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Mudas: a base da Citricultura A · Formação do viveiro C om as normas emitidas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a instalação de viveiros e a produção de mudas

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Apalavra inglesa para viveiro é

“nursery”, que também

significa berçário. Nada mais

adequado: é nos viveiros que a citricultura

tem seu berço, onde são produzidas as

mudas que irão garantir, no futuro, um

parque citrícola saudável e produtivo.

Consciente de que muda sadia é

uma das condições para evitar a

disseminação de pragas e doenças, o

Fundecitrus a partir de 1997, passou a

orientar viveiristas e citricultores sobre

Mudas: a base da CitriculturaSanidade do pomar começa no viveiro

a tecnologia adequada para produção

de mudas e atuar na inspeção de

viveiros.

Desde então, cada viveiro de São

Paulo e sul do Triângulo Mineiro passa,

bimestralmente, por rigorosa

fiscalização.

Esse trabalho já evitou, por

exemplo, que milhões de mudas

contaminadas com cancro cítrico fosse

para o campo, o que disseminaria ainda

mais a doença.

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Desde 1999 a Secretaria de

Agricultura e Abastecimento

do Estado de São Paulo vem

editando normas legais para produção

de mudas cítricas. Com o surgimento

da morte súbita dos citros (MSC)

aumentou o rigor nas medidas para

garantir a segurança da sanidade do

parque citrícola. O objetivo é tornar

obrigatória a aplicação da tecnologia

mais moderna e mais eficaz.

Veja as principais normas:

• obrigatoriedade de produzir mudas

e porta-enxertos em ambiente telado;

• a Secretaria de Agricultura e

Abastecimento do Estado de São

Paulo só registra viveiros telados;

• uso obrigatório de tela de malha com

Ambiente protegido é norma legal

abertura de, no máximo, 0,87 mm x

0,30 mm, em viveiros e no transporte

de mudas;

• proibição de trânsito de mudas,

borbulhas e porta-enxertos para fora

da região contaminada pela morte

súbita dos citros;

• mudas produzidas em outros

Estados, e destinadas ao plantio no

Estado de São Paulo deverão conter,

obrigatoriamente, permissão de

trânsito, emitida pela entidade de

Defesa Sanitária Vegetal do Estado

de Origem e Autorização de entrada,

emitida pela Coordenadoria de

Defesa Agropecuária - CDA;

• as punições incluem a proibição de

comercialização de mudas até sua

apreensão e destruição, além de multa.

A garantia da citricultura nacional forte e

saudável é ter viveiros que seguem todas

as normas técnicas para a produção de

mudas e que são submetidos a constantes

inspeções de órgãos oficiais.

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Lote de mudas

cítricas certificadas

As portarias 15 e 16 da

Coordenadoria de Defesa

Agropecuária (CDA),

editadas em 15 de outubro de 2003,

definem as condições para que a muda

seja certificada ou fiscalizada.

Citricultura brasileira

é referência mundial

Pelas razões apresentadas neste manual é possível

afirmar, sem qualquer erro, que o Estado de

São Paulo é referência mundial na produção de

mudas cítricas. O sistema de produção e as normas

fitossanitárias, que visam proteger a sanidade do maior

parque citrícola do mundo, estão servindo de

modelo para que outros estados e países

desenvolvam seus próprios sistemas.

Especialistas do exterior visitam os viveiros

paulistas para conhecer de perto as conquistas

alcançadas por governo, produtores,

pesquisadores e indústria.

Mudas fiscalizadas e certificadas

Muda fiscal izada - aquela

produzida de acordo com as normas,

sob a supervisão da Entidade

Fiscalizadora e responsabilidade do

próprio produtor, por meio do

Responsável Técnico.

Muda certif icada - aquela

produzida de acordo com as normas

e responsabilidade conjunta da Coorde

nadoria de Defesa Agropecuária

(CDA), por meio de Engenheiro

Agrônomo designado, e do próprio

produtor, por meio do Responsável

Técnico.

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Osucesso na produção da

muda e de seu desenvolvi-

mento no pomar está basea-

do no conjunto de condições de como

ela é trabalhada no viveiro e no campo.

Planta sadia tem origem

Asanidade é fundamental na escolha

da semente. Por isso, ela deve ter

origem comprovada e ser comprada

de entidades ou organizações reconhe-

cidas e registradas pela Secretaria de

Agricultura e Abastecimento.

A portaria estadual estabelece que

as sementes para produção de porta-

enxertos devem ser submetidas a

tratamento térmico a 52 ºC durante 10

minutos.

Semente

Os porta-enxertos (cavalinhos)

devem ser formados em tubetes,

bandejas ou embalagens definitivas. Se

comprar o produto de terceiro, deve

exigir nota fiscal que comprove a

caracterização do vendedor, a origem

e a variedade do cavalinho.

Na fase final, o enxerto e o porta-

enxerto devem constituir uma haste

única, ereta e vertical, tolerando um

desvio de no máximo 15 graus.

Porta-enxerto

Este manual apresenta as

recomendações técnicas que o viveirista

deve seguir para desenvolver uma boa

produção. Aplicá-las corretamente é um

primeiro passo no caminho do sucesso.

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Borbulha

Como as sementes e os porta-

enxertos, as borbulhas devem ser

procedentes de instituições reconheci

das e registradas pela Secretaria de Agri-

cultura e Abastecimento.

Borbulha é um pedaço de casca da

planta matriz e que tem uma gema capaz

de produzir a planta cítrica original. É

conveniente conhecer o potencial

genético da planta matriz, para avaliar

sanidade, produtividade e longevidade.

Mudas e porta-enxertos podem

ser contaminados pelo fungo

Phytophthora, causador da gomose e que

pode vir pela água ou pelo substrato.

Por isso, é importante tratar a água do

viveiro.

Na compra do substrato, prefira os

em “big bags” ou em caminhões-

caçamba desinfestados com cobre e

amônia quaternária. O substrato deve

ter boa porosidade e ser isento de

plantas daninhas.

Água e substrato

Substrato deve estar, de

preferência, em “big bags”

Cuidados adicionais

Olocal de recebimento, armazenagem e manuseio do substrato deve estar

separado do resto do viveiro, ser pavimentado e protegido. Os

funcionários que manuseiam substrato devem usar botas plásticas ou de

borracha, e instruídos a não circularem pela propriedade.

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Formação do viveiro

Com as normas emitidas pela

Secretaria de Agricultura e

Abastecimento, a instalação de

viveiros e a produção de mudas

Aprimeira exigência para que um

viveirista exerça a atividade no

Estado é estar habilitado, com registro

na Secretaria de Agricultura e

Abastecimento.

O viveiro deve ter um projeto

técnico, elaborado por engenheiro

agrônomo habilitado no Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia (Crea), a ser apresentado à

Secretaria. O projeto deve informar a

quantidade e variedade de mudas e

porta-enxertos a serem produzidos e

quais suas combinações.

Habilitação eprojeto técnico

Localização

Oterreno onde será construído o

viveiro deve ter boa drenagem e

terraplenagem perfeita para impedir a

entrada de águas invasoras no ambiente.

O viveiro deve estar distante de qual

quer planta cítrica a pelo menos 20 m.

É necessário haver quebra-vento e

cerca-viva a 20 m do local. A área deve

ser acessível para as inspeções e estar

sempre livre de detritos vegetais.

passam a ser uma atividade com gran

des exigências técnicas e operacionais.

Tudo está condicionado a registros e

fiscalização realizados pela Secretaria.

Projeto deve informar quantidade e

variedade de mudas produzidas

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Seguir esses itens é fundamental para

aprovar o projeto técnico:

• a construção deve ser comprida,

estreita e disposta, no seu comprimen-

to, no sentido leste-oeste;

• pé direito mínimo de 4 m;• a cobertura plástica deve ter espessura

de 150 µ (micra);• ambiente protegido com tela antia

fídica, com malha de 0,87 x 0,30 mm;• as bancadas ficam a 30 cm do solo;• as muretas laterais devem ter 40 cm

de altura, contra águas invasoras;

Estrutura

4 metros

bancadas

pé direito

Oacesso ao viveiro é feito por uma

antecâmara de no mínimo 1m2 e

com piso. Na entrada deve haver um

pedilúvio, para desinfestação de cal-

çados, contendo amônia quaternária e

cobre, e recipiente para lavagem das

mãos com digluconato de clorhexidina.

É preciso um vestiário para traba-

lhadores e visitantes, roupas apro-

priadas e botas de borracha ou plástico.

Antecâmara

30 cm

pedilúvio

40 cm

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• os carreadores centrais e entre asbancadas devem ser pavimentados;

• deve haver um ambiente separadodo viveiro, para manuseio de substrato;

• a água deve, preferencialmente, serde poço semi-artesiano. Caso sejaforçoso usar outra fonte, a água devereceber 10 gramas de cloro paracada mil litros;

• corredores entre as bancadas compiso, com camada de pedra britadaou material similar, com um mínimode 5 cm de espessura.

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Ovolume de produção do

pomar, a qualidade dos

frutos e a longevidade das

árvores dependem da escolha da mu-

da. Se o citricultor não encontrar a mu-

da ideal, é melhor esperar.

É preciso ter em mente que o

investimento em pomar deve durar

mais de 20 anos. O retorno será tanto

maior quanto melhores forem as

características genéticas levadas ao

campo pelas mudas.

Investimento para 20 anos

Como fazer o

plantio da muda

Aprogramação do plantio é

fundamental, a começar

mesmo pela entrega das mudas.

Por isso, o cictricultor deve pedir ao

viveirista que realize a entrega das

mudas apenas quando estiver prepara

do para o plantio imediato, evitando a

estocagem, que é prejudicial à planta.

1. Caso as raízes da muda estejam eno-

veladas no fundo da sacola, é reco-

mendável cortar 3 cm a partir da base.

2. O substrato deve estar sempre

molhado, mas não encharcado.

3. A cova onde a muda será plantada

deve estar úmida, para facilitar o

pegamento. Regue bem após o plantio.

2.Substrato úmido

3.Rega da cova

1.Corte de 3 cm

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Centros de Apoio Fitossanitário

Centro de Apoio de AraraquaraAv. Dr. Adhemar Pereira de Barros - 266Cx. Postal 391CEP 14807-040 - Araraquara - SPFone: (16) 201 7035

Centro de Apoio de ArarasR. da Consolação - 146Jardim BelvedereCEP 13601-060 - Araras - SPFone: (19) 3541 0598/3542 7800

Centro de Apoio de BebedouroR. Antonio Alves de Toledo - 120CEP 14700-000 - Bebedouro - SPFone: (17) 3342 4983/3343 3031

Centro de Apoio de BuritamaR. Agostinho Gambera, 679CentroCEP 15290-000 - Buritama - SPFone: (18) 691 1833/691 1900

Centro de Apoio de FrutalR. Afrânio Peixoto - 374Alto Boa VistaCEP 38200-000 - Frutal - MGFone: (34) 3421 9511

Centro de Apoio de GuarantãR. Manoel da Silva Pardal - 1247CEP 16570-000 - Guarantã - SPFone: (14) 586 1131/586 1611

Centro de Apoio de IcémAv. Simpliciano Custódio da Silveira - 534CEP 15460-000 - Icém - SPFone: (17) 282 2507/282 2868

Centro de Apoio de ItapetiningaAv. José Santana de Oliveira - 91Vila NovaCEP 18203-210 - Itapetininga - SPFone: (15) 3271 0686/3272 2979

Centro de Apoio de ItápolisR. Bernardino de Campos - 1224CEP 1490-000 - Itápolis - SPFone: (16) 3262 2182/3262 7477

Centro de Apoio de JalesR. 14 - 3010CentroCEP 15700-00 - Jales - SPFone: (17) 3632 7780/3632 6561

Centro de Apoio de José BonifácioR. 9 de Julho, 2145CEP 15200-000 - José Bonifácio - SPFone: (17) 245 2766

Centro de Apoio de MirandópolisR. Rui Barbosa, 1087CEP 16800-000 - Mirandópolis - SPFone: (18) 3701 1912

Centro de Apoio de OlímpiaR. Gen. Osório - 1120CEP 15400-000 - Olímpia - SPFone: (17) 281 4797/281 8959

Centro de Apoio de VotuporangaR. Maximiliano Lui - 975Bairro do CaféCEP 15500-000 - Votuporanga - SPFone: (17) 3422 7221/3421 8483

Ligue grátis - 0800 112155