Músicas de CHACAL

Murilo Hallak

2

Música

A Nega

Ai Tristeza Assim

Brasileirinho da Silva

Chacal Compreensão

Desafio

Dissabores

Era uma Vez... Eu morro pedindo socorro

Fantasia conta o Enredo

Favela Há dias

Levanta a cabeça

Marluana Marta

Miragem

Nunca pensei

Paradoxos – (É guerra, é paz...) Pipoca

Quiumbandão

Sapateia teia Saudades del Rei

Seleção Brasileira – Copa da Espanha

Tiça Um samba novo

Vai

Vim pra ver

ZBM

Sem MP3

Carnaval, samba e saudade Chico Viola

Dos laços em que eu me embaraço

Exaltando a Natureza Fernão Duas Paes Leme

Folclore

Hino ao Siderúrgica

Homenagem a Mangueira Linguiça

Magia

Miscigenação O Guarani

Rio de Debret

Vinte e Cinco Anos

REFLEXÕES

Página

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3

A Nega

Tom: G

A nega

Ferve no samba

A noite inteira

A nega é...

Chegando em casa

Só fala asneira

Ela diz que eu implico

Com qualquer situação

Me garante que no samba

Ela ganha a posição

Chego até me complicar

Sem saber a decisão

Se corto a nega do samba |Bis

Ou se tiro do meu coração |

4

Ai Tristeza

Tom: Cm

Fiz meu samba falando da vida

Inspirado nos problemas meus

Minha escola

Brilhou na avenida

Mesmo assim

Ela não venceu

Gastei sono

Queimando pestanas

Mil pedaços de papel...

Ai tristeza |Bis

Ter a vida de Noel |

Eram aplausos

Constantes sorrisos

Desfilava tão bem meu cordel

Entre palmas, vaias e risos |

Vi meu samba |Bis

Jogado ao léu. |

Ai tristeza |Bis

Ter a vida de Noel |

5

Assim

Tom: D#

Assim

O meu drama aumentou

Quando tudo acabou

Eu chorei...

Não vi carnaval começar

Nem um bloco passar

Eu chorei...

Só tive consciência de tudo

Vendo meu barraco mudo

Compreendi a situação

Fez-me passar por palhaço |

Se atirando em outros braços | Bis

Que desilusão |

A vida passa

Vou viver tão desolado

Trago o coração magoado

Mas já dei a decisão.

Deixo que ela decida |

De como levar a vida |Bis

E eu recordação. |

6

Brasileirinho da Silva - (Samba Enredo – 1985) (Chacal - Dedeu - Antônio José)

Tom: D

Vou voando... vou...

Vou sem parar

Procurando estou

Pra ti mostrar

A festa desta gente brasileira

Uso e costume popular

Fazendo nesta noite de euforia

Um momento de alegria pra se cantar.

Moinho d´água |

Carro de boi |Bis

Onde anda o realejo |

Lambe-lambe onde foi |

Com a festa...

Com a festa do divino

Violeiro, seresteiro e cantador

Cordel, arte de um povo

Vitalino faz de novo

Seu boneco desfilar.

A Cobra Norato |

Na avenida balançou |Bis

Mocidade do Bonfim |

O seu canto entoou |

Virge ó gente!!!

Virge ó gente!!!

Reclama o vaqueiro do sertão

Mostrando sua face tão sofrida

Das andanças pela vida...

De ilusão...

Ê boleeiro

Volta o menino a gritar

Revivendo os tempos de outrora

Que a saudade traz agora

E faz lembrar.

Vou voando....

7

Chacal

Tom: A

Encontraram o Chacal

Na Avenida Central

Bebendo

Ninguém sabe afinal

A razão deste mal

Sofrendo

Chora talvez os fracassos

Lembranças de tantos abraços

Tempo feliz

Que não volta mais

Hoje na mesa de um bar

Desabafa

Vive errante no mundo

Vagabundo

A procura de paz

8

Compreensão

Tom: F

Não venha dizer adeus

Não venha com essa estória não

Só eu sei dos problemas meus

E não mudo de opinião

Se você me quiser

Do jeito que eu sou

Se você me quiser

Vá aonde quer que eu vou

Serás minha mulher

O meu jardim em flor

Terás tudo na vida

Serás o meu amor

Mas o que eu quero |

É a sua compreensão |Bis

Olha só querida |

Eu não quero solidão |

9

Desafio

Tom: D

Você não sabe o que diz

Me acha infeliz

Eu digo que não

Você se dizia fiel

E foi tão cruel

Com o meu coração

Vá viver a sua vida

Não suporto mais querida

Tanta desilusão

A gente vai aprendendo

De tanto viver sofrendo

Decide um dia afinal

E... Neste pranto mar de águas |

Afoga no peito as mágoas |Bis

Deste amor infernal |

E sente um alívio fremente

E fica contente

Como nunca ficou

E chora às vezes o tempo

Felizes momentos

Que um dia passou

Agora sozinho pressente

Que há neste mundo mais gente

Que lhe dê mais amor

10

Dissabores

Tom: Gm

Eu só tive dissabores

Eu não tenho nada mais

Meu jardim já não tem flores

Eu perdi a minha paz.

E eu sem saber

Onde esta meu amor

Volte atrás

Vem matar minha dor.

Não a distância entre nós

Quero ouvir tua voz

E sentir teu calor.

11

Era uma Vez... - (Samba Enredo – 1983)

Tom: A

Maravilhosamente bela

Novamente vem ela desfilar

Vem mostrar na passarela

Uma história singela

Que um dia na vida

Eu pude contar

Caminhando...

Caminhando um dia encontrei

Um mundo de ilusão

Então recordei

Do tempo de pé no chão

Senti voltar de novo

O embalar da poesia

Vestindo a fantasia

Da felicidade que eu tive um dia

Cataventos, pipocas de mel... |

Dei a volta no meu tempo |Bis

Desfilando em carrossel |

E vi então

Um faiscar de euforia

Pra matar minha saudade

Naveguei sobre a idade

Coisa que ninguém faria

Quisera

De novo ver brilhando

E todo o povo comigo cantando

Uma canção de amor

Procurando encontrei

Meu mundo encantado

E brinquei extasiado

Com balões, bruxas e piratas

Meu coração batendo forte

Cantou

O tempo gostoso que passou

Maravilhosa...

Maravilhosamente bela...

12

Eu morro pedindo socorro

Tom: Am

Eu morro, morro, morro | Bis

Pedindo socorro, corro, corro, |

Mas não me entrego não

Não me entrego não

Não me entrego não

Xaia lá, cundê |

Xaia lá cundê |Bis

Xáia lá cundá |

Onde está meu corpo

Onde está minh’alma

Já não vejo nada

Tudo escuro é calma

A verdade vem chegando

E sozinho vou gritando

Xaia-lá cundê |

Xaia-lá cundê |Bis

Xáia lá cundá |

13

Fantasia conta o Enredo - (Samba enredo – 1984)

Chacal - Antônio José - Dedeu.

Tom: G

E lá vou eu...

Fazendo desta noite, meu reinado

Cantando, encantando,

Lá vou indo sem saber

Se um dia serei coroado.

A saudade me bateu

Machucando no peito recordou (e recordou...)

A ternura envolvente

De um passado inocente

Que você também já passou

Quisera poder ver de novo

Cantando meu povo

O seu samba das ilusões

Viver a saudade contida

Lembrando que a vida

É querida nos corações

Dei com a pergunta nela |

Ela me respondeu |Bis

O samba que eu fiz pra ela |

Todo mundo se esqueceu |

Entre preces, gemidos e sussurros

O Deus Olurum fez soar

No navio mercante... negreiro

Raízes do samba popular

Revivo...

Revivo o antigo

Lembrando pierrôs e colombinas

O arlequim e o entrudo

O Zé Pereira, o confete, a serpentina

Eu fui à fonte |

Beber água e não achei |Bis

Encontrei com meu amor |

Que há muito lá deixei |

E... lá vou eu

14

Favela

Tom: G

Se eu pudesse

E se meu dinheiro desse

Eu comprava um barraco no morro

Pra gente morar.

Só pra ver lá de cima

A cidade lá embaixo

E fugir da rotina

Que todos os dias se vive por lá.

Aí...

Se Deus quisesse

E ouvisse a minha prece

Eu faria da vida que levo

Um eterno sonhar.

Pra matar meu desejo

Fecho os olhos e vejo

Uma lua no céu

Uma roda de samba

E um negro a cantar.

Favela

És cantada em verso e prosa

Para mim és amorosa

Sempre foi minha alegria.

Crianças brincando no morro

Nos fazem parar para pensar

Que a cidade

Já não é lugar pra se morar.

15

Há dias

Tom: Am

Há dias que a gente só faz o que não quer,

Há dias que a gente se sente mais feliz,

Às vezes maltrata até a mulher,

Não aceita nem o que ela diz.

Há dias que só se passa sorrindo,

Há dias que só se passa chorando,

No céu estrelas vão sumindo,

Nos olhos lágrimas rolando.

A gente erra,

Erra sempre consciente,

Porque sabe que alguém

Vai entender o erro da gente.

Nem sempre isso acontece, |

Às vezes não entende | Bis

E da gente ela se esquece. |

16

Levanta a cabeça - (Ânimo)

Tom: Fm

Levanta a cabeça

E corre pro samba

Pra junto de mim

Esquece o tormento

De seu sofrimento

E os contratempos

Da vida ruim

Desce do morro

Abraça o samba

E vem cantando assim

Laia, Laiá... Laia, Laiá... Laia, Laia,Laia,Laia,Laiá... (repete)

Tristeza

Pobreza

Pra tudo sempre tem um fim

Nobreza

Beleza

Só volta pro samba

Que eu canto assim

Levanta a cabeça...

17

Marluana

Tom: D

Marluana

Menina bacana

Botão em flor

És fruto dolente

Tão consciente

De um grande amor

Sorri tão contente

Olhando pra gente

A sua inocência

Parece que diz

Obrigado papai

Obrigado mamãe

Eu me sinto feliz

18

Marta

Tom: C#m

Se eu tiver ainda um dia

Que falar de minha mulher

Não diria que ela é Amélia

Ou uma outra qualquer.

Pois não me faz exigências

E não reclama de nada

Eu nunca vi paciência

E calma exagerada.

Chego normalmente atrasado,

Embriagado vou pedir o seu perdão

Encontro nela penitência aos meus pecados,

E muito amor dentro do seu coração.

Ela me anima, me alucina

E faz eu ver

Que a vida é bela

Quando os dois sabem viver

Os seus carinhos me confortam diariamente,

Até os filhos que me deu são diferentes

Em cada um eu vejo sempre o rosto seu

Em todos eles tudo aquilo que é só meu.

Ela é a Marta

Que não me faz desacato

É uma esposa de fato

De muita compreensão.

Ela é mulher

Minha eterna companheira

Me acompanha a vida inteira,

Dona do meu coração.

19

Miragem

Tom: D

O amor passou

Bem perto da minha porta

Deixando um rastro

Triste pelo chão

E dei uma volta |

Em volta da minha casa | Bis

E feito em brasa |

Me queimou o coração |

E hoje vivo um sonho todo dia

Um sonho que eu sonhava

E era assim

Sonhei que ela |

Era a minha amada |

Mas qual que nada | Bis

Ela só passou |

Por mim. |

20

Nunca pensei

Tom: C

Não

Nunca eu pensei

Que o mundo

Em que eu vivia

Jamais eu viverei

Hoje tão só, só

Lamentarei

Vivo pensando

Recordando

O que passou

E o tempo vai |

Vai com ele também |Bis

O meu amor |

21

Paradoxos – (É guerra, é paz...)

Tom: Am

É guerra, é paz

É de tudo um pouquinho,

É da água pro vinho

É o bem feito que traz

É o acomodado que só compra feito

É o desajustado que não luta e faz

É quem não vê nada

E só vê defeito

É quem tira tudo

E não põe no lugar

É o quente do sol

É o torto direito

É a brisa fina soprando o mar.

É noite, é dia,

É criança que chora.

É o atraso, a demora,

É o mais que alegria

É correr contra a morte

Na corrida sem sorte,

É o demagogo sem demagogia,

É a vida enfim

Sem ver preconceito

É o racista nato

Sem notar a cor

É quem vive errado

Sem se ver direito

É o apaixonado

Procurando amor.

22

Pipoca

Tom: C#m

Pipoca é cem, | Bis

Milho verde é mil |

Vou andando por aí...

Por esse imenso Brasil

Desde o presidente

Até o mais vagabundo

Todos comem pipoca

E jogam o sabugo no mundo.

23

Quiumbandão

Samba enredo de 1975 – Chacal e Dé (Ildefonso Vieira)

Tom: F#m

Saravá! Eolorum!

Saravá! Eolorum!

Agradeço aos orixás

Agradeço aos orixás

E também a natureza

Que deu beleza

A rainha Iemanjá

Vieram os negros Bantu |

Trazendo a Magia | Bis

De Ogum e Exu |

Saravá! Eolorum!

Saravá! Eolorum!

Capoeira sai da terra

Capoeira mata um

Capoeira desce a serra

Vai a festa de Oxum

Orixalá defende o bem

Combate o mal

“Falem de Mim”

Quiumbandão

Salve o nosso carnaval

24

Sapateia teia

Tom: Dm

Sapateia teia | Bis

Sapateia até tear |

Quem quiser entre na roda

E na roda vai rodar

Tem que ter seu sangue quente

Pra poder me agüentar

Se não sabe sai da roda

E não vai sapatear

Sapateia teia | Bis

Sapateia até tear |

Na verdade ignoro

Quem sabe sapatear

Apresente quem quiser

Pra comigo disputar

Desafio a própria morte

No comando do tear

25

Saudades del Rei

Tom: Gm

Certo dia

Eu brincava de criança

Recordava a minha infância

Da cidade onde eu nasci

Das brincadeiras

Feita em tarde ensolarada

Do bate bola animado

Correndo pela calçada

Vivo hoje uma infância diferente

Procurando amizade

No meio de tanta gente

Se Deus quiser eu aqui não ficarei |

Vou-me embora desta terra |Bis

Volto pra São João Del Rei |

Lá, lá, lá ia

Lá, lá, lá, ia

26

Seleção Brasileira – Copa da Espanha

Tom: Cm

Quanta felicidade

Nesta copa mundial, mundial...

Vem mostrando a seleção do meu Brasil

Do alegre futebol.

Abra teus olhos,

Erga os braços de alegria,

Veja só quanta jogada,

E da nossa picardia.

Brasileiro é genial, genial...

Criando lance espetacular

E no arremate final (é gol)

Fazendo o povo cantar

É mais um gol do Brasil |

Que coisa sensacional | Bis

É a galera vibrando, |

A seleção nacional. |

Brasil... Brasil...

27

Tiça

Tom: A#

Tiça, tiça, tiça,

Sai pra lá com essa preguiça

Que eu quero te amar.

Zomba, zomba, zomba,

Dessa vida que eu levo

E quero levar.

Um outro amor esta me matando

Esta me acabando

De tanto tiçá

E chega a noite

Me vem a preguiça

Quanto mais você me atiça

Eu quero tiçá.

Você me ama |

E eu só quero amar | Bis

Quanto mais você me atiça. |

Eu não sei parar. |

28

Um samba novo

Tom: Cm

Sei que um samba novo irá nascer

Quando a saudade apertar

E tua imagem aparecer

Faz me logo lembrar

Os bons momentos

Que passamos

Entre um abraço e outro

Murmurando nos amamos.

Sei que o mundo inteiro

Vai entender

A razão da tristeza

Que ficou em seu lugar

Fiz de tudo que pude

Pra poder te entender

Mas você foi embora

E com outro foi morar.

E só me resta a dor

A dor de uma saudade enfim

Por isso sou o que sou

Tão triste, tristonho assim

Vivo tão só...

29

Vai

Tom: Bm

Vai

Segue em frente

Teu caminho

E me deixa aqui sozinho

Vai baixar noutro lugar

Só

Só na hora da amargura

É que você me procura

Procurando se encostar

Eu não sou poste

E não sirvo para escora

Muito menos mais agora

É que pude compreender

Que nesta vida

Onde há pouca lealdade

Perde o fraco

Ganha o forte

Vence sempre a falsidade

30

Vim pra ver

Tom: Em

Eu vim pra ver |

Eu vim pra ver |

Eu vim pra ver Virgínia | Bis

Eu vi Virgínia |

Eu vi Virgínia |

Eu vim ver |

Vi

Ela estava de amarelo

Com o olhar ainda mais belo

Que sorriso de criança

Vi

Seu andar cheio de graça

De feliz gente que passa

E finge que não me vê

Mas não faz mal

Eu já acho tão normal

Para mim não tem defeito

Gosto dela é desse jeito

E só vim para ver.

31

ZBM

Tom: Am

A cidade dorme

O silêncio prevalece

No coração da noite

Muita coisa acontece

Muita coisa acontece

Muita coisa acontece

É o fim de noite

O princípio de dia

Onde em cada canto

Reina a euforia

Onde as vozes se confundem,

Entre prantos e lamentos

Onde as vidas se igualam

Onde o meio é seu sustento

Ela não é tão comum |

Que não chega a ser rua |Bis

É talvez a travessia |

De fazer as travessuras |

*ZBM Zona Baixo Meretrício (Rua Marechal Bittencourt)

32

Carnaval, samba e saudade

Samba enredo – 1978

Vai,vai, vai |

Saudade e me deixa só |Bis

Cantar meu samba |

Feito pra vovó |

Trago no peito

Trago saudades no peito

Abusando do direito

Uma história que eu vou contar

De um carnaval que se passou

Das colombinas e de pierrôs

Das bonecas majestosas

Das vedetes, melindrosas

Que o tempo olvidou... ô, ô, ô

E...

Ciganas, rumbeiras e velhos palhaços

É.... Tradição que se acabou

Revivida neste enredo |Bis

Uma só festa de amor. |

33

Chico Viola

Samba enredo

Uma voz se ouviu

Por muito tempo

Na canção popular

Morre o cancioneiro porta-voz

De tantos sambas

Que o Brasil fez divulgar

Chico Viola,

Já não te escuto mais

Seu nome ainda trago na memória

Que para sempre

Com o samba tem a paz

Brasil! |

Canta Brasil | Bis

A glória de seu filho |

Que não canta mais |

Dos laços em que eu me embaraço

No emaranhado da vida

Em todas em que me entrelaço

Procuro uma ponta perdida

Eu faço aquilo que

Muitos não tem coragem de fazer

Mas tem inveja de quem faz.

34

Exaltando a Natureza

Samba enredo

Que belo

Um horizonte surgindo

Num verde amarelo

As flores vão se abrindo

Rios, Cachoeiras e cascatas

Exaltam...

O verde de nossas matas

Do alto

Da montanha verdejante

Eu elevo a minha prece

A natureza tão pujante

E como linda

Todo seu esplendor

E mais bonita ainda

É uma menina em flor

E no céu tudo se transforma |

O sol abraça a lua |Bis

Numa elipse de amor |

35

FERNÃO DIAS PAIS LEME

Samba Enredo – 1973

Olê, olê, olê, olá

Olê, olê, olê, olá

Onde estão as esmeraldas

Tá difícil de encontrar

Olê, olê, olê, olá

Olê, olê, olê, olá

Onde estão as esmeraldas

Devem estar noutro lugar

De Minas começando pelo Sul

Fez-se uma nova ilusão

Bandeiras

Embrenhavam pelas matas

Procurando as montanhas

De esmeraldas do sertão

Foi no arraial de Ibituruna

A pedra una das Minas Gerais

Ô, ô

Onde Fernão Dias Pais Leme

Acampou

E não voltou jamais

Olê, olê, olê, olá

Olê, olê, olê, olá

Fez o seu nome na história

Mas sua glória

Foi o sonho que ficou

Vivendo a política atual

As novas terras

Ao Brasil ele integrou

36

Folclore

Samba enredo - 1982

Quanta felicidade

Nesta festa colossal

Colossal

Vem trazendo

A Mocidade do Bonfim

Um enredo original

Abra seus olhos |

Deslumbrados de alegria |Bis

Quanta beleza |

Quanta euforia |

Jangadeiro pescador

Faz sua prece a Iemanjá

Trazendo versos de amor

Pra todo povo cantar

Minha jangada de vela

Que ventos queres levar

De dia vento da terra

De noite vento do mar

Vem do folclore brasileiro

Boto, Iara e Sereia

Em noite de lua cheia

Sete e sete são catorze

Com mais sete vinte e um

Tenho mais de mil amores

Mas eu gosto só de um

37

Hino ao Siderúrgica

Oh Siderúrgica

Meu glorioso esquadrão

Tu viverás

Dentro do meu coração

Vem defender

A honra da torcida tricolor

Ostenta com bravura e ousadia

Teu nome alto por amor

Quero ver você lutando sempre e vencer

Em qualquer competição

Nunca se deixar levar tão fácil

Defendendo o dilema

De ser campeão

Oh Siderúrgica...

38

Homenagem a Mangueira

Samba-enredo

Procurei uma justa homenagem

Pra fazer neste nosso carnaval

Finalmente enfim encontrei

A Mangueira que já é tradicional

Mangueira querida

Teu cenário deslumbrante

Hoje vem descendo a avenida

A sua glória, sua história

Tão marcante

E quero ressaltar ainda mais

O que fazemos outra escola

Nunca faz.

Vai, vai, vai Mangueira

Vai em frente devagar

Vai, vai, vai mangueira.

Estação Primeira sempre tem o seu lugar.

39

Linguiça

Eu comprei uma linguiça

Que estava cheio de bicho

Eu fiquei com tanto nojo

Que joguei ela no lixo

Lá no mercado

Me passaram para trás

Me venderam carne podre

Coisa que ninguém faz

Eu não concordo

É com tanta ingratidão

Este tipo de negócio

Vender lima por limão

40

Magia

Samba enredo

Desde a rua de novo

Trazendo ao povo só fantasia

Desce com a nossa gente

Na imitação da mais pura

Da magia

Desce como fosse estranho

Sem medir tamanho

Seja como for

Tudo é só alegria

Na avenida ampla

Carnaval multicor

De Glória seu passado e tradição

A nossa escola agora

Faz a representação

Lê, lê, lê lê |

Lê, lê, lá, lá |Bis

Vem minha gente |

Pra roda sambar |

41

Miscigenação - Samba enredo – 1976

Chacal e Ildefonso Dé Vieira

Sou brasileiro |Bis

Brasileiro até demais |

Oh! meu senhor

Oh! meu senhor

Tanto o branco, o índio ou negro

Todos eles são iguais

Nossa escola...

veio a nossa escola apresentar

Estória do costume e tradição

Brancos, índios, negros, imigrantes | Bis

Fizeram esta miscigenação |

Neste rincão da natureza

Resplandece

Um povo forte e viril

No peito arfante desta gente

Enobrece

A integração do Brasil.

42

O Guarani

Salve esta obra imortal

Que é hoje o prefixo brasileiro

Vivida neste nosso carnaval

Toda beleza de um amor

Cativeiro.

Ila, lê, lê

Ila, lê, lê

Pedra como esta

Ta difícil de encontrar.

Foi o saudoso Carlos Gomes

Quem esta obra inspirou

E hoje vota nos a memória

De sua glória, sua história

Seu valor

Desculpe se faltei com a

Verdade

Com mil respeitos ao máximo criador.

43

Rio de Debret Samba enredo

Chacal e Ildefonso Dé Vieira

Veio de mares distantes

Buscando em nossos ares

Sua recuperação

Tornou-se o mais louco

Dos amantes

Retratando o Brasil

Em seus padrões

Da senzala ao casarão

Sinhá moças a mucamas

Do escravo ao barão.

Foi Debret

Que pintou este país

Foi o samba

Quem lhe fez feliz

Mas esqueceu...

Mas esqueceu

Da sua França querida

Dedicando a sua vida

A riqueza nacional

Viveu nossos usos e costumes...

44

Vinte e Cinco Anos

Samba Enredo

Vinte e cinco anos de alegria

A nossa escola desceu

Trazendo ao povo de São João

Aquele abraço

Que ela sempre mereceu

Foi de suas glórias passadas

Que seu nome

Pra sempre ficou

E das mais belas jornadas

E do “Ginêgo” que ela

Sempre apresentou

E porém

E porém...

Já devo ressaltar

Ressaltar...

Que a escola que desfila

Desce com todos

O seu samba a cantar

Um prazer eu trago comigo |

A escola de samba |

“Depois eu Digo” |Bis

Será sempre imitada |

Mas nunca |

Será igualada. |

45

REFLEXÕES

Desilusão

Perdido no bosque da vida vai indo destino incerto.

Apago meu rastro no chão

Pra nunca ser descoberto. Fujo de tudo e todos.

Das maldades que o mundo ensinou.

Sozinho vagando sem rumo

Sem reta sem nada

eu estou, eu já fui festa, fui

motivo de euforia

Já tive glórias mil aplausos

A avenida

Veio a tristeza tomou conta

da alegria

Consome o tempo belos dias da minha vida

Eu já nem posso nem consigo

acreditar

Que a ingratidão disse para

Fosse um dia

Ao desespero sem apelo

A me levar

A me lançar decadente na

Orgia.

Se hoje choro é porque não sei mais sorrir

Se agora conto faço tudo para esquecer

Pois só assim não nem lembro de

Existir. Pra essa gente que tem feito

Meu sofrer.

Quando chegar pois já esta perto

O meu fim

Aí verão que enganaram em mal dizer

Que este homem que morreu

Dentro de mim

Deixa pra vida o que a morte

Não vai ver.

46

A vida me dá o castigo

Depois me dá o alento

E eu vou ao sabor do vento

Não sei onde vou parar

Se complicar eu desligo

E se não der eu agüento

Danço e canto

O desalento que tocar

A vida me dá o castigo

Daquilo que fiz eu não digo

Depois de tanto tormento

Me traz um pouco de alento

E eu vou ao sabor da (?)

Por mais que me esforce

E que faça.

Eu sou o sopro infeliz

Do sopro final desses ventos

Ah! Você não vai me acompanhar

Do pranto que eu faço é o rio

Do rio é um mar.

O agiota

O agiota costuma dizer que vai quebrar o galho do amigo, mas é o amigo

que acaba quebrando.

Recordar é bom

Reviver é melhor ainda.

Chacal.

47

“Você prefere viver com um marido largado ou viver largada do

marido”.

Se eu tiver u dia que acabar com a inflação, com certeza, primeiro

acabaria com os economistas.

Os economistas são nada mais nada menos que meros defensores do

capital.

Salve ó bela mulher!!!

Quero apenas lhe ver feliz

Dê seu mais belo sorriso

Transborde do fruto a raiz

Flores de bem me quis

Rosa, tulipa e jasmim

Dê um sorriso pra mim...

E entregue seu corpo em chama

Ao homem que tanto te ama

Me abrace ó bela mulher!!!!

Quero sentir seu calor

Chega mais perto meu bem

Deixa eu provar seu sabor

Seus lábios cor de carmim

Rosa, tulipa e jasmim

Dê um sorriso pra mim

E entregue seu corpo em chama

Ao homem que tanto te ama.

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Poema do seu xará, o poeta Chacal

""VVaaii tteerr uummaa ffeessttaa qquuee eeuu vvoouu ddaannççaarr aattéé oo ssaappaattoo ppeeddiirr pprraa ppaarraarr.. AAíí eeuu ppaarroo ttiirroo oo ssaappaattoo ee ddaannççoo oo rreessttoo ddaa vviiddaa""