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Directora: Laura Alves | Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011 | N.º 176 | Quinzenal | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt Os cursos superiores também se abatem ILUMINADOS VINEPAT: O EMPREENDEDORISMO PORTUGUÊS A MARCAR PONTOS NO ESTRANGEIRO. P. 06 CONCERTOS BOMBÁSTICOS 2011 TRAZ UMA BOA FORNADA DE CONCERTOS. CONFERE QUEM JÁ CONFIRMOU A VINDA A PORTUGAL. P. 12 ESPECIAL EXAMES NÃO QUEIMES A PESTANA. SEGUE OS NOSSOS CONSELHOS E PASSA TRANQUILO PELA ÉPOCA DE EXAMES. Portugal tem cursos a mais? Há quem diga que sim e que alguns deles não passam de publicidade enganosa. Mas a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior está a fazer uma triagem dos ciclos de estudos para o próximo ano lectivo e algumas centenas de cursos podem mesmo vir a fechar. O objectivo é aumentar a qualidade do ensino e colocá-lo à escala da União Europeia. P. 08 e 09

Mundo Universitário - Edição 176

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17 Janeiro 2011

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Os cursos superiores também se abatem

IlumInadosVinePAT: O emPreendedOrismO POrTuguês A mArcAr POnTOs nO esTrAngeirO. P. 06

ConCertos bombástICos2011 TrAz umA bOA fOrnAdA de cOncerTOs. cOnfere quem já cOnfirmOu A VindA A POrTugAl. P. 12

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Portugal tem cursos a mais? Há quem diga que sim e que alguns deles não passam de publicidade enganosa. Mas a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior está a fazer uma triagem dos ciclos de estudos para o próximo ano lectivo e algumas centenas de cursos podem mesmo vir a fechar. O objectivo é aumentar a qualidade do ensino e colocá-lo à escala da União Europeia. P. 08 e 09

Page 2: Mundo Universitário - Edição 176

EDIÇÃO 176 de 17 de a 30 de Janeiro 2011

ficHa TécNica: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão; Francisco Pinto Barbosa; Gonçalo Sousa Uva | Directora: Laura Alves | Redacção: Andreia Arenga | Online: Graziela Costa | Colaboradores: Bruna Pereira, João Tomé, Luís Magalhães, José Frazão Reis, Renata Lobo, Ricado Queirós | Cronistas: Luís Franco-Bastos | Projecto Gráfiico: Joana Túlio | Paginação: Filipa Andrade | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rêgo (Directora Comercial); Elsa Tomé (Account Sénior), Mariana Jesus (Account Júnior) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Tiragem: 35 000 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.

vê as novidades que temos para ti na página de fãs do mu no faCeBooK

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» Editorial

Laura Alves • [email protected]

Quem tem medo da época de exames?

CoNVErSa dE CorrEdor

não perCasa próxima

edição31 de janeiro

Afinal, nem tudo é assim tão mau aqui para os nossos lados. Ao que parece, segundo um relatório da Associação Europeia de Universidades, Portugal foi um dos poucos países europeus a registar um aumento nas verbas para o ensino superior. Além dos cem milhões de euros contemplados no Contrato de Confiança, as universidades portuguesas receberam também um aumento de verbas para investigação científica, à semelhança da Dina-marca, Irlanda e Noruega. É claro que nem tudo são rosas e, apesar do saldo positivo, alguns docentes universitários devem vir a sofrer com os cortes salariais que afectam a função pública.

Confesso que sempre me fez uma tremenda confusão haver pessoas que acordam de madru-gada para estudar. É verdade que cada pessoa tem o seu próprio ritmo e sistema de estudo, mas a mim não me entra na cabeça levantar à 6h00, limpar a ramela e ir empinar matéria, ler biblio-grafia, rever apontamentos... Admiro quem o faz, pois isso só pode ser sinal de grande cora-gem e espírito de sacrifício. Nos meus tempos de estudante, e mesmo mais recentemente, em novas lides académicas, sempre fui uma pessoa noctívaga – daquelas que estudam pela noite fora até ao romper da madrugada, se for preciso, e devidamente equipada de sucessivas canecas de café e vários pacotes de bolachas. Vem isto a propósito do mês em que estamos: mês de frequências e exames! E, por isso, o Mundo Universitário preparou um Especial Exames com algumas dicas para que esta época te seja menos penosa. Seja qual for o teu método de estudo (ou ausência de método), o importante é que te sintas confortável com a tua estratégia.

Preferes fechar-te no quarto e não ver ninguém durante dias a fio? Óptimo! És mais do género espalha-brasas e ocupas três mesas do café da esquina com os teus apontamentos e parceiros de estudo? Fantástico! Desde que o teu método não implique prejudicares, de alguma forma, a tua saúde, estamos contigo! Lembra-te da necessidade de teres uma alimentação cuida-da – ninguém consegue pensar de estômago vazio – e toma atenção a aventuais abusos de substâncias pouco recomendáveis. Uma caneca ou duas de café não fazem mal a ninguém, mas já se sabe que nesta altura há quem recorra a outro género de estimulantes, com o objecti-vo de aumentar a concentração ou até mesmo ficar acordado horas a fio. Se fazes parte des-te grupo, tenho duas palavras para ti: ‘tá mal! Sem falsos moralismos ou paternalismos, a minha recomendação é que dês uma vista de olhos aos efeitos nefastos que pode provo-car o uso de determinados produtos, drogas e medicamentos obtidos sem receita médica.

Tanto na tua saúde como nos resultados finais dos exames. Sim, tu até te podes sentir o rei do mun-do quando estiveres a desbastar a matéria pela noite dentro, mas serás capaz de articular duas frases com sentido se tens a cabeça cheia de químicos? Vai lá preparar uma ca-feteira de café ou uma caneca de chá e pensa nisto.

vamos lá falar de avaliação...Nesta primeira edição de 2011 falamos-te, ain-da, de uma revolução que está a acontecer no ensino superior: a avaliação e acreditação dos cursos. Em entrevista, Alberto Amaral, que preside à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, fala dos principais desafios que este processo enfrenta e explica porque é que, nos próximos meses, vamos assistir ao encerramento de muitos cursos superiores. Tudo, nas páginas centrais desta edição.

Portugal é dos poucos com aumento de verbas para o ensino superior. Boas notícias para Mariano Gago.

Inácio Rosa/Lusa

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estudante de Psicologia da Uni-versidade Lusófona de Lisboa. A cartada da sorte, uma dupla de Oitos contra Ás e Oito, valeu-lhe o prémio máximo em jogo. O Campeonato Universitário de Poker pela PokerStars iniciou-se a 11 de Novembro de 2010 com torneios online diários e finais semanais, com o apoio do Mundo Universitário.

Futuro arquitecto é o vencedorFoi num casino junto à praia que os oito estudantes disputaram o prémio Final de 20 mil euros no campeonato universitário de poker. entre o barulho das luzes e o ‘bling-bling’ das Fichas na mesa de jogo, os Finalistas deram cartas, mas só os três melhores sobreviveram às soFridas horas de jogo. mais uma vez, Foi um estudante de arquitectura, o carlos raFael, a vencer o campeonato.

Andreia [email protected]

POKER. Final dO CamPEOnatO UnivERsitáRiO dE POKER dECORREU nO CasinO dE EsPinhO COm O aPOiO dO mUndO UnivERsitáRiO

Com um total de 32 mil parti-cipantes, 197 jogadores quali-ficados para as últimas etapas e oito finalistas que sobreviveram às finais semanais online que de-correram ao longo de quase um mês, chega ao fim a segunda edi-ção do Campeonato Universitário de Poker promovido pela PokerS-tars em parceria com o Mundo Universitário. Os apurados disputaram a gran-de final no Casino de Espinho, no dia 5 de Dezembro, ao lado de profissionais do poker na-cional que estavam lá para o maior torneio de poker do País, o Solverde PokerStars Poker Season, a decorrer em simultâneo.

«é preciso dedicação»

A sala estava cheia e o ambiente, embora descontraído, transpira-va alguma tensão. Não era para menos, já que em jogo estavam 20 mil euros e os jovens univer-sitários em competição entravam

1.º lugar

curso: Arquitectura na Universidade Lusíada do Porto

há quanto tempo jogas? Dois anos.

prémio: 5 mil euros

esperavas ganhar? Não sabia, vim para jogar por brincadeira e pelo convívio com os amigos.

como Foi participar nesta experiência? Pensei que era menos cansativo estar aqui dentro. Muito barulho...

o que vais Fazer com o dinheiro? Uma jantarada para os amigos (risos). E o resto é para gastar!

2.º lugar

curso: Psicologia na Universidade Lusófona

há quanto tempo jogas? Há muitos anos.

prémio: 3 mil euros

quais eram as tuas expectativas para este campeonato? A minha expectativa era chegar o mais longe possível. Sempre com calma porque me considero um jogador conservador. O que eu queria era mesmo ficar ou em primeiro ou em segundo lugar, por isso, estou contente.

como Foi participar nesta experiência? Foi excelente! Foi a minha primeira experiência ao vivo e a minha primeira mesa final com tanto dinheiro em jogo. Foi mesmo muito giro.

o que vais Fazer com o dinheiro? Vou deixar 10 por cento para continuar a jogar poker e o resto vai ser para pagar as propinas.

3.º lugar

curso: Informática no Instituto Superior de Engenharia do Porto

há quanto tempo jogas? Há três anos.

prémio: 2 mil euros

como Foi participar nesta experiência? Foi bom. Sabe sempre a pouco, estar tão perto da vitória e depois ficar apenas em terceiro lugar... Mas foi saldo positivo, claro. É sempre bom partilhar a mesa com os melhores do poker nacional.

quais eram as tuas expectativas? Não sei, era uma questão de sorte nas fichas. Estava com baixas expectativas, mas correu bem. Ficar em terceiro lugar é bom, deixou-me mais confiante para continuar a jogar.

carlos raFael, 28 anos

pela primeira vez num casino a sério para jogar. «O poker é relativamente fácil de aprender, mas é preciso dedicação. E mui-tos dos grandes jogadores de poker são universitários porque têm muito mais disponibilidade para pensar no jogo e para se de-dicarem. Acho que é mesmo nas universidades que está um gran-de pólo de qualidade», diz João Nunes, um dos impulsionadores do poker em Portugal e fundador da comunidade de poker online poker.pt.com. «Qualquer um dos jogadores que disputam o campeonato universi-tário poderiam jogar num torneio profissional porque têm qualida-de para isso.»

a cartada da sorte

Carlos Rafael, estudante de Arqui- tectura na Universidade Lusíada do Porto, levou 5 mil euros para casa, depois de bater o seu gran-de rival em prova, Rui Monteiro,

João Nunes é um dos impulsionadores do poker em Portugal e fundador da comunidade e membro do exclusivo Team Pro da Pokerstars.

© Graziela Costa

© Grazie

la Costa

© Graziela Costa

Rui Monteiro estuda Psicologia em Lisboa e ficou em segundo lugar. Adorou a experiência.

rui monteiro, 33 anos

© Graziela Costa

Carlos Rafael, estudante de Arquitectura no Porto, foi o grande vencedor.

joão amaral, 21 anos

João Amaral era o jogador com menos fichas na mesa e foi o primeiro a sair da corrida. Mesmo assim conseguiu ficar nos três melhores.

04 [17 jan 2011]

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O Tribunal Constitucional (TC) não aprovou a rea-lização do exame de acesso ao estágio da Ordem dos Advogados proposta pelo Bastonário, Marinho e Pinto. O TC declarou que o exame de acesso ao estágio da Ordem é inconstitucional e que limita o acesso à profissão. A decisão, comunicada no dia 7 de Janeiro, alegrou os licenciados de Direito. Mas Marinho e Pinto promete não dar tréguas. O basto-nário anunciou que vai apresentar durante este mês uma proposta de alteração dos estatutos da Ordem dos Advogados para que só os mestres em Direito ou licenciados pré-Bolonha possam aceder à profissão. «O regulamento não é ilegal e está dentro dos po-deres do Conselho Geral. Bater-me-ei com todas as minhas forças contra o facilitismo».

A Universidade de Lisboa apresentou, no dia 11 de Janeiro, um consórcio que vai permitir aos estu-dantes fazer estágios em empresas ou autarquias portuguesas e estrangeiras. Até ao momento estão já inscritos neste intercâmbio certa de 90 alunos. O Consórcio UL Erasmus Training Network conta já com 19 instituições portuguesas e oito estrangeiras inscritas. Os estágios passam por áreas que vão das letras às novas tecnologias, não esquecendo ainda as artes. Podem candidatar-se a estágios curriculares ou extra-curriculares estudantes de qualquer ciclo de estudos para adquirir mais competências técnico- -profissionais, embora este seja um projecto dedicado aos alunos finalistas.

O Conselho de Reitores das Universidades Portugue-sas (CRUP) revelou que já «foram aprovadas reco-mendações para iniciar o processo de creditação dos licenciados pré-Bolonha». António Rendas, presiden-te do CRUP e reitor da Universidade Nova de Lisboa, declarou que «conforme o currículo académico e pro-fissional de cada um terão de fazer algumas discipli-nas, apresentar e defender um relatório final, cujas definições serão determinadas por cada uma das universidades».

Aluno dA uMinho nA orquestrA do Youtube

O trompetista Pedro Silva, finalista da licenciatura em Música na Universidade do Minho, é o único português a integrar a Orquestra Sinfónica do YouTube. Os 104 elementos desta orquestra mundial, quatro deles trom-petistas, foram eleitos após várias audições na Internet e têm o concerto de estreia a 20 de Março, na Ópera de Sydney, Austrália.

A Universidade de Coimbra (UC) é a primeira institui-ção de ensino superior portuguesa a disponibilizar conteúdos na plataforma iTunes U, uma área específica da iTunes Store que permite descarregar de forma li-vre e gratuita materiais áudio e vídeo relacionados com universidades. Os conteúdos de temas como saúde pú-blica, robótica industrial, língua, história e património musical português podem ser descarregados para um computador, iPhone, iPod ou iPad.

exAMe de Acesso Ao estágio dA ordeM chuMbAdo

novo consórcio pArA estágios universitários

coiMbrA é A priMeirA universidAde no itunes

licenciAdos pré-bolonhA podeM ter MestrAdo credenciAdo

Page 6: Mundo Universitário - Edição 176

[17 JAN 2011]6

Renata [email protected]

O projecto intitula-se VinePAT e permite gerir as vinhas de forma a optimizar a quali-dade das uvas. Consiste num sistema de recolha e análise de dados para os viticultores poderem controlar a quali-dade das uvas que produzem, e então decidir sobre os trata-mentos que aplicam na fase de desenvolvimento e a melhor altura para a vindima. Mas quisemos saber mais e falámos com César Ferreira, um dos investigadores galardoados da Escola Superior de Biotecnolo-gia da Universidade Católica.

A iNovAção oNde meNos se esperA

O equipamento processa a in-formação numa imagem se-melhante a um raio X, através da qual o viticultor consegue identificar diferentes zonas da parcela numa imagem com diferentes cores, basea-do no metabolismo da uva. A inovação chega na capaci-dade deste sistema projectar a informação em imagens multi-espectrais que permi-tem visualizar a qualidade da uva. «A ideia era criar um método não destrutivo ao longo do processo de maturação, até porque uma planta é di-ferente da outra», explica César Ferreira. Daí a equi-pa ter criado equipamentos portáteis para recolha no terreno das parcelas em di-

ferentes zonas. «Quando tra-tamos de diferenças subtis é importante ter estes instru-mentos para analisar no es-paço e no tempo. O agricultor é que vai usar o equipamento para reconhecer e optimizar as intervenções que faz no vinho e fazer um diagnóstico mais assertivo», acrescenta. O objectivo último é exportar à escala global. Mas agora o importante é afinar o pro-tótipo e pensar na entrada de capital, recolhendo mais in-vestidores e avaliar as opor-tunidades dos mercados.

pôr A ideiA em práticA

Apoiado pelo Programa COHiTEC, este projecto resultou de uma investigação desenvol-vida na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e na Universidade do Minho (UM). César Ferreira juntou-se a Rui Martins (UM) e paten-tearam o equipamento. A ideia estava criada, mas precisa-vam de desenvolver o mo-delo de negócio, pelo que convidaram os estudantes de MBA da Escola de Gestão

do Porto, João Ferreira e Joaquim Valente, para inte-grar o projecto. Reunida a equipa, contaram ainda com a ajuda de um tutor, Pedro Vilarinho, Director do ACT (Acelerador de Comer-cialização de Tecnologias) da COTEC Portugal. O Programa COHiTEC apoia a criação de empresas de base tecnológica e o licencia- mento de tecnologias. Ava-lia as oportunidades de ne- gócio dos produtos e serviços gerados a partir de novas tecnologias e propostas pe-

los investigadores partici-pantes. Em 12 projectos apresentados este ano, o VinePAT acabou por ser o seleccionado para concor-rer ao I2P. «São apoiados projectos de muito elevado potencial de crescimen-to. O número de empresas que conseguimos apoiar é pequeno, mas de investi-mentos significativos», ex-plicou-nos Pedro Vilarinho, adiantando que o investi-mento do Programa COHiTEC se situa na ordem dos 300 mil euros. Toda a informação em www.cohitec.com.

PRÉMIO. InvestIgadORes da escOla suPeRIOR de BIOtecnOlOgIa da u. católIca cRIaM sIsteMa InOvadOR de gestãO e cOntROlO de qualIdade das vInhas

» PROfessORa da uMInhO É eMBaIxadORa dO eMPReendedORIsMOSara Balonas, professora do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, foi nomeada Embai-xadora do Empreendedorismo pela Comissão Europeia. Até 2012, a investigadora irá fazer parte desta rede europeia com o objec-tivo de desenvolver campanhas de sensibilização para incentivar e ajudar outras mulheres na criação das suas próprias empresas ou projectos.

» sakPROject MaRca gOlO na InOvaçãOOs prémios Inovação e Empreendedorismo da Associação Empresarial da Região de Viseu 2010 foram atribuídos no passado mês de Dezembro. O projecto vencedor – Sakproject – aposta na produção de equipamentos de protecção personalizados, através de uma tecnologia de digitalização 3D, para fins desportivos, médicos, entre outros. Um exemplo do trabalho da Sakproject é a produção de caneleiras para uso de jogadores de futebol, inclusive, usadas pela Selecção portuguesa no Mundial da África do Sul.

Vitória para o VinePAT

São concursos de planos de comercialização de tecnologia early stage em várias nações do mundo. Baseiam-se em oportuni-dade de negócio sempre suportadas em conceitos de produtos únicos, mas a partir de tecnologias inovadoras e dirigidos a mercados específicos. A Idea to Product Global Competition é a final mundial das diferentes I2P Competitions realiza-das em diferentes países.

uMa equIPa de InvestIgadORes PORtugueses cOnquIstOu O 1.º lugaR na InIcIatIva Idea tO PROduct (I2P) glOBal cOMPetItIOn que decORReu nO fInal dO anO PassadO na cOckRell schOOl Of engIneeRIng chaMPIOnshIP eM austIn, texas. nesta edIçãO PaRtIcIPaRaM 18 equIPas ORIundas de OItO Países e de escOlas cOMO a Penn state unIveRsIty, stOckhOlM schOOl Of entRePReneuRshIP Ou aachen unIveRsIty. Mas as equIPas PORtuguesas já se tInhaM vIndO a destacaR nOs últIMOs anOs. quase que se adIvInhava O PRIMeIRO PRÉMIO PaRa 2010.

»PRÉMIO InOvaçãO edP 2020 RIchaRd BRansOn vIsãO

Até 8 de Abril podes candidatar-te ao Prémio Inovação, uma iniciativa da EDP e da revista Visão que já vai na 3.ª edição e que pretende distinguir projectos energéticos na área das ‘cleantech’: formas limpas de produção de energia, eficiência energética, redes inteligentes ou armazenamento e distribuição de energia. Em jogo estão 50 mil euros para o projecto vencedor, um montante que irá permitir pôr a ideia em marcha. Uma das novidades deste ano é a criação de uma Bolsa de CV, que per-mite a formação de equipas multidiscipli-nares e também en-trar em contacto com outros candidatos para formar uma equipa. Todas as informações e ficha de inscrição estão disponíveis em www.premioinovacao.com.

O que sãO as

cOMPetIções

I2P?

O VinePAT resultou de uma investigação desenvolvida na Escola Superior de Biotecnologia da U. Católica e na Universidade do Minho

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Page 7: Mundo Universitário - Edição 176

7[17 jan 2011]

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Page 8: Mundo Universitário - Edição 176

Esse custo é uma forma de responsabilizar as instituições?Sim, provavelmente... O Governo não dá um tostão à A3ES e temos que passar os custos para as instituições. Mas compete às instituições negociar essas questões com o Governo.

Que consequências é que estas avaliações podem ter no futuro dos alunos que podem ver o seu curso fechar a meio do seu percurso académico?Pode haver uma transferência dos alunos para um outro curso noutra instituição de ensino, à semelhança do que aconteceu quando a Universidade Moderna e a Universidade Independente fecharam. Mas isso é uma decisão do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior. A única função da Agência é dizer se os cursos e as instituições têm ou não qualidade.

Quais os benefícios reais da acreditação e da avaliação destes cursos? O que se pretende com isto é melhorar a qualidade do sistema. O que se passou ao longo dos anos, nomeadamente nos anos 80, é que houve uma expansão demasiado rápida do sistema. Neste momento, há um excesso de oferta, há mais cursos do que candidatos. Por isso, não há razão para não se proceder a uma correcção dessa situação e encerrar aqueles cursos que oferecem menores condições. Há três resultados possíveis: a acreditação (um curso é acreditado durante cinco anos), a não acreditação (um curso encerra), ou é estabelecido um período de três anos para melhorar o corpo docente, os laboratórios. De acordo com as recomendações das comissões esses cursos também podem ser restruturados. A ideia é melhorar a qualidade daquilo que existe.

Acha que esta triagem pode resultar num aumento da empregabilidade dos licenciados?À A3ES não compete a regulação do sistema. O que eu espero é que aqueles casos que não deviam existir desapareçam e isto é uma melhoria para os alunos que muitas vezes andam a pagar propinas em cursos que depois não servem para nada. Se um aluno souber que aquele curso não tem empregabilidade se calhar pensa duas vezes antes.

A longo prazo, quais as expectativas da acreditação para o ensino superior português ao nível internacional? Hoje uma das preocupações da União Europeia é, por um lado, garantir a mobilidade dos cidadãos, e por outro lado assegurar que aquilo que eles levam consigo é equiparado ao nível europeu. Nesse sentido, a A3ES está inscrita numa organização europeia e a ideia é que seja reconhecida a nível europeu no prazo de três anos. É para isso que estamos a trabalhar.

ENISNO SUPERIOR. NOvOS cIclOS dE EStUdOS PaRa 2011/2012 Só SERãO cONhEcIdOS Em OUtUbRO dEStE aNO

DOS 327 CUrSOS SUbMETIDOS PArA ACrEDITAçãO PElAS INSTITUIçõES DE ENSINO PArA O PróxIMO ANO lECTIvO, 124 CHUMbArAM E OUTrOS 300 PODEM vIr A fECHArPOr INICIATIvA PróPrIA DAS UNIvErSIDADES E POlITÉCNICOS. EM ENTrEvISTA AO MU, AlbErTO AMArAl, ANTIGO rEITOr DA UNIvErSIDADE DO POrTO E PrESIDENTE DA AGêNCIA DE ACrEDITAçãO E AvAlIAçãO DO ENSINO SUPErIOr (A3ES), DIz qUE «A IDEIA É MElHOrAr A qUAlIDADE DAqUIlO qUE ExISTE».

08 [17 JAN 2011]

«Não há razão para não se encerrar os cursos que oferecem menores condições»

Andreia [email protected]

Desde quando é que o processo de avaliação está a decorrer e quantos cursos já foram fechados até ao momento?A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) foi instituída em Dezembro de 2008. Houve uma primeira avaliação das propostas de novos ciclos de estudos para o ano lectivo de 2010/2011 e agora vai haver uma avaliação das propostas de novos ciclos de estudo para 2011/2012. foi feita uma recolha de todos os ciclos de estudos que já estavam em funcionamento. Dessa base de dados que foi constituída vai resultar um conjunto de cursos que irão ter já uma acreditação que decorrerá até Outubro deste ano. As instituições decidiram, por iniciativa própria, encerrar um determinado número de cursos, que varia entre os 250 e os 300 cursos.

Quais os critérios de avaliação das instituições de ensino superior (IES)? São os que estão na legislação, no decreto lei 74/2006. No caso das universidades – e a título de exemplo – estas têm que ter pelo menos metade do corpo docente doutorado, no caso dos mestrados e dos doutoramentos obriga também a que haja actividade de investigação devidamente avaliada, um centro de investigação muito bom ou excelente. E nesta fase usamos também o núme-ro de alunos como critério porque havia um número significativo de cursos que tinham muito poucos alunos. foi preciso distinguir esses – que tinham sido autorizados muito tardiamente pela Direcção-Geral do Ensino Superior e por isso não entraram em funcionamento em 2009/2010 – daqueles que tinham alunos inscri-tos.

Qual o papel que as instituições têm sobre esta avaliação? Os princípios europeus estabelecidos pela European Association for quality Assurance in Higher Education (ENqA) estabelece que as agências de avaliação têm que ser absolutamente independentes, quer em relação ao Governo, quer em relação às instituições. Isso significa que durante o processo de acreditação as instituições não interferem. Naturalmente que as instituições são consultadas na altura de elaboração do relatório de auto-avaliação que depois é submetido à A3ES, mas quando o processo começa não podem interferir.

Uma das questões que se tem levantado diz respeito ao elevado custo destes pedidos de acreditação (entre cinco e dez mil euros). O que acontece às IES que não podem suportar esses valores e submeter-se à avaliação?No sistema anterior a avaliação de cada curso custava entre 12 e 15 mil euros e o Estado é que pagava, portanto não havia gran-de cuidado com os custos. Neste caso, nós temos consciência das dificuldades das instituições e o que procuramos fazer para reduzir esse custo é enviar um grupo de peritos que avalia vários aspectos da instituição numa única visita. De qualquer maneira, é um custo significativo. Também é verdade que muitas institui-ções têm cursos a mais.

O que é a A3ES?

A Agência de Avaliação e Acreditação

do Ensino Superior (A3ES) foi instituída

em Dezembro de 2008 e está integrada

numa organização europeia, a European

Association for quality Assurance

in Higher Education (ENqA).

A A3ES tem como objectivo contribuir

para a melhoria da qualidade do ensino

superior em Portugal, através da avaliação

e acreditação das instituições de ensino

superior e dos seus ciclos de estudos.

Como se mede a qualidade?

Alguns dos critérios de avaliação são:

1. A qualificação do corpo docente (pelo menos metade

dos professores devem ser doutorados)

2. Actividade científica e tecnológica reconhecida

3. Cooperação internacional

4. Equipamento técnico e científico

5. Sucesso escolar

6. Procura por parte dos estudantes

7. Capacidade de inserção dos diplomados

no mercado de trabalho

«As instituições decidiram, por iniciativa própria, encerrar um determinado número de cursos, que varia entre

os 250 e os 300 cursos», afirma Alberto Amaral

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ENISNO SUPERIOR. NOvOS cIclOS dE EStUdOS PaRa 2011/2012 Só SERãO cONhEcIdOS Em OUtUbRO dEStE aNO

Dos 327 cursos submetiDos para acreDitação pelas instituições De ensino para o próximo ano lectivo, 124 chumbaram e outros 300 poDem vir a fecharpor iniciativa própria Das universiDaDes e politécnicos. em entrevista ao mu, alberto amaral, antigo reitor Da universiDaDe Do porto e presiDente Da agência De acreDitação e avaliação Do ensino superior (a3es), Diz que «a iDeia é melhorar a qualiDaDe Daquilo que existe».

«Não há razão para não se encerrar os cursos que oferecem menores condições»

NÚMEROS DO ANO LECTIVO 2010/2011

cursos submetidos: 327cursos aprovados: 167

cursos não aprovados: 124

ensino universitáriocursos submetidos: 203

cursos aprovados: 110cursos não aprovados: 73

ensino politécnicocursos submetidos: 124

cursos aprovados: 57cursos não aprovados: 51

O que é a A3ES?

a agência de avaliação e acreditação

do ensino superior (a3es) foi instituída

em Dezembro de 2008 e está integrada

numa organização europeia, a european

association for quality assurance

in higher education (enqa).

a a3es tem como objectivo contribuir

para a melhoria da qualidade do ensino

superior em portugal, através da avaliação

e acreditação das instituições de ensino

superior e dos seus ciclos de estudos.

Como se mede a qualidade?

alguns dos critérios de avaliação são:

1. A qualificação do corpo docente (pelo menos metade

dos professores devem ser doutorados)

2. Actividade científica e tecnológica reconhecida

3. cooperação internacional

4. Equipamento técnico e científico

5. sucesso escolar

6. procura por parte dos estudantes

7. capacidade de inserção dos diplomados

no mercado de trabalho

Conselho de Reitores quer mais diplomados

o aumento para 60 mil diplomados continua a ser um dos principais objectivos para os próximos quatro anos, disse António Rendas, presidente do conselho de reitores das universidades portuguesas (crup). Em comunicado, António Rendas sublinha a importância de reforçar as ofertas de formação e alargar os ciclos de estudo. «a adopção plena do contrato de Confiança, abrindo as Universidades a mais estudantes e a novas camadas sociais, não deverá, por outro lado, perturbar o nível de exigência e a qualidade da formação que é proporcionada por estas instituições.» a aposta no ensino à distância e o alargamento dos ciclos de estudo em regime pós-laboral são outras prioridades apontadas pelo crup.

«As instituições decidiram, por iniciativa própria, encerrar um determinado número de cursos, que varia entre

os 250 e os 300 cursos», afirma Alberto Amaral

PALAVRA DE ESTUDANTE

Dos 324 cursos submetidos para avaliação neste ano lectivo, 124 chumbaram.Achas que o papel da Agência de Avaliação e Acreditação é importante para o aumento da qualidade do ensino superior? Porquê?

TiAgo SilvA associação de estudantes da faculdade de ciências sociais e humanas da universidade nova de lisboa

«a agência de acreditação é necessária. é importante que exista algo que crie uma distan-ciação entre os cursos que estão a evoluir no âmbito de bolonha e os que não estão a conseguir responder a essas exigências. até para que quem queira ingressar no ensino superior possa fazer uma escolha acer-tada sobre a que curso deve aceder. em relação à questão do fecho dos cursos ou aqueles que recebem uma pior avaliação, é sempre complicado porque vai sempre sair alguém afectado. é algo que tem que ser feito gradualmente. é difícil, mas acho que pode vir a ser importante até para fortalecer aquelas instituições que são realmente boas.»

luÍS Rebelo

presidente da federação académica do porto

«acho que é uma estrutura muito importante. a qualidade e a avaliação têm que ser priori-tárias para o ensino superior e é uma questão que está intrinsecamente ligada à criação de uma rede do ensino superior. o facto de alguns cursos pode-rem vir a fechar traz preocupação, mas também traz outras garan-tias. portugal tem uma média de número de cursos elevadíssima e quando se trata da nomencla-tura de cursos é vergonhoso. alguns parecem até ‘publicidade enganosa’. Preocupa-nos o seguimento que vai ser dado aos alunos que possam ficar sem curso, mas achamos que a racionalização da rede, quer das instituições quer do ciclo de estudos, é uma necessidade para que o financiamento das instituições também seja melhor canalizado.»

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O ISCTE-IUL – Instituto Universitário de Lisboa lançou uma nova plata-forma online com o intuito de envolver estudantes e empresas em torno das oportunidades de trabalho. Esta rede social universi-tária é uma iniciativa da ISCTE Business School e dá pelo nome de IBSNetworking. Um dos principais objectivos é que a rede funcione como meio de recrutamento, além de funcionar como ponto de contacto entre alunos, ex-alunos e em-presas. O ISBNetworking irá também permitir a publicação de anúncios de recrutamento, a pesquisa de currículos e o contacto directo com os alunos.Podes conhecer melhor o ISBNetworking em http://ibsnetworking.iscte-iul.pt.

Renata [email protected]

Num auditório a rebentar pe-las costuras, sem rede para telemóvel, mas com acesso livre a rede Wi-Fi, a atenção dos presentes dividia-se entre os oradores, os ecrãs de com-putadores pessoais, de iPads, iPods (onde víamos Twitter, Facebook, blogs e mais blogs e a página do próprio Uplo-ad) e alguns pré-históricos blocos de notas. Houve te-mas e abordagens para todos os gostos. Desde a divertida apresentação de André Ra-banea, da Torke (baseada no filme ‘A Rede Social’ e no li-vro ‘Accidental Billionaires’), até uma abordagem mais comercial de Miguel Gonçal-ves, director-geral da E-Goi, sobre marketing relacional. Sabias, por exemplo, que ser especialista em ‘social media’ é uma uma carreira profissio-nal bastante promissora?

Upload dá o exemploUm dos nomes responsáveis por esta iniciativa é Virgínia Coutinho, docente da pós- -graduação em Social Media Marketing Management do ISLA, blogger e freelancer na área de estratégia online. O Upload começou por marcar posição e dar o exemplo desde o primeiro dia. Foi totalmen-te organizado via online, por um grupo de pessoas activas na rede: a Virgínia Coutinho juntaram-se Bruno Ribeiro, Bruno Amaral e Vanessa Qui-tério, que só se viram pela pri-meira vez no primeiro dia do evento. «Fomos articulando todo o trabalho e, sem dúvida, que a Web é uma excelente plataforma para se trabalhar e para promover uma interac-ção entre as pessoas.»Basta dizer que a ideia foi pensada nos finais de Agosto e oficializada em Novembro de 2009. E acrescenta: «Com estas conferências os partici-

pantes ganham conhecimen-tos extra e mais-valias. Há coisas simples que as pessoas podem fazer, como ler os ter-mos e condições do Facebook. Por vezes têm um perfil quan-do deveriam ter uma página enquanto empresas, fazem passatempos que vão contra os termos ou anunciam os vencedores no mural. É preci-so um grande trabalho de casa e as pessoas terem a noção de que não é por usarem os ‘social media’ a nível pessoal que conseguem trabalhá-los a nível profissional.»

Uma porta aberta para o mUndo profissional?Actualmente, ser especia-lista em ‘social media’ pode ser uma forte mais-valia. É o caso de Frederico Carvalho, estudante na Escola Superior de Comunicação Social do Ins-tituto Politécnico de Lisboa e presidente da Associação de Estudantes e que esteve pre-sente no Upload pela segunda vez. Trabalha como director criativo de redes sociais numa multinacional espanhola. «É um mundo de tendências e é importante estar a acom-panhar tudo o que se passa. Actualmente temos 2,9 mi-lhões de portugueses no Facebook. As marcas têm de se adaptar aos sítios onde as pessoas estão, ouvi-las e criar mecanismos de participação e interacção», comentou. Sublinhe-se que esta entrevis-ta ocorreu antes de explodir o famoso caso Ensitel, um epi-sódio que veio reforçar o im-pacto que as redes sociais hoje em dia têm sobre as marcas e as empresas.[17 Jan 2011] 10

» Bolsas FulBright apoiam investigação nos euaA Comissão Fulbright anunciou a abertura de concursos para atribuir bolsas a professores, investigadores e estudantes portugueses que pretendam leccionar, realizar trabalhos de investigação ou prosseguir estudos de mestrado e doutoramento em universidades ou centros de investigação nos EUA. O regulamento para cada concurso está disponível no site da Comissão Fulbright em www.fulbright.pt e as candidaturas deverão ser submetidas online.

» rumos recruta recém-licenciadosA Rumos Professional Services divulgou recentemente a abertura de um processo de recrutamento a decorrer durante o mês de Janeiro. Este recrutamento surge no âmbito do programa Rumos Careers Check In e está prevista a contratação de 15 novos cola-boradores para o sector das telecomunicações. Estes deverão ter experiência profissional inferior a um ano e licenciatura completa em Engenharia Informática ou afins. Candidaturas via e-mail: [email protected].

iscte-iul cria rede social para promover emprego

upload lisBoa. evento tecnológico revela como os ‘social media’ estão metidos em todos os aspectos da vida pessoal e proFissional

dia Upload-pro

o qUe é a Web 2.0?

As oportunidades da Web 2.0em dezembro último, o aUditório da reitoria do CampUs de Campolide da Universidade nova de lisboa reCebeU a 2.ª edição do evento ‘Upload lisboa: soCial media em debate’. Criatividade, ideias, agênCias, Campanhas, meios, investimentos e mUita, mUita Web 2.0 foram algUmas das palavras-Chave do Upload. mais do qUe Uma tendênCia, os ‘soCial media’ são a estratégia do presente e do fUtUro. para o ano há mais.

Este ano, o Dia Uplaod-Pro foi a grande novidade. No dia 15 de Dezembro decorreu este complemento mais direc-cionado aos quadros superiores da área, focando-se num mercado internacional e acrescentando pontos de vista e experiência de conferencistas vindos de fora. «Em Portugal trabalhamos ainda com um bocadinho de amadorismo. É pegar na experiência dos outros países e estar atento às novidades no sentido global. Ver o que as outras empre-sas estão a fazer, casos de sucesso e casos de insucesso», explicou Virgínia Coutinho.

Uma suposta segunda fase da Internet, caracterizada por maior interacção –que tem como exemplos ou símbolos ferramentas como os blogs e plataformas como as redes sociais – por oposição à versão menos interactiva dos websites da primeira fase. Uma das palavras-chave para descrever esse novo contexto é ‘colaboração’. 2.0 é uma alusão às diferentes versões de programas informáticos, cuja evolução é identificada dessa forma.

Especialista em ‘social media’: uma carreira para o futuro

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LIVROS

NOIte SObRe aS ÁguaSAutor: Ken Follett Editora: BertrandUm thriller equiparado ao famoso ‘Expresso do Orien-te’, mas aqui a acção decor-re a bordo de um avião em plena II Guerra Mundial. O livro é recomendado pelo ‘Washington Post’.

SuNSet PaRkAutor: Paul AusterEditora: AsaQuatro personagens cru-zam-se num bairro perigoso de Brooklyn. As histórias de cada uma delas vão-se en-trelançando à medida que ficamos a conhecer mais sobre a América contempo-rânea e os seus fantasmas.

a Chama ImeNSaAutor: Ricardo Araújo PereiraEditora: Tinta da ChinaO famoso Gato Fedorento lança mais um livro de cró-nicas, desta vez exclusiva-mente dedicado ao futebol. Benfiquista assumido, claro que Ricardo Araújo Perei-ra não vai menosprezar o clube do seu coração.

peças de música clássica. E uma das razões pelas quais a Philharmonia Orchestra of London surgiu foi para responder aos desafios tecnológicos que têm vindo a aparecer ao longo dos tempos, explorar estas tecnologias que estão cada vez mais presentes, inovar e ultrapassar os nossos horizontes», diz Esa-Pekka Salonen. Uma verdadeira experiência sonora, sobretudo pela beleza da música interpre-tada, uma das maiores e mais poderosas peças da música clássica do século XX. «Estar no meio de uma orquestra, experimentar a sensação de 101 músicos a tocar ‘A Sagração da Primavera’, faz correr a adrenalina e é algo que quero partilhar com o mundo».

INStaLaÇÃO. ‘Re-RIte’ é um PROjeCtO INOVadOR que tRaz O eSPeCtadOR PaRa deNtRO de uma ORqueStRa

Ser maestro por um diaUma viagem ao Universo complexo de Uma orqUestra é o qUe propõe a instalação mUltimédia ‘re-rite’. criado pela philharmonia orchestra of london, o projecto crUza a música clássica com as novas tecnologias e leva o público para o centro da orqUestra, convidando-o a fazer parte dela. a instalação, integrada na gUlbenkian música, está patente até ao dia 23 de janeiro no mUde – mUseU do design e da moda, em lisboa.

Cruzar a música clássica com as tecnologias é a proposta de Re-Rite, no Museu do Design

Andreia [email protected]

Uma sala escura e telas bran-cas em cada esquina com-põem esta orquestra virtual. E é no terceiro piso do Mude, inaugurado especialmente para receber Re-Rite, que todos os visitantes vão poder imaginar-se a conduzir a Philharmonia Orchestra of London e a interpretarem ao vivo ‘A Sagração da Primavera’ de Igor Stravinsky.

» bd PORtugueSa NO CCb O Museu Colecção Berardo apresenta ‘Tinta nos Nervos’, uma exposição dedicada à banda desenhada portuguesa, cujo título é inspirado numa citação de Raúl Brandão. Esta mostra cruza cerca de 600 trabalhos de 41 artistas de várias gerações, na esperança de dar a conhecer o papel social desta arte e marcar o encontro com novos públicos da BD. Richard Câmara, Pedro Nora, Bruno Borges, Diniz Conefrey e Rafael Bordalo Pinheiro, o ‘pai’ da banda desenhada moderna portuguesa, são alguns dos autores representados na exposição que inaugurou no dia 10 de Janeiro e que fica patente até 23 de Março.

» VIagem aO PORtugaL PROfuNdOÉ a última produção do Teatro Meridional e está em cena no Teatro Nacional de São João no Porto. ‘1974’ faz a ponte entre o antes e o depois de 25 de Abril. Encenada por Miguel Seabra, a peça conta com 11 actores em palco que personificam a identi-dade portuguesa, reconta as tradições, lendas e outras histórias que marcam o passado português e que servem de ponto de partida para reflectir sobre o futuro do país: o Estado Novo, o 25 de Abril, a integração europeia e a ‘normalidade democráti-ca’. A peça está em cena até 23 de Janeiro.

eXPOSIÇÃO teatRO

fazer parte da orquestra

Durante esta viagem, os visi-tantes podem conhecer como é composta uma orquestra, como funciona cada um dos instrumentos ou ouvir os co-mentários do maestro Esa--Pekka Salonen que conduz a Philharmonia Orchestra of London. «Uma orquestra é uma coisa muito complexa e mágica. Mas muito poucas pessoas sabem como funciona e, por isso, pensámos que seria fantástico criar uma forma de

dar a conhecer às pessoas essa mecânica e oferecer uma perspectiva única de ver uma orquestra por dentro», explica o maestro. Uma experiência poderosa

A instalação é audiovisual e interactiva, com recurso a 29 câmaras que repro-duzem imagens em telas enormes por todo o espaço, e microfones colocados jun- to de cada secção de instru-mentos. Primeiro as trompas, depois os violinos e ainda os bombos e instrumentos de percussão. Tocar em cada um deles isoladamente e ter uma noção de cada um dos seus sons é um dos exercicios propostos pela instalação. «Acho que estamos a fazer algo que nunca foi feito, combinar a tecnologia multi- média com uma das maiores

11[17 jan 2011]

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ABRIL E MAIO

Mitos à solta

Já em Abril, acontece uma das mais esperadas estreias em Portugal, a dos míticos Swans, banda norte- -americana capitaneada por Michael Gura. A banda ressuscita em 2011, chega a Portugal com 29 anos de atraso e já sem a voz

de Jarboe, que segue com a sua carreira a solo. A epifania dá-se a 9 de Abril na Aula Magna em Lisboa e a 10 na Casa da Música, no Porto. Passando das aves monogâmicas para as migratórias, encontramos de volta os The National com concertos agendados para 23 de Maio no Coliseu do Porto e 24 no Campo Pequeno de Lisboa e a sempre bem vinda

FEVEREIRO

Band of Horses pela primeira vez em Portugal

Fevereiro abre portas em português. A Invicta decora o velho Rivoli com os colossais Mão Morta no dia 3 e os filhos pródigos Mind da Gap no dia seguinte. Dois concertos e duas vertentes

CONCERTOS. 2011 é maRCadO pElO REgRESSO dE algumaS baNdaS míTiCaS E Também algumaS ESTREiaS Em pORTugal

Os concertos que aí vêm!É uM ano de crise, eM que a austeridade nos iMPele a aPertar o cinto. Mas a verdade É que eM 2011 os concertos não ParaM. ele Há Para todos os Bolsos, dos Mais econóMicos atÉ aos que são uM assalto à carteira, e os que vêM eM sortido nos festivais. tHe national, PJ Harvey, arcade fire e os Muito esPerados tHe strokes, são os PrinciPais acePiPes sonoros Para aJudar a esquecer os teMPos difíceis que se adivinHaM.

Arcade Fire

Joanna Newson

Kate Perry

The Legendary Tigerman

PJ Harvey MARÇO

entre o indie rock e a pop descarada

Entramos em Março com o activismo malandreco dos Gogol Bordello, que viram cancelado o seu concerto no ano passado devido à greve geral do dia 24 de Novembro. A nova data é 7 de Março, no Campo Pequeno.Também este mês, com uma mini digressão por terras lusitanas, passa Joan as Police Woman, dia 12, no novo Casino de Tróia (Setúbal), a 13 no Casino de Lisboa, a 15 no Hard Club do Porto e a 16 no Centro de Artes e Espectáculos de São Mamede, em Guimarães. De volta também estão os australianos Cut Copy que, depois de uma excelente actuação no festival Super Bock Super Rock em 2010, esperam encher o Casino de Lisboa no dia 23 de Março.

José Frazão [email protected]

Pouco depois aparece a primeira vedeta interna-cional, a norte-americana Joanna Newsom. Harpista, pianista e cantora que, com a sua arte, transportou uma linguagem musical clássica para uma vertente indie pop avant-garde, factor que lhe granjeou uma vasta legião de fãs pelo mundo fora e em Portugal em particular. Actua na Casa da Música no Porto no dia 24 e no dia 26 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Ainda em Janeiro, há a destacar o regresso dos eternos The Young Gods ao Hard Club do Porto no dia 29 e ao Santiago Alquimista, em Lisboa, no dia 30.

concertos. A não perder!Destaque ainda para o clí-max dançante do projecto Hercules and Love Affair na Discoteca Lux, em Lisboa, no dia 18, e para o ambiente ‘popesco’ da diva Katy Perry no dia 20 no Campo Pequeno.

musicais completamente diferentes para agradar a gregos e troianos.Segue-se a muito aguardada estreia em Portugal de Band Of Horses, grupo de Seattle que teve a singularidade de se tornar conhecido através da banda sonora do jogo electrónico ‘Skate’. A banda apresenta o seu mais recente álbum de originais ‘Infinite Arms’ na Aula Magna a dia 7 de Fevereiro.Continuamos nas idiossin-crasias, mas esta menos abonatória para uma banda como os Skunk Anansie, que saltam do palco da gala dos Ídolos para os dos Coliseu do Porto e de Lisboa, nos dias 7 e 8 respectivamente. Os tempos são outros, a músicas também, mas os britânicos continuam iguais a si próprios, por isso, não se esperam grandes novidades nestas actuações.

O segundo mês do calendário também nos traz os corro-sivos Nashville Pussy que levam o seu vernáculo anglo- -saxónico ao Bafo de Baco de Loulé no dia 9 e ao Hard Club do Porto no dia 10. Estes concertos não devem requerer cabedal, ligas e artefactos sexuais na indumentária, pois a banda tem a sensualidade de os servir e referir q.b. nos seus

Band of Horses

PJ Harvey que, após ter esgotado as entradas para o concerto do ainda longínquo dia 25 de Maio, se apressou a marcar uma nova data no dia seguinte na mesma sala, a Aula Magna de Lisboa.

JANEIRO

entre os exames e a melodia

A ‘rentrée’ é sempre pautada pelos exames, época em que toda a concentração é neces-sária e, talvez por isso, nos cardápios não apareçam muitos concertos logo no início do ano. Mas como a descompressão também é ganho, entre umas noites mal dormidas a marrar numa matéria em que estamos mal amanhados, podemos também dar um salto ao Coliseu do Porto no dia 21 e ao Coliseu de Lisboa no dia 22, salas onde o franzino The Legendary Tigerman abre as hostilidades acompanhado no palco por convidados como Rita Redshoes, Jim & Mick Collins e Lisa Kebaula.

gaNha ENTRadaS

para os concertos

de The legendary Tigerman

de lisboa e porto em

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E NO VERÃO...

o melhor do indie rock nos festivais

O Verão ainda vem longe, mas alguns dos principais festivais nacionais já avan-çaram com alguns dos no-mes que nos visitam na época das férias. O que se mostra mais promissor é o Super Bock Super Rock, a acontecer mais uma vez no Meco, na Herdade do Cabeço da Flauta. Os Arcade Fire, que deixaram muita gente órfã quando viram o seu concerto can- celado por causa da Cimeira da NATO, estão já agendados para 15 de Julho. No mesmo dia também se podem ouvir por lá os sons do trip-hop, cortesia da mítica banda de Bristol, os Portishead. No dia seguinte podemos gritar, finalmente, pois os The Strokes e o seu carismático líder Julian Casablancas regressam aos palcos portugueses.Para Oeiras, o Alive! já reservou passagens para Portugal para Coldplay no dia 6 de Julho, para os monstros do rock norte-americano Foo Fighters no dia 7 e a dupla de dança britânica The Chemical Brothers no dia 8.Num idioma mais mains-tream e revivalista, o Parque da Bela Vista e o seu filho pródigo, Rock In Rio, levam--nos numa viagem ao tempo dos dinossauros do rock com os Bon Jovi a 31 de Julho.

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Se ainda não conheces a série Glee, das duas uma, ou andas muito distraído ou não sabes o que é bom. A segunda temporada arrancou no dia 6 de Janeiro na Fox Life – com a Mega Hits a apoiar, claro. Muito resumidamente, o Glee retrata a vida de adolescentes que são vítimas de bullying. Há o homossexual, o bronco, a insegura, o deficiente, e tu consegues imaginar o resto. Mas isto não é o mais importante. Na escola eles criam o Glee Club, um refúgio, uma espécie de grupo de auto-ajuda onde concretizam aquilo em que realmente são bons: a música. A música e a forma de expressarem os senti-mentos através dela são o resultado perfeito da fórmula do argumentista Ryan Murphy. É só isto? Claro que não. Até porque não estamos a falar de Morangos. Os Gleeks são pessoas tão normais como tu e têm talento para alguma coisa, tal como tu! Easy. Eles não só cantam que se fartam, como te põem a rir com palermices e ainda conseguem fazer-te suspirar (agora estou a falar do Finn e do Puck, sim).

Se na primeira temporada as músicas de Lady Gaga ou os clássicos de Madonna fizeram subiram a audiência da série, esta temporada, com participações especiais de Britney Spears ou Gwyneth Paltrow são um convite ao baldinho de pipocas no sofá. A Mega Hits entra nisto, primeiro porque tem bom gosto, e uma série que ganha ‘Emmy’s’ e ‘Golden Globes’ merece todo o respeito, e depois, porque as músicas que a crew do Glee insiste em cantar bem têm de passar na tua rádio.Agora que já sabes que aos domingos às 21h25 tens de estar de olhos pregados na Fox Life, só me resta dizer-te para esqueceres aquela tanga que a tua mãe te ensinou de nunca falares com estranhos. A Mega Hits vai “obrigar-te” a abrir a porta a um estranho que tu vais adorar conhecer: Diego Miranda. Ele já está a caminho de tua casa para dar a maior festa do ano. Podes começar a convi-dar os teus amigos. Ah, mas espera lá! Antes disso, inscreve-te no passatempo em mega.fm. Convém ;)

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Filipa Galrãoanimadora Mega Hits – 22h às 02h

DESTAQUES

CRÓNICA

LISBOA 92.4

PORTO 90.6

COIMBRA 90.0

SINTRA 88.0

AVEIRO 105.6

BRAGA 92.9

“GleeGa-te” à MeGa e abre a porta ao DieGo

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Diversão a baixo custo

Mesmo de graça se pode pas-sar um bom par de horas de lazer a jogar no PC, e não só a construir quintas virtuais no Facebook. Com alguma pesquisa, também nessa popular rede social se en-contram fantásticos jogos mais activos, como o puzzle Bejewled Blitz, ou o deliciosa-mente ridículo Robot Unicorn Attack. E para oferendas mais com-plexas, sites como Kongrega-te e Armor Games oferecem dúzias de bons jogos para jogar no browser, ao melhor preço do mundo: zero euros.

Não falamos, claro, dos PC de vários milhares de euros que se vêem nas Fnac; embora es-ses tenham as suas vantagens. A verdade é que até o mais hu-milde PC tem, secretamente, uma biblioteca de jogos inve-jável.Para começar, raros são os jo-gos actuais que exigem um PC de topo. É agradável ter um, mas os melhores dos melhores jogos – êxitos de 2010 como Civilization V, Starcraft II, ou a nova expansão de World of Warcraft – jogam-se perfeita-mente em portáteis com cinco anos.

Internet sem fIos transmItIda por luzes Parece um conceito muito futurista, mas já é possível. A tecnologia LVX foi desen-volvida pela empresa norte-americana Lvx System, e permitirá o acesso à Internet através da iluminação recorrendo a LED e sensores para a formação da rede, em substituição das lâmpadas convencionais.

play no sIte da rtpA RTP lançou uma nova marca, o RTP Play, que pretende oferecer uma experiência mais completa ao visualizar emissões em directo e programas gravados de TV e rádios do grupo. É possível ter acesso completo em directo e ainda navegação por canal, tema e programa.

três mIlhões de portugueses no facebookJá são mais de três milhões os perfis por-tugueses no Facebook. Os dados do portal SocialBakers revelam que, nos últimos seis meses, o número de perfis aumentou 21 por cento.

prImeIra encIclopédIa portuguesa para IphoneA Porto Editora criou uma versão ‘mobile’ da Diciopédia e dez dicionários para o iPhone, o telefone inteligente da Apple, que estão disponíveis para download desde 1 de Janeiro.

» 5.ª Dimensão

Um mundo de tablets contra iPadDEzENAS DE MARCAS JUNTARAM-SE EM LAS VEGAS, NA FEIRA DE TECNOLOGIA CES, DURANTE OS PRIMEIROS DIAS DE JANEIRO, PARA MOSTRAR AS NOVIDADES PARA O FUTURO. MAS O CERTAME FICOU MARCADO PELA LUTA ENTRE CERCA DE 100 TABLETS, PRODUTOS qUE qUEREM RIVALIzAR COM O IPAD DA APPLE. A INOVADORA MARCA DE STEVE JOBS, COMO É háBITO, NãO ESTEVE PRESENTE – APENAS EM ESPíRITO E NA MENTE DE TODOS OS PRESENTES.

computaDor. o teu pc poDe ser o teu melhor amigo e proporcionar-te emocionantes horas De jogo

Novo ano, novos jogosNO INíCIO DE UM NOVO ANO, POR qUE NãO RELEMBRAR UM VELhO AMIGO, O DISPOSITIVO DE JOGOS MAIS DISSEMINADO DO PLANETA – O COMPUTADOR? SE NãO TENS TEMPO OU PACIêNCIA OU DINhEIRO PARA UMA CONSOLA, MAS ATÉ GOSTAVAS DA IDEIA DE JOGAR UNS BONS JOGOS, ENTãO PARABÉNS – PROVAVELMENTE Já TENS UMA DAS MELhORES MáqUINAS DE JOGO DO MUNDO.

Luís Magalhã[email protected]

João Tomé[email protected]

Ricardo Queiró[email protected]

Dell streak 7 4gA Dell lançou um tablet de 7 polegadas e outro de 10. À escolha do freguês. Tem o sistema Android da Google, uma câmara frontal, um processador dual-core, 16GB de memória e um sistema inovador de protecção do vidro do ecrã. E tem bom aspecto.

Mas mesmo que não seja esse o caso, há um mundo de jogos mais velhos – e baratos – cada vez mais acessível. Serviços de distribuição digital como o Ste-am ou Good Old Games, entre muitos outros, permitem o rá-pido download e instalação de clássicos ao preço de uma re-feição no McDonalds, prontos a jogar, com todas as instru-ções e documentação em for-mato digital. Jogos como Ano-ther World ou Prince of Persia podem revelar a sua idade no departamento gráfico, mas continuam a ser um prazer de jogar, e uma boa oportunidade de (re)descobrir um pouco da história dos jogos.

» ONDe DescObrir NOvOs jOgOs Para qUalqUer cOmPUtaDOr

Steam (Pagos, PC e Mac - http://steampowered.com) Good Old Games (Pagos, PC - www.gog.com) Kongregate (Grátis, PC, Mac e Linux - www.kongregate.com) Armor Games (Grátis, PC, Mac e Linux - http://armorgames.com) Lord of the Rings Online (Grátis, PC - www.lotro.com)

Lord of the RingsPrince of Persia Bejewled Blitz

Tecnologias www.mundouniversitario.pt

samsung sliding pc 7Esta espécie de híbrido parece um tablet normal, mas esconde um teclado que o transforma num portátil regu-lar. A inovação espantou muita gente, mas resta saber se tem pernas para andar. É bem melhor e mais leve que um Magalhães, tem 10.1 polegadas e funciona com o Windows 7. motorola Zoom

Foi considerado no CES, o grande concor-rente do iPad e isso, nos dias que correm, é obra! O aparelho foi considerado o mais completo do certame e distingue-se por ser o primeiro tablet Android (o sistema da Google, na nova versão 3.0) a superar o ecrã de 9.7 polegadas do aparelho da Apple – tem 10.1. A moda dos tablets, que já está a chegar às escolas e universidades norte-americanas, ganha neste modelo a possibilidade de fazer videochamadas graças a uma câmara frontal. Tem um processador dual-core, de 1Ghz, uma tela widescreen e chega ainda este ano à Europa.

Blackberry playbookTem cerca de 7 polegadas, duas câma-ras (o iPad ainda não tem câmaras), um processador dual-core (rápido) e chega com software da própria Blackber-ry. O Playbook serve para os ‘boys’ e as ‘girls’ brincarem e se organizarem e, diz quem já o viu, que é muito fino (como o iPhone 4) e tem no Samsung Galaxy Tab o concorrente mais parecido.

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[17 JAN 2011]

João Tomé[email protected]

A tecnologia mudou mui-tos nos últimos 10 anos, altura em que se começou a ouvir falar do Google e ainda nem o YouTube ou o Facebook eram um projecto. Mas há 29 anos, 1982, ano em que surgiu o inovador Tron, nem Internet havia e o máxi-mo da tecnologia eram os faxes e os pagers. Daí que o filme de Steven Lisberger dessa altura fosse arrojado, sonhador e, até, um pre-núncio ficcionado do que aí vinha: a Internet – no filme – chama-se The Grid.O filme da Disney, baseado em vídeojogos que se tor-nam reais, transformou-se num filme de culto ao lon-go dos anos e das gerações e, depois de muitas indeci-sões, finalmente chegou a sequela ao estilo do século XXI: em 3D e com muitos efeitos especiais.O criador inicial, Lisberger, agora foi apenas produtor e passou a pasta da direc-ção para o estreante Jo-seph Kosinski, especialista em efeitos e em anúncios televisivos. Mas embora o filme esteja a ser um sucesso de público, os fãs e críticos queriam mais história e menos efeitos especiais.

Jeff Bridges vezes dois

Acompanhamos o filho de Kevin Flynn (Bridges), Sam, já com 27 anos e na condi-ção de um multi-milionário que se diverte a perturbar a sua própria empresa (que não domina) de vídeojogos

e software, a bem sucedi-da Encom. Quando o an-tigo amigo do pai, Alan Bradley (Bruce Boxleitner) recebe uma mensagem de pager da antiga arcada de jogos de Flynn, avisa Sam para ir ver o que se passa. Só que o jovem rebelde des-cobre um esconderijo antigo do pai e entra em The Grid, um mundo ao estilo jogos de computador, coman-dado pelo temido CLU, um jogo de computador feito à imagem de Flynn (mas como não envelhece, é Jeff Bridges com 30 anos).

Já Flynn faz lembrar outra personagem de Bridges, The Dude, e vive em reclu-são ao lado da confidente e protectora Quorra (Olivia Wilde, a personagem ‘13’ da série House). Filho e pai embarcam nesta aventura num universo cibernético perigoso em busca do re-gresso a casa.

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esTreiA dA QUiNzeNA. TroN o LegAdo

Jeff Bridges é um Dude em TronDepois De ter surpreeNDiDo o muNDo Do ciNemA com troN, em 1982, As AveNturAs De Jeff BriDges Num uNiverso ciBerNético perigosAmeNte reAl estão De voltA Num filme repleto De efeitos especiAis.

ESTrEIA A 20 DE JAnEIrOHereAfTer – oUTrA vidAClint Eastwood está de volta à realização para um drama sobrenatural. Matt Damon é George, um trabalhador da construção civil que tem uma ligação especial com a vida para além da morte. Marie (Cécile de France), uma jornalista francesa, foi vítima de uma catástrofe natural que quase a matou, o que alterou totalmente a sua realidade. E Marcus é uma criança londrina, que quando perde o seu irmão gémeo procura desespera-damente obter respostas. Cada um em busca da verdade, os seus caminhos irão cruzar-se e alterar para sempre aquilo em que eles acreditam existir além da vida.

ESTrEIA A 20 DE FEvErEIrOvAis CoNHeCer o Homem dos TeUs soNHosWoody Allen também tem uma nova história para contar, desta vez sobre dois casais. Alfie (Anthony Hopkins) e Helena (Gemma Jones) e a sua filha Sally (naomi Watts) e o marido (Josh Brolin) deixam que as suas paixões, ambições e ansiedades lhes perturbem a vida. Depois de Alfie dei-xar a mulher em busca da sua juventude perdida, Helena rende-se aos conselhos de uma bruxa charlatã. Já a filha Sally apaixona-se pelo dono de uma galeria de arte (Antonio Banderas) e o marido fica ‘apanhado’ por uma misteriosa mulher (Freida Pinto).

oUTrAs esTreiAs

ESTrEIA A 20 DE JAnEIrO

As viAgeNs de gULLiver

Foi em 1996 que uma série de televisão que venceu cinco Emmys reavivou o conto clássico de Jonathan Swift do século XvIII. Bem diferente desses tempos, esta adaptação aos tempos reais e à comédia típica de Jack Black deu origem a este filme. Acompanhamos Lemuel Gulliver (Black), um rapaz que trabalha no correio de um jornal e que, para impressionar a bela editora de viagens, plagia várias histórias e acaba convidado para ir ao Triângulo das Bermudas relatar as suas aventuras.

Só que em vez de um simples passeio, após uma tempestade Gulliver acaba numa ilha habitada por uma civilização minúscula, conhecido como Liliputianos. A besta gigante, por estas partes, é dominada por um general com a mania da grandeza, mas acaba por conquistar os seus amigos de 15 cm quando os defende de um povo invasor. Mas Gulliver exagera e vai ter de aprender com os seus erros. Esta comédia leve conta ainda com Emily Blunt, Jason Segel e Amanda Peet.

10 milhões

de euros, foi quanto custou

o guarda-roupa do filme da

Disney. Um fato apenas para

os corredores custava 46 mil

euros.

64 dias, foi o tempo

que durou a rodagem

do filme. Já a pós-produção,

devido aos efeitos especiais

gigantes, durou 68 semanas

(mais de um ano).

61 aos 30. Jeff Bridges interpretou Flynn

com a sua cara actual (de 61 anos)

e o jogo de computador CLU, com a sua cara

e corpo de quando tinha 30.

Tudo só foi possível graças à tecnologia

de computador ‘antienvelhecimento’,

já utilizada com Brad Pitt,

em ‘O Estranho Caso

de Benjamin Button’.

1982. no ano do primeiro Tron,

os protagonistas Olivia Wilde

(Quorra) e Garrett Hedlund

(Sam Flynn) ainda

não tinham nascido.

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O calendário de exames está marcado. O tempo é pouco. Os apontamentos mais do que muitos e os métodos de estudo variados. Há quem precise da ajuda de um café para algumas horas sem dormir na véspera do exame, outros preferem uns dias a bolachinhas de água e sal ou até madrugadas inteiras na companhia de um cigarro, um saco de gomas ou um pacote de batatas fritas. Se os resultados não forem satisfatórios, a necessidade de ficar desperto por mais horas – ou mesmo dias a fio – pode levar um estudante a recorrer a métodos de estudo mais radicais, tais como o recurso a pastilhas, medicamentos obtidos sem receita médica, esteróides e suplementos alimentares e energéticos para conseguir manter a concentração e esticar a memória durante a época de exames.

O problema é que, como lá diz o ditado, quem se mete por atalhos...

Estudar na corda bamba

especial exame

s

Bruna [email protected]

Page 18: Mundo Universitário - Edição 176

As bebidas energéticas e as misturas explosivas de aspirinas com cafés há muito que fazem parte das conversas de corredor nas universidades e politécnicos portugueses. Contudo, essas ‘mezinhas caseiras’ passaram por um upgrade nos últimos anos, com a chegada das ‘smart drugs’, as ditas ‘drogas inteligentes’ conseguidas sem receita médica – veja-se o caso dos estudantes ingleses, que têm aumentado o consumo de medi-cação indicada para doenças como a Alzheimer para enganar a memória.

Preocupado com esta realidade, Vince Cakic, inves-tigador do departamento de Psicologia da Universidade de Sidney, na Austrália, defendeu, num artigo publicado no Journal of Medical Ethics, que as ‘smart drugs’ são altamente atracti-vas para os estudantes e quase impossíveis de proibir. «A escola secundária e a universidade são esferas competitivas primárias das vidas de muitas pessoas, e as que têm mais importância para o futuro, tanto em termos de oportunidades de carreira como na possibilidade de obter mais ren-dimentos no futuro. A pressão para ser academicamente bem sucedido é muito real e, num clima em que a pressão dos exames finais fez aumentar a procura das explicações, é provável que todos os caminhos para melhorar o rendimento sejam percorridos», refere o investigador.

Do chá ao tranquilizante...

Por cá, João Santos é aluno no mestrado integrado de Medicina Den-tária na Universidade do Porto e garante que nem ele nem os amigos são adeptos desse tipo de substâncias. «Cafés sim, é normal. Um chá para acalmar… Há até quem experimente uma ou outra bebida energética, estilo Red Bull, mas nada por aí além. Temos é de ter a cabeça limpa para estudar, na minha opinião, não encher o corpo de drogas». A propósito de cafés e outras bebidas similares, o psicólogo clínico José Manuel Borges, especialista em aconselhamento psicológico e psicoterapia de apoio, disse ao MU que a questão do sono é fundamental e que os alunos não devem, por isso, aproveitar a última noite antes do exame para estudar até às tantas, muito menos com recurso a auto-medicação como calmantes, já que estes «apagam a memória». «O calmante, como o próprio nome o diz, acalma – mas ao acalmar apaga também os registos de memória.»

Assim, para os estudantes mais ansiosos, José Manuel Borges aconselha a marcação de uma consulta de psicologia, uma visita ao médico de família ou ao farmacêutico ou ainda a procura de outro tipo de ajudas e estraté-gias para a diminuição da ansiedade e o relaxamento que não seja através da medicação sem aconselhamento por parte de um especialista, já que «os alunos, mesmo os de ensino superior, estão pouco informados sobre as receitas e as terapêuticas medicamentosas, pois acreditam que é a substância em si que cura, quando o seu uso por parte do médico é que trará os resultados esperados e mais ajustados a cada caso».

Mas tu drogas-te?!...

QUEIMAR A PESTANAUSO INDEvIDO DE SUBSTÂNCIAS ESTIMULANTES E/OU CALMANTES

‘ThE DRUgS DON’T wORk’

Em 1997 já os The verve cantavam a música que dá título a este texto. No entanto, e para os que ainda acreditam no milagre das cápsulas, comprimidos, pastilhas, chávenas de café ou no poder descontraído das ‘litrosas’ e do cigarrinho, fiquem a saber que as consequências mentais e corporais de tais drogas podem ser desastrosas:

ÁlCOOl: Pode provocar acidez no estômago, vómito, diarreia, baixa da temperatura corporal, sede, dor de cabeça, desidratação, falta de coordena-ção, lentidão dos reflexos, vertigens, dupla visão e perda do equilíbrio.

AnfETAMinAS: A sobredosagem pode provocar inquietação, alucinações, aumento da temperatura corporal, taquicardia, náuseas, vómitos, cãibras no abdómen, fortes dores no peito, insuficiência respiratória e cianose, aumento da circulação sanguínea, perda de consciência e morte.

BARBiTúRiCOS: nos casos de consumo prolongado, poderão surgir transtornos como anemia, hepatite, depressão, descoordenação motora, entorpecimento da fala, etc. Torna-se particularmente perigoso misturar barbitúricos com álcool, o que pode ser letal.

COCAínA: As doses elevadas geralmente provocam insónia, agitação, ansiedade intensa, agressividade, visões e alucinações (as típicas são as tácteis, como a sensação de ter formigas, insectos ou cobras imaginárias debaixo da pele).

COgUMElOS MÁgiCOS: Os efeitos alucinogéneos podem acarretar alguma

desorientação, ligeira descoordenação motora, reacções paranóicas (‘bad trips’), incapacidade de distinguir entre fantasia e realidade, pânico e depressão.

ECSTASy: Além de oferecer uma forte vontade de contacto físico e sexual, a longo prazo, o ecstasy pode provocar cansaço, esgotamento, sonolência, deterioração da personalidade, depressão, ansiedade, ataques de pânico, má disposição, letargia, psicose, dificuldade de concentração, irrita-ção ou insónia.

TABACO: Em fumadores crónicos podem surgir úlceras digestivas, faringite e laringite, afonia e alterações do olfacto, pigmentação da língua e dos dentes, disfunção das papilas gustativas, problemas cardíacos, má circulação e cancro do pulmão, do estômago e da cavidade oral.

XAnTinAS: Encontram-se em bebidas como o café (cafeína), chá (teofilina), assim como em cacau (teobromina), colas e em medicamentos analgésicos, anti-histamínicos, etc. A intoxicação aguda em indivíduos não habituados pode produzir inquietação, nervosismo, excitação, insónia, rapidez no pensamento, rubor facial, diureses, alterações digestivas, contracções musculares, logorreia, taquicardia ou arritmia cardíaca.

Para saberes mais sobre estas e outras drogas, consulta o Portal dos Psicólogos, em www.psicologia.com.pt.

especial

exames

«Se estudar até muito tarde bebo café ou alguma bebida energética para me manter acordada, porque, por incrível que pareça, não gosto de estudar no silêncio,

pois desconcentro-me com tudo e preciso de música ou até mesmo da TV ligada!»

Eliana Barros de CaldasCiências da Comunicação, Universidade Autónoma de lisboa

«A única coisa que tomo é chá para relaxar durante o estudo. Outros cuidados especiais com a alimentação não tenho… Mas gosto sempre de ter bolachas ao meu lado para acompanhar com o chazinho. Parecendo que não, ajuda a aliviar o stress e a não pensar que poderia estar a fazer outras coisas ao invés de estudar.»

Carina Toledo de CastroTradução (inglês e Espanhol), faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade nova de lisboa

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Podíamos continuar a cantar esta canção infantil, mas não. Vamos antes falar de uma estudante universitária que tinha tudo para ser nor-mal, não fosse ela Daphne Oz, filha de um dos médicos mais famosos do mundo – o Dr. Oz, do programa da Oprah. Daphne foi apenas mais uma das estu-dantes que se apercebeu das particularidades da vida universitária. «A praxe é só o começo. O que vem a seguir é uma sucessão de experiências que nada tem a ver com a escola secundária. De repente há uma vida social exigente, festas universitárias, viagens de grupo, novos colegas, conversas sem fim no bar da faculdade. E há o reverso da medalha, aulas logo pela manhã, trabalhos para entregar, testes à vista, noitadas a estudar. Tudo isso tem custos: o cansaço, as olheiras, o excesso de peso...»

Quando recebeu o ‘canudo’, Daphne tinha 15 quilos a menos e foi esse feito que lhe serviu de inspiração para o livro ‘A Dieta dos Estudantes’, no qual revela os seus segredos alimentares em oito passos: desde a escolha dos ‘alimentos amigos’, as melhores alternativas aos snacks nocturnos e aos refrigerantes, aos exercícios mais simples para fazer no quarto. Segundo Daphne Oz, «os três primeiros passos para iniciar uma alimentação saudável são: beber um copo de água (ou dois) antes de qualquer refeição; não comer quando estamos distraídos (a ver TV, a navegar na Internet, em festas...); e evitar comer duas horas antes de ir para a cama.»

O livro, editado pela Leya, contém ainda testemunhos verídicos de quem perdeu alguns kgs com recurso a pequenos truques, dicas para te exercitares sem sair de casa, uma lista de alimentos proibidos e ainda conselhos para quem se prepara para enfrentar a época de exames ou quem cozinha em residências universitárias...

Sebastião come tudo, tudo, tudo…’

ALIMENTAÇÃOCOMEr bEM, ESTudAr AINdA MELhOr

TOMA NOTA!!

POrquE quEM TE AvISA, TEu AMIgO é, O Mu dEIxA-TE uMA SérIE dE dICAS PArA ESTudArES MELhOr E dEIxArES ALguM dO STrESS quE TE ATOrMENTA NO bOLSO dO PIjAMA:

ALIMENTAÇÃONão comas a toda hora, pois três ou quatro refeições diárias são suficientes;Bebe bastante água entre as refeições, come alimentos naturais com bastante

fibra, frutas, legumes, verduras e cereais;Evita guloseimas e não mistures muitos alimentos de uma só vez, pois causam

má digestão e fermentação.

dESPOrTOPratica desporto, já que os exercícios físicos ajudam a teres um corpo saudável e libertam

as energias negativas acumuladas. Ah, e também servem para espaireceres um pouco…

SONO EM dIADeita-te cedo durante a semana e dorme, pelo menos, oito

horas diárias – o suficiente para recuperares as energias. Se fizeres isto, podes aproveitar os fins-de-semana para te divertires, porque ninguém é de ferro.

especial

exames

«Tento estar muito atenta nas aulas, até porque às vezes os professores mandam a dica do que vai sair nos exames. Quando a matéria é mesmo mesmo mesmo muito chata,

canto os tópicos da matéria ao ritmo de uma música com ritmo fixe ou vou à procura de outras abordagens para verificar

se há outra maneira de estudar o mesmo sem ser assim tão chato!»Alexandra MatosDesign Gráfico e Multimédia, Escola Superior de Artes de Design das Caldas da Rainha

«Só consigo estudar em cafés. Se estiver em casa e já estiver farta de estudar, ou algo assim, tenho tendência para ir ver TV ou ir para o computador. Se estiver num café

concentro-me mais no que estou a fazer e aproveito as pausas para tomar um café. No caso de estar a estudar com amigos,

paramos todos, de vez em quando, para desanuviar um bocadinho ou para falarmos de determinada matéria ou de alguma dúvida que tenhamos.»Margarida ribeiroCiências da Comunicação, Universidade Autónoma de Lisboa

«Estudar em grupo é essencial no nosso curso: dis-cutir os problemas, confirmar os resultados, estudar as variantes… Aqui o estudar de véspera não adianta, porque há que ter muito treino prévio durante todo o semestre e muito antes do exame.»

bruno Albergaria e Pedro graçaEngenharia Civil, Instituto Superior de Engenharia do Porto, Instituto Politécnico do Porto

«De vez em quando arranjo uma caneta que prefiro e à qual talvez possa chamar de ‘caneta da sorte’, mas o normal é este ‘artefacto’ perder-se passado pouco tempo

(risos). Nunca levo duas canetas para o exame e não acredito no azar (tanto que, para ser do contra e desacreditar o azar,

houve uma altura em que entrava sempre com o pé esquerdo nos exames).»Inês TelesCiências da Comunicação, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) – Universidade Técnica de Lisboa

«Há umas cadeiras que podem ficar mais para a última da hora e outras que não podem, mas acabam, na mesma, por ficar. (risos) Não há tempo», explica o Diogo, um aluno adepto do «ler, ler, ler, ler e encaix-ar de forma a que tudo faça sentido, como se de uma história se tratasse». Já o João, fala-nos da sua experiência com as directas para conseguir passar a cadeiras mais exigentes, como foi o caso de Anatomia. «Quando chegaram as 06h00 eu já estava tão cheio de sono que só queria que o exame fosse a essa hora para depois ir dormir!»

joão Santos e diogo SimõesMestrado integrado em Medicina Dentária, Faculdade de Medicina Dentária, Universidade do Porto

FOrÇA dE vONTAdEAntes de toda a gente, deves ser tu o primeiro a ter confiança de que és capaz de fazer e estudar o que tens de fazer e de estudar;Arranja tempo para ler os apontamentos. Não confies só na memória. Às vezes, uma palavra ou frase dita pelo professor é a chave para perce-beres toda a matéria; Expulsa os pensamentos parasitas que te absorvem. Quando deres conta passou-se meia hora e estiveste em frente a um livro a fazer figura de estátua. ESTudAr COM CALMAEscolhe um local sossegado e bem iluminado e esconde todas as actividades incompatíveis com o estudo, como a TV ou a PlayStation;Elabora um horário de estudo sem cedências (nada de te levantares de cinco em cinco minutos);Evita estudar muitas horas seguidas antes dos exames, porque isso só aumentará as dificuldades de concentração e de memorização de toda a informação estudada.

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