139
MUNICÍPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito Secretaria Municipal de Governo 1 Praça Santana, nº 184 - Centro – 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected] LEI COMPLEMENTAR Nº 707/2017 “DISPÕE SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL E ESTABELECE NORMAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO APLICÁVEIS AO MUNICÍPIO DE SANTANA DO RIACHO - MG E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.” O POVO DE SANTANA DO RIACHO, ATRAVÉS DE SEUS LEGÍTIMOS REPRESENTANTES, aprova e eu, André Ferreira Torres, Prefeito Municipal, no uso das atribuições legais conferidas pelo cargo, em especial o Artigo 95, Inciso VII, da Lei Orgânica Municipal, sanciono e promulgo a seguinte Lei: DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º. Esta Lei, fundada na Constituição Federal, Lei Orgânica Municipal, Código Tributário Nacional, estabelece normas gerais aplicáveis aos tributos de competência do Município de Santana do Riacho, ao exercício do poder de tributar e ao processo tributário administrativo. LIVRO PRIMEIRO PARTE GERAL TÍTULO I DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL CAPÍTULO I DOS TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA MUNICIPAL Art. 2º. São Tributos do Município: I - os Impostos; II - as Taxas; III - a Contribuição de Melhoria. IV – a Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública. Art. 3º. Os impostos de competência do Município são:

MUNICÍPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS …santanadoriacho1.hospedagemdesites.ws/wp-content/uploads/2018/03/... · MUNICÍPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ:

Embed Size (px)

Citation preview

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

1 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

LEI COMPLEMENTAR N 707/2017

DISPE SOBRE O SISTEMA TRIBUTRIO MUNICIPAL E ESTABELECE NORMAS DE DIREITO TRIBUTRIO APLICVEIS AO MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO - MG E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

O POVO DE SANTANA DO RIACHO, ATRAVS DE SEUS LEGTIMOS REPRESENTANTES, aprova e eu, Andr Ferreira Torres, Prefeito Municipal, no uso das atribuies legais conferidas pelo cargo, em especial o Artigo 95, Inciso VII, da Lei Orgnica Municipal, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

DISPOSIO PRELIMINAR Art. 1. Esta Lei, fundada na Constituio Federal, Lei Orgnica Municipal, Cdigo Tributrio Nacional, estabelece normas gerais aplicveis aos tributos de competncia do Municpio de Santana do Riacho, ao exerccio do poder de tributar e ao processo tributrio administrativo.

LIVRO PRIMEIRO PARTE GERAL

TTULO I

DO SISTEMA TRIBUTRIO MUNICIPAL

CAPTULO I DOS TRIBUTOS DE COMPETNCIA MUNICIPAL

Art. 2. So Tributos do Municpio: I - os Impostos; II - as Taxas; III - a Contribuio de Melhoria. IV a Contribuio para o Custeio da Iluminao Pblica. Art. 3. Os impostos de competncia do Municpio so:

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

2 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

I - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU; II - Imposto sobre a Transmisso Intervivos de Bens Imveis por Natureza ou Acesso Fsica e de Direitos Reais sobre Imveis - ITBI; III - Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza - ISSQN. Art. 4.As Taxas de competncia do Municpio so: I - Taxa de Fiscalizao de Anncios; II - Taxa de Localizao, Instalao e Licena de Funcionamento; III - Taxa pelo Exerccio do Comrcio Ambulante ou Eventual; IV - Taxa de Ocupao de Bens de Domnio Pblico; V - Taxa para Funcionamento em Horrio Especial; VI - Taxa de Fiscalizao do Funcionamento; VII - Taxa de Expediente; VIII - Taxa pela Ocupao de Passeios Pblicos; IX - Taxa de Fiscalizao de Aparelhos de Transporte; X - Taxa de Fiscalizao de Obras Particulares; XI - Taxa de Fiscalizao Sanitria; XII - Taxa de Coleta de Resduos Slidos Urbanos; XIII - Taxa de Licenciamento Sanitrio para o comrcio de gneros alimentcios em feiras itinerantes e eventos festivos. XIV - Taxa de Licenciamento Ambiental.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

3 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

CAPTULO II DA LEGISLAO FISCAL

Art. 5. Nenhum tributo ser exigido ou alterado, nem qualquer pessoa ser considerada como contribuinte ou responsvel pelo cumprimento de obrigao tributria, seno em virtude desse Cdigo ou lei subsequente. Art. 6.As tabelas de tributos anexas a este cdigo, sero revistas e publicadas integralmente, pelo poder executivo, sempre que houver necessidade de serem alteradas.

CAPTULO III DA ADMINISTRAO TRIBUTRIA

Art. 7. As funes inerentes fiscalizao do cumprimento de obrigaes tributrias previstas na presente lei, incluindo a aplicao de penalidades por infrao a seus dispositivos ser exercida privativamente, por titulares do cargo de provimento efetivo de Fiscais de Tributos Municipais - FTM. Pargrafo nico: Os Fiscais de Tributos, quando no exerccio de suas funes de fiscalizao, devero, obrigatoriamente, exibir ao contribuinte documento de identificao funcional expedido pela Secretaria Municipal da Fazenda. Art. 8. A administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos. Art. 9. A legislao tributria aplica-se s pessoas naturais e jurdicas, contribuintes ou no, inclusive as que gozem de imunidade ou iseno. Art. 10. Os Fiscais de Tributos Municipais daro assistncia tcnica sobre a interpretao das leis fiscais, na forma prevista nesta lei. Art. 11. O Executivo poder criar, sempre que necessrio modelo de declaraes, livros e de documentos que devam ser preenchidos obrigatoriamente pelos contribuintes, para efeito de cadastramento, fiscalizao, lanamento, cobrana e recolhimento de tributos municipais. Art. 12. Os contribuintes ou quaisquer responsveis pelos tributos, facilitaro por todos os meios a seu alcance, o lanamento, a fiscalizao e a arrecadao tributria, ficando especialmente obrigados a: I - apresentar declaraes e guias, e a escriturar em livros prprios as operaes das

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

4 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

quais decorra obrigao tributria, segundo as normas desta lei e dos regulamentos fiscais; II - comunicar Fazenda Municipal, dentro de 30 (trinta) dias, contados da ocorrncia, qualquer alterao capaz de gerar, modificar, ou extinguir obrigao tributria; III - franquear ao Fisco o exame de qualquer documento que, de algum modo, se refira a operaes ou situaes que constituam fato tributrio, ou que sirva como comprovante da veracidade dos dados consignados em guias e documentos fiscais; IV - prestar, sempre que solicitadas pelas autoridades competentes, informaes e esclarecimentos que, a juzo do Fisco, se refiram a fato imponvel de obrigao tributria. Pargrafo nico: Os comprovantes dos lanamentos e pagamentos, bem como os livros obrigatrios de escriturao fiscal e comercial e os comprovantes dos lanamentos neles escriturados sero conservados at que ocorra a prescrio dos crditos tributrios decorrentes das operaes a que se refiram. Art. 13. O movimento financeiro e econmico, base de clculo de tributos, realizado pelo contribuinte em determinado perodo pode ser apurado por meio de levantamento fiscal, podendo ser considerados, entre outros, os valores dos servios prestados, servios recebidos, despesas, porte do estabelecimento, ramo da atividade, encargos diversos, lucros e outros elementos informativos, a serem estabelecidos em regulamento. Pargrafo nico: No levantamento fiscal podem ser usados quaisquer meios indicirios, desde que fundamentados. Art. 14. No podem embaraar a ao fiscalizadora e, mediante notificao escrita, so obrigados a colocar disposio da autoridade fiscalizadora os impressos, os documentos, os livros, os programas e os arquivos magnticos relacionados com os tributos e a prestar informaes solicitadas pelo fisco: I - as pessoas inscritas ou obrigadas inscrio nos cadastros municipais de contribuintes ou que tomem parte nas operaes ou prestaes sujeitas ao imposto; II - os serventurios de justia; III - os funcionrios pblicos, os responsveis e os servidores de empresas pblicas, de sociedades em que o Poder Pblico seja acionista majoritrio, de sociedades de economia mista ou de fundaes;

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

5 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

IV - os bancos, as instituies financeiras, os estabelecimentos de crdito em geral, as empresas seguradoras e as empresas de "leasing" ou arrendamento mercantil; V - os sndicos, os comissrios e os inventariantes; VI - os leiloeiros, os corretores, os despachantes e os liquidantes; VII - as empresas de administrao de bens. VIII - as pessoas naturais ou jurdicas responsveis pela escriturao fiscal relativa aos contribuintes. 1. A obrigao prevista neste artigo, ressalvada a exigncia de prvia autorizao judicial, no abrange a prestao de informaes quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razo do cargo, ofcio, funo, ministrio, atividade ou profisso. 2. At o trmino da fiscalizao os elementos de verificao a que se refere o caput permanecero disposio do Fisco. Art. 15. As empresas seguradoras, empresas de leasing ou de arrendamento mercantil, os bancos, as instituies financeiras e outros estabelecimentos de crdito so obrigados a franquear fiscalizao tributria municipal o exame de contratos, duplicatas e triplicatas, promissrias e outros documentos que se relacionem com os tributos municipais. Art. 16. Ficam sujeitos apreenso, livros, documentos, impressos, papis, programas, arquivos magnticos, bens e mercadorias que constituam prova material de infrao legislao tributria. Art. 17. Havendo, fundada suspeita de infrao ou irregularidades contrria administrao tributria, a autoridade fiscal competente poder, a fim de que no se altere o estado de fato, determinar a lacrao de imveis, mveis, equipamentos, mquinas e demais utenslios onde se presumam arquivados quaisquer elementos que possam constituir prova do ilcito, ainda que armazenados por processo magntico, bem como proceder a sua apreenso, para fins de instaurao ou instruo de procedimento administrativo. Pargrafo nico: No caso de declarao a mesma se dar mediante termo especfico e na presena do responsvel pelo estabelecimento e da autoridade fiscal responsvel pelo ato, acompanhado de outro fiscal de tributos, como testemunha.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

6 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

Art. 18. Da apreenso administrativa deve, obrigatoriamente, ser lavrado termo no ato da apreenso, assinado pelo detentor ou, sendo o caso, pelo depositrio designado pela autoridade que fizer a apreenso. Art. 19. A devoluo do bem, livro, documento, impresso, papel, programa e ou arquivo magntico apreendido, somente poder ser feita se, a critrio do fisco, no for prejudicar a comprovao da infrao, devendo ser efetuada atravs de termo de devoluo. Art. 20. A autoridade fiscal ou qualquer servidor municipal guardar absoluto respeito ao dever de sigilo fiscal, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e criminal. Art. 21. Sem prejuzo das penalidades previstas nesta lei, a autoridade ou o agente fiscal poder solicitar o auxlio da fora policial, quando vtima de embarao ou desacato no exerccio de suas funes, ou quando necessrio efetivao de medida prevista na legislao tributria, ainda que no se configure fato definido em lei como crime ou contraveno. Art. 22. A Administrao Tributria poder submeter o contribuinte a regime especial, na forma que vier a ser definida em Regulamento e em normas complementares expedidas pela Secretaria Municipal da Fazenda.

CAPTULO IV DAS ISENES

Art. 23. As isenes ou quaisquer outros benefcios ou incentivos fiscais sero concedidos ou revogados por Lei especfica de iniciativa do Poder Executivo. Art. 24. Quando a iseno ou o benefcio fiscal depender de regulamentao ou de requisito a ser preenchido e no sendo satisfeitas essas condies, o imposto ser considerado devido a partir do momento em que tenha ocorrido o fato gerador, com os devidos acrscimos legais. Art. 25. A outorga de iseno ou benefcio fiscal no dispensa o contribuinte do cumprimento de obrigaes acessrias previstas na legislao vigente. Art. 26. A concesso de isenes apoiar-se- sempre em fortes razes de ordem pblica ou interesse do Municpio; no poder ter carter pessoal e depender de lei aprovada por maioria absoluta dos membros da Cmara dos Vereadores. 1. Entende-se como favor pessoal no permitido, a concesso, em lei de iseno de tributos a determinada pessoa fsica ou jurdica.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

7 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

2. As isenes esto condicionadas renovao anual e sero reconhecidas por ato do Prefeito sempre a requerimento do interessado.

CAPTULO V

DA COBRANA E DO RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS Art. 27. O crdito da Fazenda Pblica cujo pagamento no for realizado at a data do vencimento se sujeita cobrana administrativa e a inscrio em dvida ativa, sem prejuzo das medidas judiciais cabveis. 1. Compete ao Secretrio Municipal da Fazenda regulamentar as formas de cobrana administrativa. 2. Sero cancelados, de ofcio ou a requerimento do interessado, os dbitos fiscais: I - legalmente prescritos; II - de contribuintes falecidos, sem deixar bens, desde que provada a morte e a inexistncia de bens e ouvido os rgos fazendrios e jurdicos do Municpio. Art. 28. Nos casos de expedio fraudulenta de guias ou conhecimentos, respondero civil, criminal e administrativamente os servidores que os houverem subscritos ou fornecidos.

CAPTULO VI

DO DOMICLIO FISCAL Art. 29. Na falta de eleio pelo contribuinte ou responsvel, de domicilio tributrio, na forma da legislao aplicvel, considera-se como tal: I - quanto s pessoas naturais, a sua residncia habitual, ou sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade; II - quanto s pessoas jurdicas de direito privado ou s firmas individuais, o lugar de sua sede, ou, em relao aos atos ou fatos que derem origem obrigao, o de cada estabelecimento; III - quanto s pessoas jurdicas de direito pblico, qualquer de suas reparties no territrio da entidade tributante. 1. Quando no couber a aplicao das regras fixadas em qualquer dos incisos deste

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

8 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

artigo, considerar-se- como domicilio tributrio do contribuinte ou responsvel o lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao. 2. A autoridade administrativa pode recusar o domiclio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadao ou a fiscalizao do tributo, aplicando-se ento regra do pargrafo anterior.

CAPTULO VII DOS CADASTROS MUNICIPAIS E DA COMISSO MUNICIPAL DE

VALORES

SEO I DO CADASTRO FISCAL

Art. 30. O Cadastro Fiscal da Prefeitura compreende: I - o Cadastro Imobilirio; II - o Cadastro Mobilirio; Art. 31. O Cadastro Imobilirio compreende: I - os terrenos vagos existentes ou que venham a existir nas reas urbanas ou destinados urbanizao; II - as edificaes existentes, ou que vierem a ser construdas nas reas urbanas e urbanizveis. Pargrafo nico: Todos os proprietrios ou possuidores, a qualquer ttulo, de imveis mencionados nos incisos I e II, esto sujeitos inscrio obrigatria no Cadastro Imobilirio da Prefeitura. Art. 32. O Cadastro Mobilirio compreende: as pessoas fsicas e jurdicas com estabelecimento fixo ou no, sujeitas ao cumprimento de obrigaes tributrias, incluindo as pessoas imunes e os isentos. Art. 33. So obrigados a se inscreverem no cadastro mobilirio as pessoas fsicas e jurdicas, cujas atividades estejam sujeitas incidncia de tributos municipais, inclusive as que gozem de imunidade e iseno, nas formas estabelecidas em regulamento. 1. A inscrio de que trata este artigo ser promovida para tantos quanto forem os

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

9 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

estabelecimentos ou locais de atividades e cada inscrio receber um documento comprobatrio que intransfervel, devendo ser substitudo sempre que venha a ocorrer modificao em seus dados. 2. Tambm devero se inscrever no cadastro mobilirio as entidades que no detenham personalidade jurdica. 3. A concesso de inscrio no Cadastro Mobilirio ficar condicionada prvia diligncia fiscal no local de instalao do estabelecimento, onde ser preenchido o laudo de vistoria. Art. 34. O Fisco poder, com disponibilidade parcial ou total dos dados do contribuinte, promover de ofcio a inscrio, alteraes de dados e/ou o seu cancelamento, sem prejuzo das penalidades cabveis. Art. 35. Alm da inscrio cadastral, a Administrao Tributria poder exigir do sujeito passivo ou do substituto tributrio a apresentao de quaisquer declaraes de dados ou outros documentos que entender necessrio. Art. 36. O Poder Executivo poder celebrar convnios com a Unio e os Estados visando a utilizar os dados e os elementos cadastrais disponveis, bem como o nmero de inscrio do Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas e do Cadastro de Pessoas Fsicas, de mbito federal, para melhor caracterizao de seus registros. Art. 37. O Municpio poder, quando necessrio, instituir outras modalidades acessrias de cadastros a fim de atender organizao fazendria dos tributos de sua competncia, especialmente, os relativos contribuio de melhoria.

SEO II DA COMISSO MUNICIPAL DE VALORES

Art. 38. Fica criada a Comisso Municipal de Valores, que ter por atribuio estabelecer critrios de determinao dos valores Imobilirios do Municpio, levando em conta: I - localizao; II - rea do terreno; III - rea construda; IV - equipamento urbano (rede de luz, calamento, gua, esgoto);

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

10 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

V - proximidade de centros comerciais e servios pblicos; VI - tipo de edificao e sua finalidade; VII - padro de construo e a poca; VIII - outros parmetros tcnicos que se fizeram necessrios determinao dos valores imobilirios. Pargrafo nico: Depois de estabelecidos os critrios e de atribudos os valores ao metro quadrado de terreno e de construo, a Comisso oferecer, sob a forma de tabela de valores, parecer ao Prefeito, que expedir antes da vigncia do exerccio financeiro, a planta de valores, mediante lei especfica. Art. 39. A Comisso de valores ser composta da seguinte forma: I - Presidente: Secretrio de Fazenda ou cargo equivalente; II - 03 (trs) membros indicados pelo Prefeito entre servidores municipais, versados na legislao tributria municipal; III - 01 (um) engenheiro vinculado aos quadros do municpio; IV - 03 (trs) representantes de associao comunitria legalmente constituda. 1. As funes de membros da Comisso Municipal de Valores so honorficas e no remuneradas. 2. A critrio do Executivo ser ouvida a Comisso Municipal de Valores, sempre que tiver que atualizar os valores estabelecidos. Art. 40. O Executivo expedir Decreto regulamentando a Comisso de Valores Imobilirios, no prazo estabelecido nesta Lei.

CAPTULO VIII DO LANAMENTO

Art. 41. Compete privativamente aos Fiscais de Tributos Municipais constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

11 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel. Art. 42. O ato do lanamento vinculado e obrigatrio, sob pena de responsabilidade funcional, ressalvadas as hipteses de excluso ou suspenso do crdito tributrio previsto neste cdigo. Pargrafo nico: O Secretrio Municipal da Fazenda poder dispensar a constituio de crdito tributrio, observando-se os critrios de custos de administrao, cobrana e execuo antieconmica, na forma que dispuser em regulamento. Art. 43. O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 1. Aplica-se ao lanamento a legislao que, posterior ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliado os poderes de investigao da autoridade competente, ou outorgado ao crdito maiores garantias ou privilgios Fazenda Pblica Municipal, exceto, neste ltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a terceiros. 2. O disposto neste artigo no se aplica aos impostos lanados por perodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. Art. 44. Os atos formais relativos ao lanamento dos tributos ficaro a cargo do rgo fazendrio competente. Pargrafo nico: A omisso ou erro de lanamento no isenta o contribuinte do cumprimento da obrigao fiscal, nem de qualquer modo lhe aproveita. Art. 45. Poder a Fazenda Pblica Municipal estabelecer controle fiscal prprio, instituindo declaraes, livros e registros obrigatrios, a fim de apurar a base de clculos e fatos geradores de tributos municipais. Art. 46. O Fiscal de Tributos Municipais, com o fim de obter elementos que lhe permita verificar a exatido das declaraes apresentadas pelos contribuintes e responsveis, e determinar, com preciso, a natureza e o montante dos respectivos crditos tributrios, poder: I - exigir a qualquer tempo a exibio de livros fiscais e declaraes institudas pelo Municpio, Unio e Estado;

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

12 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

II - fazer apurao ou verificao diria no prprio local da atividade, durante determinado perodo, quando houver dvida sobre a exatido do que for declarado para efeito dos impostos municipais; III - exigir informaes e comunicaes escritas ou verbais; IV - notificar, para comparecer s reparties da Prefeitura, o contribuinte, o responsvel ou o solidrio; V - requisitar o auxlio de fora pblica ou solicitar ordem de autoridade judicial para levar a efeito as inspees ou o registro dos locais e estabelecimentos, assim como de objetos e livros dos contribuintes, responsveis e solidrios, quando estes se opuserem ou criarem obstculos realizao da diligncia. Art. 47. O lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo s poder ser alterado em virtude de: I - impugnao do sujeito passivo; II - recurso de ofcio; III - iniciativa de ofcio da autoridade competente, nos casos previstos em lei. Art. 48. A modificao introduzida, de oficio ou em consequncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade competente no exerccio do lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua introduo. Art. 49. O lanamento efetuado com base na declarao do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislao tributria, presta autoridade competente informaes sobre matria de fato, indispensveis sua efetivao. 1. A retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, s admissvel mediante comprovao do erro em que se funde, e antes de notificado o lanamento. 2. Os erros contidos na declarao e apurveis pelo seu exame sero retificados de ofcio pelo Fiscal de Tributos Municipais. Art. 50. O lanamento dos tributos e suas modificaes sero comunicados aos contribuintes, individual ou globalmente, a critrio da administrao:

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

13 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

I - atravs de notificao direta, feita como aviso, para servir como guia de recolhimento; II - atravs de edital publicado no rgo oficial; III - atravs de edital afixado na Prefeitura. Art. 51. facultado o arbitramento de bases tributrias de valor ou preo de bens, direitos, servios ou atos jurdicos, sempre que sejam omissos ou no meream f s declaraes ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado. Pargrafo nico: O arbitramento no ter carter punitivo, ser efetuado privativamente pelo Fiscal de Tributos Municipais, mediante procedimentos previstos em regulamento.

CAPTULO IX DA DECADNCIA

Art. 52. O direito de proceder ao lanamento do crdito tributrio extingue-se aps cinco anos, contados: I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado; II - tratando-se de exigncia de diferena de tributo, contar-se- o prazo a partir do pagamento efetuado. Art. 53. Nos casos de lanamento do imposto por homologao, o disposto no artigo anterior extingue-se aps cinco anos, contados da ocorrncia do fato gerador, se a lei no fixar prazo para homologao. Art. 54. O direito de impor penalidades extingue-se aps cinco anos, a contar da data da infrao.

CAPTULO X DA RESTITUIO

Art. 55. O direito de pleitear a restituio do imposto extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos, contados: I - da data do pagamento ou recolhimento indevido;

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

14 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

II - da data em que se tornar definitiva a deciso administrativa ou passar em julgado a deciso judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a deciso condenatria. Pargrafo nico: O pedido de restituio, dirigido autoridade competente, suspende o prazo referido no caput deste artigo at ser proferida deciso final na rbita administrativa.

CAPTULO XI

DA PRESCRIO Art. 56. A ao para cobrana do crdito tributrio prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituio definitiva. 1. A prescrio se interrompe: I - pelo despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do dbito pelo devedor. 2. A inscrio do dbito como Dvida Ativa, pelo rgo competente, suspender a fluncia do prazo prescricional, para todos os efeitos de direito, por cento e oitenta dias ou at a distribuio da execuo fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

CAPTULO XII DA DVIDA ATIVA

Art. 57. Os impostos, taxas, contribuies, multas e outras rendas, no arrecadadas dentro do exerccio a que se referirem ou nos prazos previstos em lei ou regulamento, constituem a Dvida Ativa do Municpio. 1. A inscrio far-se-, aps o exerccio, quando se tratar de tributos lanados por exerccio e, nos demais casos, a inscrio ser feita aps o vencimento dos prazos previstos, em lei ou regulamento, para pagamento.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

15 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

2. A inscrio do dbito no poder ser feita na dvida ativa, enquanto no for decidido definitivamente a reclamao, o recurso ou pedido de reconsiderao. 3. Ao Contribuinte no poder ser negada certido negativa de dbito ou de quitao, desde que garantido o dbito fiscal questionado, atravs de cauo do seu valor. Art. 58. As multas por infraes de leis e regulamentos municipais sero consideradas como Dvida Ativa e imediatamente inscritos, assim que se findar o prazo para interposio de recurso, ou quando interposto, no obtiver provimento. Art. 59. Encerrado o exerccio ou expirado o prazo para o respectivo pagamento, sero inscritos imediatamente na Dvida Ativa, por contribuinte, os dbitos, inclusive multas, sem prejuzo dos juros de mora previsto em lei. Art. 60. O Termo de inscrio da dvida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicar obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsveis, bem como, sempre que possvel, o domiclio ou a residncia de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e a natureza do crdito, mencionada especificamente a disposio da Lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo o caso, o nmero do processo administrativo de que se originar o crdito. Art. 61. Mediante despacho da Autoridade Competente, poder ser inscrito, no correr do exerccio mesmo, o dbito de tributos lanados por exerccio, quando for necessrio acautelar-se o interesse da Fazenda. Art. 62. A Dvida Ativa ser cobrada por procedimento amigvel ou judicial. 1. Feita inscrio e esgotado a tentativa de cobrana amigvel do dbito, a respectiva certido dever ser imediatamente enviada ao rgo encarregado da cobrana judicial, para que seja ajuizado no menor tempo possvel. 2. Enquanto no houver o ajuizamento, o rgo encarregado da cobrana promover pelos meios ao seu alcance a cobrana amigvel do dbito.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

16 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

3. As dividas relativas ao mesmo devedor, quando conexas ou contingentes, podero ser acumuladas em uma s ao. Art. 63. O recolhimento do dbito considerado dvida ativa, far-se- vista de guia, expedida pelo servidor do rgo que efetuar a cobrana. Art. 64. Salvos os casos autorizados em leis, absolutamente vedada concesso de desconto, abatimento ou perdo de qualquer parcela da dvida ativa ainda que no tenha sido realizada a inscrio. 1. Incorrer em responsabilidade funcional e na obrigao de responder pela integralizao do pagamento, aquele que autorizar ou fizer a concesso proibida no presente artigo, sem prejuzo do procedimento criminal cabvel. 2. O Dbito inscrito em dvida ativa poder ser objeto de parcelamento, mediante pedido escrito do Devedor repartio fiscal ou rgo competente. 3. O parcelamento informado no pargrafo anterior poder ser de at 24 (vinte e quatro) parcelas iguais e sucessivas, acrescido dos encargos legais, excepcionando-se os casos de concesso de remio ou anistia disciplinados em lei especfica.

TTULO II DO PROCESSO FISCAL

CAPTULO I

DAS MEDIDAS PRELIMINARES E INCIDENTES

SEO I DOS TERMOS DE FISCALIZAO

Art. 65. A autoridade ou funcionrio fiscal que presidir ou proceder a exames e diligncias far ou lavrar sob assinatura, termo circunstanciado do que apurar, do qual constar, alm do mais que possa interessar, as datas iniciais e finais do perodo fiscalizado e a relao dos livros e documentos examinados. 1. O termo ser lavrado no estabelecimento ou local onde se verificar a fiscalizao ou a constatao da infrao ainda que a no resida o fiscalizado ou infrator. 2. Ao fiscalizado ou infrator dar-se- cpia do termo autenticada pela autoridade com contra recibo no original.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

17 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

3. A recusa do recibo no beneficia ao fiscalizado ou infrator. 4. Os dispositivos do pargrafo anterior so aplicveis extensivamente, aos fiscalizados ou infratores, analfabetos ou impossibilitados de assinar o documento de fiscalizao ou infrao, mediante declarao da autoridade fiscal, ressalvadas as hipteses dos incapazes, definidos por lei.

SEO II

DA APREENSO DE BENS E DOCUMENTOS Art. 66. Podero ser apreendidos os bens mveis, inclusive mercadorias e documentos, existentes em estabelecimento comercial, industrial, agrcola ou profissional, do contribuinte, responsvel ou de terceiros, ou em outros lugares ou em trnsito, que constituam prova material de infrao tributria, estabelecidas neste Cdigo em lei ou regulamento. Pargrafo nico: Havendo prova, ou fundada suspeita, de que os bens se encontram em residncia particular ou lugar utilizado como moradia, sero promovidas a busca e apreenso judiciais sem prejuzo das medidas necessrias para evitar a remoo clandestina. Art. 67. Na apreenso lavrar-se- auto, com os elementos do auto de infrao, observando-se, no que couber, o disposto no artigo 75 deste cdigo. Pargrafo nico: O auto de apreenso conter a descrio dos bens ou dos documentos apreendidos, a indicao do lugar onde ficaro depositados e a assinatura do depositrio, o qual ser designado pelo autuante. Art. 68. Os documentos apreendidos podero, a requerimento do autuado, ser-lhe devolvidos, ficando no processo cpia do inteiro teor ou da parte que deva fazer prova, caso o original no seja indispensvel a esse fim. Art. 69. Os bens apreendidos sero restitudos, a requerimento, mediante depsito das quantias exigveis, cuja importncia ser arbitrada pela autoridade competente, ficando retidos, at deciso final, os espcimes necessrios prova. Art. 70. Se o autuado no satisfizer s exigncias legais para liberao dos bens apreendidos, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data da apreenso, sero os bens levados a hasta pblica ou leilo.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

18 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

1. Quando a apreenso recair em bens deteriorveis, a hasta pblica ou leilo poder realizar-se a partir do prprio dia da apreenso. 2. Apurando-se, na venda, importncia superior ao tributo e multa devidos, ser o autuado notificado, no prazo de 5 (cinco) dias, para receber o excedente, se j no houver comparecido para faz-lo. Art. 71. O Termo de Incio da Ao Fiscal emitido privativamente pelo Fiscal de Tributos, no pleno exerccio de suas funes, tem por finalidade cientificar o sujeito passivo de que ele se encontra sob Ao Fiscal e intim-lo a apresentar, em dia e em local nele determinados, os documentos necessrios verificao do regular cumprimento das obrigaes tributrias principais e acessrias, os quais devero ser deixados disposio da fiscalizao at o trmino no procedimento fiscal. 1. Ser dada cincia do Termo de Incio da Ao Fiscal ao sujeito passivo ou a seu representante legal na forma prevista no art. 72. 2. A cincia do Termo de Incio da Ao Fiscal d incio ao procedimento fiscal, implicando na perda da espontaneidade do sujeito passivo referida do art. 200. 3. A documentao e as informaes devero ser apresentadas no prazo fixado pelo Fiscal de Tributos, que ser de no mnimo 05 dias teis, contados da data da cincia do respectivo Termo de Incio da Ao Fiscal. 4. A no apresentao dos documentos no prazo fixado no Termo de Incio da Ao Fiscal ensejar a lavratura do competente Auto de Infrao, sem prejuzo da aplicao de outras penalidades previstas em lei. 5. Dever constar do Termo de Incio da Ao Fiscal, se for o caso, a intimao para que o sujeito passivo libere ao Fiscal documentos com vistas extrao de cpias reprogrficas ou, se o sujeito passivo preferir, fornea as cpias necessrias instruo do processo a ser instaurado. 6. Aps a cincia do Termo de Incio da Ao Fiscal, a Secretaria Municipal de Fazenda no emitir parecer em relao consulta referente s obrigaes tributrias objeto de verificao no procedimento fiscal. Art. 72. Far-se- a intimao: I - pessoalmente, por servidor competente, na repartio ou fora dela, provada com a

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

19 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

assinatura do sujeito passivo, seu mandatrio ou preposto, ou, no caso de recusa, com declarao escrita de quem o intimar; II - por via postal ou telegrfica, com prova de recebimento no domiclio tributrio do sujeito passivo; III - por meio eletrnico, na forma de regulamento do Poder Executivo. IV - por edital, publicado uma nica vez no Dirio Oficial do Municpio de Santana do Riacho ou afixado durante pelo menos 10 (dez) dias, em dependncia do rgo designada por ato oficial e de livre acesso ao pblico, quando resulte improfcuo um dos meios de intimao previstos nos incisos I a III deste artigo. 1. Os meios de intimao previstos nos incisos I a III deste artigo no estaro sujeitos ordem de preferncia. 2. A adoo da intimao por meio eletrnico depender de prvio consentimento do sujeito passivo. Art. 73. Considera-se convencido do dbito fiscal o contribuinte que pagar o tributo mediante intimao preliminar, da qual no caiba recurso ou defesa. Art. 74. Considera-se feita a intimao: I - na data da cincia do intimado ou da declarao de quem fizer a intimao, na hiptese prevista no inciso I do artigo 72; II - na data do recebimento ou, se omitida, 15 (quinze) dias aps a data da expedio da intimao, na hiptese prevista no inciso II do artigo 72; III - se por meio eletrnico, 15 (quinze) dias contados da data registrada: a) no comprovante de entrega no endereo eletrnico atribudo ao sujeito passivo. b) no meio magntico ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo; IV - 15 (quinze) dias aps a publicao do edital, se este for o meio utilizado. 1. Na hiptese de no haver a prova de recebimento da correspondncia postal ou telegrfica no domicilio do sujeito passivo, de que trata o inciso II do art. 74, no se considerar ocorrida a intimao, devendo o procedimento ser renovado na forma do disposto no art. 72.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

20 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

2. Em caso de duplicidade de intimaes prevalecer a que ocorrer primeiro. 3. O conhecimento do ato administrativo pelo interessado, por qualquer forma, de modo inequvoco, dispensa a formalidade da intimao.

CAPTULO II DOS ATOS INICIAIS

SEO I

DO AUTO DE INFRAO Art. 75. O auto de infrao, lavrado com preciso e clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, dever: I - mencionar o local e o dia da lavratura; II - referir o nome ou denominao do infrator, do coobrigado, do responsvel e das testemunhas, se houver. III - descrever o fato que constitui a infrao e as circunstncias pertinentes, indicar o dispositivo legal ou regulamento violado e fazer referncia ao termo de fiscalizao, em que se consignou a infrao, quando for o caso; IV - conter a intimao ao infrator para pagar os tributos e multas devidos ou apresentar defesa e provas nos prazos previstos. 1. As omisses ou incorrees do auto no acarretaro nulidade, quando do processo constarem elementos suficientes para a determinao da infrao e do infrator. 2. A assinatura no constitui formalidade essencial validade do auto, no implica em confisso, nem a recusa agravar a pena. 3. Se o infrator, ou quem o represente, no puder ou no quiser assinar o auto, far-se- meno dessa circunstncia. Art. 76. O auto de infrao poder ser lavrado cumulativamente com o de apreenso, e ento conter, tambm, os elementos dos incisos I, II, III do artigo 72 desta Lei. Art. 77. Na lavratura do auto ser intimado o infrator:

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

21 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

I - pessoalmente, sempre que possvel, mediante entrega de cpia ao autuado, seu representante ou preposto, contra recibo datado no original; II - por carta, acompanhada de cpia com aviso de recebimento (AR) datado e firmado pelo destinatrio ou algum de seu domiclio; III - por edital, com prazo de 30 (trinta) dias, se desconhecido o domiclio fiscal do infrator. Art. 78. A intimao presume-se feita: I - quando pessoal, na data do recebimento; II - quando por carta, na data da assinatura do Aviso de Recebimento-AR; III - quando por edital, no termo do prazo, a partir da publicao. Art. 79. As intimaes subsequentes inicial far-se-o pessoalmente, caso em que sero certificadas no processo, e por carta ou edital, conforme as circunstncias, observado o disposto nos artigos 80 e 81 deste cdigo.

SEO II DAS RECLAMAES CONTRA LANAMENTO

Art. 80. O contribuinte que no concordar com o lanamento poder reclamar no prazo de 30 (trinta) dias, a contar deste. Art. 81. Na reclamao contra o lanamento, o autuado alegar toda a matria que entender til, indicar e requerer s provas que pretenda produzir, juntar as que constarem de documentos e, sendo o caso, arrolar testemunhas, at o mximo de 3 (trs). Art. 82. cabvel a reclamao por parte de qualquer pessoa, contra a omisso ou excluso do lanamento. Art. 83. A reclamao contra lanamento ter efeito suspensivo da cobrana dos tributos lanados. Pargrafo nico: O direito de que trata o "caput" deste artigo, ainda que em tempo hbil, cessa com a existncia de dbito inscrito em Dvida Ativa.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

22 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

CAPTULO III DA CONSULTA

Art. 84. facultado ao contribuinte ou entidades representativas de classe de contribuintes formularem consulta escrita protocolizada na forma regulamentar junto Secretaria Municipal da Fazenda, sobre aplicao de legislao tributria, em relao fato concreto de seu interesse, que ser completa e exatamente descrito na petio. 1. Se a matria versar sobre atos ou fatos j praticados e geradores de tributos, essa circunstncia dever ser esclarecida na consulta. 2. Os efeitos da consulta aproveitam exclusivamente ao consulente, nos limites da matria consultada e da vigncia da legislao que fundamentou a sua resposta. Art. 85. A soluo consulta ser dada no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de sua entrada na repartio competente. 1. Tratando-se de matria complexa, o prazo referido no caput artigo deste poder ser prorrogado por igual perodo, a critrio da chefia do rgo competente. 2. O prazo deste artigo suspende-se a partir da data em que forem determinadas quaisquer diligncias, recomeando a fluir no dia em que tenham sido cumpridas. Art. 86. Nenhum procedimento fiscal ser promovido, em relao espcie consultada, contra contribuinte que proceda em estrita conformidade com a resposta dada consulta por ele formulada, nem durante a tramitao inicial desta ou enquanto a soluo no for reformada. 1. O tributo considerado devido pela soluo dada consulta ser cobrado sem imposio de qualquer penalidade, se recolhido dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados da data em que o consulente tiver cincia da resposta. 2. A resposta dada consulta pode ser modificada a qualquer tempo e a modificao dos critrios jurdicos anteriormente adotados somente produzir efeitos a partir da cincia do consulente ou da vigncia do ato normativo que os introduzir. 3. A observncia pelo consulente da resposta dada consulta, enquanto prevalecer o entendimento nela consubstanciado, exime o contribuinte de qualquer penalidade e exonera-o do pagamento do tributo considerado no devido no perodo. Art. 87. No produziro os efeitos previstos no artigo anterior as consultas:

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

23 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

I - que sejam meramente protelatrias assim entendidas as que versarem sobre disposio claramente expressa na legislao tributria ou sobre questo de direito j resolvida por deciso administrativa ou judicial; II - que no descreverem exata e completamente o fato que lhes deu origem; III - formuladas aps o incio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalizao, relacionados com o fato de seu objeto, ou aps vencido o prazo legal para cumprimento da obrigao a que se referirem. Art. 88. O contribuinte pode recorrer, com efeito suspensivo, Autoridade Julgadora de 1 Instncia, no prazo de 15 (quinze) dias, de resposta dada a consulta pelo rgo competente.

CAPTULO IV DOS REGIMES ESPECIAIS

Art. 89.Os Regimes Especiais de tributao e os que versem sobre emisso, escriturao e dispensa de documentos fiscais, sero processados e concedidos na forma estabelecida em Regulamento.

CAPTULO V DO PROCESSO DE ISENO E DE RESTITUIO

Art. 90. A concesso de iseno ou restituio de tributo ou penalidade depender de requerimento instrudo de acordo com as exigncias legais e regulamentares de cada caso, contendo: I - qualificao do requerente; II - indicao do dispositivo legal em que se ampara o pedido e prova de nele estar enquadrado;

LIVRO SEGUNDO DO PROCESSO TRIBUTRIO ADMINISTRATIVO

TITULO I

PARTE GERAL

CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS

Art. 91. O Processo Tributrio Administrativo - PTA - forma-se na repartio fiscal competente, mediante autuao dos documentos necessrios apurao da liquidez e da certeza de crdito tributrio, com folhas devidamente numeradas e rubricadas.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

24 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

Pargrafo nico: O pedido de reconhecimento de iseno ou restituio de tributo ou penalidade, a consulta e o pedido de regime especial formulado pelo contribuinte so autuados igualmente em forma de PTA. Art. 92. O Processo Tributrio Administrativo desenvolve-se, ordinariamente, em duas instncias organizadas na forma desta lei, para instruo, apreciao e julgamento das questes surgidas entre os contribuintes e a Fazenda Municipal, relativamente interpretao e aplicao da legislao tributria. Pargrafo nico: A instncia administrativa comea pela instaurao do procedimento tributrio e termina com a deciso irrecorrvel exarada no processo, o decurso de prazo para recurso ou a afetao do caso ao Poder Judicirio. Art. 93. garantida ao contribuinte ampla defesa na esfera administrativa, aduzida por escrito e acompanhada de todas as provas que tiver, desde que produzidas na forma e prazos legais. Art. 94. A errnea denominao dada defesa ou recurso no prejudicar a parte, salvo hiptese de m-f. Art. 95. A interveno do sujeito passivo no PTA far-se- diretamente ou por intermdio de procurador munido de instrumento de mandato regularmente outorgado. Art. 96. A instruo do PTA compete repartio fazendria, sob a superviso e a orientao do Secretrio Municipal de Fazenda. Art. 97. Os prazos do PTA sero contnuos, excluindo-se na contagem o dia do incio e incluindo-se o dia do vencimento. 1. Os prazos s se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartio em que corra o PTA ou deva ser praticado o ato. 2. Se a intimao se efetivar em dia anterior a ponto facultativo nas reparties pblicas municipais ou numa sexta-feira, o prazo comear a ser contado no primeiro dia de expediente normal que se seguir. Art. 98. Na falta de previso legal, os atos do contencioso administrativo fiscal sero cumpridos nos prazos fixados em regulamento. Art. 99. A inobservncia dos prazos destinados instruo, movimentao e ao

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

25 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

julgamento de PTA responsabilizar disciplinarmente o funcionrio culpado, mas no acarretar a nulidade do procedimento fiscal. Art. 100. No lcito ao sujeito passivo da obrigao tributria principal ou acessria dificultar ou impossibilitar, por qualquer meio, a entrega de documentos que interessem instaurao e ao andamento do PTA ou recusar-se a receb-los. Art. 101. No se incluem na competncia dos rgos julgadores: I - a declarao de inconstitucionalidade ou a negativa de aplicao de lei, decreto ou ato normativo; II - a aplicao da equidade. Art. 102. As aes propostas contra a Fazenda Municipal sobre matria tributria, inclusive mandado de segurana contra atos de autoridades municipais, prejudicaro, necessariamente, a tramitao e o julgamento do respectivo PTA. Pargrafo nico: Na ocorrncia do disposto no caput deste artigo, os autos ou a pea fiscal sero remetidos, com a mxima urgncia e independentemente de requisio, ao Procurador Municipal para exame, orientao e instruo da defesa cabvel, importando esta soluo final do caso na instncia administrativa, com referncia questo discutida em Juzo. Art. 103. Constatada no PTA a ocorrncia de crime de sonegao fiscal, os elementos comprobatrios da infrao penal sero remetidos ao Ministrio Pblico, para o procedimento criminal cabvel, independentemente da execuo do crdito tributrio apurado. Art. 104. Nenhum processo por infrao legislao tributria ser arquivado seno aps deciso final proferida na rbita administrativa, nem sobrestado, salvo caso previsto em lei.

CAPTULO II

DA COMPENSAO TRIBUTRIA. Art. 105. Fica o Municpio de Santana do Riacho autorizado a realizar compensao de crditos tributrios com crditos lquidos e certos, vencidos ou vincendos do sujeito passivo contra a Fazenda Pblica Municipal, nos casos de comprovado e relevante interesse pblico, mediante estipulao de condies e garantias para cada caso, em lei prpria de iniciativa privativa do Chefe do Executivo Municipal.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

26 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

1. O interesse pblico ser demonstrado em cada caso pela autoridade administrativa, atendendo situao especfica e visando convenincia do Municpio. 2. Sendo vincendo o crdito do sujeito passivo, fica determinado que a apurao de seu montante no poder cominar reduo maior que a correspondente ao juro de um por cento ao ms pelo tempo que decorre entre a data da compensao e a do vencimento. 3. A compensao do crdito tributrio autorizada no caput deste artigo ser sempre precedida da devida apurao em Processo Tributrio Administrativo (PTA) prprio, nos termos do art. 91 desta Lei. 4. vedada, em qualquer hiptese, a compensao mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestao judicial pelo sujeito passivo, antes do trnsito em julgado da respectiva deciso judicial. 5. Observado o Processo Tributrio Administrativo (PTA), nas hipteses em que o valor a ser compensado for inferior a 10 (dez) salrios mnimos a compensao poder ser autorizada por despacho fundamentado do Chefe do Poder Executivo, independente de edio de lei especfica para cada caso, conforme previsto no caput deste artigo.

TTULO II

DAS INSTNCIAS DE JULGAMENTO

CAPTULO I DAS DECISES DE PRIMEIRA INSTNCIA

Art. 106. A deciso de primeira instncia em procedimento administrativo tributrio ser proferida pelo Procurador Municipal. Art. 107. A autoridade julgadora, a qual compete a deciso de primeira instncia, no fica adstrita s alegaes das partes, cabendo-lhe julgar de acordo com as suas convices, no limite de sua competncia, em face das provas produzidas no processo, podendo ainda converter o julgamento em diligncia, para o efeito de requerer novas provas, diligncias ou demonstraes. 1. A autoridade julgadora determinar, de ofcio ou a requerimento do sujeito passivo, a realizao das diligncias que entender necessrias, fixando-lhe prazo e indeferir as consideradas prescindveis, impraticveis ou protelatrias. 2. Se a diligncia resultar em nus para o sujeito passivo, relativo ao valor

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

27 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

impugnado, ser reaberto o prazo para oferecimento de novas impugnaes ou aditamento da primeira. 3. O despacho que proferir deciso de primeira instncia ser elaborado de forma objetiva e sucinta, compreendendo a deciso e seus fundamentos jurdicos. Art. 108. Compete ao servidor pblico municipal responsvel pelo setor de tributos, declarar a intempestividade da impugnao recebida, pela inobservncia do prazo de 30 (trinta)dias, remetendo o processo apreciao do Procurador Geral do Municpio. Art. 109. No sendo proferida deciso, no prazo legal nem convertido o julgamento em diligncia, poder a parte interpor recurso voluntrio, como se fora julgado procedente o auto de infrao ou improcedente a reclamao contra o lanamento, cessando, com a interposio do recurso, a jurisdio da autoridade de primeira instncia.

CAPTULO II DA JUNTA DE RECURSOS TRIBUTRIOS

Art. 110. A Junta de Recursos Tributrios estruturalmente composta: I - pelo Pleno; II - pela Cmara de Julgamento; III - pela Secretaria; IV - Procuradores da Fazenda Pblica. Pargrafo nico: Regulamento dispor sobre a composio, o funcionamento e o exerccio da competncia da Junta de Recurso Tributrio, do Pleno, da Cmara de Julgamento e da Secretaria Geral. Art. 111. A Junta de Recursos Tributrios composta de 5 (cinco) membros efetivos e igual nmero de suplentes, nomeados pelo Prefeito Municipal, para mandato de 36 (trinta e seis) meses, podendo haver reconduo. Pargrafo nico: A composio da Junta de Recursos Tributrios ser integrada: I - por 1 (um) Fiscal de Tributos efetivo da Secretaria Municipal da Fazenda, e igual nmero de suplente, indicados pelo Secretrio Municipal da Fazenda; II - por 2 (dois) representantes dos contribuintes, e igual nmero de suplentes, que ser

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

28 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

indicado por Associaes de Classe ligadas s atividades produtivas e de prestao de servios, sediadas no municpio; III - por 1 (um) secretrio, nomeado pelo Titular da Secretria Municipal da Fazenda. IV pelo Procurador Geral do Municpio. Art. 112. Perde a qualidade de membro da Junta de Recursos Tributrios: I - o representante da Fazenda Municipal que se licenciar para tratar de interesses particulares, se aposentar, se exonerar ou for suspenso ou demitido de seu cargo efetivo durante o mandato; II - o representante dos contribuintes que se desligar, for suspenso ou expulso do rgo ou entidade de classe representada. Art. 113. Caso no seja apresentada e aceita pelo Presidente da Junta de Recursos Tributrios justificativa prvia, fundamentada e por escrito, caracteriza renncia tcita ao mandato: I - o descumprimento, por duas vezes a cada semestre, do prazo fixado em regulamento para a redao do acrdo; II - o no comparecimento de qualquer membro da Junta de Recursos Tributrios a trs sesses consecutivas. Art. 114. A Junta de Recursos Tributrios ter um presidente e um vice-presidente, que sero escolhidos entre os representantes do Municpio e eleitos pelos membros. Art. 115. Junta de Recursos Tributrios compete: I - julgar em grau de recurso os processos relativos aos crditos tributrios e fiscais do Municpio; II - elaborar o seu Regimento Interno; III - sumular decises reiteradas das Cmaras de Julgamento e do Pleno. Art. 116. O Pleno, composto de todos os membros da Junta de Recursos Municipais, efetivos e suplentes, compete discutir e deliberar sobre: I - o Regimento Interno;

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

29 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

II - ato normativo de interesse da administrao da Junta de Recursos Tributrios ou do relacionamento fisco-contribuinte; III - elaborao de smulas, a partir de decises reiteradas, visando uniformizao de jurisprudncia; IV - representao ao Secretrio Municipal da Fazenda sobre matria de interesse da administrao tributria; V - julgar os recursos de revista e de ofcio e o pedido de reconsiderao; VI - outros assuntos previstos no Regimento Interno. Art. 117. A Cmara de Julgamento composta de cinco membros, sendo dois representantes dos contribuintes, dois representantes da Fazenda Municipal e o Presidente da Junta de Recursos Tributrios. 1. A Cmara decide por acrdo, salvo expressa disposio de regulamento, e s funcionam quando presente maioria de seus membros. 2. O acrdo ser redigido pelo membro relator, salvo se vencido, hiptese em que o Presidente designar um dos membros cujo voto tenha sido vencedor, preferencialmente o revisor, para faz-lo. Art. 118. Compete Cmara de Julgamento: I - julgar o recurso voluntrio; II - decidir sobre incidentes processuais; III - decidir sobre reconsiderao de intempestividade. Art. 119. Entendendo presente relevante interesse pblico no julgamento da impugnao, a intempestividade da impugnao poder ser relevada pela Cmara de Julgamento, por ocasio da apreciao do recurso, devolvendo o feito ao rgo Julgador de Primeira Instncia para exarar sua deciso. Art. 120. Sempre que, a necessidade do servio exigir, poder ser criada outras cmaras, vista de representao fundamentada do Presidente da Junta de Recursos Tributrios, dirigida ao Secretrio Municipal da Fazenda.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

30 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

1. As Cmaras Suplementares sero instaladas por meio de resoluo do Secretrio Municipal da Fazenda e convocao de membros suplentes podendo ser nomeados novos membros na forma estabelecida nesta lei. 2. Os mandatos de membros nomeados para compor nova Cmara terminaro juntamente com os dos demais Membros. 3. As Cmaras de que trata o artigo tero durao limitada ao trmino do mandato dos respectivos membros, prorrogvel, se necessrio. Art. 121. Nas sesses de julgamento, o Presidente da Junta de Recursos Tributrios somente proferir o seu voto em caso empate. Art. 122. A Junta de Recursos Tributrios organizar seu Regimento Interno que, homologado pelo Secretrio Municipal da Fazenda, ser publicado por decreto do Poder Executivo. Pargrafo nico: O Regimento Interno dispor sobre a composio, o funcionamento e a competncia da Cmara, do Pleno e da Secretaria da Junta de Recursos Tributrios. Art. 123. Enquanto no criada a Junta de Recursos Tributrios e Cmara de Julgamento, caber o julgamento dos recursos tributrios ao Procurador Municipal, com recurso ao Prefeito Municipal.

CAPTULO III DO PROCESSO EM PRIMEIRA INSTNCIA

SEO I

DO INCIO DO PROCEDIMENTO CONTENCIOSO Art. 124. Instaura-se o contencioso administrativo fiscal: I - pela impugnao tempestiva contra lanamento de crdito tributrio de natureza contenciosa; II - pela impugnao tempestiva de indeferimento de restituio de quantia indevidamente paga a ttulo de tributo e de outras pretenses definidas em regulamento; III - pela reclamao tempestiva contra ato declaratrio de intempestividade de impugnao; IV - pela impugnao tempestiva contra ato ou procedimento administrativo.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

31 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

Art. 125. Pem fim ao contencioso administrativo fiscal: I - a deciso irrecorrvel para ambas as partes; II - o trmino do prazo, sem interposio de recurso; III - o indeferimento liminar de recurso; IV - a desistncia de impugnao, reclamao ou recurso; V - o ingresso em juzo, antes de proferida ou de tornada irrecorrvel a deciso administrativa. Art. 126. Constitui crdito tributrio de natureza no contenciosa o resultante: I - de Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza - ISSQN - incidente sobre prestao escriturada em livro oficial ou declarada ao Fisco em documento institudo em regulamento para esta finalidade; II - de tributo de competncia do Municpio, apurado em decorrncia de escriturao em livro fiscal adotado pelo contribuinte ou por responsvel ou formalmente declarado ao Fisco; III - do descumprimento de obrigao acessria, pela falta de entrega de documento destinado a informar ao Fisco a apurao do ISSQN. Art. 127. Considera-se tambm declarado ao Fisco o valor do ISSQN destacado: I - em documento fiscal, nos casos em que o contribuinte esteja dispensado de escriturao; II - em documento fiscal no registrado em livro prprio por contribuinte do imposto obrigado escriturao fiscal. Art. 128. O pedido de parcelamento, bem como o pagamento de crdito tributrio por meio de cheque sem a suficiente proviso de fundos em poder do sacado ou cujo pagamento seja frustrado por circunstncia diversa que impea o recebimento de seu valor, implicam o reconhecimento do crdito tributrio, excluem a possibilidade de apresentao de recursos, inclusive impugnao, e importam a desistncia dos j interpostos.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

32 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

Art. 129. A impugnao ser protocolizada junto ao rgo Competente, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimao do ato ou do procedimento administrativo que lhe der origem. Pargrafo nico: A impugnao tempestiva suspende a exigibilidade do crdito tributrio. Art. 130. Na impugnao ser alegada, de uma s vez, a matria relacionada com a situao fiscal de que decorreu o lanamento, observado o disposto no regulamento. Art. 131. Recebida e autuada a impugnao, com os documentos que a instruem, a repartio fazendria competente providenciar manifestao fiscal, no prazo de 30 (trinta) dias contados do seu recebimento. 1. Havendo reformulao do crdito tributrio, ser aberto ao sujeito passivo o prazo de dez dias para pagamento com os mesmos percentuais de reduo de multas aplicveis no prazo de trinta dias do recebimento do auto de infrao. 2. Aps a manifestao fiscal, mantido o feito, parcial ou total, o PTA ser encaminhado ao rgo Julgador da 1 Instncia para exarar a deciso.

SECO II DA REVELIA

Art. 132. Findo o prazo de trinta dias da intimao ao contribuinte ou ao responsvel, sem pagamento do dbito nem apresentao de defesa, o funcionrio responsvel, nos dez dias subsequentes, providenciar: I - certido do no recolhimento do dbito e da inexistncia de defesa; II - lavratura do termo de revelia e instruo definitiva do PTA; III - apresentao dos autos autoridade competente, para os fins de direito. Pargrafo nico: A revelia importa reconhecimento do crdito tributrio, cabendo autoridade competente: I - exarar o despacho de aprovao ou cancelamento do AI; II - providenciar o encaminhamento do PTA para inscrio em dvida ativa.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

33 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

CAPTULO IV DOS RECURSOS CONTRA DECISES DE PRIMEIRA INSTNCIA

SEO I DO RECURSO VOLUNTRIO

Art. 133. Da deciso de primeira instncia caber recurso voluntrio Junta de Recursos Tributrios, interposto no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de cincia da deciso, pelo autuado ou reclamante. 1. A deciso contrria, no todo ou em parte, Fazenda Municipal, inclusive por desclassificao da infrao, ser reexaminada de ofcio com efeito suspensivo, sempre que a importncia em litgio exceder ao limite fixado em regulamento. 2. Junta de Recursos Tributrios garantido o conhecimento pleno do processo, ainda que no interposto o recurso de ofcio da deciso contrria Fazenda Pblica, quando o contribuinte parcialmente vencido, interpor recurso voluntrio em face da parte da deciso que lhe desfavorvel. 3. Enquanto no instalada Junta de Recurso, o recurso que trata o caputdever ser interposto perante o Procurador Municipal. Art. 134. vedado reunir em uma s petio recursos referentes a mais de uma deciso, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo contribuinte, salvo quando proferidas em um nico processo fiscal. Art. 135. Nenhum recurso voluntrio interposto pelo autuado ou reclamante ser encaminhado Junta de Recursos Tributrios, sem prvio depsito das taxas exigidas quando for o caso, extinguindo-se o direito do recorrente que no efetuar o pagamento no prazo legal. Art. 136. O recurso dirigido Cmara de Julgamento ser apresentado com os fundamentos de cabimento e as razes de mrito.

Pargrafo nico: Interposto o recurso, aps o atendimento ao contraditrio, o recurso ser distribudo a membro da Cmara de Julgamento e includo em pauta de julgamento.

CAPTULO V

DO PROCESSO EM SEGUNDA INSTNCIA

SEO I DO JULGAMENTO

Art. 137. Encerrada a fase de primeira instncia, o PTA ser includo em pauta de julgamento, que ser publicada com antecedncia de dez dias teis contados da

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

34 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

realizao de sesso, tendo vista dos autos, nos prazos previstos no regulamento, o sujeito passivo, o Procurador da Fazenda Municipal, o relator e o revisor. Art. 138. Na sesso de julgamento, a questo preliminar ser decidida previamente, entrando-se na discusso e no julgamento da matria principal, se rejeitada aquela ou se no houver incompatibilidade com a apreciao do mrito. Art. 139. Das decises da Cmara de Julgamento cabem os seguintes recursos, ao Pleno: I - pedido de reconsiderao; II - recurso de revista; III - recurso de ofcio, quando a deciso da Cmara de Julgamento resultar de voto de qualidade do Presidente desfavorvel Fazenda Pblica Municipal. Art. 140. No ensejar recurso de oficio deciso tomada pelo voto de qualidade, relativa a: I - questo preliminar; II - concesso de deduo de parcela escriturada ou paga aps a ao fiscal. Art. 141. A petio do recurso de revista ser instruda com cpia ou indicao precisa da deciso divergente, sob pena de ser declarado inepto. Pargrafo nico - No ser conhecido se versar sobre questo iterativamente decidida pela Junta de Recursos Tributrios solucionados em decorrncia de ato normativo. Art. 142. O recurso dirigido ao Pleno, para julgamento, ser apresentado com os fundamentos de cabimento e as razes de mrito. Pargrafo nico: Interposto o recurso, aps o atendimento ao contraditrio, o recurso ser distribudo a membro do Pleno e includo em pauta de julgamento. Art. 143. O Pleno decide por acrdo, salvo expressa disposio de regulamento, e s funciona quando presente maioria de seus membros. Pargrafo nico: O acrdo ser redigido pelo relator, salvo se vencido, hiptese em que o Presidente designar um dos membros cujo voto tenha sido vencedor, preferencialmente o revisor, para faz-lo.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

35 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

Art. 144. Nas sesses de julgamento do Pleno, o Presidente da Junta de Recursos Tributrios tem, alm do voto ordinrio, o de qualidade, no caso de empate.

SEO II DO PEDIDO DE RECONSIDERAO

Art. 145. Das decises no unnimes da Cmara caber Pedido de Reconsiderao, com efeito suspensivo, a ser apresentado no prazo de 5 (cinco) dias, a contar da publicao do acrdo. Art. 146. O Pedido de Reconsiderao prejudicar: I - o Recurso de Revista, se ambos forem interpostos pela mesma parte;

II - o Recurso de Ofcio, se o Pedido de Reconsiderao for interposto pela Fazenda Pblica Municipal. Art. 147. No conhecido o Pedido de Reconsiderao, o prazo para a interposio do Recurso de Revista de 5 (cinco) dias, a contar da publicao da deciso do pedido de reconsiderao.

SEO III DO RECURSO DE REVISTA

Art. 148. Caber Recurso de Revista quando a deciso divergir de acrdo j proferido pela Junta, quanto aplicao da legislao tributria. 1. A petio do Recurso de Revista, alm das razes de mrito, dever ser instruda com cpia ou indicao precisa do acrdo divergente. 2. O Recurso de Revista ser interposto no prazo de 5 (cinco) dias a contar da publicao do acrdo de que se recorre. Art. 149. O Recurso de Revista devolve ao Pleno apenas o conhecimento da matria objeto da divergncia. Pargrafo nico: O Recurso de Revista no ser conhecido quando versar sobre questo iterativamente decidida pela Junta qual tenha sido atribuda eficcia normativa.

SEO IV DO RECURSO DE OFCIO

Art. 150. Caber recurso de ofcio para o Pleno quando a deciso da Cmara resultar de voto de qualidade desfavorvel Fazenda Pblica Municipal.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

36 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

Pargrafo nico: O recurso de ofcio devolver ao Pleno o conhecimento de toda a matria cuja deciso tenha sido contrria Fazenda Pblica Municipal.

CAPTULO VI DA EXECUO DAS DECISES FISCAIS

Art. 151. As decises definitivas sero cumpridas: I - pela notificao ao contribuinte, para no prazo de 10 (dez) dias, satisfazer ao pagamento do valor da condenao; II - pela notificao do contribuinte para vir receber importncia recolhida indevidamente como tributo ou multa; III - pela liberao das mercadorias apreendidas e depositadas, ou pela restituio do produto de sua venda, se houver ocorrido alienao, com fundamento no artigo 70 e seus pargrafos, deste cdigo; IV - pela imediata inscrio, como dvida ativa, a remessa da certido a cobrana executiva dos dbitos a que se referem os nmeros I, III e IV, se no satisfeitos no prazo estabelecido.

LIVRO TERCEIRO DOS IMPOSTOS

TITULO I DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL

URBANO IPTU.

CAPTULO I DO FATO GERADOR

Art. 152. O Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU - tem como fato gerador a propriedade, o domnio til ou a posse de bem imvel por natureza ou acesso fsica, ou bem mvel imobilizado temporariamente, como definido na Lei Civil, localizado na Zona Urbana do Municpio. Pargrafo nico: Entende-se como zona urbana a que for dotada dos melhoramentos e equipamentos mnimos indicados em lei federal e, ainda, as reas urbanizveis ou de expanso urbana constante de loteamentos destinados habitao ou a qualquer outros fins econmicos e urbanos. Art. 153. Considera-se ocorrido o fato gerador do IPTU no dia 1 (primeiro) de janeiro de cada exerccio financeiro.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

37 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

CAPTULO II

DA INCIDENCIA Art. 154. A incidncia do Imposto independe do cumprimento de qualquer exigncia legal, regulamentar ou administrativa, sem prejuzo das penalidades cabveis e do cumprimento das obrigaes acessrias.

CAPTULO III DO CONTRIBUINTE E DOS RESPONSVEIS

Art. 155. Contribuinte do Imposto o proprietrio do imvel, o titular do domnio til ou seu possuidor a qualquer ttulo. Art. 156. responsvel pelo pagamento do IPTU: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - o sucessor, a qualquer ttulo, e o cnjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo "de cujus" at a data da partilha ou adjudicao, limitada esta responsabilidade ao montante do quinho, do legado ou da meao; III - o esplio, pelos tributos devidos pelo "de cujus" at data da abertura da sucesso. Art. 157. A pessoa jurdica que resultar de fuso, incorporao, ciso ou transformao responde pelo dbito das entidades fundidas, incorporadas, cindidas ou transformadas at a data daqueles fatos. Pargrafo nico: O disposto neste artigo aplica-se igualmente no caso de extino de pessoa jurdica, quando a explorao de suas atividades for continuada por scio remanescente, ou seu esplio, sob qualquer razo social ou firma individual.

CAPTULO IV DA BASE DE CLCULO E ALQUOTAS

Art. 158. A base de clculo do imposto o valor venal do imvel. Pargrafo nico: Na determinao de clculo no ser considerado o valor dos bens mveis mantidos em carter permanente ou temporrio no imvel, para efeito de sua utilizao, explorao, aformoseamento ou comodidade.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

38 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

Art. 159. O valor venal do imvel ser determinado em funo dos seguintes elementos, tomados em conjunto ou separadamente: I - preos correntes das transaes e das ofertas venda no mercado imobilirio; II - zoneamento urbano; III - caractersticas de logradouro e da regio onde se situa o imvel; IV - caractersticas de terreno como: a) rea; b) topografia, forma e acessibilidade; V - caractersticas de construo como: a) rea; b) qualidade, tipo e ocupao; c) idade; VI - custos de produo; VII - outros dados informativos tecnicamente reconhecidos. Pargrafo nico: O critrio para apurao e enquadramento do padro da edificao, bem como do terreno na tabela de valores venais dos imveis ser efetuada atravs de Decreto. Art. 160. O Executivo proceder anualmente, de conformidade com os critrios estabelecidos nesta Lei, avaliao dos imveis para fins de apurao do valor venal. Pargrafo nico: O valor venal de que trata o artigo, ser atribudo ao imvel para o dia 1 (primeiro) de janeiro do exerccio a que se referir o lanamento. Art. 161. A avaliao dos imveis ser procedida atravs do Mapa de Valores Genricos, que conter a listagem ou Planta de Valores de Terrenos, a Tabela de preos de Construo, se for o caso, o fator especfico de correo que impliquem em depreciao ou valorizao do imvel.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

39 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

Art. 162. A listagem ou planta de valores de terrenos e a tabela de preos de construo fixaro respectivamente os valores unitrios do metro quadrado de terreno e do metro quadrado de construo que sero atribudos: I - a lotes, a quadras, a face de quadras, a logradouros ou as regies determinadas, relativamente aos terrenos; II - a cada um dos padres previstos para os tipos de edificao e indicados na Tabela de Preos de Construo, relativamente s construes. Art. 163. O valor venal do terreno resultar da multiplicao de sua rea total pelo correspondente valor unitrio de metro quadrado de terreno e pelos fatores de correo, previstos no Mapa de valores genricos, aplicveis conforme as caractersticas do terreno. Art. 164. No clculo do valor venal do terreno no qual existia prdio com condomnio, ser considerada a frao ideal correspondente a cada unidade autnoma. Art. 165. O valor venal do imvel construdo ser apurado pela soma do valor do terreno com o valor da construo, calculados na forma desta Lei. Art. 166. O valor unitrio do metro quadrado de construo ser obtido pelo enquadramento da edificao em um dos tipos de padres previstos na Tabela de Preos de Construo mediante atribuio de pontos que sero fixados conforme as caractersticas predominantes da construo de maior rea. Pargrafo nico: Aplica-se Tabela de Preos de Construo a tabela de fator de estado de conservao, conforme tabela constante no anexo XII. Art. 167. O valor venal da construo resultar da multiplicao da rea total edificada pelo valor unitrio de metro quadrado de construo e pelos fatores de correo aplicveis conforme as caractersticas da construo. Art. 168. A rea total edificada ser obtida atravs da medio dos contornos externos das paredes ou no caso de pilotis, a projeo do andar superior ou da cobertura, computando-se tambm a superfcie das sacadas, cobertas ou descobertas de cada pavimento. 1. Os pores, terraos, mezaninos e piscinas sero computados na rea construda, observados as disposies regulamentares.

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

40 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

2. No caso de coberturas de postos de servios e assemelhados, ser considerada como rea construda a sua projeo sobre o terreno. 3. Para efeitos desta Lei as obras paralisadas ou em andamento, as edificaes condenadas ou em runas e as construes de natureza temporria no sero consideradas como rea edificada. 4. No clculo da rea total edificada das unidades autnomas de prdios em condomnios, ser acrescentada rea privativa de cada unidade a parte correspondente das reas comuns em funo de sua quota-parte. Art. 169. Os dados necessrios fixao do valor venal sero arbitrados pela autoridade competente, quando sua coleta for impedida ou dificultada pelo sujeito passivo. Pargrafo nico: Para o arbitramento de que trata este artigo, sero tomados como parmetros os imveis de caractersticas e dimenses semelhantes, situados na mesma quadra ou na mesma regio em que se localizar o imvel cujo valor venal estiver sendo arbitrado. Art. 170. As alquotas do IPTU constantes na tabela I do anexo nico desta lei, incidentes sobre lotes vagos sem muro e /ou cerca e no limpos, sero acrescidas em 200% (duzentos) por cento. Art. 171. As alquotas do IPTU so as constantes da tabela I do anexo nico desta Lei. Pargrafo nico: As alquotas do IPTU mencionadas neste artigo so aplicadas de conformidade com o artigo 156, 1, da Constituio Federal. Art. 172. A Alquota do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana submeter-se-, a partir do exerccio seguinte ao da vigncia do Plano Diretor, a uma progressividade extrafiscal, no tempo e no espao. 1. A progressividade a que alude o artigo anterior, diretamente vinculada s exigncias fundamentais de ordenao da cidade, como tais expressas no plano diretor, corresponder: I - s reas nele includas, visando o cumprimento da funo social da propriedade; II - ao adequado aproveitamento do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, pelo tempo que perdurar a ociosidade da rea e ou lotes urbanos no domnio e

MUNICPIO DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ: 18.715.458/0001-92 Gabinete do Prefeito

Secretaria Municipal de Governo

41 Praa Santana, n 184 - Centro 35.845-000 - Tel. (31) 3718-6104- 3718-6127. www.santanadoriacho.mg.gov.br - [email protected]

posse de seus respectivos proprietrios, com fins de especulao imobiliria e econmica, como tal definido no plano diretor. 2. A alquota progressiva a que alude o pargrafo anterior, ser aplicada desde que fique objetivamente caracterizada a especulao econmica e ou imobiliria, sem o atendimento da funo social da propriedade e sem o seu adequado aproveitamento, consoante exigncias inseridas no plano diretor. 3. O Imvel urbano, desde que adequadamente aproveitado segundo os critrios a serem definidos pelos rgos de planejamento da Prefeitura Municipal, retornar a incidncia da alquota originria, cessando a sua progressividade. Art. 173. O contribuinte poder requerer, a qualquer tempo, a reviso cadastral do imvel, quanto rea edificada, sua categoria e padro construtivo, para fins de apurao do valor venal da edificao, mediante preenchimento de formulrio especfico. 1. Para efeitos de reviso do lanamento do IPTU do exerccio em curso, o requerimento dever ser protocolado at o dia 30 de abril de cada exerccio, devidamente instrudo. 2. O requerimento autuado e seguir o trmite de Processo Tributrio Administrativo nos termos do art. 91 e seguintes do Cdigo Tributrio Municipal. 3. O requerimento ser analisado pela Comisso de Avaliao de Bens Imveis, que emitir parecer fundamentado, sugerindo o deferimento ou indeferimento da reviso do valor venal. 4. A Comisso de Avaliao de Bens Imveis, no caso de deferimento da reviso do valor venal, indicar o percentual de desconto, at o limite de 50% (cinquenta por cento) do valor venal da edificao. 5. O processo de avaliao especial dever ser analisado pela Procur