Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 7 • nº1157

Outubro/2013

Serrinha/RN

Mulheres de Serrinha/RN colhem frutos de muita dedicação e amor

‘A troca de experiências faz crescer o aprendizado.’ diz Sebastião Lima.

Aprendendo a aproveitar o que tem

É com muita motivação e trabalho que o grupo composto por 09 mulheres da serra retoma as atividades agrícolas dos fundos da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEMASH) e garante uma renda complementar, além disso, melhora a qualidade da alimentação.

O grupo nasceu em abril de 2013 e recebe o apoio de Alzira Quirino da Rocha (Secretária de Assistência Social), Maria de Fátima Jerônimo Barreto (Orientadora Social) e Sebastião Antônio de Lima (Agricultor).

Venda e Consumo próprio

O trabalho cooperativo destas mulheres resulta na produção de pimentão, coentro, cebolinha, couve-manteiga, alface, cominho, quiabo, brócolis, rúcula, pimenta de cheiro, hortelã, tomate cereja, jerimum, jiló, berinjela, goiaba, acerola, banana e mamão. 'Agora eu não preciso comprar verdura na feira, eu tenho.', diz Adriana Diogo, 39 anos.

Os alimentos produzidos nos fundos da secretária são vendidos para a população de Serrinha, o que proporciona a estas mulheres um complemento quinzenal na renda familiar. Este complemento tem melhorado a qualidade de vida deste grupo de mulheres.

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Rio Grande do Norte

Realização Apoio

Antes e Depois

Muitas são as histórias de luta vividas por estas mulheres. Procurar algo que pudesse

ocupar a mente, afastar o sofrimento, driblar os problemas diários e sentir-se inclusa

na sociedade eram o que se mais desejava. É o caso, por exemplo, de Ana Glória dos

Santos (45 anos), desempregada e com 02 filhos para criar sozinha, buscou o projeto

das mulheres na horta e encontrou alegria. Antes sem nenhum tipo de experiência com

agricultura, mas com muita determinação e prazer, Ana aprendeu todas as etapas da

produção e está bastante feliz. Já Dejanete Secundo da Rocha (35 anos) e Dalvina

Gomes dos Santos (38 anos) começaram na agricultura ainda criança, ajudando os pais

com trabalho na roça.

Alimentar-se com segurança e de forma sustentável

O cultivo das hortaliças e das frutas é seguro e sustentável. As mulheres relataram que o controle de pragas é através do uso de defensivos naturais (ninho, farinha de trigo, detergente vegetal, óleo vegetal, extrato de pimenta) e que para adubação utilizam esterco de gado, cabra e frango, pó de café, compostagem, humus de minhoca, técnicas naturais que preservam o solo e o alimento de contaminações.

‘Era uma tristeza, desânimo e

muita dor. Depois da horta a

m i n h a v i d a m u d o u .

Sou alegre e com vontade

de viver.’ Ana.

‘Estou bastante feliz com o

meu trabalho aqui na horta.’

Dejanete.

‘Energ ia a t rasada , f i lho

doente, sem dinheiro remédio.

Depois da horta todos meus

problemas foram resolvidos.’

Dalvina.