25
Revisão 0 Junho de 2013 ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS E REGIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DO CONSÓRCIO PRÓ-SINOS SUBPRODUTO 2.2 CARACTERIZAÇÃO GERAL MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO

MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO - saoleopoldo.rs.gov.br 2_2_rev0.pdf · Sapucaia do Sul ao Sul e Portão a oeste do município. O mapa apresentado em Anexo, ... Clima de Superfície Verde

  • Upload
    builien

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Revisão 0

Junho de 2013

ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS E REGIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DO CONSÓRCIO PRÓ-SINOS

SUBPRODUTO 2.2

CARACTERIZAÇÃO GERAL

MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO

São Leopoldo – Subproduto 2.2

1

ÍNDICE

1  APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 2 

2  HISTÓRICO .................................................................................................................. 4 

3  CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .......................................................................... 5 

3.1  LOCALIZAÇÃO E ACESSOS .............................................................................................. 5 3.2  CLIMA ........................................................................................................................... 5 3.3  HIDROLOGIA .................................................................................................................. 6 3.4  GEOLOGIA ..................................................................................................................... 6 3.5  GEOMORFOLOGIA .......................................................................................................... 7 3.6  VEGETAÇÃO .................................................................................................................. 7 3.7  UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ........................................................................................ 8 3.8  USO DO SOLO ............................................................................................................... 8 3.9  DEMOGRAFIA ................................................................................................................. 8 

4  CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS ............................................................ 12 

5  INFRAESTRUTURA EXISTENTE .............................................................................. 17 

5.1  SANEAMENTO BÁSICO .................................................................................................. 17 5.1.1  Serviços de abastecimento de água .............................................................. 17 

5.1.2  Serviços de esgotamento sanitário ................................................................ 17 

5.1.3  Serviços de manejo de resíduos sólidos ........................................................ 17 

5.1.4  Serviços de manejo de águas pluviais ........................................................... 18 

5.2  ENERGIA ELÉTRICA ...................................................................................................... 19 5.3  TRANSPORTE .............................................................................................................. 19 5.4  SAÚDE ........................................................................................................................ 19 5.5  EDUCAÇÃO .................................................................................................................. 21 5.6  HABITAÇÃO ................................................................................................................. 22 

6  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 24 

São Leopoldo – Subproduto 2.2

2

1 APRESENTAÇÃO

O presente documento é objeto do contrato nº 06/2012 firmado entre o Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e a Concremat Engenharia e Tecnologia S/A cujo objeto é a Elaboração dos Planos Municipais e Regional de Saneamento Básico dos Municípios do Consórcio Pró-Sinos.

O trabalho teve início efetivo em 02 de agosto de 2012, conforme Ordem de Serviço nº 003/2012, sendo o prazo de execução de 547 dias – até 31 de janeiro de 2014.

Dos 26 municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos, 23 municípios terão os seus Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) elaborados através deste contrato: Araricá, Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Caraá, Glorinha, Estância Velha, Esteio, Gramado, Igrejinha, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul e Três Coroas.

O Plano Regional de Saneamento Básico (PRSB) abrangerá, além desses 23 municípios, os demais municípios do Consórcio Pró-Sinos – Canoas, Dois Irmãos e Taquara, cujos planos municipais já foram ou estão sendo elaborados em separado.

Os serviços inserem-se no contexto da Lei nº 11.445/07 que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. Os serviços também são balizados pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei, bem como pelo Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) que define o acesso aos serviços de saneamento básico como um dos componentes do direito à cidade.

A Política e o Plano, instituídos pela Lei nº 11.445/2007, são os instrumentos centrais da gestão dos serviços. Conforme esse dispositivo, o Plano de Saneamento estabelece as condições para a prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas para a universalização, assim como programas, projetos e ações necessários para alcançá-la.

Como atribuições indelegáveis do titular dos serviços, a Política e o Plano devem ser elaborados com participação social, por meio de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico.

De acordo com o Termo de Referência, o trabalho está dividido em seis etapas com seus respectivos produtos:

Etapa 1: Plano de mobilização social.

Etapa 2: Diagnóstico da situação do saneamento básico e de seus impactos nas condições de vida da população.

Etapa 3: Prognósticos e alternativas para a universalização dos serviços de saneamento básico. Objetivos e metas.

Etapa 4: Concepção dos programas, projetos e ações necessárias. Ações para emergências e contingências.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

3

Etapa 5: Mecanismos e procedimentos para o monitoramento e avaliação sistemática das ações programadas.

Etapa 6: Relatório final dos planos municipais e regional de saneamento básico.

Ainda, em atendimento ao Termo de Referência, a etapa do diagnóstico compreende o desenvolvimento de 12 subprodutos até a consolidação do Produto 2, como segue:

Subproduto 2.1: Coleta de dados.

Subproduto 2.2: Caracterização geral.

Subproduto 2.3: Situação institucional.

Subproduto 2.4: Situação econômico-financeira.

Subproduto 2.5: Situação dos serviços de abastecimento de água potável.

Subproduto 2.6: Situação dos serviços de esgotamento sanitário.

Subproduto 2.7: Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Subproduto 2.8: Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais.

Subproduto 2.9: Situação do desenvolvimento urbano.

Subproduto 2.10: Situação da habitação.

Subproduto 2.11: Situação ambiental e dos recursos hídricos.

Subproduto 2.12: Situação da saúde.

Este relatório contempla a Etapa 2 – Subproduto 2.2 “Caracterização geral”.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

4

2 HISTÓRICO

Os primeiros imigrantes alemães chegaram a Porto Alegre, capital da província de São Pedro do Rio Grande, em 18 de julho de 1824. Estes foram enviados para a desativada Feitoria do Linho Cânhamo, um estabelecimento agrícola do governo, a qual se localizava na margem esquerda do Rio dos Sinos.

Em 25 de julho de 1824, esses imigrantes chegaram e fundaram o município de São Leopoldo, de onde vem o título de “Berço da Imigração”.

Eles foram instalados na Feitoria até receberem seus lotes coloniais. O Governo do Estado batizou o núcleo de imigrantes de Colônia Alemã de São Leopoldo, que se estendia por mais de 1.000 km², abrangendo na direção sul-norte, de Gramado até Campo dos Bugres (hoje, Caxias do Sul), e em direção leste-oeste, de Taquara (hoje) até o Porto de Guimarães, no rio do Caí (hoje, São Sebastião do Caí).

Aos poucos, outros imigrantes ocuparam os vales do Rio dos Sinos, Cadeia e Caí, o que possibilitou que a colônia alemã se emancipasse de Porto Alegre. Concorreu para este fato serem os alemães, além de “landmann” (agricultor), também “hand-werker” (artesão). Resultou daí a variada produção que originou o embrião industrial do Vale do Rio dos Sinos.

Em homenagem a estes imigrantes, o dia 25 de julho é um grande feriado municipal. Com a comemoração, São Leopoldo busca resgatar a memória e a variada contribuição dos alemães.

Tornou-se vila em 1º de abril de 1846, através da Lei Municipal n° 04/1846.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

5

3 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

3.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

O município está localizado na região da encosta inferior do nordeste do Rio Grande do Sul, com 102,31 km² de território, representa 1,04% da área da Região Metropolitana de Porto Alegre, estando a 31,4 km da capital gaúcha e a 1.100 km de São Paulo. A cidade é cortada pelas rodovias BR 116 e RS 240.

Faz limites territoriais com Estância Velha ao norte, Novo Hamburgo a nordeste e leste, Sapucaia do Sul ao Sul e Portão a oeste do município.

O mapa apresentado em Anexo, apresenta a localização do município de São Leopoldo no Estado do Rio Grande do Sul e na Bacia do Rio dos Sinos.

3.2 CLIMA

O clima é temperado com média anual das temperaturas máximas de 24ºC e das temperaturas mínimas de 12ºC. A média de precipitação anual, conforme série histórica de 1931 a 1990 do Instituto Nacional de Meteorologia, varia de 1.200mm a 1.500mm com evaporação média de 800mm por ano, no mesmo período.

De acordo com o Atlas Socioambiental e revisões do Plano Diretor de São Leopoldo, o município possui oito microclimas, conforme as descrições abaixo, extraídas desses estudos.

Clima de Colina: Presente na região do topo do Morro do Paula, a leste do município, é um clima com circulação livre de vento vindo do litoral, com ar seco em relação ao vale. Fonte de ar frio noturno que se desloca em direção à cidade e atua como fator de refrigeração urbana e de regulador térmico.

Clima de Mata de Encosta de Morro: Localizado na encosta do Morro do Paula, à leste do município, é um microclima com privilegiada ventilação, eficiente fator de refrigeração das áreas urbanas, no interior da mata. O ar frio noturno desloca-se em direção à cidade pelos vales dos arroios e pelos corredores formados pelas avenidas, atuando como regulador térmico.

Clima de Banhado e de Alagados: Microclima de maior extensão ocupa aproximadamente 10% da área do município. Localiza-se junto às margens do Rio dos Sinos, com uma extensa área se expandindo do centro do município em direção a nordeste e outra extensa área se expandindo do centro do município em direção a oeste. É um importante fator de refrigeração da cidade pela sua extensa superfície de água, extensa área verde e intensa evaporação que nela ocorre.

Clima de Superfície Verde com Vegetação de Campo: Localizado em extensa área no setor noroeste do município, é um microclima com livre circulação de vento, favorecendo a ação de refrigeração nas áreas urbanizadas.

Clima de Parque e de Mata Urbana, Ilha de Frescor: Ocorre nos espaços verdes localizados em áreas urbanizadas em diversos bairros da cidade, funcionando como ilhas de frescor para as áreas mais densamente edificadas.

Clima de Superfície com Baixa Densidade Edificada: Apresenta área urbanizada na qual predomina a cobertura verde, com muitas árvores nas ruas, bosques, núcleos

São Leopoldo – Subproduto 2.2

6

de arbustos e áreas de campo. A boa ventilação é oriunda dos microclimas de encosta, de banhado e de alagados.

Clima de Superfície com Média Densidade Edificada: Apresenta uma densa urbanização, mas com edificações baixas e com uma grande arborização em suas ruas. Tem uma boa refrigeração resultado do microclima de parque e de mata urbana.

Clima de Superfície com Elevada Densidade Edificada: Localizado no centro da cidade, apresenta uma grande concentração de edifícios localizados na zona baixa do município, que se constitui numa ilha de calor.

3.3 HIDROLOGIA

A bacia hidrográfica do Rio dos Sinos está situada a nordeste do Estado, com área de 3.820 km2, correspondente a 4,5% da bacia hidrográfica do Guaíba e 1,5% da área total do Estado do Rio Grande do Sul.

A cobertura vegetal da bacia está muito reduzida. A vegetação remanescente localiza-se, predominantemente, nas nascentes do rio dos Sinos e seus formadores.

O rio dos Sinos corta o município de São Leopoldo praticamente no meio, sendo que deságuam na sua margem esquerda os arroios Peão, Sem Nome, Kruze e João Corrêa, enquanto que na margem direita, os arroios Gauchinho, Cerquinha, da Manteiga e Bopp. Estes córregos formam as oito sub-bacias existentes no município.

3.4 GEOLOGIA

De acordo com o Atlas Sócio Econômico do Rio Grande do Sul, São Leopoldo está em uma região de solo com horizonte superficial argiloso, profundo e bem drenado, conhecido como argilossolo. Pode apresentar limitações químicas devido à baixa fertilidade natural, forte acidez e alta saturação por alumínio, sendo também de alta suscetibilidade à erosão e degradação. Pode ser usado para culturas anuais e campo nativo, preferencialmente com plantio direto e em rotação de culturas com plantas protetoras e recuperadoras do solo durante o inverno.

Conforme o estudo de revisão do Plano Diretor Municipal, o município encontra-se sobre o último ambiente deposicional da Bacia do Paraná. Esta bacia é constituída por uma espessa seqüência de rochas de origem vulcânica e sedimentar que se estende pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.

A base da coluna estratigráfica do município de São Leopoldo pertence ao Grupo Rosário do Sul, onde se encontra a Formação Sanga do Cabral. Encobrindo esta formação, ocorre o Grupo São Bento, constituído por rochas pertencentes à sequência sedimentar da Bacia do Paraná, iniciada pela Formação Botucatu e coberta pela Formação Serra Geral, em pequena ocorrência no Morro de Paula. Ao longo da planície de inundação do rio dos Sinos e afluentes ocorrem depósitos Cenozóicos.

Os principais impactos ambientais relacionados à geologia são decorrentes da mineração de arenito e da extração de argilas, conforme os extratos que seguem do estudo de revisão do Plano Diretor do município.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

7

Mineração de Arenito: O Morro de Paula possui, em torno de seu topo e encostas, 74 pedreiras para a extração da pedra grés. Os rejeitos são descartados no local e formam imensos taludes subverticais que atingem a mata nativa existente nas encostas.

Em épocas de precipitações prolongadas, há constantes escorregamentos destes rejeitos. Somente uma pedreira está legalizada com plano de manejo de exploração e recomposição da paisagem, bem como acompanhamento técnico.

Extração de Argila: A atividade extrativa de argila na área de várzea do rio dos Sinos na maioria das vezes expõe o lençol freático, formando lagos de várias dimensões. Entre o rio dos Sinos e o dique, nos bairros Vicentina e São Miguel, localizam-se jazidas de argilas com cavas nas proximidades do dique, o que poderá gerar recalque e causar problemas de estrutura, com uma eventual ruptura, ocasionando prováveis danos humanos e materiais.

3.5 GEOMORFOLOGIA

O município de São Leopoldo é caracterizado por duas grandes unidades geomorfológicas regionalmente identificadas como Patamares da Serra Geral e Depressão Periférica. Os Patamares da Serra Geral ocupam uma pequena extensão de 1,74 km2 a sudeste do município.

É formada por relevo residual, em forma de colinas e vales fluviais, com aprofundamentos entre 57 e 75 metros, associado à ocorrência de morros testemunho dispersos e a presença de cristas simétricas como é o caso do Morro do Chapéu e do Morro de Paula, com vertentes de alta declividade (40%), pedimentada, preservando o aplainamento no topo.

A Depressão Periférica do rio Jacuí apresenta uma morfologia de perfis suaves correspondente a um baixo platô dissecado com uma extensa planície, margeada por terraços e superfícies pediplanadas.

A ocupação desordenada do território resultou em impactos negativos no solo, conforme identificado na revisão do Plano Diretor Municipal. O solo, sem a cobertura vegetal e recortado por arruamentos, foi carreado pela erosão, indo assorear o rio e os banhados. As áreas de relevo suave ondulado, com solos areníticos, onde têm sido instalados novos loteamentos, estão propensas à erosão. Os arruamentos impermeáveis e o grande número de construções reduzem a infiltração das chuvas, impedem a recarga do lençol freático e aumentam o escoamento superficial das águas, acelerando os processos erosivos.

A urbanização em áreas de banhados tem exigido a remoção da cobertura vegetal e o seu aterro. A planície de inundação do rio dos Sinos se estende a montante e a jusante da cidade de São Leopoldo. A cidade avança em forma de cunha sobre a planície até a margem do rio e ocupa grandes áreas que eram banhados e foram aterradas junto às margens do rio dos Sinos.

3.6 VEGETAÇÃO

São Leopoldo tem resquícios de Mata Atlântica ao longo da planície de inundação do Sinos, em especial nas suas três unidades de conservação. As condições físicas da floresta atlântica variam muito, dependendo do local estudado, assim, apesar de a região estar submetida a um clima geral, há microclimas muito diversos.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

8

3.7 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

O Atlas Socioambiental de São Leopoldo apresenta as seguintes Unidades de Conservação:

Parque Natural Municipal Imperatriz Leopoldina

Reserva Ecológica da Scharlau (Mata do Daniel)

Base Ecológica do Rio Velho

3.8 USO DO SOLO

O território urbano é ocupado pelo uso residencial que convive, em menor escala, com o uso comercial, de serviço e industrial. Na área urbana municipal, há uma concentração dos usos comerciais e de serviços na área central, enquanto que, no restante do território urbano, a incidência de comércio e serviços se apresenta com uma distribuição homogênea.

A distribuição físico-territorial dos usos do solo urbano é mais concentrada nos sentidos norte – sul e nordeste – leste. No entanto, no Plano Diretor Municipal foi verificado que há um “vazio cadastral”, proveniente de loteamentos irregulares e/ou clandestinos, distribuídos por todo o território urbano.

3.9 DEMOGRAFIA

Segundo os resultados do Censo Demográfico 2010 realizado pelo IBGE, a população total de São Leopoldo era de 214.087 habitantes com um grau de urbanização de 99,6%. No Quadro 1 está apresentada a distribuição da população urbana e rural.

Quadro 1 - População do Município de São Leopoldo

POPULAÇÃO 2010

TOTAL URBANA RURAL

214.087 213.238 849

Fonte: Censo IBGE, 2010

Ao comparar os resultados do censo realizado em 2000 com o realizado em 2010, a população apresentou um crescimento de 9,6%. O Gráfico 1 apresenta os resultados históricos dos Censos realizados em 1991, 2000 e 2010.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

9

Gráfico 1 - Evolução da População do Município de São Leopoldo

Fonte: Censo IBGE, 2010.

Conforme já mencionado, o município de São Leopoldo possui uma área territorial de aproximadamente 100 km², estando 100% inserido na Bacia do Rio dos Sinos. O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta, com objetivo de comparação, as densidades populacionais do município e do Estado do Rio Grande do Sul.

Gráfico 2 - Densidade Populacional do Município de São Leopoldo e do Estado

Fonte: Censo IBGE, 2010.

Os estudos de revisão do Plano Diretor Municipal analisam a densidade populacional da cidade de São Leopoldo como baixa, considerando a dimensão da área do setor urbano do município. A densidade apresenta-se com uma distribuição bastante homogênea em todo o

São Leopoldo – Subproduto 2.2

10

território urbano, sendo que as maiores concentrações populacionais ocorrem nos bairros Centro e Santa Teresa.

Os resultados do Censo 2010 demonstraram que a razão entre o número de homens e de mulheres na população total do município de São Leopoldo é de 0,95, o que significa que há no município mais mulheres do que homens.

OQuadro 2 e o Gráfico 3 apresentam os dados de população por gênero para o município.

Quadro 2 - População por Gênero do Município de São Leopoldo

POPULAÇÃO HOMENS MULHERES

Urbana 103.790 109.448

Rural 452 397

Fonte: Censo IBGE, 2010.

Gráfico 3 - Populações Urbana e Rural por Gênero do Município de São Leopoldo

100.000

101.000102.000

103.000

104.000

105.000106.000

107.000

108.000

109.000110.000

111.000

Homens Mulheres

Habitantes

Rural

Urbana

Fonte: Censo IBGE, 2010.

A representação gráfica por idade e gênero do município de São Leopoldo é obtida pela construção da pirâmide etária apresentada no gráfico a seguir.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

11

Gráfico 4 - Pirâmide Etária do Município de São Leopoldo

Fonte: Censo IBGE, 2010.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

12

4 CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS

A distribuição de renda da população do município, nesta primeira análise, leva em conta os dados da renda familiar obtidos nos levantamentos censitários atualizados para 2010. O Quadro 3 apresenta a distribuição da renda segundo a classificação do IBGE.

Quadro 3 - Rendimento por Domicílio

RENDIMENTO DOMICÍLIOS

Até 1/4 de salário mínimo 2.080

Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo 8.547

Mais de 1/2 a 1 salário mínimo 19.959

Mais de 1 a 2 salários mínimos 21.680

Mais de 2 a 3 salários mínimos 7.493

Mais de 3 a 5 salários mínimos 5.559

Mais de 5 salários mínimos 4.288

Sem rendimento 1.598

Fonte: Censo IBGE, 2010.

A partir dos dados apresentados e do Gráfico 5, pode-se constatar que São Leopoldo possui 98% da sua população com rendimento, onde 84% recebem até três salários mínimos.

Gráfico 5 - Participação dos Rendimentos dos Domicílios

Fonte: Censo IBGE, 2010.

O município de São Leopoldo pertence ao COREDE Vale do Rio dos Sinos, região que concentra empresas de calçados, sendo considerada a maior região calçadista do mundo. Além do calçadista, são expressivos os segmentos metal-mecânico, químico, vestuário, alimentos e bebidas, papel e gráfico e madeira e móveis.

As principais características do COREDE Vale do Rio dos Sinos estão apresentadas no Quadro 4 a seguir.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

13

Quadro 4 - Características Socioeconômicas do COREDE Vale do Rio dos Sinos

CARACTERÍSTICA ANO VALOR

População total 2011 1.298.362 habitantes

Área (2011) 2011 1.398,5 km²

Densidade demográfica 2011 928,4 hab./km²

Taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais

2010 3,10 %

Expectativa de Vida ao Nascer 2000 71,76 anos

Coeficiente de Mortalidade Infantil 2010 10,59 por mil nascidos vivos

PIBpm 2010 R$ mil 37.718.631

PIB per capita 2010 R$ 29.219

Exportações totais 2010 U$ FOB 2.343.973.998

Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística.

Segundo os dados do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior – DEPLA, as exportações do município de São Leopoldo nos anos de 2011 e 2012 foram, respectivamente, de US$ FOB 376.186.988 e US$ FOB 389.140.858.

O PIB gerado em 2010 pelo município de São Leopoldo, a preços correntes, foi de R$ 4.125.575.000,00 e o seu PIB per capita atinge a R$ 19.259,49, conforme os dados publicados pelo IBGE. Esses corresponderam a uma participação de 1,47% da estimativa 2011 do PIB Estadual.

A seguir, no Quadro 5, é apresentado um comparativo do PIB de 2010 entre São Leopoldo, a Capital e a projeção do PIB 2011 para o Estado do Rio Grande do Sul.

Quadro 5 - Comparativo do PIB - São Leopoldo, Porto Alegre e Estado

LOCALIDADE PIB 2010

Total (R$ mil) Per capita (R$)

Rio Grande do Sul (1) 280.578.742,00 26.142,00

Porto Alegre 43.038.100,00 30.524,80

São Leopoldo 4.125.575,00 15.601,00

(1) Estimativas 2011 FEE - Fundação de Economia e Estatística

Fonte: Censo IBGE, 2010.

Em São Leopoldo a distribuição das atividades econômicas no território urbano da cidade é notadamente polarizada. Existe uma forte predominância das atividades de serviço, conforme apresenta o gráfico a seguir.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

14

Gráfico 6 - Participação do Valor Adicionado Bruto

Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística, 2010.

De acordo com as informações da Prefeitura Municipal, o parque industrial da cidade compõe setores diversos tais como metalúrgico, mecânico, de borracha, de papel, coureiro-calçadista, cerâmico, têxtil, elétrico, eletrônico, de aparelhos de precisão e, mais recentemente, de softwares.

Em relação ao Balanço Orçamentário do município de São Leopoldo, este orçou para o ano de 2012 as suas Receitas (exceto intra-orçamentárias) na quantia de R$ 657.868.409,90, sendo que, até dezembro de 2012, 73,89% deste total já tinham sido realizadas. Cabe destaque no orçamento das Receitas municipais o valor da Receita Tributária (impostos, taxas e contribuição de melhoria) e das Transferências Correntes, a primeira no valor de R$ 83.005.507,00 e a segunda no valor de R$ 279.483.040,95. Pelo lado das Despesas Correntes o município orçou para o ano de 2012 a quantia de R$ 687.727.397,06 sendo que em dezembro de 2012 o saldo a executar era de R$ 217.983.423,17. Das Despesas municipais os itens que mais se destacam são pessoais e encargos sociais e investimento.

Segundo dados do SNIS 2010, o município de São Leopoldo possui a terceira maior instituição prestadora de serviço municipal em termos de receita operacional total, ocupando este posto logo atrás das instituições dos municípios de Porto Alegre e Caxias do Sul. O Quadro 6 apresenta as principais informações dessa classificação.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

15

Quadro 6 - Classificação das Receitas de Prestador de Serviço – Água e Esgoto

Município Prestadora de Serviço

FN001 - Receita

operacional direta total [R$/ano]

FN002 - Receita

operacional direta de água

[R$/ano]

FN003 - Receita

operacional direta de esgoto

[R$/ano]

FN004 - Receita

operacional indireta [R$/ano]

FN005 - Receita

operacional total (direta +

indireta) [R$/ano]

Porto Alegre DMAE 357.371.281,00 257.636.557,00 94.721.657,00 12.684.941,00 370.056.222,00

Caxias do Sul SAMAE 84.072.927,38 68.850.426,98 15.222.500,40 1.336.688,82 85.409.616,20

São Leopoldo SEMAE 46.273.047,89 39.605.078,43 6.667.969,46 5.869.859,34 52.142.907,23

Pelotas SANEP 47.619.539,74 31.139.324,49 16.480.215,25 - 47.619.539,74

Novo Hamburgo COMUSA 39.645.007,48 38.997.738,10 149.139,72 1.086.997,07 -

Fonte: SNIS, 2010

Ainda é importante destacar que o SEMAE tinha, segundo os mesmos dados anteriores, Despesas Totais com os Serviços (dts) de R$ 39.764.915,22 e a estrutura tarifária sintetizada nos seguintes valores:

tarifa média de água de 2,64 R$/m3 e;

tarifa média de esgoto de 2,74 R$/m3.

A Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul – FEE, em 2009, disponibilizou os Índices de Potencial Poluidor da Indústria. Esses indicadores consistem nos percentuais da produção industrial classificada por nível de potencial poluidor (alto, médio ou baixo). O Gráfico 7 apresenta os indicadores para o município e para o Estado do Rio Grande do Sul.

Gráfico 7 - Indicadores de Potencial Poluidor - São Leopoldo e Estado

Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística, 2009.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

16

Com base no Censo do IBGE, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) leva em conta três componentes: expectativa de vida ao nascer, educação e renda per capita.

O Quadro 7 apresenta os IDHs em 1991, 2000 e 2010 para o município e os índices das dimensões do IDH, calculados pelo PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e apresentados no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil.

Quadro 7 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

ANO 1991 2000 2010

IDH -M 0,543 0,656 0,739

Educação 0,327 0,482 0,612

Longevidade 0,715 0,806 0,861

Renda 0,684 0,725 0,766 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de São Leopoldo é 0,739, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,130), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,155), seguida por Longevidade e por Renda.

São Leopoldo ocupa a 795ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 794 (14,27%) municípios estão em situação melhor e 4.771 (85,73%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 496 outros municípios de Rio Grande do Sul, São Leopoldo ocupa a 159ª posição, sendo que 158 (31,85%) municípios estão em situação melhor e 338 (68,15%) municípios estão em situação pior ou igual.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

17

5 INFRAESTRUTURA EXISTENTE

5.1 SANEAMENTO BÁSICO

5.1.1 Serviços de abastecimento de água

A responsabilidade pelos serviços de abastecimento de água é do SEMAE - Serviço Municipal de Água e Esgotos, criado em 30 de dezembro de 1971, através da Lei nº 1.648.

Os dados operacionais disponibilizados pelo município através do SNIS 2010 foram sintetizados no Quadro 8 abaixo.

Quadro 8 - Dados Operacionais do Serviço de Abastecimento de Água

DADO VALOR UNIDADE

Quantidade de ligações ativas de água 55.471 ligação

Quantidade de economias ativas de água 73.108 economia

Extensão da rede de água 723,00 km

Índice de atendimento com abastecimento de água 97,14 %

Consumo médio per capita de água 158,50 L/(hab/dia)

Índice de perdas na distribuição 54,62 %

Fonte: SNIS, 2010.

5.1.2 Serviços de esgotamento sanitário

A responsabilidade pelos serviços de esgotamento sanitário é do SEMAE - Serviço Municipal de Água e Esgotos, criado em 30 de dezembro de 1971 através da Lei nº 1.648.

Os dados operacionais disponibilizados pelo município através do SNIS 2010 foram sintetizados no Quadro 9 abaixo.

Quadro 9 - Dados Operacionais do Serviço de Esgotamento Sanitário

DADO VALOR UNIDADE

Quantidade de ligações ativas de esgoto 11.977 ligação

Quantidade de economias ativas de esgoto 21.058 economia

Extensão da rede de esgoto 94,00 km

Índice de atendimento total com esgotamento sanitário 27,44 %

Índice de coleta de esgoto 33,16 %

Índice de esgoto tratado referido à água consumida 33,16 %

Fonte: SNIS, 2010.

5.1.3 Serviços de manejo de resíduos sólidos

A responsabilidade pelos serviços de resíduos sólidos é da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (SELIMP), criada pela Lei Municipal nº 7.242, de 30 de junho de 2010 e que passou a ser implantada em 13 de agosto de 2010, na antiga sede da Secretaria Municipal de Obras da Zona Norte (SENORTE), para o gerenciamento e a gestão da limpeza pública do município de São Leopoldo.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

18

Os dados operacionais disponibilizados pelo município através do SNIS 2010 foram sintetizados no Quadro 10 abaixo.

Quadro 10 - Dados Operacionais do Serviço de Manejo de Resíduos Sólidos

DADO VALOR UNIDADE

Existência de coleta diferenciada de RSS Sim

Taxa de cobertura do serviço de coleta RDO em relação à população urbana

100,00 %

Massa de RSS coletada per capita em relação à população urbana

1,72 Kg/1.000hab./dia

Produtividade média dos varredores (Prefeitura + empresas contratadas)

3,50 Km/emp./dia

Fonte: SNIS, 2010.

5.1.4 Serviços de manejo de águas pluviais

Atualmente, a responsabilidade pelos serviços de manejo de águas pluviais é do SEMAE - Serviço Municipal de Água e Esgotos, criado em 30 de dezembro de 1971 através da Lei nº 1.648.

São Leopoldo conta, ainda, com um sistema de proteção contra cheias, representado pelo dique de contenção, canais e casa de bombas, conforme mostra a Figura 1 a seguir.

Figura 1 - Obras de proteção contra cheias em São Leopoldo

Fonte: Atlas Socioambiental de São Leopoldo, 2012.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

19

5.2 ENERGIA ELÉTRICA

Em relação à existência de energia elétrica nos domicílios do município, os dados foram divididos conforme apresentado no Quadro 11 a seguir.

Quadro 11 - Existência de Energia Elétrica nos Domicílios

EXISTÊNCIA DE ENERGIA ELÉTRICA DOMICÍLIOS

Tinham 71.107

Companhia Distribuidora 70.727

Outra Fonte 380

Não Tinham 101

Fonte: Censo IBGE, 2010.

5.3 TRANSPORTE

O sistema viário municipal é dividido pelo eixo da BR-116 constituindo uma circulação viária com diferentes acessos à cidade, principalmente, no setor leste, o que desqualifica a identificação e a orientação dos usuários.

A rede viária estrutural do município de São Leopoldo, conforme apresenta do Plano Diretor é composta de:

Sistema Viário Estrutural 01, que compreende as rodovias interestaduais, BR 116 e RS 240.

Sistema Viário Estrutural 02, que compreende os eixos intermunicipais Norte / Sul, T. Edison e Mauá e Leste / Oeste, H. Bier, J. Corrêa e Feitoria.

Sistema Viário Estrutural 03, que compreende as vias locais principais com a função de ligação entre os eixos intermunicipais.

Sistema Viário Estrutural Básico que compreende as vias internas dos bairros.

O sistema de transporte coletivo é fragmentado em domínios territoriais das empresas: Sinoscap, Leopoldense, Sete de Setembro, Feitoria (inter-bairros), Central (intermunicipal).

O transporte urbano em São Leopoldo é realizado em sua maioria pelo sistema de ônibus através de permissões, ocorrendo uma participação com o sistema integrado trem-ônibus no transporte intermunicipal.

5.4 SAÚDE

A rede municipal de saúde apresenta-se concentrada no centro da cidade, com carências nos níveis secundário na região sul e no nível primário na região leste. Ainda que as regiões norte e oeste tenham unidades básicas de saúde, as condições físicas destas instalações requerem reformas e adequações. No centro também encontram-se unidades em condições físicas inadequadas; em sua maioria são prédios e espaços locados que sofrem adaptações.

São necessárias reformas e também construção de novos prédios para viabilizar a expansão da cobertura do Programa de Saúde da Família em postos de saúde mistos de modo a promover a saúde preventiva.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

20

A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais indicadores de saúde das populações assistidas pelas equipes de saúde da família (DAB, 2011).

O trabalho integrado é o elemento-chave para a busca permanente de comunicação e troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes da equipe e desses com o saber popular do Agente Comunitário de Saúde. As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental (DAB, 2011).

O Quadro 12 apresenta o tipo e número de estabelecimentos de saúde que o município possui.

Quadro 12 – Número e Tipo dos Estabelecimentos de Saúde

TIPO DE ESTABELECIMENTO NÚMERO

Centro de Atenção Psicossocial - CAPS 2

Centro de Saúde / Unidade Básica de Saúde 20

Clinica / Ambulatório Especializado 83

Consultório 102

Cooperativa 2

Farmácia 2

Hospital Geral 1

Hospital Dia 1

Policlinica 5

Posto de Saúde 3

Secretaria de Saúde 1

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia 20

Unidade Móvel 3

Total 245 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), 2013.

As doenças que têm conexão direta com o saneamento ambiental estão relacionadas à insuficiência de cobertura dos serviços ou à precariedade de sua prestação à população (problemas de intermitência no abastecimento de água, operação e manutenção deficientes de sistemas, etc.), considerando os aspectos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta e disposição de resíduos sólidos, drenagem, controle de vetores ou condições de habitação precárias (COSTA et al., 2002).

As doenças potencialmente determinadas por estas condições são denominadas de doenças relacionadas a um saneamento ambiental inadequado, que seriam evitáveis ou passíveis de controle por ações adequadas de saneamento ambiental.

A seguir, o Quadro 13 apresenta algumas dessas doenças ocorridas no município no período de janeiro a dezembro de 2010.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

21

Quadro 13 - Número de Internações por Doenças Relacionadas com a Falta de Saneamento Básico

DOENÇA RELACIONADA NÚMERO DE INTERNAÇÕES

Cólera 107

Febre Tifóide e Paratifóide 0

Hepatite 14

Diarreia 5

Amebíase 0

Esquistossomose 0

Leptospirose 0

Tracoma 1

Ancilostomíase 0

Helmintíase 0

Dengue 0

Febre Amarela 1

Filariose 3

Malária 0

Encefalites 0

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), 2010.

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em São Leopoldo reduziu 28%, passando de 14,2 por mil nascidos vivos em 2000 para 10,1 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram 12,4 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente.

5.5 EDUCAÇÃO

Conforme dados do IBGE, em 2010, a rede de ensino contava com 162 unidades. O Quadro 14 e o Quadro 15, respectivamente, apresentam as unidades de ensino por ente mantenedor e o número de matrículas nos ensinos da pré-escola, fundamental e médio.

Quadro 14 - Unidades de Ensino por Ente Mantenedor em 2010 para o Município de São Leopoldo

UNIDADES DE ENSINO

Federais 0

Estaduais 38

Municipais 61

Privadas 63

Total 162

Fonte: Censo IBGE, 2010.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

22

Quadro 15 - Número de matrículas realizadas em 2010 para o Município de São Leopoldo

NÚMERO DE MATRÍCULAS

Pré-Escola Fundamental Médio Total

3.297 33.559 7.130 43.986

Fonte: Censo IBGE, 2010.

Nos estudos para a revisão do Plano Diretor Municipal, a rede municipal se apresenta insuficiente diante das necessidades de expansão do ensino fundamental e da educação infantil. Ficou constatada a existência de superlotação de turmas em grande parte das escolas devido à falta de espaço físico, sendo que em algumas instituições esta realidade atinge todas as turmas atendidas.

As regiões de maior necessidade de expansão do Ensino fundamental são: Bom Fim, Rio dos Sinos, Santa Marta/Tancredo, Feitoria, Vicentina, Duque/Vila Teresa e Campina. Quanto à Educação Infantil há carência em todas as regiões, destacando-se como prioritárias as regiões: Antônio Leite, Vicentina, Jardim Panorama/União e Feitoria.

5.6 HABITAÇÃO

De acordo com o Plano Diretor municipal, existiam em 2006, 77 áreas ocupadas por população em risco social, distribuídas no território do município de São Leopoldo das quais 21 encontram-se inseridas no programa municipal de regularização fundiária.

Os assentamentos urbanos às margens dos arroios ou em banhados se constituem em um dos maiores problemas e de difícil solução e fiscalização, pois são decorrentes de questões econômicas e sociais.

O êxodo rural, o desemprego e o empobrecimento das camadas sociais menos favorecidas são alguns dos fatores que levam os indivíduos a procurarem estas áreas para construção de suas moradias. Criam-se conflitos legais crônicos entre os ocupantes destas áreas e os setores de meio ambiente e na maioria dos casos acabam sendo objetos de ações judiciais.

Frente essas dificuldades, o município realizou o Plano Local de Habitação em Interesse Social, o qual apresenta o diagnóstico da situação bem como as estratégias do plano, faltando apenas submeter este documento ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social para estar em conformidade com a Politica Nacional de Habitação.

Na revisão do Plano Diretor, foram elaborados mapas com as áreas de risco do município e de cada uma das sub-bacias hidrográficas. Retirado do Atlas Ambiental, as áreas de risco estão apresentadas na Figura 2.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

23

Figura 2 - Mapa de Áreas de Risco de São Leopoldo

Fonte: Atlas Socioambiental de São Leopoldo, 2012.

São Leopoldo – Subproduto 2.2

24

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FEE – Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser. PIB e PIB per capita a preço de mercado – 2009. Centro de Informações Estatísticas/Núcleo de Contabilidade Social. Rio Grande do Sul, 2012. Disponível em: <http://www.fee.rs.gov.br/sitefee/pt/content/estatisticas/pg_pib.php>.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/>.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/>.

SEMMAM – Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Atlas Socioambiental de São Leopoldo. Rio Grande do Sul, 2012.

SEPLAG – Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã. Atlas Sócio Econômico do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, 2011. Disponível em: <http://www.scp.rs.gov.br/atlas/default.asp>.

SEPLAN – Secretaria de Planejamento Urbano. Encarto do Plano Diretor: Construir a Nossa Cidade é um Direto de Todos. São Leopoldo, 2009.

SEPLAN – Secretaria de Planejamento Urbano. Leitura da Cidade – Processo de Revisão de Plano Diretor Participativo de São Leopoldo. São Leopoldo, 2006.

SEPLAN – Secretaria de Planejamento Urbano. Plano Diretor do Município de São Leopoldo. São Leopoldo, 2006.

SIH/SUS. Sistema de Informações Hospitalares. Morbidade Hospitalar do SUS. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br>.

SNIS – Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento Básico. Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos – 2010. Brasília: MCIDADES.SNSA, 2012. Disponível em: <http://www.snis.gov.br>.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – 2013. Disponível em: <http:// www.atlasbrasil.org.br/2013.