ro-, com os seus ares sim-plorios e ingênuos, é umacriatura capaz, de "enga-zopar" até o Figaro deBeaumarchais.

Ele, porém, é "inimbru-lhavel", invencível emfinura, e quem se metera embaí-lo com ardis eciladas, pode contar como arrependimento.

Note-se que o matutode Minas è homem hon-rado e cumpridor da suapalavra, quando tratacom gente que faz o mes-mo, Porém, desde quedesconfie do "cristão", aimeu Deus! Quebra o cor-po manhosamente e põe-se em guarda, como quemdiz aos seus botões: "En-tão vosmecê está coidan-do que eu sou algum pa-teta"?

O seu semblante nada"demonstra; continua asorrir com ares inocen-tes pitando o seu cigar-ro. E a cada léria ou ba*

leia que o outro pretendeimpingir-lhe, o matutode hipócrita credulidade:responde com um gesto

— Apois, heim? Oraveja vosmecê"!

Quando se pensa que oroceiro está "cantado",ele sai-se com uma refi-nada astucia, lenta e ma-duramente combinada,que nos deixa de orelhasem pé e queixo caido.

Lembro-me de umapartida que se deu comum caipira lá para asbandas de Paracatú.

Como todo mineiro dagema, este não era lámuito amigo dos pro-gressos e não gostava deestradas de ferro,

Tendo-se construidouma ferrovia em sua pro-vincia, o homem torceu-lhe o nariz e protestouiamais embarcar em se-melhante "trapizonga".E durante muitos anoscontinuou a viajar noseu burrico, pelas suasestradinhas, fazendo omeio dia para comer àbeira d'agua o seu "tutucom torresmos", arman-do a rede em dois pés deárvores, "quentando" fo-go e contando anedotasdo tempo do "quórenta edois". * * *

m O agente de uma esta-

O ESPIRRO QUE DERRUBOU O MADRUGADOR *

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cão férrea procurava se-duzí-lo e catequizá-lo,demonstrando-1; h e emcomo a viagem pelo tremera mais rápida, baratae cômoda.

Porém, o matuto não seconvencia.

Um dia, contudo, temurgência de chegar a cer-tá cidade e vê que a ca-valo não o poderia fazer.Vai à estação e pergun-ta quanto custa o bilhe-te. O agente regozija-se.

— Ora, até que afinalconvenceu-se, heim?

Não, senhor; euquero saber quanto eus-ta o bilhete para um bur-ro--

Para um burro?!Sim, seu compadre.

O agente consulta a ta-bela e diz:

_ Treze mil e trezen-tos.

Então, dê-me um.* » *

Vendido o bilhete, omuar foi metido dentro dovagão próprio, e o donotanfoem entrou, na oca-sião*em que o comboio sepunha em movimento.

Então — grita oagente —«*> senhor nãosalta?

—Não senhor, eu tam-bem vou.

Como assim? Naocomprou bilhete!

O matuto meteu o péno estribo, montou noanimal e gritou muitoancho, quando o carrojá saia da estação:

Eu vou a cavalo!

A DIFERENÇAA diferença que há entre

um aviador e um fabricanteder explosivos é esta: o avia-dor, estando no ar, corre operigo de cair ao solo; o fa-bricante de explosivos, es-tando em terra, corre o pe-rigo de voar pelos ares...

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A Manha

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SHAKESPEÂREANA«NI

EM PLENA ERA ,mmmmmmm\£Zfâ~t8£mmf&z,B3*^ •¦• "V tUt'V-f1'l-'* y JBBM8E8MMBBBWBMWMMWIWWBBWWP<MWMWia^WBIMBa^BB^iB«ig >ragiy.-. -__fc^_____! ______[ BI w^______i fr^»s»«!&»B81lBgli&^j^^ • M^jJJKjffiff .T^S-ffBKff^gJg?. -atam s^j^j^BB^BlS^^Sf * .yWS. £^^^ '<BflRl%il^ HlâÉ^Í&r". • IHKí _^^P- r^i^ fP^PragFl.ffi^ ^^I^hB^^^^^BHÍ^^m8B^«<«BBP^^^B^^^B I :*fiIH WT*lM^^B^^^^^^^^^^BfcMBl3Bffl!BE ¦^BWBr-S^B^EljBira?- • ' '_. '&^M%mVmmmmWSmW^mmmWÍmm^m^mmmm%\mmmmmmmmmmmm\ .'--

1 WÈÊÈiWÈmWmW*E'\^ ByãSfe_L. r V'V''' i '-^^^^^BmMÉfiKp^' -• -'^^^^r^^M-aSm^n^V-^^^^^^^^^^^Bl'

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W^é^^^^m^^^^mmm WÊ&í\W?'$ ¦ ^ ' ^ 'V^i?*!r^

1\ 1"E quando a navegação aérea estiver tão desenvolvida que

os atuais panos encerados dos aerostatos sejam substituidos pdosmetais de aluminio e seus compostos nos aeroplanos; quando ascasas mais altas das grandes cidades não tiverem mais telhados,mas forem cobertas por soteias de aterrissagem; nesse dia, então,minhas senhoras e meus senhores, 06 elevadores serão clesoe-dores!"

(Trecho dum discurso pronunciado no principio deste século, logo depois queSantos Dumont contornou a Torre Eifel, em seu "Demoiselle"'-. Estas palavrasforam articuladas, por um menino prodigico, num grupo escolar, num dia de fes-ta naciqpal, perante as mais altas autoridades da politica, das -ciências « «asletras, ali presentes, provocando, no momento verdadeiros ataques «te riso naassistência, que. náo compreendendo t> significado real daquelas palavras, to-mou-as como um verdadeiro bestialogioo.)

Montado em seu ta- E' tal a revoluçãoxi-aereo particular, o provocada por este sim-sr. Barão de Itararé -pies fato que o própriodirige-se diretamente significado das pala-ao 32.o andar do Edifi- was vira de pernas pa-cio. do Banco do Esta- ra o ar, capotando es-do, afim de apanhar petacularmente.um talão de cheques #deixar, assim, de pôr amão diretamente n© di-nheiro, o que semprelhe causa náuseas e vo-mitos incoerciveis.

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Voltamos, assim, àera shakespeareana do"Tobias eu não To-inas" em que as -coisassão e nio são ao nes-

mo tempo, on se apre-Besta maneira, cum- sentam como a corren-

pre-se de forma im- te do português, que,pressionante, uma pro- às vezes, era de ouro efecia, que se realiza outras, não.por intermédio do pro- *prio profeta. Os próprios algaris-

mos, que não mentem,Aterrisando na tor- podem, agora, nos en-

re do Banco, o ilustre ganar, apresentandoaeronauta terá que des- ura valor completacer no elevador até osandares inferiores e,neste caso, o elevadorserá na realidade, umdescedor.

mente diferente, con-forme o ponto de vistade que forem olhados.O 45 visto de avião é «m9. E o nove é um seis.

».V. Endereço Telegrafièo: BANESPA€4 agencias no Interior do Estado

Unia no Rio de Janeiro e outra em Campo Grande (E. Mato Grosso)

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A Manha

14

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QMewiifitfchrta.!. A MANHÁdas CRIANÇAS ..MMWtiim

A HISTORIA DE GEORGE WASHINGTONPequeno conto de

M ABK TW AIN

Conheço um menino, chamado Epi-fanio, que não é dos mais espertos.Certa vez tentei contar-lhe uma his-torta e para que vocês façam uma idéiado que aconteceu, vou reproduzir, fiel-mente, o diálogo que, então, se travouentre nós dois.

— Ora, ouça, Epifanio — disse eu—- vou contar-lhe a história de GeorgeWashington.

Quem é ele? — perguntou Epifa-nio.

Foi o homem que fez ajndepen-dencia dos Estados Unidos, a grande,nação.

Que nação?A nação americana, pátria de

tantos homens célebres.Pátria de quem?

Aquelas perguntas estavam come-çando a irritar-me. Dominei-me, amuito custo, sorri, enchi-me de paciên-cia e continuei:

Certo dia, o pai de Washington...Quem era ele?George Washington. Nesse tem-

po ele era um menino assim como vo-cê. Pois um dia, seu pai...

Que pai?O pai de George Washington, es-se grande homem de quem eu estavafalando. Um dia seu pai deu-lhe umamachadinha.

Quem deu a machadinha?O pai de Washington. *E ao fazer-

lhe o presente, ele disse...Disse a quem?A Washington. Seu pai disse-lhe

que devia ter cuidado com a machadi-nha.

Que machadinha?Ora, a que Washington recebera

de presente.Ah! bem, e depois?Seu pai disse-lhe que não a per-

desse nem se cortasse com ela.Washington queria cortar o pai?Não, não é isso. O pai disse-lhe

que não se cortasse com a machadinha.Então Washington saiu cortando tudoque encontrava.

Cortou o pai tambem?Não. Saiu cortando pedaços de

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pau, galhos de árvores, etç. Até que en-controu uma enorme macieira, de queseu pai gostava muito, e cortou-a.

Quem cortou ?George Washington. Quando o

pai chegou em casa, a primeira coisaque viu foi...

Foi a machadinha...Não, a macieira cortada.

— Que macieira?Aquela enorme de que ele gos-

tava muito.Quem gostava?O pai de Washington.E quem era Washington?

Nesse momento não me contivemais. E se o garoto não corresse muito,creio que eu teria perdido a cabeça.

Joaquim Rebolãoestava desempregadoe lutava com grandesdificuldades para semanter. A sua situa-ção ainda mais seagravava, pelo fato deter que dar assisten-cia a um filho, rapazinexperiente que tam-bem estava no desvio.

Joaquirr Rebolão,porem, defendia-secomo um autenticoleão da Núbia, nestedeserto de homens ede idéias.

O seu cérebro, tor-turado pela miséria,era fértil e brilhante,engendrando planosverdadeiramente ge-niais, graças aos quaissempre se saia ga-lhardamentedasaperturas diárias,com que o destinocruel o torturava.

Naquele dia, o seugrude já estava ga-rantido. Recebera umconvite para um ban-quete de cerimonia,em homenagem a umalto figurão, que es-tava necessitando declaque. Mas o nossoherói não estava satis-feito, porque não con-seguira um convitepara o filho.

A hora marcada,

porem, x*. <s d o 1 ã o,( acompanhado do ra-

paz, dirige-se para osalão, onde se ceie-braria a cerimonia.Antes de penetrar norecinto, diz a seu fi-lho faminto:

—¦ Fica firme aquina porta um momen-to, porque preciso darum jeito, a fim de quetu cambem tomesparte no festim.

Já estavam todos osconvidados sentadosnos respectivos luga-res, na grande mesaem forma de ferradu-ra, quando, ao come-çar o bródio, Rebolãose levanta e exclama:

Senhores! Emvista da ausência dosr. vigário nesY fes-ta, tomo a liberdadede benzer a mesa. Emnome do Padre e doEspirito Santo!

E o Filho? —pergunta-lhe um dosconvivas.

Está na porta, —responde prontamen-te. E, voltando-se pa-ra o ra?az, ordena,autoritário e energi-co:

Entra duma vez,menino! Não vês queestes senhores te es-tão chamando?

i

A IDADE DA RAZÃOQuando é que a cri-

anca chega à idade darazão?

Com que idade umacriatura humana já é

EDUCAÇÃOINFANTIL

Os meninos mais maleducados do mundo on-contram-se na Nova Gui-né. De acordo com o cos-tume local, acredita-se quenão tenham nenhum res-peito a seus pais. O mesmoacontece na península deAlaska, em Madagascar eMassachussets, na Trans-jordania e Israel, na Pata-gonia e Groenlândia, naAustrália e Santa Rita doPassa Quatro. Em eompen-sação, os meninos dessasregiões são tambem os quemais apanham no mundo,sem querer desfazer, comisso, das crianças restan-

; tes, espalhadas por todo oI globo terrestre.

consciente e, portanto,responsável pelos seusatos?

A religião, pratica-mente, já de há muitorespondeu a esta quês-tão, estabelecendo umamedia de idade, segun-do a qual os homensaos oito anos já estãoem condições de distin-guir o bem do mal.

E' certo que essapoética idade de oitoanos, em que o nossoCasimiro de Abreu cor-ria pelas campinas, pésdescalços, braços nus,com a camisa aberta aopeito, atrás das borbo-letas azuis — nem sem-pre pode ser tomada aopé da letra, pois são tãofreqüentes os casos deprecocidade e de retar-damento mentais comoos de aparecimento de

meninos prodígios e develhos criançolas...

No momento atual,porem, já não interessaindagar quando a cri-anca atinge a idade darazão. O que precisa-mos saber, com todaurgência, é quando es-ses grandes, que, a to-do. pano, querem serdeputados ou presiden-te da Republica, cria-rão juizo? \

Não repararam co-mo eles gritam nos ai-to-falantes?- Não viramas caras que apresen-tam nos cartazes? Nãoparecem todos evadi-dos da colônia de psi-copatas?

VWWVW*'.^'^''*'*'--''^^^^^^^^'

PENSAMENTOSOs filhos de pais vege-

tarianos podem ter vege-tações no nariz.

Mal -agradecidoO visitante tirou uma moeda do bolso e deu-a ao

menino, que a olhou e a guardou no bolso, sem dizeruma palavra. A mãe, indignada com a falta de cor-tezia do pimpolho, perguntou-lhe:Que se diz ao senhor que acaba de ter dar 20centavos?

E o menino respondeu, deitando uni olhar ran-coroso ao visitante:

Pão Duro! *

A LIBERDADEO homem amarelo,

diante de Londres, in-formou a Henri Heine:

— Para o inglês, a li-berdade é a esposa legi-tima; para o francês, éa companheira querida;para o alemão, é a avó.

Mas isso foi há cemanos. Agora, a esposaestá caduca. A compa-nheira hão é a mesma.A avó morreu.

O homem amarelo ho-|t é vermelho*

BOTÂNICAA botânica é a arte de

dessecar as plantas en-tre duas folhas de ma-taborrão e de injuria-Ias em grego ou em la-tim. — A-Karr.

adultos, em matériade ignorância, são, emgeral, muito maisadiantados que as cri-ancas. \

¦.Va-** ¦v.; ^Yxiti^,-***!'.•:..¦¦¦:. .¦¦::>-.

>ú*^~±3wr.¦';*'.ft-ÍV tír-J-H** j-W-tr̂ ^íM^*-fí*r4l7"*trâ¦**«*.§>,*>.",«¦*>.*- --«——"' '

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A Monha •X A CRIANÇA É A ALEGRIA DO LAR, MAS QUANDO ESTÁ DORMINDO *15

Historias decentesde ladrões, bêbadosir e suicidas tAt

A FORCA DO DESTINOPor NAPOLEÀO VERDADEIRO )

Ninguém pode lutar con-tra o seu destino... — mur-murou Ataualpa Manivela, omais firme freguês da taver-na. — O ácido úrico é umpreconceito."Lembra-se você, de al-gum caso interessante?

Dezenas, centenares, mi-lhares — respondeu; veja emmim mesmo um exemplo dospoucos recursos de que dispõeo homem, quando pretende ireontra o programado. Sabe vo-cê que eu fui abstêmio dura»-te quase doze meses?

Se se refere a seu primei-ro ano de vida, é uma má pi-lhéria.

Não, náo... O assuntoocorreu há pouco tempo. Pe-dimos outras garrafas?

Bebemos um par de copa-Rios, êle para coordenar suaslembranças e eu para prestarmaior atenção ás suas pala-vras. Em seguida, iniciou anarrativa:

No dia em que completeiquarenta anos de idade, ten-tei fazer um balanço do álcoolIngerido por mim depois dedesmamado, mas abandonei atarefa, porque os primeiroscômputos me horrorizaram:segundo a média, eu estavabebendo a parte que me toca-va na estatística, mais a quo-ta de quinhentos e onze cida-dáos!"Isto não está bem", res-pondi-me com esse tom seve-ro que só uso nas ocasiões so-Ienes. "Estás gozando o vinhoe os licores de muita genteque poderá precisar de álcoolpara fazer fricções. Nfio tensvergonha?"

Embora o meu "outro eu"a quem eram dirigidas taisadmoestações, pretendesse seesconder atrás de uma árvorepróxima, eu podia vê-lo per-íeitamente do poste de ilumi-nação com o qual estava abra-çado e que náo me deixavaavançar. Depois de uma lon-ga discussão, na qual tenta-ram tomar parte dois guar-das civis, e vários transeun-tes, a minha tese se impôs eficou aprovado o seguinteprograma: passar no campouma longa temporada, entre-gue a essa vida sã que consis-te em levantar-se ao amanhe-cer, beber alguns baldes deleite, enxarcar-se de churras-co, bolachas e mate, e ir paraa cama quando aparecem asprimeiras estrelas.... Real-mente, é preciso que a vidado campo seja muito saudávelpara que seus habitantes pos-sam suportar tamanho sacri-

ício! Mas, é sem dúvida saú-davel, porque, em vez de mor-rer, como indicava a lógica,agüentei essa história de dei-tar-me ás 7 horas, o mate, abolacha, o leite e pular da ca-ma, quando, fazendo alardede uma inaudita falta de edu-cação, todos os animais docampo começavam a mugir,berrar, grasnar, rebusnar, la-tir, relinchar, cacarejar, miar,pipilar, coaxar... Juraria quenaquela fazenda se ouvia atéos queixumes da jurití no le-que das palmeiras...

Creio que tudo é questão desorte e nada mais. Sustentoque os camponeses vivem gra*ças a um milagre maravilho-so, mas um dia desapareceráo encantamento e tudo o quefor do campo se evaporará pa-ra sempre. Muitas manhãs,enquanto formava fila detrásda vaca, esperando a minhavez para receber a imensaquantidade de leite que meadjudicavam para quebrar o•jejum, eu pensava: "Que ab-surdo é todo o campo e comoesta pobre gente complica asua existência! Os agricultorestêm quase todas as probabili-dades contra, mas não há meio

de tirá-los de sua obcessão:encher a terra de sulcos e ati-rar neles milhões de sêmen-tes, pois, guiando-se por an-tigas superstições, crèm queo milho, o trigo, o linho etc.,nascem mediante tão ric"iculoprocesso... Admito que nalgu-mas oportunidades se dêm aoprazer de ver como nascem asplantas, mas o acontecimen-to, longe de ser um triunfo,afunda-os completamente numnm- de atribulações. Em pri-meiro lugar, é imposivel saberque raio de planta brotou naterra; é necessário esperarmuitas semanas para que al-gum entendido diga se setrata de trigo, milho ou alfa-fa, sem desfazer das possibl-lidades catastróficas, comoaconteceu num campo de meuavô paterno, onde semearamo bom mamão e quando de-ram cor de si, encontraram-se com cento e noventa equatro mil jequitibás, que, aocrescer foram se encostandouns aos outros, formandouma sólida massa de madeiraimpossivel de destruir... ümcampo magnifico deitado aperder, pelo estúpido esporteda agricultura!

—¦ Mas alguma coisa.se co-lhe, amigo Ataualpa... — dis-se-lhe, enquanto enchia o seuCOp0, _ o que semeia colhee...

Bobagem! Somente umde cada mil agricultores temsorte. As calamidades estãoperfeitamente classificadas epoucos se salvam das geadas,chuvas de pedra, gafanhotos,seca, incêndio, broca, gorgu-lho, ferrugem, formiga, tiriri-ca, inundações, furacões, ratos,lagartas.

—* E a Defesa Agrícola?Essa não conheço, ma»

podemos catalogá-la entre aspragas.Não, velho, aão; eu pen-sava outra coisa... Mas a tu-do isto, você interrompeu asua história: que resultadodeu a sua estada no campo?

_ Assombroso. Já disse quepara agüentar um regime tãoduro é preciso crer em umdeus particular. Depois de oi-to meses, eu era capaz de le-var a meus lábios um copo deleite sem me tremer o pulso,sem fechar os olhos e semque o estômago tivesse violen-tas contrações; podia comercarne ao lado do espeto semmais instrumentos que umafaca afiada e sem perigo deme cortar o beiço, quando iacortar meu bocado; sem difi-

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AKO-ArUUÉ «66

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culdade alguma distinguia osanima4?, mais diversos, poden-do estabelecer com bastantesegurança qual era uma vaca,qual uma ovelha e qual umacabra. Aprendi a andar a ca-valo, adextrei-me no manejodo laço e descobri que, quan-do um cavaleiro vai a todadisparada, não convém laçarum poste de guajuvira pro-fundamente encravado na; r _„terra... Enfim, fiquei comonovo, sem desejo de provar"bebidas alcoólicas, com vonta-de de lutar, traçar un. futuro,formar um lar, dar um forteimpulso aos Bancos, ao Co-mercio e á Indústria e a to-das as belas coisas que se lêmnas crônicas necrológicas dosgrandes homens.

Mas o destino...... tinha reso"y'c'o ou-

tra coisa. Quando regre. ^i'ácidade, um amigo ofereceu-meum emprego magnific combom soldo e grande participa-çao nos lucros; era coisa parase trabalhar dez anos e reti-rar-se para ir viver das ren-das. Aceitei e posso jurar quenunca houve no munüc quemcomeçasse com tanta íé e en-tusiasmo qualquer empresa...

Quanto tempo durou oemprego?

Sete dias... — respon-deu enquanto der.imavaabundantes lágrimas Êbre aminha manga esque: a. —Não foi uma canalh: ia dodestino ir escolher a mim, jus-. f'temente a mim, para ocupar oposto de provador de conha-que, rum, anis, genebra e^ab-sinto naquela fábrica pe lico-res? Ban! E depois rv.eremque a gente se regenere...

•tf******************

Havia, simO bar tinha algumas peque-

nas mesas ao ar livre. O ra-pa? sentou-se numa celas echamou o garçáo:_- O' rapas, tem algumacoisa fresca?

Tem,- sim senhor. — res-pondeu prontamente o rapaz._ e* a tinta da cadê,:a emque o sr. se sentou.

INEXPERIÊNCIALogo no primeiro dia

em que se empregai nacasa do advogado, Ri-cardo foi atender a al-guem que batia à portae veio anunciar a visitade uma senhora. w

E* bonita? — per-guntou o advogado.

E* encantadora.A visita demorou-.-3 al-

gum tempo. E quanto elasaiu o empregado foichamado ao gabine.2 dopatrão, que lhe dk*?3 demau humor:

O senhor não enten-de de beleza feminina,pelo que vejo. Por qu*. medisse que aquela mulherera encantadora?

Desculpe-me — re-plicou Ricardo, confuso.'

Quis ser-lhe ag *xdá-vel, porque pensava quese tratava de sua cjpo-sa...

E era...

CIÚMEA senhora não ima-

gina como minha mulheré ciumenta!

E' tanto assim. Bo-nifacio?

imagine que eu, pa-ra evitar aborrecimentos,só conver&o com senho-

ias feias e idosas...

nma^v^^^^ff^?^. A

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NOS ARES E NAS RUAS DE

OtOÀO Pi ATAQUES... DE RISO

NUM. SÃO PAnO, U DE SETEMBRO DE HfS * AM> XXf

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I^^Í^^^ÊSE^M^^Bi^r^^r^«t^v w^^WBiiiiiiiiiiii iiiniiiiiiii il^^91 KP^^31 S^ ^HP^w^^kPÍ

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O Barão dc Itararé aterrissagem avisas provi©* numa ma

contrai da capital hr ita nio a¦ nNnn-iTS 11 (Manha-Press — Urgente) — Chegou ines-LONDRES, «Jw*2oital

posando espetacularmente, em

j«eto de sua fabricação. ^

r/-.»npr<. « /-Jfanfto Press — Ainda muito urgente) -LONDRES, 13 (**""" rí!í?l0

^ teco-teco ão Barão cfe

itararé wrw iwMtao £;lggp J^JSBK «*»¦ «k™»todo ¦M^Mto^Oh/Vew^W^SMrVaçónfto «tó, íra-«lWM? * Í2^^sS5®í*5S«om« idojo», são de op-

SSaí^«WiSP*» ê ««o M «««to, -cortina de ferro. NessaLONDRES/13 (Manha" £ maleta, só havia embru

Press — Urgente, masnão muito) —O minis-teo Bevin foi o únicopersonagem politico quoaguardava a chegada doBarão de Itararé. Pare-«e que o próprio rei Jor-ge e a rainha Elisabethignoravam a v*&genl 4<>aristocrata sul-america-no, mas norte-coreanoaté de baixo dágua.

#LONDRES, 13 (Manha

Press — Agora, mais devagar) — Nos circulosdiplomáticos empresta-se grande importância à'inesperada viagem a es-ta capital do Barão deItararé. 0 fato de ter.aqui chegado num pe-,queno avião a jacto, nãoquer dizer que sua via-gem tenha um signifi-eadò estritamente espor-

Ítvó. Um cidadão ocupa-

lissimO não empreende-teia tal veligiatura se nãolivesse algo de muitoimportante para discutir.Os peritos em assuntos

lhado um pijama, umacamisa, uma cueca, umpar de meias e uma es-cova de dentes, que obarão usa só para fazerfarol, pois ele nunca es-eova os dentes, emboracostume deixá-los demolho, durante a noite,num copo què fica sobrea mesa de cabeceira.

Entrevistado por umjornalista do "Time" so-bre o que pensava sobroo nevoeiro de Londres,Itararé declarou que nãolhe causava nenhumainvejai pois achava onevoeiro paulista muitomais decente.

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LONDRES, 13 (ManhaPress) —- O barão deItararé, que está hospe-dado com Bevin, deixouencostado seu teco-tecorliante da Dog Street 10.Perguntado se não que-ria esconder o aparelhopara evitar a bisbilhoti-ce popular, Itararé res-pondeu que com ele não

internacionais fazeai^tf^P» -^¦sterios^Não-tL,versas conjeturas, massão tão cretinas, que atétenho vergonha detransmitir.

S,WLONDRES,H3 (ManhaPress) — O Barão deItararé, que acaba dechegar num teco-teco ajacto- não trouxe baga-gem, o qúe significa queà sua estada será muitocurta nesta capital. Oilustre aristocrata, quefoi. aguardado por Be-vin, desceu de seu apa-reího sobraçando umapasta de couro daquelepais que está atrás da

nha feito aquele apare-Iho para inglês ver, masse algtiem quisesse veri-ficar colho era por den-tro e fazer outro igual,que estava às ordens eque lhe fizesse bom pro-4veito.

LONDRES, 13 (Urgente) —Bernard Shaw, quando soube ique Itararé estava em Lon-dres começou a pular de con-tentamento, mas o fez comtanta imoderação e exageroque acabou caindo e partin-do uma costela, motivo peloqual foi recolhido a um hos-pitai. >

JOSÉ ARTHUR FROTA NOREIRÃ

para deputado federat ¦

PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIROTele-joto, transmitida diretamente de Londres para os nossos estúdios, no momento em que oBarão ãe Itararé (assinalado pela flexa) sobraçando uma pasta com documentos, e roupa debaixo, ao deixar o seu teco-teco a jato, dirigia-se, em companhia ãe. Bevin, para a tradicional

casa da Dóg Street, IO,-onde está hospedado

¦Mffli O orovavel regresso de\ ItáliaLONDRES, 13 (Manha Press) —

Tado faz crer que o Barão de Itarà-ré ficará esta noite em Londres. Oproblema da roupa foi resolvido, poiso*sr Bevin ofereceu uma cueca ao no-bre brasileiro com a inicial BL, quetanto pode ser Bevin como Barão. Everdade que a cintura do ministrobritânico é bem mais ampla, mas istonãd tem importância, porque, dando

um nó, no cós, fitíará tudo a contento.LONDRES, 13 (Manha Press)

O rei Jorge VII visitou o Barão deItararé. O mesmo gesto teve o primei-rd-ministro Clement Attlee. Ambos ostrês, isto é, ambos mais o Barão visi-taram a Tráfalgar Squaré, onde caiuNelson, E cairão todos que não. toma-rem cuidado, pois o local é escorrega-dio.

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