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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano Fátima Sousa Página 1 Escola Cooperativa de Vale S. Cosme Situação das mulheres no Mundo Muçulmano Trabalho da disciplina de: Economia C Realizado por: Fátima Sousa, 5297 Orientador: Professor Francisco Carvalho Vale S. Cosme Junho 2012

Mulheres no mundo muçulmano

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 2

Índice

Introdução ........................................................................................................................ 3

Direitos Humanos ............................................................................................................. 4

A mulher ........................................................................................................................... 5

2.1 Direitos das Mulheres ............................................................................................. 6

O que são os Direitos das Mulheres.......................................................................... 6

Como surgiram os Direitos das Mulheres ................................................................. 6

Quais são os Direitos das Mulheres .......................................................................... 7

O papel da Mulher na sociedade .............................................................................. 8

Emancipação das mulheres em Portugal e a sua atual situação .............................. 9

Diferenças entre homens & mulheres .................................................................... 10

Mundo muçulmano ........................................................................................................ 11

3.1 A mulher no mundo muçulmano .......................................................................... 11

A opressão da mulher é maior no mundo árabe, porquê? ..................................... 12

Curiosidades ................................................................................................................ 17

3.2 Comparação entre a mulher portuguesa e a mulher afegã ................................. 17

-Mulher portuguesa ................................................................................................ 17

-Mulher afegã .......................................................................................................... 21

Conclusão........................................................................................................................ 23

Webgrafia ....................................................................................................................... 25

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Fátima Sousa Página 3

Introdução

A temática deste trabalho foi sugerida pelo Professor Francisco Carvalho com o

intuito de nos mostrar as várias facetas que os Direitos Humanos podem ter. Assim, eu

com este trabalho individual pretendo para além de ter boa nota para

consequentemente subir a minha nota final a Economia, aprender um pouco mais

sobre este tema. Um tema que é muito importante para a Humanidade e com a

situação que o mundo atravessa é um tema que levanta sempre várias questões.

Este trabalho vai-se basear fundamentalmente nos direitos que as mulheres

muçulmanas têm e que apesar disso, ainda continuam a não ter um papel ativo na

sociedade. No entanto, irei abordar de uma forma geral o que são os Direitos

Humanos e mais tarde os Direitos das Mulheres.

Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres

humanos e surgiram em 1789 e a partir daí já existiram três gerações: a 1ª geração

recai sobre os direitos individuais, civis e políticos; a 2ª geração abrange os direitos

económicos, sociais e culturais e por fim a 3ª geração fala dos direitos coletivos.

Anos mais tarde, em 1975, as mulheres americanas organizaram uma

manifestação para reivindicar os seus direitos e como o golpe foi bem-sucedido, um

pouco por todo o mundo, as mulheres ganharam força e coragem para dar voz aos

seus direitos. Assim o termo Direito das Mulheres refere-se à liberdade inerente e

reclamada pelas mulheres de todas as idades e classes sem preconceito e

discriminação.

Porém as mulheres ocupam uma posição de inferioridade na sociedade

muçulmana, que ainda continua a subjugar as mulheres!

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Fátima Sousa Página 4

1. Direitos Humanos

Os Direitos Humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos.

O conceito de Direitos Humanos apresenta a ideia de liberdade de pensamento,

de expressão, e de igualdade perante a lei. Estes são Direitos que todas as pessoas têm

devido á sua condição humana, de forma a viverem em liberdade e dignidade. Eles são

um direito inato, ou seja, nasce com a pessoa.

Os Direitos Humanos servem para

eliminar todo o tipo de discriminação, proteger a

vida e a integridade física, assegurar condições

mínimas de vida e garantir o exercício dos

direitos e das liberdades individuais.

A Declaração dos Direitos do Homem e do

Cidadão nasceu em França em 1789, mas só mais

tarde, a 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a

Declaração Universal dos Direitos Humanos, que apresenta 30 direitos referentes ao

Homem.

No entanto, esta Declaração foi passando por várias etapas desde o Cilindro de

Giro em 539 a.C., Magna Carta em 1215, Habeas Corpus em 1679, Declaração de

Direitos da Virgínia em 1776, Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão em

1789 e por fim a Declaração Universal dos Direitos do Homem em 1948.

Ao longo da história, os Direitos Humanos foram sofrendo uma evolução,

passando por diferentes gerações de direitos, como:

-1ª Geração de direitos humanos: surgiu no século XV||| e começou com os

direitos individuais, civis e políticos. Como por exemplo: direito de voto, liberdade de

expressão, de reunião, de manifestação

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Fátima Sousa Página 5

-2ª Geração de direitos humanos: surgiu no século X|X e XX e passou a

abranger os direitos económicos, sociais e culturais. Como por exemplo: direito á

greve, á segurança social, á educação e ao trabalho.

-3ª Geração de direitos humanos: surgiu no

século XX e englobou os direitos coletivos.

Como por exemplo: direito ao desemprego,

á paz, ao desenvolvimento, á qualidade do

ambiente, ao usufruto do património da

humanidade.

Os Direitos Humanos também apresentam algumas

características de entre as quais:

-Universal: pertencem a todas as pessoas, qualquer que seja a sua condição

social, género, etnia, religião ou nacionalidade.

-Interdependente: os direitos humanos estão inter-relacionados

-Indivisíveis: todos os direitos humanos são igualmente importantes e

necessários não se podendo hierarquizar.

- Inalienáveis: não podem ser cedidos ou retirados a ninguém.

Deste modo, os Direitos Humanos são algo inatos e que cada pessoa tem o

direito de não ser privado desses mesmos direitos.

2. A mulher

A mulher não era considerada na sociedade, ou seja, não era tratada por igual,

era considerada meramente um objeto. Alguns homens matavam as filhas para não

terem despesas com o casamento. Na Arábia enterravam-se mulheres vivas como

forma de punição; noutras partes do mundo queimavam mulheres vivas que tinham

ficado sem o marido e noutras. Em alguns sítios a mulher era completamente

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dependente dos homens, se casasse passava a ser propriedade do marido e em antes

de casar era dependente do pai ou de um irmão.

A mulher não podia exercer nenhuma função pública ou civil, não podia adotar

nem ser adotada e nem podia fazer testamento ou contrato. Os homens casavam

quando queriam, divorciavam-se delas

quando lhes apeteciam e casavam com o

número de mulheres que desejavam.

Só em 1870 a situação começou a

melhorar para o sexo feminino. Mas até hoje

a mulher no oriente, continua a lutar pelos

seus direitos.

Atualmente, as reivindicações e movimentos pela garantia dos direitos da

mulher são assuntos prioritários nas sociedades que lutam contra a injustiça da

mulher, que faz com que a mulher se sinta aprisionada e injustiçada. Não é dado á

mulher o devido valor que ela tem, mesmo sendo ela o alicerce da família, da

sociedade e do mundo!

2.1 Direitos das Mulheres

O que são os Direitos das Mulheres

O termo Direitos das Mulheres refere-se à liberdade inerente e reclamada pelas

mulheres de todas as idades. Por vezes esses direitos são ignorados ou ilegalmente

suprimidos por leis ou por costumes de uma sociedade em particular.

Como surgiram os Direitos das Mulheres

Os Direitos das Mulheres surgiram juntamente com o Dia Internacional da

Mulher. Em 23 de Fevereiro de 1917 pelo calendário Juliano, que coincidentemente

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caiu em 8 de Março pelo calendário gregoriano, o czar russo Nicolau II foi obrigado a

deixar o governo e garantir o direito ao voto das mulheres. Somente em 1975, 64 anos

depois da convenção socialista, as Nações Unidas resolveram adotar a data como

oficial para celebrar o Dia Internacional da Mulher, que é comemorado por causa de

uma manifestação de operárias em Nova Iorque, no ano de 1857. Sendo também um

símbolo de luta revolucionária que se transformou numa jornada mundial de ação das

mulheres pelos seus direitos próprios, contra todas as formas de discriminação.

Se considerarmos o desempenho das conquistas europeias, observamos que as

francesas, ao contrário do que se pensa, foram tardias. Enquanto as britânicas e as

alemãs obtiveram o direito ao voto em 1918, pois conquistaram-no por influência da

Segunda Guerra Mundial, que possibilitou

também a criação do exército feminino (contou

com 430 mulheres encaixadas nas Forças

Francesas Livres, somado a um número muito

maior de voluntárias). As espanholas, por causa

da vitória da esquerda, conquistaram o direito

ao voto em 1931.

Entre as mulheres pioneiras em vitórias alcançadas, é relevante ressaltar a

alemã Emmy Noether, inventora da álgebra moderna e do “teorema de Noether”, que

conseguiu ser admitida como ouvinte na universidade em 1900, tornando-se

professora em 1915.

Quais são os Direitos das Mulheres

1. Direito à vida.

2. Direito à liberdade e à segurança pessoal.

3. Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de

discriminação.

4. Direito à liberdade de pensamento.

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5. Direito à informação e à educação.

6. Direito à privacidade.

7. Direito à saúde e à proteção desta.

8. Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar a sua

família.

9. Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los.

10. Direito aos benefícios do progresso científico.

11. Direito à liberdade de reunião e participação política.

12. Direito a não ser submetida a torturas e maltrato.

O papel da Mulher na sociedade

Até ao século XX, a mulher era vista apenas como um utensílio que tinha como

únicas utilidades: parir, criar e educar.

O filósofo grego Platão considerava a natureza das mulheres inferior à dos

homens, na “capacidade para a virtude”. A mulher era então vista por ele como um ser

humano sem raciocínio, comparando-a até aos escravos. Elas não tinham poder de

escolha ou de decisão em nada nas suas vidas,

nem o marido podiam escolher, limitando-se

a serem escolhidas e até a serem passadas

para outro se o marido assim o entendesse.

As suas obrigações eram venerar o marido,

educar e criar os filhos, cuidar da casa e

manter-se submissa ao seu marido. No

passado, os homens eram a super potência!

Porém, surgiu "a emancipação das

mulheres". Atualmente, a vida mudou!

Os homens não são tão superiores, como no passado. As mulheres tomaram

lugares em alguns deveres que os homens possuíam. Pode então dizer-se que em

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geral, a emancipação das mulheres igualou o status social, tornando as mulheres

capazes de explorar-se mais e permitir ser bem-sucedidas na carreira.

A emancipação das mulheres acabou com a inexistência de restrições

opressivas impostas pelo sexo, a autodeterminação e a autonomia, assim como a

realização dos seus objetivos económicos, políticos e religiosos.

O principal objetivo da emancipação da mulher era a liberdade, até porque as

mulheres têm direito á igualdade tal como os homens, uma vez que no passado, as

mulheres eram apenas objetos.

Atualmente, os direitos das mulheres estão numa lista na lei. Não deve haver

mais violência e discriminação às mulheres. Elas também são seres humanos que têm

os seus direitos de vida, liberdade de expressão, igualdade, direito á economia, á

cultura e aos direitos sociais.

Emancipação das mulheres em Portugal e a sua atual situação

A Idade Contemporânea ficou marcada pela luta social de largas massas

femininas, pois as mulheres consciencializaram-se da sua situação discriminatória na

sociedade. Esta luta social expressava-se por múltiplas ações comuns, em grande parte

de formas de organização e movimentos. O objetivo desta luta era a sua aspiração à

emancipação e à mudança para um estatuto social

mais dignificante.

As conquistas democráticas conseguidas com o 25

de Abril de 1974 tiveram uma contribuição de

grande relevo da mulher, que participou de forma

ativa e corajosa na luta reivindicativa económica e

social, para defender a liberdade.

O mérito de ter tomado as primeiras medidas

verdadeiramente a favor da emancipação da

mulher, ficou para o primeiro governo operário da história, a Comuna de Paris.

Ainda assim, não desapareceram de súbito os preconceitos sobre a mulher, pois esses

preconceitos têm na maior parte uma raiz histórica que não reside na essência do

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sistema socioeconómico, pois ainda hoje as mulheres sentem preconceito apesar de

vivermos num mundo denominado de “ser tolerante”.

Apesar do grande atraso socioeconómico herdado da era colonial e da

exploração neocolonialista, que liquidaram em vários países a poligamia e o

casamento de menores, o analfabetismo e elevou-se o nível de cultura das mulheres.

Deste modo, Portugal é um país onde a igualdade entre homens e mulheres,

deixou de ser algo impensável. A luta contra a discriminação das mulheres é hoje um

troféu a erguer!

Diferenças entre homens & mulheres

-Educação: Existem 600 milhões de mulheres analfabetas e 320 milhões

de homens. Ainda há cerca de 130 milhões de crianças que não têm acesso ao ensino

primário, das quais mais de 80 milhões são raparigas.

Antigamente, a mulher frequentava apenas o 1ºciclo,

saindo depois para aprender a fazer as lidas domésticas.

Atualmente, tal já não acontece, uma vez que a

mulher ganhou a sua própria independência. Hoje em dia,

as mulheres até já têm cursos superiores e cargos de

grande importância na sociedade!

-Trabalho: Antes do século X|X, a mulher limitava-se a cuidar da casa, do

marido e dos filhos, porém hoje dia, a mulher para além de trabalhar durante 6 a 8h

fora de casa no seu emprego, ainda tem de cuidar da casa, dos filhos e até do marido.

No entanto, as mulheres ainda têm um salário inferior ao dos homens, pois por mais

que elas se esforcem, continuam a ter de provar dia após dia, que também elas são

capaz de exercer tarefas tal como os homens!

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3.Mundo muçulmano

Mundo islâmico ou mundo muçulmano é o nome dado ao conjunto de países

que tem o Islamismo como religião seguida pela maioria da população. O Islamismo

possui á volta de 1,3 a 1,5 bilhões de seguidores. A grande maioria dos muçulmanos

vive no terceiro mundo, ou seja nos países em desenvolvimento, por isso ainda são

considerados pobres.

Num passado glorioso, as sociedades muçulmanas foram

ricas e poderosas. Porém atualmente, isso mudou e a sua

decadência tornou-se num estado de impotência de exploração.

Todas as importantes religiões do mundo são baseadas

nos seus Livros Sagrados, os quais são frequentemente atribuídos

a revelações divinas. O livro sagrado do islamismo é “O Alcorão”

que é a palavra de Deus, revelada a Mohammad, desde a Surata

da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados

à humanidade. Ele encerra, a sua totalidade, tal como: a felicidade, a reforma entre os

homens, a concórdia no presente e no futuro. Porém, uma parte do islamismo é um

pouco violento e preconiza uma guerra para estabelecer o reino de Deus na Terra. A

luta contra ele não é somente um interesse do mundo ocidental como também da

grande maioria dos muçulmanos, que seriam as suas primeiras vítimas. No entanto,

sem as transformações profundas na estrutura da desigualdade global que mantém

essas populações presas a um ciclo de empobrecimento e de isolamento.

3.1 A mulher no mundo muçulmano

No Islamismo ensina-se a origem do homem e da mulher, que provêm da

mesma essência, possuindo a mesma alma, e com capacidades iguais para os méritos

intelectuais, espirituais e morais, pois consideram os direitos da mulher sagrados.

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Fátima Sousa Página 12

A mulher ocupa uma posição de inferioridade na sociedade muçulmana.

Quando falamos na mulher muçulmana, dois símbolos logo nos ocorrem: a burca (é

uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos) e o véu (é um

tecido ou peça de vestuário, utilizado por mulheres de diferentes culturas, usado para

cobrir totalmente ou em parte a cabeça e a face). Estes sinais surgem na subordinação

das mulheres ao homem, apesar da igualdade espiritual.

A subordinação da mulher é demonstrada e justificada pela lei, costumes e

tradições da Civilização Muçulmana, dizendo mesmo que há apenas um

reconhecimento dos diferentes papéis dos dois sexos e não uma inferioridade efetiva.

Assim, as marcas jurídicas da inferioridade da mulher são as seguintes:

-A mulher só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter quatro

mulheres ao mesmo tempo.

-A mulher só pode casar com um muçulmano, ao

contrário do homem, que pode casar com uma mulher

de outra religião.

-A mulher apenas pode pedir o divórcio em

casos extremos, ficando a custódia dos seus filhos para

o pai e o testemunho do homem tem o dobro do valor

do da mulher.

-A herança da mulher é duas vezes inferior à do

homem.

-A maioria das mulheres vivem na reclusão, poucas foram as que tiveram

papéis ativos em questões públicas, embora atualmente haja uma crescente

liberalização do papel das mulheres fora de casa que começou sob a influência

ocidental.

A opressão da mulher é maior no mundo árabe, porquê?

Há locais em que a mulher não tem direito ao voto, não tem direito à

manifestação e a várias outras coisas. É o que acontece na Arábia Saudita. Mas,

novamente é preciso considerar o contexto social e político.

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Fátima Sousa Página 13

Nesse país, as mulheres também têm liberdades muito restritas, se

comparados às outras mulheres do mundo. Porém, como noutras situações históricas,

os mais profundamente afetados são as mulheres. Elas são os alvos, pois o regime é

muito mais repressivo aos que têm menos recursos físicos ou sociais. A liberdade

também depende da classe social, pois mulheres e homens da família real têm acesso

à educação e recursos ilimitados.

Por outro lado, há outros locais em que as mulheres têm acesso à educação, ao

trabalho e á liberdade de expressão, como no Líbano e na Palestina. As questões

femininas que vivem são semelhantes às que as mulheres ocidentais enfrentam.

Porém, no mundo árabe, há outros valores que o Ocidente não leva em consideração,

mas que são valores humanos, como a dignidade e o respeito à mulher.

Num futuro próximo, quando as mulheres viverem plenamente os seus direitos

na família, na sociedade e na política, as condições de vida das crianças melhorarão

significativamente. Até porque a discriminação das mulheres começa no lar e acentua-

se em todas as esferas da sua intervenção,

desde o local de trabalho até à vida política,

com evidentes prejuízos não só para as

mulheres, mas, também, para as crianças. É

negado, a muitas mulheres, o direito à

participação em decisões cruciais da vida

doméstica e até as que dizem respeito à sua

saúde.

Algumas mulheres muçulmanas são discriminadas toda a vida. Essa

discriminação começa logo à nascença. Nos dois países mais populosos do Mundo

(Índia e China) há uma proporção inusitadamente elevada de nascimentos de rapazes.

O que sugere que, embora ilegais, as práticas de aborto provocado e de infanticídio,

com vista à seleção de bebés masculinos, continuam a ser uma realidade.

Para as raparigas de muitos países do Mundo, o destino de desigualdade é

traçado logo na infância, quando são privadas de instrução. Entre as 15 milhões de

crianças que não vão à escola, a proporção de raparigas é muito mais elevada do que

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 14

de rapazes. Uma em cada cinco raparigas, nos países em desenvolvimento, não

completam o 1.º Ciclo.

Nos países em desenvolvimento, apenas 43% das raparigas frequentam o

Ensino Secundário. A falta de instrução está diretamente associada a indicadores como

o risco acrescido de morte no parto e o não envio dos filhos para a escola.

Na puberdade, surgem os perigos ligados à mutilação genital e ao início

precoce da vida sexual. A Unicef estima em 130 milhões o número de mulheres e

raparigas que foram vítimas de amputação. Esta prática, além de representar uma

humilhação e uma submissão intolerável, tem graves consequências para a saúde,

como o aumento da suscetibilidade à sida, complicações no parto, doenças

inflamatórias e incontinência urinária. No entanto, as mulheres são vítimas de

violência por diversas formas. Aqui está um gráfico que representa as principais formas

de violência contra a mulher muçulmana.

Fonte: Centro Demográfico 2009

No Ensino Agricultura Comunicação Social

Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres

15% 85% 45% 55% 45% 55%

10º Ano 11º Ano 12º Ano

Homens 3115 192 202

Mulheres 342 290 317

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 15

No Afeganistão, outro país onde as mulheres continuam ainda a ser oprimidas,

existem regras que elas têm de obedecer durante o regime da milícia islâmica talibã,

como:

- É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa,

incluindo professoras, médica, enfermeira, engenheira, etc.

- É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia de um homem (pai,

irmão ou marido).

- É proibido falar com vendedores homens.

- É proibido a mulher ser tratada por médicos homens, mesmo em risco de

vida.

- É proibido o estudo em escolas, universidades ou qualquer outra instituição

educacional.

- É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente as mulheres que não

usarem a burca ou que desobedeçam a uma

ordem talibã.

- É permitido chicotear mulheres em

público se não estiverem com os calcanhares

cobertos.

- É permitido atirar pedras publicamente a

mulheres que tenham tido sexo fora do

casamento, ou que sejam suspeitas de tal.

- É proibido qualquer tipo de maquilhagem.

- É proibido falar ou apertar as mãos de estranhos.

- É proibido à mulher rir alto.

- É proibido usar saltos altos que possam produzir sons enquanto andam.

- A mulher não pode usar táxi sem a companhia de um homem (pai, irmão ou

marido).

- É proibida a presença de mulheres em rádios, televisão ou qualquer outro meio

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 16

de comunicação.

- É proibido às mulheres qualquer tipo de desporto ou mesmo entrar em clubes e

locais desportivos.

- É proibido o uso de roupas que sejam coloridas

- É proibida a participação de mulheres em festividades.

- É proibido o uso de calças mesmo debaixo do véu.

- As mulheres estão proibidas de lavar roupas nos rios ou locais públicos.

- As mulheres não se podem deixar fotografar ou filmar.

- É proibido às mulheres cantar.

- É completamente proibido assistir a filmes, televisão, ou vídeo.

A virgindade de uma rapariga muçulmana é propriedade de toda a família, pois

as comunidades muçulmanas são as mais afetadas por estas práticas arcaicas, quer

tenham lugar em países muçulmanos ou na Europa. Além disso, os homicídios e as

agressões cometidas em nome da honra de um homem, de uma família ou de uma

aldeia envolvem um código complexo onde se misturam costumes e tradições.

Todavia, é nos países governados pelo islão que os crimes ditos de honra se

multiplicam. Aí condenam os pecados de violação

e de adultério.

As mulheres não dispõem de quaisquer

recursos, pois precisamente pela honra ser uma

noção subjetiva se estende à coletividade, pois

não dizem respeito apenas ao marido. Muitas

vezes analfabetas, sem qualquer meio de garantir

a sua subsistência, não tendo dinheiro nem

passaporte que lhes permita fugir, acabam por admitir culpas que não têm. A morte e

a punição suprema são decididas pelo coletivo familiar ou pelo conselho da aldeia com

base nos costumes. A agressão será de preferência confiada a um irmão, e tanto

melhor se este for menor de idade, com mais fortes possibilidades de escapar ao

código penal nacional, ou então a um cunhado, ao pai, a um tio ou a um primo,

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 17

consoante os casos e as tradições, o crime é feito com uma arma branca ou com uma

arma de fogo.

Curiosidades

-Quase um décimo da população mundial é formada por mulheres do

mundo muçulmano.

-Mais de 2 milhões de mulheres por ano, são submetidas à mutilação genital.

-1,3 bilhões de pessoas mergulhadas na pobreza, 70% são mulheres.

-2/3 dos 876 milhões de analfabetos mundiais são mulheres.

-Na África Sub-Saariana e Sul da Ásia apenas 2 a 7 mulheres em cada grupo de

1.000 frequentam o ensino secundário ou a universidade.

-Mais de 1,2 milhão de mulheres morrem a cada ano, vitimas de complicações

evitáveis, durante a gravidez e o parto.

3.2 Comparação entre a mulher portuguesa e a

mulher afegã

-Mulher portuguesa

A Idade Contemporânea ficou marcada pela luta social de margas massas

femininas, pois as mulheres consciencializaram-se da sua situação discriminatória na

sociedade. O objetivo desta luta diversificada das mulheres é a sua aspiração á

emancipação e á mudança para um estatuto social mais dignificante. As conquistas

democráticas conseguidas como o 25 de Abril de 1974, teve uma grande contribuição

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 18

para a mulher, que participou de forma ativa e corajosa na luta reivindicativa

económica e social para defender a liberdade.

Apesar do grande atraso socioeconómico herdado da era colonial e da

exploração neocolonialista, liquidaram-se em vários países a poligamia e o casamento

de menores contratados por familiares, combateu-se o analfabetismo e elevou-se o

nível de cultura das mulheres.

A educação da mulher portuguesa foi neglicenciada praticamente até o século

XX. O lugar do saber para a mulher estava dentro de casa, nos afazeres domésticos;

aquela que muito pensava “boa coisa não era”, porque significava uma ameaça para o

homem. Através de vários séculos alguns autores masculinos propuseram uma linha

diretriz de ação. Nessa altura, Ana Hatherly inverte esta ordem, dando à mulher

elementos para alcançar o conhecimento de modo auto-didático, usando a intuição

para atingir tal fim.

Em Portugal, a presença da mulher na vida pública evidencia que nos

encontramos numa sociedade mista, sem discriminação sexual jurídica pelo menos no

que se refere a direitos e obrigações. Mas o acesso da mulher ao mundo da atividade

política, da produção artística e das manifestações

culturais nos mais variados aspetos, está ainda

longe de complementar suficientemente a

maneira masculina de abordar e desempenhar

essas atividades. Supõe, indiscutivelmente, logo à

partida, um empobrecimento na qualidade e na

quantidade de bens produzidos e postos à

disposição da coletividade.

Mudanças sociais de tanta envergadura como as requeridas para a cooperação,

aqui propugnada e tão desejável, não se improvisam. Deve precedê-las uma sólida

preparação formativa, desde o Ensino Básico ao Ensino Superior, passando também

pelas diversas escolas de artesanato, profissionais e de serviços, com as consequentes

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 19

repercussões na maneira generalizada de pensar e até nas próprias estruturas

arquitetónicas e urbanas.

Não há por que negar uma melhor disposição natural para determinados

esforços e trabalhos ligados ao sexo, nem o carácter insubstituível da mãe, se

queremos evitar toda a falha nas atenções que requer a educação da criança e do

jovem nos primeiros meses ou anos. Mas isto não implica que seja ela a carregar

exclusivamente com todos os cuidados que a higiene, a alimentação e a educação dos

filhos na infância requerem.

Não se trata apenas de compensar, com a maior participação do pai no cuidado

dos filhos pequenos, o que se pode perder na atenção materna ao lar com o acesso da

mulher a trabalhos fora de casa. Trata-se de conseguir no interior do lar uma

valorização maior do cuidado educacional semelhante à diminuição que o acesso da

mulher à vida pública imprimiu ao trabalho económico e social. Não é somente o bem

particular da família e dos seus membros que está em jogo. Toda a sociedade, a paz, o

progresso dependem em grande parte de uma sã organização do matrimónio e da

família, como células do corpo social e vivência prévia necessária para o acesso de

todos os cidadãos à vida civil e de todos os cristãos à vida eclesial, como membros

ativos e fecundos das respetivas sociedades.

Até há meio século na Europa, a reduzida idade média da mulher, a economia

predominantemente familiar e o seu notável papel na transmissão da cultura às novas

gerações costumavam levar a mulher, sem frustrações que se vissem, à sua aparente

plena realização. Mas hoje, a instrução tem lugar na escola, a função económica

concentra-se em instalações industriais, comerciais ou de serviços fora do lar e,

terminada a sua idade fecunda, restam à mulher ainda muitos anos de capacidade

produtiva, nos quais a sua plena satisfação dependerá fundamentalmente do que a

sua atividade profissional ou o desempenho do seu emprego lhe sejam gratificantes. A

educação é essencial para a realização plena da igualdade entre mulheres e homens.

Os estereótipos, as imagens e as atitudes relativamente às mulheres são obstáculos à

igualdade, e poderão ser eliminados através da educação formal, nomeadamente

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

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através dos meios de comunicação social, organizações não-governamentais,

programas de partidos políticos e ações concretas.

Relativamente ao papel da mulher na educação, em Portugal ela participa mais

que os homens quanto aos níveis de ensino, como também em alguns tipos de

empregos. Portugal é um país, onde a igualdade entre homens e mulheres, deixou de

ser uma mera utopia.

Os factos históricos, acerca das conquistas femininas, não deixam margem para

dúvidas. Em 1867, surge o Primeiro Código Civil, que melhora a situação das mulheres

e, em 1910 o divórcio era finalmente permitido. Corria o ano de 1824 e o 1º Congresso

Feminista e de Educação, marcava um novo progresso na história das mulheres. Era

finalmente, permitido às mulheres trabalhar na Função Pública e mais tarde, votar.

Em 1983, são introduzidas alterações de valor inequívoco, relativamente à

assistência prestada a mulheres, no campo familiar e a prostituição deixa de ser

penalizada.

A própria Constituição da República Portuguesa, apresenta alterações de uma

importância extrema, no que compete à igualdade entre homens e mulheres.

O princípio da igualdade, da família, casamento e filiação, a

participação na vida pública, são artigos que a constituição

consagra. A mulher conquista ainda o direito ao trabalho e à

sua segurança, à liberdade de escolha de profissão e acesso

à função pública, à saúde, ao ensino e à participação política

por parte de todos os cidadãos, independentemente do

sexo, a que pertencem. As mulheres invadem em maior

número o universo académico, do que os homens.

A mulher conquistou também o merecido auxílio,

aos direitos reprodutivos, à maternidade, à invalidez, à

reforma e à velhice. Contudo, a violência nas mulheres, é um dos aspetos, mais

preocupantes em Portugal. O Código Penal introduziu alterações que, nem sempre são

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

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seguidas pelos cidadãos, em relação à violência que praticam. A proteção é

assegurada, mas não na sua plenitude.

É na área dos serviços sociais, das empresas e da saúde que, encontramos com

mais frequência, alguém do sexo feminino. Na comunicação social e na vida política, é

notória uma subida dos números que, simbolizam a presença das mulheres, nestes

ramos.

No atual governo, existem mulheres na chefia, como por exemplo a ministra da

agricultura, a ministra da justiça, entre outras. Deste modo, podemos dizer que a

mulher portuguesa se instalou na sociedade de “armas e bagagens” e que “veio para

ficar”!

-Mulher afegã

O regime socialista reviu os direitos das mulheres no Afeganistão e concedeu a

permissão para não usar véu, aboliu o dote, promoveu a integração das mulheres ao

trabalho (cerca dos 245.000 trabalhadores, 40% dos médicos são mulheres) e

alfabetização feminina foi reduzida de 98% para 75%, cerca 60% do corpo docente da

Universidade de Cabul são mulheres).

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

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No entanto, ainda existem muitos problemas neste país para as mulheres. Elas

ainda continuam de luto pelas violações coletivas infligidas a duas afegãs, por serem

chicoteadas pelos sujeitos mais retrógrados, por serem leiloadas no mercado público e

pelas suas jovens filhas. Mas os perpetradores de todos estes crimes são perdoados e

por isso disfrutam de completa imunidade, continuando a manter as suas posições de

oficiais.

Embora as mulheres Afegãs, não esperem nada de diferente do regime, a dor

delas torna-se crónica quando o mundo acredita que os EUA e a NATO trouxeram a

libertação, a democracia e os direitos humanos e das mulheres para o Afeganistão.

No momento as mulheres do Afeganistão vivem uma nova era de catividade e

estão nas garras de monstros fundamentalistas.

No Afeganistão, as mulheres preferem a dor física à dor da humilhação. A

tristeza é velha conhecida destas mulheres. Depois de enfrentar quase duas décadas

de guerras, elas foram impedidas pelo Governo de estudar ou trabalhar e o fim das

proibições, há três anos, não mudou muito a situação.

Ainda são muitas as mulheres que se atrevem a

sair às ruas sem burcas e aquelas que decidiram

abandona-la para usar apenas o véu cobrindo a cabeça

ainda são vistas com alguma desconfiança por parte da

população local. As mulheres se escondem sob a burca

o medo da reação de famílias conservadoras, maridos

autoritários e até dos velhos talibãs, que mesmo fora

do Governo, ainda tentam fazer valer seu ponto de vista.

Na enfermaria de um hospital, a maioria das mulheres não acredita em amor

ou em nenhum tipo de sentimento de afetuosidade. Assim como elas, centenas, todos

os dias, tomam a decisão de se auto – imolar, no que parece ser um silencioso

movimento do protesto das afegãs. Elas queimam-se.

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 23

O poder masculino, acima de qualquer lei e além de qualquer limite, mata de

alguma forma a condição feminina.

Deste modo, depois de comparar estes dois países tão distantes, deparamo-nos

com uma realidade diferente para as mulheres. Enquanto num, as mulheres já

encontraram o seu papel na sociedade; no outro, as mulheres continuam a viver

oprimidas e continuam a lutar, em silêncio, para terem um papel ativo na sociedade.

Papel esse, que lhes é retirado dia após dia pelos homens!

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 24

Conclusão

Após ter concluído este trabalho, cujo tema é uma problemática atual, pude

perceber um pouco mais sobre alguns assuntos relativamente ao mundo muçulmano,

aos direitos humanos e consequentemente da mulher e sobre a discriminação sentida

por alguns humanos, mesmo em pleno século XX|.

Durante a realização deste trabalho, pude constatar que apesar de todos os

obstáculos, a mulher vem conseguindo o seu lugar ao “sol”. A mulher é mãe, é dona de

casa, é esposa, estuda, trabalha e faz tudo isso de “saltos altos”. Ser Mulher não é

tarefa fácil! Porém a cada dia que passa o espaço feminino aumenta. Aumenta porque

não cabe mais a ideia de submissão e de dependência de outros tempos. Os tempos

são outros, não que o feminismo pretenda mudar o mundo, mas a própria sociedade

tende à mudança. Ser mulher é sinónimo de luta e de sucesso!

Mas nem tudo é um “mar de rosas”, e espalhadas por este mundo fora, ainda

existem mulheres que são submissas e oprimidas pelos pais, irmãos, maridos, no fundo

são discriminadas pela sociedade em que estão inseridas!

No entanto, tal situação tem a mudar, porque todos nós lutamos para que

todos, sem exceção, tenham igual acesso a todos os direitos. Até porque só

construiremos um mundo mais justo e mais feliz se todos fizerem um esforço coletivo,

no mesmo sentido, que neste caso é libertar as mulheres da tirania em que vivem!

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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Fátima Sousa Página 25

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