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Mudanças nas estratégias dos negócios Impactos no mundo do trabalho

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PRODUÇÃO INTEGRADA (1) A produção industrial que até os anos 60 era dominada pelo fordismo, um

modelo de produção integrado e de larga escala, produzindo para o consumo de massa.

É considerado um modelo rígido, de baixa flexibilidade na configuração do produto, dirigido pela produção, com rotinas e processos produtivos bem definidos e constantes.

A fábrica era integrada, produzindo diretamente todos os componentes que constituíam seus produtos – a FORD, por exemplo, produzia todos os bancos de couro de seus veículos, com grandes setores de costureiras especializadas em estofamento nas fábricas.

Tem um episódio conhecido, que foi objeto de um filme recente sobre a luta das mulheres por salários iguais na fábrica da Ford em Londres – “A Revolução de Dagenhan” – eram 187 mulheres costureiras especializadas no setor de estofamento - pararam a produção por falta de bancos e obtiveram igualdade de 92% nos salários.

(1)Volkswagen produção: http://www.vwbr.com.br/ImprensaVW/page/Producao.aspx, acesso em 13/08/2015

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PRODUÇÃO INTEGRADA (2)

Nesse modelo o trabalho era mais estável, com rotinas bem definidas, procedimentos estabelecidos para a produção em série de produtos exatamente iguais em especificações técnicas e requisitos de qualidade.

A fábrica era, de certa forma, o centro da vida do trabalhadores, muitos residiam em conjuntos habitacionais dessas fábricas, a rotina do trabalho era dominada e os trabalhadores se organizaram em defesa de seus direitos.

O perfil era de um trabalhador especializado, semi-qualificado, treinado no modelo taylorista de tempos e movimentos de uma determinada etapa de um processo industrial específico, que não se manifestava sobre a produção ou seu planejamento e gerenciamento, não se pedia dele iniciativa, não era ouvido – o trabalhador era um especializado executor de tarefas determinadas e repetitivas.

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OS PRINCIPAIS PROTAGONISTAS

Os grande nomes desse modelo são Taylor, que organizou o trabalho nas fábricas separando o “pensar” do “fazer, ainda que este fazer seja uma introdução de conhecimento organizado na fábrica: pensavam os engenheiros, executavam os operários, muito bem treinados em atividades repetitivas nas linhas de montagem, inventadas por Henry Ford, que determinam o ritmo da produção, sistema até hoje utilizado e aprimorado na indústria, inclusive com o uso intensivo de robótica. Tempos Modernos de Charlie Chaplin é uma feroz e cômica

paródia dos trabalhadores nas linhas de montagem.

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PRODUÇÃO FLEXÍVEL

Os anos 70/80 marcam o início e o aprofundamento das mudanças nas estratégias de organização dos negócios, determinados por necessidades econômicas e mercados mais fragmentados.

Tais mudanças foram propiciadas por inovações em tecnologias de informação e de gestão das empresas, tendo como pano de fundo a crise do Petróleo (1973) que gera uma crise econômica e deflagra a recessão nos principais países industriais ocidentais, especialmente os EUA.

A crise foi a oportunidade de expansão comercial da indústria japonesa que desde os anos 50/60 vinha ganhando produtividade, qualidade e competitividade apoiada:

No controle estatístico de qualidade da produção, amplamente adotado na indústria japonesa e que foi desenvolvido por Deming, um engenheiro americano (1), e

No Toyotismo, tecnologia de gestão voltada para produtividade e eliminação de desperdícios, desenvolvida no próprio Japão pela Toyota e aplicada em sua fábrica de veículos automotivos para se recuperar de um estado de quase falência.

Outro aspecto relevante na mudança dos negócios foi a estratégia adotado pela indústria japonesa para absorção de tecnologias em seus produtos, que foi a contratação do fornecimento de componentes de outras empresas especializadas, em contratos de longo prazo.

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(1) William Edwards Deming https://deming.org/

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O TOYOTISMO O toyotismo respondeu a uma necessidade do mercado japonês de

diferenciação de produtos para diferentes tipos de consumidores, oposto ao consumo em massa padronizado do grande mercado americano – a empresa japonesa produzia em lotes menores para atender grupos de consumidores e assim reorganizou o processo produtivo.

Esse modelo de produção introduz maior flexibilidade na fábrica, requer trabalhadores mais qualificados e multifuncionais, com maior cooperação em equipes, polivalentes que desempenham atividades variadas na fabricação, manutenção, controle de qualidade e tem uma visão do conjunto do processo em que atuam, diferente da fragmentação especializada do modelo Taylor/Ford. O controle de qualidade passa a ser concomitante com a produção e não mais no

final da linha e a manutenção de alguns equipamentos são de responsabilidade do operador, tudo para não interromper a produção e garantir a entrega com qualidade no menor prazo – maior produtividade e menores custos.

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O TOYOTISMO (2)

Além disso, no toyotismo, instalam-se os círculos de controle de qualidade e a metodologia PDCA (plan, do, check, action: planejar, fazer, verificar e agir):

Os operários são instados a analisar problemas e propor soluções em um processo de melhoria contínua de qualidade, ampliando sua visão de processo e expandindo suas atividades e expectativas de desempenho.

O trabalho antes estável no modelo fordista passa a ser mais amplo, instável e a exigir diferentes habilidades do trabalhador.

Atualmente o tempo de treinamento introdutório de um operário qualificado em uma fábrica da Toyota é de 5 meses e inclui desde as atividades técnicas, a filosofia da empresa a estágios em concessionárias para melhor entender o consumidor.

Ao passar a contratar fora o fornecimento de motores e componentes, em contratos de longo prazo, a Toyota adota métodos gerenciais que assegurem a qualidade e a entrega no prazo certo dessas aquisições – elas chegam direto para a linha de produção, eliminando estoques.

Isto é obtido com especificações de qualidade, entrega just in time e forte gerenciamento dos fornecimentos: estava desenhada desde os anos 80 a CADEIA PRODUTIVA e sua gestão comandada pelo fabricante.

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O TOYOTISMO (3) Assim, além das profundas alterações nos processos

produtivos internos a Toyota estabeleceu parcerias em contratos de longo prazo, com poucos fornecedores selecionados, para desenvolver em conjunto as peças dos novos carros (ou das suas atualizações) e garantir os fornecimentos. Com vistas a obter melhoria de qualidade em motores e

componentes. Externalizou a produção das peças e componentes, cujo

fornecimento era gerenciado pela montadora, estabelecendo o conceito de cadeia produtiva. Os fornecedores eram obrigados a adotar no seu processo de

produção as mesmas técnicas de planejamento e controle de qualidade.

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TOYOTISMO NO BRASIL

Avança nos anos 80 e 90 com as práticas de just in time, puxado pela indústria automobilística.

Em 1996 a Volkswagen iniciou a fabricação de caminhões e ônibus em Resende no Rio de Janeiro adotando um conceito pioneiro no mundo: o de consórcio modular, que trouxe os fornecedores para dentro da fábrica e operando diretamente na linha de montagem.

O sistema é flexível, permite a produção de veículos personalizados, produz sem estoques, reduz investimentos e custos de produção.

A remuneração dos trabalhadores que atuam na linha produção foi equiparado.

Em sua gestão as empresas adotam os princípios de qualidade total e introduzem os círculos de qualidade total, a melhoria contínua de qualidade, as técnicas de eliminação de desperdício, a produção enxuta e procuram as certificações de qualidade internacionais para serem reconhecidas no mercado.

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TOYOTISMO NO BRASIL (2)

Já circula no Brasil desde fevereiro deste ano o Renegate, Jeep da Ford/Crysler , que instalou um polo automotivo em Goiana, Pernambuco.

No Polo, além da montadora Jeep, estão instalados os principais fornecedores do veículo, num modelo muito semelhante ao consórcio modular implantado pela Wolkswagen em Resende. A fábrica de ônibus e caminhões de Resende foi adquirida

pela alemã MAN SE, e no Brasil é a MAN LATIN AMEREICA. Veja adiante algumas fotos da linha de montagem do

Jeep Renegate, onde estão aplicados mais de 700 robôs.

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MONTAGEM DO JEEP RENEGATE

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EXPANSÃO TERRITORIAL DAS CADEIAS PRODUTIVAS

As cadeias produtivas seguiram dois rumos divergentes: De um lado as montadoras criaram os consórcios

modulares e polos automotivos, trazendo os seus fornecedores para maior aproximação territorial, operando em grande áreas de terreno;

De outro buscaram ou apoiaram fornecedores em diversas partes do mundo, associando as cadeias produtivas à globalização.

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NEGÓCIOS NO MUNDO GLOBAL

Segundo Maria de Lourdes Mollo(2), da UNB, a globalização da economia é o movimento de expansão dos mercados no qual as fronteiras parecem desaparecer, que começou com o comércio de mercadorias e serviços, passou pelo dinheiro através de empréstimos e financiamentos e chegou à indústria com o desenvolvimento das multinacionais.

No mundo atual, a produção dessas empresas está organizada em cadeias produtivas globais, com partes da produção espalhadas em diferentes países onde encontrem mais vantagens para reduzir custos e melhorar suas condições de concorrência, e são fortemente apoiadas pelo desenvolvimento de telemática, informática e avanços logísticos.

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CADEIAS PRODUTIVAS - SINTESE

As cadeias produtivas se caracterizam pela sucessão de etapas produtivas a cargo de diferentes empresas, comandadas por uma ou mais de uma delas, que distribuem as atividades ao longo da cadeia através de contratações de fornecimentos. Podemos entender que uma cadeia produtiva é uma

sucessão organizada de fornecimentos contratados desde a entrega final até a aquisição da matéria prima.

E que as decisões de comprar de terceiros ou produzir internamente são determinadas pelos riscos do fornecimento e custos envolvidos nas contratações.

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A EXTERNALIZAÇÃO DO TRABALHO

Na busca frenética por melhores condições de concorrência as empresas tratam de reduzir seus custos com mão de obra, numa extensão do conceito de produção enxuta e flexível também para o mundo do trabalho.

Com o objetivo principal de eliminar estoques de mão de obra, como se fez com o just in time nas linhas de produção, aprofundam-se as medidas de gestão enxuta e flexível no trabalho.

A ideia é a de que somente se tenha pessoal ocupado, em atividade produtiva, sem paradas e ociosidade, e assim se organizam os processos e o trabalho nas empresas.

Essa estratégia de flexibilização na gestão elimina trabalhadores regularmente contratados das empresas e leva à contratações e subcontratações indiretas de pessoal através de empresas terceiras sob a forma de prestação de serviços.

A principal característica desse tipo de contratação na visão de Paula Marcelino, doutoranda Unicamp, é como se estabelecem os contratos de trabalho que são intermediadas, ou seja, entre o trabalhador e a atividade que ele desenvolve para produção da empresa existe uma outra empresa que aufere lucros dessa intermediação da força de trabalho.

Considera mais estável para análise essa visão da forma de contratação do os conceitos fluidos de definições de atividades meio ou atividades fins e mesmo maior especialização técnica das empresas intermediárias.

Crescem nesse quadro novas formas de contratação, inclusive as terceirizações, que já estão distantes do conceito inicial de melhoria de qualidade de produtos e passam a ser mecanismos de redução de custos.

As novos formas de contratar pessoas que são praticados pelas empresas em busca de mais flexibilidade são fortemente apoiadas em tecnologias de informação e telemática, que permitem a um só tempo, fragmentar e integrar o trabalho.

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NOVAS FORMAS DE TRABALHO CONTEMPORÂNEO

O trabalho contemporâneo comporta diferentes formas de expressão em seus aspectos contratuais, desde o trabalho interno permanente, ou seja de prazo indeterminado, com regras contratadas e proteção social, à pura e simples prestação de serviços com pessoal na informalidade e mesmo serviços prestados por unidades empresariais completamente informais.

Nesse caminho de maior para quase nenhum grau de proteção social aos trabalhadores, diferentes formatos vem sendo adotados:

Trabalho temporário; Trabalho de tempo parcial; Trabalho em casa – home office; Teletrabalho; Trabalho independente ou por conta própria; Trabalho informal.

Desse rol de novas modalidades o trabalho temporário e o teletrabalho, mais recentmente1, contam com alguma forma de regulamENtação.

Vale pontuar que o sistema de proteção social no Brasil é fortemente de cunho contributivo, estando, portanto, voltado para os trabalhadores com contratos formais que contribuem para a previdência e cujos contratantes recolhem encargos.

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Lei 12.551/11, que modificou o artigo 6.º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),

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EXPRESSÃO DO TRABALHO CONTEMPORÂNEO

Além dos formatos contratuais de crescente flexibilidade, o trabalho contemporâneo, moldado pelo aprofundamento da gestão em moldes toyotistas, é crescentemente instável, mesmo para os que trabalham com vínculo profissional legalizado.

Essa constante instabilidade decorre das novas exigências do trabalhador polivalente, em constante processo de avaliação, que persegue metas de produtividade e resultados e está sempre sendo desafiado em suas atividades por inovações e deve dar resposta adequadas a todas estas questões.

Há um processo de individualização do trabalho, onde, em muitos casos o trabalhador compete e é avaliado por seus pares.

Emerge dessa condição a necessidade de aprendizado contínuo, da atualização constante de novos conteúdos do trabalho e habilidades interpessoais, de visão crítica e tomada de decisões.

Segundo Maria José Bretas Pereira, especialista em desenvolvimento profissional, no mundo contemporâneo conhecimento é o principal recurso do trabalhador nas empresas e seu diferencial de competitividade e empregabilidade.

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A TERCEIRIZAÇÃO

Cadeias produtivas globais e terceirização são indissociáveis, uma vez que o espalhamento mundial de etapas da produção ocorre numa sucessão de contratações e subcontratações, o que torna muitas vezes complexa as relações comerciais dentro de uma cadeia produtiva e abre espaços para procedimentos nem sempre adequados.

A implantação das cadeias produtivas com fornecimento de terceiros, como inicialmente com a Toyota, teve como objetivo principal melhorar a qualidade do produto.

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DESVIRTUAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO

Os propósitos iniciais da terceirização de melhoria de qualidade foram desvirtuados, uma vez estabelecidas as suas bases:

A negociação comercial leva à pressões para minimização dos custos dentro dos padrões de qualidade estabelecidos.

O principal fator de gerenciamento dos custos é o da mão-de-obra, onde influem as condições de qualificação dos trabalhadores e a sua organização, em torno de Sindicatos.

Para superar a força dos Sindicatos as multinacionais espalharam as suas unidades produtivas e contratações terceirizadas por todo o mundo, buscando – sucessivamente – países e regiões onde encontram dois fatores principais:

Mão-de-obra qualificada ou com formação básica para serem qualificados; Menor organização sindical ou menor força dos sindicatos.

A África é a última fronteira para onde estão se deslocando a produção das multinacionais, especialmente a produção têxtil.

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TIPOS DE TERCEIRIZAÇÃO

Ela pode ser externa ou interna: Externa quando o fornecedor tem a sua produção em

unidade fabril independente do comprador, como por exemplo a fabricação dos pneus.

Interna quando faz a produção dentro da própria fábrica do comprador, ou dentro de um condomínio industrial, como é a montagem do conjunto roda/pneu, ou eixo/roda/pneu.

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TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS AUXILIARES

Uma terceirização do tipo interna, muito comum é a de serviços auxiliares, como limpeza, segurança, transporte, manutenção e outros.

Inclui também serviços administrativos como contabilidade, atendimento ao consumidor, etc

São caracterizados como atividades-meio e permitidas pela jurisprudência.

Embora exercida dentro da empresa é realizada por empresa contratada especializada na atividade auxiliar.

A categoria profissional e sindical é diversa da categoria da empresa contratante.

Na Administração Pública o Decreto Lei 200/67 em seu Art. 10 já previa a terceirização de atividades de execução por empresas especializados do setor privado.

Ver http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm

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MODELOS RADICAIS

A terceirização como dinâmica de estruturação empresarial ocorre quando a empresa passa a transferir para outras empresas as suas atividades produtivas.

No limite pode ocorrer a transferência total, com a empresa transformando-se em “empresa oca” ou “empresa vazia”.

Ela é constituída apenas de capital financeiro e uma diretoria responsável, e todas as demais atividades, inclusive as de controle das subsidiárias e parceiras são terceirizadas, isto é, terceiros gerenciando ou monitorando terceiros – as chamadas “quarteirizações".

Um modelo comum é a da empresa que é apenas a detentora de marca, permanecendo unicamente com a estratégia de marketing e comercialização, transferindo toda produção industrial a terceiros. Um exemplo clássico é a NIKE.

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REGULAMENTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO

Está em curso no Senado Federal projeto de lei para regulamentação da terceirização, tendo já sido aprovado pela Câmara dos Deputados.

O disposto no projeto de lei está quase exclusivamente voltado para a terceirização interna, que traz para dentro da empresa trabalhadores de outras empresas os quais atuarão ao lado dos trabalhadores da contratante nos serviços e na produção.

Esta forma de terceirização interna é que mais tem suscitado debates, sendo tratada mais explicitamente no PLC 30/2015, cujo sumário e texto integral estão disponíveis no site do Observatório do Trabalho Decente.

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TERCEIRIZAÇÃO EM SUA BASE O texto colocado para leitura procurou traçar uma

história resumida do processo de externalização do trabalho nos negócios das empresas, com diferentes formas de contratação e terceirizações.

Essas novas modalidades de contratação/externalização do trabalho ocorrem em sua bases? Qual o formato dessas novas contratações?

Existem processos de terceirização nas empresas? Como ele se dá? Com que extensão? Em que setores de atividades?

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TEXTOS CONSULTADOS Ricardo Afonso Ferreira de VASCONCELOS PGTE – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Domingos Leite

Lima Filho PGTE – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - DO MODELO KEYNESIANO-FORDISTA AO SISTEMA DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL: MUDANÇAS NO PERFIL DO TRABALHO E NA QUALIFICAÇÃO - http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/quarta_tema3/QuartaTema3Artigo4.pdf

DIEESE - O PROCESSO DE TERCEIRIZAÇÃO E SEUS EFEITOS SOBRE OS TRABALHADORES NO BRASIL - http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BA5F4B7012BAAF91A9E060F/Prod03_2007.pdf

Sylvia Lorena:http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/quarta_tEconomia da UNICAMP. - https://www.econbiz.de/Record/o-decl%C3%ADnio-de-bretton-woods-e-a-emerg%C3%AAncia-dos-mercados-globalizados-belluzzo-luiz-gonzaga-mello/10001194378

GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA, EXCLUSÃO SOCIAL E INSTABILIDADE,,Maria de Lourdes Rollemberg Mollo, Professora do Departamento de ema3/QuartaTema3Artigo4.pdf Terceirização e o fim da insegurança jurídica - Confederação Nacional da Indústria – CNI

TERCEIRIZAÇÃO – ASPECTOS GERAIS. - A ÚLTIMA DECISÃO DO STF E A SÚMULA 331 DO TST. NOVOS ENFOQUES, Marcio Tulio Viana, Gabriela Neves Delgado, Helder Santos Amorim, Rev. TST, Brasilia, vol. 77, no 1, jan/mar 2011 - http://www.tst.jus.br/documents/1295387/1313002/3.+Terceiriza%C3%A7%C3%A3o+-+aspectos+gerais.+A+%C3%BAltima+decis%C3%A3o+do+STF+e+a+S%C3%BAmula+n.+331+do+TST.+Novos+enfoques

Terceirização e a Natureza da Firma, Vinícius Carrasco , em Leis da Oferta – Exame 17/04/2015 - http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/leis-da-oferta/2015/04/17/terceirizacao-e-a-natureza-da-firma/

O declínio de Bretton Woods e a emergência dos mercados “globalizados” , Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo , Instituto de Economia da Universidade de Brasília - http://www.cefetsp.br/edu/eso/globalizacao/globalizacaoeconomia.html

Marcelino, Paula Regina Pereira, A ação sindical ed trabalhadores terceirizados na região de Campinas, in Riqueza e miseria do Trabalho no Brasi, Boi tempo Editorial. 2014.

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