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CAISAN CÂMARA GOVERNAMENTAL INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – MARILENA -PR 1 MUNICÍPIO DE MARILENA-PR CAISAN MUNICIPAL PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2017 - 2019

MUNICÍPIO DE MARILENA-PR CAISAN MUNICIPAL · Secretária de Assistência Social: Vera Lúcia Belieri da Silva ... Um dos pioneiros que chegou à localidade, por volta de 1939, foi

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CAISAN

CÂMARA GOVERNAMENTAL INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – MARILENA -PR

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MUNICÍPIO DE MARILENA-PR

CAISAN MUNICIPAL

PLANO MUNICIPAL DE

SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

2017 - 2019

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PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

2017 – 2019.

Administração: 2017 - 2020

Prefeito Municipal: José Aparecido da Silva

Secretária Municipal de Educação: Vilma Lucas Palma Capelossi

Secretária de Assistência Social: Vera Lúcia Belieri da Silva

Assistente Social do NASF: Fátima Izumi Matsumoto

Coordenadora Merenda Escolar: Vanilza Rodrigues dos Santos

Coordenadora Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional: Juliana Maiara

Lovison.

Elaboração e Formatação do Plano: Dulce Aparecida de Barros

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CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL –

CAISAN

Secretaria Municipal de Educação:

Titular: Vilma Lucas Palma Capelossi

Suplente: Juliana Maiara Lovison

Secretaria Municipal de Saúde:

Titular: Célio Lelis da Mata

Suplente: Fátima Izumi Matsumoto

Assistência Social:

Titular: Rafaela Maria Brito Costa

Suplente: Vera Lúcia Belieri da Silva

Secretaria Municipal da Agricultura:

Titular: Denilson Aragão Machado

Suplente: Cesar dos Santos

Secretaria de Esportes:

Titular: Oscar Almeida

Suplente: Arnaldo Maciel Estevam.

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CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

COMSEA

1. REPRESENTANTES GOVERNAMENTAIS:

I. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:

Titular: Vilma Lucas Palma Capelossi

Suplente: Juliana Maiara Lovison

II. EMATER

Titular: Maurício Amorim Pereira

Suplente: Alexandre Capel Carvalho.

III. SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA

Titular: Denilson Aragão Machado

Suplente: Cesar dos Santos

2. Representantes da Sociedade Civil:

I. PASTORAL DA CRIANÇA

Titular: Cleonice Augusto da Silva

Suplente: Maria das Graças Severino Guedes

II. COLÔNIA DE PESCADORES Z10

Titular: Camila Marcela da Silva Arrabaça

Suplente: Jozele Aparecida Deniz.

III. ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS ASSENTAMENTO SEBASTIÃO

CAMARGO – APRASEC

Titular: Maria José de Lima

Suplente: Maria Eurimar dos Santos

IV. ASSOCIAÇÃO CONJUNTO MENINA DOS RIOS

Titular: Elisandra Pinheiro Santos

Suplente: Geane Nascimento de Jesus

V. GRUPO DE ADOLESCENTES DIGITAIS DE CRISTO

Titular: Meirielen Paula Vieira Marinho

Suplente: Eduardo Pereira Marinho

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APRESENTAÇÃO

Neste documento é apresentado o Plano de Segurança Alimentar e Nutricional

para o quadriênio de 2017 – 2019. Foi formulado pela Comissão responsável pela

elaboração do Plano contando com a participação de vários segmentos como também

da sociedade civil organizada e outras instituições não governamental.

Em sua constituição estão descritas as diretrizes, objetivos e metas a serem

efetivadas no quadriênio 2017-2020, sendo as mesmas baseadas na Política Nacional

de Segurança Alimentar e Nutricional.

O Plano de Segurança Alimentar do Município de Marilena tem como objetivo

garantir acesso de todos a alimentos saudáveis por intermédio de ações que facilitem a

produção e o abastecimento, com o fortalecimento da agricultura familiar, da Política de

Educação Alimentar e Nutricional e da disseminação de equipamentos de alimentação e

nutrição.

Entre as diretrizes do Plano, está o fortalecimento das políticas de transferência

de renda, políticas da Agricultura e Meio Ambiente, Políticas da Educação e Políticas da

Saúde, dentre outras.

A partir das Diretrizes emanadas das Conferências e do Conselho Nacional de

Segurança Alimentar o Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional elaborado

pela Câmara Intersetorial Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

(CAISAN/Marilena), abordará em sua construção, o diagnóstico e a contextualização

ligada ao Munícipio, apontando índices e diretrizes elencadas nos Programas, Projetos e

Ações ligados a Política de Segurança Alimentar e Nutricional.

Neste sentido, será entendido como um processo dinâmico e participativo onde

permitirá a revisão constante em relação aos seus objetivos, prioridades, estratégias e

ações voltadas às populações em situação conforme o que preconiza na Constituição

Brasileira, tendo como atores de monitoramento a Câmara Intersetorial Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional - CAISAN, e outros segmentos da Administração

Pública Municipal, como também da sociedade civil organizada e outras instituições não

governamentais representadas pelo Conselho Municipal de segurança Alimentar -

COMSEA.

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SUMARIO

APRESENTAÇÃO 5 1. CAPITULO I - CONTEXTUALIZAÇÃO DO MUNICIPIO 7 1.1 Município – Localização 7 1.2 Principais Distâncias 8

1.3 Limites Atuais 8

1.4 Divisão Administrativa 8

1.5 Clima 8

1.6 Relevo e Solo 9

1.7 Vegetação 9

1.8 Hidrografia 9

1.9 MARCOS HISTORICOS 9

1.10 Símbolos Municipais 10

1.11 Brasão Municipal 10

1.12 Bandeira Municipal 11

1.13 Hino Nacional 11

2. CAPITULO II – SITUAÇÃO EDUCACIONAL 13 2.1 EDUCAÇÃO 13 2.2 Instituições de Ensino Existentes no Município 13 3. CAPITULO III - EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL 14 3.1 Educação e Segurança Alimentar e Nutricional 14 3.2 SISAN EM MARILENA 17 3.3 A Construção do Sisan e sua Consolidação em Marilena 17 3.4 CAISAN 17 3.5 CONSEA 18 3.6 DIRETRIZES DO PLANO NACIONAL DE SAN 18 4. CAPITULO IV – DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA SAUDE 20

4.1 Saúde em Marilena 20 5. CAPITULO V – DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO CENTRO DE

REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

23

5.1 ORGANOGRAMA DO ÓRGÃO GESTOR DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 23

5.2 DIAGNÓSTICO SOCIAL 23

CAPITULO VI – DIRETRIZES DO PLANSAN 30

6. REFERENCIAS 36

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CAPITULO I – CONTEXTUALIZAÇÃO

1. Caracterização Geral do Município

1.1 LOCALIZAÇÃO

O Município de Marilena, com uma área territorial de 215, 761 km² (dado do

Instituto de Terras, Cartografia e Geociências – ITCG), localiza-se a 380 metros do nível

do mar, na região Noroeste do Estado do Paraná, entre as coordenadas geográficas:

53º02’24” W-GR de longitude e 22º44’09” Sul de latitude (dados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE).

Figura 1. Mapa da localização do município de Marilena no Estado do Paraná

Fonte: Associação dos Municípios do Paraná (Consulta no site www.ampr.org.br/ampr, em julho

de 2009).

1.2 Principais Distâncias

O Município distancia-se da capital Curitiba, a 575,83 km (dado da Secretaria de

Estado dos Transportes – SETR), do aeroporto mais próximo, localizado em Maringá,

162 km, e do porto de Paranaguá, 675 km.

Marilena

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1.3 Limites Atuais

Os municípios que fazem limite com Marilena são:

- Ao Norte: Estado de São Paulo; - Ao Sul: Loanda; - A Leste: São Pedro do Paraná; - A Oeste: Nova Londrina.

Figura 2. Mapa dos municípios limítrofes de Marilena

Fonte: MapLink (Consulta no site www.maplink.uol.com.br, em julho de 2009).

1.4 Divisão Administrativa

Marilena possui algumas áreas afastadas do centro urbano principal como os

conjuntos Sol Nascente, Bela Vista, Paulo Camargo, Menina dos Rios; e os bairros

Taboal, Jardim Renascer e Vila Nova.

1.5 Clima

O clima é subtropical úmido mesotérmico. Os verões se apresentam com

tendência de concentração de chuvas (temperatura média superior a 22º C). No inverno,

as geadas são pouco frequentes, registrando temperatura média inferior a 18º C.

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1.6 Relevo e Solo

A região é plana com algumas elevações. Os solos apresentam a seguinte

característica: terra roxa estruturada, latos solo vermelho e escuro e solos litolíticos.

1.7 Vegetação

Marilena é composta por uma vasta vegetação. As árvores existentes em maior

quantidade são: Oiti, Sibipiruna, Ipê e Monguba. Na cidade foi feito um plantio de 3.666

árvores, número este relacionado à quantidade de lotes, com predominância da espécie

Oiti.

1.8 Hidrografia

O Município encontra-se localizado na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, tendo

como principais rios: Paraná, Paraguai e Uruguai que são formadores dessa Bacia.

O Córrego Água da Marilena é o único córrego genuinamente marilenense, nasce

e desemboca no Município, depositando suas águas no Córrego Areia Branca, que por

sua vez deságua no Rio Paraná. Outros córregos de menor expressão existentes no

Município são: Córrego Santa Lúcia, Água do Rancho, Ipaneminha e Ormenezes (Fonte:

FAMEPAR - Fundação de Assistência aos Municípios do Estado do Paraná).

1.9 MARCOS HISTÓRICOS

O início da colonização de Marilena ocorreu por volta de 1948 quando as empresas

Colonizadoras Paranapanema e Marilena determinaram ao seu procurador legal, Antônio

Scandelari, a execução do loteamento onde se encontra a sede do Município.

Os responsáveis por estas empresas foram os índios Borba, José Volpato e

Abelardo Alcântara. Devido ao grande respeito e consideração à esposa de um dos

componentes da Empresa, Maria Elena Volpato, é que foi dado o nome ao município.

Os grandes atrativos para a vinda dos primeiros pioneiros à região foram às terras

férteis e propícias ao plantio de café.

Um dos pioneiros que chegou à localidade, por volta de 1939, foi Henrique Palma,

proprietário da fazenda Boa Vista, na localidade de Areia Branca. Chefiando vários

homens, abriram um “picadão” partindo do Porto São José até a cidade de Paranavaí, o

qual servia na época para a passagem de boiadas vindas do Mato Grosso.

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Entre os muitos desbravadores deste local, destacam-se: Luiz S. Krawuski,

Armindo C. Mazzotti, Gentil Scotta, e João Gomes.

Marilena pertencia ao município de Nova Londrina, do qual era Distrito

Administrativo até o dia 18 de outubro de 1967, quando pela Lei nº 5.678, de 19 de

outubro de 1967, foi elevada à categoria de Município. A instalação oficial deu-se em 16

de janeiro de 1969, com a posse do primeiro prefeito, Senhor Ernesto Mazzotti (Fonte:

FAMEPAR).

1.10 Símbolos Municipais

1.11 Brasão Municipal

O Brasão municipal foi criado no início da década de 80, pelo esposo da então

Secretária de Educação Hermínia Mendonça e também funcionário municipal, Sr Delcy

Monteiro Mendonça. Com a seguinte interpretação simbólica:

- O escudo, usado para representar o Brasão de Armas de Marilena, espelha-se

no primeiro estilo de escudo introduzido em Portugal por influência francesa, herdado

pela heráldica brasileira como evocativo da raça colonizadora e principal formadora da

nossa nacionalidade.

- A coroa mural que o sobrepõe é o símbolo universal dos brasões de domínio que,

sendo de argente (prata) de oito torres - das quais apenas cinco são visíveis em

perspectivas no desenho, classifica e representa a cidade em sua grandeza.

No centro ou coração do escudo, na parte superior encontram-se os símbolos que

representam o estado do Paraná e o orgulho de ser paranaense.

- Abaixo um grande campo em azul símbolo de justiça, nobreza, perseverança,

zelo e lealdade representam o mapa do Paraná e no canto superior a esquerda deste

campo, uma estrela ocupando a posição do município em relação ao estado do Paraná.

A estrela prateada lança raios que simbolizam o brilho do município refletido no estado.

O metal prata é símbolo de paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza e religiosidade.

- Os desenhos abaixo do escudo, representam no brasão a pecuária e a agricultura

as principais atividades econômicas do Município.

- Na faixa aparece o nome do município “MARILENA” ladeado pelas dezenas “19”

e “69” que junta indicam o ano da emancipação política: 1969.

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- Os ornamentos exteriores como os galhos de café com frutos, tudo ao natural, lembram

o principal produto oriundo da terra dadivosa e fértil, esteio da economia municipal.

Figura 3. Brasão Municipal

Fonte: Prefeitura Municipal de Marilena, 2009.

1.12 Bandeira Municipal

A Bandeira Municipal foi instituída por meio da Lei Municipal nº 394, de 18 de julho

de 2003. As suas cores representam: a Esperança (verde); o Céu (azul) e a Paz (branco).

Figura 4. Bandeira Municipal

Fonte: Prefeitura Municipal de Marilena, 2009.

1.13 Hino Municipal

O Hino de Marilena é de autoria do Maestro Sebastião Lima, sendo composto pelos

seguintes versos:

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No estuário do Paranapanema Surgiu exuberante de sucesso Marilena, querida Marilena Na caminhada rumo ao progresso. Hás de ter ó cidade altivo Porte Pelo labor do teu povo audaz e forte. Entre os filhos deste Paraná gigante Dessa terra privilegiada Aqui vicejam riquezas tão pujantes A nos mostrar que és de fato abençoada. Hás de ter ó cidade altivo Porte Pelo labor do teu povo audaz e forte. Honra e glórias aos teus descobridores Que anteviram a manhã radiante Para eles este hino de louvores Deste povo que é bom e confiante. Hás de ter ó cidade altivo Porte Pelo labor do teu povo audaz e forte. O teu solo é o mais rico que há Orgulho do teu filho varonil, És celeiro do nosso Paraná, Recanto feliz do meu Brasil. Hás de ter ó cidade altivo forte Pelo labor do teu povo audaz e forte.

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CAPITULO II – SITUAÇÃO EDUCACIONAL

2. Educação

2.1 Instituições de Ensino Existentes no Município

A rede física escolar de Marilena é formada por seis instituições de ensino: dois

centros municipais de educação infantil (CMEI), duas escolas municipais, um colégio

estadual e uma instituição da rede privada com oferta exclusiva de educação especial.

Instituição de Ensino Rede de

Ensino Localização

Prédio Escolar

Ano da

Construção Situação

Centro Municipal de Educação Infantil

Anjo da Guarda Municipal Sede 1991 PRO

Centro Municipal de Educação Infantil

José Henrique Palma Municipal Sede 1999 CED

Escola Municipal Naymi Abrão Nasser –

Educação Infantil e Ensino Fundamental Municipal Sede 1991 PRO

Escola Municipal Padre Nelson Ângelo

Rech – Educação Infantil e Ensino

Fundamental

Municipal Sede 1992 PRO

Colégio Estadual Princesa Isabel –

Ensino Fundamental e Médio Estadual Sede 1976 PRO

Escola de Educação Especial Santa

Helena Privada Sede 1997 CED

Fonte: Departamento Municipal de Educação, 2017. - Siglas: PRO – Próprio; CED – Cedido.

O Município de Marilena atualmente está equipado com duas Instituições de

Ensino Municipais: a Escola Municipal Padre Nelson Ângelo Rech com estrutura física

própria, situada na Rua Recife, nº 1.471 a qual atende crianças do ensino público

fundamental (séries iniciais) e pré-escola, totalizando 311 alunos. A Escola Municipal

Naymi Abrão Nasser também possui estrutura física própria, situada na Avenida Paraná,

nº 509, a qual atende crianças do ensino público fundamental (séries iniciais), totalizando

247 alunos. Há dois Centros de Educação Infantil, sendo estes: O Centro Municipal de

Educação Infantil José Henrique Palma, situado na Avenida Perimetral, nº 1.415 que

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atende aproximadamente 110 crianças. O Centro Municipal de Educação Infantil Anjo da

Guarda, situado na Rua Natal, nº 801 atende 195 crianças. Nestas instituições de ensino

trabalham profissionais, dentre professoras, zeladoras, cozinheiras, diretora e equipe

pedagógica.

CAPITULO III - EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

3.1 Educação e Segurança Alimentar e Nutricional

Há na Educação um setor administrativo de gerenciamento da Alimentação

Escolar dos Centros de Educação Infantil e as Escolas Municipais, composto por uma

nutricionista, uma coordenadora da merenda e uma pessoa responsável pela parte

técnica e operacional dos sistemas vinculados à mesma. Assim, a garantia da qualidade

dos alimentos comprados por este setor e posteriormente distribuídos para as escolas

passam por etapas até que cheguem às mesmas.

É através da Educação que o Município desenvolve Programa Nacional de

Alimentação Escolar (PNAE) onde prevê, em suas diretrizes, a promoção da oferta de

alimentos frescos e diversificados, o respeito à cultura alimentar e o apoio ao

desenvolvimento sustentável por meio da compra de gêneros alimentícios em âmbito

local. O Programa visa os princípios da Segurança Alimentar e Nutricional que transfere

os recursos financeiros do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE

para as Prefeituras visando atender as necessidades nutricionais dos alunos promovendo

assim, a formação de práticas alimentares saudáveis. Determina o investimento de pelo

menos 30% dos recursos financeiros do PNAE sejam realizados na aquisição de produtos

da agricultura familiar para a alimentação escolar. A intersetorialidade promovida envolve

a mobilização de diferentes setores da sociedade em relação às iniciativas que garantam

o alcance das dimensões da Segurança Alimentar e Nutricional.

Neste sentido, a Educação mantém o intercâmbio entre estes, atuando assim

como fator determinante da SAN (Segurança Alimentar e Nutricional), pois a mesma está

ligada às ações direta de Segurança Alimentar e Nutricional.

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A aquisição de alimentos da Agricultura Familiar é realizada por meio de

Chamadas Públicas, divulgadas aos interessados que atendam os critérios do edital.

Posteriormente estes agricultores são convocados para as assinaturas dos contratos que

regem a compra direta. Com este processo, estão habilitados a estarem entregando os

seus produtos cadastrados na Central de Recebimento localizada na Secretaria Municipal

de Educação, onde a coordenadora da merenda irá analisa-los seguindo os critérios de

qualidade do produto, peso, integridade da embalagem, data de validade, entre outros.

Se estiverem com irregularidades são devolvidos imediatamente ao fornecedor.

Vale ressaltar que os produtos solicitados para a compra seguem o princípio da

regionalidade e também ao cardápio elaborado pela nutricionista, em conformidade à

Resolução 26 de 17 de junho de 2013 - FNDE, onde preconiza-se no art. 2º como

Diretrizes da Alimentação Escolar que o emprego da alimentação saudável e adequada,

deve compreender o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as

tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o

desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, de acordo com a

sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção

específica. Aborda ainda que, o direito à alimentação escolar deve garantir a segurança

alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as

diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de

atenção específica e aqueles que se encontrem em vulnerabilidade social.

Já o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) é um

programa de compras governamental instituído Artigo 19 da Lei nº 10.696 de 02/07/2003

e alterado pela Lei nº 12.512 de 14/10/11, regulamentado pelo Decreto nº 7775 de

04/07/12. Nele os agricultores podem estar vendendo produtos alimentícios para o

governo, sem necessidade de execução do processo de licitação.

No Município de Marilena o primeiro acesso ao Programa de Aquisição de

Alimentos ocorreu no ano de 2.010 e partir de então tem sua continuidade

beneficiando tanto a agricultura familiar quanto às entidades consumidoras.

Neste sentido, com o projeto o Município de Marilena inseriu-se no Programa

de Aquisição de Alimentos – PAA, modalidade Compra da Agricultura Familiar, com

o Termo de Adesão visando agilizar e facilitar a aquisição direta de gêneros

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alimentícios dos agricultores, para serem consumidos pelas entidades sociais ligadas

à Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, ou seja, as Escolas

Municipais, Centros de Educação Infantil (Creches), APAE, Hospital, Pastoral da

Criança, Centro dos Idosos, CRAS. Pois a importância da participação dos beneficiários

é oportunizada através da possibilidade de comercialização da produção dessas famílias

agricultoras de Marilena, visou ainda resultar em remuneração adequada aos

agricultores familiares e na melhoria do atendimento ao público beneficiário, face a

regularidade e diversidade da oferta alimentar.

Com intuito de apoiar, estimular e fomentar iniciativas de produção,

comercialização e consumo de alimentos com o objetivo de contribuir para a garantia do

acesso ao alimento em quantidade, qualidade e regularidade, gerando renda, o Programa

oficialmente beneficia 11 Entidades e 13 (treze) produtores. Cada agricultor selecionado

fornece determinado produto que produz em suas propriedades. Como critérios adotados

para a seleção dos produtores, lançou-se o edital de chamada pública para convocação

de agricultores familiares locais para apresentação de propostas de fornecimento de

alimentos.

Quanto a organização do processo de seleção dos produtores este visou favorecer

tanto os próprios agricultores como toda a sociedade, por possibilitar o acesso a

alimentos saudáveis e de qualidade para a população, garantindo sua segurança

alimentar e por oportunizar a venda direta de alimentos produzidos pelos agricultores do

município ou região, fortalecendo e movimentando a economia local, envolvendo as

seguintes etapas: Cadastramento dos produtores; Distribuição dos produtos por

produção (realizada em reuniões); Seleção e pesagem dos alimentos; Controle de

qualidade dos alimentos; Teste de aceitabilidade dos alimentos.

Os pedidos e seleção dos produtos são feitos baseando-se nos cardápios

elaborado pela nutricionista, ou seja, ela é a responsável pela elaboração dos mesmos

para as escolas. As escolas, por sua vez, fazem o pedido dos produtos à coordenadora

da merenda nas quantidades necessárias para a produção da alimentação. Esse pedido

é conferido e repassado para os fornecedores que automaticamente se programam para

a entrega. No ato da entrega, é assinado o recebimento da qual é dado baixa no volume

licitado na proposta. A implementação do PAA fortaleceu a parceria entre os produtores,

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pois permitiu a inserção dos pequenos produtores e sua família no processo produtivo,

dando assim respaldo de recebimento de sua produção.

Como projeto teremos a estruturação da Cozinha Piloto vinculada à Secretaria

Municipal de Educação responsável pela merenda escolar da Rede Pública de Ensino de

Marilena. Neste sentido, o preparo das refeições será centralizada no Centro Municipal

de Educação Infantil José Henrique Palma e atenderá inicialmente da Educação Infantil,

que posteriormente será expandido para as Escolas Municipais. As refeições serão

preparadas de acordo com o cardápio elaborado pela nutricionista, sendo balanceado e

variando de acordo com a idade dos alunos. Assim, a Agricultura Familiar atenderá parte

destas refeições com a oferta de hortaliças, frutas e legumes que serão enviados às

escolas.

3.2 SISAN EM MARILENA

3.3 A CONSTRUÇÃO DO SISAN E SUA CONSOLIDAÇÃO EM MARILENA

Em 23 de dezembro de 2016, o Município de Marilena requereu adesão ao Sistema

Nacional de Segurança Alimentar – SISAN, sendo um Sistema público legalmente

constituído, que reúne diversos setores de governo e da sociedade civil com o propósito

de promover em todo território nacional o Direito Humano à Alimentação Adequada

(DHAA), constituído na conformidade da Lei 11.346, de 15 de setembro de 2006, do

Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010. Este Sistema promove a formulação e

articulação de ações e programas da Política de Segurança Alimentar e Nutricional

(PNSAN) em âmbito Nacional, Estadual e Municipal baseando-se em dois importantes

princípios: a participação social e a intersetorialidade.

A adesão de Marilena ao SISAN Nacional, foi confirmada pelo Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS após publicação dos decretos a nível

municipal.

3.4 CAISAN

Em 29 de agosto de 2014, pelo Decreto Municipal nº 273, foi criada a CAISAN-

Câmara Municipal Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional de Marilena, visando

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promover a articulação e a integração dos órgãos, entidades e ações da Administração

Pública Municipal afetos à área de Segurança Alimentar e Nutricional.

A Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional está sendo

implementada por meio do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional a ser

construído intersetorialmente pela CAISAN, com base nas prioridades estabelecidas pelo

CONSEA, a partir das deliberações das Conferencias Nacional, Estadual e Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional, devendo conter a análise da situação nacional de

Segurança Alimentar e Nutricional, ser quadrienal e ter vigência correspondente ao plano

plurianual devendo ser revisado a cada dois anos com base nas orientações da Câmara

Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional, nas propostas do CONSEA e no

monitoramento da sua execução. Em relação à sua composição a CAISAN será

composta pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, Secretaria de

Saúde e Secretaria de Assistência Social, pelos mesmos representantes governamentais

titulares e suplentes do CONSEA.

3.5 CONSEA

Em 13 de agosto de 2014, pelo Decreto Municipal nº 197/2014 foi criado o

CONSEA – Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Marilena. Ao

CONSEA Municipal compete a organizar e coordenar em articulação com a CAISAN do

Município, a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional, convocadas pelo Chefe

do Poder Executivo, com periodicidade bienal.

Em relação à sua composição, o CONSEA será composto por dois terços de

representantes da sociedade civil cabendo a este segmento exercer a presidência e um

terço de representantes governamental, sendo exercido pelos membros da Secretaria de

Educação e Emater. O CONSEA foi instituído por portaria municipal contendo a indicação

dos conselheiros com seus respectivos suplentes, tendo mandato de dois anos, admitida

uma recondução.

3.6 DIRETRIZES DO PLANO NACIONAL DE SAN

Com o Decreto nº 7.272/2010 institui-se a Política Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional que estabelece suas diretrizes, as quais foram usadas como

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base para a orientação da elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional.

Diretriz 1 – Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com

prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e

nutricional;

Diretriz 2 – Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas descentralizados

e sustentáveis de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos,

inclusive os de base agroecológica;

Diretriz 3 – Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional,

pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano

à alimentação adequada;

Diretriz 4 – Promoção, universalização e coordenação das ações de segurança

alimentar e nutricional, voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades

tradicionais, povos indígenas e assentados da reforma agrária;

Diretriz 5 – Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da

atenção à saúde, de modo articulado às demais políticas de segurança alimentar e

nutricional;

Diretriz 6 – Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade

suficiente, com prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para

produção de alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura;

Diretriz 7 – Apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança

alimentar e nutricional do direito humano à alimentação adequada em âmbito

internacional e a negociações internacionais;

Diretriz 8 – Monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada.

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CAPITULO IV – DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA SAUDE

4.1 Saúde em Marilena

O Município de Marilena no setor de saúde conta com uma (01) Unidade de Saúde

“Flanklin Leonardo M. Oporto”, situada na Rua Ivaí, nº 389, que atende a população

urbana e rural, para vacinações de rotina, exames preventivos e atendimento

ambulatorial, com consultas mensais e uma unidade de Hospital Municipal “Leonor

Calegari Bovis” que atende nas áreas que necessitam de internamentos e consultas

diárias também.

A Secretaria Municipal de Saúde conta com equipes multidisciplinares e

especialidades de ginecologia, obstetrícia e pediatria. Contamos também com um centro

odontológico, uma equipe de Vigilância em saúde que é composta de vigilância sanitária

e vigilância epidemiológica.

Apresenta ainda um Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) com equipe

multiprofissional (fisioterapeuta, assistente social, farmacêutico) que presta atendimento

na saúde e apoia as ações das equipes de estratégia saúde da família.

A vigilância alimentar e nutricional que envolve o diagnóstico e monitoramento do

estado nutricional dos usuários é realizado pelas equipes de saúde da família através do

Programa Saúde na Escola (PSE) que tem por objetivo a conjugação de esforços visando

à promoção e atenção à saúde e prevenção das doenças e agravos relacionados à saúde

dos escolares do Programa Saúde na Escola, articulada de forma intersetorial entre as

redes de saúde e de educação.

O quadro técnico atual da Secretaria Municipal de Saúde de Marilena, responsável

por atender os usuários dos serviços de saúde pública e atenção básica é composto por:

Profissionais Quantidade de Profissionais

Clínico geral 04

Dentistas 06

Enfermeiras 11

Farmacêutica 02

Fisioterapeuta 02

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Fonoaudiólogo 01

Nutricionista 01

Obstetra 01

Psicólogo 01

Assistente Social 01

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Marilena, 2018.

O Município possui um sistema de integração com várias unidades de saúde no

âmbito regional para encaminhamento de pacientes para atendimento hospitalar e

especialidades em geral, sendo o Centro Regional de Especialidades (CRE), de

Paranavaí.

Os dados existentes com relação ao estado nutricional da população de Marilena

fazem parte do relatório do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN que

é um sistema de informação que possui como objetivo realizar o diagnostico descritivo e

analítico da situação alimentar e nutricional da população brasileira. Através deste

monitoramento o SISVAN proporciona o conhecimento dos problemas de nutrição e sua

dimensão. Por ele é possível detectar precocemente os desvios nutricionais da

população, ou seja, baixo peso, obesidade podendo intervir amenizando ou até mesmo

evitando as possíveis consequências dos agravos nutricionais. Com relação ao estado

nutricional dos munícipes de Marilena seguindo orientações do SISVAN estes são

acompanhados pelas equipes de PSF.

Já as taxas de mortalidade infantil, no ano de 2017 o número de nascidos vivos

foi de 68 crianças e não ocorreu óbito infantil, o que demonstra que a taxa de

mortalidade infantil é um indicador importante para a avaliação das condições de

saúde e nutrição da população.

Com relação à mortalidade geral, no ano de 2017 Marilena apresentou um total

de 43 óbitos, sendo 10 por doenças do aparelho circulatório, 10 neoplasias, 04

aparelho respiratório e 19 demais causas.

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O trabalho neste setor voltada à atenção à saúde e melhoria de qualidade de

vida é desenvolvida pelas Equipes de Saúde da Família (PSF) que atuam nas áreas

rurais e urbanas, sendo composta atualmente por 03 equipes que desenvolvem suas

atividades com visitas, orientações, busca ativa e verificação de carteirinhas.

Assim, o NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) com atendimento a

grupos para prevenção a doenças, atendimento domiciliar e atendimento individual

visa dentre outras ações intersetoriais tais como o cuidado e a promoção da saúde.

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CAPITULO V – DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO CENTRO DE REFERÊNCIA DA

ASSISTÊNCIA SOCIAL

5.1 ORGANOGRAMA DO ÓRGÃO GESTOR DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

5.2 DIAGNÓSTICO SOCIAL

Dados Estatísticos

População Total do Município: 7.150 habitantes.

Número de Famílias: 2.000

População Potencialmente Usuária dos Serviços Socioassistenciais: 417

Fonte: IPARDES – Caderno Estatístico de Marilena – 2016.

Análise dos Dados

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Marilena é de 0.681 sendo

considerado de nível médio e composto por: índice de esperança de vida (IDH-L) de 0.828.

A renda per capita municipal é considerada baixa, ocasionando queda na qualidade

de vida das pessoas. Este dado pode ser comprovado através do número de famílias

consideradas pobres, de acordo com o índice de vulnerabilidade social e dados do Programa

Bolsa Família do Governo Federal, que é de 417 famílias.

DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

ENTIDADES

NÃO GOVERNAMENTAL

PASTORAL DA CRIANÇA

APMIESCOLA DE

EDUCAÇÃO ESPECIAL SANTA HELENA

APMF

GOVERNAMENTAL

CRAS DE MARILENA CONSELHO TUTELAR

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Muitas destas famílias, pertencentes ao Programa Bolsa Família, além das famílias

não incluídas no Cadastro Único e não beneficiárias do programa, procuram os serviços

realizados pelas políticas de assistência social do município em busca de concessão de

benefícios eventuais.

Proteção Social Básica

A Política Nacional de Assistência Social (Resolução nº. 145, de 15 de outubro de

2004 do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS), estabelece que o objetivo da

Proteção Social Básica é “prevenir situações de risco, desenvolvendo potencialidades e

aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários”.

O público alvo é “a população que vive em situação de vulnerabilidade social

decorrente de pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços

públicos, dentre outros) e, ou fragilidade de vínculos afetivos relacionais e fortalecimento

social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências dentre outras)”.

De acordo com as diretrizes da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais

(Resolução nº. 109, de 11/12/2009), a SEMAS procedeu à reorganização da rede, seguindo

a seguinte descrição:

Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF.

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência

e idosas.

Programa Família Paranaense.

Programa Leite das Crianças.

Cadastro Único.

a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF: O Serviço de

Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF consiste no trabalho social com famílias,

de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das mesmas,

prevenir a ruptura dos seus vínculos, promoverem seu acesso e usufruto de direitos e

contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades

e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio

de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. O trabalho social do PAIF utiliza-se

também de ações nas áreas culturais para o cumprimento de seus objetivos, de modo a

ampliar o universo informacional e proporcionar novas vivências às famílias usuárias do

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serviço.

Realiza ações com famílias de pessoas que precisam de cuidado, com foco na troca

de informações sobre questões relativas à primeira infância, a adolescência, à juventude, o

envelhecimento e deficiências, a fim de promover espaços para troca de experiências,

expressão de dificuldades e reconhecimento de possibilidades.

Tem por princípios norteadores a universalidade e gratuidade de atendimento,

ofertado necessariamente no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

Todos os serviços da proteção social básica, desenvolvidos no território de

abrangência do CRAS, em especial os Serviços de Convivência e Fortalecimento de

Vínculos, bem como o Serviço de Proteção Social Básica, no Domicílio, para Pessoas com

Deficiência e Idosas, devem ser a ele referenciados e manter articulação com o PAIF. É a

partir do trabalho com famílias no serviço PAIF que se organizam os serviços referenciados

ao CRAS.

A articulação dos serviços socioassistenciais do território com o PAIF garante

o desenvolvimento do trabalho social com as famílias dos usuários desses serviços,

permitindo identificar suas demandas e potencialidades dentro da perspectiva familiar,

rompendo com o atendimento segmentado e descontextualizado das situações de

vulnerabilidade social vivenciadas.

b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos: Este serviço é realizado em

grupos de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu

ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência

de situações de risco social. Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências,

desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e

incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo e proativo,

pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidades e

potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento

da vulnerabilidade social.

Possui articulação com o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF,

de modo a promover o atendimento das famílias dos usuários destes serviços, garantindo a

matricialidade sociofamiliar da política de assistência social.

Cadastro Único

O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é

um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda.

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O Cadastro Único é um banco de dados que foi criado para o Governo Federal saber

melhor quem são e como vivem as famílias brasileiras mais pobres. É por meio dele que o

governo consegue entender quais são as principais dificuldades que a sua família enfrenta

e como pode ajudar a melhorar as suas condições de vida. No Cadastro Único temos dados

sobre renda, tipo de moradia, escolaridade, idade e outros.

O cadastro deve ser atualizado a cada dois anos ou sempre que houver uma

mudança na situação da sua família. Podem ser cadastradas as famílias de baixa renda que

ganham até meio salário mínimo mensal por pessoa; ou que ganham até 3 salários mínimos

de renda total por mês.

Para que a família possa ser beneficiada por programas como o Bolsa Família, a

Tarifa Social de Energia Elétrica e o Telefone Popular, entre outros, ela deve estar inscrita

no Cadastro Único. Mas é importante saber que estar no Cadastro Único não significa a

entrada automática nestes programas, pois cada um deles tem suas regras.

O Cadastro Único é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome (MDS), devendo ser obrigatoriamente utilizado para seleção de

beneficiários de programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família.

Suas informações são regulamentadas pelo Decreto nº 6.135/07, pelas Portarias nº

177, de 16 de junho de 2011, e nº 274, de 10 de outubro de 2011, e Instruções Normativas

nº 1 e nº 2, de 26 de agosto de 2011, e as Instruções Normativas nº 3 e nº 4, de 14 de

outubro de 2011, e podem também ser utilizadas pelos governos estaduais e municipais

para obter o diagnóstico socioeconômico das famílias cadastradas, possibilitando o

desenvolvimento de políticas sociais locais.

Proteção Social Especial

A Proteção Social Especial (PSE) destina-se às famílias e indivíduos em situação de

risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Para integrar as

ações da Proteção Especial, é necessário que o cidadão esteja enfrentando situações de

violações de direitos por ocorrência de violência física ou psicológica, abuso ou exploração

sexual; abandono, rompimento ou fragilização de vínculos ou afastamento do convívio

familiar devido à aplicação de medidas. Tem dois níveis de complexidades, sendo eles

média e alta complexidade, conforme descritos a seguir:

Média Complexidade

Oferta atendimento especializado a famílias e indivíduos que vivenciam situações de

vulnerabilidade, com direitos violados, geralmente inseridos no núcleo familiar. A

convivência familiar está mantida, embora os vínculos possam estar fragilizados ou até

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mesmo ameaçados. No município são ofertados os seguintes serviços:

Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos –

PAEFI;

Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida – LA, e de Prestação de Serviços à

Comunidade – PSC;

Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas

Famílias;

a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI:

Este é um serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de

seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. Compreende atenções e

orientações direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de

vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das

famílias diante do conjunto de condições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a

situações de risco pessoal e social.

O atendimento fundamenta-se no respeito à heterogeneidade, potencialidades,

valores, crenças e identidades das famílias. O serviço articula-se com as atividades e

atenções prestadas às famílias nos demais serviços socioassistenciais, nas diversas

políticas públicas e com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos.

O PAEFI atende famílias e indivíduos que vivenciam violações de direitos por

ocorrência de:

• Violência física, psicológica e negligência;

• Violência sexual: abuso e/ou exploração sexual;

• Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida socioeducativa ou

medida de proteção;

• Tráfico de pessoas;

• Situação de rua e mendicância;

• Abandono;

• Vivência de trabalho infantil;

• Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia;

Outras formas de violação de direitos decorrentes de discriminações/submissões

a situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impedem

de usufruir autonomia e bem-estar;

• Descumprimento de condicionalidades do PBF em decorrência de violação de

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direitos.

Este serviço é oferecido no Órgão Gestor da Assistência Social, hoje localizado na

Rua Santa Terezinha, 776, Centro.

Esta equipe articula todos os outros serviços relativos ao nível da Proteção Social de

Média Complexidade.

b) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida – LA, e de Prestação de Serviços à Comunidade –

PSC.

O serviço tem por finalidade prover atenção socioassistencial e acompanhamento a

adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto,

determinadas judicialmente. Deve contribuir para o acesso aos direitos e para a

ressignificação de valores na vida pessoal e social dos adolescentes e jovens.

Para a oferta do serviço faz-se necessária à observância da responsabilização face

ao ato infracional praticado, cujos direitos e obrigações devem ser assegurados de acordo

com as legislações e normativas específicas para o cumprimento da medida.

No acompanhamento da medida de Prestação de Serviços à Comunidade, o serviço

deverá identificar no município os locais para a prestação de serviços, a exemplo de:

Entidades sociais, programas comunitários, hospitais, escolas e outros serviços.

A prestação dos serviços deverá se configurar em tarefas gratuitas e de interesse geral, com

jornada máxima de oito horas semanais, sem prejuízo da escola ou do trabalho, no caso de

adolescentes maiores de 16 anos ou na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. A

inserção do adolescente em qualquer dessas alternativas deve ser compatível com suas

aptidões e favorecedora de seu desenvolvimento pessoal e social.

c) Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias

Este serviço é realizado pela equipe do Órgão Gestor da Assistência Social, realizando

intervenções junto a famílias com pessoas com deficiência e idosas com algum grau de

dependência, agravadas por violações de direitos. Enquadram-se nessa situação pessoas

que convivem com a negligência familiar dentre outros fatores que agravam a dependência

e comprometem o desenvolvimento da sua autonomia.

A ação da equipe é pautada na identificação das necessidades do usuário e sua

família, possibilitando o posterior acesso a programas e benefícios que permitam melhor

estruturação familiar, objetivando diminuir a exclusão social tanto do dependente como do

cuidador e as fragilidades do convívio familiar.

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Cabe, também, ao Departamento de Assistência Social, na representação da

Assistente Social do Órgão Gestor, realizar atendimentos e acompanhamento de situações

de risco e violação de direitos, referente aos atendimentos de Proteção Social Especial,

juntamente ao Conselho Tutelar de Marilena e com o Conselho Municipal de Direitos da

Criança e do Adolescente, realizando reuniões periódicas e realizando os serviços

necessários.

Também serão realizados trabalhos voltados à pessoa idosa, acompanhando as

reuniões e diligências feitas pelo Conselho Municipal da Pessoa Idosa de Marilena,

promovendo, ainda, encontros temáticos voltados para este público, trazendo informações

e serviços socioassistenciais.

Para cumprimento dos objetivos, serão necessários investimentos e aplicação dos

recursos públicos de forma permanente e continuada, estabelecendo-se parcerias com a

sociedade civil organizada, demais políticas públicas, entidades e associações, sendo as

atividades exercidas pelo Órgão Gestor do Departamento de Assistência Social de Marilena,

tendo como entidade de controle e avaliação o Conselho Municipal de Assistência Social.

Diante do exposto, reforça-se a importância da atuação da Intersetorialidade das

políticas públicas, principalmente no que se refere à saúde e segurança alimentar e

nutricional. A realização de ações educativas que contribuam para o acesso à informação

sobre insegurança alimentar e alimentação saudável, tanto no nível domiciliar, quanto no

nível individual. Tais medidas sinalizam e estimulam o conhecimento da população sobre

o conceito e significado da insegurança alimentar.

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CAPITULO VI – DIRETRIZES DO PLANSAN

DIRETRIZ 1 - Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com

prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional

PROGRAMAÇÃO/AÇÃO

SECRETARIA

RESPONSÁVEL

PARCEIROS

FONTE DE

RECURSOS

COMENTÁRIOS/AÇÕES

PROGRAMA BOLSA FAMILIA: O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria, que tem como foco de atuação os milhões de brasileiros com renda familiar per capita inferior de até R$ 85,00 mensais e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos.

CRAS

Secretaria Municipal de assistência social. Secretaria Municipal de Saúde. Secretaria Municipal de educação.

Federal, Municipal

Avaliação Nutricional dos beneficiários; Realização do cadastro único para a identificação dos usuários da Política de Assistência Social; Acompanhamento das famílias beneficiarias do Programa Bolsa Família; Acompanhamento da frequência escolar dos alunos das famílias beneficiarias do Programa Bolsa Família.

PROMOÇÃO DE

DISTRIBUIÇÃO DE

CESTAS BÁSICAS,

atendendo famílias que

estejam em risco

alimentar.

SMAS

Municipal

Fornecer à família

alimentos para uma

alimentação digna.

PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: Contribui para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar dos

Secretaria Municipal de Educação

FNDE /MEC

Federal e Municipal

Contribui para formação de hábitos de alimentação saudáveis, por meio da oferta de alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional.

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alunos e a formação de hábitos de alimentação saudável, por meio da oferta de alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional.

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DA COZINHA PILOTO no Município, visando otimizar a qualidade e sistema organizacional da merenda escolar.

Secretaria

Municipal de

Educação

Secretaria

Municipal

de

Educação

Municipal

Facilitar o sistema

organizacional da

merenda escolar da rede

municipal.

PROGRAMA ESTADUAL LEITE DAS CRIANÇAS instituído por Lei estadual como um direitos de crianças de 6 a 36 meses de idade, com renda per capita de até 1/2 SM regional com objetivo de reduzir as deficiências nutricionais da população infantil.

Secretaria Municipal de Assistência Social

Secretaria de Estado da Educação

Federal e Estadual

*+. Tem como objetivo criar e estabelecer uma rede de proteção às famílias por meio de um conjunto de ações planejadas.

Secretaria Municipal de Assistência Social

Secretaria de Estado da Educação

Estadual e Municipal

Visa a garantia do DHAA onde será realizada ações intersetoriais com as famílias em vulnerabilidade.

Diretriz 2 – Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas descentralizados e

sustentáveis de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos, inclusive os

de base agroecológica

PROGRAMAÇÃO/AÇÃO

SECRETARIA

RESPONSÁVEL

PARCEIROS

FONTE DE

RECURSOS

COMENTÁRIOS/AÇÕES

O Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – PAA

Secretaria Municipal de Educação

Secretaria Municipal de Assistência Social, APMI, Secretaria Municipal de

Federal e Municipal

PAA é uma das ações do Programa Fome Zero cujo objetivo é garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regular idade necessárias

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Agricultura, EMATER.

às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional, promovendo a inclusão social no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

Agricultura familiar no Programa Nacional de Alimentação Escolar: Fomento à agricultura familiar em cumprimento a Lei Federal 11.947/ 09 do PNAE. Aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos pela agricultura familiar.

Secretaria Municipal de Educação

Secretaria Municipal de Agricultura, EMATER.

Federal e Municipal

Programa Municipal de hortas caseiras com fornecimento de sementes de hortaliças e assistência técnica.

Secretaria Municipal de Agricultura

Prefeitura Municipal Emater

Municipal Promover a melhoria da qualidade de vida das famílias.

Diretriz 3 – Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional,

pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano à

alimentação adequada;

PROGRAMAÇÃO/AÇÃO

SECRETARIA

RESPONSÁVEL

PARCEIROS

FONTE DE

RECURSOS

COMENTÁRIOS/AÇÕES

Reuniões de Rede de Apoio e Redes de Proteção: Visando discussão de casos em situação de insegurança alimentar e nutricional.

Secretaria Municipal de Assistência

Social

Secretaria Municipal de

Saúde

SMAS SMS

MUNICIPAL

Reuniões periódicas com o público alvo, buscando levar orientações.

Orientação em Educação Alimentar e Nutricional para a Comunidade Escolar.

Secretaria Municipal de Educação

SME SMS

MUNICIPAL

Orientações desenvolvida pela Nutricionista sobre Alimentação, Segurança Alimentar e Nutricional.

Capacitação dos envolvidos

diretamente no processo de

Secretaria Municipal de Educação

SME SMS

MUNICIPAL

Promoção de capacitação destinadas

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fabricação e fornecimento

da merenda escolar nas

escolas.

às merendeiras e aos agricultores.

Cursos de capacitação

promovidos pelo SENAR

destinados às famílias de

agricultores.

Secretaria Municipal de Assistência Social Secretaria Municipal de Agricultura

SENAR

Federal Municipal

Diretriz 4 – Promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar

e nutricional, voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais, povos

indígenas e assentados da reforma agrária.

Não se aplica ao Município.

Diretriz 5 – Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da

atenção à saúde, de modo articulado às demais políticas de segurança alimentar e

nutricional;

PROGRAMAÇÃO/AÇÃO

SECRETARIA

RESPONSÁVEL

PARCEIROS

FONTE DE

RECURSOS

COMENTÁRIOS/AÇÕES

Monitoramento e

acompanhamento do

Programa Saúde na Escola

(PSE).

SMS SME SMS

MUNICIPAL

Ações de prevenção,

promoção e atenção à

saúde.

Atenção à Saúde Materno

Infantil: SISPRENATAL e

Apoio ao Aleitamento

Materno

SMS MUNICIPAL FEDERAL

Cadastramento e

monitoramento das

gestantes no pré-natal,

visando também a

orientação e estímulo

ao aleitamento

materno.

Garantir por meio do

Programa Nacional de SME

Escolas Municipais

e

MUNICIPAL FEDERAL

Garantir o fornecimento

de Alimentação

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Alimentação Escolar

propiciar o fornecimento de

alimentação especial.

CMEIS especial para alunos

portadores de doença,

intolerância à lactose,

diabetes e outras nas

Escolas Municipais e

CMEIS.

Monitoramento do estado

nutricional dos alunos das

Escolas Municipais e

Centros de Educação

Infantil

SME

Escolas Municipais

e CMEIS

MUNICIPAL

Aferição do peso, altura

e IMC dos alunos na

própria unidade de

ensino. E cadastro das

medidas

antropométricas com

registro de dados no

SISVAN (crianças

beneficiárias nos

Programa Leite das

Crianças e Bolsa

Família.

Diretriz 6 – Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente,

com prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para produção de

alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura;

PROGRAMAÇÃO/AÇÃO

SECRETARIA

RESPONSÁVEL

PARCEIROS

FONTE DE

RECURSOS

COMENTÁRIOS/AÇÕES

Existem trabalhos envolvendo as micro bacias hidrográficas incentivando e apoiando os agricultores do município em práticas conservacionistas no uso do solo e da água, com ênfase aos trabalhos de preservação de nascentes e recomposição das matas ciliares;

Secretaria Municipal da Agricultura

Emater SEAB Prefeitura Municipal

BIRD

Promover a sustentabilidade ambiental e econômica dos solos e da água do Município de Marilena.

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Diretriz 7 – Apoio às iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança alimentar

e nutricional do direito humano à alimentação adequada em âmbito internacional e a

negociações internacionais;

Não se aplica ao Município.

Diretriz 8 – Monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada.

PROGRAMAÇÃO/AÇÃO

SECRETARIA

RESPONSÁVEL

PARCEIROS

FONTE DE

RECURSOS

COMENTÁRIOS/AÇÕES

Atendimento às famílias em situação de risco social, através da gestão do CRAS.

CRAS SME SMS

SME SMS

Federal Municipal

Visa atender as famílias em situação de fragilidade.

Implantação e consolidação da Política de SAN

SME

SMS SMAS

Fortalecimento e articulação do CONSEA e da CAISAN por meio da elaboração do Plano Municipal de SAN.

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6. REFERENCIAS

MARILENA. Decreto nº 273 de 29 de AGOSTO de 2014. Cria, no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a Câmara Municipal Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional. Marilena, PR, 29 agosto/ 2014.

MARILENA. Decreto nº 253 de 13 de setembro de 2016. Nomeia a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional – CAISAN. Marilena, PR, 13 de setembro de 2016.

MARILENA. Decreto nº 197 de 13 de agosto de 2014. Competência, composição e funcionamento do Conselho Municipal de Segurança Alimentar – COMSEA. Marilena, PR, 13 de agosto de 2014.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

Câmara dos Deputados e Senado Federal: Emenda Constitucional nº 64, de 04 de fevereiro de 2010. Altera o art. 6º da Constituição Federal, para introduzir a alimentação como direito social.

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